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Esquema síntese

Módulo nº 6 Área de integração: “A Comunicação e a Construção do Indivíduo”

LINGUAGEM
Sistema de sinais ou signos socialmente codificados que comunica uma mensagem
entre um emissor e um recetor.

LÍNGUA
Sistema de natureza social constituído por palavras e regras que regem a sua
combinação.
Património colectivo que evolui no tempo indispensável para que um indivíduo
comunique com a comunidade à qual pertence.

FALA
Ato concreto e individual do uso da língua pelos sujeitos falantes em situações de
comunicação

DISCURSO
Aquilo que num determinado contexto se diz ou escreve para agir ou produzir um
efeito sobre alguém

Sintaxe Semântica pragmática

- Gramática - Significado - Uso num contexto


INSTRUMENTOS LÓGICOS DO PENSAMENTO

CONCEITO

Representação intelectual, mental, abstrata e geral do que é comum (essência ou


quid) de uma dada classe de seres.
Não possui valor de verdade

Os conceitos organizam-se em redes conceptuais

Processos de formação do conceito


- Comparação
- Abstração (separar essencial do acidental
- Generalização

Propriedades

Extensão ou denotação (conjunto de seres)


Compreensão “intensão” (características)
N. B. Variam na razão inversa

Expressão verbal: TERMO

N. B. Um mesmo termo pode ser constituído por várias palavras


Juízo

Operação mental que estabelece uma relação lógica de afirmação ou de negação entre conceitos,
podendo tal relação lógica ser considerada verdadeira ou falsa. Estabelece uma relação de
conveniência ou não conveniência entre um sujeito e um predicado

Expressão verbal: PROPOSIÇÃO

n. b. Apenas as frases declarativas são proposições


por possuírem valor de verdade.

Quantidade Qualidade
(extensão S) (conveniência S/P)

- universais - afirmativos

- particulares - negativos

Forma canónica da proposição

Quantificador + sujeito + predicado + cópula (verbo ser)


Todos,
Nenhum
alguns são
alguns não são

Classificação das proposições

Quanto à relação lógica S/P


Quanto à qualidade e quantidade
Analíticos: P contido na compreensão S
Universais afirmativos (A) – “todos”
Sintético: P não contido na compreensão S
Universais negativos (E) – “nenhum”

Particulares afirmativos (I) – “alguns são…”


Quanto ao fundamento

Particulares negativos (O) – “alguns não são” - A priori: independente da experiência

N. B. Mnemónica: AfIrmo / nEgO - A posteriori: depende da experiência

N.B. As proposições singulares são equivalentes às universais, uma vez


que se referem ao sujeito em toda a extensão ou no seu todo.
QUADRADO LÓGICO

REGRAS DA DISTRIBUIÇÃO DOS TERMOS S e P

- O sujeito encontra-.se distribuído nas proposições universais.

- O predicado está distribuído nas proposições negativas.

Tipo de proposição Sujeito Predicado

A Distribuído Não distribuído

E Distribuído Distribuído

I Não distribuído Não distribuído

O Não distribuído Distribuído


Raciocínio ou inferência

Operação lógica que, partindo de uma ou mais proposições (expressões de juízos)


dadas previamente (premissas) conduz a uma nova proposição que é a sua
consequência lógica (a conclusão). Estabelece uma relação lógica de
antecedente a consequente.

Indução Dedução
- Parte do particular para o geral. - Parte do geral para o particular.
Princípios: Princípios:
Razão suficiente: tudo o que acontece tem uma Identidade: uma coisa é aquilo que é; aquilo que é é
explicação que torna possível a compreensão. e aquilo que não é, não é.
Causalidade: tudo o que acontece tem uma causa; Não contradição: uma coisa não pode ser e não ser
as mesmas causas nas mesmas circunstâncias ao mesmo tempo.
produzem os mesmos efeitos.
Terceiro excluído: uma coisa ou é ou não é, não
Determinismo: existem leis necessárias subjacentes existe terceira possibilidade.
aos fenómenos.
Verdades necessárias.
Verdades prováveis e contingentes
Não admite exceções
Possibilidade de invalidação pelo aparecimento de
exceções. O que se afirma de todos pode
necessariamente afirmar-se de alguns.
Não é logicamente legítimo afirmar de todos o que
se observa em alguns.

Expressão verbal: ARGUMENTO

n. b. Os argumentos ou são válidos ou inválidos.

Premissas: proposições que num Conclusão: tese que se pretende


argumento sustentam uma conclusão. defender.

Argumento sólido

Válido com premissas verdadeiras.


Logicamente impossível ou pouco provável que um argumento que seja válido e parta de
premissas verdadeiras tenha uma conclusão falsa.

N. B A validade do argumento (forma lógica) é independente da verdade das premissas


Identificação e reconstrução de argumentos
1º Identificar o tema.
2º Identificar a tese ou conclusão
3º Identificar as premissas que apoiam e justificam a conclusão (corpo argumentativo)
4º Identificar premissas ocultas, omitidas ou implícitas (entimemas)

Indicadores de premissa Indicadores de conclusão


0ra …, dado que …, porque …, Logo …, portanto …, por isso …, por
assumindo que …, admitindo que …, em conseguinte …, infere-se que …, então …,
virtude de …, considerando que …, uma segue-se que …, consequentemente …,
.
vez que …, visto que …, devido a que …, daí que …, o que mostra que …,
a razão é que
Argumentar é justificar, fundamentar, apresentar “razões”, quer dizer, proposições que,
postas antes (premissas), dão apoio à conclusão.

ETHOS LOGOS
Caráter, integridade e credibilidade Recurso, estilo e estrutura tendo em
do orador vista a persuasão

PATHOS

Sentimentos, emoções despertados


no auditório.

EMISSOR RECETOR

OU ADESÃO OU

ORADOR AUDITÓRIO

particular universal

PERSUSÃO CONVENCIMENTO
Características da argumentação

- Exerce-se numa situação comunicativa (uso da palavra)

- Utiliza linguagem natural e não símbolos abstratos.

- Possui caráter dialógico ou interativo.

- As mensagens não são neutras (depende de convicções).

- Depende de estratégias de seleção de argumentos.

- É problematizadora (suscita dúvidas)

- Procura-se alcançar a adesão a teses o que implica graus

DEMONSTRAÇÃO ARGUMENTAÇÃO
Ciências lógico-dedutivas Ciências sociais e humanas
Proposições indiscutíveis Proposições discutíveis
Lógica formal, bivalente e constringente Lógica informal, polivalente, flexível
Simbólica Natural
Independente do contexto Contextualizada
Impessoal Pessoal

FALÁCIA

Argumento em que as premissas não sustentam a conclusão em virtude de deficiências no conteúdo

AD HOMINEM OU CONTRA AD IGNORANTIAM OU DA DA DERRAPAGEM


A PESSOA IGNORÂNCIA
- introduzindo pequenas
- Refutar uma tese - refutar um enunciado alterações nas premissas
atacando e desacreditando porque a sua verdade ou procura-se chegar a uma
a pessoa que a emite. falsidade nunca foram conclusão despropositada.
provados.

AD VERECUNDIAM OU DA AD MISERICORDIAM OU FALSA DICOTOMIA


AUTORIDADE DA MISERICÓRDIA
- Defender uma tese
- Sustentar uma tese - Defender uma tese apresentando apenas duas
apelando a uma apelando a sentimentos de alternativas possíveis.
personalidade famosa ou piedade ou compaixão.
de reconhecido mérito.

AD BACULUM OU
RECURSO À FORÇA

- Recurso a formas de
ameaça para levar à
aceitação de uma tese.

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