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MAIO DE 2014 – Nº02

C o n s id e r a çõ es
s o c io e c o nô m i cas s ob r e o
I t a qu i - B a c ang a
O rg a n iz a d o re s : L AU R A R E G I N A C AR N E I RO
EDUARDO CELESTINO CORDEIRO

SEPLAN
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS
EDIVALDO HOLANDA BRAGA JÚNIOR - PREFEITO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO (SEPLAN)


JOSÉ CURSINO RAPOSO MOREIRA - SECRETÁRIO

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)


LAURA REGINA CARNEIRO – COORDENADORA-GERAL
EDUARDO CELESTINO CORDEIRO – COORDENADOR DA ÁREA DE ESTUDOS
ECONÔMICOS E SOCIAIS
ALINE SEREJO ROCHA - COLETORA

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)


END.: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO –
SEPLAN
RUA DO SOL, Nº 188 – CENTRO - SÃO LUÍS/MA - CEP.: 65.020-590
FONE: (98) 3212-3670 /3671/3674/3675 FAX: (98) 3212-3660
www.diie.com.br
diie@diie.com.br
Esta publicação tem por objetivo a divulgação de estudos
desenvolvidos por pesquisadores do Departamento da
Informação e Inteligência Econômica (DIIE), da Secretaria
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
(SEPLAN). Seu conteúdo é de inteira responsabilidade
do(s) autor(es), não expressando, necessariamente, o
posicionamento da Prefeitura Municipal de São Luís
(PMSL).

TEXTOPARADISCUSSÃO Nº 02/Maio2014– Considerações Socioeconômicas sobre a Bacia do Bacanga


APRESENTAÇÃO

Em 2013, a Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade


Federal do Maranhão – FSADU foi contratada para implantar o Departamento da
Informação e Inteligência Econômica (DIIE), uma iniciativa do Programa de
Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida da Bacia do Bacanga, fruto do
acordo de empréstimo entre a Prefeitura Municipal de São Luís (PMSL) e o Banco
Mundial (BIRD).
Coordenado pelo Prof. Me.Marcelo Virgínio de Melo, o projeto contou com a participação
do Prof. Pós-Dr. Paulo Aguiar do Monte, Prof. Dr. Anselmo Cardoso de Paiva, Prof. Me.
Felipe de Holanda , Prof. Me. Geraldo Braz Júnior, Profa. Me. Simara Vieira da Rocha,
além de estudantes e estagiários dos cursos de Ciências Econômicas e da Computação,
da Universidade Federal do Maranhão - UFMA.
Essa equipe-chave selecionada pela FSADU ficou responsável pela criação de
mecanismos e instrumentos para o aperfeiçoamento e ampliação do “Mapa
Socioeconômico de São Luís‟, bem como o desenvolvimento de equipe da
municipalidade na área de Análise de Dados Socioeconômicos e a elaboração do
“Relatório com dados socioeconômicos de São Luís – MA”.
A fim de dar publicidade às importantes informações, dados e conclusões obtidas nesse
estudo, o DIIE irá reproduzir o relatório, de forma fracionada, através da série “Textos
para Discussão”.
Nesse segundo número, o tema abordado são os aglomerados subnormais da região do
Itaqui-Bacanga e seus aspectos socioeconômicos.

1. INTRODUÇÃO
Sendo a Bacia do Bacanga o recorte espacial de interesse do Programa que financiou
esse estudo, seguem algumas de suas características gerais:

Essa é a maior bacia hidrográfica situada inteiramente dentro da ilha,


ocupando 130km². Apesar da pressão exercida pela ocupação urbana
informal, a bacia ainda possui 80% de cobertura vegetal. A Bacia do
Bacanga é uma área importante em termos de atividade econômica,
bem como de recursos naturais e humanos. A área abriga o centro
histórico da cidade e a principal região industrial, o Parque Estadual
Bacanga (...) bem como um alto percentual da população de baixa
renda da periferia do município. Para atenuar os efeitos das grandes
variações de maré dentro da bacia e permitir a ligação rodoviária de
São Luis com o porto do Itaqui, o governo estadual construiu, nos anos
70, uma barragem com comportas próxima à foz do rio Bacanga. Essa
barragem permitiu a formação de lago artificial com área de drenagem
de 86 km² (...) Se o sistema de comportas fosse operado de maneira
apropriada, com os equipamentos corretos, ele controlaria os níveis da
água, permitindo o fluxo e refluxo da maré dentro do lago, regulando o
nível até a cota 4 metros. As condições de decadência do sistema de

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comportas e a sua operação inadequada ao longo dos anos resultaram
na ocupação urbana descontrolada das áreas de drenagem do lago
(...).Partes das áreas urbanas marginais ao lago estão sujeitas a
inundações freqüentes, devido aos efeitos cumulativos das chuvas
intensas na bacia e das condições operacionais das comportas. (...) A
distribuição da população nesse trecho da bacia ocorre de forma
desequilibrada, em altas densidades na margem direita do rio
Bacanga, patamares médios no rio Bicas, até se tornar rarefeita em
alguns segmentos da margem esquerda. No cômputo geral as duas
margens se equivalem na participação demográfica1 (MMT, 2007,
p.62).
No intuito de se apresentar indicadores socioeconômicos da região do Itaqui-Bacanga,
faz-se necessária a descrição metodológica e conceitual envolvidas no processo, na
seção seguinte.

2. METODOLOGIA

Percebe-se um grande esforço do governo por estudar as áreas de ocupação irregular,


principalmente, a partir de meados do século XX. Em 1987 o IBGE criou o conceito de
aglomerados subnormal:
Considera-se um aglomerado um conjunto constituído de, no mínimo,
51 unidades habitacionais (barracos, casas...) carentes, em sua maioria
de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até
período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular)
e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa (IBGE,
2011c).
Esse conceito2, todavia, possui certo grau de generalização de forma a abarcar a
diversidade de assentamentos irregulares do Brasil – favela, invasão, grota, baixada,
comunidade, vila, ressaca, mocambo, palafita, entre outros – além de atender as
recomendações internacionais.
Quanto a distribuição dos aglomerados subnormais é importante citar que: a
denominação e subdivisão da área são definidos por critérios sociais e políticos; os
aglomerados subnormais contíguos podem formar grandes “manchas” de aglomerado; e
que os aglomerados subnormais apresentam grande variação de tamanho. (IBGE,
2011a)
De acordo com o IBGE, no estado do Maranhão encontram-se 87 aglomerados
subnormais (9,9% do total do Nordeste e 2,8% do Brasil), distribuídos em cinco
municípios: São Luís (39), São José de Ribamar (27), Timon (8), Paço do Lumiar (7) e
Raposa (6).

1 Essa é a realidade que o Projeto Bacia do Bacanga vem enfrentando e pretende modificar,
através de investimentos em infra-estrutura urbana, melhoria da gestão ambiental e apoio ao
desenvolvimento econômico local, pautado em princípios de sustentabilidade socioambiental.

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A capital maranhense segundo o IBGE possui 232.912 pessoas residindo em
aglomerados subnormais, o que representa um percentual de 23,0% da população do
município vivendo em condições extremamente precárias, seja em favelas, invasões ou
palafitas.
Os aglomerados subnormais localizam-se em regiões extremamente populosas, como a
área Itaqui-Bacanga que contém cerca de 250 mil pessoas (1/4 da população de São
Luís). Desse total, 63.805 (25,5%) vivem em aglomerados subnormais, ao todo, são
16.947 domicílios 2 nessa situação.

3. RESULTADOS

A Tabela 1, abaixo, mostra os 10 aglomerados subnormais que se encontram na área do


Itaqui-Bacanga, são eles: Alto da Esperança, Gapara, Sá Viana, Sá Viana 3, Tamancão, Vila
Embratel, Vila Gancharia, Vila Mauro Fecury I, Vila Nova e Vila São Luís. Os aglomerados
subnormais mais populosos no Itaqui-Bacanga são a Vila Embratel (23.506 pessoas), a
Vila São Luís (9.733) e o Sá Viana (9.460). Destaca-se, também, que, a maior parte da
população que vive em aglomerados subnormais na área Itaqui-Bacanga é de mulheres
(52,1%).
Tabela 1. Aglomerados subnormais: Domicílios particulares permanentes
ocupados, população residente, por sexo, e média de moradores, São Luís e área
Itaqui-Bacanga – 2010.
População residente em domicílios Média de
Domicílios 1 em
Aglomerados em aglomerados subnormais moradores em
aglomerados
subnormais domicílios em
subnormais Total Homens Mulheres aglom. sub.
São Luís 61.845 232.912 111.518 121.394 3,8
Itaqui-Bacanga 16.950 63.805 30.850 32.955 3,8
Alto da Esperança 231 937 434 503 4,1
Gapara 1.262 4.678 2.320 2.358 3,7
Sá Viana 2.467 9.460 4.591 4.869 3,8
Sá Viana 282 1.050 491 559 3,7
Tamancão 473 1.789 873 916 3,8
Vila Embratel 6.244 23.506 11.241 12.265 3,8
Vila Gancharia 1.241 4.565 2.211 2.354 3,7
Vila Mauro Fecury I 1.068 4.076 1.968 2.108 3,8
Vila Nova 1.112 4.011 1.939 2.072 3,6
Vila São Luis 2.570 9.733 4.782 4.951 3,8
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010. 1. Domicílio Particular Ocupado
O Censo Demográfico 2010 também disponibilizou informações sobre o acesso dos
domicílios em aglomerados subnormais aos principais serviços públicos, como:

2 Domicílios particulares ocupados.


3 No bairro Sá Viana, encontram-se dois aglomerados subnormais.

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abastecimento de água, esgotamento sanitário, lixo e energia elétrica. Além de
informações sobre a quantidade de extremamente pobres em cada aglomerado.
No que se refere ao abastecimento de água, a Tabela 2, abaixo, mostra que o percentual
de domicílios com abastecimento de água adequado (ligados à rede geral de
distribuição) nos aglomerados do Complexo Itaqui-Bacanga (63,7%) é superior ao
percentual dos aglomerados de São Luís (60,7%). Por outro lado, há aglomerados em
que mais da metade dos domicílios tem, como forma de abastecimento, poços
localizados fora da sua propriedade: Alto da Esperança (87,4%), Tamancão (53,9%) e
Gapara (52,8%).
Tabela 2. Aglomerados subnormais: Domicílios particulares permanentes
ocupados por formas de abastecimento de água, São Luís e área Itaqui-Bacanga
(total e percentual) - 2010
Forma de abastecimento de água (Quantidade)
Adequado Inadequado
Aglomerados
Rede geral Poço ou Poço ou
subnormais Iandequa-
Total de nascente na nascente fora Outra
do (Total)
distribuição propriedade da propriedade
São Luís 61.781 37.316 24.465 3.385 18.666 2.414
Itaqui-Bacanga 16.947 11.403 5.544 691 4.255 598
Alto da Esperança 231 10 221 12 202 7
Gapara 1.262 418 844 108 666 70
Sá Viana 2.465 1.859 606 95 314 197
Sá Viana 282 265 17 4 9 4
Tamancão 473 168 305 45 255 5
Vila Embratel 6.243 4.025 2.218 295 1.766 157
Vila Gancharia 1.241 861 380 20 350 10
Vila Mauro Fecury I 1.068 919 149 28 80 41
Vila Nova 1.112 727 385 52 310 23
Vila São Luis 2.570 2.151 419 32 303 84
Forma de abastecimento de água (Percentual)
São Luís 100,0 60,4 39,6 5,5 30,2 3,9
Itaqui-Bacanga 100,0 67,3 32,7 4,1 25,1 3,5
Alto da Esperança 100,0 4,33 95,7 5,2 87,4 3,0
Gapara 100,0 33,1 66,9 8,6 52,8 5,5
Sá Viana 100,0 75,4 24,6 3,9 12,7 8,0
Sá Viana 100,0 94,0 6,0 1,4 3,2 1,4
Tamancão 100,0 35,5 64,5 9,5 53,9 1,1
Vila Embratel 100,0 64,5 35,5 4,7 28,3 2,5
Vila Gancharia 100,0 69,4 30,6 1,6 28,2 0,8
Vila Mauro Fecury I 100,0 86,0 14,0 2,6 7,5 3,8
Vila Nova 100,0 65,4 34,6 4,7 27,9 2,1
Vila São Luis 100,0 83,7 16,3 1,2 11,8 3,3
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010.
Em termos absolutos, são 5.544 domicílios com abastecimento inadequado de água na
área Itaqui-Bacanga, com destaque para Vila Embratel (2.218), Gapara (844), Sá Viana

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(606), Vila São Luís (419), Vila Nova (385) e Vila Gancharia (380).
Em se tratando do tipo de esgotamento sanitário, a Tabela 3, abaixo, mostra que os
domicílios com esgotamento sanitário adequado na área Itaqui-Bacanga é de 33,0%
(5.597 domicílios), bem inferior percentual de 49,0% dos total dos aglomerados de São
Luís (30.246). No Itaqui-Bacanga, 10.720 domicílios (63,3%) tem esgotamento
inadequado, os aglomerados com maior quantidade de domicílios nessa situação, são:
Vila Embratel, com 4.088 domicílios (65,5% do total de domicílios desse aglomerado);
Vila São Luís, com 1.728 (67,2%); Sá Viana, com 1.543 (87,2%); e Gapara, com 1.020
(80,8%).A Tabela 3, também mostra que 640 (3,8%) não possuem banheiro ou
sanitário.
O tipo de esgotamento considerados inadequado, predominante na área Itaqui-Bacanga
é a fossa rudimentar, com 55,1% dos domicílios (9.333), seguido pelas valas, com 5,1%
(880).
Tabela 3. Aglomerados subnormais: Domicílios particulares permanentes
ocupados por tipo de esgotamento sanitário, São Luís e área Itaqui-Bacanga (total
e percentual) – 2010.
Tipo de esgotamento sanitário (Quantidade)
Adequado Inadequado
Aglomerados Não tinham
Total Rede geral Inade- Fossa
subnormais Adequado Fossa Rio, lago banheiro ou
de esgoto ou quado rudime- Vala Outro
(Total) séptica ou mar sanitário
pluvial (Total) ntar
São Luís 61.781 30.246 14.933 15.313 29.073 22.454 3.174 2.245 1.200 2.462
Itaqui-Bacanga 16.947 5.587 898 4.689 10.720 9.333 880 117 390 640
Alto da Esperança 231 170 - 170 55 34 13 1 7 6
Gapara 1.262 169 109 60 1.020 866 20 4 130 73
Sá Viana 2.465 718 114 604 1.543 1.205 245 11 82 204
Sá Viana 282 30 17 13 246 230 15 - 1 6
Tamancão 473 83 13 70 358 342 10 1 5 32
Vila Embratel 6.243 2.069 427 1.642 4.088 3.711 291 3 83 86
Vila Gancharia 1.241 665 52 613 520 410 29 77 4 56
Vila Mauro Fecury I 1.068 418 9 409 597 513 56 2 26 53
Vila Nova 1.112 524 18 506 565 532 7 3 23 23
Vila São Luis 2.570 741 139 602 1.728 1.490 194 15 29 101
Tipo de esgotamento sanitário (Percentual)
São Luís 100,0 49,0 24,2 24,8 47,1 36,3 5,1 3,6 1,9 4,0
Itaqui-Bacanga 100,0 33,0 5,3 27,7 63,3 55,1 5,2 0,7 2,3 3,8
Alto da Esperança 100,0 73,6 - 73,6 23,8 14,7 5,6 0,4 3,0 2,6
Gapara 100,0 13,4 8,6 4,8 80,8 68,6 1,6 0,3 10,3 5,8
Sá Viana 100,0 29,1 4,6 24,5 62,6 48,9 9,9 0,4 3,3 8,3
Sá Viana 100,0 10,6 6,0 4,6 87,2 81,6 5,3 - 0,4 2,1
Tamancão 100,0 17,5 2,7 14,8 75,7 72,3 2,1 0,2 1,1 6,8
Vila Embratel 100,0 33,1 6,8 26,3 65,5 59,4 4,7 0,0 1,3 1,4
Vila Gancharia 100,0 53,6 4,2 49,4 41,9 33,0 2,3 6,2 0,3 4,5
Vila Mauro Fecury I 100,0 39,1 0,8 38,3 55,9 48,0 5,2 0,2 2,4 5,0
Vila Nova 100,0 47,1 1,6 45,5 50,8 47,8 0,6 0,3 2,1 2,1
Vila São Luis 100,0 28,8 5,4 23,4 67,2 58,0 7,5 0,6 1,1 3,9
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010.

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Sobre a coleta de lixo, a Tabela 4, abaixo, mostra que 90,4% dos domicílios (55.831) em
aglomerados subnormais em São Luís tem o lixo coletado. Na área Itaqui-Bacanga, o
percentual está bem próximo ao de São Luís, com 89,9% (15.236 domicílios), embora
muitos se encontrem bem abaixo da média do município. Os aglomerados com maior
quantidade de domicílios sem coleta de lixo são: Vila Embratel (464 domicílios); Sá
Viana (294); Gapara (284); e Vila São Luís (224). As principais alternativas para os 1.711
domicílios em que não há coleta é a queima do lixo (826) e o acúmulo em terreno baldio
(739).
Tabela 4. Aglomerados subnormais: Domicílios particulares permanentes
ocupados por destino do lixo, São Luís e área Itaqui-Bacanga (total e percentual) –
2010.
Destino do lixo (Quantidade)
Coletado Não coletado
Aglomerados Total de Em Jogado em Jogado
Diretamente Não
subnormais Domicilios Coletado caçamba de Quei- Enter- terreno em rio,
por serviço coletado Outro
(Total) serviço de mado rado baldio ou lago ou
de limpeza (Total)
limpeza logradouro mar
São Luís 61.781 55.831 52.385 3.446 5.950 2.129 454 2.504 684 179
Itaqui-Bacanga 16.947 15.236 13.269 1.967 1.711 826 22 739 51 73
Alto da Esperança 231 202 171 31 29 8 3 10 6 2
Gapara 1262 978 943 35 284 155 2 120 2 5
Sá Viana 2465 2.171 2.051 120 294 146 4 93 12 39
Sá Viana 282 276 95 181 6 6 - - - -
Tamancão 473 428 400 28 45 31 - 13 1 -
Vila Embratel 6243 5.779 4.812 967 464 191 6 224 23 20
Vila Gancharia 1241 1.136 780 356 105 61 2 34 3 5
Vila Mauro Fecury I 1068 890 890 - 178 89 2 84 3 -
Vila Nova 1112 1.030 1.028 2 82 50 1 31 - -
Vila São Luis 2570 2.346 2.099 247 224 89 2 130 1 2
Destino do lixo (Percentual)
São Luís 100,0 90,4 84,8 5,6 9,6 3,4 0,7 4,1 1,1 0,3
Itaqui-Bacanga 100,0 89,9 78,3 11,6 10,1 4,9 0,1 4,4 0,3 0,4
Alto da Esperança 100,0 87,4 74,0 13,4 12,6 3,5 1,3 4,3 2,6 0,9
Gapara 100,0 77,5 74,7 2,8 22,5 12,3 0,2 9,5 0,2 0,4
Sá Viana 100,0 88,1 83,2 4,9 11,9 5,9 0,2 3,8 0,5 1,6
Sá Viana 100,0 97,9 33,7 64,2 2,1 2,1 - - - -
Tamancão 100,0 90,5 84,6 5,9 9,5 6,6 - 2,7 0,2 -
Vila Embratel 100,0 92,6 77,1 15,5 7,4 3,1 0,1 3,6 0,4 0,3
Vila Gancharia 100,0 91,5 62,9 28,7 8,5 4,9 0,2 2,7 0,2 0,4
Vila Mauro Fecury I 100,0 83,3 83,3 - 16,7 8,3 0,2 7,9 0,3 -
Vila Nova 100,0 92,6 92,4 0,2 7,4 4,5 0,1 2,8 - -
Vila São Luis 100,0 91,3 81,7 9,6 8,7 3,5 0,1 5,1 0,0 0,1
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010.
A existência de energia elétrica nos domicílios está, praticamente, universalizada no
país. No Maranhão pode-se verificar o mesmo, inclusive nos aglomerados subnormais
tanto de São Luís (99,8%) e da área Itaqui-Bacanga (99,7%), em que se percebe que
mais de 99% dos domicílios possuem energia elétrica, com exceção do Alto da

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Esperança, com 98,7%.
Um percentual de 93,7% (15.859) dos domicílios que tem energia elétrica na área
Itaqui-Bacanga, contam com medidor de uso exclusivo do domicilio, enquanto 6,6% não
possuem medidor (736) e 1,8% um em medidor que é comum a mais de um domicílio.
(Tabela 5)
Tabela 5. Aglomerados subnormais: Domicílios particulares permanentes
ocupados por existência de energia elétrica, São Luís e área Itaqui-Bacanga (total
e percentual) – 2010.
Existência de energia elétrica (Quantidade)
Tinham
De companhia distribuidora
Aglomerados Com
Total Com De Não
subnormais medidor
Total medidor de Sem outra tinham
Total comum a
uso exclusivo medidor fonte
mais de um
do domicílio
domicílio
São Luís 61.781 61.628 61.252 56.077 1.117 4.058 376 153
Itaqui-Bacanga 16.947 16.893 16.859 15.878 245 736 34
Alto da Esperança 231 228 228 209 3 16 - 3
Gapara 1.262 1.255 1.255 1.162 3 90 - 7
Sá Viana 2.465 2.458 2.456 2.306 58 92 2 7
Sá Viana 282 281 281 255 9 17 - 1
Tamancão 473 472 471 441 3 27 1 1
Vila Embratel 6.243 6.234 6.228 5.940 104 184 6 9
Vila Gancharia 1.241 1.231 1.228 1.121 18 89 3 10
Vila Mauro Fecury I 1.068 1.060 1.059 1.003 8 48 1 8
Vila Nova 1.112 1.111 1.109 1.070 12 27 2 1
Vila São Luis 2.570 2.563 2.544 2.371 27 146 19 7
Existência de energia elétrica (Percentual)
São Luís 100,0 99,8 99,1 90,8 1,8 6,6 0,6 0,2
Itaqui-Bacanga 100,0 99,7 99,5 93,7 1,4 4,3 0,2 0,0
Alto da Esperança 100,0 98,7 98,7 90,5 1,3 6,9 - 1,3
Gapara 100,0 99,4 99,4 92,1 0,2 7,1 - 0,6
Sá Viana 100,0 99,7 99,6 93,5 2,4 3,7 0,1 0,3
Sá Viana 100,0 99,6 99,6 90,4 3,2 6,0 - 0,4
Tamancão 100,0 99,8 99,6 93,2 0,6 5,7 0,2 0,2
Vila Embratel 100,0 99,9 99,8 95,1 1,7 2,9 0,1 0,1
Vila Gancharia 100,0 99,2 99,0 90,3 1,5 7,2 0,2 0,8
Vila Mauro Fecury I 100,0 99,3 99,2 93,9 0,7 4,5 0,1 0,7
Vila Nova 100,0 99,9 99,7 96,2 1,1 2,4 0,2 0,1
Vila São Luis 100,0 99,7 99,0 92,3 1,1 5,7 0,7 0,3
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010.
E, por fim, a população em situação de extrema pobreza nesses aglomerados. A Tabela
6, abaixo, mostra que 8,4% da população que mora em aglomerados subnormais em São
Luís estão em situação de extrema pobreza (auferem até R$ 70,00 por mês), na área
Itaqui-Bacanga, esse percentual é um pouco maior, 8,8% (5.626 pessoas), sendo que a
maioria dos aglomerados tem um percentual superior à média. As com maior percentual

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de pessoas em extrema pobreza, são: Alto da Esperança, com 15,3% (143 pessoas);
Tamancão, com 14,3% (256); Vila Mauro Fecury I, com 13,2% (536); e Gapara, com
12,0% (561). Em termos absolutos, os aglomerados subnormais da área Itaqui-Bacanga
com maior quantidade de extremamente pobres, são: Vila Embratel, com 1.576 pessoas;
Vila São Luís (940) e Sá Viana (938).
Tabela 6. Aglomerados subnormais: População residente em domicílios
particulares permanentes ocupados em situação de extrema pobreza, São Luís e
área Itaqui-Bacanga (total e percentual) – 2010.
População com População com
População
Aglomerados subnormais renda até R$ renda até R$
Total
70,00 70,00 (%)
São Luís 232.912 19.515 8,4
Itaqui-Bacanga 63.805 5.626 8,8
Alto da Esperança 937 143 15,3
Gapara 4.678 561 12,0
Sá Viana 9.460 938 9,9
Sa Viana 1.050 102 9,7
Tamancão 1.789 256 14,3
Vila Embratel 23.506 1.576 6,7
Vila Gancharia 4.565 330 7,2
Vila Mauro Fecury I 4.076 536 13,2
Vila Nova 4.011 244 6,1
Vila São Luis 9.733 940 9,7
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2010.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA (FSADU). Relatório


com dados socioeconômicos de São Luís – MA. Produto 1 do Acordo de Empréstimo
nº 7578 – BR: “Implementação do Departamento da Informação e Inteligência
Econômica com o desenho e instalação de portal socioeconômico, mediante a criação de
mecanismos e instrumentos capazes de atualização, aperfeiçoamento e ampliação do
‘Mapa socioeconômico de São Luís’”. São Luís: FSADU, 2013. 114 p.

MMT Planejamento e Consultoria Ambiental (MMT). Projeto de Aperfeiçoamento da


governança Municipal e da Qualidade de Vida de São Luís - Avaliação Ambiental
Regional. São Luís: MMT, 2007. 152 p.

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