Você está na página 1de 12

ESCOLA CONDE CASTELO DE MELHOR

EDUCAÇÃO VISUAL E TECNOLÓGICA

5º ANO

“COMO ELABORAR UMA


MÁSCARA”

Janeiro de 2009
INDICE

Pág.

INTRODUÇÃO 3

COMO SURGIRAM AS MÁSCARAS E O SEU SIGNIGICADO 4

MATÉRIAS-PRIMAS 6

EXEMPLOS DE MÁSCARAS 7

CONCLUSÃO 11

BIBLIOGRAFIA 12
INTRODUÇÃO

A realização deste trabalho de pesquisa surge no âmbito da disciplina


de Educação Visual e Tecnológica do 5º Ano.
Este trabalho, com o título “ Como elaborar uma Máscara”, tem como
finalidade: saber como surgiu a máscara, alguns dos seus significados,
exemplos de máscaras e algumas matérias-primas.
As máscaras foram usadas ao longo dos séculos no cumprimento de
várias tradições como acessório de festas ou elemento decorativo. São
notáveis as máscaras fantásticas de dança e de procissão no Oriente; no
antigo teatro grego as máscaras serviam para figurar os tipos tradicionais da
tragédia e de comédia e para dar maior volume ao corpo do actor e á sua
voz.

COMO SURGIRAM AS MÁSCARAS E O SEU SIGNIFICADO


As máscaras surgiram entre os séculos V a.C. e V d. C., como artigo
bastante utilizado nas primitivas manifestações dramáticas encenadas nos
teatros greco-romanos e Oriental. Os actores cobriam o rosto ou parte dele,
na caracterização de suas personagens. Ao longo dos tempos, passaram a
servir também com peça de adorno e até hoje despertam fascínio.

O ritual alastrou-se pelos vários continentes. Reproduções da face


humana ou animal - esculpida em diversos materiais – as máscaras
despertavam nas pessoas que as usavam a crença de efeitos mágicos.
Eram religiosas e misteriosas, enriqueciam rituais e identificavam raças.

A palavra máscara, inicialmente de origem italiana, designava uma


criação fantástica feiticeira e associada a manifestações diabólicas e em
torno de um mistério, daí se tenha tornado com o Carnaval um tema de
divertimento.
Durante muito tempo, foi exibida entre o oscilar do satírico e do
sagrado, do terror e da irrisão, da verdade e da ilusão, da ameaça e da
hilariedade.

O uso que dela se fez no Egipto, em Atenas ou em Roma, bem como


as funções que ela assumiu nas diversas sociedades, no cumprimento de
várias tradições com origem cultural e recreativa. A máscara foi utilizada ao
longo dos tempos por vários povos e com diversas finalidades. A máscara
serve de enfeite ou disfarce (no teatro, no Carnaval, em festas, etc.) e pode
ajudar a defender das más influências, por exemplo as máscaras religiosas e
as máscaras africanas. A máscara pode ainda, servir de resguardo, por
exemplo: em profissões (no tratamento das abelhas pelo apicultor), em
desportos (no jogo de esgrime) ou na guerra (utilizada pelos guerreiros para
se protegerem.
Hoje por diversos motivos cada um de nós escolhe uma máscara na
qual se esconde ou se fantasia, para mostrar aos outros o que não é. Porém

mesmo usando máscaras, muitos incorporam a sua própria personalidade,


utilizando para reforçar pontos positivos ou negativos que possuem.
A máscara é, assim, um objecto com que se dissimula o rosto, a
cabeça ou, mais raramente, o corpo e que se pode fazer com diversos
materiais. Conforme o caso, pode ter utilidade objectiva ou significado
simbólico, seja como objecto de culto, como adereço teatral ou como
disfarce para encobrir a identidade de quem não queira ostentá-la. A
máscara, baseada numa relação particular entre o real e o imaginário,
encontra-se presente nas formas mais antigas dos rituais e espectáculos. O
seu simbolismo, com muita frequência, realça-lhe o valor estético.

A primeira máscara de que se tem registo está gravada, entre


centenas de outras figuras, na caverna labirinto de Trois Frères, nos
Pirineus, datada do Paleolítico Superior (30.000 a 10.000 a. C.), descoberta
em 20 de Julho de 1914.

Ao longo da Península Ibérica podemos encontrar diferentes


máscaras. Em Portugal, encontram-se muitas máscaras principalmente na
zona norte do país e na zona do Lamego, mas também existem outras mais
abaixo do Douro, concretamente na zona do sobrado e também em Aveiro
(que têm características diferentes das do solstício e do Entrudo). Em
Espanha podemos encontrar algumas máscaras típicas na Galiza, Samora
(Castela), Astúrias, etc.
Tanto na Galiza quanto na zona de Samora, em Castela, há
semelhanças com algumas festas em Portugal. Muitas máscaras estão
ligadas a cultos celtas, ao solstício de Inverno. Até mesmo as do Entrudo
(Carnaval) estão ligadas a cultos deste tipo. Por exemplo em Trás-os-
Montes, existem máscaras que se utilizam na época do Natal cristão
contrariamente ao uso mais frequente no Carnaval. Estas são máscaras
menos conhecidas. Também na Galiza, se podem encontrar algumas
máscaras cujo uso acontece no solstício (de Inverno).

MATÉRIAS-PRIMAS
As máscaras podem ser feitas com diferentes materiais, tais como:
cortiça, barro, argila, pasta de papel, papelão, madeira, folha de flandres,
folha de alumínio, tecido, metal, caixas de cartão, materiais recuperados,
forradas de pêlos, fitas, cores ou outros enfeites. Podem ainda, ser feitas de
folhas, de cascas e de ramos vegetais, de pele ou de coro, de conchas do
mar, forradas em ouro, prata, ou outros metais, esculpidas em pedra etc…

As máscaras podem ser reproduções da face humana ou animal, que


despertam em quem as usa a crença de efeitos mágicos.

EXEMPLOS DE MÁSCARAS
Lazarim

Situada no concelho de Lamego, na freguesia de Lazarim representa-se o


verdadeiro Carnaval tradicional, vulgarmente conhecido por Entrudo. O Entrudo em
Lazarim é conhecido pelas tradicionais máscaras feitas manualmente em madeira
de amieiro.

Ousilhão

Na freguesia de Ousilhão, situada no


Concelho de Vinhais, celebra-se todos os
anos a 25 de Dezembro a festa de Santo
Estêvão, onde se destaca a presença dos
Caretos. Os Caretos de Ousilhão usam os
seus trajes coloridos e máscaras de madeira
produzidas por artesãos locais.

Vila Boa de Ousilhão

Também do concelho de Vinhais, a


freguesia de Vila Boa de Ousilhão tem a
presença do grupo “Máscaras e
Marafonos”. A festa de Vila Boa de
Ousilhão, acontece no Carnaval e nas
características dos trajes usados
sobressai um fato constituído por calças,
casaco e gorro, com franjas, polainas, chocalhos, e campainhas suspensas de
correias de couro, cruzadas no peito e nas costas.

Laza

A grandeza do Entrudo de Laza ( Galiza – Espanha)


fala por si. O seu resultado é sempre um Carnaval
cheio de animação, euforia e grande alegria. Os seus
membros estão trajados com o fato de Peliqueiro, a
máscara tradicional de Laza.
Xinzo de Limia

A tradição do Entrudo de Xinzo de Limia (Galiza)


já é muito antiga. As máscaras típicas do
Entrudo de Xinzo de Limia são as Pantallas.

Viana do Bolo

Em Viana do Bolo o Entrudo manifesta-se com


rituais e tradições diferenciadas de outros Carnavais
da região de Ourense. Aqui, as máscaras
tradicionais são os Boteiros, máscaras que se
destacam pela sua beleza e grandeza.

Villanueva de Valrojo

De Villanueva de Valrojo,
em Zamora, os “Obisparras
e Diablos” no Entrudo
trajam com fatos coloridos e
máscaras em pasta de
papel

Pobladura de Aliste

A 15 de Agosto, acontece a festa de Pobladura de


Aliste. Dois semeadores, dois bois guiados por um
lavrador e um criado, a Filandorra que leva ao colo
um menino e o soldado; o cego, o piolhoso e o mendigo; o gaiteiro e tamborileiro,
com o bailador e a bailadeira e o afiador.

Montamarta

Em Montamarta, a figura principal é o Zangarrón.


Nos dias 1 e 6 de Janeiro, Montamarta enche-se
de alegria, pois são estes os dias de festa, altura
em que todos os habitantes e curiosos se juntam
nas ruas acompanhando e participando nesta
tradição.

Rio Frio de Aliste

Em Rio Frio de Aliste a tradição acontece no


primeiro dia do ano. Aqui são representados
os Carochos.

Sarracín de Aliste

Também nesta localidade da região de Zamora, se


celebra a tradição a 1 de Janeiro. Com um extenso
número de personagens, o grupo de Sarracín de
Aliste é composto por quinze personagens que tal como Rio Frio de Aliste
representam figuras diabólicas ou simplesmente figuras características do dia a dia
destas terras.

Aveleda

CONCLUSÃO
Trágicas ou cómicas, assustadoras ou belas, as máscaras compõem
um extraordinário acessório de formas e funções múltiplas, cujas origens se
perdem na noite universal dos tempos.
A sua ocorrência é de tal ordem diversificada que, desde os
primórdios da humanidade, pelos cinco continentes encontramos variações
de seu uso que chegam quase ao infinito.
A máscara é um adereço ou uma protecção para o rosto. Serve de
enfeito ou disfarce; serve de resguardo e defende das más influências.
As máscaras podem ser feitas com diferentes materiais
inclusivamente com materiais recuperados.
Eu gostei de fazer este trabalho de pesquisa, porque fiquei a saber
mais sobre as máscaras, mas para mim foi um pouco difícil encontrar
material para realizar o trabalho.

BIBLIOGRAFIA
DIAS, Cármen ; SOUSA, Sandra – Artes & Manhas – Educação Visual e
Tecnológica, 2º ciclo. 1ª edição. Porto: Santillana Contância, 2003.

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Volume IV. Lisboa: Círculo de


Leitores, 2003.

FAVA, António Roberto – O fascínio das Máscaras. No site


http://www.unicamp.br

URBAN, Paulo – Máscaras - As Mil Faces de Deus. Novembro 2002 -


Revista Planeta nº 362. No site http://www.amigodaalma.com.br

http://www.agal-gz.org

http://www.anossaescola.com

http://ongs-cecs.pbwiki.com

http://www.cyberartes.com.br

http://www.eps-penalva-castelo.rcts.pt

http://www.progestur.net

Você também pode gostar