Escola: Estadual Militarizado Luiz Ribeiro de Lima
Aluno: Emanuel oliveira paixão Turma:301 A melhor!
Turno: vespertino
professor (a): Soraia Fonseca
ATIVIDADE DE GEOGRAFIA
Tema: desigualdades socioespaciais
O que é desigualdades socioespaciais ?
As desigualdades socioespaciais são aparentes na paisagem urbana
brasileira. Por um lado, há uma disseminação de condomínios residenciais de luxo; enquanto, do outro, existe um crescimento de bairros pobres, com moradias em favelas ou loteamentos clandestinos de pouca ou nenhuma infraestrutura. Dessa maneira, as desigualdades socioespaciais se constroem e se transformam nas cidades, em conexão com a própria história e, principalmente, com ações políticas de relevância para a habitação, o urbanismo e a mobilidade urbana.
A distribuição espacial das funções e populações urbanas não é
aleatória e pode evidenciar importantes dinâmicas de separação. As sociedades urbanas apresentam múltiplas desigualdades que representam disfunções sociais e territoriais, com isso gerando as diferenças no acesso ao emprego, na qualidade da habitação e na integração territorial entre as cidades.
Distribuição desingual: As oportunidades de emprego e o acesso a
serviços, como transporte público, costumam ficar concentrados em algumas das regiões da cidade. Estas, pelo uso do espaço urbano, são acessíveis apenas às camadas mais ricas da população. Com isso, os mais pobres são empurrados para locais mais periféricos e menos valorizados.
Nessas periferias, populações, muitas vezes, se organizam por conta
própria, inclusive em terrenos ocupados e sem um título jurídico. Entretanto, tais áreas, não raro, ficam carentes de serviços básicos, como água, saneamento, serviços de educação e de saúde. Dessa forma, a ausência do Estado pode aprofundar as contradições do processo de urbanização excludente.
Crise Habitacional: O Brasil apresenta um déficit habitacional de 5,876
milhões de moradias, segundo levantamento da Fundação João Pinheiro relativo a 2019. Nos últimos quatro anos, a carência subiu 3,88%. Os dados incluem os domicílios precários, em coabitação ou com elevado custo de aluguel.
Um dos fatores que influenciam a desigualdade socioespacial é a
localização das habitações e dos empregos. A distância entre os dois pontos provoca um desgaste cotidiano no movimento pendular, transformando grandes regiões em cidades-dormitório, desprovidas de serviços públicos e privados. A falta de moradias disponíveis nos centros de cidades é um fenômeno global, mesmo antes da pandemia. A situação não é provocada por ausência de imóveis vagos na região central, mas fruto de uma estratégia de investimentos baseada na especulação imobiliária e na escassez de políticas públicas de habitação.
Como enfrentar a desigualdade socioespacial ?
Não existe uma fórmula mágica para o desenvolvimento urbano mais
igualitário, mas diversas experiências vêm apresentando resultados que podem ser avaliados e adaptados regionalmente para distribuir o crescimento e reduzir a desigualdade socioespacial.
A expansão dos serviços de mobilidade urbana não é vista com uma
solução final. Em vez disso, é indicada a criação de multicentralidades no espaço urbano para ajudar a reduzir a demanda de horas diárias de deslocamento por transporte público, melhorar a qualidade de vida e o acesso à cidade.
Antes de qualquer ação, é necessário que os planejadores urbanos
reconheçam a existência do problema e mobilizem a população local para pensar em alternativas de resolução dos problemas sociais. Um caminho indicado é incentivar a formação de conselhos, para que os órgãos públicos possam ouvir a sociedade civil organizada. As decisões têm de ser tomadas vislumbrando resultados de longo prazo. Propostas de transferência de renda, por exemplo, podem ser vistas como formas de investimento e não somente como políticas assistenciais. O pagamento de benefícios estimula a economia local, produz desenvolvimento desde a base da pirâmide e gera receita em impostos.