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Cartilha PDF
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Revisão
Capa
Fotografia do quadro de Dra. Olga Vaz doado a Superintendência de Assistência Farmacêutica
Duas palavras
É com satisfação – pelo alcance da cartilha em si e, de nossa parte, também, pelo dever cumprido – que a Superintendência de
Assistência Farmacêutica, da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, através de sua Gerência de Operacionalização da Política de Saúde
e, nesta, da Coordenação de Farmácia e Terapêutica; apresenta com o referido documento, sua contribuição ao estudo e uso da Fitoterapia em
nosso meio.
Nenhum assunto, talvez, mais familiar aos que trabalhamos a História – e mais especificamente – a história aplicada à Medicina e entre
as ciências que lhes são afins, a Farmácia, como cerne do tema estudado –, que as referências textuais à famacopeia brasileira. Elas vêm de
longe, em cartas, descrições de viagens ou documentos oficiais – muitos foram os estrangeiros botânicos e médicos que visitaram o Brasil, da
Colônia ao Império – e são ricos documentos imprescindíveis ao conhecimento de nossa terra e de nossa cultura amalgamada; esta, dos
saberes reinóis, africanos e ameríndios que, sobremodo, nos enriquecem.
E porque muito nos orgulhamos desse amálgama étnico, é nas crenças e, sobretudo, nos conhecimentos de nossa gente morena –
como a “onça malhada do sol do meio dia”, do cancioneiro medievo-nordestino de Ariano Suassuna – que fomos buscar as raízes de nossa
cartilha, atualizando-a no possível; respeitados os princípios científicos que norteiam nossas publicações. Respeitada a tradição da antiqüíssima
“Farmacopéia Geral para o Reino e domínios de Portugal”, editada em 1794, ao tempo da senhora D. Maria I; da velha “Farmacopeia Brasileira,
edição “princeps” de 1929, encampada e atualizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O Plano Estadual de Saúde de Pernambuco 2012 - 2015 têm como uma de suas metas a elaboração de uma Cartilha de Plantas
Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos. Em cumprimento a meta, tomamos com base o Consolidado de Normas da Coordenação de
Fitoterápicos, Dinamizados e Notificados (COFID), Versão IV da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2013), Cartilha de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP, 2012) e no Caderno de Extensão “Fitoterapia:
uma alternativa para quem?” do Laboratório de Etnobotânica e Botânica Aplicada (LEBA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE,
2014).
Esta cartilha tem como propósito informar os gestores, profissionais de saúde e usuários, o elenco de plantas medicinais contempladas
na RENAME - Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (BRASIL, 2013) e na REESME – Relação Estadual de Medicamentos Versão
ambulatorial (PERNAMBUCO, 2014). Os cuidados recomendados antes do preparo, manipulação e da utilização de plantas medicinais são
destacados.
As plantas medicinais estão relacionadas em uma tabela dividida em: Nomenclatura botânica; Nomenclatura popular; Parte Utilizada;
Formas de Utilização; Posologia; Modo de usar; Via; Uso; Alegações; Contra Indicações; Efeitos Adversos e Informações adicionais em
embalagem. Em seguida, caracterizamos as Plantas medicinais, baseadas na REESME Versão Ambulatorial, divididas em: Nome popular/nome
científico; Indicação/ação; Apresentação.
Assim como outros medicamentos, alguns cuidados são recomendados antes de preparar e usar as plantas medicinais:
Evite usar plantas medicinais no tratamento de doenças graves, só o faça com o conhecimento do médico assistente, pois a doença pode ser
mais grave do que se pensa e o estado do doente pode se agravar.
Mulheres grávidas, se usarem, devem ter o cuidado especial, pois algumas plantas podem causar aborto ou deformar o bebê. Em todo o caso,
tire qualquer dúvida com seu médico.
No preparo do(s) medicamento(s) com plantas medicinais, para obter melhores resultados é sugerido que:
Cuidados importantes quando usamos as plantas medicinais: Beber bastante água; ter uma alimentação com pouca gordura; tomar
banho de sol pela manhã; evitar tomar bebidas alcoólicas; não fumar.
Descrição das Plantas Medicinais e Formas de uso:
Informações
Nomenclatura Nomenclatura Parte Forma de Contra
Posologia Via Uso Alegações Efeitos Adversos adicionais em
Botânica popular utilizada utilização e Modo Indicações
embalagem
de Usar
Infusão:
1,5 g (1/2 Utilizar 1 Má digestão e
Macela;
colheres xícara de cólicas intestinais;
Achyrocline Marcela; Sumidades Adulto/
de sopa) chá 4 Oral como sedativo leve --- --- ---
satureioides Marcela do floridas Infantil
em 150 mL vezes ao e como
campo
(1 xícara dia antiinflamatório
de chá)
Infusão:
2-3 g (2-3 Utilizar 1 Não deve ser
Partes Nunca usar por
colheres xícara de Dores articulares utilizado por
Ageratum Mentrasto; aéreas mais de três
chá) em chá de 2 Oral Adulto (artrite, artrose) e pessoas com ---
Conyzoides Catinga de bode sem as semanas
150 mL (1 a 3 vezes reumatismo problemas
flores consecutivas
xícara de ao dia hepáticos
chá)
Não deve ser
utilizado por
menores de três
anos e pessoas
com gastrite e
Descontinuar o
úlcera gástrica,
Maceração Utilizar 1 uso 10 dias antes
Hipercoleste- hipotensão Doses acima da
: 0,5 g (1 cálice 2 de qualquer
rolemia (colesterol (pressão baixa) e recomendada
colher de vezes ao Adulto/ cirurgia. Deixar a
Allium sativum Alho Bulbo Oral elevado). Atua como hipoglicemia podem causar
café) em dia antes Infantil droga seca
expectorante e anti- (concentração de desconforto
30 mL (1 das rasurada por cerca
séptico açúcar baixo no gastrointestinal
cálice) refeições de uma hora em
sangue). Não
maceração
utilizar em caso
de hemorragia e
em tratamento
com
anticoagulantes
Oral:
Utilizar 1 Dispepsia
xícara de (Distúrbios
chá 2 a 3 digestivos).
Decocção:
vezes ao Diurético e como
2,5 g (2,5
colheres dia Oral/ antiinflamatório nas
Arctium lappa
dores articulares
Bardana Raízes de chá) em Tópic Adulto --- --- ---
Tópico: (artrite)
150 ml o
Aplicar
(xícara de compress Dermatites (irritação
chá) as na pele da pele), como anti-
lesada 3 séptico e
vezes ao antiinflamatório
dia
Pode, em casos
isolados, provocar
Não utilizar por
reações alérgicas na
Aplicar via oral, pois pode pele como
Infusão: 3
compress causar
g (1 Traumas, contusões, vesículação e
a na área gastrenterites e Evitar o uso em
colhere de torções, edemas necrose. Não
a ser Tópic Adulto/ distúrbios concentrações
Arnica montana Arnica Flores sopa) em devido a fraturas e utilizar por um
tratada de o Infantil cardiovasculares período superior a 7 superiores às
150 mL (1 torções.
2a3 falta de ar e recomendadas
xícara de Hematomas. dias pois o uso
vezes ao morte. Não
chá) prolonga do pode
dia aplicar em feridas provocar reações do
abertas tipo dermatite de
contato (irritação
da pele), formação
de vesículas e
eczemas
Não utilizar em
grávidas, pois
Infusão:
pode promover
2,5 g (2,5 Utilizar 1
contrações
Carqueja; colheres xícara de Dispepsia O uso pode causar
Baccharis Partes uterinas. Evitar o
Carqueja de chá) em chá de 2 a Oral Adulto (Distúrbios da hipotensão (queda ---
trimera aéreas uso concomitante
amarga 150 mL (1 3 vezes ao digestão) da pressão)
com
xícara de dia
medicamentos
chá)
para hipertensão
e diabetes
Infusão: 2
g (1 Icterícia (coloração
Utilizar 1
colher de amarelada de pele e
Bidens pilosa xícara de
sobremesa mucosas devido a Não utilizar na
Picão Folhas chá 4 Oral Infantil --- ---
) em 150 uma acumulação de gravidez
vezes ao
mL (1 bilirrubina no
dia
xícara de organismo).
chá)
Infusão: 1- Aplicar
2 g (1 a 2 compress
colheres a na Inflamações e
Calendula Tópic Adulto/
Calêndula Flores de chá) em região lesões, contusões e --- --- ---
officinalis o Infantil
150 mL (1 afetada 3 queimaduras.
xícara de vezes ao
chá) dia.
Decocção: Aplicar
Lesões, como
Caesalpinia 7,5 g (2,5 compress Tópic
Jucá, Pau-ferro Favas Adulto adstringente, --- --- ---
ferrea colheres a na o hemostático,
de sopa) região
cicatrizante e anti-
em 150 mL afetada de
(1 xícara 2a3 séptico.
chá) vezes ao
dia
Infusão: 2
Guaçatonga; a 4 g (1 a 2 Dor e lesões, como
Erva-de-bugre; colheres Utilizar 1 anti- séptico e
Erva-de-lagarto de xícara de Tópic cicatrizante tópico. Não utilizar na
Casearia o/ Adulto/
Folha sobremesa chá 3-4 Dispepsia (distúrbios gravidez e --- ---
sylvestris Intern Infantil
) em 150 vezes ao digestivos), gastrite lactação
ml (1 dia. o e halitose (mau
xícara de hálito)
chá)
Maceração Respeitar
: 1-2 g (1-2 Utilizar 1 a Não deve ser rigorosamente as
Quadros leves de
colheres 2 xícaras utilizado por doses
Adulto/ ansiedade e insônia,
Citrus aurantium Laranja-amarga Flores de chá) em de chá, Oral pessoas --- recomendadas.
Infantil como calmante
150 mL (1 antes de portadoras de Deixar em
suave cardíacos
xícara de dormir distúrbios maceração por 3 a
chá) 4 horas
Utilizar 1
Infusão: 3
xícara, 3 Oral/
Cordia g (1 colher Inflamação em
Erva-baleeira Folha vezes dia. Tópic Adulto --- --- ---
verbenacea de sopa) contusões e dor
Aplicar o
em 150 mL
compress
(1 xícara
a na
de chá) região
afetada 3
vezes ao
dia
Evitar o uso
associado com
sedativos,
Não deve ser anestésico s e
Infusão: 2 utilizado por analgésico s, pois
Gripes e resfriados
g (colheres pessoas com pode potencializar
Fazer para desobstrução
Eucalyptus de inflamação Em casos raros, suas ações. Pode
inalação das vias
globulus sobremesa Inalat gastrointestinal e pode provocar interferir com
Eucalipto Folhas de 2 a 3 Adulto respiratórias, como
) em 150 ório biliar, doença náusea, vômito e tratamentos
vezes ao adjuvante no
mL (1 hepática grave, diarréia hipoglicemiantes
dia tratamento de
xícara de gravidez, lactação Colocar a infusão
bronquite e asma
chá) e em menores de em recipiente
12 anos aberto, cobrir a
cabeça com um
pano junto ao
recipiente e inalar
Infusão: 3 Utilizar 1
g (1 colher cálice (30
de sopa) ml) após a Diarréia não
Eugenia uniflora Pitangueira Folhas evacuação Oral Adulto --- --- ---
em 150 mL infecciosa
(1 xícara em no
de chá) máximo
10 vezes
ao dia
Possível quadro de
pseudoaldostero-
Não deve ser
Infusão: nismo por ação
Glycyrrhiza utilizado na Deve haver
4,5 g (1 ½ Utilizar 1 mineralocorticóide
glabra gravidez e cautela ao associar
colheres xícara de (caracterizado por
Tosses, gripes e pessoas com com
Alcaçuz Raiz de sopa) chá 3-4 Oral Adulto retenção de sódio,
resfriados hipertensão anticoagulantes,
em 150 ml vezes ao cloro e água,
arterial, corticóide s e
(1 xícara dia edema, hipertensão
hiperestrogenis- antiinflamatórios
de chá) arterial e
mo e diabetes
ocasionalmente
mioglobinúria)
Decocção: Aplicar em
3-6 g (1-2 compress Não ingerir, pois
Hamamelis Nunca usar
colheres as na Inflamações da pele pode, eventual-
virginiana Tópic Adulto/ continuam ente
Hamamélis Casca de sopa) região e mucosas. --- mente, provocar
o Infantil por mais de 4
em 150 mL afetada 2 Hemorróidas irritação gástrica e
semanas
(1 xícara a 3 vezes vômitos
de chá) ao dia
Infusão: 1
Utilizar 1 Não utilizar em
g (1 colher
xícara de Dores articulares portadores de
Harpagophytm de chá) em
Garra do diabo Raiz chá, 2 a 3 Oral Adulto (Artrite, artrose, úlceras --- ---
procumbens 150 mL (1
vezes ao artralgia) estomacais e
xícara de
dia duodenais
chá)
Infusão: 5
Pacientes com
g (5 Utilizar 1
problemas de
Chambá; colheres xícara de Tosse, como
Justicia Partes Adulto/ coagulação e em
Chachambá; de chá) em chá de 2 a Oral expectorante e --- ---
pectoralis aéreas Infantil uso de
Trevo-cumaru 150 mL (1 3 vezes ao broncodilata-dor
anticoagulantes
xícara de dia
analgésicos
chá)
Quadros leves de
Doses acima da
ansiedade e insônia,
Infusão: 1 recomendada
como calmante
a 3 g (1 a 3 Utilizar 1 Uso podem causar
Erva-cidreira; suave. Cólicas
Lippia alba colheres xícara de cuidadosamente irritação gástrica,
Falsa erva- Partes Adulto/ abdominais,
de chá) em chá de 3 a Oral em pessoas com bradicardia ---
cidreira; Falsa- aéreas Infantil distúrbios
150 mL (1 4 vezes ao hipotensão (diminuição da
melissa estomacais,
xícara de dia (pressão baixa) freqüência cardíaca)
flatulência (gases),
chá) e hipotensão
como digestivo, e
(queda da)
expectorante
Infusão: 2
Não deve ser
a 4g (1-2
Utilizar 1 Cólicas abdominais. utilizado por
colheres Utilizar
xícara chá Quadros leves de pessoas com
Melissa Melissa, Erva- Sumidades sobremesa cuidadosamente em
de 2 a 3 Oral Adulto ansiedade e insônia, hipotiroidismo ---
officinalis cidreira floridas ) em 150 pessoas com
vezes ao como calmante (redução da
mL (1 pressão baixa
dia suave função da
xícara de
tireóide)
chá)
A utilização pode
Infusão: 3 interferir na
Utilizar 1
g (1 colher Gripes e resfriados, coagulação
xícara de Pode interagir com
Mikania de sopa) Adulto/ bronquites alérgica sanguínea. Doses
Guaco Folhas chá 3 Oral --- antiinflamatórios
glomerata em 150 mL Infantil e infecciosa, como acima da
vezes ao não-esteroidais.
(1 xícara expectorante. recomendada
dia
de chá) podem provocar
vômitos e diarréia;
Passiflora edulis Maracujá-azedo Folhas Infusão: 3 Utilizar 1 Oral Quadros leves de --- Não deve ser
Adulto/ Seu uso pode
g (1 colher xícara de ansiedade e insônia, usado junto com
de sopa) chá de 1 a Infantil como calmante causar sonolência medicamentos
em 150 mL 2 vezes ao suave sedativos e
(1 xícara dia depressores do
de chá) sistema nervoso.
Nunca utilizar
cronicamente
Decocção:
1,5 g (3
Utilizar 1
colheres Dispepsia (distúrbios A droga vegetal
xícara de
Pimpinela de café) Adulto/ digestivos), cólicas deve ser amassada
Anis; Erva doce Frutos chá 3 Oral --- ---
anisum em 150 mL Infantil gastrointestinais e imediatamente
vezes ao
de água (1 como expectorante antes de usar
dia
xícara de
chá)
Aplicar na
Infusão: 3
Erva-de-bicho; região
Polygonum Partes g (1 colher Tópic Varizes e úlceras
Pimenteira- de sopa) afetada 3 Adulto Gravidez --- ---
punctatum aéreas o varicosas
dágua em 150 mL vezes ao
(1 xícara dia
de chá)
Infusão: 2 Utilizar 1
g (1 colher cálice (30
de ml) após a
Folhas sobremesa evacuação Diarréias não Não utilizar
Psidium guajava Goiabeira Oral Adulto --- ---
jovens ) em 150 em no infecciosas continuamente
mL (1 máximo
xícara de 10 vezes
chá) ao dia
Aplicar no
Decocção: local
Inflamações e Se ingerido, pode
6 g (2 afetado,
infecções da mucosa provocar zumbido, Não engolir a
Pericarpo colheres em
Tópic da boca e faringe distúrbio s visuais, preparação após o
Punica granatum Romã (casca do de sopa) bochechos Adulto ---
o como espasmo s na bochecho e
fruto) em 150 mL e
antiinflamatório e panturrilha e gargarejo
(1 xícara gargarejos
anti- séptico tremores
de chá) 3 vezes ao
dia
Oral:
Utilizar de Não deve ser
1a2 utilizado por
Infusão: 3-
xícaras de Distúrbios pessoas com Usado crônica-
6 g (1-2
chá ao dia circulatórios; como doença mente, ou em doses
colheres Oral/
Rosmarinus anti- séptico e prostática, excessivas, pode
Alecrim Folhas de sopa) Adulto ---
officinalis Tópico: Tópic cicatrizante; gastroenterites, causar irritação
em 150 mL
Aplicar no o Dispepsia (distúrbios dermatoses em renal e
(1 xícara local digestivos) geral e com gastrointestinal
de chá) afetado 2 histórico de
vezes ao convulsão
dia
Infusão: 3
Utilizar 1 Usar cautelosa
g (1 colher
xícara de Inflamação, dor e Não utilizar junto mente junto a
Casca do de sopa)
Salix alba Salgueiro chá, 2 a 3 Oral Adulto febre. Gripe e com Maracujá e --- anticoagulantes,
caule em 150 mL
vezes ao resfriados Noz moscada corticóide s e
(1 xícara
dia antiinflamatórios
de chá)
O uso em
quantidades
Infusão: 3
Utilizar 1 maiores que o Não utilizar folhas
g (1 colher
xícara de recomendado pode por conterem
de sopa)
Sambucus nigra Sabugueiro Flor chá, 2 a 3 Oral Adulto Gripe e resfriado --- promover glicosídeo s
em 150 mL
vezes ao hipocalemia cianogênicos que
(1 xícara
dia (diminui- ção da podem ser tóxicos
de chá)
taxa de potássio no
organismo)
Aplicar na
região Inflamação vaginal,
afetada, 2 leucorréia
Decocção:
vezes ao (corrimento
Schinus Casca do 1 g em 1 Tópic
Aroeira-da-praia dia, em Adulto vaginal), como --- --- ---
terebinthifolia Caule litro de o
compress homeostático,
água
as, banhos adstringente e
de cicatrizante.
assento
Senna Decocção: Utilizar de Não deve ser Desconforto do Não fazer uso
alexandrina Frutos e 1 g (1 1 xícara de Constipação utilizado por trato crônico (mais de 1
Sena colher de Oral Adulto pessoas gastrintestinal, semana). O uso
folíolos chá, antes intestinal eventual
café) em de dormir portadoras de principal mente em contínuo pode
150 mL (1 obstrução paciente s com promover diarréia
xícara de intestinal, cólon irritável, e perda de
chá) inflamação mudança na eletrólitos
intestinal aguda coloração da urina
(doença de
Crohn), colite,
apendicite ou dor
abdominal de
origem não
diagnosticada,
constipação
crônica. Não usar
em crianças
menores de 10
anos
Doses e tempo
acima do
recomendado
Solanum Infusão: 1
Utilizar 1 podem causar
paniculatum g (1 colher
xícara de intoxicação com
Planta de chá) em Dispepsia (distúrbios
Jurubeba chá de 3 a Oral Adulto --- náuseas, vômitos, ---
inteira 150 mL (1 da digestão)
4 vezes ao diarréia, cólicas
xícara de
dia abdominais,
chá)
confusão mental,
edema cerebral e
morte.
Dente de leão Decocçã o: Utilizar 1 Oral Adulto Dispepsia (distúrbios Não deve ser O uso pode Não utilizar em
Taraxacm Toda a
3-4 g (3-4 xícara de digestivos), utilizado por provocar menores de dois
officinale planta colheres chá 3 estimulante do pessoas hiperacidez gástrica anos
de chá) em vezes ao apetite e como portadoras de e hipotensão
150 mL (1 dia diurético obstrução dos (queda da pressão)
xícara de dutos biliares e
chá) do trato intestinal
Na ocorrência de
cálculos biliares,
consultar
profissional de
saúde antes do
uso
Não é
recomendado o O uso pode
Evitar o uso
Decocção: uso antes e provocar cansaço,
Uncaria concomitante com
0,5 g (1 Utilizar 1 Dores articulares depois de febre, diarréia,
tomentosa imunossupres-
colher de xícara de (artrite e artrose) e quimioterapia, constipação. Altas
Entre sores e em
Unha-de-gato café) em chá de 2 a Oral Adulto musculares agudas, nem em doses podem
casca pacientes
150 mL (1 3 vezes ao como pacientes causar sintomas
transplantados ou
xícara de dia antiinflamatório hemofílicos. Não pancreáticos e
esperando
chá) utilizar em alterações do nervo
transplantes
menores de 3 óptico
anos
Utilizar 1
xícara de
chá, 3
Infusão: 3
Vernonia vezes ao
Boldo-baiano Folha g (1 colher Oral Adulto Dor e dispepsia --- --- ---
condensata dia, antes
de sopa)
das
principais
refeições.
Tópico:
Aplicar
sobre a
área
afetada 2
vezes ao
dia
durante 2
horas de
cada vez
Em casos de
cálculos biliares,
utilizar apenas
com acompanha-
Decocção: mento de
0,5 -1 g (1 profissional de
Utilizar 1 Enjôo, náusea e
a saúde. Evitar o
xícara de vômito da gravidez, uso em pacientes
Zingiber 2 colheres Adulto/
Gengibre Rizoma chá de 2 a Oral de movimento e --- ---
officinale de café) Infantil que estejam
4 vezes ao pós-operatório.
em 150 mL usando
dia Dispepsias em geral anticoagulantes,
(1 xícara
de chá) com desordens
de coagulação, ou
com cálculos
biliares; irritação
gástrica e
hipertensão,
especialmente
em doses altas.
Evitar o uso em
menores de seis
anos
Esta tabela foi baseada na RDC nº 10 de 9 de março de 2010 (dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária e dá outras
providências) e no Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 1ª edição.
Medicamentos Fitoterápicos de acordo com a REESME 2014 – Versão Ambulatorial:
Apresenta ação
cicatrizante, antiinflamatória
Aroeira e anti-séptica
gel e óvulo
(Schinus terebinthifolius Raddi) tópica, para uso
ginecológico
Tratamento tópico de
queimaduras de 1º e 2º
Babosa graus e como coadjuvante
creme
(Aloe vera (L.) Burm. F.) nos casos de Psoríase
vulgaris
Coadjuvante no
Espinheira-santa tratamento de gastrite e cápsula, emulsão,
(Maytenus officinalis Mabb.) úlcera gastroduodenal e solução oral e tintura
sintomas dispepsia
Guaco Apresenta ação cápsula, emulsão,
(Mikania glomerata Spreng.) expectorante e solução oral e tintura
broncodilatadora
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Grupo de atividades relacionadas com medicamentos destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o
abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e
a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre
medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade, para assegurar o uso racional de
medicamentos. Conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, tendo o
medicamento como insumo essencial, que visa a promover o acesso e o seu uso racional; esse conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento
e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade
dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da
qualidade de vida da população.
ATENÇÃO FARMACÊUTICA
É um conceito de prática profissional no qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico. A atenção é o compêndio das
atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções, dos conhecimentos, das responsabilidades
e das habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com o objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na
qualidade de vida do paciente.
COMPRESSA
Forma de tratamento que consiste em colocar sobre o lugar lesionado um pano ou gaze limpa e umedecida com um infuso ou decoto, frio ou
aquecido, dependendo da indicação de uso.
DECOCÇÃO
Preparação em que as substâncias são extraídas por fervura em água potável por um determinado período detempo. Método indicado para
partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas, caules e sementes.
DISPENSAÇÃO
É o ato do profissional farmacêutico de fornecer um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma
receita elaborada por um profissional autorizado. Nesse ato, o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do
medicamento. São elementos importantes da orientação, entre outros: a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a
interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos.
FARMÁCIA
Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e
correlatos, compreendendo dispensação e atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência
médica.
FARMÁCIAS VIVAS
Projeto instituído pelo Professor Abreu de Matos, em 1984, na Universidade Federal do Ceará, com o objetivo de estimular o uso correto de
plantas medicinais, desde a fase de cultivo até a produção, selecionadas por sua eficácia e segurança em substituição ao rotineiro uso empírico
de plantas pela comunidade, cuja filosofia e informações técnico-científicas têm servido de parâmetro para a implantação de diversos
Programas Estaduais e Municipais de Fitoterapia. A Portaria nº 886, de 20 de abril de 2010, institui a Farmácia Viva no âmbito do Sistema Único
de Saúde.
FITOTERÁPICOS
São considerados medicamentos fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, cuja eficácia e segurança
são validadas por meio de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações técnico-científicas ou evidências clínicas. Não se
considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem, nem as
associações destas com extratos vegetais.
FORMA FARMACÊUTICA
Estado final de apresentação que os princípios ativos farmacêuticos possuem após uma ou mais operações farmacêuticas executadas com ou
sem a adição de excipientes apropriados, a fim de facilitar sua utilização e obter o efeito terapêutico desejado, com características adequadas a
uma determinada via de administração.
Formas farmacêuticas sólidas: cápsula, comprimido, granulado, pastilha, pó, rasura, sabonete, supositório, óvulo, tablete.
Formas farmacêuticas líquidas: emulsão, esmalte, líquido, óleo, solução, colutório, colutório spray, elixir, xampu, xarope.
Formas farmacêuticas semissólidas: gel, pomada, pasta.
GARGAREJO
Agitação de infuso, decoto ou maceração na garganta pelo ar que se expele da laringe, não devendo ser engolido o líquido, ao final.
INALAÇÃO
Administração de produto pela inspiração (nasal ou oral) de vapores pelo trato respiratório.
INFUSÃO
Preparação que consiste em verter a água fervente sobre a planta e, em seguida, tampar ou abafar por um período de tempo determinado.
Método indicado para materiais vegetais de consistência menos rígida, tais como folhas, flores, inflorescências e frutos.
ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA
Automedicação responsável – uso de medicamento não prescrito sob orientação e acompanhamento do farmacêutico, que deve promover
ações de informação e educação sanitária dirigidas ao consumidor ou paciente de modo que se possa fazer uma opção e não abuso em relação
ao medicamento, tendo em conta a sua qualidade, eficácia
e segurança, bem como as vantagens e desvantagens de certas formulações.
PLANTA MEDICINAL
Espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. Chama-se planta fresca aquela coletada no momento de uso e planta
seca a que foi precedida de secagem e estabilização, equivalendo à droga vegetal.
POSOLOGIA
Descreve a dose de um medicamento, os intervalos entre as administrações e a duração do tratamento.
PRESCRIÇÃO
Ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento. Esse ato é expresso
mediante a elaboração de uma receita ou indicação terapêutica elaborada por profissional legalmente habilitado.
Referências Bibliográficas
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