Você está na página 1de 3

Tarefa nº2 b

Após a leitura do Decreto-Lei n.º 3/2008 (7 de Janeiro de 2008),


sistematize (procurando ser sintético) os aspectos fundamentais.
Siga o esquema proposto, organizado de acordo com os capítulos do
normativo legal.

Objectivos, enquadramento e princípios orientadores


Procedimentos de referenciação e avaliação
Programa educativo individual e plano individual de transição
Medidas educativas
Modalidades específicos de educação.
Outros aspectos relevantes (disposições finais)
A aplicação do decreto-lei nº 3/2008 de 7 de Janeiro destina-se ao
ensino pré-escolar, básico e secundário dos sectores público dos sectores
público, particular e cooperativo. Tem como objectivo o desenvolvimento de
condições para a adaptação do processo educativo aos alunos com
necessidades educativas especiais com limitações significantes ao nível da
actividade e participação.
A Educação Especial corrobora com os fundamentos da justiça,
solidariedade e inclusão social. Neste sentido, as crianças com necessidades
educativas especiais beneficiam de prioridade de matrícula e as escolas não se
podem negar a aceitar as suas matrículas. Os pais/encarregados de educação
possuem direitos e deveres quanto aos aspectos relativos à implementação da
educação especial junto dos seus educandos e cabe à escola definir a conduta
a adoptar no caso em que estes não desempenhem o seu direito de
participação.
Às escolas cabe a obrigação de incluírem nos seus projectos educativos
as adequações ao processo ensino-aprendizagem e a faculdade de
desenvolverem respostas específicas diferenciadas através da criação de
unidades de ensino estruturado para alunos com perturbações do espectro do
autismo e de unidades de apoio especializado para alunos com multideficiência
e surdocegueira congénita.
A referenciação de alunos que necessitem de educação especial deve
ser feita o mais precocemente possível e pode surgir por iniciativa dos
pais/encarregados de educação, pelos serviços de intervenção precoce ou
pelos docentes. Depois de referenciado, será elaborado um relatório técnico
pedagógico com referência à CIF (Classificação Internacional de
Funcionalidade), auxiliando posteriormente a formulação do PEI (Programa
Educativo Individual). Este programa contém os dados do processo individual
do aluno e contempla as respostas educativas e as formas de avaliação do
aluno. O PEI é elaborado pelo docente titular de turma (coordenador do PEI),
pelo docente de Educação Especial e pelos serviços implicados no relatório
técnico pedagógico, num prazo de 60 dias após a referenciação, e deve
contemplar os indicadores de funcionalidade, os factores ambientais que
operam como facilitadores ou como barreiras à participação e à aprendizagem,
sempre com referência à CIF. Posteriormente será submetido à aprovação do
Conselho Pedagógico e homologação do Conselho Executivo.
Este decreto-lei determina que o PEI pode ser revisto em qualquer altura
e, obrigatoriamente, no fim de cada ano lectivo, sendo elaborado um relatório
com os resultados obtidos, e no fim de cada ciclo. Introduz, também, um Plano
Individual de Transição (PIT) que visa accionar a transição para a vida pós-
escolar e deve ser implementado três anos antes da conclusão da escolaridade
obrigatória.
Relativamente às medidas educativas, são inseridas seis adequações do
processo de ensino e de aprendizagem. O apoio pedagógico personalizado
traduz-se na complementaridade das estratégias e competências utilizadas. As
adequações curriculares individuais fundamentam-se na inserção de áreas
curriculares, objectivos e conteúdos e pode, também, incluir a isenção de
algumas actividades. Nas adequações no processo de matrícula, os alunos
podem frequentar uma escola sem ser na área da sua residência e beneficiam,
caso seja necessário, de adiamento escolar de um ano (do pré escolar para o
1º Ano). As adequações no processo de avaliação baseiam-se na modificação
do tipo de provas, de instrumentos e dos procedimentos de avaliação. O
currículo específico individual requer a substituição de competências
estabelecidas para cada nível de ensino. Finalmente, as tecnologias de apoio
são mecanismos facilitadores que têm como objectivo a melhoria da
funcionalidade do aluno.
Neste seguimento, são inseridas modalidades específicas de educação:
Educação bilingue de alunos surdos, Educação de alunos cegos e com baixa
visão, Unidades de ensino estruturado para a educação de alunos com
perturbações do espectro do autismo e Unidades de apoio especializado para a
educação de alunos com multideficiência e surdocegueira.
Por último, decreto-lei nº 3/2008 expõe as áreas curriculares e os
conteúdos a ser leccionados pelos docentes de Educação Especial
relativamente aos alunos que usufruem de currículos específicos individuais e
define as actividades de serviço não docente, designadamente, terapia da fala,
terapia ocupacional, avaliação e acompanhamento psicológico, treino de visão,
e intérprete de Língua gestual portuguesa, que devem ser realizadas por
técnicos com formação profissional.

Você também pode gostar