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A NATUREZA DAS FALHAS

Introdução

} Ideia: a melhor maneira de se otimizar a


disponibilidade de plantas de processos é
executando algum tipo de manutenção preventiva
periódica.

} Substituição ou recondicionamento em intervalos


fixos.

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Introdução

Fig. 1: Teoria por trás de planos de substituição periódicos

} Estudos de estatística de falhas mostram que com um


número adequado de dados de falhas é possível
determinar-se a vida dos componentes, de forma que as
plantas possam adotar medidas preventivas para evitar
falhas.

Introdução

} Componentes em contato com fluidos de processo


apresentam períodos de desgaste característicos, e falhas
relacionadas com o tempo ou número de ciclos, como
fadiga e corrosão, são propensos a estes tipos de falhas.

} Entretanto, a complexidade crescente dos equipamentos


tem levado à considerável mudança na natureza das
falhas.

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Modos de Falhas
A probabilidade condicional de falhas é traçada contra o tempo de operação
(ex.: estudo em aviões civis)

A. Curva da Banheira D. Taxa de falhas


baixa quando o
B. Taxa de falhas componente sai da
gradualmente fábrica
crescente e uma zona
E. Taxa de falhas
de desgaste acentuado.
constante

C. Taxa de falhas F. Redução rápida da


levemente crescente, taxa de falhas,
sem zona definida de seguido por um
desgaste. período de taxa
constante.

Modos de Falhas
} À medida que a complexidade aumenta, os modos E e F
tornam-se mais predominantes.

} O resultado do estudo contradiz a suposição de que


sempre há conexão entre confiabilidade e o tempo de
operação.

} Manutenções programadas podem aumentar a taxa de


falhas através da introdução de falhas prematuras que não
existiriam no sistema.

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Modos de Falhas
} Não quer dizer que a manutenção preventiva deva ser
abandonada por completo.

} Para falhas sem maiores consequências, políticas de


manutenção corretiva podem ser as mais efetivas.

} Porém, quando as consequências são graves, algo deve ser


feito para prevenir a falha ou, ao menos, reduzir suas
consequências.

Tipos de Falhas

Tipos

Relacionadas Falhas
à idade aleatórias

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Tipos de Falhas
Falhas Relacionadas à Idade

} Componentes aparentemente idênticos podem ter


resistência variável a cargas.

} Pequenas diferenças podem levar a enormes diferenças na


vida, fazendo com que a previsão seja extremamente
difícil.

} Gráficos A e B.

Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias – Componentes Simples

} Ao contrário das falhas relacionadas à idade, nas falhas


aleatórias:

} A deteriorização nem sempre é proporcional à tensão aplicada


} A tensão nem sempre é aplicada consistentemente

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Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias
} Exemplo

} (A) a resistência é constante e a falha ocorre devido a um


súbito aumento na tensão aplicada (uma pedra quebrando o
vidro de um carro).
} A prevenção é feita tentando-se limitar o aumento anormal
das tensões.
} Erro humano => Treinamento
} Fatores externos – relâmpagos, terremotos, inundações =>
projetar os componentes para estas situações

Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias
} Exemplo

} (B) O pico de carga reduz permanentemente a


resistência, sem causar a falha do componente (um
terremoto causa uma fissura numa estrutura, sem causar
o colapso).
} Torna o componente vulnerável a outro tipo de carga.

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Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias
} Exemplo

} (C) O pico de carga reduz temporariamente a resistência


do componente (materiais termoplásticos que amolecem
com a temperatura e readquirem a resistência quando a
temperatura sobe).

Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias
} Exemplo

} (D) Picos de cargas aceleram o processo de


deteriorização, reduzindo a vida do componente.
} A falha pode ocorrer bem depois do pico ter ocorrido.
} Garantir que a manutenção ou instalação sejam
executadas de maneira correta.

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Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias

} Não é possível a previsão.

} Denominação: aleatórias

} Gráficos C, D, E, F.

Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias – Componentes Complexos

} A situação torna-se menos previsível.

} O aumento da complexidade é para melhorar o


desempenho (tecnologia, automação) ou segurança
(redundância).

} Maiores custos

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Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias – Componentes Complexos

} Maior complexidade significa estabelecer compromissos


entre baixo peso e dimensões compactas para atingir
altos desempenhos com massa e tamanho necessário
para durabilidade. Isto implica em:
} Aumento do nº de componentes que podem falhar e o nº de
interfaces e conexões, aumentando também o nº e a variedade
de falhas.
} Redução da margem de segurança, o que significa diminuir,
também, a margem de deterioziação possível antes da falha.

Tipos de Falhas
Falhas Aleatórias – Componentes Complexos

} Por isto que componentes complexos estão muito mais


sujeitos a falhas aleatórias do que componentes simples.

} Substituições/recondicionamentos programados para


evitar falhas podem não ter nenhuma efetividade.

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A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

B e E – mais abrangentes
(complexidade)

CeF

DeA

A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha B

} Relacionado à idade.
} Parte 1-grande amostragem
} Com exceção de poucas
falhas prematuras, a maioria
dos componentes falham
seguindo uma distribuição
normal, centralizada em
torno de um ponto médio.
} Parte 2- distribuição de
confiabilidade

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A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha B

} Parte 3- mesma ideia da parte 1.


} A probabilidade de falha fornece
melhor descrição do que
realmente está ocorrendo,
porque a distribuição de
frequência pode dar a impressão
de que as falhas estariam
diminuindo após o pico da curva.

A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha B

} As curvas de distribuição de frequência de falhas e


probabilidade de falhas mostram que o conceito de VIDA
pode ter, pelo menos, duas interpretações:
} Tempo médio entre falhas (TMEF)
} Vida útil (ponto que se inicia um rápido aumento na probabilidade
condicional de falha)

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A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha B

} Suponha que se pretenda fazer um programa de restauração ou


substituição programada com intervalo igual ao TMEF.
} Metade dos componentes falhariam antes de chegar ao término do
intervalo.
} Intervenções deveriam ser feitas antes do final da vida útil.
} O período de vida útil é menor do que o tempo médio entre falhas.
E se o espalhamento da curva normal for grande, a vida útil pode
ser muito menor que o TMEF.
} O TMEF tem pouca ou nenhuma utilidade no estabelecimento do
prazo para restaurações ou substituições programadas para
componentes com modo de falha tipo B.
} Período ideal: vida útil

A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha B

} Se o componente for substituído no final da vida útil, isso


poderá ocorrer antes que um número razoável tenha
falhado.

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A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha E

A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha E

} Falhas aleatórias implicam em que a probabilidade de falha


do componente, em qualquer período, é o mesmo.
} Taxa de falha constante para todos os períodos.
} Matematicamente, falhas aleatórias seguem distribuição
exponencial.
} Em outras palavras, não é possível, em nenhum período,
se determinar aumento na taxa de falhas.

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A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha C

} Componentes que falham de acordo com o modo C,


apresentam probabilidade de falha crescente, mas em
período algum se pode detectar falhas por desgaste.

} Possível causa da falha: fadiga.

A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha C

} A parte 2 sugere uma


distribuição de Weibull

} 𝛽=2
} t0 > 0

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A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha C

} A parte 2 sugere uma


distribuição de Weibull

} 𝛽=2
} t0 > 0

Distribuição de Weibull
} A distribuição Weibull foi proposta originalmente por W.
Weibull (1954) em estudos relacionados ao tempo de
falha devido a fadiga de metais. Ela é frequentemente
usada para descrever o tempo de vida de produtos
industriais.
} A sua popularidade em aplicações práticas deve-se ao fato
dela apresentar uma grande variedade de formas, todas
com uma propriedade básica: a sua função de taxa de
falha é monótona. Isto é, ou ela é crescente ou
decrescente ou constante.
} Ela descreve adequadamente a vida de mananciais,
componentes eletrônicos, cerâmicas, capacitores e
dielétricos.

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A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha C

} Uma distribuição de Weibull truncada (t0≠ 0), siginifica


que para tempos menores que t0 não há falhas.
} A partir de t0 há um rápido acréscimo da taxa de falhas.
} A vida útil poderia ser considerada como o período de
ausência de falhas (Safe-life)

A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha D

} Assim como C, o modo de falha de D pode ser associado


a uma distribuição de Weibull, com 1< 𝛽 <2

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A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha F

} Mais interessante por duas razões:


} é o único em que a taxa de falha decresce com o tempo
} é o mais usual dos modos de falha

} A forma indica que a maior probabilidade de falhas


ocorre quando o componente é novo ou imediatamente
após a restauração.

} Período de “mortalidade infantil”.

A Natureza dos Seis Tipos de Falhas

Modo de Falha A

} Curva da banheira

} Associado, geralmente, a uma combinação de modos de


falhas, desde a mortalidade infantil, passando por falhas
aleatórias e culminando com uma fase de desgaste
acentuado.

} Componentes com mais de um modo de falha podem ter


falhas de B a F, dando, no conjunto, a curva da banheira.

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CONFIABILIDADE

INTRODUÇÃO

Quais as
características
desejáveis em um
produto?

} Vida ilimitada
} Não apresentar falhas durante a vida

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INTRODUÇÃO

} Objetivo da Engenharia:
} Proporcionar meios materiais que maximizem o bem-estar
humano.

} Restrições:
} Limitações de ordem física
} Econômica
} Social

INTRODUÇÃO

} Estas restrições tornam impraticáveis o planejamento e a


operação em condições ideiais da maioria dos sistemas
ou processos físicos.

} Consequências naturais destes fatores refletem-se de


uma forma implícita da noção de risco.

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INTRODUÇÃO
} Risco
} Relacionado à situações indesejáveis, sob o ponto de vista do
usuário do sistema, produto ou equipamentos.

} Se estas situações indesejáveis implicarem em risco de


vidas humanas e/ou prejuízos econômico-financeiros de
elevado valor, devem ser adotados esforços adicionais no
sentido de minimizar ou mesmo evitar estas situações
quando possível.

INTRODUÇÃO
} EXEMPLO

} Quebra que constitua a interrupção


do fornecimento de energia elétrica a
uma grande centro consumidor.

} Situação altamente indesejável: não


envolve apenas prejuízos econômicos
e sociais (paralização de indústrias,
sistemas elétricos,…) como também
prejuízos físicos em maior ou menor
grau (hospitais, aeroportos, ...).

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INTRODUÇÃO

} As precauções adequadas contra essas situações


indesejáveis só podem ser implantadas se o nível de risco
envolvido puder ser bem avaliado (quanti e
qualitativamente) indicando os pontos falhos de um
produto, sistema ou equipamento, de forma a
conferir/sugerir ações preventivas ou corretivas mais
eficientes.

INTRODUÇÃO

} É a avaliação probabilística do risco/falha de um sistema


ou produto que caracteriza o aspecto fundamental da
Análise de Confiabilidade.

} Este instrumento visa proporcionar um bom desempenho


funcional com baixo índice de falhas de um produto, pois
esforços tradicionais de projeto não estavam sendo
suficientes para conferir estas características a
equipamentos cada vez mais complexos.

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INTRODUÇÃO

} A maior parte das variáveis que envolvem um projeto são


valores que não podem ser perfeitamente definidos
(tolerâncias, material, solicitações).

} São variáveis aleatórias que requerem um tratamento


probabilístico para o problema.

INTRODUÇÃO

} Objetivo: fornecer parâmetros para tratar estes aspectos


no projeto, uma vez que a confiabilidade de um produto é
algo que vem de estágio de projeto, pois em um produto
já em produção ou distribuição, praticamente nada pode
ser feito para melhoria da confiabilidade.

} O projetista deve ter conhecimento preciso e adequado


da confiabilidade.

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FUNDAMENTOS
} Um produto/projeto muitas vezes não considera as
diversas variáveis existentes.

} Não são valores bem definidos

} Podem variar entre determinados limites (pequenos ou


grandes)

} Processo mais aceitável: procedimento estatístico

FUNDAMENTOS

Projeto de um Enfoque
produto probabilístico

Probabilidade de
falhas

} O projeto de um produto ignora as falhas com a utilização do


coeficiente de segurança.
} Já a forma estatística, como admite a possibilidade de ocorrer
uma falha, deve ser considerada mais próxima à realidade.

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FUNDAMENTOS
} A confiabilidade está diretamente relacionada com a
confiança que temos em um produto, equipamento ou
sistema.

} Que não apresenta falhas

} Uma das finalidades da confiabilidade seria a de definir a


margem de segurança a ser utilizada, já que no projeto
tradicional o coeficiente de segurança é de uma escolha
um tanto arbitrária por não conhecermos todas as
variáveis do projeto.

FUNDAMENTOS

Ideias relacionadas ao conceito de


confiabilidade

Confiança Sem
falhas

Durável Pronto
para
operar

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FUNDAMENTOS
Conceito Estatístico de Confiabilidade

} Confiabilidade é a probabilidade de que um


componente ou sistema funcionando dentro dos limites
especificados de projeto, não falhe durante o período de
tempo previsto para a sua vida, dentro das condições de
agressividade ao meio.

FUNDAMENTOS
Conceito Estatístico de Confiabilidade

} A definição possui quatro fatores básicos:


1. Quantificação de confiabilidade em termos de uma probabilidade

2. Definição do desempenho requisitado ao produto: as especificações do produto


são definidas em detalhes. Se as condições de operação não forem as especificadas, a
confiabilidade fica alterada.

3. Definição do tempo de operação exigido entre falhas: o tempo de uso reduz sua
confiabilidade.

4. Definição das condições ambientais em que o equipamento deve funcionar


(umidade, vibrações, temperatura, impurezas, etc.).

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ORGANIZAÇÃO E OBJETIVOS
} O estudo ou análise de um produto, sistema ou
equipamento pode geralmente ser efetuado observando
as partes ou componentes desse sistema ou analisar o
sistema como um todo.

} Neste caso, faz-se necessária uma interação entre as


diversas partes que o compõem, a fim de demonstrar o
seu funcionamento de modo geral.

ORGANIZAÇÃO E OBJETIVOS
} A confiabilidade é uma ferramenta útil para solução de
problemas, pois fornece parâmetros com os quais
podemos tomar decisões.

Especificação P&D Fabricação

Operação e
manutenção de
Coleta de dados e falhas
análise
Alienação

Programa de confiabilidade

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ORGANIZAÇÃO E OBJETIVOS

Projetos Produção Uso


Redução da complexidade Instruções adequadas de
Controle de materiais, uso e manutenção
Redundância para métodos e alterações
assegurar tolerância à falha

Eliminação dos fatores de Análise de falhas em


tensão serviço

Teste de qualificação e
revisão do projeto Controle de métodos de
trabalho e especificações Estratégias de reposição e
Análise de falhas de apoio logístico

A CONFIABILIDADE E A QUALIDADE

Consumidor Organizações

Cientes
não perfeição
custos

Dificuldade: quantificar valores confiáveis ou colocar valores


financeiros para os vários níveis de confiabilidade.

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A CONFIABILIDADE E A QUALIDADE
} Ponto de vista do inspetor: o produto é avaliado contra
uma especificação ou um conjunto de atributos e, se
passar, é enviado ao consumidor.

} O consumidor, tendo aceitado o produto, aceita o fato de


que ele pode falhar no futuro.

A CONFIABILIDADE E A QUALIDADE

Garantia Qualidade

} Confiabilidade é encarada como um tópico separado da


qualidade.

} Qualidade do produto => Confiabilidade

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A CONFIABILIDADE E A QUALIDADE

Confiabilidade Qualidade
Controle de
Testes Qualidade

HISTÓRICO
Primeiros estudos Setor
matemáticos eletroenergético
Robert Lusser Tecnologia de ponta
40 60 80

Análise de Árvore de
Falhas (H. A. Watson)
50 70

Confiabilidade em
Indústrias
áreas diversas
aeroespacial,
Sistemas
eletrônica e nuclear
computacionais

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CONFIABILIDADE COMO PARÂMETRO DE


EFICIÊNCIA
} Custo e complexidade – Confiabilidade como parâmetro
de eficiência.

} Fornecimento de energia elétrica aos hospitais, indústrias e aos


domicílios precisa estar disponível quando requerido, mas o
custo da não-disponibilidade (não programada) pode ser maior.

} Meta: usar a confiabilidade 100%


} Custo adicional
} Custo da não-disponibilidade

BENEFÍCIOS COM A APLICAÇÃO DA


CONFIABILIDADE
} Aumentar os lucros através de:
} Menos paradas não programadas
} Menores custos de manutenção/operação/apoio
} Menores possibilidades de acidentes
} Fornecer soluções às necessidades atuais das indústrias
como:
} Aumentar a produção de produtos unidades mais lucrativas
} Flexibilidade para utilização de diversos tipos de cargas
} Responder rapidamente às mudanças nas especificações dos
produtos
} Cumprir com a legislação ambiental, de segurança e higiene

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BENEFÍCIOS COM A APLICAÇÃO DA


CONFIABILIDADE
} Permitir a aplicação de investimento com base em informações
quantitativas:
} Segurança
} Continuidade operacional
} Meio ambiente
} Eliminação de causas básicas de paradas não programadas de
indústrias ou instalações:
} Diminuir os prazos de paradas programadas
} Através do aumento na manutenabilidade das instalações
} Atuação nas causas básicas dos problemas e não nos sintomas
através de:
} Histórico de falhas dos equipamentos
} Determinação das causas básicas das falhas
} Prevenção de falhas em equipamentos similares
} Determinação de fatores críticos para a manutenabilidades de
equipamentos

A ORIGEM DAS FALHAS

Fabricação
Projeto

Utilização

Fatores para falhas

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A ORIGEM DAS FALHAS

Fabricação
Projeto

Quando o projetista não


consegue identificar as
necessidades dos clientes ou
Utilização
quando estas não estão
adequadamente identificadas e
não se consegue aplicar os
requisitos de engenharia
corretos para a aplicação.
Ex.: seleção de materiais,
dimensionamento inadequado.

Fatores para falhas

A ORIGEM DAS FALHAS

Quando os processos de
fabricação/montagem são
Fabricação inadequados para o produto
sendo processado.
Projeto O processo inclui pessoal
capacitado e equipamentos
adequados.

Utilização

Fatores para falhas

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A ORIGEM DAS FALHAS

Fabricação

Projeto

Utilização
Manutenção inadequada, por falta de
instrução do fabricante ou de
treinamento do cliente.

Fatores para falhas

A ORIGEM DAS FALHAS – TÉCNICAS


Eliminar no projeto pontos Melhorar a
Análise de falhas de falha potenciais na confiabilidade das
operação operações

ü Eliminar no projeto os
ü Construindo pontos de falha
ü Investigação de operações com potenciais na operação
acidentes, queixas e recursos críticos ü Construindo
incidentes redundantes operações com
ü Confiabilidade do ü Tornar as atividades recursos críticos
produto da operação à prova redundantes
ü FMEA de falhas ü Tornar as atividades da
ü Análise de Árvore operação à prova de
ü Manter as
falhas
de Falhas instalações físicas da ü Manter as instalações
operação físicas da operação

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DEFINIÇÕES
Confiabilidade

} Probabilidade de que um componente, equipamento ou


sistema exercerá sua função sem falhas, por um período
de tempo previsto, sob condições de operação
especificadas.

DEFINIÇÕES
Item

} Termo geral que designa qualquer parte, subsistema,


sistema ou equipamento que possa ser considerado
individualmente e ensaiado separadamente.

Item Não Reparável


} Item que não é recuperado nem reposto após a
ocorrência de uma falha, durante o processo de avaliação
de confiabilidade.

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DEFINIÇÕES
Componente

} É um item que pode falhar apenas uma vez. Um sistema


reparável pode ser reparado pela substituição dos
componentes falhos.

Função
} Toda e qualquer atividade que o item desempenha, sob o
ponto de vista operacional.

DEFINIÇÕES
Falha

} Perda de uma função.

Falha Funcional

} Incapacidade de qualquer item em atingir o padrão de


desempenho esperado.

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DEFINIÇÕES
Causa de Falha

} Circunstância que induz ou ativa um mecanismo de falha.

Modo de Falha

} Conjunto de efeitos pelos quais uma falha é observada.

DEFINIÇÕES
Vida Útil

} Intervalo de tempo durante o qual um item desempenha


sua função com a taxa de falha especificada, ou até a
ocorrência de uma falha não reparável.

Redundância
} Dois ou mais órgãos realizando funções semelhantes, tais
que a falha de um só deles, não provoca um certo
conjunto de falhas de desempenho, e a falha de todos
provoca, chamam-se redundantes.

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DEFINIÇÕES
Independência

} Diz-se que existe a independência absoluta, quando a


falha de um desses órgãos ou itens não tem qualquer
elemento de ligação com a falha do outro.
} Caso contrário, pode surgir uma dependência relativa, à
medida que esta ligação aumenta.
} É comum entre sistemas industriais o emprego de
redundâncias e técnicas de votação sobre a escolha da
salda (output) final mais adequada, como elementos para
se atingir elevadas confiabilidades.

DEFINIÇÕES
Independência

} O critério mais importante para a tomada de decisão em


relação à forma de se usarem redundâncias é a relação
entre a confiabilidade dos subsistemas para a do sistema
como um todo.
} Existem várias formas de redundância: ativas ou em stand-
by; uniformes ou diversificadas.

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DEFINIÇÕES
Falha de Modo Comum

} Os sistemas que utilizam redundâncias, podem tolerar um


certo número e/ou tipos de falhas internas independentes
enquanto continuam a manter um output adequado.
} Eles são, entretanto, muito vulneráveis ao que se chama
de falhas de modo comum.
} Provocadas por influências no sistema vindas de alguma
origem comum a todos os canais redundantes.

DEFINIÇÕES
Falha de Modo Comum
} EXEMPLOS
} Considere-se um sistema de bombeamento dos mais
comuns, composto de dois sistemas em paralelo, cada um
com válvulas de bloqueio e de retenção, bomba, motor,
chave de partida, etc.
} Falta de eletricidade se ambos forem supridos por uma só
fonte
} Ambas as bobinas das chaves falhassem por um surto de
tensão
} Destruição das bombas por corrosão

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DEFINIÇÕES
Falha de Modo Comum

} Diz-se, portanto, que são falhas de modo comum porque


são falhas de mesmas características e que, ocorrendo em
mais de um canal redundante, levam o sistema global a
falhar.

MANUTENÇÃO CENTRADA NA
CONFIABILIDADE - MCC

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Introdução
} O equipamento é mais confiável do que os profissionais
de manutenção o permitem demonstrar.

} É o fator homem na interface homem/máquina que é o


problema.

} Para melhorar a confiabilidade, tem-se que trabalhar o


fator homem da interface.

} Homem: filosofia de manutenção, política, práticas,


estrutura organizacional, staffing, nível de habilitação,
treinamento.

Introdução

} Há, provavelmente, mais decisões erradas em


manutenção.

} Quanto maior a quantidade de pessoal de reparos, menor


a confiabilidade obtida.

} A presença de pessoal de reparos produz paradas.

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Introdução
} A melhor política é centralizar o gerenciamento de
manutenção e permitir a atuação do pessoal de reparos
nas áreas de operação somente quando:

} Há trabalho de manutenção programado e planejado a ser


feito;
} Há um defeito no equipamento.

} Praticar manutenção sem pôr as mãos no equipamento


aumenta a confiabilidade.

Introdução

} Há melhoramento nas técnicas de manutenção nos


últimos anos, mas ainda há muita manutenção baseada em
horas e trabalho do equipamento.

} Nos últimos anos, houve uma mudança marcante: de


manutenção baseada em tempo, para baseadas em
condições.

} A Manutenção Preventiva tem mais impacto negativo na


confiabilidade obtida e na performance do equipamento.

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Introdução

Fazer manutenção x Não fazer manutenção

} O que acontece quando um gerente vê o homem da


manutenção parado?

} A ênfase deve ser na solução de problemas e não em


“trabalhar”.

Introdução
Gerações da função manutenção em função das respostas
que ela tem que fornecer

• Alta
disponibilidade
e confiabilidade
• Maior
• Maior segurança
disponibilidade
de plantas • Melhoria da
1ª Conserte 2ª • Maior tempo 3ª qualidade dos
produtos
geração quando quebrar
geração de vida dos
equipamentos
geração • Preservação
do MA
• Custos mais
baixos • Maior tempo
de vida dos
equipamentos
• Maior custo-
efiácia

1940 1960 1980 2000

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O enfoque da MCC

} Objetivo: assegurar que um sistema ou item continue a


preencher as suas funções desejadas.

} Tradicional: todas as falhas são ruins, e todas devem ser


prevenidas. Porém essa filosofia não é realista:

} É impossível se evitar todas as falhas


} Mesmo que fosse, os recursos financeiros não seriam
suficientes.

O enfoque da MCC

} Na MCC, determina-se o que deve ser feito para


assegurar que um equipamento continue a cumprir suas
funções no seu contexto operacional.

} Ênfase: assegurar o funcionamento do sistema, e não


tentar restaurar o equipamento a uma condição ideal.

} Na manutenção tradicional, o enfoque é na característica


técnica das falhas, enquanto na MCC é nos efeitos
funcionais (operacionais) das falhas.

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O enfoque da MCC

} Na MCC, os objetivos da manutenção de qualquer item


são definidos pelas funções e padrões de desempenho
requeridos deste item no seu contexto operacional.

} No planejamento tradicional de manutenção, a seleção de


tarefas é baseada em critérios intuitivos, tais como:
} Experiência – “fazemos assim há 15 nos, deve ser bom!”
} Julgamento – “achamos que isto deve ser uma coisa boa”
} Recomendação do fabricante
} Tentativa e Erro – “vamos reduzir a manutenção neste item”
} Força bruta – “quanto mais manutenção, melhor”

O enfoque da MCC
} Nos casos de equipamentos/sistemas, com inúmeras
tarefas de manutenção preventiva (mp) ou com um
grande histórico de manutenção corretiva (mc), é que a
MCC tem o seu maior potencial, seja pela redução de mp
desnecessária, seja pela adição de mp para reduzir mc
indesejáveis.
} Resultado da aplicação da MCC:
} as tarefas de manutenção, dado o contexto operacional, são
otimizadas através da análise das consequências de suas falhas
funcionais (operacionais), sob o ponto de vista da segurança,
meio ambiente, qualidade e custos;
} decréscimo das atividades de mp e no custo de seus
programas.

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O enfoque da MCC
} Sua aplicação deve ser reavaliada conforme a experiência
operacional for acumulada.
} A aplicação continuada da MCC resulta na obtenção de
dados que permitem reavaliar a frequência em bases mais
realistas.
} Benefícios
} Redução na carga de trabalho de mp
} Aumento da disponibilidade dos sistemas
} Aumento da vida útil dos equipamentos
} Redução do nº de peças sobressalentes
} Especialização de pessoal em planejamento de manutenção
} Rastreamento das decisões
} Motivação para o trabalho em equipe

O enfoque da MCC
} Indústrias que utilizam MCC
} Aeronáutica civil e militar
} Geração e desitribuição de energia
} Refinarias de petróleo
} Laboratórios farmacêuticos
} Usinas siderúrgicas
} Papel e celulose
} Marinha de guerra
} Montadoras de automóveis
} Estradas de ferro
} Indústria de alimentos
} Metalúrgicas
} Fornecimento de água
} Cervejarias

45
1/24/20

O enfoque da MCC

Exemplo – indústria aeronáutica


Sem MCC Com MCC
Intervalo entre inspeções DC-8 20.000h 66.000h
Itens de recondicionamento Todos 7
programado baseado no tempo
DC-8339
Número de sobressalentes DC- Redução de 50% (redução de
10 US$1 milhão por turbina.

Etapas na execução da MCC

Requisitos operacionais e
Programa de manutenção
concepção de manutenção

ü Montar a equipe de análise


Análise funcional Funções e/ou
Diagrama de blocos Identificar dados
üComponentes críticos do
Análise preliminar sistema
ü Coletar dados

ü Descrever sistema
FMECA
ü Identificar elementos Diagrama de Decisão
Modo de falha
MCC
Causa e Consequência
ü Definir fronteiras e interfaces

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1/24/20

Etapas na execução da MCC

Requisitos operacionais e
Programa de manutenção
concepção de manutenção

Análise funcional Funções e/ou


Diagrama de blocos Componentes críticos do
Análise preliminar sistema

FMECA
Diagrama
ü Identificar funçõesde Decisão
Modo de falha
MCC
Causa e Consequência
ü Definir funções

ü Definir falhas funcionais

Etapas na execução da MCC

Requisitos operacionais e
Programa de manutenção
concepção de manutenção

ü Definir os modos de falhas

Análise funcional Funções e/ou as causas das falhas


ü Definir
Diagrama de blocos Componentes críticos do
Análise preliminar sistema
ü Definir os efeitos das falhas

ü Classificar consequência

FMECA ü Identificar sistemas críticos


Diagrama de Decisão
Modo de falha
MCC
Causa e Consequência

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1/24/20

Etapas na execução da MCC

Requisitos operacionais e
Programa de manutenção
concepção de manutenção
ü Aplicar diagrama de decisões

ü Identificar tarefas de mp
Análise funcional Funções e/ou
Diagrama de blocos Componentes críticos do
ü Selecionar tarefas efetivas
Análise preliminar sistema
ü Estabelecer intervalos

ü Identificar mudanças de projeto


FMECA
Diagrama de Decisão
Modo de falha
MCC
Causa e Consequência

Etapas na execução da MCC

Requisitos operacionais e
Programa de manutenção
concepção de manutenção
ü Comparar com atividades existentes

ü Detalhar instruções
Análise funcional Funções e/ou
Diagrama de blocos Componentes críticos do
ü Revisar planos
Análise preliminar sistema
ü Conduzir auditorias

ü Conduzir mudanças de projeto


FMECA
Diagrama de Decisão
Modo de falha
MCC
Causa e Consequência

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1/24/20

Requisitos Operacionais
} A MCC procura determinar as tarefas de manutenção
necessárias para manter o sistema funcionando, ao invés
de tentar restaurar o equipamento a uma condição ideal,
como na abordagem tradicional.

} Para isto, é necessário o entendimento do contexto


operacional no qual o equipamento se encontra, pois
equipamentos idênticos podem demandar diferentes
tarefas, a depender do contexto.

Requisitos Operacionais
} Para que os requisitos operacionais e suas funções sejam
determinados, é necessário que a equipe de análise
identifique as fontes de dados.
} Esquema do sistema ou diagrama de blocos
} Manuais dos fabricantes
} Histórico de falhas
} Especificações do projeto
} Manuais de operações

} Após determinar a fonte de dados, descreve-se o sistema


(equipamentos, limites, entradas, saídas).

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Requisitos Operacionais
} Com o sistema definido, define-se o nível de análise
(determinação da quantidade de trabalho alocada):
} Partes
} Componentes
} Equipamentos
} Sistemas
} Plantas

Requisitos Operacionais
} Com o sistema definido, define-se o nível de análise
(determinação da quantidade de trabalho alocada):
Planta

Sistema 1 Sistema 2 Sistema 3


Equipamento 1 Equipamento 2
Componente 1 Componente 2
Parte 1 Parte 2 Parte 3
Função I Função 2

Modo de falha 1 Modo de falha 2

Causa Causa Causa


1 2 3

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1/24/20

TOTAL PRODUCTIVE MANTEINANCE - TPM

Em linhas gerais....

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TPM

} Surgiu no japão na década de 60.

} Significa Falha Zero e Quebra Zero das máquinas ao


lado do Defeito Zero nos produtos e Perda Zero no
processo.

} Chegou no inicio da década de 90 no Brasil.

} Todos participam da manutenção.

TPM

} Ford; } Mercedez- Benz;

} Pirelli Cabos; } Editora Abril;


} Eletronorte;
} Pirelli Pneus;
} Alumar;
} Tilibra; } Votorantim Celulose;
} Copene; } Votorantim
Cimentos;
} Azaléia;
} Grupo Arcor;
} General Motors;
} Kibon; outros.

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