Você está na página 1de 245

1

Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu


ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

SUGESTÕES DE ATIVIDADES
A VIDA SÓ É POSSÍVEL

REINVENTADA!

CECILIA MEIRELES

“ A arte constitui uma forma de linguagem e

comunicação. Essa comunicação se dá por meio

da arte de várias formas, as quais consistem

as poéticas da arte.”

CLEIRI TERESA FAQUINI clerfacchini@hotmail.com

FONE: 9919-7684

COORDENADORA DE ARTE

EQUIPE DE ENSINO

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


2

A arte rupestre está registrada em rochas e grutas em todo o Brasil. São mais de 780 sítios
arqueológicos, onde as pinturas rupestres deixaram o rastro dos primeiros "pintores" brasileiros
de que se tem notícia.
Em Minas Gerais, um dos sítios mais importantes é o
Vale do Peruaçu. Em paredões bem altos, os "pintores"
da Antiguidade fizeram seus desenhos a cerca de dez
metros do chão, provavelmente se encarapitando em
cima de árvores! As pinturas do Peruaçu são de vários
estilos, e os pesquisadores calculam que tenham entre
2.000 e 10.000 anos.

Além de retratarem cenas de caça, os painéis de rocha também exibem desenhos geométricos
incríveis, com cores bem vivas.
Em Minas também ficam os penhascos de Lagoa Santa, outro lugar misterioso, cheio de
desenhos de animais, com cerca de 10.000 anos de idade, descobertos pelo biólogo dinamarquês
Peter Lund em 1834.

Parece que os " pintores" antigos de Lagoa Santa também usavam o lugar como cemitério, pois
junto aos desenhos também foram encontrados ossos

Uma das descobertas recentes mais impressionantes é a Caverna da Pedra Pintada, na cidade
de Monte Alegre, no Pará, descoberto em 1996 pela norte-americana Anna Roosevelt. A
pesquisadora encontrou indícios de uma civilização avançada na bacia amazônica.

As pinturas rupestres deixadas nos paredões e cavernas de Monte Alegre são em tons
avermelhados e chegam a ter 11.200 anos! Retratam plantas, animais, e até as cenas de um

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


3

parto! Os "retratistas paraenses" pareciam ter boas noções de biologia, e deixaram os


pesquisadores boquiabertos…
Esses desenhos ancestrais são atração também nos sítios de São
Raimundo Nonato e Serra da Capivara, no Piauí, e Lajedo da
Soledade, em Apodi, no Rio Grande do Norte, onde se concentra
o maior número de pinturas rupestres por metro quadrado

Até o estado do Pará possui pinturas rupestres! Aliás, em 1996


uma pesquisadora norte-americana descobriu uma coisa incrível

POR QUE ENSINAR ARTE?

Concepção da Arte
Faz – se necessário uma concepção que contribua para a emancipação intelectual e
a compreensão da produção artística presente no cotidiano do aluno.

O Ensino da Arte é recente na sua sistematização, no entanto, seu objetivo de estudo


reporta –se os primórdios da civilização.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


4

Assim, Arte é produto da criação humana, resultado do trabalho/ação do homem sobre


a natureza, é eminentemente social – nasce na e para a sociedade – manifesta
posições estéticas, éticas e políticas de uma determinada época, portanto, nunca é
neutra.”

A construção da sensibilidade estética, por meio da criação – produção e de fruição


artística, possibilitará aos educandos perceberem-se como construtores de uma
cultura e como seres capazes de dar significado ao mundo, exercendo suas
potencialidades perceptivas, imaginativas e reflexivas, tornando-se mais críticos em
relação ao meio que vivem.

A Arte une pensamento a uma forma de expressão, um significado a um significante.


Assim a apreciação, a reflexão e a criação artística permitem o desenvolvimento pleno
do ser, que identifica com o mundo humanizado.

Ao entrar em contato com a Arte, os indivíduos podem aprender uma nova visão de
mundo, experimentar situações inusitadas e ampliar sua compreensão acerca da
realidade circundante. E, é nessa particularidade que reside o caráter revolucionário
da Arte, assim entendida como agente na sociedade e não apenas como reflexo desta.

Consideramos que esta concepção de Arte articula as três dimensões artísticas, a


expressão, a produção e o conhecimento.

A articulação entre o fazer, o conhecer e o exprimir deve permear todo o ensino da


Arte que visa humanizar os sentidos, aguçar a percepção e suscitar reflexões nos
educandos.

A escola tem a função de contribuir para a formação estética dos educandos e


promover a socialização da Arte. Arte como prática social, que deve estar presente
nas relações sociais, que questiona, resiste e mostra o movimentos nas relações nas
quais está inserida.

Para tanto o trabalho em Arte requer intencionalidade e suporte teórico para superar
antigas concepções e práticas de caráter tradicionalista e espontaneísta – como a
reprodução de modelos, a prática da livre expressão e a instrução por meio de técnica-
e clareza quanto aos objetivos, conteúdos e procedimentos metodológicos.

Propiciar o desenvolvimento da sensbilidade estética, que é a capacidade de


perceber, refletir e recriar o mundo e as relações, bem como suas expressões,

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


5

compreendendo a Arte como produto da criação humana, resultado do trabalho/ação


do homem sobre a natureza.

PRESSUPOSTOS TEORICO – METODOLÓGICOS

Arte é uma área do conhecimento, ensino da arte, um processo teórico e prático,


criador e transformador, deve proporcionar ao educando contatos com o contexto
circundante, com suas vivências com o saber artístico acumulado e com as diferentes
culturas.

O encaminhamento metodológico que considera o educando como um sujeito criador,


reflexivo e transformador, visa contribuição para a atualização das práticas
pedagógicas já existentes, para ampliar conceitos e promover mudanças.

Como o ensino da Arte precisa de um processo sistemático de aprender a ver, a


investigar e a pensar criticamente, sugerimos uma metodologia que envolva as
experiências de observar, analisar, interpretar e criar – transformar.

A metodologia proposta é de fim de investigar a percepção e uma leitura mais recatada


da obra de Arte, é uma adaptação da metodologia “Image Watching” de Robert Ott se
mostra adequada, uma vez que compactua com as concepções citadas.

“Image Watching” é um método elaborado nos Estados Unidos, nos anos 80. No
Brasil, é divulgado especialmente por Ana Mae Barbosa (1997) e Christina Rizzi
(2000). Trabalhos da USP e no MAC/USP, Museu de Arte Contemporânea da USP e
no Museu Lasar Segall também carregam a sua influência.

Seguindo a Proposta Triangular da Arte-Educadora Ana Mãe Barbosa, são três os


eixos articuladores do processo de ensino aprendizagem em Arte:

Produção em arte: o fazer artístico; Fruição: apreciação significativa da arte e


do universo a ela relacionado; Reflexão: a arte é produto da história e da
multiplicidade das culturas humanas. A produção em arte é o próprio ato de
criar, construir e reproduzir. São momentos em que o aluno desenha, pinta,
esculpi, modela, recorta, cola, canta, toca um instrumento, compõe, atua, dança,
representa, constrói personagens, simboliza... A Fruição é a apreciação estética,
é o próprio ato de perceber, ler, analisar, interpretar, criticar, refletir sobre um

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


6

texto sonoro, pictórico, visual ou corporal. A Reflexão é quando existe a


contextualização do que está aprendendo, por exemplo, ao conhecer uma obra
de arte é de fundamental importância contextualizar o panorama social, político,
histórico cultural em que foi produzida. Como ela se insere no momento de sua
produção e como este momento se reflete nela. A reflexão sobre arte inclui
também o conhecimento específico de cada linguagem artística: seus
elementos, regras de composição, estilos, técnicas, materiais, instrumentos...

“Image Watching” é organizado em seis etapas, bem definidas e articuladas. Por


meio de perguntas, cabe ao mediador levar o fruidor à reflexão e conduzir a mediação,
obedecendo a sequência pré – estabelecida.

O processo se inicia com o aquecimento, que consiste em uma sensibilização frente


à obra, preparando uma atmosfera favorável à percepção da obra.

Cinco categorias da mediação de ROBERT OTT


propriamente dita são:

DESCREVENDO: que levanta questões sobre a percepção primeira e enumeração


do que está sendo visto.

ANALISANDO: é a etapa em que é feita uma análise do ponto de vista formal e


técnico da obra, ainda se refere ao que está sendo visto de fato na obra.

INTERPRETANDO: levanta-se informações mais subjetivas referentes ao que a obra


despertou no fruidor. Aqui entram as sensações, sentimentos significados.

FUNDAMENTANDO: o mediador trabalha com mediação de informações sobre a


obra, o artista, e a sua contextualização.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


7

REVELANDO: o fruído revela no fazer artístico o conhecimento por ele construído/


vivenciado no decorrer da experiência.

CROOGRAMA DE CONTEÚDOS

ATIVIDADES EM ARTES VISUAIS

Sugere – se utilização dos mais diversos gêneros da representação pictórica, ou seja,


o uso de imagens, de pinturas, desenhos, escultura, fotografia, material publicitário e
imagens virtuais sem a preocupação da sequência cronológica, esta escolha deve
explorar a diversidade do uso de elementos visuais e compositivos nas obras para
uma melhor percepção e reflexão dos educandos de acordo com o conteúdo a ser
trabalhado.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


8

Para refletir!

A Arte é importante na escola,


principalmente porque é importante fora
dela. Por ser um conhecimento construído
pelo homem através dos tempos, a Arte é
um patrimônio cultural da humanidade e
todo ser humano tem o direito ao acesso a
esse saber”.

(Martins e Picosque,1998 Poetizar, fruir e


Conhecer Arte)

ELEMENTOS BÁSICOS DAS LINGUAGENS VISUAL

Como as imagens são construídas? Como podemos formar imagens? Quais são os
elementos da linguagem visual? Se prestarmos atenção a um desenho, veremos que
nele há pontos, linhas e cores. As formas em artes visuais são constituídas por pontos,
linhas, formas, planos, cores, que chamamos de elementos da linguagem visual. Ao
combiná-los entre si, podemos criar imagens.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


9

 O é o início de tudo.

 É o elemento mais básico dos elementos formais e da geometria, através


do qual se originam todas as outras formas geométricas.

 É o lugar onde duas linhas se cruzam.

 É um sinal sem dimensões, deixado na superfície.

 É a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente


mínima (DONDIS, 1997).

 Pode ser uma referência ou um lugar no mundo.

ENCONTRAMOS O PONTO

Na noite, olhamos para o céu sem nuvens, podemos observar que o grande
espaço da abóbada celeste parece
salpicada de pontos luminosos: uns
pequenos, outros grandes, uns dispersos,
outros agrupados –são os astros, que se
encontram a milhares de quilômetros de
distância da Terra.

Também podemos encontrar o PONTO na


areia da praia, nas sardas do rosto de uma
pessoa.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


10

No estudo da arte o PONTO atua como FORMA e desenvolve – se numa


superfície limitada a que damos o nome de Campo Visual.

Campo Visual – Superfície limitada em que a

forma se desenvolvem.

Quando no campo visual não existem formas, dizemos


que é um campo vazio.

 É o lugar onde duas linhas se cruzam.

 Pode ser:
a) geométrico; b) gráfico; c) gráfico;

a) Ponto Geométrico:

Não apresenta medida de comprimento, largura e altura; colocamos ao seu lado uma
letra maiúscula.
O ponto geométrico serve:
 para marcar um lugar;

Ex.:
A

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


11

 Definir se uma reta tem começo em A, mas não tem fim;


Ex.:

A
Semi-reta

 Marcar o centro de uma circunferência;

Ex.:

a) Ponto Físico:

Tudo que é redondo e ocupa um lugar no espaço.


O universo está repleto de pontos físicos, na natureza também encontramos formas
que constituem ponto físico.

C) Ponto Gráfico:

É um elemento plástico que serve para caracterizar volume.


Sozinho, transmite sensação de unidade, mas, de vários tamanhos e juntos,
transmitem a sensação de movimento.
É o ponto que tem tamanho, cores podendo dar dimensões.
Podemos pensar na vista érea de uma praia, no agrupamento das pessoas, das
estrelas ou planetas no espaço.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


12

Ex.:
A- B- C- D-

A) Os pontos estão agrupados.


B) Os pontos estão dispersos.
C) Os pontos estão dispersos e agrupados.
D) Os pontos estão dispersos e agrupados em diferentes tamanhos.

História da Arte

Neoimpressionismo-Pontilhismo
A técnica do pontilhismo consiste em colocar pequenos pontos um ao lado do outro,
de tons puros (vermelho, azul, amarelo, verde, roxo e laranja), as cores do arco-íris.
O movimento pontilhista nasceu no século XIX, na França, em 1885, como Georges
Seurat- 1859-1891: em seus quadros não havia as pinceladas normais de um pintor,
suas pinceladas eram minúsculas, uma ao lado da outra. O quadro de Domingo na
Ilha de Grande Jatte-1884-1886, Instituto de Arte de Chicago, expressa a criação
máxima do pontilhismo.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


13

Uma tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte.

nome da obra: Uma tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte


ano: 1884-1886
técnica: óleo sobre a tela
estilo que pertence: impressionismo

Esta obra retrata um momento de lazer, onde as pessoas vão para o parque passar
várias horas em uma tarde de domingo. A maneira em que os personagens estão
vestidos é de acordo com o século XIX.
No lugar de pinceladas, o artista pintava em pequenos pontos uniformes, em cores
brilhantes, uns ao lado dos outros. Vistos de longe, os pontos pareciam sair do fundo
e sugeriam outras cores, também brilhantes.
Quando esta obra foi exibida, em 1866, em uma exposição de arte impressionista,
muitos pintores foram atraídos para o pontilhismo.
As áreas de luz e sombra foram feitas por pontinhos amarelos que dão a ideia da luz
do sol, e de pontinhos mais escuros que surge as sombras feitas pelas copas das
árvores e pelas sombrinhas das mulheres.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


14

 Considera-se como PONTO qualquer elemento que funcione como forte


centro de atração visual dentro de um esquema estrutural, seja numa
composição ou num objeto (FORTES, 2001).
 Portanto, o ponto é o elemento mais simples da linguagem visual. Quando
imaginamos um ponto, normalmente pensamos nele como um pequeno
círculo. No entanto, o ponto pode ter outras formas, como um quadrado ou
uma mancha. Então, o que é um ponto? É um elemento pequeno se
compararmos com o restante da imagem; é o menor de todos os elementos
da linguagem visual e, no entanto, com ele construímos imagens. Se o
ponto estivesse unido a outro, e este a outro, e assim sucessivamente, o
que viríamos seria uma linha. Um ponto isolado em uma obra chama muita
atenção de quem observa. Quando se desenha ou se pinta uma obra
usando muitos pontos, pode-se criar uma sensação de vibração.

FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO PONTO

O ponto pode ser representado graficamente de duas maneiras: pela interseção


de duas linhas ou por um simples toque na superfície com um instrumento
apropriado.

UTILIZAÇÃO DO PONTO NAS ARTES VISUAIS

Qualquer ponto tem grande poder de atração visual, quando juntos eles são capazes
de dirigir o olhar do espectador. Essa capacidade de conduzir o olhar é intensificada
pela maior proximidade dos pontos, ou seja, quanto mais próximos uns dos outros
estiverem os pontos, mais rápido será o movimento visual.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


15

Os pontos, enquanto elementos visuais, podem ser observados facilmente


na natureza e no mundo construído.

Em grande número e justapostos os pontos criam a ilusão de tom ou de cor.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


16

Observe:

Georges Seurat

Biografia de Georges Seurat

Nascido num meio burguês; seu pai, um funcionário público, era um homem solitário
e esta característica seria herdada por Seurat. Em 1877, ingressou na Escola Superior
de Belas-Artes de Paris, onde visitaria frequentemente o Museu do Louvre, desde
Jean-Auguste-Dominique Ingres e sofreria fortes influências de Rembrandt; Francisco
Goya e de Puvis de Chavannes. Seus estudos seriam interrompidos por um ano por
motivos de serviço militar na base de Brest - uma cidade do oeste francês—onde fez
numerosos esboços de barcos, de praias e do mar.

De volta a Paris, em 1880, Seurat se torna Mirrestro, inspirado pela obra de Michel
Eugène Chevreul: A lei do contraste simultâneo das cores.

A técnica do pontilhismo utilizada por Seurat deu origem ao neoimpressionismo e foi


extensivamente utilizada na arte do século XX. Pode-se dizer que a teoria pontilhista
foi precursora da televisão e da imagem digital.

Tal como Mondrian e Leonardo da Vinci, Seurat também recorreu à técnica da simetria
dinâmica usando retângulos de ouro nas suas pinturas.

Seurat morreu em Paris em 29 de março de 1891

A causa da morte de Seurat é incerta, e tem sido atribuída a uma forma de meningite,
pneumonia, angina infecciosa e / ou (mais provavelmente) difteria. Seu filho morreu

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


17

duas semanas depois da mesma doença. Seu último trabalho ambicioso, The Circus,
foi deixada inacabada

Pontilhismo, uma nova maneira de misturar as cores.

No fim do século XIX o desenvolvimento de teorias psicológicas e fisiológicas gerou


um certo tipo de conhecimento que começou a ser usado pelos pintores da época. Os
impressionistas já pregavam que para se alcançar diferentes tons, as cores não
precisariam ser misturadas, mas que poderiam ser colocadas lado a lado em
pequenas “porções” e nosso olho se responsabilizaria por misturar as cores e gerar

tons intermediários.
Para os pontilhistas, entre as cores complementares deveria existir sempre uma
relação exata, de modo que, a um tom de vermelho, correspondesse outro de verde,
e existisse entre ambos uma seção infinitesimal de suporte.
Nesse aspecto, afastavam-se dos impressionistas, que deliberadamente desleixavam
tal relação fixa.
A justaposição das cores complementares, segundo um esquema matemático,
emprestou ao pontilhismo um aspecto inconfundível, que os inimigos da tendência
logo alcunharam de «pintura de confete».

O mestre do pontilhismo – Georges Seurat

Georges Seurat é considerado aquele que iniciou o movimento Pontilhista, em que o


uso de cores não sobrepostas iniciado pelos impressionistas foi aprofundado. Em
seus quadros, Seurat usava pequenas pinceladas de forma sistemática, distribuindo-
as com perfeição na tela de forma que o observador visse uma tela com inúmeras e
sutis transições entre os tons.
Seurat foi o mais notável dos pintores pontilhistas. Suas telas Um domingo de verão
na Grande Jatte, (1884-1886; Instituto de Arte de Chicago), O desfile do circo (1887)
e a inacabada obra-prima O circo (1890-1891) são admitidas unanimemente como os
pontos culminantes do movimento.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


18

O pontilhismo revelou-se particularmente apto a reproduzir uma atmosfera vibrante,


de luz e calor. Foi também, de certo modo, uma das tendências que melhor
anunciaram a abstração de cor e forma a que chegaria, anos depois, a pintura
ocidental.
Seurat produziu muitos escritos teóricos e pintou paisagens, marinhas, cenas de Paris
e de outras cidades francesas por onde viajou.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


19

Principais artistas que exploraram a pintura pontilhista

No mundo
Os artistas que exploraram essa técnica em seus trabalhos foram: Georges Seurat,
Edgar Degas, Paul Signac, August Renoir e Vincent Van Gogh.

No Brasil

No Brasil, durante esse período o pontilhismo chamou a atenção de artistas


como Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Rodolfo Chambelland, Artur Timóteo
da Costa e Guttmann Bicho, entre outros. Podemos observar esse exemplo de
pintura na obra do artista Eliseu Visconti no painel central do Foyer do Teatro
Municipal do Rio de Janeiro.

A obra de Paul Signac, nos traz também o trabalho com a linha

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


20

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


21

ATIVIDADE:

Agora você irá produzir um trabalho utilizando pontos(pontilhismo) e linhas,


fazendo um desenho a seu gosto, usando lápis preto e depois preencha-os
usando pontinhos de canetinha hidrográfica. Mas preencha apenas a metade
com pontinhos, a outra metade preencherá com linhas.

Quanto maior o desenho, melhor para preenchê-lo.

Quanto mais próximo os pontinhos, mais bonito fica.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


22

Apresente aos alunos imagem da Internet sobre o Pontilhismo.

Atividades: Pontilhismo

 Apresente aos alunos as obras de Georges Seurat, escolha uma delas;


(sugestão) – “O passeio no rio Senna”.
 Escolhida a obra, faça a leitura formal da obra (linhas, formas, cores,
formas).
 No segundo momento faça a leitura e interpretação (O que vejo na obra?
O que está representando, o que me lembra? Qual a mensagem que
traz a obra)?
 Fale sobre o artista Georges Seurat, seu estilo, as cores usadas nas obras,
o tipo de pintura, o uso das linhas e das formas, e sobre a técnica do
pontilhismo.
 Faça uma roda de conversa onde cada criança mostrará sua criação e
contará o que aprendeu com o desenvolvimento da atividade, como foi o
processo de criação, quais os novos conteúdos aprendidos.
 Criar obras com diferentes materiais com lápis, tintas, recortes de papel,
EVA, confetes, entre outras.
 Trabalhar: leitura, interpretar, releitura, vida e obras George Seurat, pontos,
desenho, textura, composição, cores, formas, linhas.
 Material: cartolina branca ou caderno e canetinhas.
Conhecer a vida e as obras de Tarsila do Amaral.
SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU
23

 Escolhe uma das obras e desenhe sobre a cartolina ou caderno, com as


canetinhas hidrográficas preenchendo todo o desenho com pontinhos.

“O grande passeio no rio Senna”

Georges
Seura

 “Tarsila do Amaral” – pontilhismo com canetinhas hidrográficas

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


24

Linha, um ponto em movimento.


Pense em um ponto. Agora, ele começa a se deslocar atrás de você, como a sua
sombra, um rastro; este movimento é a linha.
A linha não é estática, elemento visual inquieto, mais palpável de se apresentar, aquilo
que ainda não existe a não ser na imaginação. Tem direção, vai para algum lugar e
faz algo definido.
É importante saber que as linhas, na Arte, representam a interpretação pessoal da
realidade, além de representações geométricas.

Linha é a trajetória definida pelo movimento de um ponto no espaço;

Linha é um conjunto de pontos que se sucedem uns aos outros, numa sequência
infinita;
Linha é o elemento visual que mostra direcionamentos, delimita e insinua formas,
cria texturas, carrega em si a ideia de movimento
O mundo em que vivemos nos oferece vários exemplos de linha:
A linha do horizonte, linha divisória entre estados, linha definida pela margem de um
rio, linha de contorno de objetos.
A linha é o contorno da forma.

A linha como forma visual está muito presente na nossa paisagem. As linhas de
contorno de uma folha é um exemplo de expressões da linha.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


25

A linha é uma marca contínua ou com aparência de contínua. Quando é traçada


com a ajuda de qualquer instrumento sobre uma superfície, chama-se linha gráfica
e é o sinal mais versátil, pois pode sugerir movimentos e ritmo, comunicar
sentimentos e sensações.
Os artistas plásticos exploram as possibilidades expressivas das linhas,
principalmente pela maneira como realizam o contorno das figuras, transmitindo
dinamismo, velocidade, ímpeto, harmonia, musicalidade, violência, agressividade,
medo, dor.

Desde os tempos pré-históricos que o homem tem observado a linha e se serviu


dela para transmitir as suas mensagens.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


26

As pinturas rupestres, as figuras gravadas na rocha, os gravados em utensílios de


cerâmica, comprovam a sua aplicação desde há muitos, muitos anos atrás.

Até mesmo você, usa nos teus trabalhos a linha, quando faz um desenho e até mesmo
na escrita (sucessão de traços e linhas).

Se você fizer um ponto com o bico do lápis sobre um papel e o deslocar obterá uma
linha.

Observe no meio ambiente e poderá descobrir linhas quer na natureza, quer em


realizações humanas.

A natureza da linha pode conferir-lhe aspectos diferentes:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


27

Exemplos de trabalhos com o Ponto e a Linha.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


28

A linha é obtida através de infinitos pontos... ou...é obtida através do rasto de


um ponto, quando se coloca um ponto em movimento, ele forma uma linha

KANDINSKY, Fuga, 1914. Suíça, Beyeler Foundation.

Esses elementos da linguagem visual também podem expressar sentimentos e


sensações.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


29

Piet Mondrian pintor holandês. Ele usou linhas retas negras, horizontais e
verticais para nos transmitir segurança, estabilidade, solidez.

“Composição em vermelho, azul e


amarelo” (1930)

Obras de artistas apresenta várias direções de linhas.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


30

Você sabia que O Grito foi


queimado em sinal de
protesto? Munch pintou
várias versões para a
mesma obra. O Grito tem
nada mais nada menos do
que 50 versões.

O Artista:
Edvard Munch nasceu em 1863 e morreu em 1944. “Não devemos pintar interiores
com pessoas lendo e mulheres tricotando; devemos pintar pessoas que vivem,
respiram, sofrem e amam”. Dessa forma Munch retratava o ser humano, vendo-os por
dentro, representando seus sentimentos, propondo cenas de medo e angústia. Sofria
com crises nervosas e depressão, mas isso não o impediu de se tornar um artista
genial.

O que significa essa expressão, deformada pelo desespero, do personagem do


centro que parece levar o eco do grito a todos os cantos? O que ele pode estar
gritando? E você já gritou desesperadamente? Por quê? Sua expressão de alguma
forma se assemelhou à expressão do Grito de Munch? Gritamos apenas por
desespero ou existem outras situações que nos fazem gritar? Nessa obra de Munch
podemos quase tocar o medo com as nossas mãos ou senti-lo na própria pele. Nesse

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


31

quadro vemos uma das maiores representações do medo humano. Por isso, essa
imagem já foi utilizada em campanhas anti-aborto, em camisetas, anúncios e pôsteres
sempre com o intuito de despertar uma reflexão sobre o verdadeiro valor da vida.
Realmente, essa obra mexe com nossos sentimentos, mas, por quê? Primeiro somos
levados pelo movimento das linhas, das cores vibrantes e da deformação no rosto da
figura. Na verdade, o pintor passou para a tela uma sensação, uma paisagem interior,
expressa desta forma por Edward Munch:

“Léguas de fogo e sangue se estendiam pelo fiorde negro-azulado. Meus amigos


seguiram caminho enquanto eu me detive, apoiando-me num corrimão, tremendo de
medo – e senti o guincho enorme, infinito da natureza”. (...) Veja, 23 de fevereiro,1994,
p. 105. O Grito de Munch traduz o grito da natureza humana, um horizonte conturbado
por uma das maiores e mais antigas sensações humanas: o medo. Para Edvard
Munch, a arte não devia representar o mundo das aparências, e sim o mundo interior
das pessoas. A paisagem natural é substituída por uma paisagem interior que mais
parecia um turbilhão de emoções como podemos observar em sua obra “O Grito”.

EU E A VILA

Marc Chagal

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


32

O Farol. 1915. óleo s/ tela (46,5x61).

Col. Chateaubriand Bandeira de Mello, RJ

"Noite Estrelada" de Van Gogh

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


33

O Expressionismo das Linhas

Será que uma simples linha pode passar uma mensagem ou uma sensação? Mas, o
que é uma linha? Ou melhor, o que pode expressar uma linha? Analisando as linhas
podemos perceber que são carregadas de emoção e portadoras de sentido. Cada
artista pode estruturá-las e expressá-las, em uma obra, de modo diferente. É o caso
de Munch que, embora tão expressivo quanto Van Gogh, é muito diferente, pois cada
artista possui uma maneira própria de traçar essas linhas e usar as cores, tornando-
as únicas e marcantes em razão do estilo de cada um. “Vejamos a qualidade
expressiva das linhas de Van Gogh: os traços são curtos, ele usa pequenas “vírgulas”
e curvas, em breves momentos de espaço e tempo, justapostas numa repetição
enfática. As sequências, também repetidas, adensam-se rapidamente e param,
criando em nossa percepção o equivalente a obstáculos físicos a serem transpostos,
dramaticidades e tensões altamente emotivas”. (OSTROWER 1983, p. 32)

VINCENT VAN GOGH - VIDA E OBRAS - O EXPRESSIONISMO -

ATIVIDADES
O QUE É O EXPRESSIONISMO?

O EXPRESSIONISMO foi uma corrente artística concentrada na Alemanha,

entre 1905 e 1930. Os artistas expressionistas procuravam desenvolver formas

pictóricas que expressassem seus sentimentos íntimos, mais do que o mundo

exterior, a pintura expressionista é intensa, apaixonada e altamente pessoal,

baseado no conceito da tela do pintor como um veículo para manifestar emoções.

Cores violentas e irreais e pinceladas impetuosas faziam a pintura expressionista

vibrar de vitalidade. Não é de surpreender que van Gogh, com sua técnica frenética

de pintura e seu extraordinário emprego das cores, pinceladas curtas, linhas

curvas e cores intensa, tenha inspirado muitos pintores expressionistas.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


34

ATIVIDADE
Neste Quadro do Quarto de Van Gogh:

1. O Professor poderá pedir aos alunos que completem o desenho e o colorido da

imagem de acordo com o original (exercitando o desenho e colorido de observação).

2. Uma outra opção é pedir aos alunos que façam a releitura, ou seja, a recriação

da obra original de Van Gogh inserindo objetos, cores, acessórios... Deixando o

quarto com a identidade de cada aluno. Depois cada um irá escolher um novo título

para a sua composição visual.

OBRA ORIGINAL

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


35

Na obra Noite Estrelada:

1. O Professor poderá pedir aos alunos que completem o desenho, colorindo

com lápis de cor ou canetinha a imagem, de acordo com o original

(exercitando o colorido de observação)

Depois cada um irá escolher um novo título para a sua composição visual.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


36

OBRA ORIGINAL

Sugestão de leitura de imagem com a obra Noite Estrelada.

O professor poderá fazer uma sensibilização colocando um fundo musical e pedir

que eles apenas observem a imagem, depois podemos fazer algumas perguntas aos

alunos de forma oral.

Ou com os olhos fechados e uma música suave que tentem fazer os movimentos no

papel da mesma obra.

1. Descreva o que você vê na imagem.

2. Que cores predominam?

3. É uma imagem alegre ou triste. Justifique?

4. Ela dá a sensação de que está estática ou em movimento? Justifique.

5. Quais tipos de linhas existem?

6. É dia ou noite? Justifique.

7. O que ela representa? Justifique.

9. Que nome você daria a essa obra? Justifique.

10. Observando essa obra você acha que o artista tinha uma vida feliz ou triste?

Justifique.

11.Ainda observando essa obra você acha que o artista era calmo ou agitado?

Justifique.

12. Você acha uma obra bela ou feia? Justifique.

13. O Título da obra é: “Noite estrelada”; essa obra parece com uma noite

estrelada que estamos acostumados a ver ou não? O que existe de semelhante ou

diferente? Justifique.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


37

Nessa obra Os Girassóis de Van Gogh:

1. O Professor poderá pedir aos alunos que façam a releitura das obras através

de desenho, pintura com tinta, colagem ou massa de modelar (exercitando a

criatividade).

Depois cada um irá escolher um novo título para a sua composição visual.

OBRA ORIGINAL - Os Girassóis de Van Gogh

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


38

É importante que cada professor antes de aplicar as atividades práticas, faça

também aquilo que propõe aos alunos, assim poderá verificar pessoalmente o nível

de dificuldade de cada atividade e a sua própria criatividade, a viabilidade e as

adaptações que serão necessárias para cada série. O exemplo abaixo foi um teste

de atividade releitura. Pintura: Quarto de van Gogh.

Título: Meu quarto

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


39

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


40

Releituras das Obras "Noite Estrelada" e “O Quarto" de Vincent van Gogh -

Realizados por alunos no ano de 2007.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


41

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


42

VINCENT VAN GOGH. A Noite Estrelada, 1889.

Museu de Arte Moderna, Nova York.

Composição com linhas da Obra Noite Estrelada.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


43

JOAN MIRÓ (VIDA E OBRA) - O SURREALISMO

ATIVIDADES
Joan Miró (vida e obra)
Surrealismo
Arte moderna

Século xx
Origem: França (paris) em 1920.

Movimento artístico e literário

Principal teórico e padrinho do movimento: André Breton 1896-1966 (escritor

francês

e poeta).

Inspirado nas teorias psicanalítica de Sigmund Freud 1856-1939 – médico

neurologista

Austríaco, fundador da psicanálise

A psicanálise propõe a compreensão e análise do homem em seu inconsciente para

tratar

as neuroses e psicoses.

O inconsciente: processos mentais que se desenvolvem sem a ajuda do consciente.

Objetivo do surrealismo: “propõe expressar, seja verbalmente, seja por escrito, seja

de que maneiro for, o funcionamento real do pensamento. Inspiração do pensamento,

na

ausência de qualquer controle exercido pela razão, para além de qualquer preocupação

estética ou moral.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


44

Miró teve que ultrapassar sérios obstáculos, primeiro a hostilidade de seus pais e

depois a oposição de um mundo artístico envelhecido, encerrado nas torres de

marfim acadêmicas, que explodia contra os jovens que procuravam tomar outro

rumo e se libertar da obrigação de representar objetos identificáveis.

Miró quis exprimir algo de eterno e essencial e, para isso, procurou inspiração nas

raízes catalãs. Miró alcançou, por fim, o que já procurava em 1920 quando escrevia

“trabalho duramente, aproximo-me de uma arte de conceito, tomando a realidade

como ponto de partida, nunca como resultado”.

No início da segunda guerra mundial voltou à Espanha e pintou a célebres

“constelações”, que simboliza a evocação de todo o poder criativo dos elementos e

do cosmos para enfrentar as forças anônimas da corrupção política e social

causadora da miséria e da guerra.

Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da bienal de Veneza e, quatro anos mais

tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em paris ganhou o prêmio

internacional da fundação Guggenheim. Em 1963, o museu nacional de arte moderna

de paris realizou uma exposição de toda a sua obra. Joan Miró morreu em Palma

de Maiorca, Espanha, em 25 de dezembro de 1983.

No panorama da arte do século xx, Joan Miró (1893 – 1983) é um personagem de

biografia singular. Entre tantos artistas de rotina boêmia, Miró se destaca pela

simplicidade de seu caráter catalão. Ordem, respeito, equilíbrio, são traços que

marcaram um pintor de vida discreta, mas de força interior extraordinária.

Recriar um mundo onírico pessoal no qual fluem imagens distorcidas da realidade,

cheias de formas orgânicas e construções geométricas. Sobre fundos planos, com

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


45

diferentes signos gráficos e deformações fantásticas livres de qualquer

compromisso figurativo.

Trabalhar muitíssimo e viver a vida, fazer um passeio na montanha ou olhar

uma bela mulher, ler um livro, ouvir um concerto: que isso tudo alimente meu

espírito para que sua voz se torne mais forte. E, principalmente, queira deus

que não me falte santa inquietude! Graças a ela os homens avançaram.

Joan Miró.

Obras de Joan Miró e o ateliê do artista

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


46

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


47

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


48

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


49

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


50

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


51

http://www.sproad.com.br/index/exposicao-miro-caixa-cultural/

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


52

http://pt.wikipedia.org/wiki/Joan_Mir%C3%B3

ATIVIDADE:
Destaque as diferenças e semelhanças entre O Grito de Munch e a paisagem da obra
Noite Estrelada de Van Gogh. Na obra de Munch O Grito somos atraídos pela
personagem central que grita com as mãos no rosto. E na obra de Van Gogh? Qual
elemento central direciona nosso olhar? Quais relações podemos estabelecer entre
as linhas de ambas as obras?

Atividade:
Faça uma releitura da obra “O Farol” de Anita Malfatti e “Noite Estrelada”
de Van Gogh

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


53

Obras de Piet Mondrian e Pablo Picasso:

PIET MONDRIAN. Composição com Vermelho, PABLO PICASSO. Mulher


Amarelo, Azul e Piet Mondrian – 1872 -1944. Chorando, 1937.

Observe na obra Mulher Chorando as linhas da figura. Elas traduzem o desespero e


o sofrimento dessa mulher? Compare as linhas da obra de Picasso com as linhas da
obra de Mondrian. Elas traduzem diferentes significados? De que maneira cada artista
trabalhou com as linhas? Por quê? A linha pode dar ideia de: dinamicidade,
estabilidade, flexibilidade, rigidez, vitalidade, ordem, desordem, realismo,
religiosidade, irrealidade, tristeza, alegria, angústia, doçura, solidão. Observe a
obra de Picasso Mulher Chorando e verifique quais sensações são transmitidas na
composição de Mondrian em relação às expressões das linhas predominantes. Faça
esse exercício com outras obras, especificando, como foi sugerido, a expressividade
das linhas contidas nessas obras

VIDA E OBRA DE GUSTAVO ROSA

Gustavo Rosa nasceu em São Paulo em 20 de dezembro de 1946. Pintor, desenhista


e gravador ele brinca que mesmo antes de falar aprendeu a desenhar é considerado
um dos artistas mais criativos de sua geração.
Autodidata, sempre gostou muito do desenho e através dessa paixão foi em busca de
conhecimento artístico.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


54

Largou sua carreira de Publicitário, para dedicar-se exclusivamente à Arte e


pintura. Estudou arte com o norte americano Amer Rudy Pozzati. Lançou uma
grife em 1994 com seu nome, em New York, Estados Unidos.
Ele não segue nenhuma tendência e também não pertence a uma escola ou
movimento específico. Ele se destacou por sua originalidade e pela linguagem
própria. Gustavo Rosa é uma das figuras mais destacadas no campo das artes
visuais brasileiras. Suas obras são recheadas de críticas, porém, está crítica
não é maldosa, não é destruidora, não é negativa, embora trata-se de uma
autêntica crítica. Com um design singelo e pragmático ele cria suas figuras com
formas geométricas e personagens caricatos, tornando suas pinturas
expressivas e marcantes viva e com desenhos do cotidiano, agressivamente
recortados, impertinentemente simplificadas, irônicas e brincalhonas, produtos
de um humor gozador de todas as fraquezas humanas. Realizou a sua primeira
exposição individual na Galeria Alberto Bonfiglioli em 1970. Estudou gravura
em 1974 com o norte americano Rudy Pozzati no Museu de Arte Brasileira.
Depois disso, começou a fazer exposições pelo mundo todo, em museus
famosos e ganhou cada vez mais reconhecimento.
Gustavo Rosa diz se espantar com alguns costumes, paixões e amores
ridículos, então ao pintar cria seu próprio Mundo, com emoção e colorido.
Em 1998 passou a desenvolver capas para
cadernos para a Tilibra. Fez exposição da sua
obra em vários países.
Em 2005 inaugurou o “Estúdio Gustavo Rosa”
seu próprio espaço de trabalho e exibições no
Jardim Paulista em São Paulo.
Recebeu vários prêmios, expôs e participou de Cachorro-2010
eventos em cidades do Brasil e fora dele como
Nova York, Los Angeles, Massachusetts, Tel-Aviv, Lisboa, Berlim, Hamburgo,
Tóquio, Barcelona e Paris.
Sua obra é alegre e bem humorada, por isso Gustavo Rosa é constantemente
convidado por inúmeras empresas e instituições para, com sua arte, alavancar
produtos e projetos. Inaugura, em 2005, no Jardim Paulista, o Estúdio Gustavo
Rosa, onde passa expor suas obras. Em 29 de novembro de 2007, lançou o

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


55

livro Pintando um Mundo Melhor. Em 19 de maio de 2010, lançou seu segundo


livro, um livro de imagens intitulado Diferentes sim, e daí?
Tinha câncer no pâncreas e faleceu em 12 de novembro de 2013.

O palhaço - 2004

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


56

Mul
her com bicicleta – 2008

Selinho da Hebe - 2009

Capa do livro de Gustavo Rosa


Passarinho – 2009

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


57

A PROPOSTA É FAZER A RELEITURA DAS


OBRAS DE GUSTAVO ROSA COM
DIFERENTES MATERIAIS E TÉCNICAS,
POSSIBILITANDO AO PROFESSOR QUE
AS AULAS SEJAM RICAS E
DIVERSIFICADAS E QUE POSSAM
DESENVOLVER ATIVIDADES SIMPLE QUE
AGREGEM CONHECIMENTO AO ALUNO.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


58

Releitura – “Passarinho”

Material: tampa de caixa de sapato, ou bandeja de isopor tinta (várias cores),


ou colas coloridas, marcador permanente preto, palito de picolé.

Modo de fazer:
a) Faça o desenho do passarinho na tampa da caixa de sapato ou bandeja de
isopor, com seus próprios traços.
b) Pinte cada parte do pássaro de uma cor utilizando as tintas ou as colas
coloridas.
c) Com a ajuda de um palito de picolé, espalhe a cola colorida no restante da
tela.
d) Depois de seco, contorne as partes do pássaro com marcador permanente
preto.

Essa atividade também poderá ser feita com papeis coloridos ou revistas bem
coloridas. Cada uma das partes do passarinho poderá ser cortada de uma cor,
e depois vá colando as partes encima do desenho que foi feito.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


59

Releitura – Cachorro

Material: Papelão, cartolina ou lado de uma caixa, tinta guache, canetinhas,


pincel, palitos de picolé, cola e tesoura.

Modo de fazer:

a) Pinte a tela com guache (fundo).


b) Faça o desenho do cachorro, corpo e cabeça, no papelão. Recorte. Pinte
com guache. Dê acabamento com as canetinhas.
c) Pinte os palitos de sorvete (rabo e patas). Quebre os ao meio e cole por trás
do corpo do cachorro.

ASSISTA:
Releitura de Obras de Gustavo Rosa – Prof.ª. Vivian
www.youtube.com/watch?v=Bf3Sm5gil9s

Atividades sobre as Obras do artista Gustavo Rosa


www.youtube.com/watch?v=hWCJJ5fnqE

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


60

VICENT VAN GOGH FOI UM PINTOR


HOLANDÊS. ELE USAVA LINHAS E
PONTOS PARA CRIAR TEXTURAS.
SEUS DESENHOS SÃO RICOS EM
TEXTURAS QUE ELE FAZIA COM
PINCEL E BICO DE PENA.

BIOGRAFIA DO ARTISTA PLÁSTICO IVAN CRUZ

O artista Plástico Ivan Cruz nasceu em 1947 nos subúrbios do Rio de Janeiro, e
brincava pelas ruas de seu bairro como toda criança...

Apesar de amante da Arte, enveredou-se pelo caminho do Direito e se formou em


1970, mas nunca deixando de lado a pintura, o que mostrou frequentando a
Sociedade Brasileira de Belas Artes nos anos 60 e visitas constantes ao MAM e ao

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


61

Museu Nacional de Belas Artes. Em 1978 troca o sucesso financeiro do Rio pela
beleza natural de Cabo Frio: o sol, o mar e seus frutos contagiam seu espírito.

No ano de 1986 resolve abandonar a advocacia e se dedicar integralmente à


produção artística, e lembra que quando jovem, a primeira pintura que conheceu foi
de Portinari em sua fase geométrica. A sua preocupação foi sempre com a criação e
não com a cópia ou engajamento em alguma Escola já criada. Ingressa na Escola
Brasileira de Belas Artes (hoje EBA) da U.F.R.J., frequentando seus bancos
escolares pelo tempo que julgou necessário. Sempre acreditou ser o ecletismo a sua
unidade, querendo sempre criar e não copiar apenas.

Passou a fazer uma série de exposições em Cabo Frio e demais municípios da


Região dos Lagos, além do Rio de Janeiro, sempre com estilos diversos a cada
exposição, passando por temas abstratos e figurativos, das mais diversas variações
de sua expressão pessoal.

Em 1990, se preparando para uma exposição em Portugal, Ivan Cruz pintou


seus primeiros quadros com temas de sua infância, mais precisamente suas
Brincadeiras. O sucesso foi tão grande por aqui, que ele cancela sua
exposição em Portugal e expõe em várias cidades da Região dos Lagos e no
Rio de Janeiro.

Passou a retratar em suas telas: piões, crianças pulando corda, jogando bola-
de-gude, pulando amarelinha, soltando pipa, pulando carniça e muito mais...

De 1990 até hoje, Ivan Cruz pintou cerca de 600 quadros, retratando mais de
100 brincadeiras distintas, e chamou essa série de “Brincadeiras de Criança”,
que cresceu de tal forma sua expressão e repercussão que se transformou em
um projeto, pois passou a reunir em suas exposições não só os quadros, mas
os brinquedos retratados, oficinas de brincadeiras e confecção de brinquedos,
contadores de história, além de uma ambientação com músicas da época,
como cantigas de roda...Tudo nascido do sonho, da saudade e da vontade de
fazer com que todos voltassem a brincar e as crianças de hoje aprendam o
verdadeiro espírito dessa arte que está sendo deixada de lado hoje em dia.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


62

Ivan Cruz baseia seu trabalho na frase que criou: “A criança que não brinca não é
feliz, ao adulto que quando criança não brincou, falta-lhe um pedaço no coração”.

Sucesso total, o projeto vem crescendo com inúmeras exposições em várias


instituições e espaços culturais, sempre ganhando força e aplausos das mais
diversas camadas sociais e profissionais, por apresentar como importante
ferramenta para as áreas de Arte-educação, Pedagogia, Educação Física, Música,
Psicologia Infantil, Literatura entre outras, sempre servindo também como
disseminador das Artes Plásticas no público em geral.

Em 1999, a Telemar, reproduziu oito telas suas em cartões telefônicos, numa


produção de mais de um milhão de cartões na série “Brincadeiras de Criança”.

Ivan tem como objetivo divulgar o máximo possível esse seu resgate ao lúdico,
à imaginação, quer incentivar ao máximo o desenvolvimento real das nossas
crianças no feliz mundo das brincadeiras, fugindo dos custos e problemáticas
urbanas que esse público tanto sofre nos dias atuais, confinadas a
playground, ou à frente de computadores, TVs e videogames, desacostumadas
ao convívio coletivo e ao desenvolvimento motor proporcionado por tais jogos
infantis de outrora.

Hoje as imagens criadas por Ivan Cruz, podem ser vistas em camisetas, imãs de
geladeira, jogo da memória, gravuras e diversas aplicações destas, pois todos
devem ter acesso à Arte e ao tão rico tema. Compôs também uma música, que tem
letra do artista e música de Marcos Vinícius com esse tema.

Suas telas são de cores fortes e variadas de cerca de 1 metro por 1 metro (1 metro
quadrado) em técnica: Acrílico sobre tela, logo chamam a atenção da garotada que
se diverte, junto aos adultos que entram em um verdadeiro “túnel do tempo” ao rever
suas gostosas brincadeiras.

A “Brincadeira” já chegou até ao meio científico, onde seu filho Ivan Neto, que cursa
o último período de Engenharia na UFRJ, elaborou explicações físicas para as mais
diversas brincadeiras como: pião, balão, barquinho de papel.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


63

Em junho de 2001 Ivan Cruz entra no mundo das Esculturas, onde concluiu sua
primeira escultura em bronze “Pulando Amarelinha”, e até hoje fez cerca de 15
dessas brincadeiras
A Prefeitura de Arraial do Cabo adquiriu a escultura “pulando carniça”, em bronze
(tamanho natural), que foi instalada na praça Castelo Branco.

Tem esculturas e pinturas expostas na Galeria Errol Flynn, em Belo Horizonte. No


Rio de Janeiro: Funarte, Museu Nacional de Belas Artes e Museu da República são
alguns dos espaços onde podemos encontrar suas “crianças brincando”.

http://www.brincadeirasdecrianca.com.br/

Música - “Brincadeiras de Criança”


Interprete: Marcos Vinicius Santa Rosa
Compositor: Ivan Cruz

“Brincadeiras de Criança”

Esta noite eu tive um sonho...


Sonhei que brincava numa linda Praça
Um menininho, brincando, jogava botão,

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


64

Outro soltava pipa e mais outro, bolinha de sabão.


As menininhas brincavam de roda
- Terezinha de Jesus
E brincavam sem parar.
E quando acordei fui também logo brincar.

Amarelinha,
Atiradeira,
Bafo-bafo,
Bambolê.
Cambalhota,
Patinete,
Vem brincar que é pra valer !!

Toda cidade tem uma Praça


E toda Praça tem brincadeiras de criança
Ioiô
Jogo da velha,
Pião,
Peteca
E garrafão
E um monte de crianças, bagunçando de montão.
Quem nunca brincou de jogar bola de gude,
Quem não soltou balão em São João,
Não sabe na verdade a alegria de brincar,
Então vem prá cá,
Brincadeiras de Criança.

Pique esconde,
Perna de pau,
Cabra-cega,
Cadeirinha,
Finca,

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


65

Arapuca
Sai pra lá que a vez é minha!!!

E quem nunca brincou de jogar bola de gude,


Quem não soltou balão em São João,
Não sabe na verdade a alegria de brincar,
Então vem prá cá,
Brincadeiras de Criança.

Amarelinha,
Atiradeira,
Bafo-bafo,
Bambolê.
Cambalhota,
Patinete,
Vem brincar que é pra valer!

Essa música é uma sugestão para brincar e escrever!

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


66

BRINCADEIRA DE CRIANÇA

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


67

RELEITURAS DE IVAN CRUZ

Objetivo:

 Conhecer e apreciar os elementos que constitui as obras de Ivan


Cruz.
 Participar de atividades envolvendo a pesquisa para conhecermos
a vida e algumas obras de Ivan Cruz.

Linguagem Oral e Escrita

Formulação de questões orais:


Vocês já viram essa foto, sabem o nome desse pintor?
Vocês já ouviram falar sobre Ivan Cruz?
Sabem onde ele nasceu e morou? Que cidade conheceu?
Sabiam que quando ele era criança gostava de desenhar e pintar?
O que vocês acham que ele desenhava e pintava?
Mostrar algumas obras de Ivan Cruz e perguntar às crianças se
elas conseguem encontrar na pintura alguma figura que já conhecem, e
depois deixar que as crianças se expressem livremente.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


68

Conversa informal sobre o nome da obra de Ivan Cruz e a vida do artista


do artista plástico.

 Realização de lista das obras que as crianças apreciaram no vídeo,


ou na foto;
 Escrita espontânea das cores e formas e brincadeiras encontradas
nas obras apreciadas;

http://mrsaraujo-educao.blogspot.com.br/2014/07/pequenos-pintores-
releituras-de-ivan.html

https://www.youtube.com/watch?v=dTzZ-womdL8

Literatura

NÃO CONFUNDA – OBRA DE EVA FURNARI

NÃO CONFUNDA GORILA GIGANTE,


COM MOCHILA CHOCANTE.
NÃO CONFUNDA VELHOTA NARIGUDA,
COM GAIVOTA BIGODUDA.
NÃO CONFUNDA FEIOSO AMARELADO,
COM MEDROSO ESVERDEADO.
NÃO CONFUNDA PICOLÉ SALGADO,
COM JACARÉ MIMADO.
NÃO CONFUNDA PETECA VIOLENTA,
COM MELECA NOJENTA.
NÃO CONFUNDA CARECA BANGUELA,
COM CUECA AMARELA.
NÃO CONFUNDA CABELO CURTO,
COM CAMELO SURDO.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


69

NÃO CONFUNDA HIPOPÓTAMO ARRUMADO,


COM HELICÓPTERO ENFEITADO.
NÃO CONFUNDA O VIZINHO DO NICOLAU,
COM O PADRINHO JUVENAL.
NÃO CONFUNDA OVELHA ABELHUDA,
COM ABELHA ORELHUDA.
NÃO CONFUNDA CACHECOL DE BORBOLETA, COM CARACOL DE
MALETA.
NÃO CONFUNDA COCEIRA DE PORQUINHO,
COM BANHEIRA DE PATINHO.
NÃO CONFUNDA VACA EMPACOTADA, COM PACA AVACALHADA.
NÃO CONFUNDA QUEIJO E UMA MORDIDA,
COM BEIJOS DE DESPEDIDA.

Não Confunda – Eva Furnari

O trabalho com o paradidático “Não Confunda”, da autora Eva Furnari, tem


início com a brincadeira não confunda isso com aquilo.
A autora propõe várias confusões baseada na semelhança de sons das
palavras.
Os curtos e hilários textos vêm acompanhados de imagens que tornam ainda
mais acessíveis aos alunos.
Rapidamente a brincadeira é incorporada e pode ser estendida a outros
objetos.
Além de muita diversão, os textos ajudam o leitor iniciante a se conscientizar
de particularidades ortográficas e funcionam como um preparo para leituras
mais longas e complexas.
Com essa leitura pretendemos estimular um clima de curiosidade que
possibilita ao aluno, simultaneamente, criar hipóteses a partir das ilustrações
do livro e ter o desejo de conhecer a história pensada pela própria autora.
Ler adquire a conotação de não apenas decifrar o código, mas procurar um
sentido, questionar algo escrito, a partir de uma expectativa ligada à
necessidade e ao prazer.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


70

http://www.colegiouirapuru.com.br/index.php/projetos-fundi

Sugestão de música Não Confunda


Baseada no livro: Não confunda da Eva Furnari, a música é de autoria da Sheila
Assumpção com arranjo de Gerson Frutuoso.
Um divertido trava língua, onde dá para trabalhar a rima, a métrica, a dicção e
respiração.

Não Confunda - Canto, canção, cantoria - YouTube


www.youtube.com/watch?v=ieXT4AQTHpg

Letra: Eva Furnari Música: Sheila Assumpção Arranjo: Gerson Frutuoso.

Atividade

1- Trabalhando com rimas

O que significa RIMA: palavras que terminam com som igual ou muito
parecido.
Peça para os alunos algum exemplo de palavras que rimam para verificar se a
turma compreendeu o significado desse conceito.
Cole a folha em um papel e recorte as palavras.
Divida a sala em grupos, entregue o conjunto de palavras para cada grupo e
peça que as espalhem sobre a mesa, viradas para baixo.

Explique à turma as regras do jogo:

1. Joga um jogador de cada vez.


2. O jogador, em sua vez, vira duas palavras e as lê. Caso elas rimem, deverá
recolher as palavras e colocá-las em seu monte.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


71

3. Ao final do jogo, o aluno que tiver o monte com o maior número de cartas,
ganha.

Material:

2- Jogo do Barquinho:

Esse jogo é para ser feito oralmente, em roda com as crianças.


As crianças deverão falar palavras que rimam com a que você disser em seu
comando inicial.

Ex: Se você der o comando:


"Lá vai o barquinho cheio de limão", elas poderão falar:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


72

"Lá vai um barquinho cheio de mamão".


A cada palavra que os alunos disserem, você pode anotá-la no quadro e discutir
sobre a parte delas que rimam.
As crianças deverão priorizar o som das palavras e não o seu significado.
Esse procedimento auxilia os alunos a perceberem que é necessário
estabelecer relações entre as letras e os sons para a leitura das palavras.

3- Procurando palavras que rimam em revistas

As crianças deverão procurar em revistas ou jornais palavras que rimam.


Peça para que achem três palavras aleatórias nesses materiais e que as
coloquem em cada coluna da tabela
Ex: LADRÃO VERDE CARRO

Os alunos só poderão colocar nas colunas palavras que rimam com as que
acharam primeiro.

4- Nomes que rimam


Distribuir para as crianças fichas com os nomes dos alunos da turma e pedir
para que tentem formar grupos de nomes que rimam entre si.
Essa atividade pode ser realizada individualmente, em duplas ou em pequenos
grupos.

5- Ditados populares com rima:


Inicie a aula lendo algumas rimas presentes em alguns ditados populares.

■“Anzol sem isca, peixe não belisca”;


■“Bocado engolido, sabor perdido”;
■“Coisa bem começada é meio acabada”;
■“O dinheiro compra pão, mas não compra gratidão”;
■“Livros fechados, não fazem letrados”.

6- Levante com as crianças as seguintes questões:


■ “O que é rima”?

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


73

■“Existem nestes ditados palavras com o som parecido”?


■“Quais”?
■“Qual a semelhança sonora entre isca e belisca, ou pão e gratidão”?

8- Peça para que as crianças repitam as palavras rimadas oralmente;

9- Solicite que elas sugiram outras palavras rimadas;

VOCÊ TROCA? EVA FURNARI

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


74

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


75

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


76

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


77

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


78

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


79

http://reticenciasdalarissa.blogspot.com.br/2013/01/blog-post.html

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


80

Livro “Você troca”, da escritora Eva Furnari


Organize-os em roda, para ler o livro O aluno poderá produzir textos de forma lúdica,
conhecer o livro “Quem troca” da escritora Eva Furnari.

o Cartaz destacando as rimas contidas no livro


o Jornal e revistas com classificados
o Quadro com mural para colocar as produções dos alunos;

Explorar a capa do livro, o título, as ilustrações e o posicionamento das informações


sobre o escritor, ilustrador e editora são procedimentos muito enriquecedor para os
leitores. Perguntar: Quais são os itens que estão em todas as capas e todos os livros?
Você conhece outros livros dessa autora

Releia cada troca fazendo um levantamento das repetições. Uma sugestão é fazer na
lousa um quadro a ser completado no curso da leitura.

GATO CONTENTE PATO COM DENTE

CANGURU DE PIJAMA URUBU NA CAMA

LEÃO SEM DENTE DRAGÃO OBEDIENTE

Observe junto cada ilustração, o que elas e a moldura dizem. Na primeira troca (“o
gato contente” /” pato com dente”), observe juntos o que as ilustrações dizem e discuta
com os alunos.

Por que é que o gato está contente? O que é que ele está fazendo?

Parece estar sentindo? E o pato? Pato tem dente mesmo? O que as molduras
desenharam para o pato?

Pergunte-lhes: você trocaria um “leão sem dente” por “um dragão obediente”? Qual
deles vocês prefeririam como animal?

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


81

POEMA VIRTUAL

Na quietude das formas


A suavidade do branco em movimento

Dá asas à imaginação;

Linhas quebradas, curvas, retas, sinuosas...

“Arte, tecnologia e movimento”

O bailado dos traços dá origem

Ao contraste do preto com o branco.

Montanhas, árvores impetuosas, gaivotas solitárias,

Castelos longínquos, labirintos, caminhos sem


direção...

Emergindo das tintas vem o jogo das cores,

Crianças brincam e fazem amizade com bolhas de


cores de todas raças:

Primárias, secundárias, terciárias, complementares...

Ufa!! Não de cansaço, de deslumbramento!

É tão lindo que faz carinho em nossos olhos.

Prova-nos que a beleza da arte

É estonteante, bela e deliciosa de ser apreciada.

Efeitos sonoros entrelaçados a efeitos a efeitos visuais

Transformam-se numa chuva de cores, garatujas, veias, manchas e hachuras...

... Que só podem ser notadas

Quando a arte está na mente de quem a contempla!

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


82

Segundo ARNHEIM (1994) as linhas apresentam-se basicamente de 3 modos


diferentes nas artes visuais

Linhas objeto linha de contorno linha de hachuras

Hachuras: Riscos e tramas de linhas que criam efeitos de áreas mais claras

quando afastados e escuras quando são bem próximas.

Linhas dos objetos - visualizadas como objetos visuais independentes. A própria


linha é uma imagem.

Linhas dos contornos- obtidas quando envolvem uma área qualquer criando um
objeto visual.

Linhas de hachuradas – são formadas por grupo composto de linhas muito próximas
criando um padrão global simples, os quais se combinam para formar uma superfície
coerente. Hachurar é usar um grupo de linhas para sombrear ou insinuar texturas.
Quanto mais próximas as linhas, mais densa a hachura e mais escuras as sombras.
Quanto mais distantes as linhas, menos densa a hachura e menos escuras as
sombras. As linhas da hachura podem ter comprimentos e formas diferentes.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


83

Retrato do Carteiro Joseph Roulin

Gogh, Vincent van(1888)

No retrato de Joseph Roulin (1888), Vincent van Gogh utiliza uma pena com ponta -
para delinear o casaco, chapéu, e as características do carteiro Joseph Roulin. A
circularidade do chapéu é feita com uma série de linhas retas curtas dentro de um
único contorno forte, enquanto a topografia da face compreende numerosas linhas
tracejadas e linhas paralelas cruzadas e pontilhadas. Van Gogh energizava o fundo
da composição com linhas em ziguezague traçadas com uma caneta de pena, o que
poderia produzir pinceladas mais longas e raspadas.

VAN GOGH E SUAS HACHURAS

Van Gogh realizou muitos desenhos à bico de pena, com traços fluídos que exploram
a diferença de espessura da linha, fazendo hachuras variadas: verticais, horizontais,
ondulantes, pontos, traços curtos e paralelos.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


84

Sombreado com hachuras...

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


85

LINHAS

A linha, ou traço, pode ser definida como o


rastro que um ponto deixa ao se deslocar no
espaço, ou como uma sucessão de pontos,
muito juntos uns dos outros. Pode ser
grossa, fina, colorida, contínua, firme, fraca,
interrompida. Há muitos tipos de linha. Cada
uma sugere uma sensação diferente. Esses
tipos de linhas são padronizados no mundo inteiro!

Reta. A linha reta traçada de maneira firme, contínua, pode dar uma impressão
de rigidez e dureza.

Obra de Mario Fresco

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


86

Curva. A linha curva, traçada da mesma maneira, pode sugerir suavidade e


sinuosidade.

Vertical. Indica equilíbrio. Aparece em muitas obras de arte como expressão de


espiritualidade e elevação.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


87

Horizontal Indica repouso. Também pode se expressar quietude.

Inclinada Faz parecer que algo está prestes a se movimentar. Sugere instabilidade,
movimento.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


88

Quebrada. Indica movimento. Forma-se combinando-se linhas retas.

Alvorecer - Bete Brito


Ondulada. É um tipo de linha curva. Sugere movimento suave e rítmico.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


89

Espiral. Indica um movimento envolvente, que vai do centro para fora ou o contrário.
Também é um tipo de linha curva.

Na obra A Lua, de Tarsila do Amaral a artista usou poucas cores fortes,


como o verde e formas onduladas.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


90

Pôr do Sol -Bete Brito

ATIVIDADE

 Observem na sala de aula, ou em uma parte do pátio da escola e façam


através das hachuras um desenho de observação. Não esquecendo que
podem fazer os traços grossos, finos, mais separados, mais juntos,
representando outras texturas.

 Pintura com canetinhas coloridas hidrográficas, linhas, formas e


hachuras.

a) Faça algumas linhas com a canetinha hidrográfica preta.


b) Pinte os espaços, cada um de uma cor, Pinte riscando a canetinha
sobre o papel, preenchendo os espaços.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


91

Literatura de Cordel

História da Literatura de Cordel no Brasil e na Europa, sua utilização na pedagogia e


na propaganda, conheça os grandes cordelistas, artigos, cordéis, cultura popular
nordestina, xilogravura

Literatura de Cordel: folheto ilustrado com xilogravura

Rubem Grilo – xilogravuras

Rubem Grilo é um dos nomes mais importantes das artes visuais no Brasil. O
premiado artista participou de mais de 100 exposições coletivas no Brasil e no exterior,
entre elas, duas participações na Bienal Internacional de São Paulo, 1985 e 1998. Em
2000, participou do Pavilhão Hi – Life, na Feira Internacional de Hannover, Alemanha
e “Arte para crianças” - exposição que esteve nas cidades de Vitória, São Luís,
Brasília, São Paulo entre 2003 e 2004. Tem trabalhos publicados em revistas
especializadas como na Graphis e na Who’s Who in Art Graphic, ambas suíças; na
alemã Novum Gerbrauchsgrafik; na americana Print e na Idea, no Japão, entre outras.

Rubem Grilo realizou em torno de 50 exposições individuais nos quatro cantos do


Brasil. Entre outros prêmios ganhou o Prêmio Procultura de Estímulo às Artes Visuais
2010, Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça em 1990, o segundo prêmio da
Xylon Internacional, Suíça, em 2002, o Golfinho de Ouro do Conselho Estadual de
Cultura do Rio de Janeiro, entre outros. Assinou a curadoria de eventos igualmente
importantes, como da Mostra Rio Gravura que reuniu 70 exposições em 45 instituições
culturais da cidade do Rio de Janeiro, expondo 5000 gravuras e da exposição
Impressões - Panorama da Xilogravura Brasileira, no Santander Cultural em Porto
Alegre, em 2003.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


92

Lívio Abramo 1903 (Araraquara-SP) 1992 (Assunção-Paraguai).

Uma família de intelectuais

Lívio Abramo nasceu em Araraquara, no interior de São Paulo, em 1903. Filhos de


pais italianos, Lívio e seus irmãos e irmãs - Athos, Fúlvio, Beatriz, Lélia, Mário e
Cláudio - cresceram em um ambiente especial e tornaram-se artistas, jornalistas e
intelectuais, cujas contribuições foram importantes para o ambiente cultural brasileiro.

Segundo a atriz Lélia Abramo, em seu livro de memórias, o ambiente familiar


influenciou as opções de vida de cada um dos Abramo.

"Nada em meu pai e minha mãe era medíocre. Ambas sensíveis às artes,
carregavam toda a filharada para teatros, exposições de todos os gêneros, eventos
culturais, inaugurações oficiais, etc", escreveu.

Uma vida difícil

Mas a vida não foi fácil para Lívio, cuja ambição - "desde os tempos de ginásio -
era ser arquiteto".

"Motivos de ordem econômica impediram esse sonho, pois não pude terminar
meus estudos. E a grande crise econômica que começou em 1928-1929 e que
avassalou o mundo inteiro, varreu com as esperanças de milhões de jovens, entre
eles, eu também. Talvez tenha sido esse o motivo que, mais tarde, tenha influído
decisivamente em mim para que a arte da gravura me tivesse aparecido como uma
compensação para aquela minha grande frustração"

Lívio tornou-se artista por conta própria - autodidata, desenhava desde criança. Na
juventude, aventurou-se na confecção de sua primeira gravura retirando sulcos de um
pedaço de madeira com uma lâmina gilete.

Mas foi por volta dos 27 anos ao deparar-se com uma exposição de gravuras dos
expressionistas alemães, em São Paulo, e sentir a força de expressão das gravuras
de Kathe Kollwitz e demais artistas, que decidiu: "é isso que quero fazer".

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


93

"Em verdade, o gosto pela gravura começou a despontar em mim quando, ainda
estudante, em casa de meus pais, eu admirava as vinhetas gravadas em madeira que
ilustravam os poemas de um famoso poeta italiano, e de autoria de um gravador de
nome De Károlis.

"Esse foi o despertar de uma vocação - a exposição dos grandes gravadores


expressionistas alemães foi a revelação", escreveu o artista, que ficou conhecido por
sua maestria ao manipular o buril.

O reconhecimento

A preocupação com a justiça social,


O trotskismo é uma
acompanhou-o desde sempre, levou-o, doutrina marxista basead
ainda jovem, a militar no Partido a nos escritos do político
e revolucionário
Comunista, a interessar-se pelo ucraniano Leon Trótski.
Trotskismo e pelo socialismo. Nessa
época colaborava fazendo ilustrações para tabloides sindicalistas. Em 1932, foi
expulso do Partido Comunista, acusado de trotskismo.

O reconhecimento artístico chegou mais tarde, aos 47 anos de idade, quando suas
xilogravuras alcançaram um grau de depuração técnica e ao mesmo tempo uma
riqueza impressionante de detalhes, suas xilogravuras eram extremamente precisas
em todos os aspectos.

Por isso ganhou prêmios como o de Viagem ao Exterior do Salão Nacional de Belas
Artes, em 1950, com as 27 ilustrações para o livro "Os Sertões", de Euclides da
Cunha; e o 1º Prêmio de Gravura Nacional da 2ª Bienal de São Paulo, em 1953.
Algumas honrarias, como a ordem do Rio Branco.

Nos últimos anos, Lívio Abramo continuava sua atividade artística. Com certeza
foram poucos os brasileiros que viram os desenhos de suas últimas fases
"Homenagem aos Artistas da Pré-História", e "Os Frisos do Partenon". Essa última,
uma exceção, foi mostrada na Bienal de São Paulo no final de 1991. Essa série de
desenhos expressionistas

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


94

PÁSSAROS, Xilogravura

ITAPECERICA, Xilogravura

A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada


em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizadas
desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram
expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados
populares ou até mesmo nas ruas.

Chegada ao Brasil

A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos
poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar
este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil. Ainda são
vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


95

De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios
autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas,
Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico
de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da
região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas,
disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte
de personalidades

O poeta popular é o representante do povo, o repórter dos acontecimentos da


vida no Nordeste do Brasil. Não há limite na escolha dos temas para a criação de um
folheto. Pode narrar os feitos de Lampião, as "presepadas" de heróis como João Grilo
ou Canção de Fogo, uma história de amor, acontecimentos importantes de interesse
público.

Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em


praças com a presença do público.
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro
Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos.
Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego
Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia,
Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de
Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.

Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre


eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e
Guimarães Rosa.

Segundo Ariano Suassuna, um estudioso do assunto, a literatura popular em


versos do Nordeste brasileiro pode ser classificada nos seguintes ciclos: o heroico, o
maravilhoso, o religioso ou moral, o satírico e o histórico.

Atualmente, a literatura de cordel não tem um bom mercado no Brasil, como


acontecia na década de 50, quando foram impressos e vendidos dois milhões de
folhetos sobre a morte de Getúlio Vargas, num total de 60 títulos.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


96

Poética do cordel:

- Quadra: estrofe de quatro versos.


- Sextilha: estrofe de seis versos.
- Septilha: é a mais rara, pois é composta por sete versos.
Oitava: estrofe de oito versos.
- Quadrão: os três primeiros versos rimam entre si; o quarto com o oitavo, e o quinto,
o sexto e o sétimo também entre si.
- Décima: estrofe de dez versos.
- Martelo: estrofes formadas por decassílabos (comuns em desafios e versos
heroicos).

As Proezas de um namorado Mofino História de Zezinho e Mariquinha

(Leandro Gomes de Barros)

Semore adotei a doutrina


Ditada pelo rifão,
O pobre do sapateiro,
De ver-se a cara do homem
Com o seu viver pobrezinho,
Mas não ver-se o coração,
Além de ter muitos filhos
Entre a palavra e a obra
Tinha um pequenininho,
Há enorme distinção.
Que chamavam de José
E tratavam por Zezinho.
Zé-pitada era um rapaz
Esse era um bom menino
Que em tempos idos havia
Por obra da Providência,
Amava muito uma moça
Apesar de ser tão novo
O pai dela não queria…

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


97

Tinha rara inteligência,


Continua O seu pai se orgulhava
Por ver sua sapiência
http://cordeldobrasil.com.br/v1/as-
proezas-de-um-namorado-mofino/

João Grilo foi um cristão


Que nasceu antes do dia
Criou-se sem formosura
Mas tinha sabedoria
E morreu depois das horas
Pelas artes que fazia
.[...]

João Grilo chegou na corte


Cumprimentou o sultão
Disse: pronto, senhor rei
SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU
98

(deu-lhe um aperto de mão)


Com calma e maneira doce
O sultão admirou-se

(Continua)

http://cordelparaiba.blogspot.com.br/2011/02/literatura-de-cordel-as-proezas-
de-joao.html

PROPORÇÃO

Tirol (1914), de Franz Marc, Staatsgalerie Moderner Kunst, Munique.

“O expressionismo surge a partir de uma reação ao impressionismo. Ao


contrário dos impressionistas, que procuravam no espaço da tela
transmitir uma "impressão" do mundo à sua volta, os expressionistas
procuravam representar o seu próprio mundo interior, uma "expressão"
dos seus próprios sentimentos. A linha e a cor são usadas de forma
emotiva e carregadas de simbolismo.”

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


99

Forma Posição –
Primeira Missa no
Brasil

Posição – Tarsila do Amaral longe e perto, em cima, em baixo, central e


lateral

O Sol Poente

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


100

A Lua

Glauco Rodrigues – O tempo e o vento

Glauco Rodrigues A Revolução de 30


FORMAS GEOMETRICAS E ORGÂNICAS

FORMA: É derivada da organização imaginária que damos a um conjunto de


linhas dando um sentido de orientação espacial e de reconhecimento da
imagem representada. A mesma forma pode se apresentar diferente para
nossa observação de acordo com a referência visual da superfície em que ela
está.
Existem três formas básicas: o círculo, o quadrado e o triângulo equilátero,
cada qual com suas características e especificidades, exercendo no observador
diferentes efeitos visuais e impressão quanto aos seus significados. As formas
também podem se dividir em dois grupos:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


101

GEOMETRICAS: figuras ordenadas perfeitamente (formas básicas, polígonos)


não tão facilmente reconhecidos na natureza no seu estado mais puro.

Formas
básicas:

TRABALHANDO FORMAS

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


102

AS FORMAS GOMÉTRICAS

Era uma vez quatro formas geométricas que viviam alegres a brincar.
(Mostrar as formas e sair)

TRIÂNGULO: (apresentar a figura)

O triângulo é pontudinho

Gosta muito de cantar

Canta, canta bem altinho

Para todos encantar.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


103

QUADRADO: (apresentar)

O quadrado é quadradinho

Gosta muito de pular

Pula, pula bem baixinho

Pra ninguém se acordar.

RETÂNGULO: (apresentar)

O retângulo é compridinho

Gosta muito de dançar

Dança, dança bonitinho

Dança muito sem parar.

CÍRCULO: (apresentar)

O círculo é redondinho

Gosta muito de brincar

Brinca, brinca faceirinho

Para todos alegrar.

Certo dia as formas geométricas

Começaram a brigar

Cada uma queria ser

A mais importante daquele lugar. (barulho de briga)

De repente veio a casa

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


104

E mandou todos calar

Disse que todos eram importantes

E agora ia provar:

Olhem todos para mim

E parem de reclamar

Sou a casa, minha gente!

Tenho o teto triangular

As paredes são quadradas

A porta retangular

E as janelas, minha gente!

São Circular.

As formas todas começaram a se olhar,

Felizes começaram a cantar:

"Fui morar numa casinha-nha

Infestada-da de florzinha-nha

Saiu de lá, lá, lá

Uma princesinha-nha

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


105

Olhou pra mim,

Olhou pra mim e fez assim"

(joga beijo)

Autora: Débora Inês Schneider

Observação: Os personagens desta história são fáceis de confeccionar,


precisa quatro cores de EVA, desenhar as formas e recortar. A história
pode ser apresentada através de várias metodologias:

 Varal: Vai mostrando os personagens e montando um varal


com fio e grampos.
 Painel: Mostra os personagens e monta-os no quadro ou
num pano bonito.
 Maquete: Monta os personagens e cola palitinho de espeto,
faz a maquete com uma folha de isopor e conta a história
apresentando e anexando os personagens no isopor.

FORMAS GEOMETRICAS

Obras de arte dos pintores Alfredo Volpi e Piet Mondrian onde encontramos
formas geométricas presentes em alguns de seus trabalhos.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


106

AS BANDEIRINHAS DE VOLPI: CORES, FORMAS E TEXTURA

No Abstracionismo Geométrico, as formas e as cores devem ser


organizadas de maneira que a composição resultante seja apenas a expressão
de uma composição geométrica. Os principais iniciadores do Abstracionismo
geométrico são o russo Malevitch (1878-1935) e o holandês Piet Mondrian
(1872-1944), pintor holandês. Depois de haver participado da arte cubista,
continua simplificando suas formas até conseguir um resultado, baseado nas
proporções matemáticas ideais, entre as relações formais de um espaço
estudado. O artista utiliza, como elemento de base, uma superfície plana,
retangular e as três cores primárias com um pouco de preto e branco. Essas
superfícies coloridas são distribuídas e justapostas buscando uma arte pura.
Segundo Mondrian, cada coisa, seja uma casa, seja uma árvore ou uma
paisagem, possui uma essência que está por trás de sua aparência.
Ele procura, pesquisa e consegue um equilíbrio perfeito da composição,
despojado de todo excesso da cor, da linha ou da forma. Em 1940, Mondrian
foi para Nova York, onde realizou a última fase de sua obra: desapareceram as
SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU
107

barras negras e o quadro ficou dividido em múltiplos retângulos de cores vivas


É a série dos quadros boogie-woogie.

Suprematismo, é uma pintura com base nas formas geométricas planas, sem
qualquer preocupação de representação. Os elementos principais são: retângulo,
círculo, triângulo e a cruz. O manifesto do Suprematismo, assinado por Malevitch e
Maiakovski, poeta russo, foi um dos principais integrantes do movimento futurista em
seu país, defendia a supremacia da sensibilidade sobre o próprio objeto. Mais racional
que as obras abstratas de Kandisky e Paul Klee, reduz as formas, à pureza geométrica
do quadrado. Suas características são rígidas e se baseiam nas relações formais e
perceptivas entre a forma e a cor. Pesquisa os efeitos perceptivos do quadrado negro
sobre o campo branco, nas variações ambíguas de fundo e forma.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


108

GEOMÉTRICO l ÓLEO S/TELA


COLEÇÃO DE MILTON DE ZÉ DA LAJE/FATIMA

PAISAGEM ABSTRATA COM ÁRVORE

COLEÇÃO MILTON DE ZÉ DA LAGEM – SALVADOR- BA

COM QUADROS EM QUE FIGURAS GEOMÉTRICAS FLUTUAM


NUM ESPAÇO SEM PERSPECTIVA.
APRESENTE AS OBRAS PARA OS ALUNOS ESCOLHEREM,
DISPONIVEIS NA INTERNET.

Formar grupos para essa atividade, e depois escolham as obras para serem
trabalhadas, estabeleça um diálogo que permita aos alunos identificarem as formas

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


109

geométricas presentes nas obras e também de que maneira poderá ser realizada a
releitura? Quais materiais poderão ser usados? Descreva-os:
Ter em mãos os materiais a serem utilizados no decorrer dessa atividade como:
 Barbante
 Cola
 Régua
 Papeis
 Tintas
 Lápis de cor
 Giz de cera

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


110

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


111

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


112

LIVRO:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


113

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


114

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


115

SUGESTÃO: Trabalhar com os livros:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


116

Mandala e suas formas

A palavra " mandala” (palavra sânscrita) significa círculo, representação geométrica.


É símbolo de integração e harmonia. Durante muito tempo foi usada como expressão
artística e religiosa, através da arte indígena para rituais de cura.
Mandala é uma imagem circular composta por um padrão de formas que se repetem
simetricamente em torno de um ponto central. Uma mandala é muito mais que um
simples desenho. Elas são formadas por uma série de formas geométricas: círculos,
triângulos, quadrados e retângulos.
Os indígenas construíam suas mandalas com areia colorida e acreditavam que cada
cor possuía um significado, por isso, a mandala apresenta sempre grande profusão
de cores.
Vermelho: A cor do amor e da força
Azul: A cor da paz e da paciência
Amarelo: A cor do pensamento e da concentração
Verde: A cor da cura e da saúde
Lilás: A cor da bondade e da harmonia
Laranja: A cor da energia
Branco: A cor da purificação e equilíbrio, pois é a junção de todas as cores que
existem na natureza
Nas sociedades primitivas, o ciclo cósmico, que tinha a imagem de uma trajetória
circular (circunferência), era identificado como o ano. O simbolismo da santidade e

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


117

eternidade do templo aparece claramente na estrutura mandálica dos santuários de


todas as épocas e civilizações.

Na arte podemos ver as mandalas retratadas de várias formas, nas abobadas das
grandes catedrais europeias, nos vitrais de Chartres, nas auréolas dos santos, em
pratos e porcelanas chinesas e gregas, na arte indígena e rupestre. Atualmente muitos
artistas pintam e desenham lindas mandalas decorativas para comporem ambientes,
o objetivo é somente decorativo, não espiritual.

Também a astrologia utiliza a forma mandálica para diagramar o zodíaco. O diagrama


astrológico contém doze setores de 30 graus cada um, onde estão colocados os
signos do zodíaco e que correspondem às doze constelações de estrelas fixas, as
quais conservam até hoje o mesmo nome que na Antiguidade: Áries, Touro, Gêmeos,
Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário, e terminando
a Mandala Astrológica por Peixes.

Um exemplo bem típico brasileiro de mandala, a partir da arquitetura, é a planta


superior da Catedral de Brasília.

Catedral de Brasília – Forma mandálica

Atividades:

Confeccionar mandalas utilizando diferentes bases e os mais diferentes materiais.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


118

Proporcionar às crianças o conhecimento das mandalas desde a pré história


(utilização espiritual) até os nossos dias (utilização espiritual ou decorativa).
Trabalhar com simetria, cores e texturas sobre bases circulares.

Modo de fazer
a) Corte um círculo de cartolina, ou algum outro papel firme, do tamanho que será sua
mandala e pinte da cor que você preferir.
b) Dobre a cartolina ao meio, novamente ao meio e mais uma vez ao meio.
c) Risque nas laterais formas circulares ou retas e recorte.
d) Ao abrir você terá uma “toalha vazada”. Coloque-a sobre a base do papel que você
pintou.
e) Pinte preenchendo com lápis tinta ou cola colorida, todas as formas vazadas.
f) Retire a cartolina. Espere secar.
g) Decore com cola prateada. Cole lantejoulas, pérolas.
h) A decoração da sua mandala fica a seu critério.

Com cola prateada e dourada decore sua mandala.

Mandala – CD com cola

Material: CD, cola, papel, tesoura e lápis.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


119

Modo de fazer:
a) Risque no papel ou na cartolina um círculo do tamanho do CD. Recorte.
b) Faça desenhos simétricos para formar a mandala.
c) Transfira com lápis para o CD.
d) Com a cola vá fazendo as formas, os círculos até que a mandala esteja pronta.
e) Complete com pérolas, lantejoulas, ou com o material que você tiver.

Mandala em prato prateado

Material: Prato plástico prateado e cola.

Modo de fazer:
a) Recorte um círculo em papel do mesmo tamanho do prato.
b) Faça um esboço de uma mandala. Pinte.
c) Com cola faça a mandala sobre o prato plástico prateado.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


120

Beatriz Milhazes (Rio de Janeiro, 1960) é uma pintora, gravadora, ilustradora e


professora. Frequentou cursos de arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e
em várias universidades dos Estados Unidos da América. Vem destacando-se em
exposições no exterior, sua obra é caracterizada pela utilização de cores e formas
geométricas.

Milhazes concluiu a sua graduação em Comunicação Social na Faculdade Hélio


Alonso, Rio de Janeiro, em 1981.

Sua trajetória pelas artes plásticas começou em 1980 ao ingressar na Escola de Artes
Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, onde mais tarde passou a ser professora
e coordenar atividades culturais.

A artista cursou gravura em metal e


linóleo no Atelier 78, com Solange
Oliveira e Valério Rodrigue, de 1995
a 1996. Em 1997, em mais uma
atividade como ilustradora,
participou do livro As Mil e Uma
Noites à Luz do Dia: Sherazade
Conta Histórias Árabes, de Katia
Canton.

Já teve obras vendidas em leilão por


Beatriz Milhazes (Rio de Janeiro, 1960)
mais de 2 milhões de dólares, o mais
alto valor alcançado em leilão por um artista brasileiro, e foi a primeira a ganhar uma
retrospectiva no Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires.

Estilo

A cor é um elemento onipresente na obra de Beatriz Milhazes. Seu repertório


estrutural inclui a abstração geométrica, o carnaval e o modernismo.

Flores, arabescos, alvos e quadrados ganham primeiro uma superfície de plástico


para a posterior transferência para a tela.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


121

Beatriz Milhazes eventualmente usa a colagem na superfície da tela e aplica


adicionais para viabilizar as obras como pintura, decalque, justaposição e
sobreposições

ATIVIDADE:
Saber identificar e distinguir as formas geométricas, apropriando - se do uso dos
blocos lógicos e tangram a darem formas diferentes e atentar-se ao ambiente
associando as figuras geométricas aos objetos.

Tenha sempre em mãos:

Blocos lógicos

Tangram coloridos

Palitos de fósforos

Questionar o que eles sabem sobre formas geométricas;

Leitura da história de forma criativa;

Desenho da história;

Observar que formas geométricas têm na sala, no


pátio da escola, nos materiais escolares;

Apresentar os blocos lógicos: classificar em


tamanho, cor, espessura, forma

Criar um boneco engraçado com o auxílio dos


blocos, produzir um texto e apresentar aos
colegas.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


122

Um peixe com escamas só de


círculos

Era uma casa, muito engraçada… Um ratinho de triângulo e círculos

Quantas formas geométricas diferentes você consegue encontrar nesse palhaço

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


123

Vamos formar um painel com formas geométricas, com objetos e caixas:

Dobradura utilizando formas geométricas:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


124

TANGRAM QUADRADO, OVAL E REDONDO

ATIVIDADE COM AS PEÇAS DO TANGRAM

Responda as questões de acordo com a


figura ao lado.

História do Tangram

Existem várias lendas sobre a origem deste jogo. Uma delas conta que um chinês
deixou cair no chão um pedaço de espelho, de forma quadrada, o qual se quebrou em
sete pedaços. Para sua surpresa, com os cacos do espelho, ele poderia dar origem a
várias formas conhecidas como animais, plantas, pessoas, objetos, letras, números,
figuras geométricas, entre outras.
Uma outra história do tangram diz que foi inventado por um homem enquanto tentava
consertar os bocados quebrados de um azulejo de porcelana, o nome do home era
Tan. Temos como primeira publicação do Tangram, na China, em 1813.Na Europa e
na América durante o século XIX vemos um grande interesse por esse jogo.
Sam Loyd escreveu em 1903 "The Eighth Book of Tan-O oitavo livro de Tan".
Afirmando que este quebra-cabeça fora inventado há 4.000 anos pelo Deus Tan. Mas
o que realmente se sabe é que o tangram é um quebra-cabeça chinês e que hoje esse
jogo milenar tem atraído muitos, tanto para entretenimento como para auxilio em
conceitos matemáticos.
SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU
125

1) Quantas peças tem o Tangram?

2) Quantas peças são triangulares?

3) Quantas peças são quadriláteras?

4) Quantas peças são paralelogramos?

5) Separe as peças do Tangram em grupos, de modo que em cada grupo todas as


peças tenham o mesmo número de lados.

6) Em quantos grupos foi possível separar todas as peças?

7) Qual o nome que se dá às figuras de cada grupo?

TANGRAM CORAÇÃO PARTIDO

O Tangram coração partido é um quebra-cabeça que possibilita as mais diversas


atividades. Ele explora a coordenação motora, envolvendo relações entre parte de
uma figura e sua totalidade, assim como sua composição.
É muito importante que os alunos tenham oportunidade de manipular as peças desse
quebra-cabeça. Para isso, com as peças embaralhadas o professor deve orientá-los
a remontar e depois criar algumas figuras usando
todas as peças.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


126

TANGRAM OVAL

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


127

TANGRAM REDONDO

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


128

A Arte de Tarsila do Amaral

Uso de cores vivas;


Influência do cubismo (uso de
formas geométricas)

As obras de Tarsila do Amaral são obras de arte figurativa. Pois em cada obra contém
representações de situações, temas, pessoas, flora, fauna, objetos dentre outros
aspectos. Em todos os seus quadros existem um porquê da realização de sua obra e
um caráter subjetivo. Na maioria dos seus quadros se representam aspectos do Brasil
no seu todo, desde suas características físicas, como o social.

São obras de caráter simbólico, que tem um enorme valor artístico e cultural para o
Brasil, que é reconhecido internacionalmente.

Uma das principais técnicas de suas obras é a “pintura lisa”, com influência do
Impressionismo.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


129

Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral nasceu em Capivari – SP em 1886. Passou a infância nas fazendas


de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na
Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando
voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.
Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou
com escultura e, depois, teve aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro
Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris,
ficou lá até 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro)
através das cartas da amiga Anita. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no
grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade.
Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald,
o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del
Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com
reuniões, festas, conferências.
Em 1923, em Paris, estudou com o mestre cubista
Fernand Léger e pintou a tela 'A Negra'. A figura da
Negra tinha muita ligação com sua infância, pois
essas negras eram filhas de escravos que tomavam
conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de
amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


130

estória da arte moderna brasileira.


Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele
o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas
Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado,
Mário de Andrade, dentre outros.
Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância,
mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus
quadros. 'Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois
que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as
minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E
essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com
as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore.
Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. Esta fase da sua obra é chamada de Pau
Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da
Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.

'Sagrado Coração de Jesus' foi pintada em 1904

Expoente do movimento modernista, a pintora Tarsila do Amaral começou a carreira


com este prosaico retrato de Jesus Cristo. Pintado por volta de 1904, o Sagrado
Coração de Jesus (óleo sobre tela, 103 cm por 76 cm) é considerado seu primeiro
quadro, numa época em que ela ainda assinava como Tharcilla.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


131

“A negra”,1923 “O Mamoeiro” - 1925

Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem
favorável. Neste mesmo ano, casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular
em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald).
Washington Luís, o Presidente do Brasil e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo
na época, foram os padrinhos deles.
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu
marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'. A figura do Abaporu simbolizou o
Movimento Antropofágico que queria deglutir, engolir, a cultura europeia, que era a
cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro.

“Abaporu” - 1928
Outros quadros desta fase Antropofágica são: 'Sol Poente', 'A Lua', 'Cartão Postal', 'O
Lago', 'Antropofagia', etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além
das cores fortes.
Em 1933 pintou a tela 'Operários'. Desta fase Social, temos também a tela 'Segunda
Classe'. A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou
pouco em sua obra. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou
quadros como 'Fazenda', 'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


132

Abaporu é uma clássica pintura do modernismo


brasileiro, da artista Tarsila do Amaral. O nome da
obra é de origem tupi-guarani que significa "homem
que come gente" (canibal ou antropófago), uma
junção dos termos aba (homem), pora (gente)
e ú (comer).

A tela foi pintada por Tarsila em 1928 e Tarsila participou da I


Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de
São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969,
a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a
Exposição, 'Tarsila 50 anos de pintura'. Tarsila faleceu em janeiro
de 1973.

“Os Operários” – 1933

Atividades:
a) Conhecer a vida, as obras e as fases de Tarsila do Amaral.
b) Conhecer o Movimento Modernista Brasileiro e a Antropofagia.
c) Inspirar-se nas obras de Tarsila e criar as próprias obras utilizando técnicas e
materiais diferenciados.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


133

Releitura da obra “Abaporu”

Material: Papel preto, ¼ cartolina, papeis coloridos, Cola,


tesoura e régua.

Modo de fazer:
a) Recorte tiras com 2 cm de largura dos papeis
coloridos. Cole-as sobre ¼ de cartolina.
b) Recorte os elementos da obra “Abaporu” no papel
preto e cole sobre o fundo de tiras coloridas.
c) Faça uma moldura com 2 ou 3 cm de largura no
papel preto e cole sobre o trabalho para dar acabamento.

Releitura da obra “Abaporu”

Material: Papel preto e coloridos, Cola branca,


Canetinha (preta), tesoura e régua.

Modo de fazer:
a) Recorte os elementos da obra “Abaporu” no papel
colorido. Cole sobre ¼ de papel preto.
b) Faça os detalhes com a canetinha (preta).
b) Faça uma moldura de 2 ou 3 cm no papel preto e
cole sobre o trabalho para dar acabamento.

Releitura da obra “O Mamoeiro”


Material: papeis coloridos, tampa de pizza, cola
branca.

Modo de fazer:
a) Faça a base do trabalho. Risque o desenho das
formas por trás do papel (azul, bege, marrom) e vá
rasgando (não utilize tesoura, somente as mãos). Cole
as partes sobre a tampa de pizza (fundo).

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


134

b) “Rasgue” papéis em tons de azul (nuvens) e cole sobre o fundo. “Rasgue as


formas da casa e cole sobre a base.
c) “Rasgue” as plantas, os cocos, troncos, roupas (varal). Cole sobre o trabalho.
d) Se quiser, faça texturas com cola colorida.
e) O que está a cima do lago?
f) E ao lado esquerdo da casa?

Atividade da obra “A Cuca”

Essa obra Tarsila pintou em 1924. Ela usou muitas cores: amarelo, laranja,
roxo, verde, vermelho. E usou muito a imaginação e variadas formas
geométricas.

1) O que os alunos conseguem


identificar no quadro.

2) Quantos animais estão vendo?

3) Quantas árvores?

4) Que formato tem as folhas das


árvores?
“A Cuca,1924”
5) Por que será que a artista fez a
arvore com folhas em forma de coração?

6) A artista descreveu a obra como "um bicho esquisito, no meio do mato, com um
sapo, um tatu, e outro bicho inventado".

7) Qual é o bicho esquisito? E que animal(is) está à direita do bicho esquisito?

8) Explorar também o medo e a fantasia das crianças.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


135

Cantar: Nana Neném

Nana neném
que a cuca vem pegar
papai foi pra roça
mamãe foi trabalhar
Desce gatinho
De cima do telhado
Pra ver se a criança
Dorme um sono sossegado

9) Conversar sobre “Medo” (O medo da Cuca/Os medos que crianças possam ter - do
que você tem medo? Por que?);

10) O título da obra lembra uma personagem de Monteiro Lobato que costumava
causar medo nos demais. Com base nesse sentimento, responda:

11) Tarsila pintou este quadro no começo de 1924 e escreveu à sua filha dizendo que
estava fazendo uns quadros "bem brasileiros". Se você fosse acrescentar outros
elementos bem brasileiros, quais seriam e como ficaria o quadro?

12) Qual o nome que você deu ao animal que está à direita da Cuca?

Obra Cartão Postal


Destaque nas cores verde, azul,
amarelo, marrom e vermelho. As
formas geométricas são o círculo,
retângulo, oval e retas

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


136

FORMAS ORGÂNICAS:

Formas ordenadas ou aleatórias em estruturas não geométricas, observadas


principalmente na natureza, daí o seu nome (asa de inseto, folha de árvore, curso e
ramificações de um rio)
São as formas livres, geralmente inspiradas nos elementos naturais daí a
denominação “orgânicas”.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


137

O movimento Land Art – origem, história e expressão

A Land Art, também conhecida como Earth Art ou Earthwork é o tipo de arte em que
o terreno natural, em vez de prover o ambiente para uma obra de arte, é ele próprio
trabalhado de modo a integrar-se à obra.

A Land Art surgiu em finais da década de 1960, em parte como consequência de uma
insatisfação crescente em face da deliberada monotonia cultural pelas formas simples
do minimalismo, em parte como expressão de um desencanto relativo à sofisticada

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


138

tecnologia da cultura industrial, bem como ao aumento do interesse às questões


ligadas à ecologia

É um tipo de arte que, por suas características,


não é possível expor em museus ou galerias (a
não ser por meio de fotografias). Devido às muitas
dificuldades de colocar-se em prática os
esquemas de land art, suas obras muitas vezes
não vão além do estágio de projeto. Assim, a
afinidade com a arte conceitual é mais do que
apenas aparente.

Dentre as obras de land art que foram


efetivamente realizadas, a mais conhecida talvez
seja a Plataforma Espiral (Spiral Jetty), de Robert
Smithson (1970), construída no Grande Lago Salgado, em Utah, nos Estados Unidos
da América

A Land Art foi reconhecida como a mais “suportada” das inspirações artísticas. No
final dos anos 60, um número de artistas iniciou fora das quatro paredes da galeria
uma série de criações no deserto e montanhas do Nevada, Utah, Arizona e Novo
México. A Land Art deixa os espaços comuns de exposição como a galeria, o atelier
e o museu para “investir no planeta”. Renova a noção de exposição: uma experiência
real e intransponível, representada em vastos espaços, como a montanha, o mar, o
deserto e o campo, para uma maior liberdade criativa.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


139

ATIVIDADE
Após conhecerem essa outra forma de fazer artístico relacionada à paisagem,
proponha aos alunos que eles escolham o lugar que mais gostam na escola.
Eles devem fazer um desenho desse local que pode ser áreas abertas (pátios,
quadras) ou espaços fechados (salas de aula). O importante é que ele tente desenhar
respeitando ao máximo as características reais do local escolhido.
Com os desenhos finalizados o professor deve propor que eles imaginem uma
interferência nesse local, algo que habitualmente não poderia estar ou acontecer
nesse ambiente que eles desenharam. Distribua folhas de papel manteiga ou papel
vegetal. O aluno deve posicionar a folha por cima do seu desenho e redesenhá-lo,
agora inserindo as características que não fazem parte desse ambiente na realidade.
Essa atividade é uma aproximação dos alunos com a possibilidade (ainda que
hipotética) de interferir nos ambientes. O professor pode realizar uma exposição
contrapondo os locais reais desenhados pelos alunos e as interferências imaginadas
para esses locais.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


140

ATIVIDADE

Propor a criação coletiva de uma grande obra dentro do contexto da Land Art na
escola.
Os alunos devem decidir quais materiais serão utilizados. Por exemplo, eles podem
escolher materiais descartados pela escola (cadeiras, mesas, papel) ou criar uma obra
onde cada um traga objetos que digam sobre sua personalidade e quando agrupados
criem um grande retrato da turma dentro da escola.
O mais importante é estabelecer um dia para a montagem coletiva do
trabalho.

Frans Krajcberg

Nascido na Polônia, Frans Krajcberg chega ao Brasil em 1948, procurando reconstruir


sua vida, após perder toda a família em um campo de concentração, durante a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Com formação em engenharia e artes,
realizada em Leningrado, sua carreira artística inicia-se no Brasil. Após residir um
curto espaço de tempo no Paraná, muda-se para o Rio de Janeiro, onde divide ateliê
com o escultor Franz Weissmann (1911 - 2005). Suas pinturas desse período tendem
à abstração, predominando tons ocre e cinza. Trabalha motivos da floresta
paranaense, com emaranhados de linhas vigorosas.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


141

Em Paris com viagens a Ibiza, na Espanha, onde produz trabalhos em papel japonês
modelado sobre pedras e pintados a óleo ou guache. Essas "impressões" são
realizadas com base no contato direto com a natureza, e aproximam-se, em suas
formas, de paisagens vulcânicas ou lunares. A natureza torna-se a matéria-prima
essencial do artista. Em 1964, instala um ateliê em Cata Branca, Minas Gerais. A partir
desse momento ocorre em sua obra a explosão no uso da cor e do próprio espaço.
Começa a criar as "sombras recortadas", nas quais associa cipós e raízes a madeiras
recortadas. Nos primeiros trabalhos, opõe a geometria dos recortes à sinuosidade das
formas naturais. Destaca-se a importância conferida às projeções de sombras em
suas obras.

Em 1972, passa a residir em Nova Viçosa, no litoral sul da Bahia. Amplia o trabalho
com escultura, iniciado em Minas Gerais. Intervém em troncos e raízes, entendendo-
os como desenhos no espaço. Essas esculturas fixam-se firmemente no solo ou
buscam libertar-se, direcionando-se para o alto. A partir de 1978, atua como
ecologista, luta que assume caráter de denúncia em seus trabalhos: "Com minha obra,
exprimo a consciência revoltada do planeta". Krajcberg viaja constantemente para a
Amazônia e Mato Grosso, e registra por meio da fotografia os desmatamentos e
queimadas em imagens dramáticas. Dessas viagens, retorna com troncos e raízes
calcinados, que utiliza em suas esculturas.

Na década de 1980, inicia nova série de "gravuras", que consiste na modelagem em


gesso de folhas de embaúba e outras árvores centenárias, impressas em papel
japonês. Também nesse período realiza a série africana, utilizando raízes, cipós e
caules de palmeiras associados a pigmentos minerais. Krajcberg sempre fotografa as
suas esculturas, muitas vezes tendo o mar como fundo. O artista, ao longo de sua
carreira, mantém-se fiel a uma concepção de arte relacionada diretamente à pesquisa
e utilização de elementos da natureza. A paisagem brasileira, em especial a floresta
amazônica, e a defesa do meio ambiente marcam toda a sua obra.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


142

Maior obra da exposição de


Frans Krajcberg, com 6 m de
altura

Aos 87 anos, o escultor faz sua primeira grande exposição em São Paulo. Com
materiais retirados de queimadas ilegais em florestas, sua intenção é denunciar as
atrocidades que o ser humano comete contra a natureza
Árvores destruídas pelas queimadas e pigmentos extraídos da terra: essas são as
matérias primas do trabalho do escultor Frans Krajcberg.

FORMAS ORGANICAS

Tarsila do Amaral, Manacá

Tela com colorido forte em linhas estruturais


definidas, as formas são organizadas com certa
regularidade.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


143

FORMA: Todo ato de perceber uma FORMA no mundo é um ato intelectual de


destacar um significado.
A FORMA é o oposto da insignificância, é a presença em si. Na Comunicação Visual,
em especial, toda FORMA tem contorno e superfície, e é criada sobre algum tipo de
suporte. O contorno é o limite exterior da forma, uma espécie de fronteira entre o
significado (FORMA) e o insignificante (FUNDO). O SUPORTE é qualquer meio
material onde se realiza a FORMA, podendo ser desde uma folha de papel, a tela de
um computador ou o bloco de pedra onde se lavra uma escultura. Conceitualmente, a
FORMA é uma relação que permanece constante mesmo que mudem os elementos
aos quais ela se aplica. Um triângulo pode ter vários tamanhos ou inúmeras formas,
mas a triangularidade permanece constante, independentemente de suas
características. FIGURA E FUNDO Uma FIGURA se destaca do fundo pela atenção
que desperta no observador. A FIGURA é o elemento que possui significado,
enquanto o FUNDO é o pouco significativo. A atenção sobre a FIGURA ocorre pelas
características próprias do objeto ou por características presentes no observador. O
contraste é o responsável pela distinção entre a FIGURA e o FUNDO. Contraste que
pode ser formal, pela qualidade da superfície ou pelo significado da FIGURA. A
FIGURA possui algo formalmente diferente em relação ao contexto sobre o qual está
colocada. Pode ser um formato diferente, uma cor, uma textura etc. Com relação ao
observador, as motivações pessoais podem ajudar a destacar uma FIGURA em
relação ao seu contexto. Nem sempre as relações entre a FIGURA e o FUNDO são
definidas. Pode-se perceber um espaço ora como FIGURA, ora como FUNDO.

Formas positivas e negativas – figura e fundo – A relação entre a figura e o fundo nos
traz uma outra definição de forma:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


144

Forma positiva: é a figura


Forma negativa: é o fundo

Observe esta tela de Franz Kline, pintor


expressionista abstrato, ele pintava
grandes formas de cor negra que parecem
flutuar sobre a brancura da tela

Espaço negativo é um conceito artístico presente em vários ramos distintos das artes,
na pintura, escultura, gravura, design, e pode ser definido como todo o espaço
ocupado em torno do motivo principal. Em fotografia, podemos falar que é toda área
ao redor do motivo principal, que pode ser chamado de espaço positivo, e que serve
de complemento a este. A delimitar o espaço negativo temos os limites físicos do
frame e o próprio motivo principal. De se notar que o espaço negativo, embora limite
o espaço positivo não se opõe a ele, ao contrário, dialoga com este para
complementá-lo e tornar a fotografia melhor palatável aos olhos. De maneira geral,
tudo aquilo que se encontra no mesmo plano focal do motivo é também considerado
espaço positivo, mas há formas de “mascará-lo”, fazendo convergir a atenção do
observador em um único ponto focal da foto, concentrado assim o olhar no motivo
principal, induzindo a

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


145

interpretação do observador naquilo que reputamos importante no frame.


O exemplo mais celebre de utilização de espaço negativo como complemento ao
motivo principal se encontra na gravura “O vaso de Rubin”, amplamente conhecido
nos estudos de designs
O conceito demonstrado pelo dinamarquês Edgar Rubin é facilmente aplicável na
fotografia.
A utilização do espaço negativo poderá dar mais ênfase ao assunto principal, bem
como mais força à própria composição ao isolar o motivo principal na composição. O
efeito visual apresenta ao observador o motivo principal no frame em uma composição
mais limpa, não deixando margem para dúvidas quanto ao ponto focal da imagem.
O espaço negativo serve, também, para dar “espaço” para o olhar se deslocar por
toda a extensão do frame, fornecendo um roteiro para o olhar investigador de todo o
frame fotográfico.
Diferentemente do que se possa pensar inicialmente, o espaço negativo não é
exclusivamente uma área livre de informação, muito embora esse recurso seja
amplamente utilizado. Pode-se perfeitamente acrescentar informação ao espaço
negativo, sejam de texturas, de cores, de tons, de formas, contudo nessa área não
residirá o interesse maior da foto. Ela servirá mais como um apoio, um complemento
ao espaço positivo.

A imagem acima passa a ganhar destaque pela grande quantidade de espaço


negativo ao redor do motivo principal. Aqui, o espaço negativo concentra toda a

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


146

atenção do observador no motivo principal da fotografia.


Mas o espaço negativo pode ser preenchido com informação complementar ao
espaço positivo.

Flor de Dente de Leão - Dandelion Flower

FRAME: Cada um dos quadros ou


imagens fixas de um produto
audiovisual; foto; moldura.
As imagens de câmeras de vigilância
formam frames.
Quadro, moldura.

O positivo se refere às imagens com preenchimento


interno.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


147

O negativo se refere às imagens

com preenchimento externo

cujo a ausência de cor define a imagem

QUE IMAGEN É ESSA?

Um homem tocando saxofone ou a sombra do


rosto de uma mulher?

Você pode ver ambos, mas a cada momento, uma das duas
imagens "salta" mais aos seus olhos. Essa alternância de
uma para a outra às vezes é tão rápida que até parece que
conseguimos ver ambas ao mesmo tempo, mas não. Esse processo rápido de
alternância entre figura e fundo acontece também em nossas vidas. A cada momento,
e de acordo com nossas necessidades e interesses, nossa figura muda. Se enquanto
estou escrevendo, sinto sede, a sede passa a ser minha figura e escrever aqui torna-
se fundo até que minha sede seja satisfeita. Por isso diz-se que este processo de
alternância é fluído.

Salvador Dali

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


148

“Mãos em Negativo”

Umas das primeiras manifestações


artísticas dos homens primitivos,
foram as "Mãos em Negativo", onde
eles usavam carvão, sangue, ossos
triturados e folhas de árvores como
tinta e como pincel eles utilizavam os
dedos e/ou canudos feitos de galhos
de árvores ocos, onde eles sopravam o carvão em cima das mãos e após retirar a
mesma, ficava a parte que não pegou o carvão ou outro pó colorido, em branco (mão
em negativo).

FIGURA E FUNDO

A figura, em uma imagem, para ser percebida imediatamente, deve ser colocada em
destaque do fundo.
Na relação figura-fundo as formas (figuras) podem ser: positivas e negativas.

Forma positiva: é a forma completa com todos os detalhes, é apenas a silhueta, o


contorno de uma forma. São as figuras formadas em torno de um espaço negativo ou
vazio.
Forma negativa: constituía parte transparente de uma obra, figuras “ocas”; são as
formas que rodeiam um espaço positivo

Forma positiva Forma negativa

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


149

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


150

Hélio Oiticica – Pintor e Escultor Brasileiro

Hélio Oiticica nasceu no dia 26 de julho de 1937 na cidade do Rio de Janeiro.


Foi pintor, escultor, artista plástico e performático. Como um
dos artistas revolucionários, foi também anarquista, professor e filólogo. No ano de
1959, funda o Grupo Neoconcreto, juntamente com Amilcar de Castro, Lygia Clark,
Lygia Pape e Franz Weissmann.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


151

Criador do Parangolé, denominado por ser uma espécie de bandeira, onde mostra
os tons, cores, formas, texturas, grafismos, textos, juntamente com sua composição,
como tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico corda e palha, sendo
considerada uma escultura móvel. O movimento Tropicália, onde o
pintor brasileiro participou, teve uma grande repercussão na época impondo a
imagem brasileira sobre o tema da vanguarda.
Criou também as bólides, objetos com pigmento, onde traziam a cidade para mostrar
sua arte. Em 2009, seu acervo de 90% foi destruído por um incêndio, mas uma
grande parte foi preservada pela digitalização do programa Helio Oiticica,
coordenado pela curadora e crítica de arte Lisette Lagnado.
Vejas abaixo alguns quadros, pinturas e obras de Hélio Oiticica:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


152

Grande Núcleo – Hélio Oiticica

Meta Esquema – Hélio Oiticica – 1958

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


153

ATIVIDADE
TRABALHAR COM MOLDES VAZADOS COM FIGURA E FUNDO

COR

“A cor é a revelação primeira do mundo. Ela existe como luz, diluída nas aparências.
A cor na pintura, porém é sintética, não diluída, possui sentido próprio. A pintura
decorre à medida que se lhe quer dar o sentido naturalista de cor, diluída em mil
tonalidades. Longe de aproximá-la do homem ela volta a uma espécie de caos da
natureza, pois o homem não é a natureza caótica e sim uma síntese complexa e
sublime. A preferência dos pintores pelas cores de croma alto e puras é justamente
essa necessidade de escapar à relatividade das coisas, pois a cor raramente existe
como croma alto na natureza. A cor passa, pois, a construir mundo, vontade
suprema do artista, aspiração altamente humana. A cor é a síntese, o elemento de
conciliação entre o homem e a natureza, mas não a cor da natureza e sim a cor
criada pelo homem, na obra de arte. No sentido nietzscheriano de dionisíaco não
cabe esse sentido de cor, como também não o sentido apolíneo, seria, pois um meio
termo, nem dionisíaco nem apolíneo, e sim o equilíbrio dessas polaridades. É a cor
do homem, da sua dialogação com o mundo e com si mesmo, cheia de polaridades,
flexível a ponto de se tornar um abismo. Que se quer com a cor? Afirmar ou se
perder? Apenas vivê-la.”

(Hélio Oiticica)

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


154

A cor não existe: o que você vê é luz

A cor não existe objetivamente, pelo menos não em qualquer sentido literal. O que
existe é a luz
Os corpos iluminados absorvem parte das ondas eletromagnéticas e refletem as
restantes. Essas ondas refletidas são captadas pelos olhos e, dependendo do
comprimento de onda, são interpretadas pelo cérebro. Em condições de pouca luz, o
ser humano apenas consegue ver a preto e branco.
A cor branca, neste sentido, é o resultado da sobreposição de todos as cores. A cor
preta, em contrapartida, é o contrário e define-se como sendo a ausência de cor.
Rosas são vermelhas, violetas são azuis… será mesmo? O fato é que as cores que
você enxerga podem não ser as mesmas que outra pessoa vê. Isso porque
percebemos as cores através do nosso cérebro, e não de nossos olhos, a impressão
que a luz refletida ou absorvida pelos corpos produz nos olhos. A cor branca
representa as sete cores do espectro: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e
violeta. A cor preta é a inexistência de cor ou ausência de luz

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


155

O termo "cor" é aplicado em diferentes contextos. Pode


se referir à cor do cabelo, à cor dos olhos ou à cor da
pele. Neste último caso, a expressão "de cor" indica
alguém com tom de pele escuro.

No sentido figurado, "ficar sem cor" exprime a palidez


súbita de um indivíduo seja por um susto, por doença ou por
alguma emoção. "Mudar de cor" pode indicar palidez ou
ruborização da pele.

Em diversas expressões populares surge o termo, por exemplo:

- "dar cor à vida" se refere a uma mudança de atitude de alguém


que deseja viver mais intensamente, com mais alegria;

- "cor de burro quando foge" significa uma cor indefinida;

- "não ver a cor do dinheiro" pode indicar um calote sofrido por


alguém ou não ter recursos financeiros.

Significado das cores

As cores possuem diferentes significados que variam entre


diferentes culturas. Na cultura ocidental, as cores estão
relacionadas com as emoções do ser humano. Também podem
assumir diferentes funções, por exemplo, através das cores
padronizadas dos semáforos.

Na decoração dos ambientes, o efeito estimulante das cores não é


negligenciado, nem o efeito energético, que, através da
cromoterapia, influencia na saúde das pessoas.

As cores foram convencionadas para simbolizarem determinados


acontecimentos ou sensações, por exemplo, o vermelho simboliza

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


156

a guerra, o verde é símbolo da esperança e o branco é símbolo da


paz.

primárias

Também chamadas cores puras, pois não precisam da mistura de outras cores para
se formarem.

São elas: Amarelo, Magenta (Vermelho) e Ciano (Azul).

OBS.: A cor magenta é como se fosse um rosa bem forte, como não encontramos
essa cor na caixa de lápis de cor de 12 cores usada pelos alunos na escola, vamos
estudar as cores com o uso do vermelho claro.

Cores secundárias

Surgem da mistura das cores primárias.

São elas: Laranja, Verde e Roxo.

LARANJA: Amarelo + Vermelho.


VERDE: Amarelo + Azul.
ROXO: Azul + Vermelho.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


157

Cores terciárias
Surgem da mistura de cores primárias com cores secundárias. Você vai misturar duas
cores para conseguir uma terceira cor. Então, a cor que tiver mais quantidade na
mistura feita puxará o seu nome. Veja o exemplo:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


158

Cores neutras

Caracterizam-se pela não predominância de tonalidades quentes ou frias.

São elas: Preto, Branco e a junção das duas que é o Cinza (Preto + Branco).

Além delas, consideramos como cores neutras os tons pastéis: bege, marrom e suas
nuanças e matizes.

Atividade DESENHO COM CORES NEUTRAS.

Crie um desenho figurativo com o tema sugerido pelo professor e pinte-o usando
somente cores neutras e suas tonalidades.

Cores quentes

As cores quentes transmitem-nos energia e calor, pois nos lembram o sol e o fogo.
São cores alegres que têm poder de aproximar as imagens e faze-las parecer maiores
do que são. São elas: Amarelo, Laranja e Vermelho com todas as nuances dessas
cores.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


159

As cores quentes são consideradas excitantes e as cores frias calmantes.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


160

Cores frias

As cores frias transmitem-nos calma, tranquilidade e tristeza, pois nos lembram água,
mar vegetais, florestas. Têm o poder de afastar imagens e faze-las parecer menores.
São elas: Verde, Azul e Roxo e todas as suas nuances.

Atividade DESENHO COM CORES QUENTES.

Crie um desenho figurativo com o tema sugerido pelo professor e pinte-o com a
predominância de cores em tonalidades quentes.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


161

Fase azul

Os quadros da fase azul caracterizam-se pelo tom quase monocromático. As telas são
realizadas em uma gama estreita de cores, variando em tons de azul e tons pastel. O
tema é sempre a pobreza ou a morte. Os personagens são envolvidos por uma aura
de solidão e desespero, os olhares são entristecidos, a tez pálida, os pés descalços.

Obras da Fase Azul de Picasso

Mother and child,1902 Seller of gul,1902 Life,1903

Fase rosa

A fase rosa é um retorno do artista à alegria da vida. Os tons azuis e a melancolia da


fase anterior são amenizados pela introdução de um novo tema, os saltimbancos,
assim como uma nova gama de cores, mais variada. Picasso vai explorar este tema
em inúmeras situações, demonstrando seu apreço pela vida circense. Retrata famílias
de acrobatas, mulheres com seus bebês em meio a animais do circo, meninos
treinando malabarismo sobre bola, meninas adestrando cavalos. As cores são mais
suaves, predominando os tons vermelhos muito pálidos, assim como o tom geral da
pintura torna-se mais luminoso.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


162

Obras da Fase Rosa de Picasso

Acrobata e Equilibrista, 1905 Acrobat and young harlequin, 1905

Family of Acrobats with Monkey, 1905

ATIVIDADE – DESENHO COM CORES FRIAS.

Crie um desenho figurativo com o tema sugerido pelo professor e pinte-o com a
predominância de cores em tonalidades frias.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


163

Disco cromático

COLORINDO O CÍRCULO CROMÁTICO.

ATIVIDADE:
Pinte com lápis de cor, lápis aquarela ou tinta guache os espaços abaixo de acordo
com as cores pedidas no círculo cromático.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


164

OBS: AS CORES PRIMÁRIAS SÃO MAGENTA, (VERMELHO), AZUL CIANO E


AMARELO.
ESTE EXERCÍCIO USA A COR VERMELHA EM VEZ DE MAGENTA DEVIDO AS
LIMITAÇÕES DE ALGUMAS CAIXA DE COR ESCOLARES QUE NÃO CONTÉM
ESTA COR.

Construindo o disco de Newton


Materiais

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


165

Compassos
- Cartolinas brancas
- Lápis de cor, giz de cera ou tinta guache
- Réguas
- Borrachas

Modo de fazer
Utilizando o compasso, fazer círculos de cartolina, de aproximadamente quinze
centímetros de diâmetro.
Dividir o círculo em sete partes, colorindo cada uma com uma das cores do arco-íris.
Aproveitar o furo do compasso e inserir um lápis nesta região, tal como indica a
imagem abaixo:

Testando o disco de Newton:


Peça para que seus alunos girem velozmente o lápis, e observem que,
surpreendentemente, o círculo apresentará a cor branca – comprovando as ideias de
Newton.

Outras formas de montar o disco de Newton:

- Fazer um disco de diâmetro maior, e fixá-lo em um ventilador de chão.

- Utilizar um LP como suporte, colando o disco com as sete cores sobre ele e, depois,
fixá-lo na ponta de uma furadeira manual.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


166

Materiais: - cartolina branca - lápis de cor - compasso - lápis preto - régua - borracha

Passo a Passo:

1. Deve-se realizar um círculo com aproximadamente 15 cm de diâmetro.

2. Dividir o círculo em sete partes iguais.

3. Pintar utilizando as cores: verde, amarelo, vermelho, violeta, roxo, alaranjado e


azul-marinho.

4. Realizar um furo no centro do círculo e acrescentar um lápis, com o intuito de girá-


lo a alta velocidade, observando assim o aparecimento da cor branca.

Lista de cores

Amarelo Azul Branco Cinza Dourado Laranja Marrom Prata Preto Rosa Verde Vermelho Violeta

Monocromia (radiação (ou luz) monocromática) é a radiação produzida por apenas


uma cor. É uma harmonia conseguida por apenas uma cor e seus tons diferentes.
Monocromia é o contrário de policromia. Na monocromia, existe a escala
monocromática, onde uma cor tem diferentes tons de radiação, como: A cor verde
pode se fazer nesta escala a cor verde-claro, verde-escuro, verde-marinho ou
vermelho + branco = cor-de-rosa ou vermelho + preto = bordô e assim por diante. A
monocromia está muito ligada com a escala monocromática.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


167

ESCALA MONOCROMÁTICA

Adicionando porções gradativas de branco ou preto a uma cor qualquer obtemos


diferentes tonalidades desta cor, resultando numa escala monocromática.

Observe as modificações das cores azul e preto com adição do branco:

MONOCROMIA

Quando empregamos uma única cor ou suas resultantes na escala monocromática,


realizamos uma monocromia.
MONO = UMA
CROMIA = COR

Veja neste painel uma monocromia das escalas do verde:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


168

O trabalho de Piet Mondrian intitulado "Árvore cinzenta", que já prenuncia a abstração


em seus trabalhos, nos dá exemplo de monocromia e de abstração. Monocromia
quando ele utiliza uma só cor com suas variações e abstração se você ignorar o título.

Piet Mondrian

Guernica

Trabalho monocromático de Picasso.

Picasso concebeu sua obra em preto e branco, com alguns traços amarelados,
evidenciada pela monocromia, traduzindo assim os intensos sentimentos que o
abalaram na destruição de Guernica, sua rejeição a tamanha violência. Sem dúvida

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


169

nenhuma constituída em estilo cubista, o pintor nela reproduz o povo, os animais e as


construções atingidas pelo bombardeio.

A própria recorrência ao recurso conhecido como ‘collage’ evidencia as intenções


emocionais do artista. Ele não cola simplesmente as imagens na tela, mas as pintas,
simulando o ato da colagem. Assim ele tece um espaço renovado e original, não obtido
por meio de técnicas ilusórias, mas sim pela justaposição de imagens cortadas na
perspectiva plana, em tonalidades pretas e cinzas, perpassadas por luzes brancas e
amarelas, atingindo a impressão de uma falta completa de cores, que aqui lembram
sem dúvida a morte.

O pintor representa em Guernica, com certeza, a dissolução da existência, que se


resume a fragmentos, a transformações na anatomia dos seres retratados, de certa
forma irreais, mas que ao mesmo tempo transmitem o absurdo significado ou a
absoluta falta de sentido da realidade gerada pela guerra.

Policromia é o estado de um corpo ou sistema cujas partes têm várias cores. É o


emprego de várias cores em um mesmo trabalho. Na Antiguidade,
os assírios e caldeus pintavam com cores brilhantes as suas estátuas e decoravam
as paredes dos edifícios com azulejos ou pinturas murais de cor viva, em cujo perfil
estavam desenhados grossos.

Exemplo com cor azul: pode-se usar o azul, azul claro, azul escuro ou outras cores
que tendem para o azulado. Pode-se acrescentar preto ou branco para alterar a
tonalidade da cor escolhida.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


170

Policromia

(Poli = Muitos; Cromo = Cor; muitas cores. )


Policromia é o emprego de variadas cores com ou sem ordem estabelecida. Causando
um belo impacto visual.

Obras Henri Matisse

Obras de André Derain

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


171

ATIVIDADE –

COLORINDO COM MONOCROMIA.

Crie um desenho figurativo com o tema sugerido pelo professor. Escolha apenas uma
cor (exceto cores neutras). Pinte o desenho apenas com a varial tonal da cor que você
escolheu.

"Composição com Vermelho, Amarelo e Azul", de Piet Mondrian - 1921

Descrição da imagem:

Composição com Vermelho, Amarelo e Azul, um quadrado perfeito, exibe um


cruzamento de linhas, em ângulos retos, na vertical e horizontal, que formam
compartimentos assimétricos.
Dos oito compartimentos formados pelas linhas negras, cinco são variações de luz.
Nos dois extremos da variação do quadro, um retângulo (em altura) vermelho e outro
(em largura) azul. Vermelho (quente), azul (frio) são os registros das variações
(brancos quentes e frios) que culminam no retângulo (em altura) amarelo, a zona mais
luminosa do quadro. Sem as linhas pretas as cores se tocariam, influenciando umas
nas outras. Não deve existir uma relação de força e sim relações métricas
proporcionais.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


172

Pieter Cornelis Mondrian (7 de março de 1872-1944), artista plástico, holandês,


desde jovem interessou-se por pintura, mas não tinha o apoio de sua família. Ele era
o segundo filho do professor Pieter Cornelis Mondrian e de sua mulher Johana
Christina Mondrian. Piet Mondrian começou a sua carreira como caminhoneiro ao
mesmo tempo que ia praticando a sua pintura. O estilo artístico de Mondrian se
caracteriza pelo trabalho com obras abstratas geométricas, principalmente
trabalhando com formatos retangulares nas cores primárias: vermelho, azul,
amarelo também o preto e branco, que Mondrian considerava como as cores
elementares do Universo.
A aplicação de suas teorias conduziu Mondrian a realizar obras como Composição em
vermelho, amarelo e azul (1921), na qual a pintura, composta unicamente por algumas
linhas e blocos de cores bem equilibrados, cria um efeito monumental apesar da
escassez de meios, propositalmente limitados, que emprega.
A maior parte do seu trabalho deste período é influenciada pelo naturalista ou
impressionista. No museu Gemeente, em Haia, estão expostos vários trabalhos deste
período, incluindo exemplares pós-impressionistas tais como "O Moinho Vermelho" e
"Árvores ao andar”. (O museu também tem exemplos do seu trabalho geométrico
posterior).
Fundador do "Neoplasticismo”, movimento que se organiza em torno da necessidade
de clareza, certeza e ordem. Tem como propósito central encontrar uma nova forma
de expressão plástica, liberta de sugestões representativas e composta a partir de
elementos mínimos.
Mondrian teve diversas obras, algumas classificadas como as principais, como:
* Árvores a luz da lua 1908;
* A árvore vermelha 1908;
* Composição de cores 1917.
Mondrian morreu em 1 de fevereiro de 1944, vítima de uma pneumonia, deixando uma
obra incompleta.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


173

O Expressionismo das Cores

Vermelhos, azuis, verdes, laranja, violeta... São tantas as cores! Umas fazem rir,
outras chorar; algumas são sombrias, outras luminosas; algumas são puras,
contrastantes, loucas, vibrantes, densas, fluídas ou transparentes; outras fazem
pensar. O que seria da vida sem as cores? Muitos artistas foram apaixonados pelas
cores, mas, um artista usou as como poucos: Vincent Van Gogh. Esse artista
exagerava no uso dessas cores. Aliás, para Van Gogh, as cores, as linhas e as formas
de um desenho eram apenas um pretexto para expressar emoção: “Eu quero a luz
que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções” (Vincent Van Gogh).
Podemos ver que não é a sua vida que explica a sua obra e sim a sua obra que
transcende as barreiras de sua própria vida, dando sentido a ela. Van Gogh mesmo
sendo considerado louco reformulou a pintura, teve a capacidade e a sensibilidade
para ver o mundo de uma maneira completamente diferente. Que valor tem a arte ao
pensarmos em Van Gogh? Quais são esses valores? São os mesmos valores de
Munch? Observe com atenção esta obra de Van Gogh:

VINCENT VAN GOGH. Trigal com


corvos, 1890.

O Artista: Vincent Van Gogh (1853-90), nasceu na Holanda e, aos 27 anos,


perguntou-se: “Existe alguma coisa em mim que pode ser útil, mas o quê?” Decidiu
cumprir por meio da arte sua missão para com a humanidade. A sua obra manifesta
a essência da própria vida com cores que saltam aos olhos e expressam a alegria e a
agonia de viver. Segundo STRICKLAND (1999, p. 120), o pintor era sujeito a crises
de profunda solidão, sofrimento e colapso emocional, atirava-se à pintura com um

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


174

frenesi terapêutico, produzindo oitocentas telas e outros desenhos no período de dez


anos. Não conseguiu o reconhecimento de sua obra como artista e vendeu apenas
um quadro em toda a sua vida.
Essa foi a última obra que Van Gogh pintou. Os trigais são turbulentos e inquietos,
podemos ver que o céu apresenta-se escuro e carregado com corvos em revoada.
Assim como as linhas, também as cores expressam muito do que somos e do que
sentimos. Por exemplo, o céu em um dia claro, não nos transmite uma sensação
diferente de um céu com nuvens carregadas? O que sentimos quando vemos o verde
das árvores em um dia de sol e em um dia chuvoso no inverno? Pois é, somos envoltos
pelas cores e o mundo, quanto mais iluminado, mais parece colorido. Van Gogh sabia
disso e, em suas obras, usou e abusou das cores retratando, por meio delas, além de
sua alma, as suas emoções.

ATIVIDADES:

As linhas e as cores são evidentes, nas obras de Van Gogh uma ênfase nos azuis e
amarelos. E você tem preferência por alguma cor? Qual? O que essa cor “diz” sobre
você ou sobre seu estado de espírito? Por quê? Crie uma composição usando suas
cores prediletas. Use lápis de cor ou giz de cera. Enquanto realiza a atividade, anote
todas as suas impressões e sentimentos usando palavras-chave. Após terminar seu
desenho, crie uma “poesia” com as palavras-chave que traduzam seus sentimentos.
Apresente a sua composição e leia a poesia para a turma.

ATIVIDADE:

Releitura de Mondrian

Entender o que são cores primárias.


Conhecer a vida e obras do artista Mondrian.
Analisar as obras de Mondrian.
Trabalhar formas geométricas e lateralidade.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


175

Painel para Poesias (Releitura de Mondrian)

Recursos Pedagógicos:

Papel: amarelo, vermelho, preto, verde, rosa peônia, branco -


Cola
Caneta marcador permanente
Tinta relevo branca.

Desenvolvimento:

Risque e corte com a régua e tesoura as linhas conforme a foto.


Você pode colar os pedaços de sulfite branco, ou colar diretamente a cor que irá usar
da obra, em cima de outro papel de sua preferência para fazer o fundo.
Ex: quadrado vermelho, azul e retângulo amarelo.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


176

LITERATURA

Com fita adesiva dupla face, cole sobre o papel preto as figuras deixando um pequeno
espaço entre elas, formando assim uma releitura de uma obra de Mondrian.

Fure várias formas em papéis de cores diferentes - flores, borboletas e folhas.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


177

Monte as flores com fita adesiva de espuma dupla face.

Cole as borboletas e as pequenas flores com cola para scrapbook.

Faça os miolos das flores com tinta relevo branca ou cola colorida.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


178

Escreva poesias com a caneta marcador sobre os retângulos brancos.

ATIVIDADE:

Falar o nome das principais obras e o ano que foi feita.


O que há de comum e de diferente entre as obras? Já viram em algum lugar, alguma
dessas obras? Como são classificadas as cores utilizadas na obra chamada:
Composição de cores? Já ouviram falar do pintor das obras?
Vale conhecer a obra de Israel Pedrosa.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


179

"Na lida da casa, uma mulher estendeu no varal três


lençóis brancos”. Então, sobre o branco, espraiou-se
intenso violeta. Para o pesquisador, a intuição de um
fenômeno físico. Para o artista, o êxtase cromático. O
pintor busca e encontra o “além-da-cor”. Realiza o além-
da-forma. O além-da-técnica.

Ao longo de sua estrada o artista fez um intenso estudo


sobre as cores descobrindo que o efeito dos movimentos a
partir das cores básicas surge aos olhos a tal cor
inexistente.

Israel fez uma exposição em São Paulo onde logo na


entrada, o visitante se surpreendia com uma curva de
filetes nas três cores primárias: vermelho, amarelo e
azul. À medida que a pessoa caminhava, a peça
mudava de cor, revelando o nome da exposição “O
nome da cor”.

ATIVIDADE:
Na imagem a seguir, não leia as palavras, leia as cores que foram usadas nas
palavras:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


180

A interpretação da cor pode ser uma referência:

REFERÊNCIA
COR OBJETIVO SIGNIFICADO
Branco Vestido de noiva Pureza
Preto Noite desconhecdo
Cinza Fumaça Tristeza
Vermelho Sangue Excitação

Cores também são associadas a EMOÇÕES

 A situação ficou PRETA.


 Ele sorriu AMARELO.
 Ela ficou BRANCA de medo.
 A imprensa MARROM iventa notícias.
 Estou VERDE de fome.

Crie uma iluistração para a exressão “Sorriso Amarelo”:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


181

Aldemir Martins O artista, o desenho e a cor

Aldemir Martins foi provavelmente um dos artistas


mais prolíficos e criativos que o Brasil já teve.
Genuinamente brasileiro, nascido no Ceará de
praias paradisíacas e sertões tórridos, trouxe desse
contraste para as telas e os papéis, as cores e os
traços precisos, com uma obra, em todo o seu
conjunto, de encher os olhos. Nascido em Ingazeiras
no interior cearense, a 8 de novembro de 1922, ano
da tão famosa Semana de Arte Moderna, Aldemir
veio ao mundo com o selo da genialidade e da sensibilidade à flor da pele. Deixando
a terra natal em 1945, após atividade artística já intensa como pintor e ilustrador,
chega ao Rio de Janeiro, onde expôs na Galeria Askanasi e no Salão Nacional de
Belas Artes do Rio de Janeiro. No ano seguinte chega a São Paulo, terra que o adotou
como filho dileto. Trabalhando muito, principalmente o desenho, e expondo
constantemente, não demorou muito para que o reconhecimento viesse.
Em 1951, ganhou o prêmio de melhor desenhista na Bienal de São Paulo, obtendo a
mesma premiação na Bienal de Veneza de 1956. Com premiações por toda parte e
reconhecimento da crítica e do público, cresceu por demais o número das exposições
e a demanda por obras de Aldemir, tanto no Brasil como no exterior. A obra
reproduzida, Cavalo, pertence justamente a essa fase premiada do artista. É fácil
perceber o estilo, a precisão de execução e a beleza obtida por traços a princípio
simples, mas inegavelmente geniais.

Aldemir desenhou, pintou, gravou, esculpiu e foi também um dos pioneiros no


"merchadising", ou seja, na produção de obras especialmente feitas para itens de uso
doméstico como toalhas de mesa, copos, pratos e utensílios, além de outros objetos.
Seus traços limpos e precisos e suas cores vibrantes cheias de luz e vida, atraiam
cada vez mais admiradores, tornando-o naquilo que podemos chamar de um "best
seller”. Com o tempo, alguns temas foram se tornando mais recorrentes,
principalmente em função do sucesso que faziam junto ao público. Seus cangaceiros,
mulheres rendeiras, paisagens marinhas, naturezas mortas com frutas do cotidiano

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


182

nordestino e bichos como peixes, aves e principalmente os gatos, ganhavam as


paredes de colecionadores, as ilustrações de livros e também os acervos de museus.

O gatinho abaixo, é um típico exemplo do colorido utilizado por Aldemir, mesmo


pertencendo à sua última fase. Em suas obras, é sempre perceptível a utilização da
veladura, da sobreposição de pigmentos, obtendo nuances,
volumes e efeitos de grande beleza e harmonia.

Aldemir Martins faleceu em fevereiro de 2006 e além de


saudades deixou uma obra extensa e marcante,
principalmente pelo carinho com que trabalhava na
execução de um desenho estilizado e desinibido e na
utilização de cores quentes e vibrantes, que traduziram em
imagens de cangaceiros, rendeiras, frutas, flores e animais,
o grande amor que ele, Aldemir, tinha pelo seu imenso
Brasil. Graças ao esforço da família do artista,
principalmente na pessoa do filho Pedro Martins, a obra de Aldemir vem sendo
catalogada e acreditamos ser extremamente válida a iniciativa, pois dos pintores
modernos brasileiros, a obra de Aldemir talvez seja uma das mais significativas e
importantes. O cearense Aldemir Martins foi sem dúvida, um dos maiores artistas
brasileiros.

Aldemir Martins

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


183

A luz e a sombra são elementos fundamentais da linguagem visual. Com elas


podemos criar no desenho, na pintura e escultura belíssimos efeitos como o de
dilatação do espaço, o de profundidade e o de valorização da parte mais iluminada.
Podemos também variar o significado das imagens, criando efeitos dramáticos,
irônicos, grotescos e poéticos.

Todo objeto não transparente exposto à luz determina uma sombra. Existe
elemento importante da luz e da sombra. A luz, que pode ser natural ou artificial:

Luz natural: é quando o objeto recebe luz do sol.

Luz artificial: é quando o objeto recebe luz de maneira artificial (lâmpada, vela,
etc.).

Quando um foco luminoso (natural ou artificial) emite seus raios sobre um objeto,
este se apresenta com uma zona iluminada e outra sombreada. O objeto então
projeta, sobre o chão ou sobre outros objetos próximos, a sombra de si próprio.

Definindo as sombras:

Sombra: é a parte privada de luz. Iluminar um objeto é


banhá-lo de luz.

 Sombra própria: é a que está no próprio objeto e aparece sempre que ele
esteja voltado para um ponto de luz: a parte iluminada do objeto faz sombra na

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


184

parte que ficou atrás. A sombra própria varia de intensidade: fica mais escura
ou mais clara de acordo com a intensidade de luz sobre o objeto.

 Sombra projetada: é a que aparece fora do objeto; decorre do mesmo ponto


de luz que, incidindo sobre o objeto, forma a sombra própria.

Existem muitas maneiras e técnicas para produzir sombras nos desenhos.


A maneira d se produzir esses efeitos são chamados de FATURAS

As faturas do lápis podem ser esbatido: O lápis desliza pelo papel criando áreas mais
escuras.
Esfumado: efeito de fumaça, esfregando com o dedo, algodão, papel ou esfuminho
no grafite do desenho.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


185

Observe as três obras de arte abaixo, elas nos mostram exemplos de luz e
sombra

A Sagrada Família, 1504, Michelangelo

O contrate de luz e sombra é chamado de efeito claro-escuro. Os artistas da


Renascença utilizaram esses efeitos por meio da técnica de esfumado, que dá à
pintura as gradações estabelecidas pela luz.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


186

A ceia de Emaús Caravaggio

A composição é de estilo barroco. Quando observamos a pintura o que mais nos


chama atenção é a luz, o claro e o escuro. Esse tipo de colorido, criado por meio da
luz e da sombra, dramatiza a pintura. A linha diagonal que compõe as formas nos dá
a sensação de desequilíbrio, movimento, de dramaticidade.

Os comedores de batata, Nuenun, 1885, Van Gogh

Van Gogh pintou as pessoas humildes que ele ajudava. Na obra, a família é tão pobre
que tem apenas algumas batatas para jantar. Todo tem a aparência cansada e infeliz.
O contraste de luz e sombra valoriza o efeito plástico, pois os corpos ganham volume
e a variedade das cores diminui.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


187

ATIVIDADE:

 Procure em revistas fotografias que tenham luz e sombra.

 Proponha aos alunos que façam desenhos de observação. Podem ser figuras
simples: por exemplo, a borracha, ou uma cadeira da sala de aula, ou ainda
pode-se utilizar desenhos prontos, apenas contornados. Depois, os alunos
devem preocupar-se com a luz e a sombra dos desenhos. Não é para colorir.
Deve-se utilizar apenas lápis preto fazendo hachuras que - por vezes mais
esparsas e por outras mais densas - dão o efeito claro-escuro.

O que é Textura?
A textura é o aspecto de uma superfície ou seja, a pele de uma forma, que permite
identificá-la e distingui-la de outras formas. Quando tocamos ou olhamos para um
objeto ou superfície "sentimos" se a superfície é lisa, rugosa, macia, áspera ou
ondulada. A Textura é por isso uma sensação visual ou tátil.

Quanto ao aspeto Visual podemos agrupar as texturas em:


Texturas Naturais:
São aquelas que resultam da intervenção natural humana no meio ambiente ou que
caracterizam o aspeto exterior das formas e coisas existentes na Natureza (cascas de
troncos de árvores, madeira, folhas, rochas, peles e outros revestimentos de animais).

Tronco de árvore Pele humana

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


188

Pedras cabelo humano

Folha alface
Tomate
Texturas Artificiais:
São aquelas que resultam da intervenção humana através da utilização de materiais
e instrumentos devidamente manipulados. O Homem desde sempre tenta criar nas
superfícies/objetos, texturas idênticas às criadas na Natureza, logo elas são o reflexo
do modo como expressamos o nosso entendimento do mundo que nos rodeia.
Dependem da manipulação das matérias e das técnicas utilizadas e do modo como
utilizamos as linguagens plásticas

Parede de piscina Madeira

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


189

Fatia de pão Bolacha

Tecido Papel alumínio

Jackson Pollock Kandinsky

TEXTURA TÁTIL

Podemos sentir a textura passando as mãos nas paredes, nos tecidos das roupas e
nos objetos ao nosso redor. Os artistas utilizam o recurso da textura para dar a
sensação de maior ou menor volume às obras, e a flexibilidade na aplicação de
SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU
190

diferentes materiais, como massa corrida, tintas, tecidos, papéis, entre outros,
possibilita a criação de trabalhos com texturas diferentes. "Hoje em dia, algumas
exposições de arte são acessíveis a deficientes visuais, que podem, por meio do tato,
sentir as diferentes texturas e formas de uma obra".

A textura é tão importante quanto a forma, tamanho, cor, etc. Existem várias técnicas
para se criar texturas nas artes plásticas. O pintor, por exemplo, utiliza uma infinidade
de técnicas para reproduzir ou criar a ilusão de textura tátil da vida real em suas obras.
Entre as técnicas mais conhecidas estão a tinta diluída e o impasto (uso livre de
grossas camadas de tinta para dar efeito de relevo).

O pintor holandês, Johannes Vermeer, (1632-1675)


demonstrou grande capacidade artística para representar,
com tinta diluída, diferentes qualidades texturais voltadas
para a exploração da luminosidade de uma composição.

Também holandês, Vincent Van Gogh (1853-1890), talvez seja o pintor mais
conhecido na utilização da “técnica do impasto”. A textura espessa conseguida a partir
das pinceladas em espiral, são características de seu estilo artístico, altamente
expressivo, a ponto de muitos críticos
denominarem sua pintura de “dramática
Van Gogh também usou linhas para desenhar
a textura do campo de trigo e de plantas,
também para desenhar as montanhas e as
nuvens, transmitindo uma sensação de
movimento, de alucinação.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


191

“Campo de trigo e cipreste” (1889)


Vincent Van Gogh

SENSAÇÃO E SENTIMENTO

Algumas coisas têm um relevo em sua superfície, a que chamamos de textura.


Nós podemos perceber a textura dos objetivos, ao tocá-los, ou apenas
observando a sua superfície atentamente.

Cactos do deserto de Nova Califórnia, Estados Unidos

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


192

Texturas gráficas

Estampas de roupas

Tecelagem indígena

Africana

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


193

Atividade:

Procure em revistas figuras de texturas:

Tátil:

Gráfica:

Naturais:

Artificiais:

Grafismos indígenas: trabalhando com texturas

 Começar pelo termo “textura” na arte. Explique que a textura define o aspecto
de uma superfície. Peça às crianças que passem a mão na carteira, depois nos
cabelos, na pele, na roupa que estão usando. Pergunte a elas: as superfícies
possuem as mesmas características?
 O que elas perceberam de diferente entre a carteira, os cabelos, a pele e a
roupa?
 Deixe que as crianças comentem mais livremente o que sentiram, como
perceberam cada superfície tocada pelas mãos.
 A partir dos comentários das crianças, formule com elas o conceito de textura.
Organize no quadro, de um lado “textura tátil” do outro, “textura visual”.
 O que sentiram: aspereza, enrugado, liso, fino, quente, fria, macia.
 Explique que esses aspectos tem o nome de “textura” na arte e acrescente que
a textura visual é a possibilidade de criar a ilusão de superfícies variadas no
desenho, na pintura, na fotografia. A textura visual não pode ser sentida pelas
mãos, no contato direto, mas ela simula a existência de superfícies com
características diversas: granulada, listrada, lisa, áspera, e assim por diante.
 Apresentar as imagens das pinturas corporais realizadas pelos nossos índios.
 Chame atenção das crianças para a geometrização e repetição das formas e
das cores.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


194

 A partir dessa imagem, reforce a ideia de que para ser considerado textura
visual necessita de uma regularidade entre os traços, além da repetição.
 Os trabalhos em cerâmica (acima) em primeiro plano são Marajoara e do fundo,
da cultura Santarém, possuem belos efeitos de textura. As cores foram obtidas
através do barro líquido com coloração branca com o uso de caulim e o preto
com jenipapo.
 Pergunte se as crianças já haviam visto as pinturas que os indígenas são
capazes de fazer não apenas em seus corpos, mas também em vasos e
utensílios domésticos, de caça. Se os alunos já viram índios, em sua região, se
fazem parte de grupos indígenas ou estão próximas de aldeias ou reservas,
ressalte a presença do trabalho de textura na cultura indígena. Mencione que
as pinturas corporais indígenas têm um significado simbólico e que são
realizadas a partir de rituais próprios de cada tribo. A cultura indígena faz parte
das raízes culturais do nosso país.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


195

Motive as crianças a alterar os padrões em grafismos que vão explorar linhas


quebradas, angulares, de forma simples e repetitiva. Nesse trabalho serão
explorados os efeitos de branco e preto. Veja o exemplo abaixo. O desenho foi
realizado por indígenas brasileiros.

 Comente com as crianças que os indígenas produzem suas próprias tintas a


partir de sementes e plantas, que as cores que eles usam são o vermelho,
o preto, o amarelo e o branco. Ao concluírem as tiras com a criação de
texturas visuais (gráficas), inspiradas nos desenhos indígenas, monte com
os alunos um painel onde todas as tiras trabalhadas irão compor um único
trabalho com efeitos de texturas.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


196

Simetria e Assimetria
Simetria:
Conformidade de tamanho, forma e posição entre as partes de um todo;
harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares.

Para a maioria das pessoas, a ideia de simetria está ligada mais a pensamentos sobre
Arte e Natureza do que sobre Matemática. As simetrias são encontradas por toda a
parte no mundo que nos rodeia.

São encontradas frequentemente, na natureza: olhe para o seu corpo, olhe para as
imagens em um espelho, olhe as asas de uma borboleta, as pétalas de uma flor ou
uma concha do mar.

Homem Vitruviano Flor Borboleta

Simetrias também podem ser achadas na arte (o desenho do corpo humano mostrado
acima, é um trabalho de Leonardo da Vinci), na arquitetura e em objetos da nossa
vida.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


197

Eixo de Simetria:
É a linha que divide as formas em metades.

A simetria, por sua vez, pode ser:


Simetria real ou bilateral: as duas metades são exatamente iguais.

Ausência de simetria.

Como saber se algo é Simétrico ou Assimétrico?


Muito simples, deve-se traçar uma linha dividindo-o ao meio.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


198

Esta linha que divide as figuras em duas metades é chamada de eixo. (Veja o
exemplo da linha chamada eixo, na figura abaixo)

Ao traçar esta linha podemos concluir:


Se os dois lados forem iguais, tem-se uma figura simétrica.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


199

Assimetria: os lados não possuem eixo central, portanto um lado não é igual
ao outro.
Lados diferentes é assimétrica.

Algumas coisas da natureza possuem


simetria que parecem feitas pelo homem.

Atividade:
Dobre um papel, recorte com quiser e abra você vai fazer coisas muito curiosas,
todas com simetria

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


200

A Diversidade da Arte Indígena Brasileira

Com a Arte indígena conseguimos trabalhar os elementos formais nos quatro


eixos da Arte. (Arte visual, música, dança e teatro).

Arte é uma categoria criada pelo homem


ocidental. E, mesmo no ocidente, o que deve
ou não deve ser considerado arte está longe de
ser um consenso. O que não dizer da aplicação
desse termo em manifestações plásticas de
povos que nem ao menos possuem palavra
correspondente em suas respectivas línguas?

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


201

A cerâmica

A execução de artefatos em argila é um aspecto presente na maioria das comunidades


indígenas brasileiras, sendo uma atividade essencialmente feminina – aos homens
cabe coletar a argila. OS motivos da decoração, geralmente elementos

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


202

da mitologia, estão marcados nos vasos, como figuras humanas, animais, plantas e
seres fantásticos, ou da estilização deles transformando-os em desenhos
geométricos.

Entre os Kadiwéu, índios que habitam o Mato Grosso do Sul, também são as mulheres
que decoram a cerâmica. Elas utilizam padrões que seguem um repertório rico, mas
fixo de formas preenchidas com cores variadas.

A cerâmica com maior destaque é a produzida na ilha de Marajó, maior ilha do mundo,
cercada pelos rios Amazonas e Tocantins e pelo oceano Atlântico, localizada no
estado do Pará.

Os índios de Marajó fazem peças utilitárias, mas também decorativas, como esta que
você observa a seguir.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


203

A cestaria
A cestaria é o conjunto de objetos feitos quando se trançam fibras vegetais. Para uso
e conforto doméstico, há os cesto-coadores, que se destinam a filtrar líquidos; os
cestos-tamises, que se destinam a peneirar a farinha, e os cestos-recipientes, que se
destinam a receber um conteúdo sólido ou armazená-lo, sendo também utilizados
para a caça e a pesca, para o processamento de mandioca, para o transporte e para
guardar objetos rituais, mágicos e lúcidos. Além desses, há os cestos cargueiros,
como diz o nome, destinados ao transporte de cargas.

Cada povo indígena tem um tipo de cestaria; e cada cesto tem um formato diverso,
de acordo com sua função. As fibras usadas na cestaria indígena também variam:
usa-se a taquara, o arbusto “arumã”, a folha de palmeira, entre outros.

Os instrumentos musicais
O maracá é um instrumento de percussão indígena utilizado em rituais, cerimônias e
festas. Geralmente é feito de cabaça seca, com sementes no interior.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


204

Bancos zoomorfos esculpidos em madeira

Para além das especializações de cada povo, há itens produzidos em todas as aldeias
do Alto Xingu, tais como bancos zoomórficos esculpidos em uma só peça de madeira.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


205

Máscaras
As máscaras são geralmente usadas em rituais
e danças cerimoniais. Ao vesti-las, os indígenas
encarnam o ser que é representado por esta
máscara.

A pintura corporal
A pintura corporal é uma prática de quase todos os
povos indígenas brasileiros usadas tanto no
cotidiano quanto em cerimônias e rituais. Os
símbolos representados no corpo passam
mensagens, como a posição hierárquica da pessoa
na tribo, sua função dentro do grupo ou podem
simplesmente servir para uma finalidade estética.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


206

A arte do trançado e da tecelagem

Observe os detalhes de alguns objetos da arte indígena:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


207

A tecelagem é usada para confecção de tecidos, pesca, transporte, vestuário e


adorno, tendo como matérias-primas folhas, palmas, cipós, talas (galha de jerivá e de
outras palmeiras) e fibras. A rede de dormir, comum a quase todos os grupos
indígenas, é o tecido mais trabalhado e de maior tamanho.

Observe nestes trabalhos a utilização de padrões geométricos. Neles vemos a


repetição de formas simétricas com uniformidade e regularidade. Este tipo de desenho
está presente em diferentes culturais e é uma manifestação riquíssima.

Arte plumária
A arte plumária refere-se à utilização de penas, plumas e penugens de variadas aves
na confecção de artefatos. Na verdade, é uma das manifestações artísticas mais
expressivas do índio brasileiro, reconhecida por sua beleza, riqueza e diversidade.

A arte plumária não está ligada a uma finalidade específica e tampouco serve apenas
para enfeitar o corpo. Trata-se de uma forma de comunicação, de linguagem, pois
cada adorno confeccionado em plumas carrega uma infinidade de signos somente
decodificados pelos que compartilham a mesma cultura. Cada adorno é usado em
ritos, cerimônias e contém informações que indicam a faixa etária, ligação familiar,
posição social, importância cerimonial e grau de prestígio de seus portadores e
possuidores.

A confecção das peças é feita exclusivamente pelos homens, que obedecem a um


ritual de caça, coleta, separação, tingimento, corte, amarração das penas das aves.
Há dois estilos mais importantes: peças maiores, como diademais – coroa ou
ornamento para a cabeça – e peças mais delicadas, sobre faixas de tecido de algodão,
como colares e braceletes.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


208

Atividade

1. Observe atentamente estes desenhos indígenas.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


209

Crie nos espaços abaixo um padrão geométrico. Faça desenhos em grafite, com
linhas repetidas, à maneira dos desenhos indígenas.

PAISAGEM INTERNA

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


210

Todas essas obras de Vermeer são figuras internas

O livro da obra A menina de brincos baseia-se num quadro do pintor holandês


Johannes Vermeer (apesar de outros serem descritos no livro e de também
aparecerem no filme baseado neste livro) e o nome do quadro já dá uma ideia do que
nele figura. Nunca se soube ao certo a história por detrás desta obra, então a autora,
Tracy Chevalier, pôs a sua imaginação a funcionar e o resultado foi este! Foi muito
inteligente da parte dela. Eu, como apreciadora, por um lado, de pintura e, por outro,
de literatura, depressa fiquei agarrada ao livro. O quadro, aliás, mexeu muito comigo.
Não sei se com vocês também!

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


211

Levar o aluno a falar em público, desenvolver a oralidade, despertar no educando o


gosto pelas artes e conhecer as características de importantes obras de arte e seus
autores.

BIOGRAFIA DE VERMEER
Johannes Vermeer nasceu em 1632, na cidade de Delft, filho de Reynier e de Digna
Vermeer. Durante alguns anos fez seu aprendizado em pintura e em 1653 foi admitido
na Associação de Saint Luke of Delft, como mestre.
Vermeer foi um dos maiores pintores holandeses do século XVII, e mesmo sendo tão
grandiosa, sua obra permaneceu esquecida até meados do século XIX. Somente 35
de suas telas são conhecidas e nenhuma parece ter sido vendida.
Uma grande parte de seus trabalhos retratam cenas domésticas com uma ou duas
figuras lendo, escrevendo ou tocando instrumentos musicais. A utilização da luz pelo
artista sempre foi feita de forma esplendorosa e suas pinturas transmitiam muita paz,
talvez devido às suas próprias meditações e análises do mundo que o cercava. Suas
telas apresentam grande precisão na composição e na representação do espaço.
Jan Vermeer faleceu em 1675, em Delft, aos 43 anos.
Fonte de pesquisa: www.arteehistoria.com.br

ATIVIDADES:

-Leitura da Biografia de Johannes Vermeer;


-Pintura com lápis de cor da “Moça do brinco de pérola”, sem mostrar como é a pintura
original.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


212

-Após a pintura, mostrar para os alunos as cores da pintura original.

Moça do brinco de pérola - Vermeer

Levar cópias de obras de arte:

Reprodução das obras de arte com:


-Colagem de papel ou cascas de ovos, lãs, tecidos, folhas secas...
-Desenho com lápis ou carvão (pode ser de brasa)
-Pintura com guache ou outra tinta
-Pintura com flores...
-Recolher os trabalhos
-Veja alguns modelos, os alunos têm muita criatividade, com certeza saberão fazer a
releitura de forma muito criativa.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


213

Trabalho em grupo:

-Os alunos deverão pesquisar biografias de outros pintores:


-Apresentar oralmente a biografia do pintor num cenário como o de alguma tela
famosa do artista. Apresentar os personagens atrás de uma moldura caracterizados
como na pintura. Atrás da pessoa colar um fundo como o fundo da tela original.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


214

Fotografar o aluno caracterizado durante a apresentação.


-Marcar uma data para entregar a foto e o texto da biografia digitados

Exposição de trabalhos:
-Exposição dos trabalhos.
-Uma biografia resumida do artista deverá ser colada ao lado da foto, ou os alunos do
trabalho explicam aos visitantes.
- Exposição de fotos de manifestações artísticas populares.

Ex: Jhoni Morgado pintou está Monalisa numa singela residência


em Alto Piquiri, sua terra natal.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


215

Versões da Monalisa encontradas na Internet

Obra de Claude Monet

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


216

Impressionismo é um movimento artístico surgido na França no século XIX. O nome


do movimento origina-se da obra Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet.
Os pintores impressionistas não se interessavam em temáticas nobres ou retrato fiel
da realidade. Utilizavam pinceladas soltas para destacar a luz e o movimento.
Geralmente as telas eram pintadas ao ar livre, das lindas paisagens externas, para
que o pintor pudesse capturar melhor as nuances da natureza.
Nas telas dos impressionistas são retratados os reflexos e efeitos que a luz do sol
produz nas cores da natureza. As cores da natureza mudam constantemente,
dependendo da incidência da luz do sol, e uma dessas mudanças implica na alteração
de cores e tons.

A Busca da Imagem ao Natural

Os objetos retratados ao ar livre, sob a luz natural, eram bastante valorizados pelos
impressionistas. O volume e solidez, características que a pintura tradicional pregava
como fundamentais para uma obra de arte existir, começaram a ser desrespeitados,
abrindo caminho para as vanguardas estéticas do Século 19.
Quanto à fidelidade com o objeto retratado, não se pode dizer que os
impressionistas não a desejassem, mas buscavam essa fidelidade à sua maneira.
Com efeito, os impressionistas faziam suas pinturas fora das convenções artísticas,
mas, de preferência, sob os efeitos do olhar e das mudanças da luz diária.
Nesse sentido pode-se dizer que são descendentes do Realismo. As cores eram
de fundamental importância para o grupo, elemento extremamente expressivo em sua
arte.

A importância do pincel na formulação da obra

A frescura da impressão que um objeto causava ao artista deveria ser captada


pelas pinceladas. Os objetos retratados seriam aqueles percebidos pela visão como
paisagens, retratos, cenas do cotidiano.
Duas influências foram fundamentais para o movimento: as estampas japonesas
que popularizam-se na Europa no final do Século 19, com seu desrespeito à
perspectiva e às normas de composição da academia ocidental - suas formas repletas
de vida encantavam os impressionistas - e a invenção da fotografia.
SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU
217

Túlio Olive (Impressionismo)

São obras, de paisagem externa, inspiradas no momento da colheita, que ocorre no


verão.
Segundo o artista, as pinturas estão fora das convenções artísticas e algumas
retratam os reflexos que a luz do sol produz nas cores da colheita, no amanhecer e
nas flores.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


218

Autorretrato

É uma forma de registro em que o modelo é o próprio artista.

Existe há muito tempo, pois é da natureza humana a necessidade de deixar


algum registro de sua própria imagem, mesmo
depois de sua passagem pela vida.

RETRATO DE CLAUDE MONET.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


219

Ao se autorretratar, o artista olha dentro de si e, de certa forma, expõe a sua


alma por meio de várias linguagens, como a música, a poesia, as artes visuais.

Todas comunicam ideias, percepções, visões de mundo.

Autorretrato de Frida com colar de espinhos e beija-flor, 1940

O autorretrato é de certa forma uma afirmação de presença, ou melhor, um registro


dela. É a memória de estar visível entre coisas visíveis. É a prova de estar incluído no
mundo, e não isolado dele.
A auto representação pode significar, também, um exercício de autoconhecimento.
Durante o Renascimento, o ser humano passa a ser o centro do universo.
O autorretrato torna-se um forte meio de expressão, pois os pintores começam a
retratar seus próprios rostos com o intuito de:
Deixar suas imagens gravadas para o futuro.
Sentir que eram importantes como seres humanos e
como profissionais.

Autorretrato de Van Gogh

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


220

Expressar em suas pinturas, o que sentiam internamente, suas emoções e seus


pensamentos.
No autorretrato, o artista também se conecta com a vida de seu tempo. Composição,
coras, formas, modos de retratar-se evidenciam diferentes atitudes e movimentos
artísticos, desde as obras clássicas às rupturas modernistas.
O artista se retrata e se expressa, numa tentativa de leitura e transmissão de suas
características físicas e de sua interioridade emocional.
O autorretrato é o espelho do artista.

NATUREZA MORTA

A natureza-morta é um gênero das artes visuais que tem como tema central os objetos
inanimados, frutas, flores, livros, taças de vidro, garrafas, jarras de metal, porcelanas,
dentre outros objetos o propósito de mostrar as qualidades de suas formas, cores,
composições e texturas. Antes da Renascença, seres e coisas inanimadas apareciam
ocasionalmente como temas de afrescos e mosaicos, desde a Antiguidade, ou, na
Idade Média, como elementos de fundo em pinturas religiosas para lhes dar um tom
realista, mas é com o Renascimento que a natureza-morta emerge como um gênero
independente. Na Renascença, as primeiras pinturas holandesas de natureza-morta
procuraram retratar caveiras, velas e ampulhetas, como alegorias da mortalidade, e

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


221

flores e frutas, para simbolizar os ciclos da natureza. O interesse do público pelos


quadros de natureza-morta vinha da intenção deles em decorar suas casas com
objetos seculares devido à influência da reforma protestante em vários países
europeus. Outro impulso à natureza-morta veio da necessidade documental de se
retratar as observações e descobertas científicas do período. O pintor Caravaggio foi
um dos mais importantes do gênero ao desafiar aqueles que viam a natureza-morta
como um tema menor. Outro importante artista que deu nova estatura ao gênero foi
Paul Cézanne, que faz os objetos inanimados parecerem existir apenas para serem
contemplados e não usados. Entre os artistas que retrataram a natureza-morta estão
Pablo Picasso, Georges Braque, Vincent van Gogh, Fernand Léger e Henri Matisse.
A Arte da natureza morta de Paul Cézanne pertencia a uma família tradicional e seu
pai, banqueiro e autoritário, não aceitava a ideia do filho ser artista. Mas Cézanne
tinha dificuldades para enfrentá-lo. Com o apoio de sua mãe, o pai acabou cedendo
ao desejo do filho, que abandonou a faculdade de Direito e viajou a Paris, em 1861,
para aperfeiçoar os estudos em pintura. Para criar suas naturezas mortas, Cézanne
estudava atentamente a disposição dos objetos que iria pintar.
Cézanne resgatou o gênero de pintura de natureza morta, que havia sido abandonado
no século XIX. Vejo que Paul Cézanne encontrava na natureza morta ótimas
condições para desenvolver seu trabalho, e que Paul Cézanne, também foi muito
importante para arte moderna, Cézanne também introduziu nas suas obras distorções
formal e alterações de perspectiva em benefício da composição para ressaltar o
volume e peso dos objetos. Concebeu a cor de um modo sem precedentes, definindo
diferentes volumes que foram essenciais para suas composições.
Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva a sua concepção da
composição, segundo o seu estilo consistia em ver a natureza e suas formas e
volumes simplificando em suas essências geométrica fundamentais, a esfera, o
cilindro e o cone ele preocupava mais com a captação destas formas do que com a
representação do ambiente atmosférico, Cézanne afirmava que tudo na natureza se
modela como a esfera, o cone e o cilindro, tornando volume e espaço um só corpo
estrutural.
Ponto de partida de Cézanne não é a sensação visual imediata, mas o conceito que
vem da inteligência. A Pintura de Cézanne traduz conceitos sobre as formas. O
objetivo de Cézanne ao sugerir a estrutura total e permanente das formas, ele tornava
o Impressionismo uma coisa séria e clássica digna de estar no museu, estrutura total

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


222

e permanente das formas, Cézanne tenta alcançar isto pela cor e não pelo desenho,
Cézanne era um colorista que transmite a sensação da forma com a cor.

Natureza Morte com maçãs Natureza morta,

Paul Cézanne,1890 Panfilo Nuvolone,1620

O termo natureza-morta foi usado ainda na Renascença, para designar todo tipo de
objeto que viesse a compor uma cena. Com a Reforma Protestante, artistas do centro-
norte europeu se viram forçados a pintar temas que não fossem mais religiosos, uma
vez que a nova religião que professavam não permitia a imagem de figuras sacras
nos templos. Daí a grande vocação que seguiram, principalmente aos pintores do
norte europeu, a pintarem temas alternativos como marinhas, naturezas-mortas e
paisagens. Tal foi a dedicação desses artistas, que as cenas de natureza-morta
executadas por eles, eram de extrema precisão de detalhes.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


223

A caricatura é um desenho que exagera as características de uma pessoa,


ressaltando um defeito ou mesmo algo que lhe chama atenção em sua fisionomia.
Enfatizando seus gestos, hábitos, vícios e defeitos, por exemplo. Personagens da vida
real, tais como políticos e artistas. Enfatiza de forma humorística a pessoa. Em
algumas situações salienta gestos, vícios e hábitos particulares de cada indivíduo.
É uma arte onde são comuns a distorção e o uso de poucos traços. Relata-se que
uma boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa por
meio do jogo com as formas. É comum o uso da caricatura nas sátiras políticas.
Historicamente, a palavra caricatura é oriunda do italiano caricare (carregar, no
sentido de exagerar, aumentar algo em proporção). Na caricatura, o artista desvenda
as impressões que a índole e a alma deixaram na face da pessoa.

Assim a crítica é feita sobre uma pessoa através de um desenho. Atualmente o uso
da caricatura têm se tornado popular, e é comum encontrarmos a caricatura de
pessoas em blogs, convites, festas de aniversário, em charges de jornais, etc. O termo
caricatura, vem do italiano; significa exagerar, carregar. Com este sentido a caricatura
surgiu no século XVII com o pintor Agostino Carracci da Bolonha, artista que criou
uma galeria de tipos populares da sua cidade. Outros artistas da Escola de
Bologna também se destacam nessa forma de arte, como Domenichino e Guercino.
Pier Leone Ghezzi (1674 – 1755) foi um dos primeiros a dedicar-se quase que
integralmente à realização de caricaturas.

Uma boa caricatura transmite rapidamente a imagem de uma pessoa. Ela pode ou
não, ser cômica, variando bastante conforme o estilo do artista.

Uma boa dica para quem está começando a fazer caricaturas, é observar quais são
as principais características da pessoa a qual ela está retratando, o que destaca mais,
o que a torna ela diferente do comum, se tem algum defeito muito chamativo. Exagere
estes detalhes e vá medindo os resultados com o tempo.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


224

A caricatura é um estilo de desenho que têm conquistado cada vez mais


admiradores

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


225

Atividade:
Vamos ouvir e cantar a música abaixo:

Existem 2 personagens que aparecem na letra desta música. Identifique-os e escolha


um para ser representado através de uma caricatura.

Proibida Pra Mim

Compositor: Charlie Brown Jr

Ela achou meu cabelo engraçado


Proibida pra mim no way
Disse que não podia ficar
Mas levou à sério o que eu falei

Eu vou fazer de tudo que eu puder


Eu vou roubar essa mulher pra mim
Eu posso te ligar a qualquer hora
Mas eu nem sei seu nome!

Se não é eu, quem vai fazer você feliz?


Se não é eu, quem vai fazer você feliz? ...Guerra! (bis)

Eu me flagrei pensando em você


Em tudo que eu queria te dizer
Numa noite especialmente boa
Não há nada mais que a gente possa fazer

Eu vou fazer tudo o que eu puder


Eu vou roubar essa mulher pra mim
Eu posso te ligar a qualquer hora
Mas eu nem sei seu nome!

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


226

Se não é eu, quem vai fazer você feliz?


Se não é eu, quem vai fazer você feliz?... Guerra!

Cartoon de um cientista louco estereotipado

Um cartoon, cartune ou cartum é um desenho humorístico acompanhado ou não


de legenda, de caráter extremamente crítico retratando de uma forma bastante
sintetizada algo que envolve o dia-a-dia de uma sociedade e de uma cidade que é
extremamente dificil.

O termo é de origem britânica, e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na
década de 1840, quando a revista Punch publicou uma série de charges que
parodiavam estudos para os frescos do Palácio de Westminster, adaptados para
satirizar acontecimentos da política contemporânea. O significado original da
palavra cartoon é mesmo "estudo", ou "esboço", e é muito utilizada nas artes
plásticas.

Este tipo de desenho é ainda considerado uma forma de comédia e mantém o seu
espaço na imprensa escrita atual.

Na imprensa escrita moderna, o cartoon aparece como uma obra de arte, geralmente
com intenção de humor. Esse costume data de 1843, quando a Revista Punch utilizou
o termo em desenhos satíricos em suas páginas 1 , para designar quadros de John
Leech.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


227

"Cartoon no.1: Substance and Shadow" (1843)


de John Leech satiriza cartoons para
os frescosno Palácio de Westminster, que
criaram o conceito moderno dos cartoons.

O cartum também utiliza da caricatura, porém,


diferente da charge, ele não retrata personagens conhecidos e não tem como objetivo
satirizar uma situação atual, simplesmente faz graça com uma situação cotidiana. É
algo próximo de uma piada.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


228

“Demoiselles d’Avignon” – pintura


cubista de Pablo Picasso

O Cubismo surge com o pintor


francês Paul Cézanne que introduziu em suas obras a distorção nas formas e os
formatos bidimensionais. Mas é em 1907, que o Cubismo é retratado com maior
ênfase nas pinturas do principal representante deste movimento: Pablo Picasso, ao
lado de Georges Braque.
O quadro de Picasso intitulado pelo autor de “Demoiselles d’Avignon” retrata e
prenuncia as características cubistas: formatos geométricos, sensação de pintura
escultural e a superposição de partes de um objeto sob um mesmo plano.

Portanto, o Cubismo sempre representou as formas da natureza, destacando as


formas geométricas como meio de expressão: cones, cilindros, esferas, pirâmide,
prismas. Os formatos embasados na matemática geométrica possibilitam ao
espectador a visualização espacial da imagem, ou seja, o objeto pode ser visto por
ângulos diferentes.
A visão cubista tem a função de ilustrar na arte a decomposição, fragmentação e
recomposição da realidade através das estruturas geométricas.
A literatura e a poesia no Cubismo também retrataram a fragmentação e a
geometrização da realidade por meio da linguagem: as palavras são soltas e são
dispostas no papel a fim de conceber uma imagem.

O Cubismo surgiu nos meios literários com o manifesto-síntese de Guillaume


Apollinaire, em 1913. Apollinaire apoiava a destruição da sintaxe, assim como a
vanguarda anterior (Futurismo) era a favor da invenção de palavras e de seu uso sem
preocupações com normas, do verso livre e da abolição do lirismo (estrofe, rima).

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


229

No Brasil, o Cubismo exerceu influência na década de 20 com Oswald de Andrade e


na década de 60 com o Concretismo.

PRINCIPAIS ARTÍSTAS BRASIELIROS:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


230

Anita Malfatti

Vicente rego

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


231

Di Cavalcanti - Mulheres e frutas, 1962

Fonte: http://blig.ig.com.br
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di
Cavalcanti, foi pintor, caricaturista e ilustrador brasileiro. Nasceu na cidade do Rio de
Janeiro, em 6 de setembro de 1897 e faleceu em 26 de outubro de 1976, na mesma
cidade. Idealizou e participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras
de arte e elaborando a capa do catálogo. Seu estilo artístico é marcado pela influência
do expressionismo, cubismo e dos muralistas mexicanos (Diego Rivera, por exemplo).
Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o samba. Em suas obras
são comuns também, os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as
favelas, protestos sociais, etc). O MAC possui em seu acervo, além de pinturas, uma
série de mais de 500 desenhos, que cobrem o período que vai da década de 20 até o
ano de 1952: grafites, aquarelas, guaches e nanquins, generosamente doados pelo
artista. O quadro "Mulheres e frutas" foi pintado em 1962, óleo sobre tela. Pertence a
um colecionador particular (não divulgado) e até pouco tempo atrás era inédita para o
grande público.

Principais artistas Cubistas Brasileiros

- Anita Malfatti (pintora)

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


232

- Tarsila do Amaral (pintora e desenhista)

- Vicente do Rego Monteiro (pintor, desenhista e escultor)

- Di Cavalcanti (pintor, ilustrador e desenhista)

Principais artistas do Cubismo brasileiros

Entre os principais artistas do Cubismo, além de Picasso e Braque, podemos


destacar outros pintores, escultores e desenhistas que dedicaram suas obras para o
movimento Cubista, se tornando assim alguns dos principais artistas do Cubismo.
Primeiramente, vale-se relembrar que o Cubismo no Brasil só foi realmente aceito
após a Semana de Arte Moderna de 1922, que foi quando o movimento finalmente
ganha aceitação e terreno no território brasileiro.
Entre os principais artistas do Cubismo brasileiros podemos destacar em primeiro
plano alguns dos artistas que realizaram obras cubistas nessa semana. Di Cavalcanti,
Anita Malfatti, Rego Monteiro e Tarsila do Amaral com certeza se destacam, desde a
época, quando considerados os principais artistas do Cubismo brasileiros, afinal, suas
obras são vistas e revistas até atualmente nas diversas exposições de arte cubistas
que rodam o mundo.

Romero Britto

Pintor e artista plástico brasileiro

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


233

Biografia de Romero Britto:

Romero Britto (1963) é um famoso pintor e artista plástico brasileiro. Radicado em


Miami, nos EUA, ficou conhecido pelo seu estilo alegre e colorido, por apresentar uma
arte pop, despojada da estética clássica e tradicional. É considerado um dos artistas
mais prestigiados pelas celebridades americanas e o pintor brasileiro mais bem
sucedido fora do Brasil.

Romero Britto nasceu no Recife, no dia 6 de outubro de 1963. Começou seu interesse
pelas artes na infância, quando usava sucatas, papelões e jornais para exercitar a sua
criatividade. Eram tempos de pobreza e muitas limitações na cidade do Recife.
Romero Britto também começou nessa época a usar a grafitagem, o que foi de grande
influência em seu trabalho.

Iniciou o curso de Direito na Universidade Católica de Pernambuco, mas depois viajou


aos Estados Unidos e lá estabeleceu-se como artista de sucesso até hoje.

É muito influenciado pela estética cubista, e tem Picasso como um grande mestre.
Seu estilo vibrante e alegre, com cores fortes e impactantes fez com que sua obra
tivesse forte ligação com a publicidade. O artista já mostrou o seu talento pintando
para uma campanha publicitária da marca de vodca sueca Absolut, para as latas de
refrigerante da Pepsi Cola, e redesenhou personagens de Walt Disney.

Principais artistas do Cubismo estrangeiros

Também não devemos nos esquecer da influência que os principais artistas do


Cubismo estrangeiros trouxeram para o nosso país em contribuição a todo o mundo.
Um dos principais artistas do Cubismo estrangeiro é o pintor mexicano Diego Riveira,
que sempre gostou de fazer grandes obras modernas, realizadas em grandes murais.
Este foi um dos principais artistas do Cubismo estrangeiro afinal foi um dos
propagadores do movimento no México.
Também não podemos nos esquecer do holandês Piet Mondrian como um dos
principais artistas do Cubismo, afinal, inspirado por Van Gogh, logo notou as grandes

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


234

obras que poderia realizar graças ao movimento cubista e seguiu para obras e pinturas
com grande influência da abstração geométrica.
Quando considerados os principais artistas do Cubismo no exterior é difícil fazer uma
lista com todos, afinal, eles são em muitos. Mas, mais um dos principais artistas do
Cubismo é o francês Duchamp-Villon, que, ajudou a propagar o movimento Cubista
em esculturas, afinal, ele foi pioneiro na implantação da escultura cubista, que era
muito relacionada também com a arquitetura.

Principais artistas Cubistas Estrangeiros

- Pablo Picasso (pintor, escultor e desenhista espanhol)

- Paul Cézanne (pintor francês)

- Marcel Duchamp (escultor e pintor francês)

- Georges Braque (escultor e pintor francês)

Atividade:

1) Pesquisar as obras dos artistas brasileiros sobre o cubismo, mostrando


suas principais características como: Linhas, formas e cores.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


235

ABSTRACIONISMO

É um desenho não-figurativo. Uma figura que não


pretende se parecer com nenhuma imagem que
conheçamos. No desenho abstrato podemos
desenhar as emoções: medo, alegria, amor, tristeza,
felicidade; utilizando os elementos dos desenhos
figurativos, que são: linhas pontos, cores e formas.

A palavra abstrata, pode ser aplicada a qualquer obra de arte que não faça uma
representação imediata dos objetos. O artista abstracionista usa cores, linhas e
manchas para criar formas indefinidas, não copiando mais a realidade. O pintor Russo
Wassily Kandinsky é considerado por muitos historiadores o iniciador da pintura
abstrata. O abstracionismo dominou a pintura moderna e se diversificou em duas
tendências principais:

a) Abstracionismo Informal: expressa os sentimentos e as ideias do artista, e


este, com total liberdade e expressão, utiliza cores e formas de maneira
espontânea.

b) Abstracionismo Geométrico: As formas e as cores

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


236

Obras de Kandinsky

Amarelo, Amarelo, vermelho, azul, 1925azul, 1925.

Composição, VI, 1913. Composição, VII, 1913.

Kandinsky começou por ser um pintor naturalista. Na sequência da sua viagem


a Paris as suas pinturas começaram a ganhar mais cor e a perder organização.
Em 1913 já as suas obras não referenciavam quaisquer objetos do mundo
físico, recebendo inspiração direta da música. Estas foram as primeiras
pinturas totalmente abstratas que apareceram no mundo da arte moderna. Desde
muito cedo, Kandinsky esteve em contato com ela. Os seus pais
tocavam piano e cítara, tendo o próprio pintor aprendido a tocar piano e
violoncelo. Esta influência chega inclusivamente a aparecer nos títulos das
suas obras, Impressões, Improvisos e Composições e corresponde, respectivamente,
a 3 grandes etapas da sua obra. Nas Impressões ainda estão
presentes alguns elementos figurativos, os Improvisos traduzem reações

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


237

emocionais espontâneas e as Composições são abstrações construídas. - não sei se


esse tá certo mais foi o que eu consegui fazer

Vida e obra de Kandinsky

Wassily Kandinsky, o pioneiro do abstracionismo nas Artes Plásticas, nasceu na


cidade de Moscou, em 16 de dezembro de 1866. Filho de pais divorciados, ele foi
educado pela tia, optando a princípio pela música, que
posteriormente refletirá em seu trabalho como pintor,
pois ela lhe confere noções essenciais de harmonia e
evolução. Kandinsky seguiu inicialmente as trilhas
acadêmicas, formou-se em Direito e Economia na
Universidade de Moscou, mas logo depois desistiu desta
profissão, encontrando finalmente seu destino nas veredas das artes visuais, ao se
apaixonar por uma tela de Monet.
O artista começou a estudar pintura em Munique – nesta época considerada como um
centro artístico -, na escola de Anton Ažbè, mas Kandinsky desencantou-se com esta
prática artística, pois tinha uma predileção especial por paisagens. Suas primeiras
obras refletiam um toque musical e expressavam também temas do folclore russo.
Nesse período, Kandinsky conheceu o pintor Paul Klee, dando início a uma grande
amizade. No ateliê do Professor Von Stuck ele permanece até 1900; um ano depois o
artista funda a Phalanx (Falange), um grupo de artistas, entre eles Stern, Hüsgen,
Hecker e Klee. Pouco tempo depois esta associação encerra suas atividades por
carência de alunos, mas suas sementes frutificam posteriormente com o nascimento
da Nova Associação dos Artistas de Munique (NKVM). Nesta
mesma ocasião, Kandinsky inova ao pintar sobre vidro,
técnica inspirada na cultura da Bavária.
Na etapa ainda figurativa do artista, a tela “O Cavaleiro Azul
(1903)” reproduz um personagem dos contos de fadas,
imagem muito comum na infância de Kandinsky,
simbolizando o combate entre o bem e o mal, luta e
transformação. Este tema se repete nesta fase do pintor. Em 1908, retorna a Munique,
onde edita o ensaio “Do Espiritual na Arte”, em 1911, no qual apresenta a arte como
expressão de um imperativo interior. Nesta década, o pintor realiza os primeiros

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


238

trabalhos não figurativos, tornando-se assim o primeiro artista no Ocidente a criar uma
pintura abstrata. Ele libera as artes plásticas das cadeias convencionais a que elas se
prendiam. Com sua atitude inovadora, influencia profundamente não só está esfera,
mas vários outros setores artísticos.
Em 1912, a famosa tela acima citada dá nome a um almanaque – Der Blaue Reiter (O
Cavaleiro Azul) – e ao primeiro grupo expressionista, de teor lírico, comparado ao
caminho mais dramático do grupo Die Brücke, também expressionista. Durante a
Primeira Guerra, o artista refugia-se na Rússia, até 1921. Assim, é testemunha da
Revolução Socialista, e como membro integrante do Comissariado para a Cultura
Popular inaugura vários museus e reconstitui a Academia de Belas Artes de Moscou.
A partir de 1922, Kandinsky se torna professor da Bauhaus. Porém, em 1933, esta é
fechada pelos nazistas e os trabalhos do pintor são apreendidos em 1937.
Kandinsky foge então para a França e vive em Paris durante um ano, adotando depois
a nacionalidade francesa. Nesta cidade ele toma contato com as artes aplicadas –
estilo artístico de teor utilitarista, contraposto à arte pela arte – e gráficas,
especialmente com o fauvismo, movimento que explora ao máximo o uso das cores
nas representações pictóricas. Em Paris, como consequência dos tempos de guerra,
Kandinsky sofre com a penúria destes tempos, mas não perde o vigor artístico e
prossegue em suas pesquisas. Sua obra, porém, não reflete os vestígios da guerra.
Em 1940, o artista conclui a execução de seu último grande trabalho, “À Volta do
Círculo”. Kandinsky continua a pintar pequenos cartões, apesar de estar acometido
por uma arteriosclerose, da qual vem a falecer no dia 13 de dezembro de 1944, em
Neuilly-sur-Seine, aos 78 anos de idade.

Kandinsky só criou a arte abstrata porque um belo dia ele chegou em


seu ateliê e viu um quadro caído em seu cavalete. Ele não conseguiu
identificar a figura retratada no quadro, mas aquelas cores despertaram
nele um certo sentimento, uma emoção. Ao se aproximar ele percebeu
que aquilo nada mais era do que seu próprio quadro (figurativo) caído
de cabeça para baixo e por isso ele não havia identificado a figura.
Aquele episódio fez ele refletir sobre a arte, fez ele pensar que a arte não
precisa ter figuras reconhecíveis para despertar emoção. Com isso
surgiu a arte abstrata.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


239

O Expressionismo das Formas

Na sua opinião existem formas diferentes de representar uma mesma ideia ou uma
mesma emoção? Como você representaria, por exemplo, a dor e o sofrimento
humano? Mas, e o que é forma? “Podemos dizer que a forma é a configuração ou o
aspecto dos objetos quando representados em uma obra de arte”. (MARCONDES,
1998, p.121) Além disso, a forma é figurativa quando representa figuras e objetos e
abstrata quando não tem intenção figurativa. Quando usamos a forma abstrata em
uma obra, não representamos pessoas ou objetos, mas, mesmo assim podemos
“dizer” muita coisa, ou seja, representar algo, pois as formas podem evocar alegria,
tristeza, beleza, tranquilidade, agitação, dinamicidade, conflitos, soluções, representar
a vida humana.

Atividade

Observe atentamente a Batalha no mar, de Kandinsky e descreva o que você vê.

WASSILY KANDINSKY. (Batalha no mar) 1913.

O que você consegue perceber a partir de um primeiro olhar? Essa obra é figurativa
ou abstrata? O que expressam as formas que vemos em Batalha no mar? As formas,
linhas e cores nessa obra refletem, na sua opinião, uma batalha? Como você imagina
uma batalha no mar?

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


240

A Pintura Abstrata
O pintor russo Wassily Kandinsky foi o primeiro a abandonar toda e qualquer
referência à realidade reconhecível em sua obra, e chegou a essa descoberta
revolucionária por acaso. “Em 1910, quando estava em seu estúdio, deparou-se com
seu próprio quadro virado de lado no cavalete. O quadro não tinha tema, não
representava qualquer objeto identificável, era totalmente composto de manchas
coloridas. Mas, mesmo descartando todo realismo, para Kandinsky, as formas
coloridas pareciam despertar emoção independente do conteúdo”. (GOMBRICH,
1993, p. 143) Você concorda?

Jackson Pollock

Outro artista abstrato é Jackson Pollock, mas o seu abstracionismo é diferente do


abstracionismo de Kandinsky. Observando a foto do artista podemos perceber que
ele, diferentemente de Kandinsky, tirou a tela da parede ou do cavalete, colocando-a
no chão, caminhando sobre ela ou ao seu redor enquanto pintava. Pollock, inventor
da pintura chamada informal, na década de 1940, foi apelidado de “Jack, the Dripper”
(Jack, o pingador), pois o artista espremia a sua bisnaga de tintas sob a tela, sem
qualquer intenção figurativa, ou mesmo geométrica. Essa forma de pintar é conhecida
como pintura de ação ou expressionismo abstrato. Observe na imagem que o artista
não toca a superfície do quadro com o pincel. Nesse tipo de pintura destaca-se a
energia, a ação, o movimento do artista. A arte, nesse caso, não é só o produto da
criação artística, mas também de um processo ativo da criação, no qual o artista faz
parte da obra. Observe as obras de Pollock:

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


241

ATIVIDADE:
 Materiais
Cartolina branca (uma ou duas folhas, de acordo com o número de alunos).
Pincel atômico na cor preta.
Tinta guache, várias cores incluindo o branco, caso necessite clarear um
tom de cor.
Pincéis chatos, grossos, médio e finos.
Pote para colocar as tintas.
Deposito com água para lavagem de pincéis a cada mudança de cor.
Retalhos de tecidos para enxugar os pincéis.
Cola
Régua e lápis grafite.
Tesoura.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


242

A professora deverá dar as seguintes orientações para os alunos:

1-Dividir a cartolina, traçando um quadriculado de acordo com o número de


alunos, (os quadros deverão ter o tamanho de meia folha de ofício). Numerar
os quadros de acordo com o número de alunos (pode escrever o nome de
cada aluno junto).

2-Desenhar com o pincel atômico preto, uma linha, podendo ser, curva, reta,
sinuosa ou formas geométricas, no lado da cartolina em branco.

3 - Recortar o quadriculado da cartolina, em seguida, distribuir os quadrados


para todas as crianças pintarem.

4 - Elas devem colar um quadrado ao lado do outro, seguindo a sequência do


número do seu cartão. Ao final estará pronto o painel coletivo.
 Cole o painel em um lugar na escola para que todas as crianças possam
ver.

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


243

BIBLIOGRAFIA

Currículo Básico Amop

http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/artes/origem-e-historia-
pontilhismo.html#ixzz3J3oNxbzR
historiadaarte.com.br/linha/abstracionismo.html

http://pt.slideshare.net/celianjos/formas-geomtricas-29016012

http://pt.slideshare.net/SimoneHelenDrumond/chapeuzinho-vermelho-e-as-
formas-geometricas-no-pais-do-vermelho-por-simone-helen-drumond?

http://pt.slideshare.net/GINNELLY/figs-geo?related=

http://pointdaarte.webnode.com.br/news/os-elementos-da-linguagem-visual1/
http://profecrisartes.blogspot.com.br/

pt.slideshare.net/lozo95/apostila-de-arte

http://www.bepeli.com.br/artes/expressionismo/expressionismo.html

http://www.escritoriodearte.com/artista/frans-krajcberg/

www.google.com.br/search?q=Frans+Krajcberg+formas&sa=X&espv=2&biw=
1366&bih=600&nfpr=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&ei=5G2tVIaBDYTKeI6r
hKAO&ved=0CBwQsAQ&dpr=1

cultivarbiodiversidade.wordpress.com/2010/09/14/o-movimento-land-art-
origem-historia-e-expressao/

Thalita Carlos Moreno Tomé Peres (Rimas)


http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=42319

luciamartinelli06.blogspot.com/.../tangram-quadrado-oval-e-redondo.ht...
Wikipedia e Land art
Site oficial de Robert Smithson: http://www.robertsmithson.com/
Site oficial de Christo e Jeanne Claude: http://www.christojeanneclaude.net/
www.google.com.br/search?q=Frans+Krajcberg+formas&sa=X&espv=2&biw=
1366&bih=600&nfpr=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&ei=5G2tVIaBDYTKeI6r
hKAO&ved=0CBwQsAQ&dpr=1

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


244

http://artecastrocosta.blogspot.com.br/2010/03/maos-em-negativo.html
http://forum.mundofotografico.com.br/index.php?topic=72831.0
http://artedescrita.blogspot.com.br/2012/01/composicao-com-vermelho-
amarelo-e-azul.html

http://trabalhosescolarescriativos.blogspot.com.br/2014/02/plano-de-aula-
releitura-de-mondrian.html

http://arteautentica.blogspot.com.br/2010/04/aldemir-martins-o-artista-o-
desenho-e.html

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=20319

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=13630

textoshttp://projetoslinguagemeafins.blogspot.com.br/2012/10/projeto-
producao-de-textos.html

Fernanda Maurício Simões

práticas de leitura para os alunos


professor altair pivovar - ufpr

http://pt.wikipedia.org/wiki/Guernica_(quadro)
http://www.isa.utl.pt/campus/6_pablo.htm

https://artemaior.wordpress.com/2010/11/02/pop-arte-e-andy-warhol/

http://www.revista.agulha.nom.br/ag39pedrosa.htm)

http://pinterest.com/kzmazurek/bursts-of-color/
http://www.vagalume.com.br/charlie-brown-jr/proibida-pra-
mim.html#ixzz3QaDzq2VH
http://www.revista.agulha.nom.br/ag39pedrosa.htm
http://www.suapesquisa.com/cordel/

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&vi
ew=article&id=305&Itemid=191http://www
auladearte.com.br/historia_da_arte/picasso.htm#ixzz3QD5vFRpv

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU


245

vandachetto09.blogspot.com/.../atividade-luz-e-sombra-semana-4.html

http://www.colegioweb.com.br/trabalhos-escolares/artes/origem-e-historia-
pontilhismo.html#ixzz3J3oNxbzR

douglasdim.blogspot.com/2011/09/luz-e-sombra.html

http://artesatividades.blogspot.com.br/2011/04/textura.html
http://blogartecedvf.blogspot.com.br/2011/07/textura-parte-1.html

http://blogartecedvf.blogspot.com.br/2011/07/textura-parte-2.html

www.im.ufrj.br/dmm/projeto/projetoc/precalculo/sala/.../cap21s3.html

anasantos04.wordpress.com/2010/12/02/autorretrato/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Caricatura

http://www.vagalume.com.br/charlie-brown-jr/proibida-pra-
mim.html#ixzz3QaDzq2VH

http://piquiri.blogspot.com.br/2007/08/arte-e-oralidade.html

http://www.desenhoonline.com/site/saiba-o-que-e-e-quando-surgiu-a-
caricatura/

http://www.alunosonline.com.br/educacao-artistica/caricatura.html

www.gustavorosa.com.br e www.dikopataka.com.br
www.iveteraffa.com.br
http://www.portalguarani.com/3_livio_abramo/1247_livio_abramo__133_obras
_restauradas_centro_de_artes_visuales__museo_del_barro_.html

Wikipédia Cartoon

http://www.tudoemfoco.com.br/principais-artistas-do-cubismo.html

http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=94&evento=
1

http://joserosarioart.blogspot.com.br/2010/11/natureza-morta-jose-rosario.html

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/arte.pdf

http://www.colegiouirapuru.com.br/index.php/projetos-fundi

SECRETARIA MUNICIPAL D EDUCAÇÃO FOZ DO IGUAÇU

Você também pode gostar