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Pela 4º vez assisti um dos filmes que mais me marcou até ao momento.

Este filme chama-se


“O Pianista”, o qual considero, a par da “Lista de Schindler”, o filme que melhor retrata o
Holocausto Nazi. Baseado nas memórias de um fantástico pianista judeu polaco, chamado
Wladslaw Szpilman, relatadas no livro “Morte de uma cidade”, em 1945, que mais tarde viria a
ser publicado em Inglês (e outras línguas) com o título “O Pianista”. Mais tarde, em 2001, a
obra viria a ser adaptada por Roman Polanski para a produção de um filme, o qual ganhou viria
a ganhar o prémio de Melhor diretor (Roman Polanski), melhor ator (Adrien Brody) e melhor
roteiro adaptado (Ronald Harwood).

Ao longo do filme, as crueldades da segunda guerra são nos colocados de uma forma bastante
autêntica e real. Polanski é capaz de trazer ao espectador o lado mais atroz e insensível da
guerra com a criação de cenas impressionantes onde os judeus eram vítimas de uma
segregação intensiva, como é o caso da guetização, e colocados numa posição para além do
grau máximo de sofrimento e humilhação.

Vários foram os motivos que me levaram a apreciar tanto este filme mas os que mais me
afetaram foram, sobretudo, a atuação do brilhante Adrien Brody e a gradação perfeita que é
feita com a vida dos judeus Polacos. Desta forma, a interpretação de Brody é soberba, na
medida, em que se é construída uma personagem gentil e sensível, porém, bastante corajosa
para ultrapassar todos os sobressaltos. A sua personagem nunca se impõe como um herói,
mas sim como um sobrevivente.

Outro aspeto de louvar no filme, na minha opinião, é a gradação em declínio dos judeus
polacos, sobretudo da família Spilzman, que no inicio da guerra detinham empregos e uma
vida razoável mas que, aos poucos e poucos, viria a ser transformada com leis segregacionistas
e, consequentemente, com a guetização e deportação de todos os membros da família
Szpilman , exceto o próprio Wladslaw.

Em suma, destaco uma das cenas mais impressionantes que já vi no cinema, quando Szpilman
é descoberto pelo oficial Alemão, Wilm Hosenfold, na fase final do filme, e lhe é pedido para
tocar piano. Perante este pedido, é realizada uma performance incrível do pianista Chopin –
“Grand Polonaise brillante” – que certamente não deixará/deixou ninguém indiferente.

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