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Resolvidas
USNCO – 2017
ITA/IME 2020
Apresentação da Aula
A Olimpíada Norte-Americana de Química foi uma das provas que identifiquei apresenta mais
similaridade com as provas do ITA.
Eu considero muito interessante que, caso você queira mais algumas questões para treinar
para o ITA, que você faça também alguns anos dessa prova.
Certamente, o seu foco principal deve ser as questões do ITA. Porém, você encontrará muitas
questões interessantes nesse material.
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Professor Thiago Cardoso
Coletânea de Provas Resolvidas – USNCO – 2017
Constante de Faraday (F) = 9,65 x 104 °C mol-1 = 9,65 x 104 A s mol-1 = 9,65 x 104 J V-1 mol-1
Constante dos gases (R) = 8,21 x 10-2 atm L K-1 mol-1 = 8,31 J K-1 mol-1 = 1,98 cal K-1 mol-1
DEFINIÇÕES
Presão: 1 atm = 760 mmHg = 1,01325 x 105 N m-2 = 760 Torr = 1,01325 bar
Energia: 1 J = 1 N m = 1 kg m2 s-2
Condições normais de temperatura e pressão (CNTP): 0°C e 760 mmHg
Condições ambientes: 25 °C e 1 atm
Condições padrão: 1 bar; concentração das soluções = 1 mol L-1 (rigorosamente: atividade unitária
das espécies); sólido com estrutura cristalina mais estável nas condições de pressão e temperatura
em questão
(s) = sólido. (l) = líquido. (g) = gás. (aq) = aquoso. (CM) = circuito metálico. (conc) = concentrado.
(ua) = unidades arbitrárias. [X] = concentração da espécie química em mol L-1
MASSAS MOLARES
H 1 1,01 Mn 25 54,94
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Li 3 6,94 Fe 26 55,85
C 6 12,01 Co 27 58,93
N 7 14,01 Cu 29 63,55
O 8 16,00 Zn 30 65,39
F 9 19,00 As 33 74,92
Ne 10 20,18 Br 35 79,90
Na 11 22,99 Mo 42 95,94
Mg 12 24,30 Sb 51 121,76
Al 13 26,98 I 53 126,90
Si 14 28,08 Ba 56 137,33
S 16 32,07 Pt 78 195,08
Cl 17 35,45 Au 79 196,97
Ca 20 40,08 Hg 80 200,59
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(B) CH2
(C) C2H5
(D) C3H8
3. (USNCO – 2017 – Part I)
A eletrólise de 10g de um cloreto binário de metal produz 6.207 g de metal puro. Qual é o metal?
(A) Cu (Z = 29)
(B) Cd (Z = 48)
(C) Ce (Z = 58)
(D) Th (Z = 90)
4. (USNCO – 2017 – Part I)
A decomposição de 1 g de qual dos seguintes compostos produz a maior quantidade de gás N 2?
(N:14 u, O: 16 u, H: 1 u)
(A) NO
(B) NO2
(C) N 2O 4
(D) NH3
5. (USNCO – 2017 – Part I)
O íon permanganato oxida o peróxido de hidrogênio em meio ácido de acordo com a seguinte
equação:
2 MnO4- (aq) + 5 H2O2(aq) + 6 H+(aq) → 2 Mn2+(aq) + 5 O2 (g) + 8 H2O (l)
Se 35,0 mL de uma solução 0,150 M em KMnO4 é requerida para consumir todo o H2O2 em 50,00
mL de uma solução desinfetante, qual é a concentração de peróxido de hidrogênio nesse
desinfetante?
(A) 0.0420 M
(B) 0.105 M
(C) 0.263 M
(D) 0.368 M
6. (USNCO – 2017 – Part I)
Uma solução contendo 10 g de qual substância das listadas abaixo ,dissolvida em 100 g de água,
irá apresentar o maior abaixamento do ponto de congelamento comparado com a água pura? ( Mg
: 24.3 u , S: 32 u, O :16 U, Na : 23 u, H: 1 u)
(A) Sulfato de Magnésio anidro , MgSO4
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Um gás com P = 615mmHg está contido em um tubo no formato de U como o mostrado abaixo. Se
h = 65mm, qual é a pressão atmosférica Patm?
(A) 30,20 mL
(B) 30,25 mL
(C) 30,30 mL
(D) 31,75 mL
13. (USNCO – 2017 – part I)
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O ponto de fusão do dióxido de silício (1713°C) é mais alto que o ponto de fusão do silício (1414°C).
Qual é a melhor explicação para essa diferença apresentada?
(A) As ligações Silício – oxigênio são mais fortes que as silício – silício.
(B) Dióxido de silício é um sólido iônico enquanto o silício é um sólido metálico.
(C) Dióxido de silício é polar enquanto o silício é apolar.
(D) Dióxido de silício forma cristais tetragonais enquanto o silício forma cristais cúbicos.
18. (USNCO – 2017 – Part I)
Uma célula unitária do ZnS é mostrada abaixo (as esferas largas representam o Zn, as esferas
menores representam o S). Quantos átomos de cada tipo (Zn e S) estão presentes nessa única
célula unitária?
(A) 1 Zn, 1 S
(B) 2 Zn, 4 S
(C) 4 Zn, 4 S
(D) 4 Zn, 14 S
19. (USNCO – 2017 – Part I)
Qual é o ∆H° para a reação mostrada abaixo?
2 H2S (g) + 3 O2 (g) → 2 H2O (l) + 2 SO2 (g)
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O mesmo experimento foi repetido, utilizando 0,06 mol de NaOH e a solução aquosa 6,0 M de HC .
Contudo, agora o NaOH estava dissolvido em 400 g de água. Qual gráfico melhor representa as
temperaturas obtidas nesse novo experimento?
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(A)
(B)
(C)
(D)
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Carbonato de Bário, BaCO3, é estável à temperatura ambiente, mas decompõe à óxido de Bário e
dióxido de carbono à altas temperaturas.
BaCO3 (s) BaO (s) + CO2 (g)
A uma certa temperatura, esse sistema está em equilíbrio em um recipiente fechado que contém
uma quantidade apreciável de todos os três componentes. Que mudanças levarão a um aumento
na pressão do CO2 presente na situação de equilíbrio?
I. Adição de mais BaCO3 (s)
II. Aumento do volume do recipiente
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I nem II
34. (USNCO – 2017 – Part I)
Se 0,1 mol de NaOH sólido é adicionado a 1L de uma solução saturada de Ca(OH)2 (Kps = 8 x 10-6),
qual a porcentagem de hidróxido de cálcio que precipitará no equilíbrio?
(A) Aproximadamente 50%
(B) Aproximadamente 75%
(C) Aproximadamente 95%
(D) Mais que 99%
35. (USNCO – 2017 – Part I)
A concentração de ácido fórmico (pKa = 3,75) está sendo determinada por uma titulação com
solução de hidróxido de sódio. Quais indicadores são adequados para essa titulação?
I. Azul de bromofenol (pH da faixa de viragem: 3,0 – 4,6)
II. Vermelho de toluileno (pH da faixa de viragem: 6,8 – 8,0)
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I nem II
36. (USNCO – 2017 – Part I)
A ionização do íon amônio é endotérmica:
NH4+ (aq) + H2O (l) → NH3 (aq) + H3O+ (aq) ∆H° >0
Quais alterações resultarão no aumento de [H3O+] de uma solução 0,1 M de NH4C ?
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(A) + 1,70 V
(B) + 0,85 V
(C) + 0,475 V
(D) + 0,10 v
41. (USNCO – 2017 – Part I)
Uma bateria de chumbo ácido consiste nas duas seguintes semirreações :
PbO2 (s) + 4 H+ (aq) + SO42- (aq) + 2 e- → PbSO4 (s) + 2 H2O (l)
Pb (s) + SO42- (aq) → PbSO4 (s) + 2 e-
Quais das seguintes concentrações das espécies diminui ao passo que a bateria é descarregada?
I. [H+]
II. [Pb+2]
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I nem II
A reação global da pilha é dada pela soma das duas semirreações, logo:
42. (USNCO – 2017 – Part I)
Qual o gráfico que representa o potencial de redução do O 2 (a 1 bar de pressão e 25 °C) como uma
função do pH?
O2 (g) + 4 H+ (aq) + 4 e- → 2 H2O (l) E° = 1,23 V
(A)
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(B)
(C)
(D)
43. (USNCO – 2017 – Part I)
No estado fundamental, o átomo de fósforo (P) está no estado gasoso. Quantos elétrons existem
com os números quânticos n = 3, l = 1 e ml = -1.
(A) 0
(B) 1
(C) 2
(D) 3
44. (USNCO – 2017 – Part I)
Ordene os elementos Si, P, Ge e As em ordem crescente de suas respectivas primeiras energias de
ionização.
(A) Si < P < Ge < As
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(A) Mn
(B) Co
(C) Fe+
(D) Cu2+
Dados: Números Atômicos (Mn = 25, Co = 27, Fe = 26, Cu = 29).
46. (USNCO – 2017 – Part I)
Quais mudanças no número quântico principal para um elétron no átomo de hidrogênio iriam
corresponder a uma emissão de fóton de alto comprimento de onda?
(A) n = 4 → n = 1
(B) n=5→n=2
(C) n=1→n=5
(D) n = 2 → n = 4
47. (USNCO – 2017 – Part I)
Que par de elementos tem a eletronegatividade mais parecida?
(A) B e C
(B) B e Al
(C) B e Si
(D) Al e C
48. (USNCO – 2017 – Part I)
O íon permanganato, MnO4-, é violeta enquanto o íon pertecnetato, TcO4-, é incolor. A diferença é
melhor explicada por qual diferença entre o manganês e o Tecnécio?
(A) Manganês (VII) é um oxidante mais forte que o Tecnécio (VII)
(B) O Manganês consiste de um isótopo estável enquanto todos os isótopos do Tecnécio são
radioativos.
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(C) A ligação Mn-O no permanganato é mais curta que a ligação Tc-O no pertecnetato
(D) O Manganês elementar é menos denso que o Tecnécio elementar
49. (USNCO – 2017 – Part I)
Qual íon tem a maior ligação N-O?
(A) NO3-
(B) NO2-
(C) NO2+
(D) NO+
50. (USNCO – 2017 – Part I)
Qual par de espécies tem a mesma geometria?
(A) CO2 e SO2
(B) CC4 e TiC4
(C) C2H6 e B2H6
(D) NO3- e PO33-
51. (USNCO – 2017 – Part I)
Quantas ligações distintas do tipo C-O são apresentadas pelo íon oxalato, C2O42-?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
52. (USNCO – 2017 – Part I)
Qual afirmativa acerca dos orbitais moleculares em uma molécula está correta?
(A) Nenhum orbital molecular pode apresentar alguma porcentagem de sobreposição a outro
orbital molecular
(B) Cada orbital molecular deve ter um número diferente de nós que todo outro orbital molecular.
(C) O número de orbitais moleculares é igual a metade do número de orbitais atômicos dos
átomos que compõem a molécula
(D) Os orbitais moleculares de mais baixa energia são os antiligantes e os de alta energia, os
ligantes.
53. (USNCO – 2017 – Part I)
O aleno tem a estrutura H2C = C = CH2. Qual é a melhor descrição da geometria do aleno?
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(B)
(C)
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(D)
(A) Passando a mistura por dois solventes distintos como o dietil éter e a água.
(B) Passando a mistura por dois solventes distintos como o dietil éter e um solução aquosa 1M de
NaHCO3
(C) Passando a mistura por dois solventes distintos como o dietil éter e um solução aquosa 1M de
NaOH
(D) Passando a mistura por dois solventes distintos como o dietil éter e um solução aquosa 1M de
HC
56. (USNCO – 2017- Part I)
Qual é o papel do ácido na esterificação de Fischer mostrada abaixo para efetivar sua atuação
como catalisador?
CH3CH2OH + CH3CH2CO2H ⇋ 𝐻 +CH3CH2CO2CH2CH3 + H2O
(A) Direciona o equilíbrio para a direita
(B) Neutraliza a base formada como um produto intermediário na reação
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A hidrólise de qual dissacarídeo abaixo, feita com ácido diluído, resultará em apenas um tipo de
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Gabarito
1. B 28. C
2. A 29. A
3. D 30. D
4. D 31. C
5. C 32. D
6. C 33. D
7. A 34. C
8. C 35. B
9. B 36. B
10. A 37. D
11. C 38. B
12. C 39. A
13. B 40. B
14. B 41. B
15. B 42. A
16. B 43. B
17. A 44. C
18. C 45. B
19. D 46. B
20. C 47. C
21. C 48. A
22. D 49. A
23. A 50. B
24. B 51. A
25. C 52. A
26. D 53. B
27. C 54. B
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55. B 58. D
56. D 59. A
57. C 60. A
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Gabarito: B
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(D) C3H8
Comentários:
Para a combustão completa de um hidrocarboneto qualquer, tem-se a seguinte equação:
𝑦+4𝑥 𝑦
CxHy (g) + ( ) O2 (g) → H2O (l) + x CO2 (g)
4 2
Sendo assim, perceba que todo o carbono do CO2 provém do hidrocarboneto. Seja “m” a
massa do hidrocarboneto necessária para liberar 1 mol de CO2. Daí, tem - se que:
CO2: 44g/mol
CxHy CO2
1g 3.38 g
m 44 g
44
3,38𝑚 = 44 ∴ 𝑚 = ≈ 13 𝑔
3,38
Como 1 mol de CO2 possui 12g de carbono, e todo esse carbono veio do hidrocarboneto, tem-
se que 13 g de CxHy possui 12g de carbono, ou seja, 1 mol. Além disso, o outro 1g do composto só
pode vir do Hidrogênio, resultando 1 mol de H. Logo, para cada mol de carbono no hidrocarboneto
tem-se 1 mol de H. Assim, conclui-se que a fórmula empírica (ou fórmula mínima) do composto é
CH, visto que, dessa forma, o hidrocarboneto já está escrito na menor proporção de inteiros
possíveis entre seus átomos.
Gabarito: A
Comentários:
Antes de tudo, tem- se as massas molares:
Cu: 63,5 u
Cd: 112,411 u
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Ce : 140,116 u
Th : 232, 04 u
Pode-se representar um cloreto binário de metal na forma MCy onde “M” é o metal
desconhecido e “y” é o nox desse metal, visto que o íon cloreto é monovalente.
Para a deposição do metal, vem:
My+ (aq) + y e- → M (s)
Como 10 g de MCy resulta em 6.207 g de M e todo o metal puro veio do cloreto, tem- se que
10 g do cloreto possui 6.207 g de M. Logo, 10g do cloreto possui 3.793 g de C(10g – 6.207g). Daí,
pode-se escrever:
M C
6,207 g 3,793 g
m y35,5 g
𝑚 35,5.6,207
= ∴ 𝑚 = 58,1𝑦
𝑦 3,793
Dadas as opções do enunciado, “y” pode variar de 1 a 4. Temos:
Y = 1 → m = 58,1 g
Y = 2 → m= 116,2 g
Y = 3 → m = 174,3 g
Y = 4 → m = 232,4 g
Daí, a única opção que satisfaz é o Th, que realmente pode atingir nox +4.
Outra abordagem possível é perceber que a razão em massa do Metal no cloreto é de ≈ 62 %
6,207
( ). A partir disso, entre todos os cloretos possíveis de se formar com os metais propostos,
10
apenas o ThC4 satisfaz essa razão em massa.
Gabarito: D
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(C) N2O4
(D) NH3
Comentários:
Essa questão tem rápida resolução, caso você perceba um detalhe. Em vez de nos
preocuparmos com cada reação de decomposição e afins basta olhar para as massas molares dos
compostos.
𝑀𝑁𝑂 = 1.14 + 1.16 = 30 𝑔/𝑚𝑜𝑙
𝑀𝑁𝑂2 = 1.14 + 2.16 = 46 𝑔/𝑚𝑜𝑙
𝑀𝑁2𝑂4 = 2.14 + 4.16 = 92 𝑔/𝑚𝑜𝑙
𝑀𝑁𝐻3 = 1.14 + 3.1 = 17 𝑔/𝑚𝑜𝑙
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(B) 0.105 M
(C) 0.263 M
(D) 0.368 M
Comentários:
Antes da resolução em si, é válido ressaltar que a reação do Permanganato de potássio
atuando como agente oxidante e meio ácido é uma das mais famosas reações REDOX da química,
produzindo o íon Mn2+ de coloração rósea pouco intensa. Nessa questão, temos:
35 𝑚𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑔𝑎𝑛𝑎𝑡𝑜 → 3,5𝑥10 − 2 𝐿 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜.
𝑛1
Como a solução é 0,15 M, lembremos que : 𝑚 = , onde “m” é a molaridade da solução,
𝑉
“n1” o número de mols do soluto e “v” o volume da solução. Daí,
𝑛1 = 𝑚 ⋅ 𝑉
∴ 𝑛1 = 0,15 ⋅ 3,5 ⋅ 10−2 → 𝑛1 = 5,25. 10−3 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑔𝑎𝑛𝑎𝑡𝑜.
Logo, da equação estequiométrica:
2 𝑀𝑛𝑂4− (𝑎𝑞) + 5 𝐻2 𝑂2 (𝑎𝑞) + 6 𝐻 + (𝑎𝑞) → 2 𝑀𝑛2+ (𝑎𝑞) + 5 𝑂2 (𝑔) + 8 𝐻2 𝑂 (𝑙)
Temos que a proporção permanganato: peróxido é 2:5. Assim, em mols:
MnO4- H2O2
2 5
5,25 x 10-3 n
2𝑛 = 5,25 . 10−3 ⋅ 5
2𝑛 = 0,02625
0,02625
∴𝑛= ≈ 1,3 𝑥 10−2 𝑚𝑜𝑙𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟ó𝑥𝑖𝑑𝑜.
2
Como a solução consumida de peróxido tinha um volume de 50mL (5x10 -2 L), vem:
𝑛1 1,3𝑥10−2
𝑚= →𝑚= → m = 0,26 mol/L
𝑉 5𝑥 10−2
Gabarito: C
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Comentários:
O abaixamento do ponto de congelamento de uma solução perante o acréscimo de soluto
não volátil tem a ver com o estudo das propriedades coligativas. É válido ressaltar que as
propriedades coligativas são propriedades que tem sua intensidade manifestada de acordo apenas
com a concentração de partículas do soluto e não com sua natureza.
Primeiramente, calcularemos as massas molares das substâncias.
𝑀𝑀𝑔𝑆𝑂4 = 1.24,3 + 1.32 + 4.16 = 120,3 𝑔/𝑚𝑜𝑙
𝑀𝑁𝑎2𝑆𝑂3 = 2.23 + 1.32 + 3.16 = 158 𝑔/𝑚𝑜𝑙
Agora, podemos calcular o número de mols do soluto presentes em solução:
𝑚𝑀𝑔𝑆𝑂4 10
𝑛𝑀𝑔𝑆𝑂4 = = ≅ 8,3.10−2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑀𝑔𝑆𝑂4
𝑀𝑀𝑔𝑆𝑂4 120,3
𝑚𝑁𝑎2𝑆2𝑂3 10
𝑛𝑁𝑎2𝑆2 𝑂3 = = ≅ 6,3.10−2 𝑚𝑜𝑙 𝑑𝑒 𝑁𝑎2 𝑆2 𝑂3
𝑀𝑁𝑎2𝑆2 𝑂3 158
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Gabarito: C
Quando uma solução de hidróxido de Bário é misturada a uma solução de cloreto de ferro (III), o
que é observado?
(A) Precipitação de um sólido colorido
(B) Precipitação de um sólido incolor
(C) Desprendimento de um gás incolor
(D) Não há precipitação, nem liberação gasosa.
Comentários:
Devemos lembrar as regras de solubilidade dos hidróxidos e cloretos. Todos os cloretos,
brometos e iodetos são solúveis exceto os de Ag+ , Hg2+2 e Pb+2 .Além disso, todos os hidróxidos de
metais são insolúveis , exceto os do grupo IA e os formados por Ca+2, Sr+2 e Ba+2.
Daí, temos que ao misturar as soluções teremos dissolvidas as espécies, Ba +2, Fe+3, C - e OH-.
Logo , há a possibilidade de formação do cloreto de bário (que é solúvel) e do hidróxido de ferro (III)
– Fe(OH)3 que é insolúvel diante do exposto. Logo, haverá precipitação do hidróxido férrico que é
um sólido colorido.
Outra interpretação possível é lembrar que reações de dupla troca só ocorrem em caso de
formação de eletrólito mais fraco, precipitado ou desprendimento de gás. Daí, podemos escrever:
2 𝐹𝑒𝐶𝑙3 (𝑎𝑞) + 3 𝐵𝑎(𝑂𝐻 )2 (𝑎𝑞) → 2 𝐹𝑒(𝑂𝐻 )3 (𝑠) + 3 𝐵𝑎𝐶𝑙2 (𝑎𝑞)
Gabarito: A
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Uma informação preciosa de se possuir é saber que os únicos elementos da tabela periódica
que são líquidos na CNTP são o bromo na forma de Br2 (l) e o mercúrio metálico Hg (l). Daí, fica fácil
ver que a resposta é o item “c”.
O flúor é gasoso – F2 (g)
O Cloro é gasoso - C2 (g)
O bromo é líquido – Br2 (l)
O iodo é sólido – I2 (s).
Gabarito: C
Sabendo que a concentração dos sais abaixo são aproximadamente 0,01 M, qual dessas
concentrações pode ser melhor determinada por um espectrofotômetro ou por um colorímetro
na região do visível?
(A) Mn(NO3)2
(B) Co(NO3)2
(C) Zn(NO3)2
(D) Pb(NO3)2
Comentários:
Tanto o colorímetro quanto o espectrofotômetro são dispositivos de medição baseadas na
absorbância de radiação de um determinado comprimento de onda pela solução em análise, já que
tal absorbância é proporcional à concentração da substância em solução. Como ele quer uma
determinação da concentração de uma substância na região do visível, o enunciado, pede, em
outros termos, qual das substâncias listadas é colorida.
Perceba que a variação das substâncias se dá apenas no cátion e o ânion é preservado. Logo,
devemos identificar quais cátions: Mn+2 , Co+2, Zn+2 e Pb+2 é colorido. Sabe-se que os íons de cobalto
são azuis.
Portanto, os íons Co2+ são os que serão mais facilmente identificados.
Gabarito: B
‘
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(A) Al(NO3)3
(B) MgBr2
(C) NaHCO3
(D) NaHCO2
Comentários:
É uma questão clássica de hidrólise de sais, na qual devemos recordar que:
• Sais derivados de ácidos forte e bases fraca possuem hidrólise ácida.
• Sais derivados de ácido fraco e base forte possuem hidrólise básica.
• Sais derivados de ácido forte e base forte não hidrolisam.
• Sais derivados de ácido fraco e base fraca requerem uma análise de acordo com as constantes
de ionização.
Assim:
Al(NO3)3: Derivado de “base fraca” e ácido forte → hidrólise ácida.
MgBr2: Derivado de base forte e ácido forte → não hidrolisa.
NaHCO3: Derivado de base forte e ácido fraco → hidrólise básica.
NaHCO2: Derivado de base forte e ácido fraco → hidrólise básica.
Como menor pH indica maior caráter ácido da solução, a resposta é o Al(NO3)3. Ainda assim, é
válido ressaltar dois pontos:
1. O Alumínio tem um caráter anfótero por natureza. O hidróxido de alumínio na verdade não
é uma base, ela pode atuar como base, reagindo com ácidos fortes, formando o complexo
hexahidratado [𝐴𝑙 (𝐻2 𝑂)6 ]3+ ou pode atuar como ácido, reagindo com bases fortes,
formando o completo [𝐴𝑙 (𝑂𝐻 )2 ]+ . Sendo assim, ele pode ser considerado,quanto a sua
atuação como base, uma base fraca, visto que só reage com ácidos fortes.
2. A base de magnésio é uma base forte porém pouco solúvel. É importante distinguir as duas
coisas: a base não se dissolve em grande quantidade, mas tudo que se dissolve se dissocia
completamente e é isso que caracteriza a força da base.
Gabarito: A
‘
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Um gás com P = 615mmHg está contido em um tubo no formato de U como o mostrado abaixo.
Se h = 65mm, qual é a pressão atmosférica Patm?
Comentários:
Perceba que no lado direito temos o tubo em U fechado, com o gás atuando sobre o líquido.
Enquanto isso, o lado esquerdo do tubo está aberto a atmosfera, que exerce pressão na superfície
livre do líquido. Da hidrostática, podemos equacionar:
‘
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Os pontos indicados pelas setas , nos ramos esquerdo e direito do tubo devem ter a mesma
pressão. Logo:
𝑃𝑎𝑡𝑚 = 𝑃 + 𝑑𝑔ℎ
Porém, como o líquido é mercúrio , o termo dgh pode ser substituído diretamente pela altura
da coluna de líquido, que também é uma unidade de pressão. Daí, vem:
𝑃𝑎𝑡𝑚 = 𝑃 + ℎ
𝑃𝑎𝑡𝑚 = 615𝑚𝑚𝐻𝑔 + 65𝑚𝑚𝐻𝑔
∴ 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 680 𝑚𝑚𝐻𝑔
Gabarito: C
(A) 30,20 mL
(B) 30,25 mL
(C) 30,30 mL
(D) 31,75 mL
Comentários
A leitura de uma bureta está associada ao alinhamento da divisão de sua escala com o limite
do menisco do líquido. Nesse caso, podemos perceber que há 10 divisões entre o 30 e o 31, o que
sugere que a bureta tem divisões 0,1 mL. Como o menisco está alinhado com a terceira divisão após
o 30, temos que a medida é 30 mL + 0,3 mL → 30,30 mL.
Gabarito: C
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Comentários
(A) – Em um sistema em ebulição, a temperatura permanece constante mas a energia não, visto
que as moléculas da substância precisam adquirir mais energia para romper seu estado
líquido (maior aproximação entre moléculas e menor mobilidade) e ir para o estado gasoso
(estado de maior mobilidade das moléculas).
(B) – As pontes de hidrogênio são interações intermoleculares as quais ocorrem apenas no
estado sólido e líquido da matéria, por conta da distância média entre as moléculas nesse
estado. Então, como durante a ebulição há moléculas no estado gasoso e no estado líquido,
as moléculas que já passaram para o estado de vapor romperam suas ligações de ponte de
hidrogênio, logo a afirmativa é verdadeira.
(C) – Não há interações íon – dipolo significativas nessa molécula, visto a quase nula presença de
íons no 1-aminopentano líquido (o pouco seria advindo de uma parcela de auto-ionização).
(D) – Não há decomposição térmica no 1-aminopentano por conta da elevação de temperatura
ao ponto de ebulição.
Gabarito: B
‘
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tubo, eles reagem para formar cloreto de amônio sólido (NH4C). Em qual lugar do tubo o
NH4C)é formado?
(A) No centro do tubo
(B) Mais próximo da extremidade onde o Cloreto de Hidrogênio é inserido
(C) Mais próximo da extremidade onde é a amônia é inserida
(D) Uniformemente por todas as posições possíveis ao longo do tubo
Comentários
Questão clássica que leva em conta a velocidade de efusão dos gases. Sabemos que a
velocidade de efusão de um gás é inversamente proporcional a massa molar desse gás(o que faz
sentido: quanto mais pesado o gás , mais devagar ele se moverá). Sendo assim, tem-se que
𝑀𝑁𝐻3 = 1.14 + 3.1 = 17 𝑔/𝑚𝑜𝑙
𝑀𝐻𝐶𝑙 = 1.1 + 1.35,5 = 36,5 𝑔/𝑚𝑜𝑙
Logo, como os gases são introduzidos simultaneamente e amônia tem maior velocidade de
efusão, o encontro entre as duas massas gasosas ocorrerá mais próxima da extremidade onde o
cloreto de hidrogênio foi introduzido, porque em um mesmo intervalo de tempo a amônia
percorrerá um maior espaço.
Ao ocorrer o encontro, ocorrerá a reação química abaixo, que ficará concentrada localmente,
nesse ponto.
𝑁𝐻3 (𝑔) + 𝐻𝐶𝑙 (𝑔) → 𝑁𝐻4 𝐶𝑙 (𝑠) + 𝐻2 𝑂 (𝑙)
Gabarito: B
Uma amostra de gás butano, substância que possui ponto de ebulição normal de -1°C, está com
1.0 atm de pressão e ocupa um volume de 1.0 L. Qual é a pressão se o volume for diminuído para
0.70 L enquanto a temperatura for mantida em -1°C?
(A) 0,7 atm
(B) 1,0 atm
(C) 1,4 atm
(D) 2,0 atm
Comentários
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Essa questão é teórica, apesar de remeter, a princípio, as equações de estado de um gás ideal.
Perceba que toda a situação problema se passa na temperatura do ponto de ebulição normal da
substância e, além disso, o gás está a pressão de 1 atm. Logo, o gás na verdade está se liquefazendo.
Não importa o volume gasoso ainda remanescente, enquanto houver gás a pressão será
mantida, pois é a pressão de vapor do gás na temperatura descrita e isso é constante. Logo, a
resposta é 1,0 atm.
Gabarito: B
Qual é o principal fator energético que explica o fato de C 6H14 (l) e H2O (l) não serem miscíveis
entre si?
(A) O módulo da força das interações intermoleculares de atração entre moléculas de C 6H14
(l).
(B) O módulo da força das interações intermoleculares de atração entre moléculas de H 2O (l).
(C) A diferença entre os pesos moleculares das moléculas.
(D) A diferença de eletronegatividade entre carbono e hidrogênio.
Comentários
Para analisar a miscibilidade entre substâncias, deve-se levar em conta, primeiramente, uma
análise de solubilidade, visto que a miscibilidade pode ser interpretado como uma solubilidade
infinita entre substâncias.
Daí, sabendo que a solubilidade entre duas substâncias depende energeticamente de dois
fatores, os quais são:
• Entalpia de Rede: energia necessária para desorganizar o aglomerado de moléculas
semelhantes;
• Entalpia de solvatação: energia liberada pela formação de interações entre solvente e
soluto;
Podemos afirmar que o principal fator energético que contribui para a imiscibilidade entre os
compostos é a quebra da entalpia de rede das moléculas de água, já que a água tem interações de
ponte de hidrogênio, enquanto o hexano tem apenas interações de Van der Waals.
Além disso, é válido ressaltar que a quebra da rede dificulta a solubilidade pois é um processo
endotérmico (absorve calor), enquanto a solvatação é exotérmica (libera calor) e favorece a
solubilidade.
‘
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Gabarito: B
O ponto de fusão do dióxido de silício (1713°C) é mais alto que o ponto de fusão do silício
(1414°C). Qual é a melhor explicação para essa diferença apresentada?
(A) As ligações Silício – oxigênio são mais fortes que as silício – silício.
(B) Dióxido de silício é um sólido iônico enquanto o silício é um sólido metálico.
(C) Dióxido de silício é polar enquanto o silício é apolar.
(D) Dióxido de silício forma cristais tetragonais enquanto o silício forma cristais cúbicos.
Comentários
(A) – No caso de um sólido covalente, as ligações intermoleculares são substituídas por ligações
covalentes propriamente ditas. Como existe uma diferença de polaridade Si – O, isso fará que
essa ligação seja mais forte que a ligação Si – Si. E, portanto, o dióxido de silício (SiO2)
apresentará maior ponto de fusão que o silício.
(B) – não é verdade pois tanto o silício quanto o dióxido de silício são sólidos covalentes.
(C) – não é verdade pois ambos são apolares ( SiO2 forma um cristal tetraédrico apolar)
(D) – ambos formam cristais tetragonais
Gabarito: A
Uma célula unitária do ZnS é mostrada abaixo (as esferas largas representam o Zn, as esferas
menores representam o S). Quantos átomos de cada tipo (Zn e S) estão presentes nessa única
célula unitária?
‘
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(A) 1 Zn, 1 S
(B) 2 Zn, 4 S
(C) 4 Zn, 4 S
(D) 4 Zn, 14 S
Comentários
Em uma representação cúbica devemos sempre lembrar que:
1
• Esferas localizadas nos vértices de uma célula unitária representam do átomo completo,
8
pois cada vértice do cubo pode ser compartilhado por 8 cubos simultaneamente.
1
• Esferas localizadas no centro da face de uma célula unitária representam do átomo
2
completo, pois cada face pode ser compartilhada por 2 cubos simultaneamente.
• Esferas localizadas no interior da célula representam a totalidade do átomo.
Daí vemos que temos 8 esferas menores nos vértices, resultando um átomo de S. Temos 6
1
esferas localizadas nos centros das faces dos cubos (6 . = 3 átomos de S). Logo, na célula inteira
2
temos 4 átomos de S.
Para as esferas maiores (Zn), perceba que temos 4 esferas, todas localizadas no interior da
célula. Logo, temos 4 átomos de Zn.
Gabarito: C
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Gabarito: D
Quais fatores podem alterar a energia livre de Gibbs para uma reação?
I.Temperatura
II. Concentração das espécies em solução
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I nem II
Comentários
‘
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O logaritmo natural da pressão de vapor (em bar) de HCN (s) como uma função do inverso da
temperatura absoluta está representado no gráfico abaixo.
‘
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Comentários
Devemos lembrar da equação que relaciona pressão de vapor e entalpia de vaporização de
uma substância.
Basta lembrar que
Δ𝐺 = −𝑅𝑇. ln 𝐾
Nessa expressão, “K” é a constante de equilíbrio da reação, que nesse caso é:
𝐻𝐶𝑁 (𝑠) ⇆ 𝐻𝐶𝑁 (𝑔)
Logo, a constante de equilíbrio é a pressão de vapor do HCN(g)
𝐾 = 𝑃𝐻𝐶𝑁
Além disso, lembrando da Equação de Energia Livre Gibbs:
Δ𝐺 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆
e colocando a equação em função de ln (P), temos:
Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆 = 𝑅𝑇. ln 𝑃
Δ𝐻 Δ𝑆
∴ ln 𝑃 = − +
𝑅𝑇 𝑅
Como a equação é:
𝑦 = − 4544𝑥 + 15864
Temos, por comparação:
Δ𝐻
= −4544
𝑅
Daí, sabendo que R ≈ 8,3 J. mol-1. K-1 , temos que:
Δ𝐻 = −4544. 𝑅 = −4544.8,3 ≅ 37,8 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙
Gabarito: C
‘
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Comentários:
Entre as alternativas propostas, de (A) a (C), sabemos que a água no seu estado gasoso é quem
tem maior entropia, visto que o estado gasoso, regra geral, é o estado de maior entropia para uma
substância qualquer.
Nos itens (C) e (D), temos gases. A entropia é tanto maior quanto maior for o número de mols
de gás presentes no sistema. Como o sistema (D) apresenta mais mols de gás, concluímos que ele
apresenta mais entropia que o sistema (C).
Gabarito: D
Qual é o ∆G°f de CH4 (g) em 298 K? (Todos os dados da tabela abaixo são a 298 K)
Comentários
Essa questão é bem trabalhosa, exigindo do aluno a linha de raciocínio correta para retirar os
dados necessários para o cálculo da grandeza requisitada.
Primeiramente, devemos lembrar a Equação de Energia Livre de Gibbs:
∆𝐺 = ∆𝐻 − 𝑇. ∆𝑆
Além disso, a reação de formação do CH4 (g) é:
‘
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1
𝐻2 (𝑔) + 𝑂 (𝑔) → 𝐻2 𝑂 (𝑔) ∆𝐻 = −241,8 𝑘𝐽 ∆𝐺 = −228.6 𝑘𝐽
2 2
Daí,
Δ𝐺 = Δ𝐻 − 𝑇Δ𝑆
−228600 = −241800 − 298. Δ𝑆
−298. Δ𝑆 = 241800 − 228600 = 13200
13200
∴ 𝛥𝑆 = − ≅ −44,3 𝐽. 𝑚𝑜𝑙−1 . 𝐾 −1
298
Além disso:
Δ𝑆 = 𝑆𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 − 𝑆𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
1
−44,3 = [188,8] − [130,7 + . 𝑆𝑂2 ]
2
1
−44,3 = 58,1 − . 𝑆𝑂2
2
1
∴ . 𝑆𝑂2 = 44,3 + 58,1 = 102,4
2
∴ 𝑆𝑂2 = 2. (102,4) = 204,8 𝐽. 𝑚𝑜𝑙 −1 . 𝐾 −1
• 2° reação a se considerar:
‘
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Δ𝑆 = 𝑆𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 − 𝑆𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
3,02 = [213,7] − [204,8 + 𝑆𝐶 ]
∴ 𝑆𝐶 = 204,8 + 3,02 − 213,7 = 5,88 𝐽. 𝑚𝑜𝑙 −1 . 𝐾 −1
Uma solução contendo 0,06 mol de NaOH dissolvidos em 200 g de água foi tratada com sucessivas
alíquotas de uma solução aquosa 6 M de HC em um balão volumétrico isolado e sua
temperatura foi medida após a adição de cada alíquota, gerando o gráfico abaixo:
‘
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O mesmo experimento foi repetido, utilizando 0,06 mol de NaOH e a solução aquosa 6,0 M de
HC . Contudo, agora o NaOH estava dissolvido em 400 g de água. Qual gráfico melhor representa
as temperaturas obtidas nesse novo experimento?
(A)
(B)
(C)
‘
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(D)
Comentários
Os aspectos relevantes para a visualização do novo gráfico passam por entender que ocorrerá
uma reação de neutralização:
𝑁𝑎𝑂𝐻 (𝑎𝑞) + 𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) → 𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂 (𝑙)
Essa reação é conhecidamente exotérmica (como a maioria das neutralizações). Daí, vem a
observação do aumento de temperatura. Além disso, ao diluir a mesma quantidade de NaOH no
dobro de quantidade de água do que existia inicialmente estamos, na verdade, dividindo a
concentração da solução básica por 2.
Contudo, como o número de mols é o mesmo e o NaOH é o reagente limitante, o volume de
HC fornecido para a neutralização completa será o mesmo nos dois experimentos.
Ainda, a região do gráfico onde a temperatura permanece constante é a região
imediatamente após o ponto de equivalência, visto que não há mais reação química.
Por fim, como há o dobro de massa de água para ser aquecida no segundo experimento, e o
calor, advindo da reação química, será o mesmo, a variação de temperatura final no experimento
será a anterior dividida por 2 , já que o calor sensível é proporcional a massa da substancia ( Q = m
x c x ∆T). Do gráfico:
Δ𝑇𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 ≅ 3,2 °𝐶
Δ𝑇𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ≅ 1,6 °𝐶
𝑇𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ≅ 24 °𝐶
Logo, o gráfico correto é o do item “B”.
Gabarito: B
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Para a reação A + B → produtos, a lei de velocidade é dada por V = k [A] 2 [B]. Qual mudança irá
causar maior decrescimento na velocidade da reação?
(A) Dividir [A] por um fator 2
(B) Dividir [B] por um fator 2
(C) Dividir tanto [A] quanto [B] por um fator 2
(D) Dividir [B] por um fator 4
Comentários
A questão é mais matemática que química. Seja “Vo” a velocidade inicial da reação química.
𝑣0 = 𝑘. [𝐴]20 . [𝐵]0
Basta fazermos as alterações sugeridas por cada alternativa e chegaremos as seguintes
conclusões:
(A) : Como a ordem de reação em relação ao reagente A é igual a 2, a velocidade de reação será
reduzida a ¼ da original.
(B) : Como a ordem de reação em relação ao reagente B é igual a 1, a velocidade de reação será
diminuída pelo mesmo fator, ou seja, será ½ da velocidade original.
(C) : A velocidade de redução será reduzida a ¼ e depois a ½ pela diminuição dos dois reagentes:
1 1 𝑣0
𝑣𝐶 = . . 𝑣0 =
4 2 8
Portanto, a velocidade de reação será reduzida a 1/8 da original.
(D) : A velocidade de reação também será dividida por 4, portanto, passará a ser ¼ da original.
Gabarito: C
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Comentários
Devemos lembrar da equação de Arrhenius, que estabelece para a constante de velocidade
de reação:
𝐸𝑎
−
𝐾 = 𝐴. 𝑒 𝑅𝑇
Nessa equação, T é a temperatura absoluta, R é a constante universal dos gases e Ea, a energia
de ativação.
65000
Para T = 37°C (T1 = 310 K ): 𝐾1 = 𝐴. exp (− )
8,3.310
65000
Para T = 22 °C (T1 = 295 K ): 𝐾2 = 𝐴. exp (− )
8,3.295
Fazendo a razão “q” tal que q = K2 /K1, temos:
𝐾2 65000 65000
𝑞= = exp (+ − ) = exp(25,26 − 26,54) = exp(−1,28) ≅ 0,28
𝐾1 8,3.310 8,3.295
Como K2 equivale a 28% de K1, a constante teve uma queda percentual de 72%.
Gabarito: D
Seja um gráfico de ln [A] em função do tempo em uma reação irreversível do tipo A → produtos
linear, com o coeficiente angular da reta - 0,0175 s-1. Quais as conclusões podem ser tomadas a
partir dessas observações?
I. A reação é de primeira ordem em A.
II. A constante de velocidade da reação é 0,0175 s-1.
(A) I apenas
(B) II apenas
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I ,nem II
Comentários
Sabemos que, para uma reação química de cinética de 1° ordem, podemos escrever o ln [A]
em função do tempo da seguinte forma:
𝑙𝑛 [𝐴] = 𝑙𝑛 [𝐴]𝑜 – 𝑘𝑡
‘
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Daí, percebemos, por comparação, que a reação é de primeira ordem em A e que k = 0,0175
s-1.
Gabarito: C
Comentários
A questão consiste basicamente dos conceitos de cinética química e um forte trabalho
algébrico. Ora, temos de igualar as atividades das espécies, para, daí, possuirmos algum parâmetro
para análise. Temos, de maneira genérica:
𝑘1 𝑘2
99 99𝑚 99
𝑀𝑜 → 𝑇𝑐 → 𝑇𝑐
Seja “a” a quantidade de partículas presentes da espécie “99Mo” e “99mTc” a atividade espécie
“B”, as atividades radioativas dessas duas espécies podem ser expressas pela constante de
velocidade.
𝐴𝑡𝑣( 99𝑀𝑜) = 𝑘1 ⋅ 𝑎
‘
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𝐴𝑡𝑣( 99𝑚𝑇𝑐 ) = 𝑘2 ⋅ 𝑏
A decomposição do molibdênio-99 segue uma cinética simples de primeira ordem, portanto:
𝑎 = 𝑎0 . 𝑒 −𝑘1𝑡
É importante registrar que “99mTc” sofre decaimento radioativo (constante de velocidade k 2)
ao mesmo tempo que é produzido por um (constante de velocidade k 1). Pelo enunciado, a
quantidade de 99mTc ao longo do tempo é:
𝑘1
𝑏= ⋅ 𝑎 ⋅ (𝑒 −𝑘1𝑡 − 𝑒 −𝑘2𝑡 )
𝑘2 − 𝑘1 𝑜
Foi pedido o tempo em que as atividades de 99Mo e 99mTc se igualam. Nessa situação, tem-se:
𝐴𝑡𝑣( 99𝑀𝑜) = 𝐴𝑡𝑣( 99𝑚𝑇𝑐 ) ∴ 𝑘1 ⋅ 𝑎 = 𝑘2 ⋅ 𝑏
Substituindo as expressões fornecidas para a e b, temos:
−𝑘1 𝑡 𝑘1 −𝑘 𝑡 −𝑘 𝑡
𝑘1 ⋅ 𝑎𝑜 ⋅ 𝑒 = 𝑘2 ⋅ ⋅ 𝑎 ⋅ (𝑒 1 − 𝑒 2 )
(𝑘2 − 𝑘1 ) 𝑜
Simplificando o produto k1a0 de ambos os lados da equação:
𝑘2 −𝑘 𝑡 −𝑘 𝑡
𝑒 −𝑘1𝑡 = ⋅ [𝑒 1 − 𝑒 2 ]
𝑘2 − 𝑘1
Dividindo tudo pelo termo do lado esquerdo, temos:
𝑘2 (𝑘 −𝑘 )𝑡
1= ⋅ [1 − 𝑒 1 2 ]
𝑘2 − 𝑘1
Passando o denominador para o outro lado, temos:
(𝑘1 −𝑘2 )𝑡
∴ 𝑘2 − 𝑘1 = 𝑘2 − 𝑘2 ⋅ 𝑒
Cortando k2 de ambos os lados, segue:
(𝑘1 −𝑘2 )𝑡
𝑘1 = 𝑘2 ⋅ 𝑒
𝑘1 (𝑘 −𝑘 )𝑡
∴ = 𝑒 1 2
𝑘2
𝑘
ln ( 1⁄𝑘 )
2
𝑡=
𝑘1 − 𝑘2
Agora, devemos lembrar que para reações com cinética de 1º ordem:
ln 2
𝑘=
𝑡1/2
Portanto, as constantes de velocidade das reações são:
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ln 2 ln 2
𝑘1 =
𝑘2 =
65 6
Podemos calcular o logaritmo das razões:
𝑘1 ln 2⁄
= 6 = 65
𝑘2 ln 2⁄ 6
65
𝑘1
∴ ln ( ) = ln(65) − ln(6) = 4,174 − 1,792 = 2,382
𝑘2
Já a diferença entre as constantes de velocidade:
ln 2 ln 2 65 − 6 59
𝑘2 − 𝑘1 = − = ⋅ ln 2 = ⋅ 0,693
65 6 65.6 65.6
Daí,
2,382.65.6
𝑡= ≅ 22,7 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
59.0,693
Gabarito: C
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Sendo a reação 2 a etapa lenta, ela ditará o andamento da reação. Logo, como as etapas são
elementares, a lei de velocidade da reação deve ser escrita dependerá diretamente dos reagentes
da etapa 2.
𝑣 = 𝑘. [𝐻2 𝑂2 ]. [𝐼𝑂− ]
Dito isso, já eliminamos as alternativas “C” (pois é ordem I em relação ao H2O2) e “B” pois o
iodo não interfere na velocidade de reação. O item “D” refere-se a deslocamento de equilíbrio ao
invés de cinética (quanto maior pressão de O2, maior o deslocamento do equilíbrio na direção de
sua produção na reação 2).
Por fim, a resposta é o item “A”, porque a espécie IO- (aq) é produzida na etapa rápida e não
é consumida rapidamente , pois é reagente na etapa lenta, o que a faz ser a espécie predominante
do iodo no meio reacional.
Gabarito: A
Quais das seguintes afirmativas são verdadeiras a respeito da reação genérica A + B → D ilustrada
no diagrama abaixo?
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I nem II
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Comentários
Sabendo que a etapa lenta da reação é a de maior energia de ativação, logo é a 1° etapa da
reação apresentada no diagrama.
na primeira etapa:
𝐴 + 𝐵 → 𝐴 + 𝐶
Podemos interpretar que, na verdade, a etapa lenta se resume a
𝐵 → 𝐶
Como a etapa é elementar, isso implica uma cinética de 1º ordem, portanto a afirmação I está
falsa.
Além disso, há apenas a formação do intermediário “C” durante a reação pois as outras
espécies envolvidas são os reagentes ou produtos da reação global. Portanto, a afirmação II está
falsa.
Logo, nenhuma afirmativa é verdadeira.
Gabarito: D
Comentários
Sabemos que para a hidrólise do NaCN (um sal de ácido fraco e base forte), temos:
𝑁𝑎𝐶𝑁 (𝑠) → 𝑁𝑎+ (𝑎𝑞) + 𝐶𝑁 − (𝑎𝑞) (𝐼 )
𝐶𝑁 − (𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂 ⇆ 𝑁𝑎+ (𝑎𝑞) + 𝐶𝑁 − (𝑎𝑞) (𝐼𝐼)
Lembrando que a constante de hidrólise para esse tipo de sal é:
[𝐻𝐶𝑁]. [𝑂𝐻 − ] 𝐾𝑤
𝐾ℎ = =
[𝐶𝑁 − ] 𝐾𝑎
𝐾𝑤 = [𝐻 + ][𝑂𝐻 − ] = 10−14 ∴ 𝑝𝐾𝑤 = 14
Podemos calcular a constante de hidrólise:
‘
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𝐾𝑤
𝐾ℎ = ∴ 𝑝𝐾ℎ = 𝑝𝐾𝑤 − 𝑝𝐾𝑎 = 14 − 9,21 = 4,79
𝐾𝑎
Considere a tabela estequiométrica para a hidrólise do íon cianeto.
Início 0,25 − 0 0
Reage 𝑥 − 𝑥 𝑥
Equilíbrio 0,25 − 𝑥 − 𝑥 𝑥
Considerando que a hidrólise acontece em pequena extensão, temos que (0,25 − 𝑥) ≅ 0,25.
Substituindo na constante de hidrólise, temos:
[𝐻𝐶𝑁][𝑂𝐻 − ] 𝑥2 𝑥2
𝐾ℎ = = ≅
[𝐶𝑁 − ] 0,25 − 𝑥 0,25
∴ 𝑥 2 = 4. 𝐾ℎ
Pela definição de 𝑥 = [𝑂𝐻 − ]
[𝑂𝐻 − ]2 = 4. 𝐾ℎ
Podemos calcular o pOH:
1 1
𝑝𝑂𝐻 = . (log 4 + 𝑝𝐾ℎ ) = log 2 + 𝑝𝐾ℎ
2 2
1
𝑝𝑂𝐻 = 0,30 + . 4,79 ≅ 2,70
2
Por fim, a partir da relação entre pH e pOH, temos:
𝑝𝐻 = 14 − 𝑝𝑂𝐻 = 14 − 2,70 = 11,30
Gabarito: C
A constante de autoionização da água a 60°C é Kw = 10-13. Quais das alternativas abaixo estão
corretas?
I. A autoionização da água é exotérmica
II. Uma amostra de água pura a 60°C é suavemente ácida
(A) Apenas I
(B) Apenas II
‘
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Comentários
I – Sabemos que a 25°C o Kw = 10-14. Como a elevação da temperatura fez a constante de
equilíbrio do processo aumentar, a reação é endotérmica, visto tais características desse grupo de
reações nos estudos de equilíbrio (Aumento de temperatura desloca o equilíbrio no sentido
endotérmico, o que significa, matematicamente, aumentar o valor da constante caso o sentido seja
endotérmico seja o dos produtos, ou diminuir, se for o dos reagentes). Afirmação incorreta.
II – Além disso, a água pura é sempre neutra. Vale notar que a escala de pH usual (pH = 7 ser
neutro) só faz sentido a 25°C, tendo em vista que o que realmente torna algo ácido ou básico é o
fato de haver diferença entre [𝐻 + ] 𝑒 [𝑂𝐻 − ]. Quando [𝐻 + ] = [𝑂𝐻 − ], a solução é neutra.
Gabarito: D
Carbonato de Bário, BaCO3, é estável à temperatura ambiente, mas decompõe à óxido de Bário
e dióxido de carbono à altas temperaturas.
BaCO3 (s) BaO (s) + CO2 (g)
A uma certa temperatura, esse sistema está em equilíbrio em um recipiente fechado que
contém uma quantidade apreciável de todos os três componentes. Que mudanças levarão a um
aumento na pressão do CO2 presente na situação de equilíbrio?
I. Adição de mais BaCO3 (s)
II. Aumento do volume do recipiente
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I nem II
Comentários
Questão com redação bem minuciosa, que requer atenção plena durante a leitura.
A expressão da constante de equilíbrio da reação é:
𝐾𝑃 = 𝑃𝐶𝑂2
‘
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I – A adição de sólidos e líquidos não altera o equilíbrio, pois não alteram o valor numérico do
coeficiente de ação de massas da reação, visto que suas concentrações não fazem parte da fórmula
da constante. Portanto, afirmativa falsa.
II – Como a pressão de CO2 é igual à própria constante de equilíbrio da reação, ela não será alterada
por nenhum fator diferente da variação de temperatura.
É verdade que o aumento do volume do recipiente irá gerar um deslocamento do equilíbrio
em favorecimento do lado, em que há o maior número de mols gasosos. Nesse caso, é o lado dos
produtos.
Portanto, o aumento da pressão provocará o aumento na produção de CO 2 (g). Porém, o
enunciado não pediu simplesmente um aumento na quantidade de CO 2(g), mas sim na pressão
parcial do gás.
As, como a temperatura é constante, o valor da constante de equilíbrio não se altera, e, nesse
caso, K = PCO2 , o aumento da quantidade CO2 será apenas para o reestabelecimento da pressão
inicial antes da perturbação, ou seja, não leva a um aumento da pressão do CO2 em si. Portanto, a
mudança II também não provoca nenhuma alteração na pressão do gás.
Gabarito: D
Comentários
Para a solução aquosa saturada exclusiva de Ca(OH)2, podemos escrever:
𝐶𝑎 (𝑂𝐻 )2 (𝑠) ⇆ 𝐶𝑎2+ (𝑎𝑞) + 2 𝑂𝐻 − (𝑎𝑞) 𝐾𝑃𝑆 = [𝐶𝑎2+ ][𝑂𝐻 − ]2 = 8.10−6
𝑆 2𝑆
Nessa expressão, “S” é a solubilidade do Ca(OH)2 em sua solução saturada. Sabendo que Kps
= [Ca ]. [OH- ]2, temos:
+2
‘
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A concentração de ácido fórmico (pKa = 3,75) está sendo determinada por uma titulação com
solução de hidróxido de sódio. Quais indicadores são adequados para essa titulação?
I. Azul de bromofenol (pH da faixa de viragem: 3,0 – 4,6)
II. Vermelho de toluileno (pH da faixa de viragem: 6,8 – 8,0)
(A) Apenas I
(B) Apenas II
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I nem II
Comentários
‘
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Como é feita uma titulação de ácido fraco e base forte, o ponto de equivalência será alcalino.
A solução parte de um pH ácido para um pH alcalino. Além disso, durante a titulação, em pH = pKa,
ocorrerá uma região tampão.
Na situação I, a zona de viragem já se inicia antes do tampão. E, por isso, não fica muito claro
o ponto de equivalência. Na verdade, a viragem ocorre bem antes desse ponto, portanto, o indicador
não é adequado.
Na situação II, a viragem do indicador inclui o ponto de equivalência. Portanto, ele é bastante
adequado para medir a titulação.
‘
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Comentários
‘
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Pelo princípio de Le Chatelier, uma reação química tende a minimizar os efeitos das
perturbações externas realizadas sobre ela, a fim de estabelecer um novo equilíbrio.
Primeiramente, analisemos a expressão da Constante de Equilíbrio para a reação.
[𝑁𝐻3 ][𝐻3 𝑂+ ]
𝑁𝐻4+ (𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂 ⇆ 𝑁𝐻3 (𝑎𝑞) + 𝐻3 𝑂+ (𝑎𝑞) 𝐾ℎ =
[𝑁𝐻4 ]
I – Pela lei de Diluição de Ostwald, podemos escrever:
𝐾ℎ = 𝛼 2 𝑀
Como desejamos saber a concentração [𝐻3 𝑂+ ], podemos utilizar que [𝐻3 𝑂+ ] = 𝛼𝑀.
∴ 𝛼 2 𝑀 2 = 𝐾ℎ 𝑀
[𝐻3 𝑂+ ]2 = 𝐾ℎ 𝑀
∴ [𝐻3 𝑂+ ] = √𝐾ℎ . 𝑀
Assim, a concentração de íons [𝐻3 𝑂+ ] cresce com a concentração molar. Ao fazer uma
diluição da solução, é de se esperar uma redução na concentração. Logo, a afirmação I está falsa.
II – O aumento de temperatura desloca o equilíbrio no sentido endotérmico, no caso, o
sentido da ionização. Portanto, aumenta a concentração de íons [𝐻3 𝑂 + ]. Portanto, a afirmação II
está verdadeira.
Gabarito: B
Comentários
‘
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Logo, a reação global da célula é 2 Ag+ (aq) + Cu (s) → Cu2+ (aq) + 2 Ag (s). Da equação de
Nernst, vem:
0,059 [𝐶𝑢2+ ]
∆𝐸 = ∆𝐸° − log
2 [𝐴𝑔+ ]2
Assim, vamos analisar a situação antes das alterações (apenas o termo do logaritmo, que é o
que vai variar). Temos, na situação inicial:
0,1
𝑙𝑜𝑔 ∴ 𝑙𝑜𝑔 0,1 ∴ −1
12
Na afirmativa I, vem:
0,5
𝑙𝑜𝑔 ∴ 𝑙𝑜𝑔 0,5 ∴ − 0,3
12
Na afirmativa II, temos:
0,1
𝑙𝑜𝑔 ∴ 𝑙𝑜𝑔 103 ∴ 3
0,012
Logo, na situação inicial, o potencial era :
0,059
∆𝐸𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = ∆𝐸° +
2
Na afirmativa I, tornou-se:
0,059 0,059
∆𝐸 = ∆𝐸° + [ ⋅ 0,3 ] = Δ𝐸𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − . 0,7 < Δ𝐸𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
2 2
E na afirmativa II:
0,059 0,059
∆𝐸 = ∆𝐸° − [ . 3 ] = Δ𝐸𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − . 4 < Δ𝐸𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
2 2
Daí, temos que o potencial na situação inicial é maior que o da situação I e II. Então, nem I
nem II conferem aumento no potencial da célula.
Gabarito: D
‘
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Quando a seguinte reação química é balanceada com os menores inteiros possíveis como
coeficientes, qual é o coeficiente e a localização da H2O (l)? A reação acontece em meio básico.
Cu (s) + MnO4- (aq) → Cu(OH)2 (s) + MnO2 (s)
(A) 2, no lado dos reagentes
(B) 4, no lado dos reagentes
(C) 2, no lado dos produtos
(D) 4, no lado dos produtos
Comentários
Perceba que a reação é redox. Basta, escrever as semirreações de oxidação e redução (o
permanganato se reduz e o cobre se oxida). Após isso, balancear com água e OH -, hidrogênios,
oxigênios e carga. Por fim, igualar o número de elétrons de cada semirreação. Temos:
(𝑜𝑥𝑖𝑑𝑎çã𝑜) 2 𝑂𝐻 − (𝑎𝑞) + 𝐶𝑢 (𝑠) → 𝐶𝑢 (𝑂𝐻 )2 (𝑠) + 2 𝑒 −
(𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜) 3 𝑒 − + 𝑀𝑛𝑂4− (𝑎𝑞) + 2 𝐻2 𝑂 (𝑙) → 𝑀𝑛𝑂2 (𝑠) + 4 𝑂𝐻 − (𝑎𝑞)
Podemos multiplicar a primeira equação por 2 e a segunda equação por 3 para somar a fim
de eliminar os elétrons.
Qual das seguintes espécies contém o elemento químico no maior estado de oxidação?
(A) OsO4
(B) Mn2(CO)10
(C) N5+
‘
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(D) XeF82-
Comentários
Vamos calcular o nox em cada alternativa:
(A) 𝑂𝑠 𝑥 𝑂4−2 ∴ 𝑥 − 4.2 = 0 ∴ 𝑥 = 8
(B) Como o CO é uma molécula neutra que está associada ao mangânes, temos que:
𝑀𝑛2𝑥 (𝐶𝑂)10
0
∴ 2𝑥 + 0 = 0 ∴ 2𝑥 = 0 ∴ 𝑥 = 0
1
(C) [𝑁5𝑥 ]+ ∴ 5𝑥 = 1 ∴ 5𝑥 = 1 ∴ 𝑥 =
5
Gabarito: A
(A) + 1,70 V
(B) + 0,85 V
(C) + 0,475 V
(D) + 0,10 v
Comentários:
Perceba que temos duas reações de redução descritas como meios para chegar na redução
desejada. Como não temos semirreações redox, não podemos simplesmente somar ou subtrair
potenciais pois não teremos uma reação global redox e, sim, mais uma semirreação de redução.
Contudo, podemos utilizar o ∆G, pois é função de estado e, portanto, compatível com a Lei
de Hess. Daí,
Δ𝐺 = −𝑛. 𝐹. Δ𝐸
2 𝐻𝑔+2 (𝑎𝑞) + 2 𝑒 − → 𝐻𝑔2+2 (𝑎𝑞) Δ𝐸 = +0,9 𝑉 Δ𝐺1 = −2 . 𝐹 . 0,9
𝐻𝑔2+2 (𝑎𝑞) + 2 𝑒 − → 2 𝐻𝑔 (𝑙) Δ𝐸 = +0,8 𝑉 Δ𝐺2 = −2. 𝐹. 0,8
‘
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Gabarito: B
(A) Apenas I
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‘
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(B) Apenas II
(C) Tanto I quanto II
(D) Nem I nem II
Comentários:
A reação global da pilha é dada pela soma das duas semirreações, logo:
𝑃𝑏𝑂2 (𝑠) + 4 𝐻 + (𝑎𝑞) + 𝑃𝑏(𝑠) + 2 𝑆𝑂4−2 (𝑎𝑞) → 2 𝑃𝑏𝑆𝑂4 (𝑠) + 2 𝐻2 𝑂 (𝑙)
Daí, podemos verificar que a concentração de [H+] diminui, pois H+ é reagente da pilha. Por
outro lado, Pb+2 aumenta, pois esse íon está presente no composto PbSO4.
Gabarito: A
Qual o gráfico que representa o potencial de redução do O 2 (a 1 bar de pressão e 25 °C) como
uma função do pH?
O2 (g) + 4 H+ (aq) + 4 e- → 2 H2O (l) E° = 1,23 V
(A)
(B)
‘
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(C)
(D)
Comentários:
Da equação de Nernst, vem:
0,059
Δ𝐸 = Δ𝐸° − log 𝑄 ∴
𝑛
0,059 1
Δ𝐸 = 1,23 − log
4 𝑃𝑂2 ⋅ [𝐻 + ]4
Utilizando propriedades de logaritmo e sabendo que PO2 = 1 bar, temos:
0,059 1
Δ𝐸 = 1,23 − log
4 1 ⋅ [𝐻 + ]4
1
Δ𝐸 = 1,23 − 0,01475 log + 4 ∴
[𝐻 ]
Δ𝐸 = 1,23 − 0,01475 log[𝐻 + ]−4 ∴
Δ𝐸 = 1,23 + (−4). 0,01475. (− log[𝐻 + ]) ∴
Δ𝐸 = 1,23 − 0,059 . 𝑝𝐻
Sendo a equação encontrada a correspondente ao gráfico desejado, vemos que o gráfico é
uma reta decrescente que corta o eixo “y” no ponto de ordenada 1,23. Logo, a resposta é o item A.
‘
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Gabarito: A
No estado fundamental, o átomo de fósforo (P) está no estado gasoso. Quantos elétrons
existem com os números quânticos n = 3, l = 1 e ml = -1.
(A) 0
(B) 1
(C) 2
(D) 3
Comentários
O fósforo está localizado na família 5 A da tabela periódica no 3º período (logo abaixo do
nitrogênio). Sendo assim, sabemos que tem por camada de valência ns 2 np3. Daí, temos para a
destruição eletrônica do P, de acordo com a regra de Pauling:
𝑃: 1𝑠 2 2𝑠 2 2𝑝6 3𝑠 2 3𝑝3
Então, temos elétrons para n = 3 (3º nível de energia) , l = 1 (subnível p). Vamos distribuir,
com a regra de Hund, os elétrons no 3p e verificar se temos ml = -1.
↑ ↑ ↑
-1 0 1
Logo, temos um elétron com os números quânticos desejados.
Gabarito: B
Comentários
‘
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A regra geral é que o efeito entre elementos do mesmo grupo é menor que entre elementos
de grupos distintos, gerando menores diferenças entre os valores de elementos do mesmo grupo,
mas diferentes períodos.
Assim, o P possui maior energia de ionização entre os listados (3º período e família VA),
seguido do As (4º período e família VA), que vem logo a frente do Si (3º período e família IV 4),
finalizando com o Ge (4º período e família IV A).
Gabarito: C
(A) Mn
(B) Co
(C) Fe+
(D) Cu2+
Dados: Números Atômicos (Mn = 25, Co = 27, Fe = 26, Cu = 29).
Comentários
O argônio é um gás nobre, cujo número atômico é igual a 18.
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Quais mudanças no número quântico principal para um elétron no átomo de hidrogênio iriam
corresponder a uma emissão de fóton de alto comprimento de onda?
(A) n = 4 → n = 1
(B) n = 5 → n = 2
(C) n = 1 → n = 5
(D) n = 2 → n = 4
Comentários
Devemos lembrar, primeiramente, que a emissão de fótons está associada a uma transição
eletrônica de uma camada mais externa para uma mais interna, logo já podemos eliminar as
alternativas C e D.
Por fim, podemos nos lembrar das famosas séries do hidrogênio. Pelo menos as 3 primeiras:
• Séries de Lymann: transições eletrônicas que terminam em n = 1 são conhecidas por serem
transições no ultravioleta.
• Séries de Balmer: transições eletrônicas que terminam em n = 2 são conhecidas por serem
transições no visível.
• Séries de Paschen: transições eletrônicas que terminam em n = 3 são conhecidas por serem
transições no infravermelho.
Daí, como sabemos que quanto maior o comprimento de onda, menor a frequência e que a
região do visível tem menor frequência que o ultravioleta, a reposta é o item “B”.
‘
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Outra forma seria calcular os comprimentos de onda diretamente pela Equação de Rydberg.
1 1 1 1 15𝑅
= 𝑅. [
2
− 2 ] = 𝑅. [1 − ] = = 0,9375𝑅
𝜆4→1 1 4 16 16
1 1 1 1 1 21𝑅
= 𝑅. [ 2 − 2 ] = 𝑅. [ − ] = = 0,21𝑅
𝜆5→2 2 5 4 25 100
Como o inverso de comprimento de onda deu menor no caso da transição 5 → 2, concluímos
que
Gabarito: B
‘
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Comentários
As cores têm muito a ver com o poder oxidante de uma substância química. Basta recordar
que, por exemplo, os tingimentos de cabelo são feitos por agentes oxidantes.
Quanto maior o poder oxidante de um material, maior é a capacidade e frequência de
transições eletrônicas nesse composto, o que aumenta a chance de emissão no visível.
Densidade, radioatividade e comprimento de ligação química não estão diretamente
relacionados ao tipo de coloração apresentada.
Gabarito: A
Comentários
Para analisarmos o comprimento da ligação basta analisar a ordem de ligação do composto.
Por serem estruturas complexas, não precisamos recorrer ao teorema do orbital molecular e seu
diagrama energético. Basta aplicar uma regra prática, em que você monta a estrutura de cada
composto e a ordem de ligação é dada por:
𝑛º 𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑔𝑎çõ𝑒𝑠
𝑂𝐿 =
á𝑡𝑜𝑚𝑜𝑠 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑑𝑜𝑠
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a)
4
𝑂𝐿 = = 1,33
3
b)
3
𝑂𝐿 = = 1,5
2
c)
4
𝑂𝐿 = =2
2
d)
3
𝑂𝐿 = =3
1
Como quanto menor a ordem de ligação maior o comprimento, temos que a alternativa “A”
é a resposta.
Gabarito: A
‘
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Comentários
(A) Carbono e enxofre se diferenciam por conta do par de elétrons não ligante apresentado
pelo enxofre e não apresentado pelo carbono, o que interfere diretamente na geometria.
(B) Devemos lembrar que tanto titânio quanto carbono tem 4 elétrons de valência. Logo, ao
se ligarem com 4 ligantes apresentam geometria tetraédrica, pois não tem par de elétrons
não ligantes.
Basta trocar o átomo de Carbono por Titânio que teremos a outra estrutura.
(C) O B2H6 é um composto muito especial da química chamado de diborano que apresenta
uma ligação em ponte entre os dois boros e um átomo de hidrogênio, algo muito diferente
do etano, hidrocarboneto onde cada carbono apresenta geometria tetraédrica (Carbonos
sp3). Veja a estrutura do diborano:
‘
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(D) O íon nitrato é trigonal, pois não possui pares de elétrons não-ligantes no nitrogênio. Por
outro, o íon PO33- não existe, pois o ácido fosforoso (H3PO3) é um diácido, formando
apenas o íon fosfito (HPO32-).
Gabarito: B
Quantas ligações distintas do tipo C-O são apresentadas pelo íon oxalato, C2O42-?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
Comentários:
De forma mais concisa, o íon oxalato pode ser representado pelas estruturas de ressonância
abaixo:
Daí, percebe-se que, na verdade, todas as ligações C-O são iguais, pois contribuem da mesma
forma para as estrutura de ressonância.
Gabarito: A
Qual afirmativa acerca dos orbitais moleculares em uma molécula está correta?
(A) Nenhum orbital molecular pode apresentar alguma porcentagem de sobreposição a outro
orbital molecular
(B) Cada orbital molecular deve ter um número diferente de nós que todo outro orbital
molecular.
(C) O número de orbitais moleculares é igual a metade do número de orbitais atômicos dos
átomos que compõem a molécula
‘
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(D) Os orbitais moleculares de mais baixa energia são os antiligantes e os de alta energia, os
ligantes.
Comentários:
Os orbitais moleculares sempre são mutuamente ortogonais entre si. Logo, a sobreposição
entre dois orbitais moleculares distintos é sempre zero, visto que eles se estendem por diferentes
direções no espaço.
Gabarito: A
Comentários:
Sabemos que o orbital s é tido como mais penetrante por conta de sua simetria esférica.
Sendo assim, caso o orbital s tenha maior participação numa ligação a mesma apresentará maior
ângulo de ligação, pois os elétrons da ligação poderão se acomodar dentro da região esférica
permitida pelo orbital em busca da menor repulsão possível, visto que uma esfera engloba todas as
direções possíveis dentro do espaço. Logo, sabendo que as ligações do NF 3 tem maior ângulo, essa
perspectiva se torna coerente.
Gabarito: A
O aleno tem a estrutura H2C = C = CH2. Qual é a melhor descrição da geometria do aleno?
‘
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Comentários
O carbono central é sp, portanto, a geometria a seu redor é linear. Porém, a molécula não é
plana.
(B)
(C)
‘
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(D)
Comentários:
Para ver a quiralidade uma molécula basta analisar se ela possui planos de simetria. Todas as
moléculas tem plano de simetria passando pelo vértice central do pentágono, exceto o item “B”,
pois um dos cloros aponta (o da esquerda) “para fora da página” enquanto o outro (da direita), para
dentro da página.
Gabarito: B
Um químico deseja separar ácido benzoico do 4-hidroxibenzaldeido. Qual é o melhor método para
executar essa separação?
‘
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(A) Passando a mistura por dois solventes distintos como o dietil éter e a água.
(B) Passando a mistura por dois solventes distintos como o dietil éter e um solução aquosa
1M de NaHCO3
(C) Passando a mistura por dois solventes distintos como o dietil éter e um solução aquosa
1M de NaOH
(D) Passando a mistura por dois solventes distintos como o dietil éter e um solução aquosa
1M de HC
Comentários:
Ambos os compostos são orgânicos, logo não será efetivo passar a solução por solvente polar
e apolar por vez.
Deve-se olhar para a propriedade de termos um ácido e utilizar-se de uma reação química
para retirar o ácido e sobrar o aldeído. Daí, ficamos entre as alternativas “B” e “C”.
Contudo, o hidróxido de sódio (NaOH) é uma base muito forte e tem reação característica
com aldeídos, além da reação padrão de neutralização com o ácido benzoico, que é a reação de
Canizzaro, provocando a auto-oxirredução do aldeído. De forma genérica:
Logo, devemos usar utilizar uma base mais branda, como um sal de hidrólise básica : o
NaHCO3. Ela será suficiente para neutralizar o ácido e não reagir com o aldeído-fenol.
Gabarito: B
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Contudo é valido ressaltar que, na halogenação, os Bromos entram por lados opostos do
composto. Logo, os resultados individuais serão diastereoisômeros, visto que terão mesma fórmula
plana, carbonos quirais, mas não serão enantiômeros devido a diferença de orientação espacial dos
bromos por causa da reação química.
Gabarito: C
Qual é o papel do ácido na esterificação de Fischer mostrada abaixo para efetivar sua atuação
como catalisador?
+
CH3CH2OH + CH3CH2CO2H ⇋𝐻 CH3CH2CO2CH2CH3 + H2O
(A) Direciona o equilíbrio para a direita
(B) Neutraliza a base formada como um produto intermediário na reação
(C) Converte o etanol em um nucleófilo mais reativo
‘
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Perceba que, na primeira etapa, o H+ atua no ácido o tornando um eletrófilo mais forte, capaz
de atrair o par de elétrons do oxigênio do grupo álcool da outra molécula.
Gabarito: D
Comentários
Devemos analisar qual troca de grupo R irá fazer com que a proteína tenha acréscimo ou
decréscimo de possibilidade de carga localizada, ou seja, hidrogênios ionizáveis, visto que tais
possibilidades afetam o panorama a forma como a molécula vai se apresentar em seu estado de
carga elétrica neutra, alterando significativamente o seu ponto isoelétrico.
Daí, vemos que no item “A” haverá alteração pois trocaremos um grupo álcool por um grupo
amina, fazendo a proteína ganhar um hidrogênio ionizável, enquanto nos outros itens não ocorre
algo semelhante.
‘
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Gabarito: A
A hidrólise de qual dissacarídeo abaixo, feita com ácido diluído, resultará em apenas um tipo
‘
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(A) Lactose
(B) Melibiose
(C) Rutinose
(D) Sophorose
Comentários
Devemos lembrar que a reação de hidrólise em dissacarídeos acontece na região da ligação
glicosídica (-O-) que une os dois monossacarídeos do composto. Uma boa recordação é se dar conta
que a sacarose é um monossacarídeo, de hidrólise clássica:
𝑆𝑎𝑐𝑎𝑟𝑜𝑠𝑒 + 𝐻2 𝑂 → 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 + 𝑓𝑟𝑢𝑡𝑜𝑠𝑒
Assim, basta analisar os monossacarídeos e as posições relativas dos grupos para ver em qual
hidrólise teremos a produção de um único tipo de monossacarídeo após o acréscimo de um grupo –
OH em cada lado do monossacarídeo, de forma semelhante ao da sacarose, descrito acima.
Chegaremos à conclusão que só pode ser a Sophorose.
Gabarito: D