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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 1.840.060 - MG (2019/0287305-4)

RELATOR : MINISTRO FRANCISCO FALCÃO


RECORRENTE : VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
ADVOGADOS : MARIA FERNANDA PIRES DE CARVALHO PEREIRA -
MG058679
CRISTIANA MARIA FORTINI PINTO E SILVA - MG065573
CAIO MARIO LANA CAVALCANTI - MG174031
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
INTERES. : MARIA DO CARMO LARA PERPÉTUO
INTERES. : JOSE DO CARMO DIAS
ADVOGADO : DANIEL DA SILVA ALVES - MG109185N
EMENTA

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. IMPROBIDADE


ADMINISTRATIVA. RECURSO PROCRASTINATÓRIO. APLICAÇÃO
DE MULTA DO ART. 1.026, § 2º, DO CPC. IMPOSSIBILIDADE DE
REVISÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 7/STJ. INDISPONIBILIDADE
DE BENS. ART. 7º DA LEI N. 8.429/92. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO
DO ART. 20 DA LEI N. 13.655/18. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA N. 282/STF.
I - Trata-se, na origem, de agravo de instrumento interposto pelo
Ministério Público do Estado de Minas Gerais contra decisão que indeferiu a
decretação de indisponibilidade dos bens dos réus. A decisão foi reformada
pelo Tribunal de origem. Contra o acórdão, a empresa ré opôs embargos de
declaração, os quais foram rejeitados pelo Tribunal que, além disso, fixou multa,
ante o caráter protelatório dos embargos. Irresignada, a pessoa jurídica ré
interpôs o presente recurso especial, com fundamento no art. 105, III, a, da
Constituição Federal, no qual sustenta violação do art. 1.026, § 2º, do CPC,
por entender que a multa aplicada pela interposição dos embargos de
declaração foi inadequada, do art. 7º da Lei n. 8.429/92, ante a inexistência do
preenchimento dos requisitos autorizadores da medida de indisponibilidade de
bens e, ainda, do art. 20 da Lei n. 13.655/18, asseverando que as
consequências práticas da medida de indisponibilidade não foram consideradas,
porquanto ela “coloca em xeque a própria sobrevivência civil da empresa”.
II - O entendimento desta Corte Superior é firme no sentido de
que, concluindo o Tribunal a quo ser o recurso procrastinatório, a revisão da
aplicação da multa do art. 1.026, § 2º, do CPC, esbarra no óbice da Súmula n.
7/STJ. Ademais, da leitura dos embargos opostos constato que não há qualquer
menção à pretensão de prequestionamento, hipótese que poderia dar ensejo à
aplicação da Súmula n. 98/STJ ("Embargos de declaração manifestados com
notório propósito de prequestionamento não têm caráter protelatório”).
Precedentes: AgInt no REsp n. 1.796.830/RS, Rel. Ministro Og Fernandes,

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Segunda Turma, DJe de 28/6/2019; AgInt no AREsp n. 1.396.021/MS, Rel.
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe de 27/6/2019; AgInt
no AREsp n. 1.180.510/PR, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze, Terceira
Turma, DJe de 25/6/2019; REsp n. 1.802.785/PR, Rel. Ministro Herman
Benjamin, Segunda Turma, DJe de 19/6/2019; AgInt no AREsp n.
1.362.610/RJ, Rel. Ministro Francisco Falcão, Segunda Turma, DJe de
13/5/2019.
III - Hipótese em que o Tribunal de origem entendeu por
caracterizados os requisitos necessários para a decretação de indisponibilidade
de bens. Assim, rever esse entendimento a fim de acolher a alegação da
recorrente no sentido de que não foi demonstrada a probabilidade do direito
demandaria reexame de provas, especialmente do laudo elaborado pela CEAT,
o que é vedado nesta Corte de Justiça, ante a incidência da Súmula n. 7/STJ.
IV - Alegação de violação do art. 20 da Lei n. 13.655/18 que não
pode ser conhecida, ante a ausência de prequestionamento da matéria.
Incidência do enunciado da Súmula n. 282/STF.
V - Recurso especial não conhecido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas,


acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade,
não conhecer do recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs.
Ministros Herman Benjamin, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques e Assusete Magalhães
votaram com o Sr. Ministro Relator.
Dr(a). MARIA FERNANDA PIRES DE CARVALHO PEREIRA, pela parte
RECORRENTE: VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A Brasília (DF), 10 de
dezembro de 2019(Data do Julgamento)

MINISTRO FRANCISCO FALCÃO


Relator

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RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO (Relator):

Trata-se, na origem, de agravo de instrumento interposto pelo Ministério


Público do Estado de Minas Gerais contra decisão proferida nos autos de improbidade
administrativa por ele ajuizada em desfavor de Maria do Carmo Lata Perpetuo, José do
Carmo Dias e Viasolo Engenharia Ambiental S.A, que indeferiu a decretação de
indisponibilidade dos bens dos agravados.

A decisão foi reformada pela 3º Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado


de Minas Gerais (fls. 10.890-10.906), nos termos assim ementados:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA -


IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - INDISPONIBILIDADE DE BENS -
LIMINAR - REQUISITOS - EXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DE CONDUTA
ÍMPROBA - PRESCINDIBILIDADE DE COMPROVAÇÃO DA DILAPIDAÇÃO
PATRIMONIAL - PRECEDENTES DO STJ. A determinação judicial de bloqueio de
bens, em sede de ação civil pública por improbidade administrativa, prescinde da
demonstração de dilapidação do patrimônio para a configuração do perigo da demora,
uma vez que aludido requisito está implícito no comando normativo do artigo 72 da
Lei Federal 8.429/92, bastando que a parte autora demonstre a plausibilidade do
direito invocado, consubstanciado em indícios de atos ímprobos, como evidenciado
na espécie. Provido.

Contra essa decisão, Viasolo Engenharia Ambiental S.A. opôs embargos de


declaração (fls. 10.921-10.931), os quais foram rejeitados pelo Tribunal de origem, que, além
disso, fixou multa, ante o caráter protelatório dos embargos (fls. 10.957-10.962). Segue a
ementa do acórdão:

EMBARGOS DECLARATÓRIOS - OMISSÃO - INEXISTÊNCIA -


PRETENSA REDISCUSSÃO DO QUE FORA DECIDIDO - MEIO PROCESSUAL
INIDÔNEO - PREQUESTIONAMENTO. Os embargos declaratórios têm por
escopo dirimir obscuridade, contradição ou omissão de aspectos relevantes, não
servindo como meio para obter revisão daquilo que já foi especificamente decidido, o
que expõe a condição meramente protelatória do recurso oferecido, com imposição
de multa processual. Embargos rejeitados e, de ofício, imposta multa.

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Irresignada, Viasolo Engenharia Ambiental S.A. interpôs o presente recurso


especial, com fundamento no art. 105, III, a, da Constituição Federal (fls. 10.977-11.009), no
qual sustenta violação do art. 1.026, § 2º, do CPC, por entender que a multa aplicada pela
interposição dos embargos de declaração foi inadequada, do art. 7º da Lei n. 8.429/92, ante a
inexistência do preenchimento dos requisitos autorizadores da medida de indisponibilidade de
bens e, ainda, do art. 20 da Lei n. 13.655/18, asseverando que as consequências práticas da
medida de indisponibilidade não foram consideradas, porquanto ela “coloca em xeque a
própria sobrevivência civil da empresa” (fl. 11.002).

Foram apresentadas contrarrazões ao recurso especial pelo Ministério Público


do Estado de Minas Gerais (fls. 11.100-11.104).

Em juízo de admissibilidade, o recurso foi admitido pelo Tribunal de origem (fls.


11.109-11.112).

O Ministério Público Federal opinou pelo desprovimento do recurso especial


(fls. 11.180-11.187), em parecer assim ementado:

RECURSO ESPECIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL


PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO. MULTA. CARÁTER PROCASTINATÓRIO RECONHECIDO
PELA CORTE DE ORIGEM. ART. 1026 CPC/2015. REEXAME DAS
CIRCUNSTÂNCIAS FÁTICAS. SÚMULA 7/STJ. INDISPONIBILIDADE DE
BENS. POSSIBILIDADE. ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGAIS.
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA Nº 07/STJ. ART. 7º DA LEI N. 8.429/1992. PERICULUM IN MORA
PRESUMIDO. FUMUS BONI IURIS CARACTERIZADO.
- Parecer pelo desprovimento do recurso especial.

É o relatório.

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VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO (Relator):

A recorrente opôs embargos de declaração (fls. 10.922-10.931), os quais


foram rejeitados com imposição de multa de 1% sobre o valor atualizado da causa, na forma
do art. 1.026, §2°, do CPC.

Em sua decisão, asseverou o Tribunal de origem:

O que se vê das alegações produzidas pelo embargante é que entende eles


que a Câmara de julgamento, à unanimidade, teria se equivocado na avaliação
jurisdicional sobre o tema central que lhe foi submetido.
Neste contexto, o que vejo é que não há as supostas omissões no julgado
em relação ao tema decidido, mas puro inconformismo do embargante em relação à
decisão, não sustentando quaisquer das condições existentes nos dispositivos
constitucionais e legais que prequestiona para dar lastro à pretensão deduzida.
Ademais, faço destacar que a unilateralidade do laudo pericial declinado
neste recurso cuja conclusão o mesmo contesta, poderá ser objeto de contraprova,
quando da fase probatória, onde o embargante poderá apresentar os elementos de
defesa que entende como corretos.
Outrossim, ao contrário de suas considerações a respeito do mérito da
própria ação civil pública, força é convir que a análise do pedido que culminou no
provimento do agravo foi no sentido da existência de indícios da prática de atos de
improbidade administrativa, tese que, acaso o ilustre procurador tivesse se atido
melhor aos autos, teria visto que a fundamentação contida no acórdão parte de
entendimento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de a indisponibilidade dos
bens é cabível quando o julgador entender presentes fortes indícios de
responsabilidade na prática de ato de improbidade que cause dano ao Erário, estando
o periculum in mora implícito no referido dispositivo, atendendo determinação
contida no art. 37, § 42, da Constituição Federal.
Portanto, o que vejo é que os embargos aviados têm o único propósito de
hostilizar e polemizar a decisão tal como produzida, declinando vícios que na verdade
inexistem, de modo que se o embargante entende que a decisão produzida se mostra
injusta, não será na via dos embargos declaratórios que obterá provimento
jurisdicional colidente com aquele já manifestado, se não pela via do virtual recurso
que pudesse aviar contra a decisão da turma julgadora (fls. 10.958-10.959).

A recorrente se insurge contra essa decisão, afirmando que os embargos se


destinaram a sanar omissões e que, além disso, prestaram a prequestionar a matéria.

O entendimento desta Corte Superior é firme no sentido de que, concluindo o

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Tribunal a quo ser o recurso procrastinatório, a revisão da aplicação da multa do art. 1.026, §
2º, do CPC esbarra no óbice da Súmula n. 7/STJ.

Ademais, da leitura dos embargos opostos, constato que não há qualquer


menção à pretensão de prequestionamento, hipótese que poderia dar ensejo à aplicação da
Súmula n. 98/STJ ("Embargos de declaração manifestados com notório propósito de
prequestionamento não têm caráter protelatório”).

Nesse sentido:

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO


RECURSO ESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
SÚMULA 7 DO STJ. EMBARGOS PROTELATÓRIOS. APLICAÇÃO DE MULTA.
REEXAME SÚMULA 7 DO STJ.
[...]
3. É pacífico o entendimento no STJ de que a análise do art. 1.026, § 2º,
do CPC, que trata da multa por interposição de embargos de declaração protelatórios,
demanda reexame do acervo fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso
especial, sob pena de violação da Súmula 7 do STJ.
4. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no REsp n. 1.796.830/RS, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda
Turma, DJe de 28/6/2019.)

PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO.


ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STF. ALEGAÇÃO DE NEGATIVA DE
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO CARACTERIZADA. CONTROVÉRSIA
DECIDIDA COM BASE EM DIREITO LOCAL. SÚMULA 280/STF. AUSÊNCIA
DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF E 211/STJ. MULTA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROTELATÓRIOS. REEXAME DE MATÉRIA
FÁTICO PROBATÓRIA. SÚMULA 7/STJ.
[...]
6. Afastar as conclusões do acórdão recorrido, que reconheceu o
manifesto propósito protelatório dos aclaratórios, demandaria o reexame do conjunto
fático-probatório dos autos, procedimento inviável em sede de recurso especial, nos
termos da Súmula 7/STJ.
7. Agravo interno não provido.
(AgInt no AREsp n. 1.396.021/MS, Rel. Ministro Mauro Campbell
Marques, Segunda Turma, DJe de 27/6/2019.)

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO


DE COBRANÇA. CONTRATO DE PERMUTA. VIOLAÇÃO A DISPOSITIVOS
CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME PELO STJ. VIOLAÇÃO
DO ART. 1.022 DO CPC/2015. ARGUMENTOS GENÉRICOS. INCIDÊNCIA.
SÚMULA 284/STF. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL NÃO DEMONSTRADO.
COTEJO ANALÍTICO NÃO EFETUADO. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO.
OBRIGAÇÃO PESSOAL. INCIDÊNCIA DO ART. 205 DO CC/2002. NÃO
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Superior Tribunal de Justiça
OCORRÊNCIA. SÚMULA 83/STJ. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO A ARTIGOS DE
LEI. INOVAÇÃO RECURSAL. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
RECONHECIDA NA ORIGEM. REVISÃO DAS CONCLUSÕES ESTADUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS E DO REVOLVIMENTO DO ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO
DOS AUTOS. SÚMULAS 5 E 7/STJ. APLICAÇÃO DA MULTA DO ART. 1.026, §
2º, DO CPC/2015. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. AGRAVO INTERNO
DESPROVIDO.
[...]
7. A incidência da Súmula n. 7/STJ também impede rever a conclusão do
TJPR de que os embargos declaratórios tiveram nítido caráter protelatório, o que
culminou na aplicação da multa prevista no art. 1.026, § 2º, do CPC/2015.
8. Razões recursais insuficientes para a revisão do julgado.
9. Agravo interno desprovido.
(AgInt no AREsp n. 1.180.510/PR, Rel. Ministro Marco Aurélio Bellizze,
Terceira Turma, DJe de 25/6/2019.)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE


CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO DE ESGOTO (ETE) SÃO JORGE. INDÍCIOS DE MAU CHEIRO
NA REGIÃO CIRCUNVIZINHA. INSTRUÇÃO PROBATÓRIA INDISPENSÁVEL.
PRODUÇÃO DE PROVA TÉCNICA. OFENSA AO ART. 1.022 DO CPC NÃO
CONFIGURADA. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284/STF.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO A FUNDAMENTO AUTÔNOMO. SÚMULA
283/STF. REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ.
EMBARGOS PROTELATÓRIOS. APLICAÇÃO DE MULTA. REEXAME DOS
FATOS. SÚMULA 7/STJ.
[...]
5. É pacífico no STJ que a análise do artigo 1.026, § 2º, do CPC, que trata
da multa por interposição de Embargos de Declaração protelatórios, demanda
reexame do acervo fático-probatório dos autos, o que é inviável em Recurso
Especial, sob pena de violação da Súmula 7 do STJ.
6. No tocante à alegada ofensa ao art. 85 do CPC/2015, o Superior
Tribunal de Justiça firmou o entendimento de que, ao processo que tenha sentença
na vigência do CPC/1973 e acórdão em segundo grau na vigência do CPC/2015,
aplica-se o regime previsto no art. 20 do CPC/1973 para a fixação dos honorários na
sentença e não há honorários sucumbenciais recursais no julgamento do recurso da
sentença (v.g. no julgamento da Apelação ou do Agravo).
7. Recurso Especial parcialmente conhecido, somente com relação à
preliminar de violação do art. 1.022 do CPC/2015, e, nessa parte, não provido.
(REsp n. 1.802.785/PR, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma,
DJe de 19/6/2019.)

PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO


CPC/2015 (ART. 535 DO CPC/73). IMPOSSIBILIDADE DESTA CORTE
ANALISAR ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO ART. 1.022 DO CPC/2015 QUANTO
AOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO
ART. 1.026 § 2º DO CPC/2015. PRETENSÃO DE REEXAME
FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO N. 7 DA SÚMULA DO
STJ.
[...]
VI - Quanto à alegação de violação do art. 1.026, §2º do CPC/2015, em
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Superior Tribunal de Justiça
razão da aplicação de multa em decorrência de interposição de embargos de
declaração com objetivo protelatório, segundo entendimento desta Corte, a revisão
do entendimento configura reexame fático probatório inviável em recurso especial,
diante da incidência do enunciado n. 7 da Súmula do STJ. Nesse sentido: AgInt no
REsp n. 1.691.238/AM, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em
10/4/2018, DJe 28/5/2018; AgInt no AREsp n. 1.243.438/MG, Rel. Ministro Marco
Aurélio Bellizze, Terceira Turma, julgado em 22/5/2018, DJe 4/6/2018; e AgInt no
AREsp n. 252.054/SP, Rel. Ministro Lázaro Guimarães (Desembargador convocado
do TRF 5ª Região), Quarta Turma, julgado em 15/5/2018, DJe 21/5/2018; EDcl no
AgInt no AREsp 1233831/PI, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA
TURMA, julgado em 04/12/2018, DJe 10/12/2018.
VII - Agravo interno improvido
(AgInt no AREsp n. 1.362.610/RJ, Rel. Ministro Francisco Falcão,
Segunda Turma, DJe de 13/5/2019.)

No tocante aos requisitos necessários para a decretação de indisponibilidade de


bens, o Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo n.
1.366.721/BA, ao proceder à exegese do art. 7º da Lei n. 8.429/92, a fim de instituir uma
técnica processual apta a dar resposta à velocidade do tráfego patrimonial na era da
tecnologia, congelando o status patrimonial dos implicados em ordem a tornar reversível o
ressarcimento ao erário e a devolução do produto do enriquecimento ilícito, firmou
jurisprudência segundo a qual é possível determiná-la [a indisponibilidade de bens],
fundamentadamente, quando presentes fortes indícios de responsabilidade pela prática de ato
ímprobo que cause lesão ao patrimônio público ou importe enriquecimento ilícito,
afigurando-se prescindível da comprovação de dilapidação de patrimônio ou sua iminência.

Em outras palavras, entendeu-se que o periculum in mora – inerente às


cautelas em geral –, nessa fase, milita a favor da sociedade, encontrando-se implícito no
comando legal que rege, de forma peculiar, o sistema de cautelaridade da ação de
improbidade administrativa, no intuito de garantir o ressarcimento ao erário e/ou a devolução
do produto do enriquecimento ilícito decorrente de eventual condenação, nos termos
estabelecidos no art. 37, § 4º, da Constituição Federal.

O requisito da probabilidade do direito (fumus boni iuris), de igual modo,


também foi relativizado. Basta que existam fortes indícios de responsabilidade pela prática de
ato ímprobo para que a medida de indisponibilidade de bens se mostre adequada.

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Superior Tribunal de Justiça

No caso, a recorrente afirma que “o laudo elaborado pela CEAT, justamente


por ser unilateral, não tem o condão de demonstrar fortes indícios de improbidade
administrativa aptos a culminar com a medida de indisponibilidade” (fl. 10.992).

O Tribunal de origem, por sua vez, asseverou que “Em que pesem as
ponderações lançadas na decisão agravada, após a análise do vasto acervo documental que
acompanhou o presente recurso, esta não se alinha ao entendimento do Superior Tribunal de
Justiça, no sentido de que a indisponibilidade dos bens é cabível quando o julgador entender
presentes fortes indícios de responsabilidade na prática de ato de improbidade que cause dano
ao Erário” (fl. 10.892) e que, além disso, “os atos de que se trata a ação em comento
inserem-se em atos de improbidade administrativa que causam lesão ao erário, enriquecimento
indevido da empresa Viasolo Engenharia Ambiental S/A e atentam contra os princípios da
administração pública, adequando-se ao tipo prescrito no art. 9º, caput, XI, art. 10, caput, V e
XII, e art. 11, caput, I, da Lei Federal 8.492/92” (fl. 10.895). É dizer, entendeu por
caracterizados os requisitos necessários para a decretação de indisponibilidade de bens.

No julgamento dos embargos de declaração, afirmou que “a unilateralidade do


laudo pericial declinado neste recurso cuja conclusão o mesmo contesta, poderá ser objeto de
contraprova, quando da fase probatória, onde o embargante poderá apresentar os elementos
de defesa que entende como corretos” (fl. 10.959).

Assim, rever o entendimento exarado pelo Tribunal de origem a fim de acolher


a alegação da recorrente no sentido de que não foi demonstrada a probabilidade do direito,
demandaria reexame de provas, especialmente do laudo elaborado pela CEAT, o que é
vedado nesta Corte de Justiça, ante a incidência da Súmula n. 7/STJ.

Aliás, cumpre destacar que, neste momento processual, diante das normas
contidas nos arts. 9º, 10 e 11 da Lei n. 8.429/1992, sob pena de esvaziar de utilidade a
instrução e impossibilitar a apuração judicial dos ilícitos, as decisões que decretam ou que
mantém a decretação de indisponibilidade de bens, não precisam descrever em minúcias as
ações ou omissões praticadas pelos réus. Isso porque, nessa fase inaugural, vige o princípio do

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in dubio pro societate. Significa dizer que a medida pode ser imposta ainda que somente haja
indícios da prática de ato de improbidade administrativa. O que efetivamente há, pelo que
constatou o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, soberano na análise das provas.

Acerca dos requisitos para a decretação de indisponibilidade de bens, bem


como da impossibilidade de modificação do entendimento firmado pelo Tribunal de origem,
trago à colação os seguintes precedentes:

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.


FRAUDE EM CONTRATAÇÃO. INDISPONIBILIDADE DE BENS. EXISTÊNCIA
DE RECURSO REPETITIVO SOBRE A MATÉRIA. DEVER DO TRIBUNAL DE
ORIGEM SEGUIR A ORIENTAÇÃO DO STJ.
1. Trata-se na origem de Ação Civil Pública por Ato de Improbidade
Administrativa com escopo de apurar a participação de Renato Rodrigues Alves,
servidor público municipal comissionado no procedimento licitatório, para
fornecimento de serviços e produtos de informática realizado de forma direta pela
municipalidade, com anuência da chefe do executivo municipal, Juliana Rassi
Dourado.
2. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.366.721/BA,
relator para o acórdão o ilustre Ministro Og Fernandes, sedimentou a possibilidade de
"o juízo decretar, cautelarmente, a indisponibilidade de bens do demandado quando
presentes fortes indícios de responsabilidade pela prática de ato ímprobo que cause
dano ao Erário." Ademais, a medida não está condicionada à comprovação de que o
réu esteja dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, tendo em vista que
"o periculum in mora encontra-se implícito no comando legal que rege, de forma
peculiar, o sistema de cautelaridade na ação de improbidade administrativa".
3. Dessarte, o magistrado possui o dever/poder de, fundamentadamente,
decretar a indisponibilidade de bens do demandado, quando presentes fortes indícios
da prática de atos de improbidade administrativa.
4. Ao interpretar o art. 7º da Lei 8.429/1992, o STJ tem decidido que, por
ser medida de caráter assecuratório, a decretação de indisponibilidade de bens,
incluído o bloqueio de ativos financeiros, deve incidir sobre quantos bens se façam
necessários ao integral ressarcimento do dano, levando-se em conta, ainda, o
potencial valor de multa civil, excluindo-se os bens impenhoráveis.
5. Com o advento do novo Código de Processo civil, os Tribunais locais
não possuem mais o poder de darem exegese particular ao dispositivo legal analisado,
mas, pelo contrário, devem observar, conforme preceitua o inciso III do art. 927, os
precedentes firmados em incidente de assunção de competência ou de resolução de
demandas repetitivas.
6. Recurso Especial provido.
(REsp n. 1.734.001/GO, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma,
julgado em 20/9/2018, DJe 17/12/2018.)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE.


INDISPONIBILIDADE DE BENS. NECESSIDADE DE REEXAME
FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7 DO STJ.

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Superior Tribunal de Justiça
1. Conforme estabelecido pelo Plenário do STJ, "aos recursos interpostos
com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de
março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do
novo CPC" (Enunciado Administrativo n. 3).
2. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do
REsp 1.366.721/BA, DJe 19/09/2014, submetido ao rito do art. 543-C do Código de
Processo Civil/1973, correspondente ao art. 1.036 e seguintes do CPC/2015,
assentou a orientação de que, havendo indícios da prática de atos de improbidade, é
possível o deferimento da medida cautelar de indisponibilidade, sendo presumido o
requisito do periculum in mora.
3. No caso, o Tribunal de origem, soberano na análise das
circunstâncias fáticas da causa, afastou a necessidade de decretação de
indisponibilidade dos bens do agravado, à míngua dos seus requisitos, sendo
inviável a modificação de tal entendimento, em sede de recurso especial, a
teor da Súmula 7 do STJ: "A pretensão de simples reexame de prova não
enseja recurso especial."
4. Agravo interno desprovido.
(AgInt no REsp n. 1.663.563/RN, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira
Turma, julgado em 3/5/2018, DJe 15/6/2018) (grifei).

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE.
NECESSIDADE DE CURADOR ESPECIAL. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA
7/STJ. INDISPONIBILIDADE DOS BENS. DECRETAÇÃO. REQUISITOS.
EXEGESE DO ART. 7º DA LEI N. 8.429/1992. PERICULUM IN MORA
PRESUMIDO. MATÉRIA PACIFICADA PELA COLENDA PRIMEIRA SEÇÃO.
1. Rever o entendimento da instância ordinária, no tocante à ausência de
necessidade de nomear-se curador especial, implica o reexame de provas dos autos,
o que não pode ser realizado pela via eleita em virtude do óbice da Súmula 7/STJ.
2. Esta Corte Superior, no julgamento do Recurso Especial Repetitivo n.
1.366.721/BA, firmou entendimento de que o periculum in mora está implícito no
art. 7º da Lei n. 8.429/1992. Assim, a indisponibilidade dos bens é cabível quando o
julgador entende presentes fortes indícios de responsabilidade na prática de ato de
improbidade administrativa que causem dano ao erário. Dessa forma, o periculum in
mora, em verdade, milita em favor da sociedade.
3. Portanto, a medida cautelar em exame, própria das ações regidas pela Lei
de Improbidade Administrativa, não está condicionada à comprovação de que o réu
esteja dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, tendo em vista que o
periculum in mora se encontra implícito no comando legal que rege, de forma
peculiar, o sistema de cautelaridade na ação de improbidade administrativa, sendo
possível ao juízo que preside a referida ação, fundamentadamente, decretar a
indisponibilidade de bens do demandado quando presentes fortes indícios da prática
de atos de improbidade administrativa.
4. Rever a necessidade de decretação de indisponibilidade dos bens
dos agravantes implica o reexame de provas dos autos, o que não pode ser
realizado pela via eleita em virtude do óbice da Súmula 7/STJ.
5. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no AREsp n. 1.118.126/MG, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda
Turma, julgado em 6/2/2018, DJe 16/2/2018) (grifei).

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Finalmente, no que diz respeito à alegação de violação do art. 20 da Lei n.


13.655/18, a recorrente aduz que as consequências práticas da medida de indisponibilidade
não foram consideradas, porquanto ela “coloca em xeque a própria sobrevivência civil da
empresa” (fl. 11.002).

A argumentação não pode ser conhecida, haja vista que a questão não foi
debatida no acórdão recorrido. Para a configuração do questionamento prévio, não é
necessário que haja menção expressa do dispositivo tido como violado, basta que, no aresto
recorrido, a questão tenha sido discutida e decidida fundamentadamente, o que não ocorreu no
presente caso. Ante a ausência de prequestionamento, é inviável, portanto, conhecer da
respectiva argumentação.

Incide, na hipótese, o comando do enunciado da Súmula n. 282 do Supremo


Tribunal Federal, aplicável também ao recurso especial, abaixo transcrito, in verbis:

Súmula 282: É inadmissível o Recurso Extraordinário, quando não


ventilada, na decisão recorrida a questão federal suscitada.

Ante o exposto, não conheço do recurso especial interposto.

É o voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA

Número Registro: 2019/0287305-4 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.840.060 /


MG

Números Origem: 07474538320188130000 10000180747446000 10000180747446001 10000180747446002


10000180747446003 2019000939605 50172028820178130027 7474538320188130000

PAUTA: 05/12/2019 JULGADO: 10/12/2019

Relator
Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. NÍVIO DE FREITAS SILVA FILHO
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI

AUTUAÇÃO
RECORRENTE : VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
ADVOGADOS : MARIA FERNANDA PIRES DE CARVALHO PEREIRA - MG058679
CRISTIANA MARIA FORTINI PINTO E SILVA - MG065573
CAIO MARIO LANA CAVALCANTI - MG174031
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
INTERES. : MARIA DO CARMO LARA PERPÉTUO
INTERES. : JOSE DO CARMO DIAS
ADVOGADO : DANIEL DA SILVA ALVES - MG109185N

ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Atos


Administrativos - Improbidade Administrativa

SUSTENTAÇÃO ORAL
Dr(a). MARIA FERNANDA PIRES DE CARVALHO PEREIRA, pela parte RECORRENTE:
VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, não conheceu do recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a).
Ministro(a)-Relator(a)."
Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques e
Assusete Magalhães votaram com o Sr. Ministro Relator.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEGUNDA TURMA

Número Registro: 2019/0287305-4 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.840.060 /


MG

Números Origem: 07474538320188130000 10000180747446000 10000180747446001 10000180747446002


10000180747446003 2019000939605 50172028820178130027 7474538320188130000

PAUTA: 05/12/2019 JULGADO: 05/12/2019

Relator
Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro HERMAN BENJAMIN
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. NICOLAO DINO DE CASTRO E COSTA NETO
Secretária
Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI

AUTUAÇÃO
RECORRENTE : VIASOLO ENGENHARIA AMBIENTAL S/A
ADVOGADOS : MARIA FERNANDA PIRES DE CARVALHO PEREIRA - MG058679
CRISTIANA MARIA FORTINI PINTO E SILVA - MG065573
CAIO MARIO LANA CAVALCANTI - MG174031
RECORRIDO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
INTERES. : MARIA DO CARMO LARA PERPÉTUO
INTERES. : JOSE DO CARMO DIAS
ADVOGADO : DANIEL DA SILVA ALVES - MG109185N

ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Atos


Administrativos - Improbidade Administrativa

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"Adiado por indicação do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)."

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