Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fls. 4
1
Solução de Consulta n.º 143 SRRF06/Disit
Fls. 5
Relatório
5. Entretanto, não há regra na legislação para determinar qual parte dos créditos
decorrentes de gastos comuns a produtos tributados e não tributados no mercado interno pode
2
Solução de Consulta n.º 143 SRRF06/Disit
Fls. 6
ser considerada vinculada às receitas não tributadas, e, portanto, passível de compensação com
outros tributos e de pedido de ressarcimento. A consulente indaga se, nesse caso, pode aplicar a
apropriação direta ou o rateio proporcional, tendo em vista que o art. 3º, § 8º das Leis nº
10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, estabeleceu esses critérios para apuração dos créditos
vinculados a receitas submetidas à incidência não cumulativa das contribuições, nos casos de
pessoas jurídicas submetidas à incidência não cumulativa em relação apenas à parte de suas
receitas.
Fundamentos
Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não
incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a
manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações.
9. Está claro que os créditos apurados pela consulente com base em gastos comuns
aos seus produtos submetidos à alíquota zero e aos seus produtos tributados não podem ser
integralmente considerados como vinculados a vendas efetuadas com alíquota zero. Assim, é
preciso que haja um critério para determinar qual parte desses créditos está vinculada às
receitas não tributadas e, portanto, são passíveis de compensação com outros tributos e
contribuições e de pedido de ressarcimento, na forma da legislação específica aplicável à
matéria.
10. Como a consulente sublinhou, o art. 3º, §§ 7º a 9º das Leis nº 10.637, de 2002, e
10.833, de 2003, estabelece método de apropriação de créditos para pessoas jurídicas que têm
parte das receitas com incidência não cumulativa e parte com incidência cumulativa:
Art. 3º (...)
3
Solução de Consulta n.º 143 SRRF06/Disit
Fls. 7
§ 2º O método referido no § 1o, eleito pela pessoa jurídica, deve ser aplicado
consistentemente por todo o ano-calendário para a Contribuição para o
PIS/Pasep e para a Cofins.
4
Solução de Consulta n.º 143 SRRF06/Disit
Fls. 8
(...)
Deve selecionar este campo a pessoa jurídica que, no período abrangido pelo
Demonstrativo, auferir apenas receitas sujeitas à incidência não-cumulativa da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, decorrentes exclusivamente de
atividades no mercado interno.
Deve selecionar este campo a pessoa jurídica que, no período abrangido pelo
Demonstrativo, auferir receitas sujeitas à incidência não-cumulativa da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins e efetuar concomitantemente:
Neste caso, a pessoa jurídica deve indicar o método por ela escolhido, dentre os
seguintes:
Atenção:
1) O método eleito pela pessoa jurídica para determinação do crédito deve ser:
5
Solução de Consulta n.º 143 SRRF06/Disit
Fls. 9
2) Deve também selecionar este campo a pessoa jurídica que auferir receitas
não-tributadas no mercado interno que geram direito a crédito,
concomitantemente, com receitas tributadas e/ou com exportação. (grifei)
13. Nas instruções de preenchimento da Ficha 06A do Dacon, o Ajuda oferece mais
explicações sobre os métodos de determinação dos créditos, inclusive apresentado alguns
exemplos.
Conclusão
16. O método de determinação dos créditos eleito pela pessoa jurídica deve ser
aplicado consistentemente por todo o ano-calendário para a Contribuição para o PIS/Pasep e
para a Cofins.
À consideração superior.
Assinado Digitalmente
Roberto Domingues de Moraes
Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil
Ordem de Intimação
19. [...]
6
Solução de Consulta n.º 143 SRRF06/Disit
Fls. 10
Cosit, em Brasília - DF, na forma da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2 de maio de 2007,
art. 16.