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Documento: 1898245 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/12/2019 Página 1 de 5
Superior Tribunal de Justiça
Segunda Turma, DJe de 28/6/2019; AgInt no AREsp n. 1.396.021/MS, Rel.
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe de 27/6/2019; AgInt
no AREsp n. 1.180.510/PR, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira
Turma, DJe de 25/6/2019; REsp n. 1.802.785/PR, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe de 19/6/2019; AgInt no AREsp n.
1.362.610/RJ, Rel. Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe de
13/5/2019.
III - Hipótese em que o Tribunal de origem entendeu por
caracterizados os requisitos necessários para a decretação de indisponibilidade
de bens. Assim, rever esse entendimento a fim de acolher a alegação da
recorrente no sentido de que não foi demonstrada a probabilidade do direito
demandaria reexame de provas, especialmente do laudo elaborado pela CEAT,
o que é vedado nesta Corte de Justiça, ante a incidência da Súmula n. 7/STJ.
IV - Alegação de violação do art. 20 da Lei n. 13.655/18 que não
pode ser conhecida, ante a ausência de prequestionamento da matéria.
Incidência do enunciado da Súmula n. 282/STF.
V - Recurso especial não conhecido.
ACÓRDÃO
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Superior Tribunal de Justiça
RECURSO ESPECIAL Nº 1.840.060 - MG (2019/0287305-4)
RELATÓRIO
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É o relatório.
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RECURSO ESPECIAL Nº 1.840.060 - MG (2019/0287305-4)
VOTO
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Superior Tribunal de Justiça
Tribunal a quo ser o recurso procrastinatório, a revisão da aplicação da multa do art. 1.026, §
2º, do CPC esbarra no óbice da Súmula n. 7/STJ.
Nesse sentido:
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Superior Tribunal de Justiça
O Tribunal de origem, por sua vez, asseverou que “Em que pesem as
ponderações lançadas na decisão agravada, após a análise do vasto acervo documental que
acompanhou o presente recurso, esta não se alinha ao entendimento do Superior Tribunal de
Justiça, no sentido de que a indisponibilidade dos bens é cabível quando o julgador entender
presentes fortes indícios de responsabilidade na prática de ato de improbidade que cause dano
ao Erário” (fl. 10.892) e que, além disso, “os atos de que se trata a ação em comento
inserem-se em atos de improbidade administrativa que causam lesão ao erário, enriquecimento
indevido da empresa Viasolo Engenharia Ambiental S/A e atentam contra os princípios da
administração pública, adequando-se ao tipo prescrito no art. 9º, caput, XI, art. 10, caput, V e
XII, e art. 11, caput, I, da Lei Federal 8.492/92” (fl. 10.895). É dizer, entendeu por
caracterizados os requisitos necessários para a decretação de indisponibilidade de bens.
Aliás, cumpre destacar que, neste momento processual, diante das normas
contidas nos arts. 9º, 10 e 11 da Lei n. 8.429/1992, sob pena de esvaziar de utilidade a
instrução e impossibilitar a apuração judicial dos ilícitos, as decisões que decretam ou que
mantém a decretação de indisponibilidade de bens, não precisam descrever em minúcias as
ações ou omissões praticadas pelos réus. Isso porque, nessa fase inaugural, vige o princípio do
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in dubio pro societate. Significa dizer que a medida pode ser imposta ainda que somente haja
indícios da prática de ato de improbidade administrativa. O que efetivamente há, pelo que
constatou o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, soberano na análise das provas.
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1. Conforme estabelecido pelo Plenário do STJ, "aos recursos interpostos
com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de
março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do
novo CPC" (Enunciado Administrativo n. 3).
2. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do
REsp 1.366.721/BA, DJe 19/09/2014, submetido ao rito do art. 543-C do Código de
Processo Civil/1973, correspondente ao art. 1.036 e seguintes do CPC/2015,
assentou a orientação de que, havendo indícios da prática de atos de improbidade, é
possível o deferimento da medida cautelar de indisponibilidade, sendo presumido o
requisito do periculum in mora.
3. No caso, o Tribunal de origem, soberano na análise das
circunstâncias fáticas da causa, afastou a necessidade de decretação de
indisponibilidade dos bens do agravado, à míngua dos seus requisitos, sendo
inviável a modificação de tal entendimento, em sede de recurso especial, a
teor da Súmula 7 do STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não
enseja recurso especial."
4. Agravo interno desprovido.
(AgInt no REsp n. 1.663.563/RN, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira
Turma, julgado em 3/5/2018, DJe 15/6/2018) (grifei).
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A argumentação não pode ser conhecida, haja vista que a questão não foi
debatida no acórdão recorrido. Para a configuração do questionamento prévio, não é
necessário que haja menção expressa do dispositivo tido como violado, basta que, no aresto
recorrido, a questão tenha sido discutida e decidida fundamentadamente, o que não ocorreu no
presente caso. Ante a ausência de prequestionamento, é inviável, portanto, conhecer da
respectiva argumentação.
É o voto.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. NÍVIO DE FREITAS SILVA FILHO
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
ADVOGADOS : MARIA FERNANDA PIRES DE CARVALHO PEREIRA - MG058679
CRISTIANA MARIA FORTINI PINTO E SILVA - MG065573
CAIO MARIO LANA CAVALCANTI - MG174031
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
INTERES. : MARIA DO CARMO LARA PERPÉTUO
INTERES. : JOSE DO CARMO DIAS
ADVOGADO : DANIEL DA SILVA ALVES - MG109185N
SUSTENTAÇÃO ORAL
Dr(a). MARIA FERNANDA PIRES DE CARVALHO PEREIRA, pela parte RECORRENTE:
VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a).
Ministro(a)-Relator(a)."
Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques e
Assusete Magalhães votaram com o Sr. Ministro Relator.
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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA
Relator
Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. NICOLAO DINO DE CASTRO E COSTA NETO
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
ADVOGADOS : MARIA FERNANDA PIRES DE CARVALHO PEREIRA - MG058679
CRISTIANA MARIA FORTINI PINTO E SILVA - MG065573
CAIO MARIO LANA CAVALCANTI - MG174031
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
INTERES. : MARIA DO CARMO LARA PERPÉTUO
INTERES. : JOSE DO CARMO DIAS
ADVOGADO : DANIEL DA SILVA ALVES - MG109185N
CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"Adiado por indicação do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."
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