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da Hotelaria
Brasileira
Perspectiva de desempenho e nova oferta
do Panorama da
E, por fim, mas não menos importante, um amplo levantamento da oferta de
hotéis urbanos em desenvolvimento no país até 2022.
Hotelaria Brasileira, Agradecemos o apoio de todas as redes hoteleiras e do FOHB para a realização
do Panorama. No total, o desempenho de 420 hotéis e de 31.694 UHs foi
uma publicação
analisado, e 29 das principais redes hoteleiras do país informaram seu pipeline
de novos projetos. A participação de vocês é fundamental para que a publicação
continue sendo uma valiosa e consistente fonte de informação estratégica do
idealizada e realizada
setor hoteleiro no Brasil.
pela HotelInvest há
Observa-se o início de um virtuoso ciclo de recuperação de desempenho
dos hotéis no país. Sem variação expressiva de oferta e com a retomada de
crescimento econômico nacional, as expectativas são de aumento de ocupação
mais de 10 anos.
e diária média na maioria das praças analisadas.
+2,5%
PIB em 2019
2018 foi o segundo ano de crescimento econômico no
país após o início da recessão em 2015, o que indica um
novo ciclo de recuperação, com inflação controlada e a
menor taxa básica de juros da história. Em 2019, o melhor
ânimo do mercado frente ao novo governo e às possíveis
reformas econômicas trazem expectativas positivas e um
ambiente de negócios mais favorável. Confirmando-se
estas expectativas, serão atraídos mais investimentos
ao país, gerando mais empregos à população e um ciclo
virtuoso de crescimento.
IPCA 2019 SELIC 2019 IED (% do PIB) 2019 Taxa de desemprego 2019
4,3%2018 4,5%
6,5% 2018 6,6%
4,0%2018 4,2%
11,7%
2018 12,2%
R$ 16,3
diminuíram 29% entre 2018 e 2014. Parte dessa redução de consumo de
viagens internacionais foi redirecionada ao mercado doméstico. A demanda
hoteleira de destinos com alta participação do segmento de lazer cresceu
historicamente, e com mais intensidade nos últimos 5 anos. Com um dólar
alto e a retomada de aumento da classe média, esta tendência de crescimento
se manterá. Ademais, políticas como a facilitação para obtenção de visto de
viagem ao Brasil e a melhoria da conectividade área também contribuirão
bilhões para o incremento da demanda turística no país. Além de beneficiar
empreendimentos hoteleiros já em operação, as perspectivas de aumento
de demanda sinalizam uma oportunidade clara para o desenvolvimento de
VGV acumulado de projetos de multipro- resorts e projetos turístico-imobiliários no Brasil, caso sejam desenvolvidos em
priedade no Brasil lançados até 2018 destinos atrativos e com as características de produto adequadas.
(Caio Calfat Real Estate Consulting, 2018)
-4,7
-5,8
-10 -8,2
-11,0 -10,9
-14,5
-16,0 Queda de gasto
-20 -17,4 -18,3
-19,0 de brasileiros no
-20,8 exterior entre
-22,0
2018 e 2014
-29%
-25,0 -25,6
-30
2014
2015
2002
2003
2004
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2016
2017
2018
2000
2001
2005
Fonte: Banco Central do Brasil Receita Despesa Superávit/Deficit Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 7
Desempenho hoteleiro nacional
Retomada da economia
impulsiona o desempenho
hoteleiro no país e abre espaço
Desempenho 2018
para aumentos de diária
+5,8%
de ocupação
-1,1%
algumas cidades. A diária média, por sua vez, ainda
não reagiu nas principais praças e está 32,3% abaixo do
pico no histórico analisado (2014). Diretamente ligada à
atividade econômica do país, a curva de crescimento de
desempenho hoteleiro deverá se intensificar em 2019,
de diária média o que sinaliza oportunidades para ajustes reais de diária.
em valores reais
R$ 357
R$ 309 R$ 291
+3,2%de ocupação
R$ 244 R$ 242 R$ 245
R$ 236
R$ 190
R$ 167
+1,3%
R$ 142 R$ 149 R$ 155
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 9
Desempenho hoteleiro nacional
Redes esperam crescimento
de ocupação e diária média em
todos os mercados. Todas as
cidades encontram-se no ciclo de
aceleração de desempenho
Taxa de Ocupação 2019* Diária Média em 2019*
64% R$ 245
O mercado aposta na intensificação dos negócios e Apesar da variação modesta esperada pelas
investimentos e, consequentemente, no aumento redes, há maior potencial de crescimento
de demanda hoteleira. Entre as cidades analisadas, deste indicador. Mercados com ocupação
Curitiba e Goiânia encontrarão um maior desafio para média próxima a 70% estão próximos ao seu
atingir o orçamento. Com a inauguração de 648 e 487 pico sazonal e podem adotar ajustes mais
UHs entre 2018 e 2019 nas referidas cidades, o cenário expressivos, próximos a dois dígitos.
mais provável é de queda de ocupação nestes destinos.
Fortaleza
Para 2019, TAXA DE OCUPAÇÃO
-15% -7,5% 0,0% 7,5% 15%
as redes esperam acelerar o crescimento Vitória
de desempenho dos hotéis, com
aumentos de ocupação e diária Belo Horizonte
em praticamente todas as cidades.
Curitiba
Com a retomada da economia, o Porto Alegre
setor hoteleiro vive um novo ciclo de Goiânia
incremento de resultado. -5%
Desafios.
Apesar da tendência nacional de
recuperação de desempenho, as
DIÁRIA MÉDIA
Rio de Janeiro
cidades de Goiânia e Curitiba podem
encontrar maior dificuldade para atingir
os orçamentos em 2019 em razão da II – Aceleração da queda de desempenho -10% III – Início de recuperação de desempenho
perspectiva de aumento de oferta nos
referidos municípios.
* A linha representa a tendência de evolução de desempenho de cada 2018 vs 2017 2019 vs 2018
mercado. O ponto de partida é a variação entre 2017 e 2018. E o ponto
de chegada a variação esperada pelas redes entre 2018 e 2019, com
Fonte: HotelInvest base nos orçamentos por elas elaborados. Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 11
Nova oferta de hotéis no Brasil
Mercado aproxima-se
do fim do último ciclo de
desenvolvimento de hotéis
+3,7%
de aumento de oferta
acumulado previsto até 2022
(0,9% a.a.)
123 novos hotéis em estruturação em todo o país, totalizando 18.698 UHs e com concentração das
aberturas entre 2019 e 2020. Na maioria das cidades a previsão de nova oferta é baixa. Sem novos
hotéis em médio prazo e com a retomada de crescimento econômico, o mercado passará por um
novo ciclo de recuperação de desempenho. Em longo prazo, e com a publicação da Instrução 602 da
CVM, espera-se um crescimento de oferta menos expressivo no país, o que diminui a percepção de
risco do negócio hoteleiro e estimula o desenvolvimento de novas estruturas de funding no setor.
415
628
1.469
839
6%
2.308
38%
2.350 33%
61%
62%
248
4.595 Econômico 34% Cond0-hotel
572 Midscale Hotel
3.572 956 Upscale/luxo
66%
1.901
1.259
Capital
2019 2020 2021 2022 Não Capital
Fonte: HotelInvest Econômico Midscale Upscale/luxo Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 15
São Paulo Rio de Janeiro
Curitiba Belo Horizonte
Brasília Salvador
Porto Alegre Goiânia
Vitória Fortaleza Recife
Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 16
São Paulo
Com a ocupação em quase 70%, a diária volta
a ter espaço para crescer próximo a 2 dígitos
Desempenho 2018
+4,1%
de ocupação
Com aumento residual de oferta
e retomada de crescimento
econômico, a expectativa das
redes é de atingir 68,7% de
ocupação em 2019, acima do pico
no histórico analisado (67,6% em
2014). Apesar da estimativa de
1,9% de crescimento real de diária
indicada pelas redes, acredita-se
+3,2%
em uma surpresa positiva até
o final do ano, pois com maior
pressão de demanda, a tarifa
terá espaço para crescer com
de diária média mais força. O pipeline de novos
em valores reais projetos inclui 9 hotéis, um total
de aproximadamente 2 mil UHs.
+3,7%
60%
R$ 343
R$ 316
de ocupação
R$ 276 R$ 278 R$ 283
R$ 269
R$ 232
R$ 204 R$ 195
+1,9%
R$ 171 R$ 184
R$ 167
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 18
São Paulo
Forte crescimento de ocupação desde o início
de 2017. Com maior pressão de demanda,
próximo passo é aumentar a diária
+3,3%
R$ 312 66%
de ocupação
64% entre o início de 2016 e o fim de 2018.
Nov-17
Nov-18
Dez-18
Jan-16
Mar-16
Mai-16
Jul-16
Jan-17
Mar-17
Mai-17
Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
luxo e upscale
mercado: W São Paulo, Fasano
Itaim e o Rosewood.
+9
98
64 hotéis
+1.759
623
464 UHs
+4,6%
360
+8,8%
de ocupação
Após queda acumulada de 34,8% na ocupação
do mercado entre 2014 e 2017, o indicador
voltou a crescer em 2018 e deverá apresentar
mesma tendência em 2019. A redução da
oferta e a retomada de crescimento econômico
do país devem levar a ocupação próxima aos
55% no acumulado do ano em 2019. Com baixa
pressão de demanda, o potencial de aumento
de diária é baixo, com risco ainda de queda.
A economia da cidade está em reaquecimento:
a elevação do preço do barril de petróleo, que
atingiu US$ 80 em setembro de 2018 (maior
-8,3%
cotação desde outubro de 2014), e os novos
leilões do pré-sal têm atraído a atenção das
empresas do setor. O plano de negócios da
Petrobras prevê um investimento de R$ 45
bilhões no estado do Rio de Janeiro até 2023.
de diária média
em valores reais
+3,5%
57% 55%
53%
R$ 577 49%
R$ 485
R$ 433 de ocupação
R$ 425
R$ 285 R$ 300
+0,7%
R$ 275 R$ 275 R$ 277
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 23
Rio de Janeiro
Fim da tendência de queda de
desempenho. Ocupação cresce desde
o segundo semestre de 2017
67%
R$ 422
-20,2% de ocupação
entre o início de 2016 e o fim de 2018
Nov-17
Nov-18
Dez-18
Jan-16
Mar-16
Mai-16
Jul-16
Jan-17
Mar-17
Mai-17
Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
73 80
0,0%
Entre 2016 e 2018, a demanda em Curitiba
aumentou dois dígitos enquanto a taxa
de ocupação evoluiu apenas 2,8% neste
período, por conta da inauguração de
de ocupação 1.042 UHs nos últimos dois anos. Em 2018,
foram inaugurados três hotéis, todos no
final do ano, o que gerará um impacto na
oferta em 2019. Isso, aliado a mais uma
inauguração e uma economia ainda em
recuperação, deverá limitar o crescimento
de ocupação e de diária em 2019. No
-2,6%
médio prazo, não há previsão de novas
aberturas, o que permitirá recuperar os
níveis de desempenho.
© Rodrigo Canissela
de diária média
em valores reais
e da diária média
Histórico e tendência de desempenho (R$ de 2019)
Desempenho 2019*
68% 65%
62% 62% 63%
+1,5%
60%
R$ 297
R$ 280
R$ 247 R$ 222 de ocupação
R$ 217 R$ 217
R$ 201
R$ 183
+0,2%
R$ 149 R$ 138 R$ 134 R$ 137
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 28
Curitiba
Desempenho ainda em queda pelos dados
dessazonalizados mostra os efeitos das
recentes inaugurações
R$ 278
65% -4,9% de ocupação
entre o início de 2016 e o fim de 2018
62%
-22,1% de diária
R$ 217 entre o início de 2016 e o fim de 2018. Em comparação com
o pico no histórico analisado (2014), a diária encontra-se
27,1% abaixo. As inaugurações recentes interromperam
a trajetória de recuperação de desempenho do mercado,
Nov-16
Nov-17
Nov-18
Dez-18
Jan-16
Mar-16
Mai-16
Jul-16
Jan-17
Mar-17
Mai-17
Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
+1
processo de evolução de oferta
pelo qual outras cidades passaram
nos últimos anos. Com a última
hotel econômico abertura prevista para 2019, a
+140
recuperação do desempenho
deverá se iniciar em 2020.
UHs em 2019
+11,0%
de ocupação Com a retomada da demanda corporativa,
motivada principalmente pelos setores de
mineração e automobilístico, a ocupação
cresceu fortemente em 2018, chegando
a 57,9%. Para 2019, a expectativa do
mercado é que os hotéis cheguem aos
60% de ocupação, permitindo aumentos
de tarifa. Em médio prazo, espera-se um
reaquecimento do setor de eventos na
cidade, em razão da privatização do
-1,5%
Expominas e da reforma e reabertura
do Minascentro.
de diária média
em valores reais
+3,1%
52% 51% 52%
R$ 254
R$ 206
de ocupação
+2,1%
R$ 107
R$ 87 R$ 91 R$ 96
R$ 83
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 33
Belo Horizonte
Ocupação em recuperação desde o início
de 2016 e diária média estável desde
março de 2018. Tendência de crescimento
de desempenho para os próximos anos
Média móvel de desempenho (série dessazonalizada – 12 meses)
R$ 200
+13,5%
58%
de ocupação
entre o início de 2016 e o fim de 2018
51%
R$ 157
-21,2% de diária
entre o início de 2016 e o fim de 2018. Em comparação com
o pico no histórico analisado (2014), a diária encontra-se
38,2% abaixo. Apesar da queda acumulada de diária nos
dois últimos anos, desde o início de 2018 ela se manteve
Nov-16
Nov-17
Nov-18
Dez-18
Jan-16
Mar-16
Mai-16
Jul-16
Jan-17
Mar-17
Mai-17
Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
+3,4% em oferta até 2022 (0,8% a.a.) Belo Horizonte foi a cidade com o maior
+1
número de aberturas para a Copa do
Mundo FIFA 2014. Entre 2013 e 2015, foram
hotel econômico inaugurados 34 hotéis, somando 5.082 UHs,
+1
um aumento de 70,1% da oferta em relação a
2012. Em 2018, apenas o Fasano foi inaugurado
e há notícias de dois novos projetos em
hotel midscale desenvolvimento, ambos estruturados como
+443
condo-hotel. Sem muita nova oferta e com o
reaquecimento da economia, a tendência é de
UHs em 2020 recuperação de valor dos ativos hoteleiros.
+6,5%
de ocupação
Em 2016, a ocupação dos hotéis de Brasília
atingiu o índice mais baixo da séria histórica,
51,2%. Desde então, este índice evoluiu
19,3%, atingindo os 61,1% em 2018. Neste
mesmo período, a diária média caiu 9,7%,
sentindo os efeitos da maior concorrência
entre os hotéis da cidade. Para os próximos
anos, as perspectivas são positivas. Não
há novas aberturas e a demanda deverá
crescer, tanto pelo maior número de eventos
+1,2%
e reuniões relacionados ao novo governo,
quanto pela maior demanda corporativa.
Com altas taxas de ocupação durante a
semana, há uma oportunidade clara para
de diária média que os hotéis sejam mais agressivos em
em valores reais suas negociações e em suas estratégias
comerciais.
+3,4%
51%
R$ 432
R$ 346 de ocupação
R$ 280
R$ 253 R$ 250 R$ 253 R$ 254
+0,3%
R$ 180 R$ 160
R$ 144 R$ 143 R$ 155
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 38
Brasília
Ocupação em crescimento desde
janeiro de 2017, mas diária ainda estável
+17,1%
Média móvel de desempenho (série dessazonalizada – 12 meses)
61%
R$ 339 de ocupação
entre o início de 2016 e o fim de 2018
-25,8% de diária
entre o início de 2016 e o fim de 2018. Em comparação
R$ 252 com o pico no histórico analisado (2014), a diária
encontra-se 41,7% abaixo. Apesar da média móvel de
52% ocupação em 61%, durante a semana os hotéis estão
cheios. Nos últimos anos, o crescimento de demanda
foi robusto, mas as diárias ainda se encontram em um
patamar baixo. Há espaço para o início de recuperação
Nov-16
Nov-17
Nov-18
Dez-18
Jan-16
Mar-16
Mai-16
Jul-16
Jan-17
Mar-17
Mai-17
Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
de tarifas em Brasília.
Nenhum hotel em
desenvolvimento
O grande crescimento de oferta em Brasília se deu
entre 2013 e 2015 (+30,5% em relação a 2012), motivado
pela Copa do Mundo FIFA 2014. Neste período, foram
inaugurados 10 hotéis, com 2.325 UHs. Desde então,
abriram apenas dois hotéis, o Ibis Styles Aeroporto em
2017, com 361 UHs e o B Hotel em 2018, com 306 UHs.
Até 2022, não há perspectivas de novas aberturas.
+11,4%
de ocupação
2018 foi o segundo ano consecutivo
de crescimento de demanda em
Salvador. Com oferta praticamente
estável, a cidade também conseguiu
aplicar reajustes reais de tarifa. A maior
expectativa para 2019 é a abertura
do novo centro de convenções
em setembro, que deve recuperar
em médio prazo uma importante
+1,9%
demanda de eventos que foi perdida
com o fechamento do antigo espaço.
Isso, somado à finalização das obras do
aeroporto, prevista para outubro, gera
de diária média uma perspectiva de crescimento de
em valores reais demanda para a hotelaria da cidade ao
longo dos próximos anos.
© Ciroamado
Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 42
Salvador
Com ocupação próxima a 65%, Cidade com maior crescimento de
+2,4%
49%
R$ 296
de ocupação
R$ 242
R$ 223
R$ 195 R$ 199 R$ 202
+1,8%
R$ 162
R$ 126 R$ 128 R$ 134
R$ 110 R$ 113
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 43
Salvador
Sólido crescimento da taxa de ocupação
há dois anos abre espaço para que a tarifa
continue crescendo
+26,4%
Média móvel de desempenho (série dessazonalizada – 12 meses)
R$ 239 de ocupação
64% entre o início de 2016 e o fim de 2018
Nov-17
Nov-18
Dez-18
Jan-16
Mar-16
Mai-16
Jul-16
Jan-17
Mar-17
Mai-17
Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
Nenhum hotel em
Entre 2011 e 2013, 11 novos hotéis, totalizando 2.011 UHs,
desenvolvimento foram inaugurados em Salvador. No total, a oferta da
capital baiana cresceu 29% neste período, o que foi o
principal indutor de queda de desempenho no setor.
Desde então, o ritmo de crescimento de oferta diminuiu.
Os projetos mais recentes foram o Adagio e o Fasano,
abertos em 2017 e 2018, respectivamente. Sem novos
hotéis e com a economia em reaquecimento, um novo
período de crescimento de desempenho
é esperado para os hotéis.
+8,9%
de ocupação
A demanda hoteleira cresceu dois
dígitos em 2018, o que permitiu
que a ocupação voltasse aos 60%,
após três anos na casa dos 55%,
por conta da injeção de 1.162 novas
UHs no mercado desde 2014. No
entanto, a diária média ainda está
em trajetória de queda, tendência
que deverá se reverter em 2019, pois
sem perspectiva de novas aberturas
até 2022, a ocupação voltará ao seu
-3,5%
pico sazonal e as tarifas subirão nos
próximos anos.
de diária média
em valores reais
Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 47
Porto Alegre
Diária média no início do As perdas de diária média foram
R$ 304
+3,5%de ocupação
R$ 247
R$ 220 R$ 214 R$ 206 R$ 208
R$ 182
+0,8%
R$ 136 R$ 124 R$ 130
R$ 123 R$ 118
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 48
Porto Alegre
Curva acentuada de crescimento de
ocupação desde outubro de 2017 mostra
consistência na recuperação do mercado
R$ 244
Média móvel de desempenho (série dessazonalizada – 12 meses)
-15,5% de diária
entre o início de 2016 e o fim de 2018. Em comparação
com o pico no histórico analisado (2014), a diária
55% R$ 206 encontra-se 32,2% abaixo. O aumento da concorrência
pressionou as diárias para baixo, fazendo com que
empreendimentos midscale estejam com tarifas mais
próximas às de hotéis econômicos. Com as melhores
taxas de ocupação, espera-se que haja um movimento de
Nov-16
Nov-17
Nov-18
Dez-18
Jan-16
Mar-16
Mai-16
Jul-16
Jan-17
Mar-17
Mai-17
Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
+1
hotel a ser desenvolvido na região sul de Porto
Alegre. Seu impacto no desempenho da cidade
hotel midscale será pontual, pois até 2022 espera-se que o
+141
mercado tenha recuperado bons índices de
desempenho.
UHs em 2022
-14,1%
A inauguração de seis hotéis, totalizando
975 UHs, entre 2017 e 2018 (+20,9% de
oferta em relação a 2016) fez com que
a taxa de ocupação em Goiânia caísse
de ocupação 14,1% em 2018, a maior queda dentre os
mercados analisados. A previsão de mais
duas aberturas em 2019, além dos efeitos
da inauguração do Clarion, que entrou
em operação em dezembro de 2018,
pressionarão provavelmente mais uma
vez a ocupação para baixo. Com menor
pressão de demanda, manter a diária
-4,2%
estável será um desafio para o setor.
aberturas, o risco é de
oferta, a demanda precisará
crescer aproximadamente 8%
para que a ocupação tenha
+2,3%
51% 52%
R$ 276
de ocupação
R$ 253
R$ 229 R$ 222 R$ 213 R$ 213
R$ 178 R$ 165
0,0%
R$ 150
R$ 132
R$ 109 R$ 111
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 53
Goiânia
Novas aberturas reduziram a ocupação
e a diária média do setor. Tendência ainda
é de queda
Média móvel de desempenho (série dessazonalizada – 12 meses)
R$ 251
-21,1% de ocupação
entre o início de 2016 e o fim de 2018
65%
R$ 212
-15,3% de diária
entre o início de 2016 e o fim de 2018. Em comparação com
o pico no histórico analisado (2014), a diária encontra-se
51% 23,1% abaixo. 2019 será outro ano de aumento de oferta
em Goiânia. O período de recuperação de desempenho do
mercado será maior em comparação com outras cidades
analisadas no Panorama.
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Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
+10,9%
de ocupação
Após um 2017 difícil, o setor hoteleiro de
Vitória apresentou em 2018 o segundo
maior crescimento de ocupação das cidades
analisadas. Esse crescimento foi impulsionado
majoritariamente pela retomada do
mercado de offshore, principal gerador de
demanda hoteleira para a cidade, no último
trimestre do ano. Para 2019, espera-se novo
crescimento de ocupação e correção, ainda
tímida, das tarifas. Um grande marco para
Vitória, no início de 2018, foi a inauguração da
expansão do aeroporto, obra que estava em
-1,3%
andamento há mais de 15 anos e aumentará
o fluxo de visitantes à cidade.
de diária média
em valores reais
+2,5%
60%
57% 55%
+0,3%
R$ 104 R$ 93 R$ 96
R$ 85
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 58
Vitória
Com a tendência de recuperação da ocupação,
haverá espaço para reajustes tarifários
-6,4%
Média móvel de desempenho (série dessazonalizada – 12 meses)
R$ 219 de ocupação
entre o início de 2016 e o fim de 2018
-29,7%
65%
de diária
60% entre o início de 2016 e o fim de 2018. Em comparação com
o pico no histórico analisado (2014), a diária encontra-se
29,9% abaixo. Por possuir um parque hoteleiro pequeno,
a abertura de novos hotéis em Vitória tende a ter um
impacto maior na hotelaria da cidade do que nas outras
R$ 154 capitais analisadas. Apesar de a demanda crescer desde
2016, a inauguração de novos hotéis reduziu o desempenho
do mercado. A retomada de recuperação de ocupação
iniciou no segundo semestre de 2017, mas as tarifas ainda
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não reagiram.
+3,8% em oferta até 2022 (0,9% a.a.) Com apenas um novo hotel previsto para os
+1
próximos anos, a trajetória de recuperação
de desempenho da cidade depende do ritmo
hotel econômico de reaquecimento econômico do país, em
+138
especial da cadeia de offshore.
UHs em 2019
+5,7%
de ocupação
Redes preveem fechar 2019 com
75% de ocupação e diária estável
em valores reais. Apesar da alta
ocupação, operadoras turísticas
limitam o potencial de aumento de
tarifa do mercado. Seu aeroporto,
privatizado em 2016, passou a ser
o novo hub das companhias aéreas
+0,4%
Air France-KLM e Gol em 2018.
Há uma expectativa de que o fluxo
de turistas no aeroporto aumente
após o fim da reforma, previsto
de diária média para o início de 2020.
em valores reais
© Roberto Faccenda
Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 62
Fortaleza
Com ocupação próxima a
Apesar da ocupação próxima a 75%,
os hoteleiros não sentem espaço para
aumentos expressivos de tarifa em 2019.
+1,7%
63%
R$ 304
R$ 269
R$ 231 R$ 230 de ocupação
R$ 214 R$ 214 R$ 216
R$ 187
R$ 158 R$ 161
R$ 144 R$ 149
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 63
Fortaleza
Com ocupação próxima ao topo sazonal,
o desafio agora é voltar a aumentar a diária
-18,7%
69%
de diária
entre o início de 2016 e o fim de 2018. Em comparação com
o pico no histórico analisado (2014), a diária encontra-se
29,6% abaixo. Em 2019, espera-se um segundo semestre
R$ 214 aquecido no mercado de eventos. Esse fator, somado à
retomada dos negócios em todo o país e ao aumento
da demanda doméstica de lazer, devem permitir um
crescimento real de diária média maior do que o praticado
em 2018 e, consequentemente, maior do que o projetado
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Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
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+1
maior potencial de diária. Sem nova oferta
e ocupação no limite sazonal, o aumento
hotel econômico de pressão de demanda deve permitir
+234
uma melhoria do desempenho dos hotéis
nos próximos anos.
UHs em 2020
+2,5%
de ocupação
De 2014 para 2015, a ocupação de Recife caiu bruscamente
(-20,6%), principalmente devido às novas aberturas.
Desde então o índice pouco oscilou, pois novos hotéis
continuaram a ser inaugurados no mercado e o crescimento
de demanda, apesar de existir, foi parecido ao da oferta.
Sem novas aberturas previstas para 2019 e com a retomada
da economia, é possível que a ocupação cresça além do
+1,9%
projetado em orçamento. O leilão referente à concessão
do aeroporto de Recife foi realizado em março de 2019 e
+2,8%
64% 66%
62% 62%
60%
R$ 372
de ocupação
R$ 283 R$ 262
R$ 206 R$ 205 R$ 209 R$ 210
+0,6%
R$ 158
R$ 128 R$ 128 R$ 134 R$ 138
Fonte: FOHB/ HotelInvest * Orçamento das redes afiliadas ao FOHB Panorama da Hotelaria Brasileira 2019 68
Recife
A taxa de ocupação, apesar de oscilar, deixou
a tendência de queda no 1º semestre de 2016.
A diária, no entanto, estabilizou-se apenas em 2017
e iniciou sua trajetória de recuperação em 2018
Média móvel de desempenho (série dessazonalizada – 12 meses)
R$ 256
64%
61% +5,2% de ocupação
entre o início de 2016 e o fim de 2018
Nov-17
Nov-18
Dez-18
Jan-16
Mar-16
Mai-16
Jul-16
Jan-17
Mar-17
Mai-17
Jul-17
Jan-18
Mar-18
Mai-18
Jul-18
Set-16
Set-17
Set-18
+1
econômica, previsto para abrir em 2020.
Até lá, espera-se que o mercado já esteja
com níveis de ocupação mais próximos a 70%.
hotel econômico
+226
Caso esse cenário se concretize, a nova
abertura não deve impactar significativamente
o desempenho dos hotéis da cidade.
UHs em 2020
Fontes de informação: Para avaliar as perspectivas Amostra (desempenho dos mercados): Os dados aqui analisados utilizam a
econômicas do país e do setor, utilizaram-se as mesma base amostral em toda a série histórica, salvo quando há aberturas
projeções de longo prazo do Itaú BBA, além de dados ou fechamentos de hotéis. No total, analisou-se o desempenho de 31.694
do IBGE e do Banco Central do Brasil. Em relação ao unidades habitacionais, sendo: São Paulo (10.646 UHs), Rio de Janeiro (5.283
desempenho hoteleiro (taxa de ocupação, diária média UHs), Curitiba (2.402 UHs), Belo Horizonte (2.028 UHs), Brasília (2.764 UHs),
e RevPAR), utilizou-se a base de dados do FOHB como Salvador (1.834 UHs), Porto Alegre (2.205 UHs), Goiânia (1.227 UHs), Vitória
fonte de informação. Já para as análises de nova oferta, (1.548 UHs), Fortaleza (1.021 UHs) e Recife (736 UHs). Quanto às diárias médias
foi realizado contato individual com 39 redes para dos mercados analisados, todas estão em valores reais de janeiro de 2019 e
confirmar as novas aberturas previstas até 2022. não consideram café da manhã e impostos.
Média móvel: A fim de se avaliar com precisão a Nova oferta: Para que se estimasse com precisão a perspectiva de implantação
tendência de desempenho de cada cidade analisada, de novos hotéis urbanos no país, as equipes de desenvolvimento de 39 redes
adotou-se o índice de média móvel, ou seja, em hoteleiras foram consultadas individualmente. Participaram da pesquisa 29 redes
cada mês avalia-se a média dos últimos 12 meses hoteleiras, perfazendo um total de 119.685 UHs em operação (78,1% do universo
de operação, permitindo assim que os dados não pesquisado). Após o levantamento, foi realizado um tratamento nos dados para
apresentassem desvios de sazonalidade, como se excluir possíveis desvios, como conversões e projetos com baixa probabilidade
períodos de férias ou outros eventos pontuais. de abertura. Por se tratar de um estudo com foco em hotelaria urbana, não foram
incluídas no estudo as redes com maior participação no mercado de lazer. Apenas
os projetos com contrato assinado foram contemplados no estudo.
Pedro Cypriano Rebecca Ribeiro Renata Cassani Diogo Canteras Cristiano Vasques
Sócio-Diretor Analista Analista Sócio-Fundador Sócio-Diretor
+300 projetos +60 projetos +30 projetos +700 projetos +300 projetos
13 anos de experiência 7 anos de experiência 4 anos de experiência +30 anos de experiência 18 anos de experiência
www.hotelinvest.com.br