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FACULDADE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

A APLICABILIDADE DA CONSULTORIA CONTÁBIL NOS PROCESSOS


DECISÓRIOS: Um estudo do planejamento estratégico realizado sobre os
custos das organizações.

SÃO PAULO
2016
FACULDADE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

FERNANDA APARECIDA MENDES


LISANDRA OLIVEIRA PONTES
LUANA NEIRA MARIO FERRAZ
SUELI GOMES DA SILVA

A APLICABILIDADE DA CONSULTORIA CONTÁBIL NOS PROCESSOS


DECISÓRIOS: Um estudo do planejamento estratégico realizado sobre os
custos das organizações.

Trabalho Interdisciplinar Orientado, apresentado


à Faculdade Carlos Drummond De Andrade
como requisito parcial para a obtenção do grau
de Bacharel em Ciências Contábeis.
Orientador: Professor MS. José Roberto
Gamba.

SÃO PAULO
2016
FERRAZ, Luana Neira Mario; MENDES, Fernanda Aparecida; PONTES, Lisandra
Oliveira e SILVA, Sueli Gomes da.

Nome do tema: A aplicabilidade da consultoria contábil nos processos decisórios: um


estudo do planejamento estratégico realizado sobre os custos das organizações. -
2016.

f. 82: il.

Trabalho Interdisciplinar Orientado, apresentado a Faculdade Carlos Drummond de


Andrade, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências
Contábeis, São Paulo, 2016.

Área de Concentração: Contabilidade


Orientador: Professor MS. José Roberto Gamba.

Palavras-chave: 1. Consultoria Contábil; 2. Sistema de Custeio; 3. Planejamento


Estratégico; 4. Processos; 5 Know-How e 6 Análises.
FERNANDA APARECIDA MENDES
LISANDRA OLIVEIRA PONTES
LUANA NEIRA MARIO FERRAZ
SUELI GOMES DA SILVA

A APLICABILIDADE DA CONSULTORIA CONTÁBIL NOS PROCESSOS


DECISÓRIOS: Um estudo do planejamento estratégico realizado sobre os
custos das organizações.

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado e aprovado para a obtenção do título
de Bacharel em Ciências Contábeis no curso de Contabilidade da Faculdade Carlos
Drummond de Andrade.

Coordenador do Campus Professor MS. Carlos Roberto Dias Iema.

Banca Examinadora

__________________________________________________________________

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__________________________________________________________________
Orientador Professor MS. José Roberto Gamba

São Paulo, 09 de junho de 2016.


AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
PENSAMENTO
RESUMO

Esse trabalho, compreenderá uma pesquisa e análise sobre o que é, qual a finalidade
e a importância da consultoria contábil para as organizações, tendo como recorte, o
estudo e a análise dos custos de produção sob esta visão mais perspicaz. A
consultoria na área contábil está ganhando espaço, sendo muito valorizada
atualmente, cujo trabalho, é feito por um profissional liberal ou uma equipe
especializada em áreas específicas da empresa, com a finalidade de realizar
diagnósticos mais objetivos a respeito de determinadas tarefas, identificando soluções
como forma de recomendar ações para a gestão da empresa. Com estes dados, o
consultor contábil desenvolve, implanta e viabiliza projetos de acordo com a
necessidade de cada organização. A partir de conceitos teóricos a respeito da
contabilidade, contabilidade de custos, consultoria e dos sistemas de custeio, está
pesquisa pretende desenvolver uma análise sobre a gestão de custos e a utilização
das informações para fins gerenciais no processo decisório das organizações,
discutindo e analisando sua importância, como também suas potencialidades para o
desenvolvimento empresarial. Durante o desenvolvimento do tema aqui proposto,
procurar-se-á, fazer uma revisão conceitual a respeito da gestão de custos e sua
relevância como fator fundamental para a atividade gerencial, visto que tal fator se
tornou nos últimos anos, elemento primordial para a determinação do lucro das
empresas e, por conseguinte, tornando-a cada vez mais competitiva. Assim,
contemplando o ambiente competitivo das empresas na economia brasileira, a
pesquisa exporá visões a respeito do papel da gestão de custos como instrumento de
gerenciamento contábil e decisório para a administração, fornecendo informações
ágeis, precisas e transparentes para a tomada de decisões, tendo como resultado
conclusivo a afirmativa que os custos são elementos imprescindíveis para viabilizar o
processo de desenvolvimento empresarial e que, tendo a consultoria contábil como
meio para desenvolver tal trabalho, pode proporcionar respostas satisfatórias,
eficientes e eficazes para os processos analisados nas organizações.

Palavras-chave: Consultoria Contábil, Sistema de Custeio, Planejamento


Estratégico, Processos, Know-How e Análises.
ABSTRACT

This work will include a research and analysis on what is the purpose and the
importance of accounting consulting for organizations, with the cut, the study and
analysis of the costs of production under this keenest vision. The consulting in
accounting is gaining ground and is currently very valued, whose work is done by a
professional person or a team specialized in specific areas of the company, in order to
achieve more objective diagnostic on certain tasks, identifying solutions as as
recommend actions for the management of the company. With these data, the
accounting consultant develops, deploys and enables projects according to the needs
of each organization. From theoretical concepts regarding accounting, cost
accounting, consulting and costing systems, is research aims to develop an analysis
of the costs of management and use of information for management purposes in
decision-making organizations, discussing and analyzing its importance, as well as its
potential for business development. During the development of the proposed here, we
intend will make a conceptual review about the cost management and its relevance as
a key factor for the management activity, as this factor has become in recent years, a
major element in determining profit companies and therefore making it increasingly
competitive. Thus, considering the competitive environment of companies in the
Brazilian economy, the research will expose views about the role of cost management
and accounting management tool and decision-making for management by providing
agile, accurate and transparent to decision-making, with the conclusive result the
statement that the costs are essential elements to enable the business development
process and that since the accounting consultancy as a means to develop such work
can provide satisfactory, efficient and effective responses to the processes involved in
organizations.

Keywords: Accounting Consulting, Costing System, Strategic Planning,


processes, know-how and analysis.

.
ABREVIATURAS

CFC Conselho Federal De Contabilidade


CIF Custos Indiretos de Fabricação
CLT Consolidação das Leis do Trabalho
CPC Comitê De Pronunciamentos Contábeis
CRC Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo
CV Custos Variáveis
DV Despesas Variáveis
IPI Imposto Sobre Produtos Industrializados
IR Imposto de Renda
LRF Lei Responsabilidade Fiscal
LRP Lei dos Registros Públicos
MC Margem de Contribuição
MD Materiais Diretos
MCASP Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
MOD Mão de Obra Direta
SEBRAE Serviço de Apoio as Pequenas Empresas
ILUSTRAÇÕES

Figura 1. A Contabilidade na Era Pré Histórica 23


Figura 2. A Contabilidade na Era Medieval 24
Figura 3. A Contabilidade na Era Moderna 25
Figura 4. A Contabilidade no Início da Época Colonial no Brasil 26
Figura 5. Contabilidade de Custos 29
Figura 6. Origens da Contabilidade de Custos 54
Figura 7. Tipos de Custos 57
Figura 8. Formação do Preço de Venda 61
Figura 9. Ciclos da Empresa 64
Figura 10. Ponto de Equilíbrio 67

Quadro 1. Protocolo de Pesquisa 71


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 15
1. METODOLOGIA ................................................................................................... 17
1.1. Justificativa ................................................................................................. 17
1.2. Problema de Pesquisa ............................................................................... 18
1.3. Objetivos ..................................................................................................... 19
1.3.1. Geral .................................................................................................. 19
1.3.2. Específicos ......................................................................................... 19
1.4. Método Utilizado ......................................................................................... 20
2. EMBASAMENTO TEÓRICO ................................................................................ 22
2.1. Conceito e Evolução da Contabilidade ..................................................... 23
2.1.1. A Contabilidade no Brasil ................................................................... 26
2.1.2. A Contabilidade de Custos ................................................................. 29
2.1.3. A Importância da Contabilidade como Fonte Geradora de
Informações ....................................................................................... 29
2.1.4. A Contabilidade nos dias de hoje ....................................................... 30
2.1.5. A Função do Contador ....................................................................... 31
2.1.6. A veracidade dos dados com base nos princípios contábeis ............ 32
2.1.7. A Contabilidade e sua Padronização as Normas Internacionais ........ 34
2.1.8. Contabilidade Pública ........................................................................ 35
2.1.8.1. Responsabilidade Fiscal ........................................................ 37
2.2. Conceito e Evolução da Consultoria Contábil ......................................... 38
2.2.1. A Consultoria em Vista dos Relatórios e Demonstrativos Contábeis
como Fatores Intrínsecos na Geração de Informações ..................... 39
2.2.1.1. Demonstrações Financeiras .................................................. 39
2.2.1.2. Relatórios de Produção e Produtividade ............................... 39
2.2.1.3. Rateios .................................................................................. 40
2.2.1.4. Custos Previstos e Realizados .............................................. 41
2.2.1.5. Tomada de Decisão com base nas Demonstrações Financeiras
.............................................................................................. 42
2.3. A Aplicabilidade da Consultoria nos Procedimentos e Processos
Decisórios das Organizações .................................................................... 42
2.3.1. Na Contabilidade................................................................................ 43
2.3.2. RH, Departamento Pessoal e Gerenciamento das Pessoas .............. 44
2.3.3. Financeiro .......................................................................................... 46
2.3.4. Administrativo..................................................................................... 46
2.3.5. Planejamento Fiscal e Tributário ........................................................ 47
2.3.6. As Hipóteses de Exclusão do Crédito Tributário ................................ 49
2.3.6.1. Imunidade e Anistia ............................................................... 49
2.3.6.2. Isenção .................................................................................. 50
2.3.6.3. Anistia.................................................................................... 50
2.3.7. Produção, Custos e Produtividade ..................................................... 51
3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO REALIZADO SOBRE OS CUSTOS DAS
ORGANIZAÇÕES ............................................................................................... 53
3.1. O significado estratégico e o poder da informação ................................ 53
3.2. A Importância das Informações para a Gestão Estratégica de Custos 54
3.3. Custos: Histórico e Evolução ................................................................... 55
3.4. A Classificação dos Custos ...................................................................... 56
3.5. Os Elementos de Custos .......................................................................... 57
3.6. Classificação dos Modelos e dos Sistemas de Custos na
Contabilidade .............................................................................................. 57
3.7. Aplicação e Alocação dos Custos Diretos e Indiretos na Produção ..... 59
3.8. Aspectos Legais, Fiscais e Técnicos........................................................ 60
3.9. A Importância da Contabilidade de Custos para a Formação do Preço de
Venda ........................................................................................................... 61
3.10. Analises ..................................................................................................... 62
3.10.1. Análises Horizontais e Verticais ....................................................... 63
3.10.2. Ciclos da Empresa ........................................................................... 65
3.10.3. Mark up de Custeio .......................................................................... 65
3.10.4. Pontos de Equilíbrio ......................................................................... 66
3.10.5. Margem de Contribuição .................................................................. 67
3.10.6. Margem de Lucro ............................................................................. 68
4. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA ................................................................ 70
4.1. Tipo de Pesquisa ........................................................................................ 70
4.2. Coleta de Dados.......................................................................................... 70
4.3. Tabulação .................................................................................................... 71
5. RESULTADOS ..................................................................................................... 72
5.1. Resultados Alcançados ............................................................................. 72
5.2. Limitações ................................................................................................... 72
5.3. Propostas .................................................................................................... 73
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 74
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 77
ANEXOS ................................................................................................................... 82
15

INTRODUÇÃO

Com a globalização e inovações tecnológicas, obrigando as empresas a serem


mais transparentes, dinâmicas, ágeis e competitivas, os consultores contábeis,
passaram a desempenhar papéis indispensáveis para as empresas, pois, além de
terem conhecimento e experiência a respeito de assuntos específicos envolvendo as
diversas áreas de atuação no ambiente interno e externo das organizações,
contribuem significativamente para sua solução.
Esses profissionais, juntamente com o contador e gestores, prestam serviço de
consultoria, cuja significância é oferecer novas propostas de trabalho, como também
processos e planejamentos estratégicos, no intuito de criar e desenvolver,
determinados instrumentos que possam mudar e solucionar problemas que estejam
contribuindo negativamente para a gestão e seu processo decisório, seja na
administração, fiscal e tributário, finanças, comercial, produção, custo, produtividade
e principalmente no desempenho da organização.
Eles oferecem uma gama de conhecimento e experiência aos administradores,
onde são verificados problemas que demandam know-how específico. Por outro lado,
o consultor se torna responsável também pelo treinamento das equipes, repassando
informações relevantes para reestruturação de sistemas, técnicas e processos, sejam
eles organizacionais e operacionais.
Os consultores e assessores, são contratados para trabalhar com os executivos
da organização, avaliando os processos e analisando os dados estratégicos,
buscando minimizar as possibilidades de falhas, erros e riscos em relação ao projeto,
evitando assim, gastos não previsíveis no orçamento da empresa, como também,
criando condições de diminuição do desperdício, desenvolvendo uma economia de
escala, aumentando assim significativamente a produtividade.
Eles têm acesso a todas as informações necessárias para o desenvolvimento
do trabalho, prestando um serviço eficaz, não só contábil, como fiscal, previdenciário,
trabalhista, ajudando a melhorar a saúde financeira da empresa, diminuindo os custos
e aumentando a produtividade.
A visão sobre a consultoria contábil, desenvolvida neste trabalho, está ligada
ao planejamento estratégico, lidando com decisões que refletem diretamente no
custeio e em seus resultados para a empresa.
16

Seu conhecimento em estratégias contábeis, visam a diminuição dos custos,


como também, à otimização dos processos de análise sobre os elementos envolvidos,
tendo como parâmetro os relatórios desenvolvidos pela contabilidade,
especificamente a de custos, cuja importância é, realizar análises sobre o sistema
empregado, como também seus componentes (matéria prima, mão de obra e gastos
gerais), comparando essas despesas, com aquelas das demais empresas de
mercado, tomando como base a própria concorrência.
Portanto, pode-se observar que a consultoria contábil, nos últimos anos, se
tornou elemento chave para as organizações, seja no processo decisório, como
também, em seu planejamento estratégico, oferecendo suporte necessário as
mesmas, apoiando e opinando a respeito de suas metas, tendo como pano de fundo,
prepara-la para novos empreendimentos, negociações, tornando-a mais competitiva
junto a concorrência do mercado, cujo resultado visa, sua melhor forma de obter lucro,
competir em igualdade de condições com seus concorrentes, estabilizando-se e se
sustentando no mercado, como também criando vantagens em relação as demais
empresas.
17

1. METODOLOGIA

Para realização deste trabalho de pesquisa, buscou-se base na revisão


bibliográfica em autores da área contábil, cujos assuntos envolviam a análise sobre
consultoria, demonstrando as dificuldades, vantagens e desvantagens desse
profissional ao assumir tarefas relacionadas ao controle e implantação da
informatização nas empresas, tendo em vista a facilitação dos informes necessários
para a gestão empresarial e planejamento estratégico de custos, visto que, tomar a
decisão certa, garante um futuro mais equilibrado as tomadas de decisão dos
gestores.
O tema tem como finalidade expor a importância desta área para a empresa,
como ferramenta competitiva no mundo contemporâneo, demonstrando através das
mesmas uma maior afinidade entre a administração e o setor contábil, tanto que
atualmente, devido principalmente a complexidade de informações geradas, as
empresas passaram a necessitar de profissionais mais gabaritados, com maiores
conhecimentos sobre todos os sistemas e processos existentes, de forma a utilizá-los
da melhor forma possível para melhorar e ampliar o desempenho da mesma, visto
que estamos vivendo em um ambiente que constantemente passa por mudanças e as
situações decisórias no âmbito profissional pode afetar positivamente ou não o futuro
desta empresa.
Segundo Iudícibus et al. (2010, p. 26):
Com a grande competitividade entre as empresas, obrigando-as a serem
mais eficientes e eficazes seja em seus processos de produção ou serviço,
seja na tomada de decisão, controle, consultoria ou até de reestruturação, o
papel dos consultores, se tornaram cada vez mais essenciais, objetivando as
empresas a investirem cada vez mais nestes profissionais.

1.1. Justificativa

O trabalho de consultoria, tende a demonstrar que o planejamento estratégico


adequado é um trabalho de suma importância para as empresas, pois, tem como
finalidade, analisar e controlar o patrimônio, como também, todos os processos
envolvidos, criando assim, condições de estabelecer a todos os envolvidos, dados
transparentes da real situação da organização, de forma que os gestores possam,
com esses dados, tomar as decisões cabíveis para reverter ou dar continuidade aos
projetos e planos existentes.
18

Segundo Marion (2006, p. 23):


A contabilidade é um grande instrumento que auxilia a administração
a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos
mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em
forma de relatórios ou comunicados que contribuem sobremaneira para
tomada de decisões.

Portanto, todas as organizações deveriam utilizar o serviço de uma consultoria


junto com o setor contábil para que assim, houvesse a possibilidade das empresas
terem informações mais ágeis, práticas, precisas e transparentes, diminuindo em
muito, sua mortalidade precoce, devida principalmente, pela falta de conhecimento
dos empresários em relação a administração de seus bens e obrigações.
Segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE (2014) - Serviço de Apoio as
Pequenas Empresas, mostrou que 27% das empresas brasileiras fecham em seu 1º
ano de vida, devido a falta de uma boa administração, ou até mesmo de saber utilizar
bem os recursos disponíveis.
Por este motivo se justifica o quanto é importante tratar deste tema, pois a
consultoria contábil tem meios de auxiliar as organizações, contribuindo assim com o
seu sucesso.
Assim, a escolha do tema aqui proposto, comentado e analisado, se justificativa
e seus objetivos, deverão ao longo do trabalho demonstrar e comprovar a importância
e a necessidade da utilização dos profissionais de consultoria para as organizações,
função que os mesmos exercem auxiliando e contribuindo para que a empresa se
torne cada vez mais competitiva e sustentável aos olhos de seus investidores, clientes
e usuários.

1.2. Problema de Pesquisa

Em relação a questão da pesquisa, procurar-se-á identificar vantagens e


desvantagens na utilização destes profissionais junto a direção da empresa,
identificando os impactos ocorridos no decorrer dos tempos.
Para tanto se faz necessário criar uma questão que irá direcionar o rumo para
o desenvolvimento do trabalho e atender aos objetivos formalizados, pergunta esta
que é: Qual a importância da consultoria contábil para as empresas e em
particular, no planejamento estratégico da gestão de custos?
19

1.3. Objetivos

Os objetivos constituem a finalidade de um trabalho científico, ou seja, a meta que


se pretende atingir com a elaboração da pesquisa.
São eles que identificam e indicam o que o pesquisador deseja fazer e onde quer
chegar. Sua definição clara e transparente, ajuda em muito para que as decisões a
respeito dos aspectos metodológicos da pesquisa sejam alcançadas, pois, é fato
determinante para o resultado de um trabalho, que haja, objetivos propostos que
direcionem a pesquisa, demonstrando a forma de se proceder para chegar aos
resultados pretendidos.
Pode-se distinguir dois tipos de objetivos em um trabalho científico: os
objetivos gerais e os objetivos específicos.

1.3.1. Geral

Como o próprio nome diz, os objetivos gerais são aqueles mais amplos. São as
metas de longo alcance, as contribuições que se desejam oferecer com a execução
da pesquisa. Em geral, o primeiro e maior objetivo do pesquisador é o de obter uma
resposta satisfatória ao seu problema de pesquisa.
O objetivo geral deste trabalho é pesquisar, discutir e analisar como a
consultoria contábil se tornou importante para organizações e qual o papel ocupado
atualmente por elas na hierarquia corporativa, como instrumento e ferramenta de
controle e geradora de informações.

1.3.2. Específicos

Porém, para se cumprir os objetivos gerais é preciso delimitar metas mais


específicas dentro do trabalho. São elas que, somadas, conduzirão ao desfecho do
objetivo geral, assim, os objetivos específicos deste trabalho compreenderão os
seguintes aspectos:
 Determinar a importância da consultoria contábil como instrumento de apoio a
gestão, fornecendo informações necessárias para tomada de decisão;
 Evidenciar a consultoria contábil e seu papel nas organizações;
20

 Descrever as funções de um consultor contábil em relação aos sistemas e


procedimentos utilizados pelas organizações;
 Demonstrar a melhor forma de analisar e avaliar esses procedimentos e
especificamente aos de custos incorridos durante o processo utilizado;
 Analisar os resultados obtidos pela consultoria contábil e as vantagens obtidas
através do trabalho realizado.
Finalizando, após a justificativa da escolha do tema, a questão de pesquisa que
norteará o desenvolvimento do trabalho, bem como, dos objetivos propostos, se faz
necessário agora, determinar o método a ser utilizado para comprovar de forma
positiva o uso dos consultores contábeis dentro de uma organização.

1.4. Método Utilizado

Métodos, são os meios utilizados para obter dados da amostra ou população


estudada (quem, quantos, onde).
Para Trivinos (1992, p. 45):
Eles têm que ficar claro em relação aos objetos de pesquisa e de como serão
abordados, todos devendo obedecer a rígidos critérios científicos. É
necessário situar o espaço e o tempo, precisando também, detalhar quem faz
as observações, é importante também explicar como será o acesso ao
material e onde está localizado, informando as condições em que será
consultado, como também, os conceitos, autores e textos teóricos relevantes
para a pesquisa, devem ser citados e a escolha deles deve ser justificada de
acordo com o objetivo da pesquisa.

Ou seja, todo material, procedimento e pessoal envolvido dentro de uma


pesquisa, devem ser detalhados, não se esquecendo a maneira pelos quais os dados
serão coletados e como serão analisados.
Portanto, neste trabalho, utilizar-se-á do método bibliográfico, documental,
descritivo e comparativo como base teórica, que segundo Cervo, Brevian (2007, p.
61), o estudo bibliográfico “faz parte de estudos monográficos, por onde é buscado o
domínio da arte sobre determinado tema”.
Este método é feito com matérias apresentadas em livros, dissertações, artigos
e teses. Onde pode ser feita de forma individual, como pode ser complemento de uma
pesquisa experimental ou descritiva.
Quanto ao método documental, Gil (2008, p.45) afirma que é “uma pesquisa
que ainda não passou por uma análise mais confiável, mais fundamentada, onde
21

ainda pode ser modificada, ou até mesmo em alguns casos já analisados, podem
receber outras interpretações”.
Para Lakatos e Marconi (2007, p. 107) o método descritivo, tem como finalidade
“explicar os fenômenos, e fazer um estudo assertivo, separando os elementos
constantes, abstratos e gerais”.
Gil (2008, p. 16-17) diz que o método comparativo, faz uma análise, onde
mostra “o que é diferente e semelhante entre indivíduos, classes, fenômenos ou
acontecimentos”.
Pode se dizer, portanto, que, quanto mais se utiliza esse método, maior será a
amplitude de conhecimento de grandes grupos sociais, separando-os pelo espaço e
pelo tempo.
Algumas vezes o método comparativo é visto como irrisório em relação aos
demais. Porém seus procedimentos são desenvolvidos com alto controle e assim
resultam em um alto grau de globalização de informações.
Quanto a pesquisa em relação aos dados primários, a mesma se utilizará dos
estudos de cases, que segundo Rebouças (2007, p. 18):
O método case consiste em estudo de casos verídicos ocorridos dentro de
empresas, tendo ocasiões que por segurança são alterados nomes, datas e
valores para a preservação da empresa a ser estudado, porem mantendo o
contexto a ser analisado.

O método de se utilizar um case para se trabalhar uma pesquisa, tem uma


abrangência que se equipara a uma estratégia dentro de uma organização, onde
possibilita ter uma visão diferenciada de algo que já aconteceu em outra empresa, e
com isso planejar uma nova estratégia de melhorias interna. Esse método auxilia
também na prática de liderança, trabalho em grupo e pensamento decisório em novas
situações.
A seguir, nos próximos capítulos, serão descritos os autores, suas afirmativas
e teorias a respeito do tema aqui proposto, material esse, pesquisado através de
livros, artigos, dissertações, teses, revistas e publicações em congressos, seminários,
como também na própria internet, material este, que formará o conteúdo necessário
para o desenvolvimento teórico do trabalho.
22

2. EMBASAMENTO TEÓRICO

Com a globalização dos mercados e o avanço tecnológico, propiciaram o


surgimento de um novo cenário empresarial, obrigando as empresas a constantes
desafios em relação a sua gestão.
Esses fatores, passaram a impactar de forma relevante os resultados
econômicos, sociais, políticos, tecnológicos e estruturais nas organizações. Eles
obrigaram as organizações a procurarem uma maior flexibilidade na maneira de
administrar, introduzindo instrumentos e ferramentas de gestão mais dinâmicos e
competitivos, com a real situação das mesmas, cujos aspectos se tornaram decisivos
para sua sustentabilidade e sobrevivência neste mercado cada vez mais acirrado.
Sendo assim, a presença dos consultores contábeis, passaram a ser
fundamentais para a gestão, atuando em ambientes exigentes, com constantes
mudanças e novos procedimentos.
Para tanto, os gestores, buscam através dos mesmos, pessoas capacitadas e
experientes para auxiliar em suas ações, adotando instrumentos que permitem uma
maior flexibilidade, agilidade, precisão e transparência em suas informações, cuja
inovação e integração dos setores responsáveis por essas informações, tornam-se
essenciais para demonstrar a real situação da empresa em um determinado momento.
Sendo assim, para atender a essas necessidades, surge o papel da
consultoria contábil, constituindo-se numa área das ciências contábeis
composta por um conjunto de conhecimentos interdisciplinares oriundos da
administração de empresas, economia, informática, estatística e,
principalmente, da própria contabilidade gerencial (BIANCHI, 2005, p. 279).

Pode-se afirmar então, que, a presença dos consultores contábeis nas


organizações, tendem a contribuir intrinsecamente com o processo decisório,
mediante a realização de diversas ações internas, representando um relevante
instrumento no processo de gestão para alcançar a eficácia organizacional.
Segundo Iudícibus (2010, p. 26), “a contabilidade assume seu papel principal,
ou seja, o de apoiar o gestor em suas decisões, e dar maior segurança aos seus
julgamentos”.
Complementando tal comentário, Santiago (2006, p. 24) afirma que “conhecer
a realidade, agir de acordo com esse conhecimento e interpretar o ambiente podem
ser as ferramentas que determinarão o sucesso da empresa”.
23

Desta forma as informações geradas pela contabilidade, assumem um papel


de destaque no planejamento estratégico da empresa, tendo a consultoria contábil
com base para a leitura, interpretação e definição do plano estratégico para as
organizações.
Sendo os custos um dos setores mais visualizados pela gestão no que
concerne a sua capacidade de gerar receitas, mas também, dispêndios, sendo
portanto, necessário se fazer um trabalho coerente e decisivo neste departamento,
criando ferramentas essenciais para a diminuição do custeio sem que o mesmo
influencie a qualidade e a produtividade, se faz mister descrever mais detalhadamente
não só esse setor, mas também o papel do consultor contábil em seu trabalho para
melhorar a eficiência e a eficácia desse departamento tão importante para as
empresas.

2.1. Conceito e Evolução da Contabilidade

A contabilidade, tem como finalidade, estudar e colocar em pratica o controle


do patrimônio das entidades, aplicado a qualquer pessoa física ou jurídica que o
possua. Através desta, se tem meios essenciais para tomadas de decisões por parte
da gestão, tendo como base, a análise dos dados gerados.
Iudicibus e Marion (2002) e Beuren (2003, p. 23) descrevem a contabilidade
como sendo tão antiga como o homem, entendem que desde a época antiga, a partir
da instituição do comércio, ela passou a fazer parte da própria vida do ser humano,
como forma de controlar seus patrimônios.

Figura 1. A Contabilidade na Era Pré Histórica

Fonte: Beuren (2003).


24

Os autores, dizem que nesse tempo a contabilidade se desenvolveu de forma


arcaica, mas muito utilizada, pois, os homens precisavam contar seus bens, pois ainda
não sabiam escrever.
No tempo medieval entre 1202 a 1494, destaca-se o avanço cientifico da
mesma, onde surgiram grandes descobertas que vieram agregar conhecimentos, cujo
período, foi chamado de período técnico a nova era.
Foi nessa época que ela passou a desempenhar um papel muito importante
para a popularização do sistema numérico na Europa (HENDRIKSEN e VAN BREDA,
1999 e BEUREN, 2003).
Surgiu nesta época também, a utilização do livro-caixa, que registrava tudo que
se recebia em dinheiro, eles utilizavam grosseiramente o debito e o credito vindos dos
direitos e obrigações.
Em 1494, através de Frei Lucas Pacioli, surgiu as primeiras classificações,
utilizando-se do que hoje se determina como partidas dobradas onde promovia as
ligações de credito, débito e suas avaliações.
O período entre 1494 e 1840, foi marcado como o início para o pensamento
técnico da contabilidade, fase que marcou também a contabilidade do mundo
moderno cientifica (BEUREN, 2003, p. 23).

Figura 2. A Contabilidade na Era Medieval

Fonte: Beuren (2003).


25

Assim, com as transformações do comércio, a contabilidade se tornou um


instrumento de grande valor para a sociedade empresarial, seja ela comercial e
industrial.
Nos dias atuais a doutrina contábil ainda não pode ser definida como completa
através de estudos, quando concluídos, torna-se vislumbrados por
pesquisadores, por tratar-se de uma ciência com contextos dinâmicos, sua
magnitude não poderá ser demarcada (BEUREN, 2003, p. 26).

Mais tarde, em plena era da revolução industrial, onde com o crescimento das
empresas, bem como sua complexidade na área organizacional e operacional,
obrigou-as a terem um sistema de controle e de gestão mais formalizado, com
informações que pudessem ser úteis aos processos decisórios, como também na
gestão e nos procedimentos contábeis utilizados.
Ela contém técnicas que controlam toda a entidade, permitindo a avaliação dos
fatos contábeis com base nos relatórios apresentados, visando o bom desempenho
para garantir a saúde financeira da empresa e garantindo o futuro da mesma.
Por meio dos resultados auferidos é definida a tomada de decisão visando os
acontecimentos futuros, sendo que a mesma, tem como função principal, escriturar e
apurar os fatos contábeis gerados, classificando-os e apurando seus resultados.
A informação produzida através de relatórios contábeis deve ser adequada aos
fins a que se destina, uma vez que facilite o entendimento do usuário, deve
emergir da verdade, ser eficaz e atingir o objetivo do usuário, deve ser preciso
e não deve conter erros, precisando ser confiável e segura para a tomada de
decisão, devendo ser apresentada de forma simples a fim de se tornar
compreensível para quem precisa dela (VASCONCELOS, 2002, p. 25).

Figura 3. A Contabilidade na Era Moderna

Fonte: Marion (2009).


26

A contabilidade é um sistema muito bem idealizado que permite registrar as


transações de uma entidade que possam ser expressas em termos monetários, e
informar a reação dessas transações na situação econômica e financeira.
Sua utilização é universal, seja para pessoas físicas e jurídicas, que tenham
necessidade de controlar seus bens, direitos e obrigações, mas o mais importante, é
que todos os países, utilizam-se da mesma forma e dos mesmos parâmetros, de
acordo com as normas internacionais de contabilidade, não só para a contabilização,
mas especificamente para sua publicação.

2.1.1. A Contabilidade no Brasil

Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, bem como a abertura dos
portos para as nações amigas, a atividade colonial em relação ao comercio, foi
incrementada, exigindo-se proporcionalmente, um aumento dos gastos públicos,
como também da própria renda para os Estados, ou seja, o governo se obrigou a
oferecer um melhor aparato fiscal para a sociedade.

Figura 4. A Contabilidade no Início da Época Colonial no Brasil

Fonte: Marion (2009).

Para tanto, o rei, junto com seus ministros, constituiu o Erário Régio ou o
Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil em 1808, emitindo a
primeira moeda nacional do país colônia.
Quanto as tesourarias da fazenda, elas eram subdividas pelas diversas
capitanias hereditárias e suas províncias, compostas de um inspetor, um contador e
27

um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e


administração financeira e fiscal.
Através da Lei de Orçamento 317, de 21 de outubro estabeleceu-se o
imposto progressivo sobre os vencimentos recebidos dos cofres
públicos, título de contribuição extraordinária, que só vigorou nos anos
de 1843 a 1845. Essa foi à primeira experiência de implantação do
Imposto de Renda, o que só se implantaria na República (SILVA e
MARTINS, 2007, p. 111).

Porém, foi somente no século XVIII, mais precisamente no ano de 1770, que
foi criada a primeira regulamentação da profissão contábil no Brasil.
Essa regulamentação foi expedida por Dom José, rei de Portugal, onde exigia
obrigatoriamente o registro de matricula daqueles que trabalhavam na área. Nesta
época, o profissional contábil recebia o nome de guarda-livros, termo este que foi
utilizado até a metade dos anos de 1970.
No ano de 1870, é realizada a primeira regulamentação feita no Brasil para a
profissão contábil, através do Decreto Imperial n°4.475. Sendo assim a profissão de
guarda-livros é avaliada como a primeira ocupação liberal regulamentada no Brasil.
Em 1915, se deu a fundação do Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais, e a
seguir, surgem a Associação dos Contadores de São Paulo e o Instituto Brasileiro de
Contabilidade no Rio de Janeiro.
Em 1924 acontece o 1° Congresso Brasileiro de Contabilidade, onde são
difundidas campanhas para a regulamentação de contador e a reforma do ensino
comercial no país, surgindo então a primeira escola de comércio em São Paulo.
No ano de 1927, é inaugurado o Conselho Perpétuo de contabilidade, iniciando-
se o que seria hoje, o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Contabilidade,
cuja instituição, oferecia matricula para todos aqueles profissionais habilitados que
exerciam atividades na área de contabilidade.
Em 1931, ocorre a primeira conquista da classe contábil, onde é expedido o
Decreto Federal nº 20158, regulamentando-se a profissão e organizando o ensino
comercial.
Nesse mesmo ano, é criado o curso de contabilidade, onde eram formados dois
tipos de profissionais: o primeiro era os guarda-livros, que realizavam o curso em dois
anos e os perito-contadores, que realizavam o curso em três anos.
Em 1932, foi sancionado o Decreto n° 21.033, instituindo novas condições para
o registro de contadores e guarda-livros. A partir desta lei, foram descritos e separados
28

os profissionais que possuíam somente o conhecimento prático, dos demais que


tinham também o curso profissionalizante.
Sendo assim foram determinados certos prazos e condições para que os
mesmos se enquadrassem com seus registros de profissionais desta área. Foi nesta
ocasião, que o exercício da profissão contábil começou a ser permitida somente
aqueles que tivessem a devida preparação escolar, ou seja, necessitavam do curso
técnico em contabilidade, posteriormente o próprio bacharelado.
Em seguida, com a aprovação da resolução 1/46 em 1946, a profissão cresceu
no país, criando-se no mesmo ano, o Conselho Federal de Contabilidade – CFC,
posteriormente criando-se os próprios conselhos regionais, onde foram criadas as
primeiras regras para a profissão.
Atualmente existe um conselho de contabilidade em cada estado brasileiro,
sendo que o registro destes profissionais foi a primeira ação alcançada pelos por
esses conselhos.
A seguir, iniciou-se as atividades de fiscalização, discutida presentemente em
todas as reuniões do sistema, pois a fiscalização e o registro dos profissionais, feitas
pelos conselhos regionais, possuem parcerias com o conselho federal e as próprias
universidades, permitindo aqueles profissionais da área, terem condições de se
qualificarem, principalmente pelas cobranças do mercado de trabalho, cujo resultado
é apresentar a sociedade serviços de qualidade, confiabilidade e precisão em suas
informações geradas.
Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal,
tornando-se, neste mercado de economia complexa vital para empresas, gerando
informações ágeis, precisas e transparentes, facilitando e contribuindo para o
processo decisório da gestão na tomada de decisões, como também, publicando
dados preciosos para atrair novos investidores.
Este trabalho conduziu o profissional a galgar novos patamares, exercendo
novas funções, como controller, Auditores, peritos e na própria controladoria atuarial.
Tais áreas de analise contábil e operacional da empresa, são primordiais,
porém determinados tipos de profissionais contábeis, ainda hoje, são poucos, abrindo-
se assim, a possibilidade de um grande emprego e ótimos salários aqueles que
possuírem capacidade, conhecimento e experiência para exercer determinadas
funções pelos quais são contratados, como por exemplos, nas diversas áreas ou
departamentos da organização.
29

2.1.2. A Contabilidade de Custos

A Contabilidade de custos tem como objetivo auxiliar e contribuir com a


contabilidade geral, financeira e também industrial. As informações são baseadas nas
necessidades gerenciais, tendo por base, obter custos de produtos e serviços,
rentabilidade e lucratividade, controle operacional, minimização de custos, sendo seus
principais objetivos a administração da produção de produtos e bens, seu custeio,
estoque, venda de produtos e serviços.
Silva (2011, p.49) afirma que:
A contabilidade de custos atualmente, é um dos principais ramos da
contabilidade e que merece uma maior atenção por parte dos
contadores, para que não seja assumida por outra profissão como
Administração, Economia e ou até mesmo Engenharia, como é o caso
dos EUA onde já existe a Engenharia de Custos.

Figura 5. Contabilidade de Custos

Fonte: Marion (2009).

Esta propositura, integra os conceitos da própria contabilidade geral, podendo


aplicar-se especificamente ou não, na área industrial, como também, em todas as
áreas que necessitam de cálculos, controles de custeio, como também de custos
sobre serviços.

2.1.3. A Importância da Contabilidade como Fonte Geradora de Informações

As organizações têm desempenhando um papel muito importante na economia,


isso se deve em parte, pelos relevantes índices da geração de emprego e renda no
30

cenário mundial, como também, na estruturação e inovação dos processos produtivos


e organizacionais, porém, nem todas desenvolvem um futuro promissor, devido à falta
de informações, como também, desconhecerem as ferramentas de gestão oferecidas
pela contabilidade gerencial.
Em tese, muitos colocam como resistência a falta de recursos para aprimorar
em suas empresas o desenvolvimento de meios para planejar um controle de custos,
orçamentos, fluxos de caixa e análise de investimentos, mas, o mercado oferece
programas e sistemas que podem, dependendo do porte da empresa satisfazê-la,
contribuindo intrinsicamente para melhorar seu sistema de gestão e controles sobre o
patrimônio das mesmas.
Conforme Resnik (1990, p. 37):
Quando os proprietários de pequenas empresas compreendem e se
concentram nos fatores e exigências básicas que podem causar o
sucesso ou fracasso, suas experiências ajudam a superar os
problemas encontrados para o desenvolvimento do seu
empreendimento, engajados nas atraentes recompensas, como:
satisfação, vendas e lucros.

Sabe-se que o sistema de informação dentro de uma empresa, pode trazer


muitos benefícios a ela, sendo que tais informações, sejam elas, financeiras, fiscais e
tributárias, como também orçamentárias e econômicas, são funções exercidas pela
contabilidade, tornando-se um facilitador dinâmico proporcionando uma visão geral de
todo o processo de negócio, como também contribuindo no dia a dia com a gestão a
tomar as medidas necessárias para melhorar o desempenho, como também criar
vantagens competitivas em relação a sua concorrência.

2.1.4. A Contabilidade nos dias de hoje

A contabilidade desde o seu surgimento, tem influenciado relevantemente para


os donos de patrimônios, pois esta ciência tem o poder de realizar o gerenciamento
contábil com qualidade, facilitando as tomadas de decisões proporcionando assim a
eficiente gestão de toda empresa.
Porém, sabe-se que não são muitas empresas que se utilizam deste artificio
para melhorar seu desempenho, assim sendo, nos dias atuais para enfrentar a grande
concorrência do mercado, deve-se analisar a necessidade de aperfeiçoamento em
31

todo seu ambiente, procurando, criando e desenvolvendo ferramentas que ajude os


gestores e empresários no dia a dia de seus negócios.
Cabe ao contador aplicar e desenvolver um trabalho, onde o empreendedor
possa ver o papel da contabilidade e suas utilidades dentro dos negócios aplicáveis à
empresa.
A conta como recurso primitivo, mas, racional, para manifestar
primitivamente que tenho tanto de tal coisa que me pertence,
que eu consegui que guardo que uso, foi à semente de todo
um vastíssimo conhecimento que se desenvolveu ao longo de
milênios (SÁ, 2005, p.17).

Pode-se afirmar, portanto, que, a finalidade da contabilidade é contabilizar,


registrar os fatos contábeis, controlar o patrimônio, analisar os dados obtidos com
esses procedimentos, como também, gerar informações a respeito da real situação
sócio econômica e financeira da entidade de acordo com seu trabalho e pesquisas
realizadas.

2.1.5. A Função do Contador

A função do contador é dar suporte, além da área contábil e financeira, na área


fiscal, tributária, trabalhista e previdenciária também, bem como, junto a produção e
nos custos da organização, porém, hoje o contador tem outras diversas funções como
por exemplo, trabalhando como consultor, auditor e perito, este profissional, passou a
exercer um papel estratégico ao lado do administrador da empresa, pois, deve
participar diretamente nos processos organizacionais e operacionais, contribuindo
fundamentalmente com o próprio processo decisório, pois, atualmente a legislação é
bem complexa, as normas e seus tributos se tornam bem burocráticos e o
conhecimento do contador é fundamental para gerar economia dentro da organização.
O contador auxilia na tomada de decisão, pois têm as informações necessárias
para influenciar positivamente na gestão, tendo como base, os relatórios gerados e os
resultados obtidos, essas ferramentas são essenciais nas tomadas decisões finais.
Na gestão de uma empresa se torna essencial o seu papel, pois ele está
preparado para auxiliar, visto que tem uma visão geral da necessidade de cada cliente.
32

Segundo Padoveze (2003, p. 36):


O contador pode e deve exercer influência junto aos demais gestores, e o faz
pelo conhecimento da ciência da gestão econômica, cujo papel é monitorar
todos os planos de ação da empresa, fazendo a ação coordenada da atuação
de todos os gestores, sempre com foco no desempenho e resultados global e
empresarial.

Resumindo, o profissional contábil que esteja atualizado, tem a capacidade de


interpretar, analisar e orientar os administradores, empresários e gestores,
contribuindo intrinsicamente com a melhoria de desempenho das organizações.

2.1.6. A veracidade dos dados com base nos princípios contábeis

Princípio derivado da palavra “começo”, “origem ‘, representam o núcleo central


da própria contabilidade.
Segundo Sá (2005, p. 14), a denominação de Princípios Fundamentais de
Contabilidade, no Brasil, como órgão de fiscalização do exercício profissional, regulou
o conceito a ser reconhecido e adotado.
São sete os princípios declinados:
 Da Entidade;
 Da Continuidade;
 Da Oportunidade;
 Do Registro pelo valor original;
 Da Atualização monetária (atualmente, não está em uso);
 Da Competência;
 Da Prudência;
Os princípios Fundamentais de contabilidade representam a essência
das doutrinas e teorias relativas à ciência da contabilidade, pois a
mesma é uma ciência social cujo objeto é o Patrimônio das entidades.
(ART 2º. RESOLUÇÃO CFC Nº 750/93).

 Entidade: princípio da entidade é básico, mas não menos importante que os


demais, reconhece-se o patrimônio como objetivo da contabilidade. Com ele a
entidade afirma a autonomia patrimonial, enfim, a entidade possuí autoridade sobre
o próprio patrimônio.
33

Art. 4º - O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da


Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade,
com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio
não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de
sociedade ou instituição.

 Continuidade: o princípio da continuidade afirma que o patrimônio, na sua


composição qualitativa e quantitativa, depende das condições em que,
provavelmente se desenvolverão as operações da entidade. Por sua vez, a
suspensão das atividades pode provocar danos e perda.
§ 1º - A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos
casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a
extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.

 Oportunidade: denominado “princípio da universalidade”, exige o relato de todas


as variações sofridas pelas entidades, o objetivo deste princípio está na
qualificação das variações, do seu oportuno reconhecimento.
Art. 6º - O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas
mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão
correta, independentemente das causas que as originaram.

 Registro pelo valor original: cabe registrar todos os valores na sua forma s
originais, mesmo que não corresponda ao valor da negociação legitimado.
Art. 7º - Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores
originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente
na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações
patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou
decomposições no interior da ENTIDADE.

 Atualização monetária: em países que convivem com a inflação este princípio tem
valor fundamental, garantido que todos s valores sejam sempre corrigidos de
acordo com as taxas monetárias atuais, a atualização monetária não representa
nova avaliação, mas o ajuste de valores para determinada data, mediante as
aplicações de elementos que possam traduzir a variação para aquisição da moeda
em certo período, atualmente, não se encontra em uso no Brasil.
Art. 8º - Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem
ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da
expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

 Competência: este princípio consiste basicamente em valores que devem ser


incluídos na apuração dos resultados que ocorrerem nas despesas e receita,
34

determinam quando as alterações no passivo e ativo resultam em aumento e


diminuição do patrimônio líquido, devem ser incluídas nas apurações de resultados
onde ocorre independente de recebimento ou pagamento.
Art. 9º - As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se
correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

 Prudência: este princípio determina menor valor para o ativo e maior valor para o
passivo, sempre que apresentar a quantificação das alterações do patrimônio
líquido.
Art.10 - O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para
os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

2.1.7. A Contabilidade e sua Padronização as Normas Internacionais

A adoção dos padrões internacionais de contabilidade em relação a


International Financial Reporting Stangards – IFRS no Brasil foi efetivada legalmente
por meio da lei n°11.638, de 28 de dezembro de 2007, que adentrou muitas
modificações na lei n°6.385, de 7 de dezembro de 1976, e sobretudo, na lei n° 6404,
de 15 de dezembro de 1976 (Lei da S.A), que passaram a ter efeito a partir de 1° de
janeiro de 2008.
A contabilidade internacional, tem como essencialidade, estudar as normas
contábeis existentes no Brasil, nos Estados Unidos e também entre os demais países
que utilizam a contabilidade de forma padronizada, tanto que aumenta a cada período,
o número de países que se utilizam deste meio para seu desenvolvimento econômico,
seja na expansão, como também na própria transparência e credibilidade das
informações publicadas.
A padronização dos métodos e procedimentos contábeis a nível internacional
é de suma importância, pois facilita a compreensão por parte dos investidores,
ensejando a entrada de novos capitais, ajudando em muito a expansão dos negócios
das organizações.
Desse modo é importante padronizar as normas e procedimentos contábeis,
pois reduz em muito o custo dos investimentos, facilitando a intercomunicação entre
as empresas dos diversos países, com uma linguagem contábil universal, mais ampla
35

e mais compreensível, cujo objetivo é reduzir o custo do capital, como também,


ampliar seus negócios, abrindo novos nichos para sua atuação.
Niyama (2010, p.10), afirma que:
Harmonizar não significa padronizar, a harmonização representa o processo
por meio do qual se busca preservar as peculiaridades inerentes de cada
país, permitindo, assim, reconciliar os sistemas contábeis com outros países,
de modo a melhorar a troca de informações a serem interpretadas e
compreendidas, já a padronização, consiste no processo de uniformização
de critérios, não admitindo flexibilização ou procedimentos que não estejam
uniformizados aos padrões e normas internacionais.

2.1.8. Contabilidade Pública

Contabilidade Pública é uma particularização da Ciência Contábil controla e


registra fatos e atos administrativos e econômicos do patrimônio, direcionada para
entidades jurídicas de direito público como: municípios, distritos, estados, fundações
e empresas públicas.
É um instrumento de imensa relevância permitindo a geração de informações,
pertencente à sociedade e não a um grupo específico. Está sempre à disposição da
sociedade para controle geral administrativo, respeitando sempre normas jurídicas.
Portanto, quando são utilizados os princípios de escrituração, são escrituradas
as despesas e as receitas, para avaliar o que mudou no orçamento, e observada
qualquer avaliação de crédito, para detalhar a execução e que não fuja as regras
gerais das finanças.
São organizados os ofícios da contabilidade, onde será acompanhado cada
passo da prática orçamentária, ter noção do que compõe o patrimônio, escolher quais
serão os valores dos serviços nas indústrias, realizar o balanço geral, a análise e
interpretar os resultados econômicos e financeiros.
A contabilidade pública, tem como finalidade seu caráter público, podendo
ser resumida na disciplina que se aplica as técnicas de administração e
aprimoramento contábeis, em conjunto com direitos financeiros e suas
normas (ANGÉLICO, 2009, p. 107).

Na prática todos os recursos públicos, devem estar em conformidade com a


legislação e as regras jurídicas.
Pode-se afirmar que está diretamente relacionada ao direito constitucional,
financeiro, fiscal e tributário; sendo também relacionado o direito municipal,
quando colocado em disciplinas jurídicas, ligado ao comércio administrativo
(ANGÉLICO, 2009, p.108).
36

De acordo com o artigo 35 da Lei nº 4.320/64, a contabilidade pública foi


regulamentada, especificando para a mesma a contabilização através de um
regimento misto, onde trata as receitas públicas a partir do regime de caixa, que neste
caso conta o registro, no ato do acontecimento, ou seja, quando de fato o dinheiro é
recebido.
Já, as despesas públicas respeitam o regime de competência registrando os
atos e fatos contábeis conforme o exercício financeiro evidenciando seus efeitos
através das demonstrações contábeis.
Em 2008 foi editado o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público -
MCASP, onde apresenta um grupo composto por oito partes, norteando quanto aos
procedimentos operacionais uniformizando nacionalmente. Tendo como objetivo a
instauração de métodos que contribuem na melhoria das informações nos
demonstrativos e relatórios contábeis a fim de evidenciar os possíveis impactos no
patrimônio.

2.1.8.1. Responsabilidade Fiscal

Desde meados dos anos 60, existia uma preocupação em relação à


administração pública, quando foi promulgada a Lei 4.320/64, estabelecendo normas
gerais de direito financeiro, com o intuito de auxiliar na preparação e controle dos
orçamentos públicos e dos balanços dos entes governamentais, porém a situação
política da época não transparecia as ações públicas dificultando, principalmente,
quanto à execução das normas legais.
No período inicial de 1985, a fim de estabelecer sistemas mais rigorosos de
domínio sobre a política fiscal, surgiram diversos atos adversos ao financiamento
monetário do déficit público, coligados ao processo das eleições diretas no País, ao
mesmo tempo em que à democracia abriu-se como regime político na América Latina.
No entanto, foi somente em 1994 que a Nova Zelândia constituiu o Ato de
Responsabilidade Fiscal originando assim uma expressiva influência como exemplar
referencial sobre a LRF brasileira, contribuindo significativamente com os mecanismos
de transparência das contas públicas.
A LRF – Lei Complementar nº 101/2000, foi instituída para obter mudanças na
constituição, estabelecendo normas de finanças públicas, ou seja, melhor controle dos
37

gastos públicos, equilibrando o orçamento e auxiliando na administração do dinheiro


da sociedade, voltadas a responsabilidade na gestão fiscal (ABRUCIO, 2002, p. 216).
Ela foi criada com o intuito de prevenção de riscos e correção de desvios que
possam afetam o equilíbrio das contas públicas, visto que existe um conhecimento
claro de que não se deve gastar mais do que se ganha, ou seja, as despesas devem
ser menores do que as receitas.
A LRF, tem por finalidade, colocar regras a respeito do que se deve fazer com
os ganhos públicos, como também os seus planejamentos, onde se pretende analisar
e determinar como, onde e quando devem ser gastos, prevendo assim, os riscos, de
forma que sejam estabelecidos mecanismos de correção, garantido também o
equilíbrio das contas.
As principais características dessa lei são:
A controladoria financeira pública,
 Domínio da dívida externa e interna de todas as instituições controladas pelo poder
público,
 Garantias de concessões,
 Emissão e resgate de títulos da dívida pública,
 Fiscalização das instituições e realizações de operações de câmbio realizadas por
órgãos e entidade públicas da união, Distrito Federal, Estados e demais municípios.
Embora a LRF não substitua a lei nº 4.320 de 1964 que vigora á mais de 40
anos, já existem estudos para ampliação e modificações desta com base na lei LRP
– Lei de Registros Públicos – 6015/73.
Cabe à Lei complementar aplicar regras para administração da gestão
financeira do patrimônio público diretamente e indiretamente, assim como a
introdução para a funcionalidade da instituição e seus fundos
(NASCIMENTO, 2002, p.05).

Portanto, pode-se dizer que a LRP orienta através de normas, as práticas corretas
da administração pública, realizando assim uma despesa consciente mostrando um
bom aproveitamento dos recursos públicos.
No entanto, institui a responsabilidade fiscal, um instrumento para fiscalizar e até
mesmo punir se preciso, as pessoas que agirem de má fé na gestão da administração
pública.
38

2.2. Conceito e Evolução da Consultoria Contábil

A função da consultoria é averiguar a funcionalidade da informação na


empresa, como também, entender se todas as necessidades estão sendo atendidas
de maneira satisfatória, necessidades essas, voltadas a área do conhecimento sobre
legislação, normas, procedimentos, sistemas e ferramentas de gestão, tanto que caso
isso tudo esteja falhando, cabe ao mesmo, preparar um plano de ação juntamente
com os tomadores de decisão para reestruturação do fluxo de informação e de ajustes
essenciais para que os planos e ações não sejam atingidos e impossibilitem o
atendimento as metas.
Portanto, as consultorias prestam serviços a empresa na decisão, no controle
e nos ajustes necessários a uma boa administração, fixando pontos de observação
para um melhor desempenho da organização, seja na área contábil, operacional,
organizacional, financeira, como também, no planejamento legislativo trabalhista e
enquadramento fiscal e tributário.
Consultoria é uma atividade realizada normalmente por profissionais da
contabilidade, prestando apoio aos gestores das empresas, auxiliando-os em todas
as áreas que necessitam da presença destes profissionais, seja na organizacional
como também operacional.
Segundo Pereira (1999, p. 39) e Jacintho (2004, p. 25):
A consultoria pode ser considerada uma das profissões mais antigas do
mundo, se considerar a origem da palavra que vem do latim – consultore –
que significa: dar ou receber conselhos, aconselhar e também ser
aconselhado, pode se dizer que é um processo de ajudar as pessoas a
resolver problemas que as impedem de atingir seus objetivos.

Portanto, a consultoria, se torna fundamental para as empresas, principalmente


aquelas que se utilizam dos serviços contábeis desempenhados por escritórios
terceirizados, tanto que muitos escritórios, nos últimos anos, já passaram a ter em
seus quadros de funcionários, profissionais qualificados para atenderem as empresas
no construto de informações, além daquelas normais executadas no dia a dia do
trabalho.
Tais informações, passam a ser essenciais no complemento do trabalho, seja
na atualização das leis, das normas e procedimentos contábeis, como também no
planejamento e nas estratégias utilizadas, como por exemplo, na administração dos
bens e direitos, nas obrigações, no patrimônio líquido, investimentos e financiamentos,
39

inferindo aos gestores, condições de assistência na decisão sobre as melhores


oportunidades para o enquadramento fiscal, planejamento tributário, economia nos
custos e melhor planejamento na produção e venda, atendendo coerentemente ao
fisco como também a própria legislação trabalhista.
Assim sendo, a consultoria vem contribuindo com as estratégias mais
importantes a serem tomadas em sua empresa preparando e fazendo relatórios ou
demonstrativos que irão ajudar os gestores na tomada de decisões.

2.2.1. A Consultoria em Vista dos Relatórios e Demonstrativos Contábeis como


Fatores Intrínsecos na Geração de Informações

Uma das características dos consultores é o amplo conhecimento, sendo que


este tem sido fonte de fortes investimentos por parte dos empresários, visto que as
empresas esperam deste profissional, um serviço de alta qualidade, sempre
atualizados e com modernas técnicas, usando a tecnologia da informação para
capturar e disseminar conhecimentos.
Entende se por demonstrações contábeis, ou relatórios contábeis, o conjunto
de demonstrações que são gerados pela própria contabilidade, cujo intuito, é
proporcionar informações precisas para serem aplicadas na gestão da
empresa, facilitando sua direção, como também a própria tomada de decisão
(OLIVEIRA, 2009, p. 31).

A seguir, os relatórios mais utilizados na geração de informações para a gestão.

2.2.1.1. Demonstrações Financeiras

As demonstrações financeiras constituem um importante instrumento de apoio


à tomada de decisão nas organizações, permitindo o conhecimento da situação
financeira e econômica.
Talvez por essa razão, as demonstrações financeiras divulgadas pelas
entidades têm sido objeto de diversos estudos, Silva e Souza (2011, p. 69) afirmam
que “as demonstrações financeiras também são chamadas de relatórios contábeis são
a fonte de informações para análise, servindo de base, inclusive para avaliar possíveis
investimentos”.
40

Para Ribeiro (2003, p. 26) e Martins (2011, p. 17):


As demonstrações financeiras são relatórios ou quadros técnicos que contêm
dados extraídos dos livros, registros e documentos que compõem o sistema
contábeis de uma entidade, sendo que para atingirem os seus objetivos
devem fornecer as informações relativas aos seguintes elementos: “Ativos,
Passivos, Capital Próprio, Rendimentos (créditos e ganhos) e Gastos (débitos
e perdas), Demonstração das Alterações no Capital Próprio (DACP) e o
Fluxos de Caixa.

2.2.1.2. Relatórios de Produção e Produtividade

O critério mais simples para analisar a eficácia de um procedimento,


organização ou sistema é a partir de sua produtividade, na qual é definida como
relação entre os recursos utilizados e os resultados obtidos (ou produção), sendo que
todo sistema tem um apontador de produtividade, que é a quantidade de
produtos/serviços que cada unidade de recursos fornece, podendo ser avaliada para
fatores de produção isolados contando-se a quantidade de qualquer item e/ou pode
ser analisada para diversos fatores simultaneamente.
A produtividade é uma das traduções mais conhecidas da ideia de eficiência,
e muitas vezes as duas palavras são usadas como sinônimo. No entanto,
avaliar a eficiência de um sistema por meio de sua produtividade é um critério
simples porque não leva em conta o aproveitamento, ou qualidade, dos itens
produzidos, nem a eficiência do tempo (MAXIMIANO, 2011, p. 72).
Para Corrêa, Gianesi e Caon (1997, p. 17):
Independente da lógica que utilizem, dos sistemas de administração da
produção, para atingirem seus objetivos e cumprirem seu papel de suporte
dos objetivos estratégicos da organização, a contabilidade deve ser capaz de
apoiar e dar ferramentas aos tomadores de decisões.

Martins e Laugeni (2006, p. 03) também relatam que:


A produtividade é uma avaliação entre dois instantes no tempo, entre dois
períodos consecutivos de tempo ou não e tem relação entre o valor do
produto e/ou serviço produzido e o custo dos insumos para produzi-lo, bem
como, a mão de obra utilizada.

2.2.1.3. Rateios

Os principais elementos que influenciam no resultado de qualquer empresa são


representados por meio das receitas auferidas, dos custos, diretos ou indiretos, e das
despesas incorridas.
“Os custos diretos podem ser facilmente associados aos produtos fabricados.
Os custos indiretos precisam passar por etapa intermediária, denominada rateio, para,
a partir daí, serem incorporados aos produtos” (BRUNI e FAMÁ, 2004, p. 36).
41

Para Hansen e Mowen (2003, p. 69):


O custo de produção representa o custo total de fabricação de produtos
completados durante o período atual. Os custos atribuídos para produtos
acabados são os custos de manufatura de materiais diretos, mão de obra
direta e custos indiretos de fabricação.

Rateio é a distribuição dos valores de cada custo indireto de fabricação aos


mais diversos produtos, tanto aqueles apenas iniciados, quanto os acabados,
produzidos pela empresa de acordo com um determinado critério.
O rateio deve sinalizar um emprego calculado dos custos pelos vários produtos,
através de uma estrutura que poderá ser um índice ou percentual, refletindo como os
custos indiretos de fabricação serão apropriados pelos diversos produtos,
independentemente do estágio de produção em que eles se encontrem.
Não existem critérios específicos de rateios que sejam exatos para todas as
empresas e seu significado e propósito, depende muito do gasto que estiver sendo
rateado, do produto que está sendo custeado, da importância do valor envolvido,
como também a forma que se que quer distribuir tais gastos, onde a regra fundamental
para determinação dos critérios vem a ser o bom senso.

2.2.1.4. Custos Previstos e Realizados

Conceitualmente, custo é o gasto que é aplicado na produção ou em qualquer


outra função de custo, gasto esse, desembolsado ou não.
“É o valor aceito pelo comprador para adquirir um bem ou é a soma de todos
os valores agregados ao bem, desde sua aquisição, até que ele atinja o estágio de
comercialização” (Dutra 2003, p. 33).
Os custos, para atender os seus objetivos específicos e facilitar o entendimento
prático, são classificados de diferentes formas limitando o número de contas numa
lista pré determinada num rol das contas de cada empresa.
As previsões de custos ou do orçamento são calculadas usando o
gerenciamento do valor agregado baseando se no desempenho atual e o que falta
para concluir o projeto. Elas devem ser documentadas e comunicadas às partes
interessadas.
42

2.2.1.5. Tomada de Decisão com base nas Demonstrações Financeiras

As informações proporcionadas pelas demonstrações financeiras servem como


fonte de dados para o analista financeiro, em conjunto com outras fontes.
Miglioli (2006, p. 43) defende que:
As decisões de gestão afetam diretamente a sobrevivência das empresas
assim como a vida de todos os que estão relacionados com a mesma sejam
eles empregados, acionistas, fornecedores, clientes ou até a própria
sociedade. Por este motivo, o processo de decisão numa entidade é
importante a uma escala maior do que apenas para o seu ambiente interno.

O ato de decidir não é mais do que fazer escolhas dentre várias alternativas, é
escolher entre o sim e o não, entre fazer e não fazer, entre ir e não ir, e no campo
financeiro é escolher entre investir ou não investir, entre vender e comprar, entre
financiar-se com capitais próprios ou com capitais alheios.
A importância da tomada de decisão nas entidades, é muito clara e é
perceptível com facilidade, pois se podem verificar os diferentes rumos que cada
entidade toma, o que elas produzem, as políticas adotadas, os diferentes problemas
e a forma como cada uma delas os ultrapassam, ou seja, todo o andamento das
entidades é determinado por uma decisão.
Para Carvalho (2011, p. 187) e Dantas (2013, p. 4):
Tomar decisão significa fazer alguma escolha que envolve risco, e a
informação permite mitigar o risco das escolhas não muito acertadas, de
modo a maximizar o resultado da decisão tomada, tanto que se tornou o
diferencial não apenas para manter as entidades no mercado, mas, também,
para auxiliar na organização das tarefas do dia a dia.

Vale a pena lembrar que o sucesso da organização não depende somente das
informações disponíveis, mas sim de saber recolher, organizar, analisar e programar
as mudanças com base nas informações que serão utilizadas para a melhoria
contínua das suas atividades.

2.3. A Aplicabilidade da Consultoria nos Procedimentos e Processos Decisórios


das Organizações

O profissional Contábil tem papel de grande importância dentro das


organizações, auxiliando as diretrizes, ou o caminho que trilhará as empresas, rumo
43

à busca do resultado almejado, embora muitos profissionais ainda não ajam


praticamente com essa postura, se omitindo em muitos casos.
Atualmente o trabalho do contador, deixou de ser meramente um desejo das
empresas e sim uma necessidade para crescer dentro de um mercado competitivo e
cada vez mais acirrado, procurando tirar desse profissional, todas as informações
necessárias para melhorar o desempenho da empresa, e o contabilista, deve assumir
essa conduta de orientação e consultoria aos gestores e usuários da contabilidade,
visando à melhoria, aplicando os seus conhecimentos e suas habilidades nos diversos
departamentos da empresa, departamentos esses descritos a seguir.

2.3.1. Na Contabilidade

Uma das características principais da contabilidade é a de registrar todas as


transações da organização, formando um grande banco de dados. Esses dados
contábeis se tornam o coração da organização, portanto, é necessário que ele seja
bem cuidado, para que gere informações úteis e representem um instrumento
gerencial para o processo decisório.
Assim sendo, a contabilidade, na sua condição de ciência social, cujo objetivo
é controlar e analisar o patrimônio, deve buscar, por meio da apreensão,
quantificação, classificação, registro, demonstração, analise e relato das mutações
sofridas pelo patrimônio da entidade particularizada, a geração de informações
quantitativas e qualitativas sobre ela, expressas tanto em termos físicos quanto
monetários.
Os dados da informação contábil se expressa por diferentes meios, como
demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e sistemáticos,
documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas, mapas, pareceres, laudos,
diagnósticos, prognósticos, descrições críticas ou quaisquer outros utilizados no
exercício profissional ou previstos em legislação.
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade – CFC (1995):
As informações geradas pela contabilidade devem propiciar a seus usuários
base segura a suas decisões, pela compreensão do estado em que se
encontra a Entidade, seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades
que oferece.
44

Desta maneira a informação contábil deve ser revestida de qualidade, objetiva,


clara, concisa, permitindo que o usuário possa avaliar a situação econômica e
financeira da entidade, avaliando a tendência futura, de forma a respeitar sempre os
objetivos da organização empresarial.
O mundo globalizado requer um novo comportamento do profissional contábil
para que assim possam gerenciar melhor as organizações.
Segundo a afirmativa de Marion (2009, p. 47):
Com a chegada da Lei nº 11.638/07 observamos a ênfase num modelo
internacional de lei societária. As perspectivas para a profissão contábil, no
contesto dessa lei, num mundo globalizado, levam a reposicionamento das
práticas e comportamentos tradicionais dos profissionais de contabilidade.

O Contador é a pessoa que pode interpretar os efeitos das transações


planejadas, é ele também que fornece as soluções dos problemas aos diretores da
empresa para que assim tomem a melhor decisão.
Crepaldi (2008, p.7) comenta que:
O contador deve esforçar-se para assegurar que a administração tome as
melhores decisões estratégicas em longo prazo. O desafio é propiciar
informações úteis e relevantes que facilitarão encontrar as respostas certas
para as questões fundamentais, em toda a empresa, com um enfoque
constante sobre o que deve ser feito de imediato e mais tarde. É necessário
que os contadores ultrapassem a informação contábil para serem proativos no
fornecimento, para suas equipes de administração, de dados pertinentes e
oportunos sobre essas questões empresariais mais amplas.

Consequentemente o Contador deixa de ser um profissional que somente se


volta aos fatos passados para sua contabilização, mas também, trata agora o futuro
com diligência, discernimento e liberdade para a solução dos problemas que possam
aparecer devido as constantes mudanças no cenário econômico.

2.3.2. RH, Departamento Pessoal e Gerenciamento das Pessoas

O trabalho da contabilidade é de grande significância, tornando-se


imprescindível nas organizações, pois, além de suas tarefas diárias na classificação
e consolidação dos fatos geradores, ela também auxilia o departamento de pessoal e
os recursos humanos nas suas atribuições do dia a dia, seja na análise da folha de
pagamento, nos cálculos trabalhistas, como também nos recolhimentos dos encargos
e impostos.
45

Conforme Bilhim (2007 p.47) e Silva (2009, p. 21), o D.P é o:


Departamento responsável pela administração de todos os procedimentos
que envolvam os empregados, se tornando responsável ainda pelos
procedimentos de cálculo sobre todos os ganhos e descontos dos
colaboradores da empresa, tanto que a gestão estratégica de recursos
humanos está centrada no pressuposto de que os empregados são ativos
essenciais da organização e que o seu valor pode ser aumentado, e até
potenciado, através de uma abordagem sistemática e coerente de
investimento na sua formação e desenvolvimento.

O Departamento de R.H., ou Gestão de Pessoas como são chamados


atualmente, é o responsável por cuidar dos colaboradores, atuando no recrutamento,
na seleção de candidatos, no treinamento e capacitação dos funcionários, atuando
também no planejamento sobre as remunerações e benefícios, tendo a função de
pesquisar e melhorar o clima organizacional, através das pesquisas internas que
podem ser feitas.
Os profissionais que atuam nesse departamento são da área de administração
e psicologia. As tarefas executadas pelo departamento podem ser terceirizadas por
agências ou escritórios de contabilidade.
Tais atribuições, muitas vezes são comprometidas por profissionais que não
tem o devido conhecimento das leis e normas da CLT, contribuindo negativamente
para o processo de administração sobre os pagamentos realizados tanto aos
funcionários, como também para o governo.
Pode-se afirmar então, que, tanto a assessoria contábil, como também a
própria consultoria, são contratadas para prestar esse tipo de suporte onde ela já tem
a equipe pronta para o serviço, sempre atualizada perante as leis vigentes junto aos
órgãos fiscalizadores.
Portanto, pode-se afirmar que, atualmente as empresas estão buscando cada
vez mais estes profissionais, sejam eles contadores, assessores, consultores e
auditores, deixando de lado aquele velho dogma de se comprometer apenas com seus
lucros, refazendo tais conceitos, para melhorar a atuação administrativa, operacional
e pessoal da empresa, contratando ou consultando profissionais qualificados,
contribuindo sobremaneira para melhorar o desempenho, ter maior produtividade,
maior capacidade organizacional, como também, estar mais aptas as novas
exigências não só do mercado, mas principalmente com as mudanças constantes da
legislação trabalhista, fiscal e tributária, proporcionando com isso um desempenho
melhor da organização.
46

2.3.3. Financeiro

A contabilidade financeira, fornece o maior número de informações para


alicerçar as decisões que precisam ser tomadas dentro da organização.
Por se tratar de uma ciência que estuda os fenômenos patrimoniais que sucede
na empresa, identificando, coletando, registrando e mensurando essas informações
em forma de relatórios, possibilita uma visão vasta dos acontecimentos ocorridos,
permitindo julgamentos adequados por parte dos usuários dessas informações.
“Contabilidade é um sistema de informação que provê os usuários de relatórios
acerca das atividades econômicas e condições do negócio” (WARREN, 1999, p. 5).
A natureza da contabilidade financeira é preparar as demonstrações contábeis
e financeiras, sendo fiel aos princípios da contabilidade, fornecendo os relatórios
essenciais para quem possam tomar decisões racionais de modo que cause efeitos
positivos no patrimônio administrado.
Dessa forma a contabilidade financeira serve como preciosa base de dados
para produção de informações gerenciais tendo grande valor no processo decisório
tanto para usuários externos quanto internos da entidade.

2.3.4. Administrativo

O planejamento administrativo, existe para que se possa estabelecer um plano


de trabalho na organização, tanto que, ao ser executado de forma eficiente, obtém-se
resultados positivos, auxiliando fundamentalmente no processo decisório das
organizações.
Figueiredo e Caggiano (2008, p. 17) definem o processo de tomada de decisão
como “uma sequência lógica de etapas que expressam a racionalidade com a qual os
gestores buscam soluções práticas e ágeis para os problemas da empresa”.
Chiavenato (2000, p. 348), acrescenta que, tomada de decisão é o “processo
de análise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa
ou a empresa deverá seguir”.
Assim, se pode interpretar que, o tomador de decisão ao estar introduzido em
uma situação problema, procura alcançar objetivos, tem preferências pessoais e
segue estratégias para alcançar os resultados almejados.
47

Portanto o gestor, em posse das informações contábeis, age na sua gestão


com maior consciência, prevendo os possíveis resultados das medidas
administrativas desenvolvidas no processo de tomada de decisão.
Com as informações da contabilidade, o gestor passa a ter melhores condições
de avaliar o andamento e a realização de seus objetivos, considerando possíveis
situações que poderão intervir de forma negativa na organização, aumentado assim,
a possibilidade de seu sucesso.

2.3.5. Planejamento Fiscal e Tributário

Com o atual momento de crise que o mercado econômico e financeiro vem


sofrendo, os empresários devem antecipar-se ao máximo, de forma a minimizar os
possíveis riscos que sua atividade possa vir a sofrer.
Portanto, se torna necessário definir metas e prioridades, sabendo-se que
existe hoje, uma dificuldade muito grande para acompanhar as legislações, visto que,
o modelo econômico adotado pelo Brasil, possui incontáveis edições de leis, normas
e mudanças na legislação trabalhista, fiscal e tributária, obrigando as empresas e seus
contadores, a se atualizarem constantemente, de maneira que não sejam punidos por
falta de conhecimento, prazos e forma de apresentação de determinadas informações.
Planejamento Tributário é como uma técnica gerencial que visa projetar as
operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços,
visando conhecer as obrigações e os encargos fiscais inseridos em cada uma
das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e
instrumentos legítimos, adotar aquela que possibilita a anulação, redução ou
adiantamento do ônus fiscal (BORGES, 2002, p. 152).

As informações que podem ajudar as empresas a se organizarem e antecipar


os riscos, é o próprio planejamento fiscal e tributário, que por sua vez, só será eficaz
se for executado com ética, profissionalização, conhecimento, transparência e
praticidade em relação ao que se deve ser executado.
Diante do excesso de tributação que notoriamente é muito complexa no Brasil,
está sendo inviáveis algumas operações, pois existe um volume muito grande de
informações que acabam dificultando a rotina, ensejando as empresas a fazer uso
constante de profissionais qualificados como é o caso dos contadores, assessores,
consultores e até auditores.
48

Estes profissionais passaram a ser fundamentais para as empresas,


independentemente de seu tamanho, atividade, da sua forma de tributação, regime,
ou de seu segmento no mercado.
Um bom profissional tem o dever de definir qual o melhor caminho a ser seguido
pela empresa, qual a melhor estratégia, regime de tributação a ser utilizado, estar de
acordo com a legislação fiscal e trabalhista, mantendo a empresa sempre bem
estruturada e organizada, como parâmetro para se manter e crescer no mercado,
tornando-se cada vez mais competitiva.
Um dos benefícios mais importantes que a consultoria contábil traz a
credibilidade da empresa no mundo dos negócios, é fazer com que ela se mantenha
atualizada nos planos econômicos, financeiros, trabalhistas, fiscais e tributários.
Pode-se dizer que um dos maiores poderes concedidos pela sociedade ao
Estado é o poder de tributar, sendo que este, passa ser visto como um alcance ao
bem da coletividade, mesmo porque, na falta do Estado não haveria garantia nenhuma
de equilíbrio, visto que existiria a possibilidade de redução de consumo a e acumulo
de riqueza individual colocando a tributação assim, em um patamar de poderes tão
forte como os da manutenção da ordem interna.
Quanto aos tributos, os mesmos representam uma contribuição compulsória
onde o Estado aparece como responsável social para promover a igualdade entre as
pessoas sem o favorecimento de alguns em detrimento dos demais, cuja finalidade é
proporcionar a sociedade um maior número recursos para atender aos anseios da
população.
Assim sendo, por ser uma das áreas mais delicadas da empresa tanto quanto
a contabilidade empresarial e gerencial, a contabilidade fiscal tem como
responsabilidade, registrar os fatos do dia a dia, servindo de base para a apuração de
impostos, atendimento das exigências fiscais e o controle das receitas e despesas.
Para se evitar problemas futuros, o profissional encarregado por essas
apurações deve gerir um trabalho prático, preciso, ágil, transparente e continuo no
aprofundamento das mudanças nas legislações.
Com diferenciados setores da economia e portes de empresa, é importante o
enquadramento no melhor e mais satisfatório regime tributário, como por exemplo, o
Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, procurando orientar os gestores da
praticidade e coerência em se utilizar daquele que melhor convier para a organização.
49

Enfim, tratando-se de planejamento tributário, fiscal e trabalhista, pode-se


afirmar que a presença constante destes profissionais torna o serviço mais fluente,
com mais precisão e com mais vantagens em relação as demais empresas, tornando-
se uma ferramenta de apoio de grande relevância para o empresariado de forma geral,
cujo objetivo é proporcionar uma redução da carga fiscal e tributária, encontrando
alternativas legais menos onerosas para o contribuinte, cuja meta é atender aos
objetivos econômicos e financeiros da empresa.

2.3.6. As Hipóteses de Exclusão do Crédito Tributário

Exclusão de Crédito Tributário é a pressuposição que a Fazenda, impede de


providenciar o registro e, consequentemente, pleitear o tributo, sendo o mesmo,
reconhecido como isenção ou anistia (Art. 175 do CTN).
Em relação ao tributo ou multa, os mesmos não sendo pagos, independente de
saber-se da permissão legal, tais obrigações acessórias não são dispensadas do seu
cumprimento.
Para Machado (2005, p. 57):
A obrigação acessória é um compromisso a se cumprir como por exemplo, a
emissão de notas fiscais, a escrituração de livros e formulários oficiais,
demonstrativos financeiros, e outros que são criados com o objetivo de
facilitar o controle das operações empresariais, de modo que a fiscalização,
por parte do poder público, tenha conhecimento mais transparente dos fatos
contábeis.

A partir desta afirmativa, o intuito é, aumentar o controle das atividades


empresariais tendo, por via de consequências, maior arrecadação tributária.

2.3.6.1. Imunidade e Anistia – Distinções

A Constituição Federal – CF, impede o poder legislativo de desenvolver uma lei


que declare a mesma ocorrência jurídica como motivo causador, tratados da seguinte
forma:
 Imunidade: é o campo de incompetência tributária. Na imunidade, a incidência não
deve ser considerada pelo legislador, isto é, não se revela em lei, desta maneira
não ocorre consequentemente o fato gerador, sendo imunes aos impostos, os
templos de qualquer culto, partidos políticos, livros, os jornais (art.150 VI, da CF).
50

 Incidência: é a situação onde o tributo é devido, e o fator gerador incide pelo tributo
previsto em lei.
 Não incidência: é a situação fora dos limites previstos legalmente. Não há
ocorrência imponível. Desse modo não há responsabilidade tributária.

2.3.6.2. Isenção

A isenção é prevista em lei, excluindo a realização do pagamento, podendo ser


concedida de forma geral ou específica, flexibilizando prazos e condições para sua
liberação, ou até mesmo poderá ser revogada a qualquer momento, fora as hipóteses
que tiverem prazos e condições determinadas.
A isenção se dá ao inciso 1º da exclusão do crédito tributário onde exclui o
dever de efetuar o pagamento do tributo, ou seja, é uma forma de renúncia de receita
onde é dado por lei específica Art. 150, 6ª, CF, que no caso da isenção, será dado da
data da solicitação para frente.
Harada (2010, p. 525) diz que:
A isenção, só poderá ser concedida pelo poder público que tenha alçada para
estabelecer o imposto. A isenção pode ainda ser dividida em caráter geral ou
condicional. Na condicional só cabe a autoridade administrativa competente
efetivá-la mediante despacho, sendo que os requisitos legais têm que estar
de acordo com o Artigo 178 do CTN.

2.3.6.3. Anistia

Anistia significa a dispensa legal do delito / infrações / multas. Sucedido antes


de sua edição, quer dizer, a execução da anistia abrangerá os delitos praticados
antecipadamente da lei em vigor.
Lembrando que a anistia especificamente, só será permitida, após o
consentimento da infração e antes do registro da punição pecuniária, visto que ocorra
à composição do crédito somente será capaz de suceder por remissão (perdão).
É importante não confundir anistia com remissão do crédito. Remissão também
é perdão, contudo, de crédito tributário constituído, pois, não se emprega anistia em
atos definidos como crime e aqueles praticados em dolo, fraude pelo sujeito passivo.
Art.180, CTN.
A anistia, consegue ser permitida em decoro total como limitadamente os
delitos da legislação pertinente a um tributo estabelecido. O tributo continua existindo
51

e é obrigação pagar, entretanto, sucederá a exclusão da aplicação da punição


aplicável à escassez total ou parcial da arrecadação.
Todavia, a anistia conseguirá ser cancelada mediante verificação de sua
invalidez, sempre que evidenciado que o beneficiado não preencha as exigências e
nem cumprem os requisitos previstos na lei.
Enfim, a exclusão da exigibilidade do crédito tributário no caso de anistia e
isenção, se dá sempre em medida de lei, onde sendo anistia a exclusão da obrigação
de pagar a multa, onde a mesma só poderá entrar com recurso da multa que já foi
paga, ou seja, anistia é decorrente ao que se deu daquele ponto para trás.
Já a isenção, é a exclusão da obrigação de se pagar o tributo, onde ocorre o
fato gerador e perante isso, pode-se entrar com recurso para a não obrigação de seu
pagamento, ou seja, tudo que ocorrer antes do pagamento do tributo pode ser
revertido, mais após seu pagamento não poderá ser estornado o valor.

2.3.7. Produção, Custos e Produtividade

Os Custos indicam quais os investimentos que serão necessários para que o


produto fabricado possa gerar lucro satisfatório, e ajudar nas tomadas de decisões da
empresa.
Quando a matéria prima comprada entra em processo de produção, há uma
união dos outros gastos de fabricação, formando assim o valor de custo.
Sabe-se, que, para prestar um bom serviço ao cliente, as entidades devem
conhecer todos os fatores que afetam o custo e que criam valor para o cliente.
De acordo com Viceconti e Neves (2003, p. 12) “custos são todos os gastos
relacionados à produção de um bem, ou gerado por uma prestação de serviço”.
Para Falconi (1992, p.2) “um produto ou serviço de qualidade é aquele que
atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no
tempo certo às necessidades do cliente”.
Em relação a produtividade é um valor que se junta à "saúde" financeira da
organização aumentando sua competitividade. Para este fim, o sistema de
Informação, necessita criar e inovar os processos existentes, dando a eles a
possibilidade de melhorar a produtividade da empresa e, consequentemente, a
oferta de produtos e serviços com maior qualidade, preços acessíveis, um maior
52

número de produtos, como também, um suporte técnico a altura da própria


imagem da empresa.
53

3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO REALIZADO SOBRE OS CUSTOS DAS


ORGANIZAÇÕES

Planejar estrategicamente é realizar a definição de propósitos com intenção de


selecionar propostas e configurar sua consumação, acompanhando as situações
internas e externas da organização.
Estipular metas não significa agir de maneira técnica, mas sim, colocar em
pratica, ações com o intuito de efetivar os motivos estipulados, na intenção de chegar
ao sucesso almejado, ou seja, tudo está associado, onde praticar de maneira coerente
se possa cumprir os planos propostos.
Para Oliveira (1996, p. 46) “o planejamento estratégico possibilita os gestores
definirem o caminho a ser seguido pela organização para obter melhoria continua na
relação empresarial e em seu ambiente”.
A estratégia da organização é definida pela alta direção, cujo intento é elaborar
cursos de ações a serem seguidos levando em consideração o círculo no qual atua,
bem como todas as variáveis ambientais.
Assim, realizar e controlar custos, é pratica fundamental para se sobreviver no
atual mercado. Ser competitivo é saber inovar, portanto consumar o comando do
dispêndio é a ferramenta essencial.

3.1. O significado estratégico e o poder da informação

As empresas atualmente, encontram-se intrínsecas diante de um mercado


cada vez mais competitivo e instável.
A informação é indispensável como fonte de poder, tanto para quem detém
quanto para quem sabe elabora-la, porque ela amplia a rede de relacionamentos e
cria usuários dependentes, oferecendo respostas.
Na medida em que são disponibilizadas as informações desejadas,
naturalmente se estabelece um foco de respeito e poder, observando a função
principal do dado trabalhado - informação - é suprir necessidades do seu usuário
através da redução do grau de incerteza ou propiciando melhores condições de
negociação.
Dantas (2013) relata que em primeiro lugar quando se foca na diminuição dos
custos, deve-se compreender as muitas causas que influenciam de maneira relevante
54

a geração das perdas, sejam elas: procedimentos ineficazes, a omissão de dados,


estrutura inadequada, desperdício, má utilização das máquinas e das pessoas
envolvidas e até má qualidade dos insumos utilizados.
Portanto, deve-se tomar cuidado na captação e na execução das informações
para não haver falas que possam comprometer o desempenho traçado, como
também, facilitar o controle se o mesmo, for elaborado de maneira simples, prática e
objetiva.

3.2. A Importância das Informações para a Gestão Estratégica de Custos

Acredita-se que um adequado programa de gestão de custos, ofereça as


variáveis necessárias com intenção do tomador de decisão analise os aspectos gerais
dos ambientes, sejam eles interno ou externo, abordando inclusive dados influentes
em relação econômica financeira da entidade, é razão notável com finalidade de
assegurar a manutenção e a melhoria de um planejamento de gestão em busca da
excelência organizacional.
Padoveze (2005, p. 37) considera que:
Os sistemas integrados de gestão empresarial são sistemas cujo objetivo
fundamental, representa a consolidação e aglutinação das informações
necessárias para a gestão dos sistemas das empresas, de forma a
proporcionar informações precisas, ágeis e práticas para sua utilização.

Entretanto, para poder manter-se viva, é necessária uma firme e continua


política de inovação que lhes permita responder a demanda de forma adequada,
utilizando um programa de informação que permita de forma organizada a tomada de
decisão.
O gestor deverá ter informações suficientes, em quantidade, em qualidade e no
momento oportuno com a finalidade de tomar a decisão correta.
A contabilidade de custos é primordialmente um instrumento apropriado à
gestão, se constitui uma das fontes mais eficazes de informação, sempre evidente,
desde que se ajuste, dentro das técnicas mais modernas, a organização, pois, os
diferentes níveis do progresso financeiro dos países e sua estrutura social e política,
direciona a gestão com formas distintas de tratar os problemas e estabelecer
objetivos.
55

A existência de custos diferentes para diferentes objetivos, permite às


organizações, escolher o conceito mais adequado para cada situação específica e
ajustando ao negócio e ao modelo de lucro definido.
A contabilidade de custos, apesar do seu caráter interno, se aprofunda em
conhecer o custo benefício por centro de responsabilidade, por produto, segmento ou
linha de produto, por distribuidor/representante, por mercado, atuando em
consonância com a contabilidade financeira.

3.3. Custos: Histórico e Evolução

Até a Revolução Industrial no século XVIII só existia a contabilidade financeira,


sendo está bem estruturada para servir as empresas comerciais, que na época eram
a grande maioria, auxiliando na apuração do resultando de cada período bastando
apenas fazer o levantamento dos estoques em termos físicos e dos valores a receber
e a pagar.
O sistema de controle das empresas era bem simples e na maioria das vezes
era executado pelo próprio proprietário, sendo fácil o conhecimento e a verificação do
valor de compra e venda dos bens existentes.

Figura 6. Origens da Contabilidade de Custos

Fonte: Marion (2009).

Porém, com o surgimento de novas indústrias, houve a necessidade de um


maior controle, tornando a contabilidade mais complexa, surgindo à necessidade de
avaliar os produtos em processo, produtos acabados e matérias-primas.
56

Com o advento da Revolução industrial, não era mais possível saber com tanta
facilidade, uma atribuição ao valor dos estoques, dificultando na hora de avaliar
efetivamente o ganho na produção dos produtos.
Inicialmente, a contabilidade de custos procurou resolver os problemas de
mensuração monetária dos estoques e do resultado, porém com o crescimento das
empresas passou a ser uma forma de auxílio gerencial, fornecendo dados para o
controle e para as tomadas de decisões, tais como padrões, orçamentos e outras
formas de previsão.

3.4. A Classificação dos Custos

Tendo como finalidade definir o lucro, controle e auxilio nas decisões com maior
assertividade, a classificação de custos tem função determinante na solução de
problemas.
Bruni e Famá (2011, p. 29) dizem que: “dependendo do interesse e da
metodologia empregada, diferentes são as classificações empregadas na
contabilidade de custos”.
Nesse sentido, para alocação dos custos aos produtos específicos da produção
tendo como referência a própria contabilidade, ampliada em seguida pela
capitalização dos empreendimentos, inúmeras poderão ser as classificações
plausíveis para os custos acatando a diferentes critérios, atendendo as finalidades
certas em todos os produtos. São classificados como:
 Custos Diretos ou Primários: podem estar vinculados aos produtos produzidos a
aos serviços prestados diretamente. Assim, esses custos apresentam a
característica de serem alocados de maneira prática. Podem ser localizados na
área de produção sob a forma de depreciação de equipamentos quando este é
empregado para produzir um único produto, matérias-primas, mão de obra ligada
diretamente a produção e etc.
 Custos Indiretos: não podem ser apropriadas diretamente ao produto fabricado
ou serviços prestados, necessitando de aproximações, estimativas, ou seja,
critérios de rateio. Também poderão ser encontrados na produção, sob a forma de
energia elétrica, gastos com limpeza da fábrica, materiais indiretos, depreciação de
equipamentos quando for utilizado mais de um salário dos supervisores de equipes,
57

etc., como na área de comercialização sob a forma de brindes para os clientes,


despesas de viagens com divulgação, marketing, etc.
 Custos de Produção ou Industriais: são conhecidos como custos de agregação
ou conversão, que para o alcance do produto inclui os custos das matérias-primas,
componentes diretos, mão de obra e os outros custos indiretos de produção, sendo
utilizados normalmente como critério para valoração dos produtos existentes.

A classificação dos custos poderá ser também quanto ao comportamento em


diferentes níveis de produção, onde permite analisar os custos integrais e unitários
alterados em relação a distintos volumes fabricados, onde se classificam como:
 Custos Variáveis – sua importância integral altera-se inteiramente em função das
atividades da empresa, ou seja, mantém uma relação direta com a variação
proporcionalmente ao nível de fabricação e vendas. Assim, esses custos aumentam
ou diminuem em conformidade com a quantidade produzida. Portanto, se maior a
produção, maiores serão os custos variáveis. Como elucidação pode-se citar os
materiais diretos, mão de obra direta e energia elétrica. Todos variam numa relação
direta com as variações dos montantes de vendas.
 Custos Fixos - são todo e qualquer tipo de custo que, em determinada atividade,
não variam independente do volume produzido pela empresa mantendo-se
inalterados. Como ilustração, podem-se observar os honorários e salários da
administração da fábrica e o aluguel de um prédio. Ambos os custos não sofrem
alterações em função do nível de produção e vendas.

3.5. Os Elementos de Custos

Sabendo-se que existem diversos elementos que influenciam na concepção


dos custos de produção, serão destacados aqui apenas os fundamentos primordiais,
porém os mais utilizados e de fácil entendimento geral, assim determinado pelo CRC
- Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (1995, p, 55-57)
descritos a seguir:
 Materiais Diretos (MD): são os materiais principais e essenciais que facilmente
serão identificados como parte integrante do produto acabado, ou que está se
tornando fabricado, diferenciando-se dos demais materiais utilizados na operação
da empresa.
58

 Mão de obra Direta (MOD): são os salários e encargos sociais dos operários
ligados diretamente a conversão de matéria-prima em produto final, podendo ser
facilmente identificados e variavelmente com a quantidade produzida.
 Custos Indiretos de Fabricação (CIF): abrange os dispêndios pertinentes a
fabricação, porém, economicamente, não são identificados com os que estão sendo
produzido, ou seja, os demais gastos necessários, como manutenção da fábrica,
energia elétrica, serviços de terceiros e aluguéis.

Figura 7. Tipos de Custos

Fonte: Marion (2009).

3.6. Classificação dos Modelos e dos Sistemas de Custos na Contabilidade

Um dos fatores que auxiliam na decisão, é o sistema de custos, que se torna


de vital importância para fim estratégico e de competitividade com o objetivo de unir
informações para ajudar o gestor da empresa.
Conforme Pompermayer (1999, p. 23) “os sistemas de custos podem ser
definidos como meios onde às empresas apropriam-se de meios gerenciais para
coletar e sistematizar informações que serão uteis para a organização”.
Por exemplo, o modelo de fabricação conforme pedidos, podem ser
distinguidos, pois sua fabricação não tem uma sequência, não tem um modelo próprio,
entretanto, deve ser específico para cada um ou vários produtos.
O custo total, é considerado até o final da fabricação do produto, considerando,
a matéria prima, mão de obra, gastos gerais, e seu preço de venda.
Em relação ao sistema de produção continua, segue um padrão a sua
fabricação, é por dimensão, todos os produtos e seu processo de produção, onde,
59

uma esteira normalmente é utilizada, podendo se fazer a produção em grande escala,


pois, todos os produtos, seguem a mesma estrutura, tendo pouca variação e muita
similaridade.
Segundo Silva (2008, p. 23), a contabilidade de custos teve origem para suprir
a escassez das informações administrativas, com interesse nos controles de custos e
na busca de lucros.
A gestão do mesmo, é atribuída de acordo com terminologia própria, como
exemplo: gastos, despesas, custos, fixos e variáveis, direto, indireto, custos com
insumos, matéria prima, produção em andamento e produtos acabados.
O método escolhido afirma quais são os gastos que devem participar da
contagem para o custo do produto, tanto que Padoveze (2006b, p. 76) determina que
“ o método é o fundamento teórico de maior relevância para toda a gestão de custos,
tendo em vista que todos os processos de maior decisão devem servir como padrão
a luz da própria contabilidade de custos”.

3.7. Aplicação e Alocação dos Custos Diretos e Indiretos na Produção

O que difere o custo indireto e direto, é a forma de identificar gastos específicos


de custo, pois se tem, custos estáveis e variáveis que são caracterizados pela sua
flutuação juntamente com os volumes e, são essenciais para encontrar o preço final.
Para realizar as três funções principais, as empresas precisam de sistemas
de custeios, sendo eles os principais: calcular as despesas operacionais,
realizar avaliação de estoque para medir custos e fornecer ajuda aos
gerentes e demais membros operacionais (CREPALDI, 2006, p. 25).

Os custos indiretos não são vistos rapidamente, portanto, como não há um


produto explicito, se tem que encontrar métodos para o rateio e aloca-los
corretamente.
Neste caso não há como saber as quantidades e os valores gastos em cada
serviço, por exemplo, a energia quando se produz, a não ser que cada máquina e
cada ambiente tenha seu marcador, não há possibilidade fácil de se saber o quanto
foi gasto de energia enquanto se produz.
Podemos definir custos indiretos como sustentação as atividades,
apresentam características como: a quantidade direta a cada unidade, a
possibilidade de medição e identificação dos mesmos (BERTÓ e BEULKE,
2005 p.39).
60

Em relação ao custo direto, o mesmo, está ligado a um produto que pode


passar por uma contagem, direta na contagem da produção, porém, não é preciso
rateio visto que é de fácil contagem e é mais prático de ser alocado.
É dividido por recipiente, matéria prima, mão de obra direta, onde pode ser para
finalizar o produto ou prestação de serviço, entretanto, a mão de obra será substituída
por maquinas para obter mais agilidade e diminuir os gastos.
Ele pode ser alocado de uma vez só em cada produto vendido, ou, com uma
proporção preestabelecida e conhecida, exemplo: a produção de um suco já é
determinada a quantidade utilizada de matéria prima, sendo possível saber com
exatidão o preço do custo da mesma, devido principalmente ao tipo e tamanho do
recipiente utilizado na produção.
Leone (1981, p. 49) afirma que “os custos diretos podem ser todos aqueles que
podem ser identificados de modo lógico e econômico”.

3.8. Aspectos Legais, Fiscais e Técnicos

Ao se discutir os princípios e critérios de avaliação, costuma surgir dúvidas, tais


como: Quais custos devem integrar os produtos elaborados? Como avaliar os
estoques não vendidos? O que deve ser descarregado diretamente para o resultado
do período?
Para Hansen e Mowen, (2001, p. 144 e 145) “esses problemas podem ser vistos
de vários ângulos diferentes: do ponto de vista legal (Lei das Sociedades por Ações),
fiscal (regime tributário) e técnico (contábil) ”, onde são definidos como:
 Aspectos legais: A empresa que obedece a lei corretamente, não pode ignorar os
princípios, sendo um deles a legalidade. Este garante continuações diante do
código de penal, através dele todos está protegido diante da lei, não podendo sofrer
qualquer obrigatoriedade, que não esteja seguindo a lei, conforme previsto na
constituição brasileira de 1988, artigo 5° inciso II.
 Os aspectos fiscais são formados entre impostos de produtos industrializados - IPI,
Capitalização e Imposto de Renda. Estes devem ser avaliados, para alcançar uma
base diante do orçamento, pois sua influência e direta no resultado econômico e
financeiro que é esperado para preparação final.
 O serviço técnico está ligado à rotina de consultoria e assessoria ensaios onde a
normalização metrologia, qualidade documentação e informal. São necessários
61

analisar a entrada e saída do caixa, as entradas e saídas. Os prazos quando tem


que entregar e receber os documentos. Contudo organizar a parte funcional da
empresa.

3.9. A Importância da Contabilidade de Custos para a Formação do Preço de


Venda

A contabilização dos custos nas indústrias de pequeno, médio e grande porte


tem como objetivo básico a inclusão de um programa para analisar os gastos, separá-
los para contabilização dos valores e obter um relatório de informações com haveres
de fabricação.
As empresas estão cada vez mais competitivas, numa disputa acirrada para
manter seus clientes e conquistar outros tantos. Desta forma, são obrigadas a obter
mais conhecimentos e aperfeiçoa-los para ter um domínio melhor do seu negócio
visando o crescimento para obter um espaço maior no mercado.
Portanto, as indústrias, independentemente do ramo que ela atua, deve definir
com exatidão o custo do produto ou serviço finalizado, de forma a vende-lo com lucro,
porém de acordo com o mercado, visando à concorrência, como também, sua
diferenciação em relação aos produtos e serviços de seus concorrentes.
A formação de preço é básica utilizando a seguinte forma:

Figura 8. Formação do Preço de Venda

Fonte: Marion (2009).


62

Formula:
(+) Matéria Prima
(+) Mão de Obra Direta
(=) Margem de Contribuição
(+) Mão de Obra Indireta
(+) Despesas Gerais
(+) Impostos
(+) Depreciação
(=) Total do Custo
(+) Margem de Lucro
(=) Preço de Venda

A contagem dos custos é feita através de informações contábeis por meio do


custo direto e indireto, rateio, mão de obra, gastos gerais e outros.
Os custos são marcados por fatos relatados com base na escrituração contábil
tendo apoio de planilhas, rateio, controle que são informações para mostrar o custo
de venda das obras e também dos serviços.
Segundo Dantas e Ferreira (2008, p. 1) “as decisões na empresa devem ser
analisadas, conforme valores estabelecidos pelo mercado”.
Assim sendo, a especialização nesse campo é primordial para saúde da
empresa, visto que, a mesma seja qual for o seu porte terá vida longa se os valores
de venda ficarem acima de seus custos.
Portanto, é de grande relevância definir os valores dos serviços prestados ou
produtos, sabendo diminuir os custos mantendo a qualidade. Desta forma se torna
obrigação da contabilidade, estudar a melhor forma de estabelecer os custos, como
também, poder analisa-los.

3.10. Analises

O objetivo das análises, é oferecer um diagnóstico sobre a real situação


econômica e financeira das organizações, utilizando relatórios gerados pela
contabilidade, como também, outras informações necessárias, relacionando-as, com
as prioridades de seus usuários.
63

O produto auferido, é apresentado em forma de um relatório que inclui uma


análise da estrutura, composição do patrimônio e um conjunto de índices e
indicadores que são cuidadosamente estudados, tendo como objetivo, formar uma
conclusão coerente, prática, confiável e transparente por parte do analista.
Essas informações, estão voltadas para dentro e fora da empresa e não se
limitam apenas a cálculo de meros indicadores de desempenho.
Assim sendo, para que a análise possa espelhar a realidade de uma empresa,
se torna necessário que o profissional de contabilidade tenha certeza dos números
retratados em suas análises e que, efetivamente possam espelhar a real situação
líquida e patrimonial da empresa.

3.10.1. Análises Horizontais e Verticais

É importante ter uma análise na empresa, como as demonstrações contábeis,


que, com concordância da estrutura conceitual do próprio Comitê de Pronunciamentos
Contábeis - CPC (2008, p.7), tem como objetivo principal, passar informações sobre
a atual posição financeira e patrimonial, como também, em relação a seu desempenho
e suas mudanças, onde serão passadas a um grande grupo de pessoas possam
avaliar e tomar a melhor decisão a respeito.
Afirma também que as demonstrações, fazem parte de dados financeiros
passados pela empresa e devem ser analisadas a luz dos procedimentos geralmente
aceitos, tendo em vista a procura constante por seus resultados, e análise de seus
dados.
 Análise Horizontal: Padoveze (2012, p.152) diz que ela é utilizada para a
comparação de dois períodos, onde tem como objetivos mostrar as variações de
ocorreram de um para o outro, ou seja, representam as variações de aumento e de
diminuição e cada uma é entendida dentro de seu contexto.
 Análise Vertical: Perondi, (2007, p. 36) cita que se dá pela comparação de cada
conjunto pelo total do mesmo, onde é evidenciada a porcentagem e a relevância
que cada conta representa em relação aos subgrupos, esses em relação aos
grupos e os mesmos em relação ao total.
Com esse tipo de análise pode-se observar se a empresa está com liquidez, ou
não, como também, se ela a curto prazo tem condições de arcar com seus
compromissos, sem que haja necessidade de buscar recursos com terceiros.
64

Concluindo este raciocínio, Matarazzo (2008, p. 24) afirma que:


Ultimamente teve um grande aumento da utilização das análises horizontal e
vertical pelas empresas como método de análise e verificação de sua atual
condição como empresa. Onde na análise vertical é dividida uma grandeza
por outra de mesmo período, para servir de comparação, já a horizontal a
comparação se dá de períodos diferentes.

3.10.2. Ciclos da Empresa

São utilizados para mensurar o tempo em que as atividades da empresa são


desenvolvidas. Ele é de fundamental importância no controle contábil, gerencial e na
gestão dos negócios, pois refletem a cultura, visão, objetivos e metas organizacionais
da mesma, dentro do seu segmento e ramo de negócios.
O que se pretende em analisar os ciclos, é descrever e discutir sobre valores
expressos, sejam eles em relação a toda a operacionalidade, como também, ao
comercial e financeiro, pois, dependem dos processos de compra, produção, estoque,
capacidade de vendas, pagamentos e recebimentos de clientes.

Figura 9. Ciclos da Empresa

Fonte: Marion (2009).

 Ciclo Operacional: Segundo Padoveze (2010, p.191) ele representa uma análise
de suma importância dentro da empresa, pois nele, se encontram todas as ações
necessárias e em execução para o bom funcionamento de suas atividades, ou seja,
ele demonstra o controle, planejamento e execução de cada área e de cada função,
iniciando-se pelas compras, produção, estoque, vendas, pagamentos e
recebimentos.
65

 Ciclo Econômico, ou Comercial: representa exclusivamente as operações


econômicas, ou seja, compra, produção, estoque e venda, cujo intuito é demonstrar
o tempo entre a produção e a venda, de forma a se obter lucros e arrecadação de
valores.
Para Assaf Neto e Silva (2002, p. 32) o ciclo econômico é considerado como o
processo onde ocorrem somente as atividades econômicas da empresa, sendo que
nesse momento, não são computados valores que refletem recebimentos e
pagamentos no caixa.
 Ciclo Financeiro: É voltado as movimentações de caixa, correspondente ao
período das despesas de caixa até o recebimento da venda dos produtos ou
serviços.
O ciclo financeiro pode ser tratado como ciclo de caixa, ou conforme Vieira
(2005, p. 54) ciclo de conversão, onde é analisado o tempo entre as saídas
operacionais de caixa e o retorno financeiro das vendas dos produtos, ele é utilizado
para uma avaliação a respeito do período em que ficam comprometidos os recursos
financeiros dos investimentos em relação ao ativo circulante e o passivo circulante.

3.10.3. Mark-up de Custeio

É um termo usado muito usado em economia, indicando o quanto do preço do


produto está acima do seu custo de produção e distribuição. Ou seja, ele significa a
diferença entre o custo de um bem ou serviço e seu preço de venda.
Seu cálculo, pode ser expresso como uma quantia fixada ou como um
percentual, sendo que o valor definido, representa a quantia efetivamente cobrada
sobre o produto a fim de obter o preço de venda.
Ele é adicionado ao custo total do produto ou serviço, de forma que o mesmo,
possa gerar lucro, sendo estabelecido através da soma dos custos fixos e variáveis e
despesas fixas e variáveis.
De acordo com Santos (2008), o mark-up, poderá demonstrar percentuais
diferentes, de acordo com os custos e despesas, são três formas de cálculos:
 Total: todos os custos de fabricação de um produto mais as despesas de vendas
e administrativas são incluídas no custo total.
A composição do custo total é obtida somando os custos e despesas fixas mais
os custo e despesas variáveis. O mark-up iguala-se ao lucro desejado.
66

 Produto: somente custos de fabricação de um produto são incluídas no custo. As


despesas de vendas e administrativas mais os lucros.

 Variável: somente custos fixos e despesas fixas mais os lucros são incluídos
no mark-up.
Os custos variáveis e despesas variáveis, estão incluídas no montante
do custo.

Santos (2008, p. 113) afirma ainda que: “quando esse processo é adotado pela
indústria, o cálculo é feito em função dos custos da produção, a margem fixa que
servirá para garantir os lucros e os demais gastos”.
Crepaldi (2009, p. 325) o define pelo “valor que é acrescentado ao custo de
um determinado produto, onde será determinado o preço final de venda”.
No entendimento de Santos (2008, p. 129):
O Mark-up tem por finalidade cobrir as seguintes contas: Impostos sobre as
vendas (geralmente ICMS, PIS e COFINS, IPI e ISS); Comissão sobre
vendas; impostos s/ vendas; Contribuições s/ vendas; taxas variáveis sobre
vendas; despesas administrativas fixas; Despesas de vendas fixas; Custos
diretos e indiretos de produção, como também a própria matéria prima,
obtendo-se assim, o lucro almejado.

3.10.4. Pontos de Equilíbrio

Segundo Padoveze (2004, p. 381) ponto de equilíbrio demonstra com que


quantidade de produção mínima a empresa deve trabalhar, bem como vender, onde
o lucro seja zero, ou seja, a receita obtida cobre todos os custos, porém, não dá lucro,
mas também, prejuízo. Essa técnica usada é para vendas a prazo, pois é um equilíbrio
entre a receita e os custos.
67

Portanto, o ponto de equilíbrio é um dado, cujo valor das despesas se iguala as


receitas em um determinado momento. Ele calcula a capacidade mínima que a
instituição tem que operar para não ter prejuízo, mesmo seu lucro sendo zero.

Figura 10. Ponto de Equilíbrio

Fonte: Stark (2007).

Para Martins (2003, p.15) o ponto de equilíbrio, é quando a produção chega a


um nível onde os custos se igualam as receitas, ou também, nascem da soma dos
custos totais em relação as receitas totais.
Ele mensura a capacidade mínima em que a instituição irá operar para não ter
prejuízo, mesmo sendo seu lucro zerado.
O ponto de equilíbrio objetiva indicar aos administradores de uma
determinada empresa, por exemplo, que produção mínima deverá ser
realizada para, pelo menos, empatar os custos com as receitas geradas da
exploração da atividade (FERREIRA, 2007, p. 171).

3.10.5. Margem de Contribuição

Seu conceito está ligado aos custos variáveis, sendo que por conta dos preços
dos produtos serem definidos pelo mercado, se torna mais difícil de altera-los, pois,
ao manter a qualidade dos mesmos, os custos variáveis devem ser contabilizados
proporcionalmente a sua necessidade de produção, sendo assim, em contrapartida
faz com que os empresários busquem diminuir os gastos e as despesas variáveis,
para aumentar o seu lucro.
68

Martins (2003, p. 128) afirma que, a margem de contribuição é a diminuição


entre os preços de venda, despesas e gastos variáveis de cada elemento de venda,
ou seja, é o efetivo valor que o produto traz a empresa, valor esse, correspondente ao
total da receita e o custo que ocorreu para fabricá-lo.
A margem de contribuição é uma ferramenta gerencial utilizada pelo gestor
para analisar seu lucro e tornar suas decisões mais assertivas, tanto que, os gastos
fixos como são considerados imutáveis em um determinado período, mostra
efetivamente somente o desenvolvimento econômico e financeiro de cada produto.
A equação genética da margem de contribuição é:
MC= PV – (CV + DV), onde:
MC (margem de contribuição);
PV (preço de venda);
CV (custos variáveis);
DV (despesas variáveis).

Martins (2003, p. 133) afirma que a margem de contribuição tem como objetivo
“evidenciar rapidamente o potencial de cada produto, mostrando como cada um atua
na amortização de gastos fixos e depois como se torna em lucro propriamente dito”.
Ferreira (2007, p.170) acrescenta ainda que, “a viabilidade do produto é capaz
de ser analisada, onde o índice sendo positivo, a produção será viável, porém ele
sendo negativo ou nulo, não trará benefícios à empresa”, conforme figura 10, deste
item.

3.10.6. Margem de Lucro

Crepaldi (2009, p. 325) cita que a margem de lucro, representa:


Um método baseado no custo comumente empregado é o sistema de preços
com base no acréscimo de uma margem sobre o custo. Nesse tipo de
sistema, o custo por unidade de um produto é determinado e, depois, uma
porcentagem sobre o custo (margem) é acrescentada para se chegar ao
preço de venda. Embora simples e de fácil uso, este método ignora fatores
do mercado, como a sensibilidade dos consumidores ao preço e aos preços
da concorrência e de produtos substitutos.

A margem do lucro, é frequentemente empregada, em um sistema de preços


onde tem o acréscimo de uma porcentagem sobre o gasto. Neste tipo de sistema, o
custo por cada unidade é calculado e acrescentado para chegar ao preço da venda.
69

Ainda segundo Crepaldi (2009, p. 326) “a margem de lucro é a diferença do


preço da venda e do custo total por cada unidade, ou mesmo a margem de
contribuição, menos os custos fixos”.
A equação genética da margem de lucro é:
(+) Receita
(-) Custos Variáveis
(=) Margem de contribuição
(-) Custos Fixos
(=) Margem de Lucro

Ela transmite o tanto que a empreendimento gera de receita adicional aos


custos, de forma que se possa fazer cálculo das necessidades de distribuição de
resultados, para se capitalizar e cobrir as despesas. Tanto que, com a formação do
preço da unidade vendida, se torna fácil aplicar a margem desejada.
A seguir, no próximo capítulo, será discutido e demonstrado de forma prática,
um modelo e a aplicabilidade da consultoria contábil nos processos decisórios das
organizações, bem como, um estudo sobre o planejamento estratégico realizado
sobre os custos das mesmas.
70

4. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

A pesquisa teórica, foi desenvolvida a partir do método, bibliográfico,


documental, descritivo, e comparativo, com base em autores nacionais e
internacionais, em livros, dissertações, teses, artigos, publicações em congressos,
seminários e na própria internet, como também, nas informações que as empresas
em questão dispuseram para o estudo.
Quanto aos dados primários, os mesmos se darão em forma de quadros
comparativos, com questionários que possam contribuir como guia de pesquisa, cujas
perguntas e respostas, se tornarão essenciais para a análise de dados e tabelas, que
serão verificadas nos relatórios das organizações escolhidas como objetos de estudo.
Estes documentos, terão como finalidade, obter uma base sólida de
informações de modo que possam ser analisados e discutidos, trazendo, possíveis
melhorias e até mesmo sugestões para as empresas, evidenciando assim, o porquê
uma empresa pode ser diferente da outra em questão de rentabilidade,
sustentabilidade, organização estratégica, com outras empresas que trabalham no
mesmo segmento, fomentando a ideia da aplicabilidade da consultoria contábil nos
processos decisórios, como também, do planejamento estratégico realizado sobre os
custos das organizações.

4.1. Tipo de Pesquisa

A pesquisa será feita a partir de um case, onde serão analisadas duas


empresas de um mesmo segmento de atividade, discutindo os métodos de produção,
seus custos com matérias primas, mão de obra, sua forma de conduzir a produção,
seus objetivos almejados, estratégias, perspectivas em relação a lucro e, as
diferenças mais marcantes entre os processos utilizados pelas mesmas.

4.2. Coleta de Dados

A coleta de dados será feita através de sites, jornais, documentos


disponibilizados pelas empresas, dissertações de mestrados e teses, a respeito das
empresas em questão, bem como publicações realizadas pelas mesmas.
71

4.3. Tabulação

Para atender as exigências da pesquisa, os autores farão um protocolo, que


servirá como guia para análise do conteúdo a ser pesquisado, servindo de base para
o que deverá ser feito, levantado e analisado, questionário esse, descrito a seguir:

Quadro 1. Protocolo de Pesquisa


1 A empresa faz algum tipo de planejamento? Financeiro, de custeio, fiscal e
tributário?
( ) sim ou ( ) não
2 Há gastos excessivos, por falta de planejamento?
( ) sim ou ( ) não
3 A empresa faz planejamento sobre o que e quanto fabricar?
( ) sim ou ( ) não
4 A empresa possui algum sistema de custo?
( ) sim ou ( ) não
5 A empresa faz análise de pontos de equilíbrio, mark-up, ciclos operacionais e
margens de retorno sobre a produção?
( ) sim ou ( ) não
6 Qual a periodicidade da análise desse custo?
( ) diário ( ) semanal ( ) mensal
7 Qual a importância que a empresa dá a seus custos?
( ) pouca ( ) razoável ( ) muita
8 Há pesquisa de mercado para a compra de sua matéria prima?
( ) sim ou ( ) não
9 Qual o método utilizado para compor a mão de obra?
( ) direto ( ) indireto ( ) os dois
10 Os gastos gerais são rateados de forma sistemática ou por critérios próprios?
( ) sistemático ( ) próprio
11 Qual o tipo de custeio utilizado na formação do preço de venda?
( ) produção ABC ( ) produção em série ( ) por encomenda
12 Seu preço de venda é competitivo, ou trabalha com preço diferenciado em
relação a seus produtos?
( ) competitivo ( ) diferenciação no produto ( ) por questões específicas
13 Sua margem de lucro ultrapassa a de seus concorrentes?
( ) sim ou ( ) não
14 Sua margem de lucro pode ser diminuída, sem interferir na qualidade do
produto?
( ) sim ou ( ) não
15 Seus resultados são de fácil acesso para verificação?
( ) sim ou ( ) não
Fonte: próprios autores (2016).
72

5. RESULTADOS

Espera-se com esse trabalho, descrever e analisar os principais pontos


relativos aos sistemas de custeio das empresas utilizadas para a pesquisa, pois,
partindo-se do princípio de que o objetivo principal das mesmas, é o lucro, e para tanto
necessita de um eficiente e eficaz sistema de custos em todas as áreas da empresa,
encontra-se presente neste estudo, métodos e estratégias de custos para o aumento
da receita sem afetar o desempenho dos setores, como também da qualidade, cujo
intuito é fornecer dados relativos ao planejamento, controle financeiro e empresarial,
como também, descrever os principais métodos utilizados por elas.
Portanto, espera-se demonstrar a todos, como as empresas aumentaram seu
faturamento diminuindo os custos e as despesas, evitando o desperdício,
proporcionando assim, uma maior competitividade, ampliação do mercado e
estabilidade financeira, tendo em vista as informações e os métodos de gestão de
custos utilizados.

5.1. Resultados Alcançados

Busca-se a partir dessa analise em relação aos dados obtidos, resultados


positivos quanto aos fatores do ambiente interno e externo dessas empresas, como
também, os fatores que interagem com a competição do mercado, tendo como foco,
as demonstrações contábeis e financeiras relativas aos sistemas utilizados para o
custeio, localizando suas eficiências e deficiências, visando à redução dos custos,
cujo objetivo é assegurar que os resultados de sua administração, como também, de
suas produções, tenham consciência no que tange a quantidade fabricada, as
compras efetuadas para assegurar a reposição das matérias primas, os gastos com
mão de obras e gerais, de forma a executar suas atividades da melhor forma possível,
procurando aumentar sua competitividade junto a seus concorrentes.

5.2. Limitações

Certos das dificuldades em relação ao acesso as informações mais complexas,


porém essenciais para a conclusão do objetivo aqui proposto, acredita-se que as
limitações venham atrapalhar em parte, porém, não impedir que os autores, consigam
73

demonstrar e analisar os modelos de Sistema de Gestão e de custos utilizados por


elas, mesmo sabendo que, uma das maiores preocupações na busca dos resultados,
será na abordagem e acesso quanto aos tipos de tecnologia da informação utilizada,
pois, tais dados, muitas vezes, não são publicados, obrigando, os pesquisadores a
fazerem diversas visitas técnicas para a obtenção dos mesmos no âmbito gerencial
dessas empresas.

5.3. Propostas

Considerando a importância do assunto para a sociedade empresarial, a


proposta que aqui se propõe é, procurar em outros trabalhos, não apenas descrever
e analisar sistemas já implantados e utilizados, mas sim, participar mais ativamente
do próprio processo, obtendo com isso, um manancial de informações mais precisas
a respeito do sistema utilizado, possibilitando assim, contribuir para a implantação de
um modelo exclusivo de gestão de custos com base nas informações gerenciais,
contribuindo com relatórios econômico-financeiro, além de dados que possam atender
as necessidades da administração em vista da tomada de decisão, sendo fator
determinante na análise da saúde econômica da organização.
74

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A contabilidade é a engrenagem da sociedade, é ela quem faz que todas as


operações financeiras e econômicas sejam efetivamente mensuradas, servindo de
base para todo o processo decisório, sendo necessários dados precisos e confiáveis
com base em informações fidedignas que possam traduzir a realidade do fato em si,
para que a decisão correta seja tomada.
Muitas empresas têm trilhado caminhos tortuosos devida às más escolhas
administrativas na hora de expandir sua estrutura e seus processos, criando novos
produtos sem saber se os mesmos serão aceitos pelo mercado, aumentando à mão
de obra, formação errônea de preço, gastos administrativos e operacionais não
condizentes com a realidade, enfim, custos que não atendem e não são necessários
a viabilidade de recursos das empresas, influenciando basicamente em suas próprias
decisões.
Sendo assim, a contabilidade de custos, auxilia para que erros cometidos não
sejam cruciais, para não comprometer e nem aumentar o risco de mortalidade do
negócio.
O contador neste novo cenário, tem uma nova funcionalidade junto a gestão,
em muitos casos, o mesmo, assume inclusive, o papel de consultor, participando
efetivamente na própria estratégia e nos planejamentos criados e desenvolvidos,
tendo como objetivo, aumentar a competitividade, torna-la mais sustentável e mais
participativa.
O mundo se transformou, o individualismo se transformou em trabalho coletivo,
as organizações passaram a ser interdependentes, novas fronteiras foram abertas,
mercados conquistados, isto é a globalização, vindo mostrar a necessidade de
mudanças e reciclagens em relação a administração, nos sistemas utilizados, como
também, inovando-se com os novos conceitos a respeito da gestão e da própria
profissão contábil.
Novas tecnologias vêm surgindo e o contabilista precisa acompanhar, pois,
aquele profissional, apenas operacional, cumpridor de ordens, que não se atualiza,
vem sendo substituído, por outros mais qualificados e experientes, pois programas
avançados e bem estruturados, estão sendo colocados a sua disposição, permitindo
ao mesmo, um trabalho com maior qualidade, mais ágil, transparente, prático, preciso
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e com maiores informações, proporcionando a empresa rapidez nas informações,


como também, em seu processo decisório.
O novo profissional contábil assume este papel e, se liberta desse paradigma,
dessa barreira que colabora para o mal resultado de muitas empresas no cenário
econômico. O contador consultor vai além, levanta da cadeira e sai de sua sala, e
visita o chão de fábrica, conversa com empregados do setor, com engenheiros, com
gestores e diretores, e assim, identifica os reais problemas, pensa, analisa, reflete, e
emiti soluções viáveis através de orientações baseadas na realidade, ou seja, coloca
a mão na ferida aberta.
Essa atitude proativa impacta nos diversos setores das organizações, não
apenas no custo de produção, mas sim, no custo operacional e organizacional como
um todo, em particular no próprio custo tributário, onde o mesmo poderá prestar
consultoria e auxiliar em uma elisão fiscal, diminuindo o impacto dos tributos, de
maneira lícita, aumentando a competitividade de empresa no mercado que ela está
implícita.
Um outro diferencial competitivo em relação à concorrência, é o próprio custo
financeiro, que busca viabilizar a captação de recursos monetários, livrando-se dos
altos juros das instituições financeiras e seus “custos efetivos totais”, através de
dados, transformados em informação, facilitando a captação de recursos mais baratos
no mercado, condizentes com a própria realidade da empresa, cujo interesse, é
administrar da melhor forma, o próprio capital de giro, como também, o seu ativo.
Pois, hoje o imobilizado das empresas, cresceram e aumentaram sua estrutura
física, mas também monetária, seja ela de imóveis ou máquinas, gerando ônus
pesadíssimos, sendo que, em muitos casos, a viabilidade da expansão foi mal
planejada, e não se considerou os custos fixos operacionais, tanto que, nem sempre
a melhor opção é comprar, dependendo do caso, o aluguel é viável, isso depende de
análise, e a contabilidade de custos com base em informações detalhadas de um bom
plano de contas, aliada com a percepção, experiência e conhecimento de um bom
contador consultor, ajudará bastante para se evitar tais erros.
Assim, tendo o objetivo certo nas decisões, a organização, poderá também agir
com afinco e precisão dentro de todos os departamentos, como por exemplo, o de
pessoal em relação à mão de obra, seja ela direta ou indireta, seguindo a legislação
trabalhista, e encontrando soluções para diminuir o impacto dos custos trabalhistas
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em relação à folha de pagamento, e encargos sociais dos benefícios legais, que de


fato é, um dos grandes pesos do custo administrativo e operacional das empresas.
Enfim, a contabilidade de custos, é tratada como um dos ramos essenciais para
as empresas, é a chave para seu crescimento, para seu desenvolvimento e para sua
competitividade, pois, se trabalhado e analisado de maneira consciente, prática e
objetiva, será de grande valia para os resultados almejados.
Portanto, cabe ao contador assumir este papel, e colaborar para o
desenvolvimento das mesmas em meio ao cenário atual de crise e dificuldades
financeiras, pois, com o tempo, a contabilidade de custos, se tornou uma ferramenta
de auxílio, de alavancagem, competitividade e expansão dos sistemas utilizados no
planejamento estratégico, proporcionando maior lucratividade, mais capacidade de
gestão, como também, maior poder de barganha, economia de escala e
competitividade, conseguindo com isso, uma maior participação da mesma junto ao
mercado, em seu segmento, como também, contribuindo efetivamente para o
desenvolvimento econômico e financeiro do próprio país.
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ANEXOS

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