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Escola

Secundária de Santo
André

A Estatística

Trabalho realizado por:


Alice Figueiredo Nº2

Beatriz Nogueira Nº5

Bruna Cerqueira Nº6

David Ventura Nº11

Margarida Amieira Nº21

10ºI

Índice

➢ Introdução ------------------------------------------------------------------------------- 2

➢ O que é a estatística? ---------------------------------------------------------------- 3

➢ A história da estatística ao longo dos tempos --------------------------------- 4-5

➢ A estatística em Portugal -------------------------------------------------------------- 6

➢ Censos e sondagens -------------------------------------------------------------------- 7

➢ Figuras importantes para o desenvolvimento da estatística ---------------- 8

➢ A importância da estatística no mundo moderno e no quotidiano -------- 9

➢ Conclusão ----------------------------------------------------------------------------- 10

➢ Biblio e webgrafia -------------------------------------------------------------------- 11


1

Introdução
➢ Desde o começo da civilização que a Estatística tem estado sempre
presente. Contar, enumerar e recensear sempre foi uma preocupação
para todas as culturas. Em civilizações como a antiga Grécia, Roma,
Egito, Israel, Índia, Japão, China, etc, o Estado tinha necessidade de
conhecer a sua população, tanto a nível económico como a nível social,
daí desenvolvendo-se a Estatística.
2

O que é a estatística?
➢ A estatística é a ciência abrangente de um conjunto de técnicas e
métodos de pesquisa que envolve o planeamento do experimento a ser
realizado, a recolha qualificada de dados, a inferência, o
processamento, a análise e a divulgação das informações. A estatística
pode ser aplicada em praticamente todas as áreas do conhecimento
humano, e em algumas áreas recebe um nome especial, por exemplo, a
Bioestatística (estatística em Ciências Biológicas e da Saúde).

➢ O desenvolvimento e o aperfeiçoamento de técnicas estatísticas de


obtenção e análise de informações permite o controlo e o estudo
adequado de fenómenos, factos, eventos e ocorrências em diversas
áreas do conhecimento. A estatística tem por objetivo fornecer métodos e
técnicas para lidarmos, racionalmente, com situações sujeitas a
incertezas.

➢ A estatística, instrumento indispensável na sociedade, surgiu há muitos


séculos. Este ramo de conhecimento desenvolveu-se, ao longo do tempo,
graças à necessidade de manipulação dos dados recolhidos e para
retirar informações de interesse dos mesmos
3
A história da estatística ao longo
dos tempos
➢ A Grécia Antiga abrangia um vasto território. Era formada por um
conjunto de cidades-estado, politicamente autónomas, possuindo em
comum os costumes e a língua. No século V a.C. entre estas cidades
sobressaía Atenas. No quadro descritivo de Atenas, já Aristóteles
descrevia não só a situação de uma cidade ou de um país por si só (do
ponto de vista do governo, da justiça, das ciências e das artes, dos
museus e dos costumes), mas também por comparação com estas de
outros Estados. Deste modo, podemos observar nesta parte da obra de
Aristóteles, o princípio da Estatística Descritiva (estudo descritivo de
dados de uma amostra, ou uma população, em que se resume toda a
informação recolhida em gráficos e tabelas, calculando algumas das
suas características, por exemplo a moda, a média, etc.).
➢ Apesar da Estatística ser uma ciência relativamente recente na área
da pesquisa, ela remonta à antiguidade, onde operações de contagem
populacional já eram utilizadas para obtenção de informações sobre os
habitantes, riquezas e poder militar dos povos.

➢ Após a idade média, os governantes na Europa Ocidental,


preocupados com a difusão de doenças endémicas, que poderiam
devastar populações e, também, acreditando que o tamanho da
população poderia afetar o poder militar e político de uma nação,
começaram a obter e armazenar informações sobre batizados,
casamentos e funerais. Entre os séculos XVI e XVIII as nações, com
aspirações mercantilistas, começaram a buscar o poder económico
como forma de poder político. Os governantes, por sua vez, viram a
necessidade de recolher informações estatísticas referentes a variáveis
económicas tais como: comércio exterior, produção de bens e de
alimentos.

➢ É a partir do século XVIII que a Estatística começa a caminhar para a


ciência que conhecemos hoje em dia. Nessa altura apareceram duas
Escolas, uma na Alemanha e outra em Inglaterra. A Escola Descritiva
Alemã, assim como ficou conhecida, afastou-se das ideias que
fundamentaram a Estatística Moderna. O representante mais
conhecido da Escola Alemã foi Gottfried Achenwall (1719-1772), o
qual é considerado por alguns autores o "pai" da palavra Estatística.

4
➢ Durante o século XIX o conceito de estatística mudou, fazendo com que
a área pudesse abranger a acumulação e análise de dados de uma
maneira mais generalizada.

➢ Ainda no século XIX, o uso da Teoria das Probabilidades (cujos


resultados haviam sido descobertos no século XVII através dos “jogos
de azar”) na Estatística aumentou rapidamente.

➢ Por esta altura os cientistas sociais começavam a utilizar os modelos de


probabilidade e o “Raciocínio Estatistico” nas novas e mais avançadas
ciências de psicologia experimental e sociologia, e por físicos em áreas
como a da termodinâmica. O desenvolvimento do raciocínio estatístico é
ainda fortemente associado ao desenvolvimento da “lógica indutiva” e do
“método científico”.

5
A estatística em Portugal
➢ A aplicação da Estatística em Portugal começou, tal como nos outros
países da Europa, com a necessidade de o Estado conhecer melhor
as características da sua população. A partir do século XVI, fatores
como a afirmação do Estado Absolutista, o desenvolvimento da
administração, de um mercado cada vez mais amplo e dinâmico,
implicaram o recurso ao quantitativo como elemento que começou a ser
decisivo na administração.
➢ O rei tinha necessidade de conhecer o seu exército e a sua população a
defender, e por isso logo havia necessidade de quantificar a sociedade.
Os primeiros registos encontrados são relativos aos besteiros (soldados
cuja arma principal era uma Besta), os quais eram objecto de listagens
de controlo e mais tarde estabeleceu-se uma relação quantitativa entre o
número de besteiros de cada concelho ("conto") e a respectiva
população.

6
Censos e sondagens

➢ O censo ou recenseamento demográfico é um estudo estatístico


referente a uma população que possibilita a recolha de várias
informações, tais como o número de homens, mulheres, crianças e
idosos, onde e como vivem as pessoas, profissão, entre outras coisas.
Este estudo e normalmente realizado de dez em dez anos, na maioria
dos países.
➢ A sondagem consiste numa forma particular de inquérito, realizado junto
de uma amostra de determinada população, cujo objetivo fundamental é
o de, a partir do seu estudo, permitir expor as conclusões retiradas para
o universo.

RECENSEAMENTOS EM PORTUGAL
Os primeiros censos portugueses foram realizados de 31 de Dezembro de
1863 para 1 de Janeiro de 1864, tendo por base as orientações do Congresso
Internacional de Estatística realizado em Bruxelas, em 1853. Antes desta data,
tal como foi referido anteriormente, já se realizavam em Portugal
recenseamentos, mas por não serem exaustivos e/ou não se apoiarem em
princípios estatísticos credíveis, não podem ser considerados equivalentes aos
iniciados em 1864.
Os recenseamentos a partir daqui deveriam ser realizados de 10 em 10 anos,
mas o recenseamento seguinte foi em 1878 ao qual se seguiria o Censo de
1890. A partir de então, os recenseamentos populacionais têm vindo a realizar-
se, com algumas excepções, regularmente com intervalos de 10 anos. O último
censo foi realizado em 2011.

7
Figuras importantes para o
desenvolvimento da estatística
➢ Karl Pearson (1857-1936) formou-se em 1879 pela Cambridge
University e inicialmente dedicou-se ao estudo da evolução de Darwin,
aplicando os métodos estatísticos aos problemas biológicos
relacionados com a evolução e hereditariedade. Além da valiosa
contribuição que deu para a teoria da regressão e da correlação,
Pearson fez com que a Estatística fosse reconhecida como uma
disciplina autónoma. Uma coleção dos seus artigos foi publicada em
"Karl Pearson Early Statistical Papers" (editado por E. S. Pearson,
Cambridge University Press, 1948).

➢ William Sealey Gosset (1876-1937) estudou Química e Matemática na


New College Oxford. Em 1899 foi contratado como Químico da
Cervejaria Guiness em Dublin, desenvolvendo um trabalho
extremamente importante na área de Estatística. Devido à necessidade
de manipular dados provenientes de pequenas amostras, extraídas para
melhorar a qualidade da cerveja, Gosset derivou o teste t de Student
baseado na distribuição de probabilidades.

➢ A contribuição de Ronald Aylmer Fisher (1890-1962) para a Estatística


Moderna é a mais importante e decisiva de todas. Formado em
astronomia pela Universidade de Cambridge em 1912, foi o fundador do
célebre Statistical Laboratory da prestigiosa Estação Agronómica de
Rothamsted, contribuindo enormemente tanto para o desenvolvimento
da Estatística quanto da genética. Ele apresentou os princípios de
planeamento de experimentos, introduzindo os conceitos de
aleatorização e da análise da variância, procedimentos muito usados
actualmente.

➢ Jacques Bernoulli (1654-1705) também se dedicou ao estudo do


Cálculo de Probabilidades, cuja grande obra denominada “Ars
Conjectandi” foi publicada oito anos após a sua morte, onde foi
rigorosamente provada a “Lei dos Grandes Números de Bernoulli”,
considerada o primeiro teorema limite. Pode-se dizer que graças às
contribuições de Bernoulli, o Cálculo de Probabilidades adquiriu o nome
de ciência.

➢ Thomas Bayes (1702-1761) a quem se deve o conceito de


probabilidade inversa, relacionado com situações em que se caminha
do particular para o geral. Bayes formula através do teorema que leva
seu nome e do postulado que tantas vezes se lhe associa: a primeira
tentativa de matematização da inferência Estatística.

8
A importância da estatística no
mundo moderno e no quotidiano
➢ Atualmente, os dados estatísticos são obtidos, classificados e
armazenados em meio magnético e disponibilizados em diversos
sistemas de informação acessíveis a pesquisadores, cidadãos e
organizações da sociedade que, por sua vez, podem utilizá-los para o
desenvolvimento das suas atividades. A expansão no processo de
obtenção, armazenamento e divulgação de informações estatísticas tem
sido acompanhada pelo rápido desenvolvimento de novas técnicas e
metodologias de análise de dados estatísticos.

➢ É na segunda metade do século XIX, que se dá a viragem da


Estatística Descritiva ou Gráfica para o estudo metodológico, a qual se
iniciou a partir do Primeiro Congresso de Estatística que teve lugar em
Bruxelas, em 1853. Até aqui, a Estatística era vista somente como uma
mera compilação de dados, a sua disposição em tabelas, uns tantos
cálculos de médias e outras estatísticas simples…e pouco mais.
➢ É nesta altura que surgem novos nomes importantes para o
desenvolvimento da Estatística, sendo eles Galton, Karl Pearson,
"Student", Lexis e Von Bortkiewicz. Estes matemáticos, "abrem"
caminho para Fisher, Neyman e Wald, lançarem os fundamentos da
Estatística Moderna, a procura dos métodos óptimos da inferência, o
estudo do comportamento indutivo, rigorizando a comparação indutiva e
vaga.
➢ É a meados do século XIX que se dá o aparecimento da Estatística
Moderna. Pode-se dizer que esta nova etapa da Estatística nasceu nos
laboratórios de pesquisas biométricas.

9
Conclusão

➢ Resumindo aquilo de que falámos mais aprofundadamente nas páginas


anteriores, a estatística é o ramo da matemática dedicado ao
recolhimento, tratamento, análise, interpretação e organização de
dados e com o objetivo de conseguir reunir a melhor e mais precisa
informação possível com os dados disponíveis.

➢ Quanto à sua História podemos dizer que parte da Estatística que


estudamos esteve connosco desde a Grécia Antiga (chamada
essencialmente de Estatística Descritiva e o primeiro contacto que
Portugal teve com a Estatística), mas a maior parte da Estatística
utilizada nos das de hoje (a que alguns chamam Estatística Moderna)
começou apenas por volta do século XVII.

➢ Sobre a importância da estatística nos dias de hoje podemos fazer


referência aos quatros aspetos que demonstram a importância da
Estatística (mais especificamente na área do desenvolvimento social,
onde é mais utilizada): Utilidade (pois não pudemos negar que quase
tudo o que nos rodeia é mais facilmente analisado e entendido quando
quantificado); Estudos Futuros (visto que a Estatística e muitos dos
seus princípios são bases fundamentais do desenvolvimento de muitas
outras ciências); Investigação Científica (devido à existência de
diversas redes de departamentos estatísticos que são usados constate e
sistematicamente por empresas e equipas de investigação); e Estética
(porque a Estatística ainda demonstra um grande interesse na
possibilidade, organização e análise de variadas informações que de
outra maneira seriam quase que impossíveis de obter).

Concluindo, podemos afirmar que a Estatística não é tão simples como muitos
podem imaginar e que, em vez disso, a Estatística tem uma grande História
que, ao contrário de outras ciências em que com o tempo as novas teorias,
métodos e descobertas sobrepõem-se às antigas, fazendo com que estas
caiam rapidamente em desuso, na Estatística todas as descobertas
complementam-se, acabando por fazer de base a algo que se torna perto de
indispensável no nosso dia a dia.

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Biblio e webgrafia

➢ http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-estatistica-no-
mundo-moderno/518/

➢ https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_estat
%C3%ADstica#Pessoas_importantes_no_desenvolvimento_da_estat%C3%ADstica :

➢ https://pt.wikipedia.org/wiki/Estat%C3%ADstica

➢ http://www.grupoescolar.com/pesquisa/origem-da-estatistica.html

➢ http://www.asemana.publ.cv/?A-IMPORTANCIA-DA-ESTATISTICA-NA-
ATUALIDADE-IMPOE-INTENSIFICAR-O-ENSINO-DA

➢ http://professorloureiro.com/a-estatistica-na-sociedade/

➢ https://en.wikipedia.org/wiki/Statistics

➢ http://odoe.blogspot.pt/2011/12/why-statistics-was-invented.html

➢ NEVES, Maria Augusta Ferreira; FARIA, Luísa; RIBEIRO, Bruno. Máximo:


Matemática Aplicada às Ciências Sociais, 10º. Porto Editora.bhg

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