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Universidade Iguaçu

Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológica

Curso de Engenharia Civil

Yago da Silva Alves

DIRETRIZES PARA A LEGALIZAÇÃO DE PROJETOS DE PREVENÇÃO


CONTRA INCÊNDIOS

ESTUDO DE CASO: UNIVERSIDADE LOCALIZADA EM VOLTA REDONDA -


RJ

Monografia

Nova Iguaçu, RJ

2019
Yago da Silva Alves

DIRETRIZES PARA A LEGALIZAÇÃO DE PROJETOS DE PREVENÇÃO


CONTRA INCÊNDIOS.

Estudo de caso: Universidade localizada em Volta Redonda – RJ.

Monografia apresentada para obtenção


do título de Bacharel em Engenharia Civil.
UNIG, Universidade Iguaçu, Faculdade de
Ciências Exatas e Tecnológicas.

Orientadora: Prof. Msc Eng Giana Laport


Alves de Souza

Nova Iguaçu, RJ

2019
TERMO DE APROVAÇÃO

Monografia intitulada Diretrizes para a legalização de projetos de prevenção


contra incêndio. Estudo de caso: Universidade localizada em Volta Redonda -
RJ de autoria de Yago da Silva Alves aprovada como requisito básico para a
obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil, Faculdade de Ciências Exatas e
Tecnológicas - FACET, Universidade Iguaçu - UNIG, pela Comissão formada pelos
professores:

Presidente: _____________________________________________
Prof. Msc Eng Giana Laport Alves de Souza

Universidade Iguaçu

Primeiro Examinador: _____________________________


Prof.

Universidade Iguaçu

Segundo Examinador: _____________________________

Prof.

Universidade Iguaçu

Nova Iguaçu, 30 de outubro de 2019.


Dedico esta monografia aos meus
familiares e amigos, que sempre me
incentivaram a alcançar meus objetivos.
AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a minha mãe que apesar das


centenas de quilômetros que nos separam, sempre me deu incentivo e apoiou meus
objetivos como se fossem os dela.

Agradeço também ao meu grande amigo e companheiro, meu pai, que


nunca desistiu de mim independente das minhas escolhas.

Aos meus familiares e amigos, que estiveram comigo na alegria e na


tristeza.

Agradeço ao meu querido Sergio W., que me acolheu como filho e me


proporcionou muitas conquistas.

A minha orientadora Giana L., com quem sempre tive um ótimo


relacionamento dentro e fora de sala de aula.

E por fim, não poderia deixar de agradecer aqui à minha amada futura
esposa Larissa F., que sempre esteve ao meu lado e me deu muita força para
desenvolver esta monografia.
"O mundo é muito diferente para
aqueles que só veem o que é
colocado a sua frente.”

LeBlanc, League of Legends


Sumário
RESUMO...................................................................................................................... i

ABSTRACT................................................................................................................. ii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ........................................................................................ iii

LISTA DE TABELAS .................................................................................................. v

LISTA DE ABREVIATURAS SIGLAS E SÍMBOLOS ................................................ vi

1 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO ....................................................................... 1

1.1 Introdução ......................................................................................................... 1

1.2 Objetivos ........................................................................................................... 1

1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 1

1.2.2 Objetivo específico ..................................................................................... 1

1.3 Motivação .......................................................................................................... 2

1.4 Metodologia ...................................................................................................... 2

1.5 Organização do Trabalho ................................................................................. 2

1.6 Contribuição ..................................................................................................... 2

2 REVISÃO DE LITERATURA E CONCEITOS......................................................... 3

2.1 Histórico de desastres ocorridos no Brasil ................................................... 3

2.1.1 Gran Circo Norte-Americano ..................................................................... 3

2.1.2 Edifício Joelma ........................................................................................... 4

2.1.3 Boate Kiss ................................................................................................... 5

2.2 Conceitos básicos do fogo .............................................................................. 6

2.3 Classes de incêndio ......................................................................................... 7


2.4 Formas de propagação do fogo ...................................................................... 8

2.5 Método de extinção do fogo .......................................................................... 10

2.6 Legislação ....................................................................................................... 12

2.6.1 CBMERJ - Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro . 12

2.6.2 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas ............................. 14

2.6.3 COSCIP ...................................................................................................... 17

2.7 PPCI - .............................................................................................................. 17

2.7.1 Projeto Arquitetónico ............................................................................... 19

2.7.1.1 Classificação das edificações quanto a classe de ocupação e


classes de risco ............................................................................................ 19

2.7.1.2 Classificação quanto a carga de incêndio ...................................... 24

2.7.2 Sistema de proteção por extintores de incêndio ................................... 25

2.7.3 Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos .............................. 27

2.7.3.1 Cálculo hidráulico ............................................................................. 30

2.7.4 Sistema de proteção por chuveiros automáticos (Sprinklers) ............. 31

2.7.5 Sistema de iluminação de emergência ................................................... 34

2.7.6 Saída de emergência ................................................................................ 36

2.7.7 Detecção e alarmes de incêndio ............................................................. 39

2.7.8 Sinalização de emergência ...................................................................... 42

2.7.9 Brigada de incêndio e sistema de proteção contra descargas


atmosféricas (SPDA) ......................................................................................... 44

2.7.9.1 Brigada de incêndio .......................................................................... 44

2.7.9.1 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) ...... 45


3 ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 47

3.1 Descrição da obra........................................................................................... 47

3.2 Dimensionamento e instalação dos extintores de incêndio ....................... 48

3.3 Dimensionamento e instalação do sistema de hidrantes ........................... 50

3.4 Sistema de sinalização de emergência e rota de fuga ................................ 54

4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 57


i

RESUMO

Incêndios são fenômenos acidentais que por mais previsíveis que possam ser, são
preveníveis. Diante da importância de assegurar uma edificação, prevenindo ou
reduzindo perdas como danos materiais e de vidas humanas, demonstra a
necessidade do desenvolvimento de um sistema preventivo de combate e prevenção
a incêndios apto às exigências e normas técnicas estaduais. O presente trabalho
acadêmico aborda as diretrizes de prevenção e combate a incêndios em edificações
no geral. Esclarecendo algumas normas e leis que regulamentam projetos de
prevenção contra incêndios no estado do Rio de janeiro. Evidencia alguns casos de
tragédias ocorridas por todo o solo brasileiro. Enfatiza os atributos e particularidades
do elemento fogo e as formas de extingui-lo. Relata as condições necessárias que
possam propiciar um incêndio, suas fases e classes. Pauta os fundamentais
equipamentos e métodos de prevenção e combate a incêndios e suas
particularidades. O objeto em estudo, trata-se de uma edificação destinada a
instituição de ensino superior situada em Volta Redonda, Rio de Janeiro, e as
adequações realizadas para que a mesma atenda as exigências descritas no Laudo
de Exigências.

Palavras Chaves: Prevenção, Incêndio, Normas, Leis, Fogo, Edificação


ii

ABSTRACT

Fires are accidental phenomena that are as predictable as they can be, are
preventable. Given the importance of ensuring a modification, preventing or causing
damage such as materials and human lives, demonstrates the need to develop a
preventive combat system and prevention of burns appropriate to technical standards
and techniques. This academic paper deals with fire prevention and firefighting
guidelines in non-general editions. Clarifying some rules and laws that regulate fire
prevention projects in the state of Rio de Janeiro. It highlights some cases of
tragedies that occurred throughout Brazil. Emphasizes the attributes and
particularities of the fire element and how the extinction forms it. Lists the necessary
conditions that can provide a fire, its phases and classes. Schedule of the
fundamental equipment and methods of prevention and firefighting and their
particularities. The object of study is a building for the higher education institution
located in Volta Redonda, Rio de Janeiro, and as adjustments made to the same
resources that were specified in the Requirements Report.

Keywords: Fire, Prevention, Standards, Laws, Fire, Building


iii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1: Incêndio Gran Circo Norte-Americano...................................................... 4

FIGURA 2: Edifício Joelma ......................................................................................... 5

FIGURA 3: Boate Kiss ................................................................................................ 6

FIGURA 4: Tetraedro do fogo ..................................................................................... 7

FIGURA 5: Propagação por condução ....................................................................... 9

FIGURA 6: Propagação por convecção ...................................................................... 9

FIGURA 7: Propagação por irradiação ..................................................................... 10

FIGURA 8: Método de extinção do fogo por isolamento ........................................... 11

FIGURA 9: Método da extinção do fogo por abafamento ......................................... 11

FIGURA 10: Método da extinção do fogo por resfriamento ...................................... 12

FIGURA 11: Parâmetros para a classificação de risco quanto a carga específica ... 25

FIGURA 12: Distribuição de extintores ..................................................................... 26

FIGURA 13: Hidrante para sistema tipo I .................................................................. 29

FIGURA 14: Mangotinho para sistema tipo II............................................................ 30

FIGURA 15: Sistema de sprinklers ........................................................................... 31

FIGURA 16: Rede de tubulações.............................................................................. 34

FIGURA 17: Iluminação de emergência ................................................................... 36

FIGURA 18: Vista panorâmica do terreno ................................................................ 47

FIGURA 19: Dimensionamento de extintores em projeto ......................................... 49

FIGURA 20: Posicionamento de extintores de incêndio ........................................... 50

FIGURA 21: Posicionamento de hidrante ................................................................. 51

FIGURA 22: Esquema isométrico ............................................................................. 52

FIGURA 23: Profissional realizando a instalação da tubulação dos hidrantes ......... 53

FIGURA 24: Indicação das sinalizações de emergência e rota de fuga devidamente


iv

sinalizada .................................................................................................................. 55
v

LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Classificação das edificações quanto à ocupação (Grupos A ao C)...... 20

TABELA 2: Classificação das edificações quanto à ocupação (Grupos C ao E)...... 21

TABELA 3: Classificação das edificações e áreas de risco quanto ao risco de


incêndio (Grupos A ao C) .......................................................................................... 22

TABELA 4: Classificação das edificações e áreas de risco quanto ao risco de


incêndio (Grupos D ao H) .......................................................................................... 23

TABELA 5: Classificação das cargas de incêndio específicas ................................. 24

TABELA 6: Parâmetros para a classificação de risco quanto a carga específica... 25

TABELA 7: Dimensionamento de extintores de incêndio ......................................... 26

TABELA 8: Número de saídas de emergência e tipos de escadas .......................... 39

TABELA 9: Tabela de exigência de alarme .............................................................. 41

TABELA 10: Sinalizações de indicação de equipamento ......................................... 42

TABELA 11: Indicação de proibição ......................................................................... 43

TABELA 12: Sinalização de alerta ........................................................................... 43

TABELA 13: Sinalização de orientação e salvamento ............................................. 44

TABELA 14: Quadro de áreas da edificação... ......................................................... 47

TABELA 15: Quadro quantitativo de extintores ........................................................ 48

TABELA 16: Quadro quantitativo de hidrantes ......................................................... 51

TABELA 17: Quadro quantitativo de placas de indicações, orientações, sinalizações


de emergência........................................................................................................... 54
vi

LISTA DE ABREVIATURAS SIGLAS E SÍMBOLOS

COSCIP = Código de Segurança e Combate a Incêndio contra Pânico

ABNT = Associação Brasileira de Normas Técnicas

MTE = Ministério do Trabalho

SENASP = Secretaria Nacional de Segurança Pública

LIGABO = Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros do Brasil

PPCI = Projeto de Prevenção Contra Incêndios

NT = Nota

PECIP = Plano de Emergência contra Incêndio e Pânico

SPDA = Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

GLP = Gás Liquefeito Petróleo

GN = Gás Natural

CBM = Corpo de Bombeiros Militar

ART = Anotação de Responsabilidade Técnica

MJ/m² = Mega Joule por Metro Quadrado

qfi = Valor da carga de incêndio específica

Mi = Massa total de cada componente i do material combustível

Hi = Potencial calorífico de cada componente i do material combustível

Af = Área do piso do compartimento

SPK = Sprinklers

Min = Minuto

Art = Artigo

PVC = Policloreto de Vinila


vii

PFP = à Prova de Fumaça Pressurizada

PF = à Prova de Fumaça

EP = Enclausurada Protegida

NE = Não Enclausurada
1

1 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO

1.1 Introdução

O primeiro Decreto de prevenção e combate contra incêndios, foi


elaborado em setembro de 1976, suas especificações e diretrizes foram se
tornando ineficazes com o passar dos anos, isso ficou bem evidenciado
quando ocorreu as grandes tragédias em edificações provocadas pelo fogo,
associado ao relevante prejuízo causado às edificações. Depois das
tragédias, eventos emblemáticos que representaram um divisor de águas no
plano da segurança contra incêndio no Brasil, iniciou-se nos estados
brasileiros um esforço no sentido do estabelecimento de uma legislação
especifica no campo da segurança contra incêndio. Foi assim que surgiu o
COSCIP (Código de Segurança e Combate a Incêndio e Pânico). Um
documento mais rigoroso, a fim de evitar novas tragédias.
Segundo Aquino (2015), a diversidade das normas em vigor nos
diferentes estados brasileiros, bem como a complexidade de parâmetros para
o dimensionamento dos meios de proteção, contribui de forma obscura para a
incerteza no processo de elaboração dos projetos de segurança contra
incêndio.
Diante da contraposição de exigências das normas de diferentes
instituições como: seguradoras, ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas, Corpo de bombeiros dos estados, MTE – Ministério do trabalho,
entre outras, o profissional da área de segurança depara com um difícil
problema de conciliação entre os fundamentos que embasaram essas
diferentes normas, principalmente quanto a divergências de parâmetros de
dimensionamento e incompatibilidade técnica.
No ano de 2005, a Secretaria Nacional de Segurança pública –
SENASP, órgão integrante do Ministério da Justiça, atuando conjuntamente
com a Liga Nacional dos Corpos Bombeiros do Brasil – LIGABO, criou um
grupo de trabalho encarregado de propor um projeto de lei apresentado,
entretanto, não chegou a ser submetido à aprovação pelo Poder Legislativo.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

O presente trabalho consiste em apresentar as diretrizes aplicáveis quanto


ao combate e prevenção contra incêndio aplicáveis as legislações do Rio de
Janeiro.
2

1.2.2 Objetivo específico

Apresentar os conceitos básicos do fogo, classes de incêndios, formas de


propagação do fogo, método de extinção do fogo e outros conceitos necessários
para um bom embasamento técnico no projeto de combate a incêndio.
Abordar as prescrições recomendadas em legislação estadual.
Apresentar as medidas de segurança contra incêndio e pânico (PCCI) tanto
em sua abordagem teórica quanto a aplicação no estudo de caso.

1.3 Motivação

Fornecer informações e dados ao leitor sobre a aplicação de normas


técnicas e decretos para tornar determinada edificação apta aos critérios de
segurança.

1.4 Metodologia

Esta pesquisa baseia-se em revisão bibliográfica, artigos científicos e o


estudo de caso.

1.5 Organização do trabalho

O trabalho está dividido em quatro capítulos:


O primeiro capitulo é a Introdução da pesquisa onde são apresentados os
objetivos, justificativa e metodologia desta pesquisa.
O segundo capítulo está a revisão bibliográfica, onde são apresentadas as
diretrizes de prevenção e combate a incêndios em edificações no geral.
No terceiro capítulo apresenta-se o estudo de caso.
No quarto capítulo são apresentadas as conclusões referentes a esta
pesquisa.

1.6 Contribuição

Este estudo acadêmico tem a finalidade de contribuir com o progresso da


elaboração de projetos de proteção e prevenção contra incêndio de forma simples
e didática, voltada para o público em geral.
3

2 REVISÃO DE LITERATURA E CONCEITOS

2.1 Histórico de desastres ocorridos no Brasil

Devido à ausência de grandes casos de incêndios com grande número de


vítimas, a “questão incêndio”, até o começo dos anos 70, era automaticamente
associada ao corpo de bombeiros. As regulamentações eram limitadas e
ineficientes, contidas apenas nos códigos de obras dos municípios e sem
quaisquer incorporações de aprendizados dos casos de incêndios ocorridos no
exterior, exceto quanto ao dimensionamento da largura das saídas e escadas e do
material de seu acabamento e revestimento. (Seito,.et al, 2008, pág. 44)

Algumas regulamentações já eram previstas pelo corpo de bombeiros, como


as indicações gerais de obrigatoriedade de medidas de combate a incêndio quanto
a instalação de hidrantes e extintores, e a sinalização e identificação dos mesmos.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lidava com o assunto por
intermédio do Comitê Brasileiro da Construção Civil, pela Comissão Brasileira de
Proteção Contra Incêndio, que tinham mais interesse em regulamentar os assuntos
voltados para a produção de extintores de incêndio. (Seito,.et al, 2008, pág. 44)

Sendo assim, os códigos e normas de proteção contra incêndio eram falhos


e ineficazes, e até em muitos casos inexistentes.

Conclui-se que o Brasil não tirou de aprendizado alguns dos desastres


relacionados a incêndios ocorridos no exterior, mas sim em uma série de tragédias
ocorridas em seu próprio solo.

2.1.1 Gran Circo Norte-Americano

No dia 17 de dezembro de 1961, no estado do Rio de Janeiro, em Niterói,


ocorreu um desastre durante um certo evento realizado no Gran Circo Norte-
Americano em que duzentos e cinquentas vidas foram perdidas e quatrocentas
pessoas ficaram feridas. A explicação para esta fatalidade foi dada pela ausência
de requisitos de escape para a plateia, tal como o dimensionamento e
posicionamento de saídas, e a não existência de pessoas treinadas para controlar
o pânico e orientar o escape. (Seito,.et al, 2008, pág. 23).
4

Figura 1: Incêndio Gran Circo Norte-Americano

Fonte: Acervo O Globo, 1961

2.1.2 Edifício Joelma

O edifício Joelma foi construído em concreto armado e fachada tradicional,


situado na Av. Nove de Julho, 22 (São Paulo), era dotado de 23 andares,
distribuídos entre estacionamentos e escritórios. No dia 1° de fevereiro de 1974,
houve um terrível desastre incendiário que acarretou em cento e setenta e nove
mortos e trezentos e vinte feridos, sendo assim um dos maiores desastres
relacionados ao fogo no Brasil.

Uma das principais causas de tantas mortes e feridos, foi devido à ausência
de escada de segurança no edifício.
5

Figura 2: Edifício Joelma

Fonte: Eivind Molberg / Folhapress, 1974

2.1.3 Boate Kiss

Em pleno século XXI, no dia 27 de janeiro de 2013, uma das maiores casas
de show do Brasil se envolve em um desastroso incêndio, e por consequência
duzentas e quarenta e duas pessoas vieram a óbito e outras seiscentos e oitenta
ficaram feridas, no estado do Rio Grande Do Sul. Esta casa de show, é a famosa
Boate Kiss.

A principal causa do incêndio nesta boate, foi devido o plano de prevenção


contra incêndio e o alvará de funcionamento estarem fora da validez.
6

Figura 3: Boate Kiss

Fonte: Revista Veja, 2013

2.2 Conceitos básicos do fogo

Segundo Ferigolo (1977, p. 11) “para fazermos uma prevenção de incêndio


adequada é necessário primeiro colocarmos o fogo sob todos os seus aspectos:
sua constituição, suas causas, seus efeitos e, principalmente, como dominá-lo”. O
fogo é o resultado de uma reação química, denominada combustão, que se
caracteriza pelo desprendimento de luz e calor. Essa reação de combustão só
acontece se houver a presença simultânea de três elementos essenciais, em suas
devidas proporções: combustível, calor e um comburente (oxigênio do ar). Esses
elementos formam a clássica figura do Triângulo do Fogo.
7

Figura 4: Tetraedro do fogo

Fonte: Manual de Prevenção e Combate a Princípios de Incêndio, 2013

2.3 Classes de incêndio

Segundo Aquino (2015, p.13), os meios pelos quais os objetivos contra


incêndio serão instrumentalizados, envolvem a adoção de medidas que devem ser
adequadas às características das edificações e áreas de risco. Nos aspectos
relacionados à construção, notadamente, quanto a área construída, materiais
utilizados e altura da edificação, como também a finalidade da ocupação. Essas
características das edificações serão consideradas na análise dos riscos inerentes
aos incêndios, caracterizando a necessidade dos meios de proteção adequados às
suas vulnerabilidades.

Segundo Rosso (1975), para facilitar a adequação dos métodos de extinção


de incêndios, adotou-se classifica-los em:

✓ Incêndios de Classe A: Caracterizam se pelo estado físico do material e


o modo como queimam. São incêndios em combustíveis sólidos como:
madeira, papel, borracha, plástico, etc. Caracterizam-se pela queima em
superfície e profundidade e quando queimam deixam resíduos. Para sua
extinção utiliza-se a ação de resfriamento.
✓ Incêndios de Classe B: Também se caracterizam pelo estado físico do
material e o modo como queimam. São incêndios que em líquidos e
8

gases como a gasolina, álcool, gás de cozinha e outros. Caracterizam-se


pela queima somente e quando queimam não deixam resíduos. Para
sua extinção necessita-se da aplicação de produtos que tenham
possibilidade de interromper a reação em cadeia, que tenham ação
abafadora ou aplicação do método de retirada do material.
✓ Incêndios de Classe C: Não se caracterizam pelo estado físico do
material nem pelo modo como queimam, mas sim pelo risco que oferece
ao responsável pela extinção. São os incêndios e, equipamentos
elétricos energizados. Para sua extinção é necessário a aplicação de
produtos não condutores de eletricidade.
✓ Incêndios de Classe D: Se caracterizam pela necessidade de aplicação
de produtos químicos especiais para cada material que queima. Os
incêndios de Classe D envolvem metais pirofóricos: magnésio, potássio,
alumínio em pó, etc. Esta classe de incêndio é pouco comum em nosso
país, por isso os produtos químicos especiais são tão difíceis a serem
encontrados.

2.4 Formas de propagação do fogo

Segundo Seito (2008, pág. 53) o desenvolvimento do incêndio, respeitadas


as peculiaridades que caracterizam cada evento, obedece a uma sequência de
fase bem distintas, permitindo uma análise dos fenômenos envolvidos. Que são
condução, convecção e irradiação.

A condução, segundo Ferigolo (1977) é a transferência de calor se faz por


contato direto entre um corpo e outro, de molécula em molécula, ou através de um
meio intermediário, sólido, liquido ou gasoso que seja condutor de calor. Não há
transferência de calor por condução através do vácuo e os sólidos são melhores
condutores que os gases. (Ex.: barra de ferro levada ao fogo).

A figura abaixo representa um modelo de propagação do fogo por meio de


condução.
9

Figura 5: Propagação por condução

Fonte: Site bombeiro blogspot, 2019

Já no caso da convecção, a transferência de calor se faz através de


movimentos de massas de gases ou líquidos. Uma massa de ar, ao ser aquecida,
se torna mais leve, menos densa, e tende a subir para as partes mais altas do
ambiente. Muitas vezes, essas massas de ar podem levar calor suficiente para que,
ao se deslocarem horizontalmente em um ambiente fechado, iniciar o fogo em
materiais combustíveis com os quais entrem em contato.

Figura 6: Propagação por convecção

Fonte: Site bombeiro blogspot, 2019


10

E a última forma de propagação do fogo muito conhecida, é a irradiação,


onde a transferência de calor se faz por meio de ondas caloríficas que se deslocam
através do espaço vazio. (Ex.: calor que recebemos do sol). A figura abaixo
representa a forma de propagação por meio de irradiação.

Figura 7: Propagação por irradiação

Fonte: Site bombeiro blogspot, 2019

2.5 Método de extinção do fogo

Considerando a teoria básica do fogo, concluímos que o mesmo só existe


quando estão presentes, em proporções ideais, o combustível, o comburente e o
calor, reagindo em cadeia. Calcado nesses conhecimentos, concluímos que,
quebrando a reação em cadeia e isolando um dos elementos do fogo, teremos
interrupção da combustão. Destes pressupostos, retiramos os métodos de extinção
do fogo: isolamento, abafamento, resfriamento e extinção química.

O isolamento visa atuar na retirada do COMBUSTÍVEL da reação. Existem


duas técnicas que contemplam esse método: através da retirada do material que
está queimando; através da retirada do material que está próximo ao fogo e que
deverá entrar em combustão por meio de um dos métodos de propagação.
11

Figura 8: Método de extinção do fogo por isolamento

Fonte: Site bombeiro blogspot, 2019

Segundo o manual de prevenção e combate a incêndio, o método de


extinção por abafamento, é um método que consiste em impedir que o
COMBURENTE (geralmente o oxigênio), permaneça em contato com o
combustível, numa porcentagem ideal para a alimentação da combustão. Para as
combustões alimentadas pelo oxigênio, como já observado, no momento em que a
quantidade deste gás no ar atmosférico se encontrar abaixo da proporção de
aproximadamente 16%, a combustão deixará de existir. Para combater incêndios
por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde que esse
material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por
um determinado tempo.

Figura 9: Método de extinção do fogo por abafamento

Fonte: Site bombeiro blogspot, 2019


12

Já o resfriamento consiste na diminuição da temperatura e,


consequentemente, na diminuição do calor. O objetivo é fazer com que o
combustível não gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague. O agente
resfriador mais comum e mais utilizado é a água. A figura abaixo apresenta o
método de resfriamento.

Figura 10: Método de extinção do fogo por resfriamento

Fonte: Manual de prevenção e combate a incêndio, 2019

O processo da extinção química visa a combinação de um agente químico


específico com a mistura inflamável (vapores liberados do combustível e
comburente), a fim de tornar essa mistura não inflamável. Logo, esse, método não
atua diretamente num elemento do fogo, e sim na reação em cadeia como um todo.

2.6 Legislação

2.6.1 CBMERJ – Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro

Foi divulgada no diário oficial a portaria que estabelece os requisitos para a


elaboração e especificação de projetos de prevenção e combate a incêndio no
estado do Rio de Janeiro. As notas técnicas são divididas em cinco grupos que são
necessárias ao cumprimento do Decreto Nº 42, DE 17 de dezembro de 2018.

O primeiro grupo é denominado Generalidades, onde são apresentados os


Procedimentos Administrativos para regularização e fiscalização - Parte 1
13

(Regularização), os Procedimentos Administrativos para Regularização e


Fiscalização - Parte 2 (Fiscalização), as Terminologias de segurança contra
incêndio e pânico, os símbolos gráficos para projetos de segurança contra incêndio
e pânico, a classificação das edificações e áreas de risco quanto ao risco de
incêndio, Adequação ao COSCIP quanto as edificações anteriores e processo
Administrativo em tramitação por adequação normativa.

No segundo grupo que trata das medidas de segurança contra incêndio e


pânico, são apresentados os sistemas de proteção por extintores de incêndio,
sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio, Sistemas de
chuveiros automáticos sprinklers - Parte 1 - Requisitos gerais, Sistemas de
chuveiros automáticos sprinklers - Parte 2 - Áreas de armazenamento, conjunto de
pressurização para sistemas de combate a incêndio, sinalização de segurança
contra incêndio e pânico, iluminação de emergência, sistema de detecção e alarme
de incêndio, saídas de emergência em edificações, pressurização de escada de
emergência, elevador de emergência, antecâmaras e áreas de refúgio, plano de
emergência contra incêndio e pânico (PECIP), brigadas de incêndio, sistema de
proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), sistemas fixos de gases para
combate a incêndio, controle de fumaça, hidrante urbano, acesso de viaturas em
edificações, separação entre edificações, compartimentação horizontal e vertical,
segurança estrutural contra incêndio - Resistência ao fogo dos elementos de
construção, controle de materiais de acabamento e de revestimento.

Já o grupo 3, apresentam os riscos específicos quanto a legalização de


cozinha profissional, gás (GLP e GN) para uso predial, moto geradores de energia
em edificações e áreas de risco, subestações elétricas, caldeiras e vasos de
pressão, armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis e heliponto e
heliporto.

O grupo 4 trata de requisitos para edificação e estruturas especiais, como os


quiosques e áreas para exposição ou venda de produtos e serviços, edificações
destinadas à restrição de liberdade, edificações tombadas, munições, explosivos e
artefatos pirotécnicos - Fabricação, armazenagem e comércio, manipulação,
armazenamento e comercialização, postos de serviços e abastecimento de
veículos, edificações e estruturas para garagens, pátios para armazenagens
diversas, túneis e canteiro de obras.

E finalmente o Grupo 5 que trata de reunião de públicos e eventos, este


item engloba centros esportivos, de eventos e de exibição, eventos pirotécnicos,
carros alegóricos, trios elétricos e carros de som, eventos temporários de reunião
de público, atendimento médico para eventos de reunião de público.
14

2.6.2 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

Pela própria definição usada pela ABNT, “norma técnica, é um documento


estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que
fornece, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características para
atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação
em um dado contexto.” Esse organismo reconhecido é a própria ABNT e nessas
normas técnicas entram as NBRs, que podem ser meras recomendações feitas
pela ABNT com base em estudos e testes em laboratórios, bem como o
conhecimento acumulado ao longo do tempo pelos profissionais em cada área,
porém, quando são mencionadas pelo poder público em Decretos, Leis ou
Portarias, torna-se obrigatório o seu cumprimento. Há um infinito número de NBRs,
principalmente na área da Engenharia Civil, sendo vital sua consulta,
especialmente na área de Prevenção e Combate a Incêndio, devido às constantes
atualizações nas mesmas.

a) NBR 12692- Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de Incêndio.

A NBR 12692 ressalta as condições mínimas exigíveis para inspeção,


manutenção e recarga em extintores de incêndio. Os extintores devem passar por
exames periódicos realizado por um profissional habilitado, com intuito de manter o
extintor em condições de operação.

Deve-se realizar manutenção nos extintores de incêndio, sempre que


utilizado, ou quando requerido por inspeção. As manutenções dividem-se em três
níveis:

Manutenção Primeiro Nível: Esse tipo de manutenção pode ser executado


no local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo
para oficina especializada. Consiste em:

✓ Limpeza dos componentes aparentes;


✓ Reaperto de componentes roscados que não estejam submetidos a
pressão;
✓ Colocação do quadro de instruções;
✓ Substituição ou colocação de componentes que não estejam
submetidos a pressão por componentes originais;
✓ Conferência, por pesagem, da carga de cilindros carregados com
dióxido de carbono.
15

Manutenção Segundo Nível: Esse tipo de manutenção é necessário ser


realizada com equipamentos e local apropriado, com profissional habilitado.
Consiste em:

✓ Desmontagem completa do extintor;


✓ Verificação de Carga;
✓ Limpeza de todos os componentes;
✓ Controle de rosca visual, sendo rejeitadas as que apresentarem
crista danificada, falhas de filetes, francos desgastados.
✓ Verificação das partes internas e externas, quanto a existência de
danos a corrosão;
✓ Substituição de componentes, quando necessário, por outros
originais;
✓ Regulagem das válvulas de alivio e/ou reguladora de pressão,
quando houver;
✓ Verificação do indicador de pressão, conforme 8.2 e 9.3 da NBR
9654/1986;
✓ Fixação dos componentes roscados (exceto roscas cônicas) com
torque recomendado pelo fabricante, no mínimo para as válvulas
de descarga, bujão de segurança e tampa;
✓ Pintura conforme o padrão estabelecido na NBR 7195 e colocação
do quadro de instruções quando necessário;
✓ Verificação da existência de vazamento;
✓ Colocação do lacre, identificando o executor;
✓ Exame visual dos componentes de materiais plásticos, com auxílio
de lupa com aumento de pelo menos 2,5 vezes, os quais não
podem apresentar rachaduras ou fissuras.
✓ Manutenção Terceiro Nível: Esse tipo de manutenção requer
revisão total do extintor, incluindo a execução de ensaios
hidrostáticos.

b) NBR 12693- Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio.


16

✓ Para que haja uma correta proteção contra incêndio por meio dos
extintores, deve-se levar em consideração as análises expostas
pela norma NBR 12693, que são as seguintes:
✓ As instalações dos extintores de incêndio devem observar as
seguintes exigências:
✓ Se fixados em paredes ou colunas, os suportes devem resistir ao
equivalente 03 vezes a massa total do extintor;
✓ Não deve ser posicionado a uma altura superior a 1,60m do piso;
✓ A parte inferior do extintor deve possuir pelo menos uma distância
de 0,20m do piso;
✓ Não deve ficar em contato direto com o piso.
✓ A NBR 12693 também traz parâmetros em relação a sinalização,
que devem estar:
✓ Locais bem sinalizados;
✓ As paredes devem possuir indicadores vermelhos com borda
amarelas, acima dos extintores;
✓ A coluna deve ser sinalizada em todo o seu contorno, contendo
círculos ou faixas vermelhas com bordas amarelas, possuindo
também a letra “E” na cor branca em cada face da coluna.
✓ Em áreas industriais e depósitos, uma área do piso é pintada de
vermelho com bordas amarelas, a fim de evitar que seu acesso
seja obstruído. As dimensões mínimas recomendadas são: 0,70m x
0,70m com uma borda amarela de 0,15m de largura.
✓ Quando no ambiente existir dificuldade de visualização das
marcações de parede e colunas, deve-se utilizar também seta
direcionais indicando o posicionamento do extintor.

c) NBR 15808 Extintores de Incêndio Portáteis.

A NBR 15808 especifica os requisitos em relação à segurança,


confiabilidade e desempenho dos extintores de incêndio do tipo portáteis
recarregável e ou descartável. Os extintores de incêndio do tipo portátil podem ser
17

transportados de forma manual, desde que não ultrapassem o peso de 20Kg. Os


extintores pressurizados devem possuir na sua extremidade válvulas de descarga,
não podendo ser feito de material ferroso. Todo extintor de incêndio de
pressurização direta é obrigado a possuir indicador de pressão, no qual indicará de
forma permanente a pressão interna do mesmo. O ponteiro do mostrador deve ser
amarelo e ambos devem estar protegidos por uma cobertura transparente, para
que seja evitado violação. O mostrador de pressão deve ter diâmetro de 20mm e
possuir inscrições alfanuméricas. Nos extintores recarregáveis, o mostrador deve
possuir cor de fundo vermelha e a região de operação deve ser pintada na cor
verde.

2.6.3 COSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico

Este código é dividido em vinte e quatro capítulos, onde o primeiro apresenta


as disposições preliminares onde englobam as tramitações dos processos, e nos
seguintes apresentam projetos, classificação das edificações, dispositivos,
dispositivos fixos e moveis contra incêndio, canalização preventiva, entre outras.

O presente Código regulamenta o Decreto-lei no 247, de 21 Jul. 75, fixa os


requisitos exigíveis nas edificações e no exercício de atividades, estabelecendo
normas de Segurança Contra Incêndio e Pânico, no Estado do Rio de Janeiro,
levando em consideração a proteção das pessoas e dos seus bens. Além das
normas constantes deste Código, quando se tratar de tipo de edificação ou de
atividade diferenciada, o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro poderá
determinar outras medidas que, a seu critério, julgar convenientes à Segurança
Contra Incêndio e Pânico. No Estado do Rio de Janeiro, compete ao Corpo de
Bombeiros, por meio de seu órgão próprio, estudar, analisar, planejar, exigir e
fiscalizar todo o Serviço de Segurança Contra Incêndio e Pânico, na forma
estabelecida neste Código.

2.7 PPCI – Projeto de Prevenção e Combate a Incêndio

O Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios, popularmente conhecido


por sua abreviação PPCI, apenas pode ser elaborado por profissionais qualificados
(Engenheiros e Arquitetos pós-graduados em Engenharia de Segurança do
Trabalho), certificados e aprovados pelo Corpo de Bombeiros, através de
fiscalizações e concessão de alvarás, exigidos para todos os imóveis pelos órgãos
públicos, tendo em vista a segurança e o bem estar das pessoas, além da proteção
patrimonial. Há uma obrigatoriedade para toda e qualquer edificação existente,
18

incluindo as que se encontram em processo de reforma ou construção (dentre


estas, as que possuírem a ampliação de área maior que 10% de sua área total).

De acordo com Bretano (2011), classificam-se de duas formas as medidas


de proteção contra incêndios de uma edificação, ativas e passivas.

As medidas de proteção ativas, são as medidas tomadas quando o incêndio


já se deu início. Sendo eles os equipamentos e sistemas acionados ou operados
para combater o fogo, auxiliando também a evasão das pessoas no interior da
edificação, com rapidez e eficácia. Abaixo estão alguns exemplos:

• Sistema de sinalização de emergência;

• Sistema de iluminação de emergência;

• Sistema de extintores de incêndio;

• Sistema de sprinklers (chuveiros automáticos);

• Sistema de hidrantes ou mangotinhos;

• Sistema de detecção e alarme de incêndio;

As medidas passivas de proteção são tomadas durante a elaboração do


projeto da arquitetura da edificação, tendo como o principal foco evitar condições
capazes de dar-se início a um incêndio, porém, caso haja um incêndio, criar meios
para que o fogo não se alastre pelo resto da edificação ou para as edificações
adjacentes. Abaixo estão alguns exemplos:

• Controle da fumaça de incêndio;

• Controle dos materiais de acabamento e revestimento;

• Controle das possíveis fontes do incêndio;

• Brigada de incêndio;

• Facilitação dos acessos de viaturas do corpo de bombeiros à edificação;


19

• SPDA;

• Saídas de emergência;

O Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios deve ser encaminhado ao


CBM (Corpo de Bombeiros Militar) do estado onde a edificação está situada, para a
realização da verificação do projeto e então a aprovação. O projeto é geralmente
constituído por ARTs e plantas da edificação dotada dos sistemas de prevenção e
seus detalhes, utilizando simbologias.

2.7.1 Projeto Arquitetônico

O primeiro passo para a realização do PPCI é a classificação da classe de


ocupação e classes de risco da edificação. Deve-se considerar as atividades
exercidas em tal edificação, igualmente o tipo de material utilizado na estrutura e
acabamentos da mesma.

2.7.1.1 Classificação das edificações quanto a classe de ocupação e classes


de risco

De acordo com a NT 1.04 - COSCIP, é necessário que se realize a


classificação das edificações e áreas de risco quanto ao risco de incêndio. As
diretrizes estão previstas pelo Decreto Estadual nº 42/2018 – Código de Segurança
Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio de Janeiro (COSCIP), onde classifica o
grupo de risco de acordo com a sua utilização.

As classificações de risco seguem da letra A até a letra M, que variam dos


serviços automotivos, saúde, industrial, explosivos e outros. Cabe ao projetista
consultar o grupo que represente, sua respectiva ocupação e definir as ações a
serem tomadas de acordo com o seu risco. As tabelas abaixo apresentam os
principais grupos quanto à ocupação e quanto ao risco de incêndio.
20

Tabela 1: Classificação das edificações quanto à ocupação (Grupos A ao C)

Fonte: NT1.04 - COSCIP, 2019


21

Tabela 2: Classificação das edificações quanto à ocupação (Grupos C ao E)

Fonte: NT1.04 - COSCIP, 2019


22

Tabela 3: Classificação das edificações e áreas de risco quanto ao risco de


incêndio (Grupos A ao C)

Fonte: NT1.04 - COSCIP, 2019


23

Tabela 4: Classificação das edificações e áreas de risco quanto ao risco de


incêndio (Grupos D ao H)

Fonte: NT1.04 - COSCIP, 2019


24

2.7.1.2 Classificação quanto a carga de incêndio

Segundo a NT 1-04 – COSCIP, o método da classificação pelas cargas de


incêndio consiste na soma das energias caloríficas capazes de serem liberadas
pela combustão de todo e qualquer material em um espaço, incluindo todo o
material de revestimento do espaço.

Há também a carga de incêndio específica, que consiste no valor da carga


de incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, apresentado por
mega joule por metro quadrado (MJ/m²).

Tabela 5: Classificação das cargas de incêndio específicas

Fonte: ABNT NBR 14432, 2001


25

Tabela 6: Parâmetros para a classificação de risco quanto a carga específica

Fonte: NT1.04 - COSCIP, 2019

Os valores das cargas de incêndio específicas são determinados pela


expressão citada abaixo:

Figura 11: Parâmetros para a classificação de risco quanto a carga


específica

Fonte: NT1.04 - COSCIP, 2019

2.7.2 Sistema proteção por extintores de incêndio

Os extintores de incêndio são considerados como a primeira linha de ataque


contra incêndios de tamanho limitado, sendo necessários mesmo que a edificação
não seja dotada de sprinklers, hidrantes e outros sistemas fixos de proteção. O
sistema de proteção por extintores de incêndio é considerado como um sistema
26

móvel, onde necessita de um operador para manusear o equipamento em caso de


incêndio.

Como visto anteriormente, para cada classe de incêndio é indicado um tipo


de adequado de extintor para manter o controle das chamas.

O dimensionamento de extintores de incêndio deve ser realizado com base


na NBR 12693/2013 pois leva em consideração a carga de incêndio da edificação.

A tabela abaixo foi retirada da NR 23 - Sistemas de proteção por extintor de


incêndio, e demonstra como deve ser realizada a distribuição de extintores de
incêndio em uma edificação de acordo com o risco, as classes de ocupação e as
distâncias máximas a serem percorridas pelo operador.

Tabela 7: Dimensionando extintores de incêndio

Fonte: NR 23, 2013

Figura 12: Distribuição de extintores

Fonte: NBR 12693, 2013


27

Outras considerações que devem ser adotadas ao instalar as unidades


extintoras, segundo a NT 2-01:2019 para Sistemas de proteção por extintores de
incêndio apresentada no COSCIP, são:
• Quando forem fixados em parede, devem ser observadas as seguintes
alturas de montagem: − a posição da alça de manuseio não deve
exceder 1,60 m do piso acabado, − a parte inferior deve guardar
distância de, no mínimo, 10 cm do piso acabado;

• Não devem ficar em contato direto com o piso;

• Seja visível, para que todos os usuários fiquem familiarizados com a sua
localização;

• Permaneça protegido contra intempéries e danos físicos em potencial;

• Não fique obstruído por pilhas de mercadorias, matérias-primas ou


qualquer outro material;

2.7.3 Sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos

O sistema de hidrantes e mangotinhos são constituídos por um reservatório


de água diligente ao cognominado de reserva técnica de incêndio, conjunto de
bombas de pressurização, e entre outros. Os mesmos são componentes do
sistema fixo de combate a incêndio.

O hidrante e o mangotinho têm próximo as suas saídas de água, uma caixa


de incêndio, nas quais, são ancoradas as mangueiras e acessórios. Ambos os
sistemas são importantes para conter ou combater o incêndio até o momento da
chegada dos bombeiros.

O Professor da PUC-RS Bretano, elaborou um artigo sobre hidrantes e


mangotinhos, intitulado de “Sistema de mangotinhos vs Sistemas de hidrantes”, em
que o próprio se questiona sobre “ o que adianta ter uma instalação hidráulica bem
projetada e executada, com grande vazão, se ela não é adequada ao perfil dos
ocupantes da edificação, que certamente não saberão utilizá-la, principalmente
numa situação de pânico?”. Essa pergunta é formada a partir das circunstancias de
que a maior partes das edificações construídas nos dias atuais estão em níveis de
riscos baixos, principalmente as propriedades residências.

E segundo, a NBR 13714/2000, prédios residenciais coletivos são obrigados


a ter instalação hidráulica de proteção contra incêndio Tipo 1. No Entanto, a própria
norma tem um critério, referindo-se há duas opções: sistemas de hidrantes com
28

vazão mínima de 130 l/min ou sistema de mangotinhos com vazão mínima de 80


l/min.

O Mangotinho expõe um maior gasto de instalação em relação ao hidrante,


porém Beltrano aponta causas em que o sistema de mangotinho se apresenta mais
adequado a edificações residências e outras edificações de nível de risco baixo, e
esta teoria é fundamentada no fator vital e fator tempo no combate ao incêndio,
sendo elas:

• A operação realizada por sistema de mangotinhos é mais ágil, fácil e


simples com relação aos hidrantes;

• Proporciona um combate momentâneo, pois o mangotinho e seu


esguicho são interminavelmente acoplados;

• A operação pode ser feita por apenas uma pessoa com o mínimo de
dificuldade;

• A ação acima do foco do incêndio é mais eficiente, pois há esguicho


regulável;

• Requer menos manutenção pois este sistema tem uma maior


durabilidade;

• Demanda uma menor quantidade de reserva de água, menor ocupação


do espaço físico, e menor diâmetro da canalização;

• É capaz de ser usado sem a mangueira estar totalmente desenrolada;

Logo, no sistema de hidrante, são indispensáveis dois indivíduos para o


manuseio, pois a mangueira é mais pesada, e uma vez que existe vazões maiores.
Através da sequência de operação analisada abaixo: (UMINSKI, 2003, p.34).
29

• Retirar a mangueira do interior do abrigo;

• Acoplar as adaptações da mangueira no esguicho e no registro do


hidrante;

• Abrir o registro do hidrante;

• Ligar a bomba de recalque, se necessário;


• Iniciar o combate. Ainda assim, o sistema de hidrante ainda é o mais
usado no Brasil, mesmo em edificações em que a opção de uso de
mangotinho é permitida;

Figura 13: Hidrante para sistema tipo I

Fonte: IN 007 CBMSC, 2017


30

Figura 14: Mangotinho para sistema tipo II

Fonte: IN 007 CBMSC, 2017

2.7.3.1 Cálculo hidráulico

Determinando a rede de reservatórios, distribuição e posicionamento de


hidrantes, será capaz de dimensionar qualquer e todo o sistema para que possa
atender as pressões e vazões necessárias. Tem de ser denotados no PPCI as
plantas com os devidos esquemas de rede, planilhas de cálculos, e devem conter o
preenchimento do “Memorial”.

Nesta monografia, não serão apresentados os cálculos, pois possui uma alta
complexibilidade. No entanto, para maiores informações, como: exemplos práticos
de dimensionamento de sistemas de hidrantes, recomenda-se o livro “Instalações
Hidráulicas de Combate a Incêndios nas Edificações” (BRENTANO, 2011).
31

2.7.4 Sistema de proteção por chuveiros automáticos (Sprinklers)


O Sistema de Sprinklers, também conhecido por sistema de chuveiros
automáticos, é constituinte ao sistema de combate de incêndio, e tem a função de
disparar água quando ocorre detecção de fumaça ou fogo na edificação, sem a
interferência humana. Este sistema é composto de um reservatório de água
conectado a uma rede de tubulações fixas que são ligadas aos sistemas de
sprinklers, em que estão adequadamente espaçados na edificação, de modo que,
na ocorrência de incêndio, o sistema de chuveiro automático entre em ação
espontaneamente, disparando água sobre o ambiente afetado e, conjuntamente ,
solicitando o seu dispositivo de alarme . (UMINSKI, 2003, p.35).

Figura 15: Sistema de sprinklers

Fonte: Site skop, 2019


32

Conforme o Decreto Estadual nº 38.273/98, em seu Art. 8º do Anexo Único,


as edificações deverão ser dotadas de sistemas automáticos de extinção de
incêndios conforme a seguinte classificação:

• Prédios classificados como de risco grande, que possuam área


construída acima de 1.500 m²;

• Prédios classificados como área de risco médio que possuam área


construída acima de 3.000 m² ou mais de 20m de altura;

• Prédios classificados como de risco pequeno que possuam área


construída acima de 5.000 m² ou 30 m de altura, exceto os
residenciais;

• Prédios classificados como de risco grande ou médio, quando


estiverem abaixo do nível da soleira de entrada e com área superior a
500 m²;

Ainda que este sistema tenha um alto custo na instalação, manutenção e


projeção, é o mais eficiente ao combate de incêndio. No artigo escrito pelo
Engenheiro Jorge Roder, intitulado de “Chuveiros automáticos - sprinklers”, aponta
dados de uma averiguação feita na década de 80 nos Estados unidos (SOLOMON,
1996), em que expões os seguintes resultados:

• 8% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 1


sprinkler;

• 48% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por apenas 2


sprinkler;

• 89% dos focos de incêndio foram extintos ou controlados por até 15


sprinkler.

O bom funcionamento do sistema é composto por abastecimento de água,


sistema de bombeamento, conjunto de tubulações e sprinklers.

Abastecimento de água: Os sprinklers devem apresentar um


abastecimento de água restrito e com operação automática.
33

Sistema de bombeamento: É um sistema composto por um grupamento de


tubulações, dispositivos e equipamentos designados a distribuir a água de uma
parte mais baixa para uma mais alta. Devem ser exclusivas do sistema as bombas
de recalque. E necessitam ser dotados de dispositivos de partida automática, tendo
um acionamento estimulado pela queda de pressão hidráulica na rede do sistema
de sprinklers, quando um chuveiro é acionado. Este sistema pode ser de motor a
explosão ou elétrico. (UMINSKI, 2003, p.36).

Conjunto de tubulações: As tubulações que estão conectadas aos


sprinklers devem possuir as seguintes funções e qualificações:

• Ramais – são as subdivisões na qual os sprinklers são instalados de


modo direto ou utilizando braços horizontais com um tubo de
comprimento medindo máximo de 60 cm;

• Tubulações subgerais - são responsáveis por alimentar os ramais;

• Tubulações gerais – são responsáveis por alimentar as subgerais;

• Tubulações de descidas ou subidas – são caracterizadas por


tubulações verticais, conforme o sentido da circulação da água. Estas
tubulações estão ligadas entre os sprinklers dos diferentes pavimentos,
as conexões das subgerais com os ramais, ou também podem estar
ligadas com as dos chuveiros individuais com os ramais, quando a
subida ou descida excede 30cm de comprimento;

• Subida principal – é a tubulação responsável por ligar a rede de


suprimento dos abastecimentos de água com as tubulações gerais, e
também é o local que instala a válvula de alarme detector de fluxo
d’água que controla e indica a operação do sistema.
34

Figura 16: Rede de tubulações

Fonte: UFG SlideShare, 2011

Sprinklers: São equipamentos instalados em diversos locais da tubulação e


estão munidos de um elemento que ao ser resignado a uma temperatura
precedentemente fixada, rompe-se, permitindo a passagem livre da água da rede
de distribuição. Está água, ao atingir a base do sprinkler, é distribuída na forma de
um chuveiro sobre o foco de incêndio (UMINSKI, 2003, p.37).

2.7.5 Sistema de iluminação de emergência

Este sistema tem como função e objetivo possibilitar uma iluminação


satisfatória e apropriada, disposto a permitir uma saída segura e fácil dos
indivíduos em caso de alguma suspensão da alimentação normal. (UMINSKI, 2003,
p.38).

Com a intenção de elaborar um projeto de sistema de iluminação de


emergência, manutenção dos sistemas, ou instalações, o mesmo deve estar de
acordo com a NBR 10898/2013, conforme indicado no Art.12 do Decreto nº
35

38.273/98. No PPCI, os locais de instalação das luminárias precisam constar em


planta e no preenchimento do “Memorial”.

O sistema pode ser categorizado quanto às fontes de energia a serem


utilizadas, sendo:

• Sistema centralizado de acumuladores: formado por central de comando


(painel de controle), acumuladores de energia (baterias), rede de
alimentação (instalação elétrica), e luminárias.

• Grupo moto-gerador: formado por um grupo moto-gerador


automatizado, painel de controle, rede de alimentação e luminárias.

• Conjunto de blocos autônomos: são aparelhos com lâmpadas


incandescentes ou fluorescentes, incluindo baterias pequenas e os
dispositivos essenciais para colocá-lo em funcionamento.

O sistema é composto por algumas características, sendo elas: Fontes de


energia, eletrodos e condutores, autonomia, e tipos de iluminaria.

As fontes de energia têm a função de alimentação e elas precisarão


encontrar-se localizadas de forma que não esteja em compartimentos acessíveis
ao público, e nem em lugares que se encontram risco para incêndio, estas fontes
precisam ser isoladas por paredes que resistam ao fogo por um período de no
mínimo 2 horas, no local onde as se encontram devem estar ventilados de forma
que esteja adequada e dotadas de equipamentos de escapamento de ar, não
podem propiciar riscos de acidentes ao trabalhadores, devem permitir acesso fácil
para que ocorra inspeção e manutenção. A fonte que está presente no sistema
centralizado poderá ser usada em grupamento com o sistema de detecção de
alarme de incêndio. (UMINSKI, 2003, p.40)

Os fios condutores devem ser resistentes as chamas e precisam estar


embutidos em eletrodutos rígidos. Se porventura as instalações forem aparentes,
necessitam também de ser metálicos, pintados na cor vermelha ou em PVC rígido
antichama, conforme a NBR 15465/2008.

A autonomia precisa ocorrer em todos os sistemas de iluminação por pelo


menos uma hora, e necessita garantir que no decorrer desse tempo, tenha
iluminação de intensidade adequada, pois a visibilidade será danificada em
decorrência a fumaça.
36

Os tipos de luminárias deverão possuir lâmpadas fluorescentes,


incandescentes ou mistas, podendo ser classificadas como luminárias de
aclaramento (servem para clarear o ambiente) ou balizamento (servem para dar
orientação, como, por exemplo, indicações de saída). A tensão das luminárias de
aclaramento e balizamento para iluminação de emergência em áreas com carga de
incêndio deve ser de, no máximo, de 30 Volts (UMINSKI, 2003, p.41).
Os pontos destas iluminações têm de ser posicionados em áreas de risco, grande
circulação de indivíduos, rotas de fugas, corredores e escadas. Nos pontos em que
seja possível a presença de fumaça, a instalação das iluminações de emergência
deverá ter uma altura que fique abaixo do “colchão de fumaça”. (EUZEBIO, 2011,
p.74).

Segundo a norma NBR 10898/2013, a distribuição de iluminaria deve ter


uma distância máxima entre dois pontos de iluminação de ambiente em que se
equivale a quatro vezes a altura da instalação destes em relação ao nível do piso, e
nunca deverá ultrapassar a altura de quinze metros. A distância máxima entre o
ponto de iluminação e a parede não deve ultrapassar 7,5 m.

Figura 17: Iluminação de emergência

Fonte: Arquivo pessoal, anexo I

2.7.6 Saída de emergência

Segundo a NT 2-08:2019 do COSCIP as saídas de emergência são


constituídas de um caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado,
37

proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens externas, balcões,


vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros
dispositivos de saída, ou combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em
caso de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel,
até atingir a via pública ou espaço aberto, com garantia de integridade física.

A norma NBR 9077/2001, é a responsável por fornecer os parâmetros de


dimensionamento de saídas de emergência adotas pelas legislações estaduais e
municipais por todo o Brasil. Sendo obrigatório que as saídas de emergência
sejam compostas por portas, corredores, escadas rampas ou a combinação desses
elementos, que permitem uma saída segura dos indivíduos presente na edificação
em caso de incêndio, e a entrada dos bombeiros para o combate ao fogo ou ações
de resgate (EUZEBIO, 2011, p.32).

Esta norma, estabelece os seguintes itens de segurança:

✓ Larguras das saídas de emergência;

✓ Distâncias máximas a serem percorridas em caso de incêndios (rotas


de fuga);

✓ Número de saídas e de escadas e definição do tipo de escadas que


uma edificação requer;

✓ Exigência de alarme de Incêndio.

Os números de saídas e os tipos de escadas devem ser descrito de forma


como a norma, tendo a função de garantir a segurança de todos no momento do
incêndio, sendo (NBR 9077/2001, p.3):

✓ A escada à prova de fumaça pressurizada (PFP): é escada à prova de


fumaça, cuja condição de estanqueidade à fumaça é obtida por método
de pressurização;

✓ A escada enclausurada à prova de fumaça (PF): é escada cuja caixa é


envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo
acesso é por antecâmara igualmente enclausurada ou local aberto, de
modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio;
38

✓ A escada enclausurada protegida (EP): é escada devidamente


ventilada situada em ambiente envolvido por paredes corta-fogo e
dotada de portas resistentes ao fogo;

✓ A escada não enclausurada ou escada comum (NE): é escada que,


embora possa fazer parte de uma rota de saída, se comunica
diretamente com os demais ambientes, como corredores, halls e
outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo.

É de grande importância e necessário informar as distinções entre paredes e


portas corta-fogo, e portas e paredes resistente ao fogo.
As portas corta-fogo são um conjunto de folha de porta, marco e acessórios que
tem uma norma própria, sendo a NBR 11742/2003. Já as paredes corta-fogo são
divisões corta-fogo que na ação do fogo, tende a conservar suas características de
resistência mecânica, possibilita um isolamento térmico até uma temperatura
exposta a 140 graus Celsius, e estanca a propagação da chama.
Já as paredes e portas resistentes ao fogo são capacitadas a resistir
estruturalmente aos efeitos do fogo, porém há um tempo determinado para esta
exposição.
39

Tabela 8: Número de saídas de emergência e tipos de escadas

Fonte: NBR 9077/2001, 2001

2.7.7 Detecção e alarmes de incêndio

Os detectores e alarmes de incêndios são compostos por um grupamento de


elementos que estão determinados de forma planejada e devidamente interligados,
fornecendo informações de conceitos de incêndios por meio de referências visuais
e sonoras, além disto, são responsáveis por controlar dispositivos de segurança e
de combate automático que estão instalados na edificação.

A finalidade do mesmo é detectar o incêndio por meio de três fenômenos


físicos, sendo: Elevação de temperatura do ambiente, fumaça e radiação luminosa
da chama. Com isto, o alarme poder ser acionado por duas formas, que são por
meio de acionadores manuais ou de detectores automáticos. (UMINSKI, 2003,
p.41)

Algumas das exigências como a de instalação, elaboração de projeto e


manutenção, estão presentes na norma NBR 17240/2010, e tem como obrigação o
preenchimento do “Memorial” na entrega do PPCI.

Sobre o sistema por meio de acionamento manualmente é preciso de


interferência humana, para que este sistema entre em perfeito funcionamento. Este
40

sistema é constituído por: Central de alarme, fonte de energia alternativa, circuito


de alarme, acionadores manuais e sinalizadores acústicos e visuais.

• Central de alarme: Compreende-se em dispositivos determinados para


processar os sinais originário dos circuitos de detecção automática ou
manual, e os convertem, em informação adequada para comandar e
controlas os demais componentes do sistema (UMINSKI, 2003, p.42).

• Fonte de Energia Alternativa: Consiste em um equipamento determinado


a fornecer energia para os outros dispositivos e sistemas de emergência,
na ausência ou erro da fonte de energia básico.

• Circuito de alarme: É um circuito determinado a coordenação dos


indicadores e sinalizadores sonoros e visuais. São compostos por fios
elétricos (condutores) na qual dever ser rígidos e, quando não estão
protegidos por eletrodutos incombustíveis, necessitam de isolamento
resistente ao alastramento de chamas. Já os eletrodutos devem estar
aparentes ou embutidos, com características metálica, plástica ou
matérias que garantem a proteção mecânica dos mesmos.

• Acionadores manuais: São dispositivos determinados a transmitir a


informação de um princípio de incêndio por iniciativa do elemento
humano

• Sinalizadores acústicos e visuais: Equipamentos que emitem sinais


audíveis e visuais de alerta combinados. (EUZEBIO, 2011, p.81).

Em relação aos detectores automáticos, estes são compostos por um


equipamento que ao sofrem algum tipo de sensibilidade por fenômenos físicos ou
químicos, sendo assim, detectando um início de incêndio, imediatamente enviam
um sinal a uma central receptora. Neste há três grupos, que são: Detectores de
fumaça, detectores de temperatura e detectores de chama (UMINSKI, 2003, p.44).
41

• Detectores de fumaça: São dispositivos designados a agir quando há


presença de gases ou partículas, visíveis ou não, realizado pela
combustão.

• Detectores de Temperatura: São dispositivos designados a agir quando


a temperatura do local ultrapassa um valor já determinado.

• Detectores de chama: São dispositivos designados a agir através da


resposta de uma radiação visível ou não. Os tipos mais utilizados são o
detector infravermelho e detector ultravioleta.

As exigências de alarme de incêndio para cada “Classe de Ocupação”


podem-se dar em função da tabela fornecida pela NBR 9077/2001, tabela abaixo:

Tabela 9: Tabela de exigência de alarme

Fonte: NBR 9077/2001, 2001


42

2.7.8 Sinalização de emergência

As sinalizações de emergência se dão por meios de placas que têm como o


objetivo sinalizar, alertar, identificar e caracterizar elementos. As projeções das
placas de emergência devem levar em consideração que sua principal função é
orientar pessoas que em grande maioria estarão em pânico diante da situação,
sendo assim, não deve deixar as pessoas na dúvida do que ser feito no momento e
a rota a ser adotada para uma evacuação rápida e segura da edificação. As
sinalizações devem também indicar a localização de equipamentos para o combate
ao foco de incêndio.

Segundo a NBR 13434-1:2004, as sinalizações básicas devem estar


presentes em qualquer tipo de edificação onde são exigidas, por norma ou por
regulamentação, saídas de emergência de uso coletivo e instalação de
equipamentos de sistemas de proteção contra incêndio.

Ainda na NBR 13434-1:2004, o projeto de sinalização de emergência


projetos de incêndio devem ser constituído de plantas baixas, memorial descritivo,
e outros elementos que identifiquem o tipo e a localização de cada elemento do
sistema de sinalização.

Tabela 10: Sinalizações de indicação de equipamento

Fonte: NT 2-05 COSCIP, 2019


43

Tabela 11: Indicação de proibição

Fonte: NT 2-05 COSCIP, 2019

Tabela 12: Sinalização de alerta

Fonte: NT 2-05 COSCIP, 2019


44

Tabela 13: Sinalização de orientação e salvamento

Fonte: NT 2-05 COSCIP, 2019

2.7.9 Brigada de incêndio e sistema de proteção contra descargas


atmosféricas (SPDA)

2.7.9.1 Brigada de incêndio

Os equipamentos instalados nas edificações para a proteção dos indivíduos


em caso de incêndios, não é o principal método. Sendo assim, é fundamental que
haja indivíduos com conhecimentos básicos sobre a operação e procedimento dos
equipamentos, e principalmente aptos a agir corretamente em situações de
incêndio, tratando de forma eficiente durante a situação de emergência.

Para que seja alcançado, há as brigadas de incêndio, em que são


compostas por um grupo de pessoa, empresas ou voluntarias, na qual são
treinadas para combater incêndios e a prestarem os primeiros socorros. A norma
NBR 14276/2006, é responsável por conduzir as brigadas de incêndio.
45

2.7.9.2 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)

Este é um sistema que tende a proteger edificações de efeitos obtidos


através das descargas atmosférica (raios). Tendo o Decreto Estadual de número
nº 37.380/97 estabelece, em seu Art. 16, que as estruturas com uma área total
construída superior a 750 m² e mais de três pavimentos necessitarão ter SPDA.

Os profissionais engenheiros elétricos, são normalmente, os responsáveis


por fazer o dimensionamento correto, com uma ampliação das instalações elétricas
da edificação. Já no PPCI, terá que compor o SPDA com sua própria anotação de
responsabilidade técnica. A NBR 5419/2005 é a norma que conduz o
dimensionamento.
46

3 ESTUDO DE CASO

3.1 Descrição da obra

A obra em estudo está situada no município do Rio de Janeiro, no bairro de


Volta Redonda. A edificação é de propriedade da Universidade Estácio de Sá.

Figura 18: Vista panorâmica do terreno

Fonte: Google Maps, 2019

As áreas e pavimentos da unidade da Universidade Estácio de Sá Volta


Redonda, estão distribuidas da seguinte forma:

Tabela 14: Quadro de áreas da edificação

Semi
Térreo 2° Pav. 3° Pav. 4° Pav. 5° Pav.
Enterrado

Área (m²) 345,31 520,76 326,04 326,04 326,04 105,67

ATC = 1.949,86m²

Fonte: Própria, 2019


47

Com base nestas informações, esta edificação está classificada no grupo E


(Escolar e cultura física; E-1; Escolar em geral) onde classificam-se Pré-escolas,
escolas de educação básica, ensino fundamental e médio, educação de jovens e
adultos, ensino superior, ensino técnico e assemelhados e escolas em geral.

3.2 Dimensionamento e instalação dos extintores de incêndio

Na realização do PPCI, o projetista estipulou durante o dimensionamento de


proteção por extintores de incêndio, a necessidade de serem instalados 12
extintores de incêndio, sendo eles seis extintores AP-10L e seis extintores CO²-
06Kg distribuídos da seguinte forma:

Tabela 15: Quadro quantitativo de extintores

Semi
Térreo 2° Pav. 3° Pav. 4° Pav. 5° Pav.
Enterrado

AP-10L 01 01 01 01 01 01

CO²-06Kg 01 02 01 01 01 00

TOTAL DE EXTINTORES = 12

Fonte: Própria, 2019

Para realizar este dimensionamento, o projetista utilizou-se da NBR 12696


de proteção por extintores de incêndio.
48

Figura 19: Dimensionamento de extintores em projeto

Fonte: Própria, 2019

Segue na figura abaixo um exemplo de posicionamento de um extintor AP-


10L e um extintor CO²-06Kg
49

Figura 20: Posicionamento de extintores de incêndio

Fonte: Própria, 2019

3.3 Dimensionamento e instalação do sistema de hidrantes

Neste tópico abordarei todas as respectivas informações que foram levadas


em consideração para que fosse possível realizar o dimensionamento da rede de
hidrantes.

Durante o dimensionamento de hidrantes do projeto em questão, fora


constatada a necessidade de instalação de seis hidrantes munidos de duas
mangueiras do Tipo II, com 15m de comprimento, possuindo o diâmetro de 38mm
cada e um esguicho fixo.
50

Figura 21: Posicionamento de hidrante

Fonte: Própria, 2019

Segue abaixo tabela demonstrativa do dimensionamento dos hidrantes por


pavimento.

Tabela 16: Quadro quantitativo de hidrantes

Semi
Térreo 2° Pav. 3° Pav. 4° Pav. 5° Pav.
Enterrado

Hidrantes 01 01 01 01 01 01

TOTAL DE HIDRANTES = 06

Fonte: Própria, 2019


51

O profissional responsável pelo projeto utilizou-se do Decreto Estadual nº


897, de 21 de setembro de 1976 (COSCIP), e as suas resoluções, editadas pelo
CBMERJ, para então dimensionar a rede de proteção por hidrantes.

Figura 22: Esquema isométrico de hidrantes

Fonte: Própria, 2019

Os diâmetros das tubulações utilizadas para a Sucção e o Recalque, foram


de 80mm e 65mm, respectivamente.
52

Figura 23: Profissional realizando a instalação da tubulação dos hidrantes

Fonte: Própria, 2019

3.4 Sistema de sinalização de emergência e rota de fuga

Calcado nas informações obtidas na NBR 13434:2004 de sinalização de


emergência e de acordo com a arquitetura da edificação, foi possível realizar o
dimensionamento e distribuição das indicações, orientações, sinalizações de
emergência e as rotas de fuga.
53

Tabela 17: Quadro quantitativo de placas de indicações, orientações, sinalizações


de emergência

Fonte: Própria, 2019

Na imagem abaixo, é demonstrada a distribuição de placas de sinalização


de emergência e indicação de rota de fuga.
54

Figura 24: Indicação das sinalizações de emergência e rota de fuga devidamente


sinalizada

Fonte: Própria, 2019


55

4 CONCLUSÃO

A prevenção e o combate de incêndios nas edificações, são de extrema


importância, não só para os profissionais da área de Arquitetura e Engenharia que
atuam no dimensionamento dos sistemas, mas também é fundamental contar com
a responsabilidade e um ininterrupto aprimoramento de órgãos públicos de
normatização e fiscalização, e também é necessário, o interesse e a atuação da
sociedade neste tema, com a finalidade de assegurar a preservação de bens e
principalmente de vidas.

O conhecimento básico sobre as características do fogo e o comportamento


do incêndio, assim como o manuseio certo dos equipamentos de segurança,
concede uma participação efetiva da população. No Brasil, no que se refere a
normatização, há grandes progressos nas ultima décadas. Porém, infelizmente, só
ocorreram esses avanços por conta de diferentes e grandes catástrofes. Uma das
marcantes tragédias que ocorreu no Brasil no século XXI é o incêndio da Boate
Kiss.

Constata-se então que esta monografia se fundamenta em contribuir para o


aprimoramento das normas, e exigir uma maior intransigência na fiscalização, com
maior relevância na manutenção de sistemas de combate a incêndio. É preciso
alcançar, no dimensionamento de projetos, um máximo nível de segurança, sempre
relembrando o papel do profissional que está assumindo a responsabilidade das
vidas que serão ocupadas nas edificações em ocorrência de incêndios.

O nosso país é constituído por diversas leis, normas, decretos, portarias e


instruções técnicas, no que se diz a respeito as áreas de segurança contra
incêndio. Umas são mais detalhadas, outras mais antigas e incompletas, também
há as mais atuais, porém não temos uma legislação unificada, o que acaba
dificultando o trabalho, acarretando erros, e consequentemente acidentes. Sendo
assim, o profissional da área é obrigado a estar sempre estudando e aprendendo, e
essencialmente atento às evoluções e atualizações, destinando-se sempre na
melhor opção de prevenção.
56

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