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C o n t e ú d o d e s t e V o l u m e

Prefácio, XI 26.4 Lentes Delgadas, 1031


26.5 Aberrações das Lentes, 1040
Um Convite à Física, 942 26.6 Conexão com o Contexto – Fibroscópios de
Uso Médico, 1041
Resumo, 1043
Contexto 7 Lasers, 946
24 Ondas Eletromagnéticas, 948
27 Óptica Ondulatória, 1052
24.1 Corrente de Deslocamento e a Lei de Ampère
27.1 Condições para a Interferência, 1053
Generalizada, 949
27.2 Experiência de Young da Dupla Fenda, 1053
24.2 Equações de Maxwell, 950
27.3 Interferência de Ondas Luminosas, 1055
24.3 Ondas Eletromagnéticas, 951
27.4 Mudança de Fase em Virtude da Reflexão, 1059
24.4 Descobertas de Hertz, 956
27.5 Interferência em Filmes Finos, 1060
24.5 Energia Transportada pelas Ondas
Eletromagnéticas, 960 27.6 Padrões de Difração, 1064
24.6 Momento e Pressão da Radiação, 962 27.7 Resolução de Fendas Simples e de Aberturas
Circulares, 1068
24.7 O Espectro das Ondas Eletromagnéticas, 966
27.8 A Rede de Difração, 1072
24.8 Polarização, 969
27.9 Difração de Raios X por Cristais, 1076
24.9 Conexão com Contexto – As Propriedades
Especiais da Luz de Laser, 971 27.10 Conexão com o Contexto – Holografia, 1077
Resumo, 974 Resumo, 1079

Conclusão do Contexto 7 Usando Lasers para


25 Reflexão e Refração da Luz, 982
Armazenar Informação, 1087
25.1 A Natureza da Luz, 983
25.2 O Modelo de Raio na Óptica Geométrica, 984 Contexto 8 A Conexão Cósmica, 1092
25.3 A Onda sob Reflexão, 985 28 Física Quântica, 1094
25.4 A Onda sob Refração, 988 28.1 Radiação de Corpo Negro e Teoria de Planck, 1095
25.5 Dispersão e Prismas, 994 28.2 O Efeito Fotoelétrico, 1099
25.6 Princípio de Huygens, 997 28.3 O Efeito Compton, 1104
25.7 Reflexão Interna Total, 999 28.4 Fótons e Ondas Eletromagnéticas, 1108
25.8 Conexão com o Contexto – Fibras Ópticas, 1002 28.5 As propriedades Ondulatórias das Partículas, 1108
Resumo, 1006 28.6 A Partícula Quântica, 1112
28.7 Novamente a Experiência da Dupla Fenda, 1116
26 Formação de Imagem por Espelhos 28.8 O Princípio da Incerteza, 1118
e Lentes, 1015 28.9 Uma Interpretação da Mecânica Quântica, 1121
26.1 Imagens Formadas por Espelhos Planos, 1016 28.10 Uma Partícula em uma Caixa, 1123
26.2 Imagens Formadas por Espelhos Esféricos, 1019 28.11 A Partícula Quântica sob Condições de
26.3 Imagens Formadas por Refração, 1027 Contorno, 1126
ix
x Princípios de Física

28.12 A Equação de Schrödinger, 1127 31 Física de Partículas, 1214


28.13 Tunelamento Através de uma Barreira de 31.1 As Forças Fundamentais na Natureza, 1215
Energia Potencial, 1130 31.2 Pósitrons e Outras Antipartículas, 1216
28.14 Conexão com o Contexto – A Temperatura 31.3 Mésons e o Início da Física de Partículas, 1219
Cósmica, 1133 31.4 Classificação das Partículas, 1222
Resumo, 1135 31.5 Leis de Conservação, 1224
31.6 Partículas Estranhas e Estranheza, 1227
29 Física Atômica, 1143 31.7 Criando Partículas e Medindo suas
29.1 Modelos Estruturais Primitivos do Átomo, 1144 Propriedades, 1228
29.2 Novamente o Átomo de Hidrogênio, 1146 31.8 Encontrando Padrões nas Partículas, 1232
29.3 O Número Quântico Magnético do Spin, 1148 31.9 Quarks, 1233
31.10 Quarks Coloridos, 1237
29.4 As Funções de Onda para o Hidrogênio, 1149
31.11 O Modelo-Padrão, 1239
29.5 Interpretação Física dos Números Quânticos, 1153
31.12 Conexão com o Contexto – Investigando o
29.6 O Princípio da Exclusão e a Tabela Periódica, 1160 Menor Sistema para Compreender o Maior,
29.7 Espectros Atômicos: no Visível e de Raios X, 1165 Sistema 1242
29.8 Conexão com o Contexto – Átomos no Espaço, 1170 Resumo, 1247
Resumo, 1172
Conclusão do Contexto 8 Problemas e
30 Física Nuclear, 1179
Perspectivas, 1254
30.1 Algumas Propriedades dos Núcleos, 1180 Apêndices
30.2 Energia de Ligação, 1188 A. Tabelas, A.1
30.3 Radioatividade, 1190 B. Revisão Matemática, A.15
30.4 Os Processos de Decaimento Radioativo, 1193 C. Tabela Periódica dos Elementos, A.32
30.5 Reações Nucleares, 1201 D. Unidades SI, A.34
30.6 Conexão com o Contexto – O Motor das E. Ganhadores do Prêmio Nobel, A.35
Estrelas, 1203 Respostas dos Problemas Ímpares, A.41
Resumo, 1205 Índice Remissivo, I.1
P r e f á c i o

rincípios de Física foi desenvolvido para um curso de física introdutório de


P um ano, baseado no cálculo, para estudantes de engenharia e de ciências e
para estudantes de medicina que fazem um curso rigoroso de física. Esta edição
contém muitas características pedagógicas novas – mais notavelmente, um enfoque
contextual para aumentar a motivação, uma ênfase maior para se evitar con-
cepções errôneas, e uma estratégia de resolução de problemas que utiliza o enfoque
de modelos.
Este projeto foi concebido por causa de problemas bem conhecidos ao se dar
um curso de física introdutório baseado no cálculo. O conteúdo do curso (e,
portanto, o tamanho dos livros didáticos) continua a crescer, enquanto o número
das horas de contato com os estudantes ou diminuiu ou permaneceu inalterado.
Além disso, cursos tradicionais de um ano cobrem pouco ou nada da física do
século XX.
Ao preparar este livro didático, fomos motivados pelo interesse crescente de
reformular esse curso, principalmente pelos esforços do Introductory University
Physics Project (Iupp), financiado pela American Association of Physics Teachers e
pelo American Institute of Physics. Os principais objetivos e diretrizes desse
projeto são:

• reduzir o conteúdo do curso seguindo o tema “menos pode ser mais”;


• incorporar a física contemporânea naturalmente no curso;
• organizar o curso no contexto de um ou mais “enredos”;
• tratar todos os estudantes imparcialmente, com eqüidade.

Ao reconhecer há vários anos a necessidade de um livro didático que pudesse


alcançar essas diretrizes, estudamos os diversos modelos Iupp propostos e os diversos
relatórios dos comitês Iupp. Finalmente, um de nós (RAS) tornou-se ativamente
envolvido na revisão e no planejamento de um modelo específico, desenvolvido
inicialmente na U.S. Air Force Academy, intitulado “Um Enfoque de Partículas
para a Física Introdutória”. Passou-se parte do verão de 1990 na academia em
trabalhos com o coronel James Head e com o tenente-coronel Rolf Enger, os
autores principais do modelo de partículas, e com outros membros daquele
departamento. Essa colaboração tão útil foi o ponto inicial deste projeto.
O co-autor (JWJ) envolveu-se com o modelo Iupp chamado “Física em
Contexto”, desenvolvido por John Rigden (American Institute of Physics), David
Griffiths (Oregon State University) e Lawrence Coleman (University of Arkansas
em Little Rock). Esse envolvimento levou ao revestimento contextual que é uti-
lizado neste livro e descrito em detalhes mais adiante.

N.E.: A edição em português está organizada em quatro volumes: Vol. I – Mecânica Clássica; Vol. II –
Movimento Ondulatório e Termodinâmica (anteriormente, no vol. I, denominado “Ondas Termodinâmi-
cas”); Vol. III – Eletromagnetismo e Vol. IV – Óptica e Física Moderna.

xi
xii Princípios de Física

O enfoque combinado Iupp deste livro tem as seguintes características:


• É um enfoque evolucionário (em vez de um enfoque revolucionário), que deve
suprir as necessidades atuais da comunidade da física.
• Ele remove muitos tópicos da física clássica (tais como circuitos de corrente al-
ternada e instrumentos ópticos) e coloca menos ênfase no movimento de corpo
rígido, na óptica e na termodinâmica.
• Alguns tópicos da física do século XX, tais como a relatividade especial, a quan-
tização da energia e o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, são apre-
sentados logo no início do livro.
• É feita uma tentativa deliberada para mostrar a unidade da física.
• Como uma ferramenta de motivação, o texto conecta os princípios da física a
questões sociais interessantes, a fenômenos naturais e a avanços tecnológicos.

OBJETIVOS
Este livro didático de física introdutória tem dois objetivos principais: fornecer ao
estudante uma apresentação clara e lógica dos conceitos e princípios básicos da
física, e fortalecer a compreensão dos conceitos e princípios por meio de uma
ampla gama de aplicações interessantes para o mundo real. Para alcançar esses
objetivos, enfatizamos argumentos físicos razoáveis e a metodologia de resolução
de problemas. Ao mesmo tempo, tentamos motivar o estudante por meio de
exemplos práticos que demonstram o papel da física em outras disciplinas,
incluindo engenharia, química e medicina.

MUDANÇAS DESTA EDIÇÃO


Foram feitas inúmeras mudanças e melhorias na edição deste texto. Muitas dessas
melhorias são uma resposta às tendências atuais na educação de ciência e aos
comentários e sugestões fornecidos pelos revisores do manuscrito e pelos instru-
tores que utilizaram as duas primeiras edições. A lista a seguir representa as principais
mudanças:
Conteúdo Embora o conteúdo geral do livro seja similar àquele da edição anterior,
várias mudanças foram implementadas. Um enfoque global para a energia e para a
transferência de energia é introduzido no Capítulo 6 (vol. I) e foi incorporado em
todo o livro. Uma discussão dos calores específicos molares dos gases foi adicionada
ao Capítulo 17 (vol. II). Também no Capítulo 17 a primeira lei da termodinâmica é
escrita na forma E int  Q  W, em vez da expressão comum que aparece em
muitos livros didáticos, E int  Q  W. Esta forma segue naturalmente o enfoque
global para energia introduzido no Capítulo 6 e é consistente com a forma da lei
que a maioria dos livros de química utiliza. O uso desta forma da primeira lei segue
uma recomendação feita por um comitê apontado pela American Physical Society.
Finalmente, muitas seções foram modernizadas, excluídas, ou combinadas com
outras seções para permitir uma apresentação mais balanceada.
Organização Incorporamos um esquema de “revestimento contextual” ao livro,
em resposta ao enfoque “Física em Contexto” do Iupp. Essa característica nova
inclui aplicações interessantes dos assuntos tratados nesta edição a questões reais.
Desenvolvemos essa característica para ser flexível, de tal forma que o instrutor
que não deseje seguir o enfoque contextual possa ignorar simplesmente as caracte-
rísticas contextuais adicionais sem sacrificar uma cobertura completa do material
existente. Achamos, contudo, que serão muitos os benefícios que os estudantes
terão com esse enfoque.
P r e f á c i o xiii

A organização de revestimento contextual divide o texto em oito seções, ou


Contextos, após o Capítulo 1 (vol. I), como segue:

Número
do Contexto Contexto Tópicos de Física Capítulos
1 Missão para Marte Mecânica clássica 2 – 11
2 Terremotos Vibrações e ondas 12 – 14
3 Em Busca do Titanic Fluidos 15
4 Aquecimento Global Termodinâmica 16 – 18
5 Raios Eletricidade 19 – 21
6 Veículos de Levitação Magnética Magnetismo 22 – 23
7 Lasers Óptica 24 – 27
8 A Conexão Cósmica Física moderna 28 – 31

Cada Contexto começa com uma introdução, levando a uma questão central
que motiva o estudo dentro do Contexto. A seção final de cada capítulo é a
Conexão com o Contexto, que discute como o material no capítulo se relaciona
com o Contexto e com a questão central. O capítulo final em cada Contexto é
seguido por uma Conclusão. Cada conclusão usa os princípios aprendidos no
contexto para responder completamente à questão central. Cada capítulo e suas
respectivas Conclusões incluem problemas relacionados ao material de contexto.
Prevenção de Armadilha Estas características novas estão colocadas nas margens
do texto e relacionam-se com concepções errôneas comuns dos estudantes e com
situações nas quais os estudantes muitas vezes seguem caminhos improdutivos. São
fornecidas mais de 200 Prevenções de Armadilhas para ajudar os estudantes a
evitar os erros e equívocos comuns.
Enigmas Rápidos Estão incluídos vários Enigmas Rápidos em cada capítulo para
fornecer aos estudantes oportunidades de testar sua compreensão dos conceitos
físicos apresentados. As questões exigem que os estudantes tomem decisões com
base em raciocínio razoável. Algumas delas ajudam os estudantes a superar
concepções errôneas comuns. As respostas de todos os Enigmas Rápidos encon-
tram-se no final de cada capítulo.
Modelagem Um enfoque de modelagem, baseado nos quatro tipos de modelos
usados comumente pelos físicos, é introduzido para ajudar os estudantes a
entender que eles estão resolvendo problemas que se aproximam da realidade. Eles
têm, então, de aprender a como testar a validade do modelo. Esse enfoque também
ajuda os estudantes a enxergar unidade na física, pois grande parte dos problemas
pode ser resolvida com um número pequeno de modelos. É introduzida no
Capítulo 1 uma estratégia geral de resolução de problemas utilizando o enfoque de
modelagem.
Representações Alternativas É dada ênfase nas representações alternativas da
informação, incluindo representações mentais, pictóricas, gráficas, tabelares e
matemáticas. Muitos problemas são mais fáceis de resolver quando a informação é
apresentada de forma alternativa, alcançando os vários métodos diferentes que os
estudantes utilizam para aprender.
Revisão Linha por Linha O texto foi editado cuidadosamente para melhorar a
clareza de apresentação e a precisão da linguagem. Esperamos que o resultado
seja um livro preciso e agradável de ler.
xiv Princípios de Física

Problemas Em um esforço para melhorar a clareza e a qualidade, foram substan-


cialmente revisados os problemas de final de capítulo. Aproximadamente 40% dos
problemas (cerca de 600 nos quatro volumes) são novos para esta edição, e a
maioria desses problemas novos está no nível intermediário (identificado por um
bullet). Muitos problemas exigem que os estudantes façam cálculos de ordem de
grandeza. Grande parte dos problemas foi editada cuidadosamente e, quando ne-
cessário, reformulada.
Veja a próxima seção para uma descrição completa de outras características do
conjunto de problemas.
Notas da internet Endereços úteis da internet são fornecidos como notas
marginais WEB para encorajar os estudantes a explorar extensões do material
além do que é abordado no texto. Em particular, os Contextos fornecem opor-
tunidades ricas para explorações adicionais na internet.
Aplicações Biomédicas Para estudantes de biologia e de medicina, os símbolos
indicam várias aplicações práticas e interessantes dos princípios físicos nessas duas
áreas.

CARACTERÍSTICAS DO TEXTO
A maioria dos instrutores deve concordar que o livro didático selecionado para um
curso deve ser o guia principal dos estudantes para a compreensão e apren-
dizagem do assunto. Além disso, o livro didático deve ser facilmente acessível assim
como escrito e estilizado para facilitar a instrução e o aprendizado. Levando em
consideração esses fatores, incluímos muitas características pedagógicas com o
objetivo de aumentar a utilidade do livro para estudantes e professores. Essas
características são as seguintes:
Estilo Para facilitar a compreensão rápida, tentamos escrever o livro em um estilo
claro, lógico e atraente. O estilo de certo modo informal e descontraído almeja
aumentar o prazer da leitura. Termos novos são definidos cuidadosamente, e
tentamos evitar o uso de jargão.
Apresentação A maioria dos capítulos se inicia com uma apresentação breve que
inclui a discussão dos objetivos e o conteúdo do capítulo em particular.
Enunciados e Equações Importantes A maioria dos enunciados e definições
importantes é colocada em negrito ou realçada em um quadro de fundo para uma
ênfase adicional e facilidade de revisão. Similarmente, equações importantes são
realçadas sobre um fundo cinza para facilitar sua localização.
Dicas de Resolução de Problemas Incluímos estratégias gerais para a resolução
dos tipos de problemas apresentados nos exemplos e nos problemas de final de
capítulo. Esta característica auxilia os estudantes a identificar os passos necessários
para resolver problemas e elimina qualquer incerteza que eles possam ter.
Estratégias de resolução de problemas são realçadas com um leve fundo cinza para
ênfase e facilidade de localização.
Notas Marginais Comentários e notas aparecendo na margem podem ser utili-
zados para localizar afirmações, equações e conceitos importantes no texto.
Ilustrações e Tabelas A legibilidade e a eficiência do material de texto e dos
exemplos trabalhados são aumentadas pelo grande número de figuras, diagra-
mas, fotografias e tabelas. A aparência tridimensional de muitas ilustrações foi
P r e f á c i o xv

melhorada nesta edição. As fotografias foram cuidadosamente selecionadas, e as


legendas que as acompanham foram escritas para servir como uma ferramenta
adicional de instrução.
Nível Matemático Introduzimos o cálculo gradualmente, tendo em mente que os
estudantes com freqüência têm cursos introdutórios de cálculo e de física simul-
taneamente. A maioria dos passos é mostrada quando as equações básicas são de-
senvolvidas, e muitas vezes é feita referência aos apêndices matemáticos no final
do livro. Os produtos vetoriais são discutidos em detalhes no texto, a seguir, onde
são necessários nas aplicações físicas. O produto escalar é introduzido no Capítulo 6
(vol. I), que lida com trabalho e energia; o produto vetorial é introduzido no Capítulo
10 (vol. I), que lida com a dinâmica rotacional.
Exemplos Trabalhados Um grande número de exemplos trabalhados, de difi-
culdade variável, é apresentado para promover a compreensão dos conceitos pelos
estudantes. Em muitos casos, os exemplos servem como modelo para resolver os
problemas de final de capítulo. Em razão da ênfase crescente na compreensão dos
conceitos físicos, muitos exemplos têm natureza conceitual. Os exemplos são colo-
cados em quadros, e as suas respostas com soluções numéricas são realçadas com
um fundo cinza.
Exercícios de Exemplo Trabalhados Muitos dos exemplos trabalhados são seguidos
imediatamente por exercícios com respostas. Esses exercícios têm por objetivo pro-
mover interação entre o estudante e o livro e reforçar imediatamente a compreensão
pelo estudante dos conceitos e das técnicas de resolução de problemas. Os exercícios
representam extensões dos exemplos trabalhados.
Questões Questões que requerem respostas verbais são fornecidas no final de
cada capítulo. Considerando os quatro volumes, são incluídas mais de 500 ques-
tões nesta edição. Algumas delas fornecem ao estudante uma maneira de testar
por si próprios os conceitos apresentados no capítulo. Outras podem servir como
base para o início de discussões em sala de aula.
Algarismos Significativos Foram tratados com cuidado os algarismos significativos,
tanto nos exemplos trabalhados quanto nos problemas de final de capítulo. A
maioria dos exemplos e problemas numéricos é trabalhada com dois ou três
algarismos significativos, dependendo da precisão dos dados fornecidos.
Problemas Os problemas de final de capítulo são mais numerosos nesta edição e mais
variados (ao todo, são mais de 1.800 problemas). Para conveniência do estudante e
do instrutor, cerca de dois terços dos problemas referem-se a seções específicas dos
capítulos, incluindo as seções Conexão com o Contexto. Os problemas re-
manescentes, chamados Problemas Adicionais, não se referem a seções específicas.
O símbolo identifica problemas que lidam com aplicações na medicina e nas
ciências da vida. Um ou mais problemas em cada capítulo solicitam que o estudante
faça cálculos de ordem de grandeza baseados nos próprios dados estimados. Outros
tipos de problemas são descritos a seguir com mais detalhes. São fornecidas no final
do livro respostas aos problemas ímpares.
Usualmente, os problemas dentro de uma dada seção são apresentados de tal
forma que os mais diretos aparecem em primeiro lugar; esses problemas mais
diretos são seguidos por aqueles de dificuldade crescente. Para facilitar a identi-
ficação, os números dos problemas de nível intermediário são marcados com um
bullet, e aqueles dos problemas desafiadores são identificados com dois bullets.
Problemas de Revisão Muitos capítulos incluem problemas de revisão, solicitando
ao estudante relacionar conceitos abordados no capítulo com os conceitos discu-
xvi Princípios de Física

tidos em capítulos anteriores. Esses problemas podem ser usados pelos estudantes
ao se preparar para testes e pelos instrutores para tarefas especiais e para discussões
em sala de aula.
Pares de Problemas Como um auxílio para os estudantes que estão aprendendo a
resolver problemas simbolicamente, pares de problemas numéricos e simbólicos
estão incluídos nos Capítulos 1 a 4 (vol. I); nos capítulos 16 a 18 (vol. II) e 19 e 21
(vol. III). Pares de problemas são identificados por um fundo comum cinza.
Problemas Baseados no Computador e na Calculadora A maioria dos capítulos
inclui um ou mais problemas cuja solução exige o uso de um computador ou de
uma calculadora gráfica. A modelagem dos fenômenos físicos permite aos estu-
dantes obter representações gráficas das variáveis e realizar análises numéricas.
Unidades O sistema internacional de unidades (SI) é utilizado em todo o texto. O
sistema inglês de unidades (sistema convencional) é usado apenas de forma limi-
tada nos capítulos de mecânica e termodinâmica.
Resumos Cada capítulo contém um resumo, com revisão dos conceitos e equa-
ções importantes discutidas naquele capítulo.
Apêndices e Tabelas Extras São fornecidos vários apêndices no final do livro. A
maior parte do material de apêndice apresenta uma revisão dos conceitos e
técnicas matemáticas utilizados no texto, incluindo notação científica, álgebra,
geometria, trigonometria, cálculo diferencial e cálculo integral. É feita em todo o
texto referência a esses apêndices. A maioria das seções de revisão matemática nos
apêndices inclui exemplos trabalhados e exercícios com respostas. Além das
revisões matemáticas, os apêndices contêm tabelas de dados físicos, fatores de
conversão, massas atômicas, e as unidades SI das grandezas físicas, assim como
uma tabela periódica dos elementos e uma lista dos ganhadores do prêmio Nobel.
Outras informações úteis, incluindo constantes fundamentais e dados físicos,
dados planetários, uma lista dos prefixos-padrão, símbolos matemáticos, o alfabeto
grego e abreviações-padrão das unidades de medida, aparecem nas tabelas extras.

OPÇÕES DE ENSINO
Embora alguns tópicos encontrados nos livros didáticos tradicionais tenham sido
omitidos desta obra, instrutores podem achar que o texto atual ainda contém mais
material do que pode ser abordado em uma seqüência de dois semestres. Por tal
razão, gostaríamos de oferecer as seguintes sugestões. Se você deseja dar mais
ênfase aos tópicos contemporâneos em física, considere omitir partes dos Capítulos
15, 16, 17 e 18 (vol. II), 24 (vols. III e IV), 25 e 26 (vol. IV), ou todos eles. Por outro
lado, se você deseja seguir um enfoque mais tradicional, que dá mais ênfase à física
clássica, pode omitir os Capítulos 9 e 11 (vol. I) e 28, 29, 30 e 31 (vol. IV). Qualquer
um dos enfoques pode ser utilizado sem nenhuma perda de continuidade. Outras
opções de ensino estariam entre estes dois extremos, escolhendo-se omitir algumas
ou todas as seções seguintes, que podem ser consideradas como opcionais:

3.6 Velocidade Relativa 12.6 Oscilações Amortecidas


7.7 Diagramas de Energia e 12.7 Oscilações Forçadas
Estabilidade do Equilíbrio 14.7 Padrões de Onda Não Senoidais
9.9 Relatividade Geral 15.8 Outras Aplicações da Dinâmica de
10.11 Corpos Rígidos Rolando Fluidos
P r e f á c i o xvii

16.6 Distribuição de Velocidades 20.10 Capacitores com Dielétricos


Moleculares 22.11 Magnetismo na Matéria
17.7 Calores Específicos Molares 26.5 Aberrações de Lentes
de Gases Ideais 27.9 Difração de Raios X por Cristais
17.8 Processos Adiabáticos para 28.13 Tunelamento Através de uma
um Gás Ideal Barreira de Energia Potencial
17.9 Calores Específicos Molares
e a Equipartição da Energia

AGRADECIMENTOS
Esta edição foi preparada com a orientação e o auxílio de muitos professores que
revisaram parte ou todo o manuscrito, o texto de pré-revisão, ou ambos. Deseja-
mos agradecer aos seguintes estudiosos e expressar nossa consideração sincera por
suas sugestões, críticas, e encorajamento:
Yildirim M. Aktas, University of North Carolina — Charlotte Thomas P. Marvin, Southern Oregon University
Alfonso M. Albano, Bryn Mawr College Martin S. Mason, College of the Desert
Michael Bass, University of Central Florida Wesley N. Mathews, Jr., Georgetown University
James Carolan, University of British Columbia Ken Mendelson, Marquette University
Kapila Clara Castoldi, Oakland University Allen Miller, Syracuse University
Michael Dennin, University of California, Irvine John W. Norbury, University of Wisconsin — Milwaukee
Madi Dogariu, University of Central Florida Romulo Ochoa, The College of New Jersey
William Fairbank, Colorado State University Melvyn Oremland, Pace University
Marco Fatuzzo, University of Arizona Steven J. Pollock, University of Colorado — Boulder
Patrick Gleeson, Delaware State University Rex D. Ramsier, The University of Akron
Christopher M. Gould, University of Southern California Charles R. Rhyner, University of Wisconsin — Green Bay
James D. Gruber, Harrisburg Area Community College Dennis Rioux, University of Wisconsin — Oshkosh
John B. Gruber, San Jose State University Gregory D. Severn, University of San Diego
Gail Hanson, Indiana University Shirvel Stanislaus, Valparaiso University
Dieter H. Hartmann, Clemson University Randall Tagg, University of Colorado at Denver
Michael J. Hones, Villanova University Robert Watkins, University of Virginia
Roger M. Mabe, United States Naval Academy

Este livro foi checado cuidadosamente em relação à precisão por Edward Gibson
(California State University, Sacramento), Chris Vuille (Embry-Riddle Aeronau-
tical University) e Ronald Jodoin (Rochester Institute of Technology).
Agradecemos às seguintes pessoas por suas sugestões e auxílio durante a pre-
paração das edições anteriores deste livro:

Edward Adelson, Ohio State University Richard W. Henry, Bucknell University


Subash Antani, Edgewood College Laurent Hodges, Iowa State University
Harry Bingham, University of California, Berkeley Joey Huston, Michigan State University
Anthony Buffa, California Polytechnic State University, Herb Jaeger, Miami University
San Luis Obispo David Judd, Broward Community College
Ralph V. Chamberlin, Arizona State University Thomas H. Keil, Worcester Polytechnic Institute
Gary G. DeLeo, Lehigh University V. Gordon Lind, Utah State University
Alan J. DeWeerd, Creighton University David Markowitz, University of Connecticut
Gordon Emslie, University of Alabama at Huntsville John W. McClory, United States Military Academy
Donald Erbsloe, United States Air Force Academy L. C. McIntyre, Jr., University of Arizona
Philip Fraundorf, University of Missouri — St. Louis Alan S. Meltzer, Rensselaer Polytechnic Institute
Todd Hann, United States Military Academy Roy Middleton, University of Pennsylvania
Gerald Hart, Moorhead State University Clement J. Moses, Utica College of Syracuse University
xviii Princípios de Física

Anthony Novaco, Lafayette College Harold Slusher, University of Texas at El Paso


Desmond Penny, Southern Utah University J. Clinton Sprott, University of Wisconsin at Madison
Prabha Ramakrishnan, North Carolina State University Cecil Thompson, University of Texas at Arlington
Rogers Redding, University of North Texas Chris Vuille, Embry-Riddle Aeronautical University
Perry Rice, Miami University James Whitmore, Pennsylvannia State University
Janet E. Seger, Creighton University
Antony Simpson, Dalhousie University

Somos gratos aos que desenvolveram os modelos Iupp, “Um Enfoque de


Partículas para a Física Introdutória” e “Física em Contexto,” sobre os quais está
baseada boa parte da abordagem pedagógica deste livro.
Ralph McGrew coordenou os problemas de final de capítulo. Problemas novos
desta edição foram escritos por Michael Browne, Michael Hones, Robert Forsythe,
John Jewett, Ralph McGrew, Laurent Hodges, Boris Korsunsky, Richard Cohen,
John DiNardo, Ronald Bieniek e Raymond Serway. Robert Beichner e John Gerty
contribuíram com idéias para problemas. Os estudantes Eric Peterman, Karl Payne
e Alexander Coto fizeram correções nos problemas da edição anterior, assim como
o fizeram os instrutores Vasili Haralambous, Frank Hayes, Eugene Mosca, David
Aspnes e Erika Hermon.
Somos gratos, ainda, a John R. Gordon, Ralph McGrew, Michael Rudmin, Ralph
McGrew, Jeffery Saul e Charles Teague. Durante o desenvolvimento deste texto, os
autores beneficiaram-se de muitas discussões úteis com colegas e outros instrutores
de física, incluindo Robert Bauman, William Beston, Don Chodrow, Jerry Faughn,
John R. Gordon, Kevin Giovanetti, Dick Jacobs, Harvey Leff, Clem Moses, Dorn
Peterson, Joseph Rudmin e Gerald Taylor. Agradecimento e reconhecimento
especial vão para o quadro de funcionários profissionais da Harcourt College
Publishers — em particular, Ed Dodd, Frank Messina, Bonnie Boehme, Carol
Bleistine e Kathleen S. McLellan. Estamos muito reconhecidos pela revisão de
provas de Margaret Mary Anderson, pela edição de cópia final de Linda Davoli,
pelo excelente trabalho de arte produzido por Rolin Graphics e pelos esforços
dedicados de pesquisa de fotos de Dena Digilio-Betz. Sentiremos saudade de nosso
bom amigo, o falecido John Vondeling, que era lendário como editor de produtos
de ensino de alta qualidade para a educação de ciência.
Finalmente, somos profundamente gratos a nossas esposas e a nossos filhos por
seu amor, apoio, e sacrifícios de longo prazo.

Raymond A. Serway
Leesburg, Virgínia

John W. Jewett, Jr.


Pomona, Califórnia
Um técnico opera o maquinário
utilizado para produzir chips de
circuito de arsenito de gálio, cuja
operação é baseada nos princí-
pios da física. (Cortesia de TRW)

Um Convite à Física

F
ísica, a ciência física mais fundamental, lida com os princípios básicos do
universo. Ela é a fundação sobre a qual estão baseadas as outras ciências –
astronomia, biologia, química e geologia. A beleza da física está na simplici-
dade de suas teorias fundamentais e na maneira como um número pe-
queno de conceitos, equações e suposições básicas podem alterar e expandir nossa
visão do mundo ao nosso redor.
A física clássica, desenvolvida antes de 1900, inclui as teorias, os conceitos, as leis e
as experiências em mecânica clássica, termodinâmica e eletromagnetismo. Por exem-
plo, Galileu Galilei (1564-1642) fez contribuições significativas para a mecânica clássica
por meio de seu trabalho sobre as leis do movimento com aceleração constante. Na
mesma época, Johannes Kepler (1571-1630) usou observações astronômicas para de-
senvolver leis empíricas para os movimentos dos corpos planetários.
Contudo, as contribuições mais importantes para a mecânica clássica foram
fornecidas por Isaac Newton (1642-1727), que desenvolveu a mecânica clássica como
uma teoria sistemática e foi um dos criadores do cálculo como uma ferramenta
matemática. Embora tenham continuado no século XVIII desenvolvimentos importantes
U m C o n v i t e à F í s i c a 943

na física clássica, a termodinâmica e o eletromagnetismo não foram desenvolvidos até


a parte final do século XIX, principalmente porque os aparelhos para as experiências
controladas eram ou muito rudes ou então não estavam disponíveis até essa época.
Embora muitos fenômenos elétricos e magnéticos tenham sido estudados mais cedo, o
trabalho de James Clerk Maxwell (1831-1879) forneceu uma teoria unificada para o eletro-
magnetismo. Neste texto vamos tratar as várias disciplinas da física clássica em seções
separadas; contudo, veremos que as disciplinas da mecânica e do eletromagnetismo
são básicas para todos os ramos da física.
Uma revolução maior na física, chamada usualmente de física moderna, começou
próxima ao final do século XIX. A física moderna desenvolveu-se principalmente
porque muitos fenômenos físicos não podiam ser explicados pela física clássica. Os
dois desenvolvimentos mais importantes na era moderna foram as teorias da relatividade
e da mecânica quântica. A teoria da relatividade de Einstein revolucionou completa-
mente os conceitos tradicionais de espaço, tempo e energia. A teoria de Einstein des-
creve corretamente o movimento de corpos movendo-se com velocidades comparáveis
à velocidade da luz. A teoria da relatividade também mostra que a velocidade da luz é
um limite superior da velocidade de um corpo e que a massa e a energia estão rela-
cionadas. A mecânica quântica foi formulada por inúmeros cientistas ilustres para
fornecer descrições dos fenômenos físicos em nível atômico.
Os cientistas trabalham continuamente para melhorar nossa compreensão das leis
fundamentais, e novas descobertas são feitas todo dia. Em muitas áreas de pesquisa
existe uma grande sobreposição entre física, química e biologia. Evidência para essa so-
breposição é constatada nos nomes de algumas subespecialidades na ciência – biofí-
sica, bioquímica, físico-química, biotecnologia e assim por diante. Inúmeros avanços
tecnológicos em épocas recentes são o resultado de esforços de muitos cientistas, en-
genheiros e técnicos. Alguns dos desenvolvimentos mais notáveis na segunda metade
do século XX são: (1) missões espaciais para a Lua e outros planetas, (2) microcircuitos
e computadores de alta velocidade, (3) técnicas de imagem sofisticadas utilizadas na
pesquisa científica e na medicina, e (4) várias realizações notáveis em engenharia ge-
nética. O impacto destes desenvolvimentos e descobertas na nossa sociedade tem sido
de fato grande, e descobertas e desenvolvimentos futuros serão muito provavelmente
emocionantes, desafiadores e de grande benefício para a humanidade.
Para investigar o impacto da física sobre os desenvolvimentos na nossa sociedade,
usaremos um enfoque contextual para o estudo do conteúdo deste livro. Princípios de Física
é dividido em oito Contextos (distribuídos nos quatro volumes), que relacionam a física a
questões sociais, a fenômenos naturais, ou a aplicações tecnológicas, como esboçado aqui:

Capítulos Contexto
2–11 Missão para Marte
12–14 Terremotos
15 Em Busca do Titanic
16–18 Aquecimento Global
19–21 Raios
22–23 Veículos de Levitação Magnética
24–27 Lasers
28–31 A Conexão Cósmica

As conexões fornecem um enredo para cada seção do texto, que auxiliará para criar
relevância e motivação no estudo do material.
944 Princípios de Física

O Telescópio Espacial Hubble nos estágios finais de construção antes do lançamento. (Lockheed Missiles
and Space Co., Inc.)
U m C o n v i t e à F í s i c a 945

Cada Contexto começa com uma questão central, que consiste no foco para o es-
tudo da física no Contexto. A seção final de cada capítulo é uma “Conexão com o
Contexto”, na qual o material no capítulo é explorado tendo em mente a questão cen-
tral. No final de cada Contexto, uma Conclusão de Contexto junta todos os princípios
necessários para responder tão completamente quanto possível à questão central.
No primeiro capítulo, investigamos alguns dos fundamentos matemáticos e das es-
tratégias de resolução de problemas que serão utilizados em nosso estudo da física. O
primeiro Contexto, Missão para Marte, foi introduzido no Capítulo 2 (vol. I), onde os
princípios da mecânica clássica são aplicados ao problema de transferir uma nave espa-
cial da Terra até Marte.
Lasers*
invenção do laser foi popularmen- mentou um tremendo crescimento. Estão

A te creditada a Arthur Schawlow e


Charles H. Townes por muitos anos
agora disponíveis lasers com comprimentos
de onda nas regiões infravermelha, visível e
Contexto 7

após a publicação por eles de uma ultravioleta. Vários tipos de lasers usam sóli-
proposta para o laser em uma edição de dos, líquidos e gases como meio ativo. Em-
1958 da Physical Review. Schawlow e Townes bora o laser original emitisse luz em uma
receberam uma patente pelo equipamento faixa muito estreita ao redor de um com-
em 1959. Em 1960, o primeiro laser foi cons- primento de onda fixo, estão disponíveis
truído e operado por Theodore Maiman. hoje em dia lasers ajustáveis, nos quais o
Esse equipamento usava um cristal de rubi comprimento de onda pode ser variado.
para criar a luz de laser, que foi emitida em O laser é uma ferramenta tecnológica
pulsos a partir da extremidade de um cilin- onipresente em nossa vida diária. Suas apli-
dro de rubi. Uma lâmpada de flash foi usada cações incluem a “soldadura” cirúrgica de
para excitar a ação do laser. retinas descoladas, inspeções de precisão e
A primeira vitória em uma batalha le- medidas de comprimento, uma fonte po-
gal de 30 anos de duração foi obtida por tencial para a indução de reações de fusão
Gordon Gould – estudante de pós-graduação nuclear, o corte de precisão de metais e de
na Columbia University no final da década outros materiais e a comunicação telefôni-
de 1950 – em 1977, quando recebeu uma ca através de fibras ópticas.
patente pela invenção do laser em 1957, as- Também usamos lasers para ler infor-
sim como por ter cunhado o termo. Acredi- mação em CDs de áudio e em aplicações de
tando erroneamente que teria de ter um computador. Videodiscos digitais usam
protótipo funcionando antes de poder re- lasers para ler informação de vídeo. Lasers
querer uma patente, ele não solicitou a pa- são usados em lojas de varejo para ler pre-
tente até 1959, depois de Schawlow e Townes. ços e informações de estoque a partir das
A batalha legal de Gould terminou em 1987. etiquetas dos produtos.
Naquele momento, a tecnologia de Gould
já estava sendo amplamente usada na indús-
tria e na medicina. Sua vitória finalmente
resultou em seu controle sobre os direitos
de patente de talvez 90% dos lasers usados e
vendidos nos Estados Unidos.
Desde o desenvolvimento do primeiro
equipamento, a tecnologia do laser experi-

O laser de rubi original emitia luz vermelha,


assim como muitos lasers desenvolvidos logo
depois dele. Hoje em dia, lasers estão
Fotografia de um dos primeiros lasers de disponíveis em uma variedade de cores e em
rubi, mostrando a lâmpada de flash (hélice várias regiões do espectro eletromagnético.
de vidro) envolvendo a haste de rubi Nesta fotografia, um laser é usado para
(cilindro interior). (Cortesia de HRL realizar pesquisa científica. (Hank
Laboratories LLC, Malibu, CA) Morgan/Photo Researchers, Inc.)

* N.E.: Por motivos didáticos, optamos por repetir o Capítulo 24 também no vol. IV.

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Um laser é usado em um olho humano para
se realizar um procedimento cirúrgico. A
palavra laser é o acrônimo para a expressão
em inglês light amplification by stimulated
emission of radiation, que significa
amplificação de luz por emissão estimulada
de radiação. (Will & Deni McIntyre/
Photo Researchers, Inc.)

Este equipamento robótico possui tesouras Essas e outras aplicações são possíveis
a laser que podem cortar até 50 camadas por causa das características únicas da luz
de tecido de uma só vez. Esse é um dos de laser. Além de ser altamente monocro-
muitos usos tecnológicos dos lasers em mática, a luz de laser também é altamente
nossa sociedade. (Philippe Plailly/SPL/ direcional e pode, dessa forma, ser focaliza-
Photo Researchers, Inc.) da precisamente para produzir regiões de
extrema intensidade.
Neste Contexto, iremos investigar a físi-
ca da radiação eletromagnética e da óptica,
e aplicar os princípios para uma compreen-
são do comportamento da luz de laser e suas
aplicações. Um foco principal do nosso estu-
do será a tecnologia de fibras ópticas e
como elas são usadas na indústria e na medi-
cina. Estudaremos a natureza da luz enquan-
to respondemos à nossa questão central

O que há de tão especial


na luz de laser e como
ela é usada em aplicações
Um scanner (analisador de varredura) de
supermercado usa a luz de um laser para
tecnológicas?
identificar os produtos que estão sendo
comprados. As reflexões do código de barras
no pacote são lidas e introduzidas no
computador com o objetivo de determinar
o preço do item. (Paul Shambroom/Photo
Researchers, Inc.)
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