, Periódico Para Rir e Aprender
Mensagem
ao Leitor
Prezados Prevencionistas,
Neste mês a edição está sortida, tem
matéria sobre FISPQ, explosímetro,
instâncias da Justiça do Trabalho, tubo
colorimétrico e muito humor.
Ok, podem começar lendo as piadinhas,
mas depois voltem e leiam este material
que é feito com toda a dedicação para
ajudar a difundir a Segurança do
Trabalho entre os colegas
prevencionistas.
Prof. Mário Sobral Jr.
Registrar é Preciso
D igamos que você fez toda uma
programação para melhorias de segurança do
trabalho em diversos setores da empresa e por
falta de verba, uma ou outra ação acaba não
sendo realizada. O tempo passa e como
consequência desta falta de investimento,
meses depois ocorre um “acidente”
relacionado a um dos problemas que não havia
sido resolvido.
E se a consequência foi grave, neste momento
começa a caça aos “culpados”.
Mas, professor, se estava programada a ação
e a empresa não quis fazer não está claro que
a responsabilidade é da administração da
mesma empresa?
Não necessariamente, meu filho. Há algum
registro sobre esta programação e ainda há o
motivo e o responsável pela suspensão da
ação?
Deve estar bem claro a importância de
registrar o que está acontecendo na sua
empresa. Estes registros são sempre
importantes, porém quanto pior a empresa
mais importantes são para o próprio
profissional de Segurança do Trabalho
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Contatos: Jornal Segurito
Manaus, setembro 2015 – edição 108 – ano 9
Cego de Tanto Ver Em uma linguagem sem rodeios,
S empre que possível convide um colega
este livro foi feito para que os
profissionais de Saúde e Segurança
prevencionista para visitar sua empresa e do Trabalho tenham o
aproveite para visitar a dele também, pois conhecimento necessário sobre
além do salutar benchmarking em que você irá uma perícia judicial.
Apresenta como funciona todo o
ver novas formas de controles e modos trâmite na Justiça do Trabalho, as
diferentes de pensar, é provável que este atribuições do perito e do
amigo encontre diversos problemas na sua assistente, sugere uma estrutura
empresa. para o laudo pericial e disponibiliza
Que é isso, professor!!! Tá querendo dizer que vários modelos.
eu não sei administrar a minha “casa”? E que é
preciso um cara de fora para ver os meus
problemas?
Calma, meu filho! Tem uma frase antiga que
diz o seguinte: Quem menos sabe da água é o
peixe. Ou seja, é possível que você passe
diariamente por um problema, mas não
consiga mais enxergar por ter se acostumado
com a situação, porém para um olhar de fora,
talvez a situação grite.
Perícia Judicial do Trabalho
Manual Prático de Elaboração
Perito e Assistente Técnico
Odemiro J. B. Farias
Piadinhas
- Pai, vou me divorciar. Faz 6 meses que
Além disso, é bem possível (e não será minha mulher não fala comigo.
nenhuma vergonha) que talvez não estejamos O pai fica em silêncio... dá um gole na
vendo por falta de conhecimento. A área de cerveja e diz: Pense bem meu filho...
Segurança do Trabalho é tão ampla que é Mulher assim é difícil de arranjar...
humanamente impossível sermos expert em 
todos os seus temas. Por isso esta ajuda O cara era tão magro que o chuveiro
sempre deve ser bem-vinda, sem esquecer que dele só tinha um furo!
será uma troca. Precisamos ter contínuo
Titanic
cuidado com as nossas certezas.
No início da minha carreia profissional levei
muita “auto-rasteira” por não ter dúvidas em
relação a determinados assuntos ou situações. Se fosse hoje!
Com esta conversa acabei lembrando de um
trecho que da famosa obra de Machado de
Assis, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.
Ele cita o filósofo Blaise Pascal e termina o
capítulo com uma grande reflexão usando a
palavra “errata”, referente aos erros
assinalados em uma obra.
“Deixa lá dizer Pascal que o homem é um
caniço pensante. Não; é uma errata pensante,
isso sim. Cada estação da vida é uma edição,
que corrige a anterior, e que será corrigida
também, até a edição definitiva, que o editor
dá de graça aos vermes”.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
www.jornalsegurito.com jornalsegurito@bol.com.br

Cuidado com o
Explosímetro M ês passado tive o privilégio de assistir a Percebe que a CF estabelece como direito do
A pós muita
uma palestra do juiz Jorge Luiz Souto Maior
luta e argumentação você
conseguiu que a empresa adquirisse um
explosímetro e começou a utilizar nos setores com
este tipo risco na empresa.
Você tem certeza de que está utilizando o
equipamento de forma correta?
Ahhh, professor, é a coisa mais fácil! Basta ligar e
quando o aparelho começar a apitar tá na hora de
sair ou corrigir o problema. Não é só isso?
Infelizmente não.
Para o equipamento fazer o alerta
adequadamente será preciso que seja realizada a
configuração prévia de acordo com o produto que
você pretende avaliar.
Esta configuração leva em consideração o limite
inferior de explosividade (LIE) para cada produto.
Este LIE seria a concentração mínima para um
determinado gás inflamável entrar em combustão.
Ainda não entendi qual o problema de não ter esta
configuração, professor?
Por exemplo, você trabalha em uma área em que
o risco é devido ao gás Metano que possui um
determinado LIE, em função deste limite o
equipamento será configurado para lhe alertar a
10% deste valor para que se tenha uma boa
margem de segurança.
Porém, em um outro dia qualquer o produto que
pode estar presente no ambiente em que o
trabalhador vai realizar sua atividade é o Octano
que possui o LIE inferior, ou seja, como o
equipamento estava configurado para o Metano e
não para o Octano o equipamento só iniciará o
alerta com valores bem mais elevados e
dependendo da situação talvez seja tarde para
tomar uma decisão de correção ou mesmo fuga
do ambiente.
Percebe que pode haver um acidente gravíssimo
mesmo após a aquisição de um equipamento que
não esteja sendo bem utilizado?
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Piadinhas 
Minha mulher chegou do salão de beleza
toda feliz olhou para mim e perguntou:
- Não vai falar nada?
L Então eu falei:
- Estava fechado de novo?
Estou contando esta história daqui do
hospital.

E no WhatsApp...
- Aí você passa aqui, me leva para sua
casa, não oferece uma água, transa
comigo e desaparece... Agora vem com
esta história de que quer me ver de novo.
- Mas querida, se você queria água era
só pedir.
O Negócio é Ser Objetivo
titular da 3a Vara Trabalhista de Jundiaí, no
interior de São Paulo que de forma tranquila,
dentre muitas informações, passou seu
entendimento favorável em relação à
responsabilidade objetiva das empresas.
E um dos argumentos que ele utiliza tem
bastante lógica.
Qual é o argumento, professor?
Que o risco faz parte do trabalho e isto pode
ser provado pela própria Constituição Federal,
vejamos abaixo o famoso art. 7o.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho,
por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
Partindo
das premissas que os efeitos
danosos ao organismo humano são
provocados pela corrente e que esta pela Lei
de Ohm (I = V/R, onde I = corrente, V = tensão,
e R= resistência) é tanto maior quanto maior
for a tensão, podemos concluir que os efeitos
do choque são mais graves à medida que a
tensão aumenta, e pela mesma Lei de Ohm
quanto menor a resistência do circuito maior a
corrente, portanto concluímos que não
existem valores de tensões que não sejam
perigosas.
Para condições normais de influências
externas, considera-se perigosa uma tensão
superior a 50 Volts, em corrente alternada e
120 Volts em corrente continua, o corpo
humano possui em média uma resistência na
faixa de 1300 a 3000 Ohms, assim uma tensão
de contato no valor de 220V (quadro geral de
distribuição e painéis de distribuição), se
considerarmos a resistência do corpo humano
com o valor máximo de 3000 Ohms, resultará
numa corrente de:
I = 220 /3000 = 73,3 mA
As perturbações produzidas pelo choque
elétrico dependem da intensidade da corrente
que atravessa o corpo humano, e não da
tensão do circuito responsável por essa
corrente. Para as freqüências industriais (50 -
60 Hz ), desde que a intensidade não exceda o
J ORN AL S EG URI T O 
trabalhador, não a eliminação, mas a redução
dos riscos inerentes ao trabalho? E por que
você acha que não está escrito eliminação?
Porque dependendo do trabalho só vai dar
para reduzir mesmo, professor.
Exatamente, então se o risco é inerente ao
trabalho e o empregador ganha dinheiro com
o trabalhador, ele deve ser responsável
objetivamente por qualquer situação de risco.
Ahhh, professor, mas e se o trabalhador
cometer suicídio na empresa? A culpa será do
empregador?
Neste caso, o argumento é que a pressão do
trabalho pode ter sido um dos motivos do
suicídio e como não temos como tirar a dúvida
o ônus deve ficar para a empresa.
É um tema controvertido, mas que faz a gente
pensar.
Mas se for assim, muito empresário vai fechar
as suas portas.
A resposta do juiz a esta pergunta foi rápida e
direta, se for para flexibilizar a segurança do
trabalhador, é preferível que a empresa feche
mesmo as portas e que este empresário passe
a procurar serviço como empregado.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
De Olho na Corrente
valor de 9 mA, o choque não produz alterações
de consequências graves; quando a corrente
ultrapassa 9 mA, as contrações musculares
tornam se mais violentas e podem chegar ao
ponto de impedir que a vítima se liberte do
contato com o circuito. Se a zona torácica for
atingida poderão ocorrer asfixia e morte
aparente, caso em que a vítima morre se não
for socorrida a tempo. Correntes maiores que
20 mA são muito perigosas, mesmo quando
atuam durante curto espaço de tempo.
As correntes da ordem de 100 mA, quando
atingem a zona do coração, produzem
fibrilação ventricular em apenas 2 ou 3
segundos, e a morte é praticamente certa.
Correntes de alguns Ampéres, além de asfixia
pela paralisação do sistema nervoso,
produzem queimaduras extremamente graves,
com necrose dos tecidos. Nesta faixa de
corrente não é possível o salvamento, a morte
é instantânea.
Autor: Guilherme José Abtibol Caliri –
Engenheiro de Segurança do Trabalho
2
J ORN AL S EG URI T O 
Fatores para o
Cálculo do FAP Tá certo que a precisão não é a sua principal
E ste mês temos o FAP e acredito que em
função disso recebi três e-mails pedindo para
que eu desse uma explicada sobre este Fator.
Expliquei rapidamente na edição passada
sobre como funciona este fator (caso não
tenha lido, entre no site
www.jornalsegurito.com e baixe a edição
anterior)
Porém os e-mails recebidos perguntavam
sobre quais fatores servem de referência para
o cálculo do FAP.
Os índices que são considerados para o cálculo
são os de frequência, gravidade e custo.
Para o índice de frequência serão considerados
os registros de acidentes e doenças do
trabalho informados ao INSS por meio de CAT
e de benefícios acidentários estabelecidos por
nexos técnicos pela perícia médica do INSS,
ainda que sem CAT a eles vinculados.
Para o índice de gravidade, todos os casos de
pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-
acidente e aposentadoria por invalidez, todos
de natureza acidentária.
Para o índice de custo, os valores dos
benefícios de natureza acidentária pagos ou
devidos pela previdência social.
Com base nestes valores há alteração do FAP
que tem o seu cálculo sempre considerando os
dois últimos anos dos registros acidentários e
do histórico de acidentalidade do INSS.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Piadinha
A esposa encontra em cima do guarda
roupa R$ 10.000,00 e 4 ovos e vai
correndo perguntar ao marido o que
significava aquilo e ele disse: “Cada vez
que você me irrita eu guardo um ovo lá
em cima do guarda roupas...”
A esposa fica toda feliz porque só tinha 4
ovos, mas pergunta: E os R$10.000,00?
E o marido responde: “Toda vez que
completava uma dúzia eu vendia”.
qualidade, porém a praticidade e a velocidade
da resposta podem ser muito úteis.
Professor, o senhor tá falando do quê mesmo?
Do velhinho, mas ainda usado, tubo
colorimétrico.
Como é que funciona, professor?
De forma bem simples, poderia dizer que é um
tubo de vidro lacrado que possui uma
substância química reativa no seu interior que
muda de cor ao ter contato com o ar
contaminado com o produto que pretendemos
As Instâncias da Justiça do Trabalho
A Justiça do Trabalho faz parte da Justiça
Federal Especial e tem por objetivo julgar as
ações que envolvem direitos trabalhistas, ou
seja, aqueles decorrentes da relação de
emprego.
PRIMEIRA INSTÂNCIA
A primeira instância da Justiça do Trabalho é
formada pelos Tribunais do Trabalho,
compostos por diversas Varas do Trabalho ou,
nos municípios de menor porte, por Varas
Únicas do Trabalho.
Em primeira instância, as sentenças ou
quaisquer outras decisões no transcorrer do
processo, são tomadas pelo Juiz Monocrático
do Trabalho.
Em nosso caso são os denominados Juízes do
Trabalho que de forma solitária proferem as
sentenças no Processo do Trabalho.
A parte inconformada com a decisão
monocrática, aquela prolatada pelo Juiz da
Vara do Trabalho, recorre dessa decisão para o
Tribunal de Segunda Instância que se localiza
Tubo Colorimétrico
avaliar. Esta passagem do ar pelo seu interior é
realizada por meio de uma bomba de
aspiração.
Professor, entendi que quando o ar
contaminado passa por dentro dele há a
mudança de cor, mas então ele não define a
concentração, apenas indica se tem ou não um
produto químico no ar?
Não, meu filho, é melhor do que isso, o tubo
possui uma escala onde a intensidade da
tonalidade indica a concentração do produto
químico que estamos avaliando.
Muito bom, professor! E por que não é tão
utilizado?
O principal problema é que o resultado não
tem precisão, vamos apenas saber que há uma
concentração “aproximada” do indicado no
tubo, ou seja, para uma avaliação rápida pode
ser uma boa alternativa, mas sempre
lembrando que o erro pode ser elevado,
chegando até a 30%.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
na capital do respectivo Estado.
INSTÂNCIA INTERMEDIÁRIA
Em todo o nosso sistema judiciário das
decisões proferidas pelos juízes de primeira
instância, para a parte inconformada existe o
direito de recurso que é remetido para uma
instância imediatamente superior, formada
por um colegiado de desembargadores que
têm o poder de manter ou alterar a decisão
proferida pelo Juiz de Primeiro Grau.
No Sistema Judiciário do Trabalho cada Estado
possui a sua corte de recursos trabalhistas, são
os Tribunais Regionais do Trabalho.
INSTÂNCIA SUPERIOR
Ainda dentro da mesma organização da Justiça
do Trabalho temos um segundo órgão de
apelação que é o Tribunal Superior do
Trabalho – TST, localizado em Brasília e que
tem poderes para julgar os recursos contra as
decisões proferidas pelos diversos Tribunais
Regionais do Trabalho de todos os Estados da
federação, mantendo ou alterando as decisões
proferidas por aquelas cortes estaduais.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF
O STF, a Corte Suprema de todo o poder
judiciário brasileiro, tem competência para
julgar as decisões proferidas pelo TST quando,
na ação trabalhista houver discussão de
matéria com natureza constitucional.
Fonte: Perícia Judicial do Trabalho - Manual
Prático de Elaboração – Perito e Assistente
Técnico - Odemiro J. B. Faria
3

Você já deve ter lido em uma FISPQ – Ficha
de Informação de Segurança de Produtos
Químicos o item sobre as propriedades físico-
químicas e talvez não tenha dado moral e foi
direto para os tópicos relacionados ao Limite
de Tolerância, EPIs ou mesmo para as Medidas
de Prevenção e Combate a Incêndio.
Professor, não sou químico, fico voando ao ler
aquele monte de números!
Ok, meu filho. Mas pode ter certeza de que
várias informações irão fazer muita diferença
na manutenção da segurança do trabalhador.
Vejamos então um destes itens que
precisamos conhecer, a densidade .
A densidade nada mais é que a relação entre a
massa e o volume de um corpo. No nosso caso
é interessante sabermos se o agente que
Foi mesmo um Acidente?
Você já parou para pensar o que significa a
palavra acidente?
Se formos pegar um dicionário (ok, você
também pode correr no google!) alguns dos
verbetes desta palavra serão os seguintes:
acontecimento casual, fortuito, inesperado.
Percebe que quando falamos de acidente do
trabalho tem algo que não bate? Digo isso por
acreditar que boa parte dos acidentes são mais
que esperados.
Como assim, professor? Já trabalhei em
empresa que aconteceram acidentes e eu não
estava esperando não.
Ok, meu filho! O que quero dizer é que após
uma boa análise percebe-se que não era
impossível ter evitado.
Ahhh, professor!!! Mas tem trabalhador que é
cabeça dura, que não quer usar o EPI, que não
segue o procedimento, que mete o dedo aonde
não devia.
Sei que tem muito trabalhador que não é
santo, mas sempre precisamos lembrar do
artigo da CLT que fala sobre o “cumprir e fazer
cumprir as normas de segurança”. Quando o
trabalhador não segue as normas, precisamos
ter mecanismos para identificar e corrigir a
situação.
Professor, eu sou apenas um. Como vou estar
em todos os lugares?
Leia toda a FISPQ
estamos avaliando tem densidade superior ou
inferior à densidade do ar.
Por que, professor?
Por exemplo, se você enche um balão com gás
hélio, que tem densidade inferior à do ar, o
balão tende a subir, mas se enchemos o balão
apenas com o ar dos nossos pulmões, com
muito gás carbônico, ou seja, mais denso que o
ar, o balão acaba rolando pelo chão.
E cadê a segurança do trabalho, professor?
Imagine que você está liberando um espaço
confinado com um equipamento adequado,
mas você faz a avaliação na entrada e um
pouco abaixo da entrada e considera que o
local não tem riscos, porém o provável gás
deste ambiente tem densidade superior à do
ar. Qual a consequência, meu filho?
Entendi, professor!!! O trabalhador iria entrar
e poderia até morrer porque o gás estaria todo
no fundo do espaço confinado e como não
levamos em consideração o conceito de
densidade este trabalhador pode ficar exposto
ao risco mesmo após a liberação.
Exatamente, então comece a dar uma olhada
nas propriedades físico-químicas!
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Um dos problemas é esse mesmo. Pois já está
errado o resto da empresa acreditar, mas pior
é quando o próprio profissional de segurança
do trabalho acredita que esta é uma obrigação
exclusiva dele.
Lembra daquela frase batida: Segurança é
responsabilidade de todos. Pois bem, é batida
mas continua corretíssima.
Além disso, sempre falo para os meus alunos
que todo mundo tem algum minuto de
“leseira”. Por exemplo, você nunca procurou
um óculos que já estava no seu rosto ou
guardou algo na geladeira que era para pôr no
armário? Pois bem, o que impede de o
trabalhador ter o seu momento de “leseira”
durante o trabalho e sofrer o acidente?
Professor, será preciso máquinas, processos e
tudo mais tão seguro que proteja o
trabalhador deste segundo de “leseira”.
Exatamente, mas para isso é preciso
investimento.
Mas antes de concluir, deixar eu voltar para a
definição de acidente e aproveitar para lhe
fazer uma pergunta: Se é algo fortuito e
inesperado, quando acontece por um motivo
previsível, ainda posso considerar um
acidente?
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
J ORN AL S EG URI T O 
Abafando o Ruído
A credito que você já tenha lido este trecho
da NR 16: Não caracterizam periculosidade,
para fins de percepção de adicional:
4.1 - o manuseio, a armazenagem e o
transporte de líquidos inflamáveis em
embalagens certificadas, simples, compostas
ou combinadas, desde que obedecidos os
limites consignados no Quadro I abaixo,
independentemente do número total de
embalagens manuseadas, armazenadas ou
transportadas, sempre que obedecidas as
Normas Regulamentadoras expedidas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma
NBR 11564/91 e a legislação sobre produtos
perigosos relativa aos meios de transporte
utilizados;
Mas você já deu uma lida na referida NBR?
Esta norma fixa os requisitos e estabelece os
métodos de ensaio para embalagens de
produtos perigosos, excluídos os de Classe 2
(gases inflamáveis, gases comprimidos não
tóxicos e não inflamáveis) e os de Classe 7
(materiais radioativos), ou seja, estão inclusos
os de Classe 3 (líquidos inflamáveis).
De acordo com NBR 11564, a embalagem
destinada ao acondicionamento de produto
perigoso, deve ser aprovada em ensaios
específicos: Ensaio de Queda, Ensaio de
Estanqueidade, Ensaio de Pressão Interna e
Resistência ao Empilhamento.
Estes ensaios irão garantir uma resistência
adequada da embalagem podendo junto com
demais fatores, a serem avaliados, possibilitar
que a exposição de determinado trabalhador à
líquidos inflamáveis venha a ser
descaracterizada.
Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Piadinhas
Uma advogada vai entrando em um
motel com seu amante, quando vê de
repente, seu marido saindo com outra. Aí
ela grita: Maldito, cafajeste, cachorro!!!
Bem que me avisaram. Te peguei seu
safado, sem vergonha.
E não adianta mentir não...! Eu trouxe
uma testemunha.

Trabalhar nunca matou ninguém, mas ...
para que arriscar?

- Seguritinho, o que significa “never” em
inglês?
- Nunca, professora.
- E “I never ever”?
- Eu nunca unca, professora.