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SETEMBRO DE 2014 – Nº06

E s t r ut u r a E co nô m i c a d e
S ã o L u ís
O rg a n iz a d o re s : L AU R A R E G I N A C AR N E I RO
EDUARDO CELESTINO CORDEIRO

SEPLAN
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS
EDIVALDO HOLANDA BRAGA JÚNIOR - PREFEITO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO (SEPLAN)


JOSÉ CURSINO RAPOSO MOREIRA - SECRETÁRIO

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)


LAURA REGINA CARNEIRO – COORDENADORA-GERAL
EDUARDO CELESTINO CORDEIRO – COORDENADOR DA ÁREA DE ESTUDOS
ECONÔMICOS E SOCIAIS
ALINE SEREJO ROCHA - COLETORA

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)


END.: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO –
SEPLAN
RUA DO SOL, Nº 188 – CENTRO - SÃO LUÍS/MA - CEP.: 65.020-590
FONE: (98) 3212-3670 /3671/3674/3675 FAX: (98) 3212-3660
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diie@diie.com.br
Esta publicação tem por objetivo a divulgação de estudos
desenvolvidos por pesquisadores do Departamento da
Informação e Inteligência Econômica (DIIE), da Secretaria
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
(SEPLAN). Seu conteúdo é de inteira responsabilidade
do(s) autor(es), não expressando, necessariamente, o
posicionamento da Prefeitura Municipal de São Luís
(PMSL).

TEXTOPARADISCUSSÃO Nº 06/Setembro2014– Estrutura Econômica de São Luís.


APRESENTAÇÃO

Em 2013, a Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade


Federal do Maranhão – FSADU foi contratada para implantar o Departamento da
Informação e Inteligência Econômica (DIIE), uma iniciativa do Programa de
Recuperação Ambiental e Melhoria da Qualidade de Vida da Bacia do Bacanga, fruto do
acordo de empréstimo entre a Prefeitura Municipal de São Luís (PMSL) e o Banco
Mundial (BIRD).
Coordenado pelo Prof. Me.Marcelo Virgínio de Melo, o projeto contou com a participação
do Prof. Pós-Dr. Paulo Aguiar do Monte, Prof. Dr. Anselmo Cardoso de Paiva, Prof. Me.
Felipe de Holanda , Prof. Me. Geraldo Braz Júnior, Profa. Me. Simara Vieira da Rocha,
além de estudantes e estagiários dos cursos de Ciências Econômicas e da Computação,
da Universidade Federal do Maranhão - UFMA.
Essa equipe-chave selecionada pela FSADU ficou responsável pela criação de
mecanismos e instrumentos para o aperfeiçoamento e ampliação do “Mapa
Socioeconômico de São Luís‟, bem como o desenvolvimento de equipe da
municipalidade na área de Análise de Dados Socioeconômicos e a elaboração do
“Relatório com dados socioeconômicos de São Luís – MA”.
A fim de dar publicidade às importantes informações, dados e conclusões obtidas nesse
estudo, o DIIE irá reproduzir o relatório, de forma fracionada, através da série “Textos
para Discussão”.
Nesse sexto número, o tema abordado é a estrutura econômica de São Luís.

1. PRODUÇÃ O
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios é obtido através do valor
adicionado corrente das atividades econômicas contabilizado pelas Contas Regionais do
Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, por este motivo, os
resultados não contemplam variações de volume nem de preço, isoladamente.
Tendo como base o PIB a preço de mercado corrente, o município de São Luís concentra
a maior parcela do PIB do estado do Maranhão. Em 2000, foi responsável por 39,35% do
PIB do Estado e, em 2010, aumentou esta participação para 39,59%, conforme pode ser
visualizado na Tabela 1.
A distribuição setorial do PIB de São Luís em 2000 estava dividida da seguinte forma:
0,2% na agropecuária, 22,5% na indústria e 77,2% em serviços. Em 2010, esta
distribuição setorial passou para: 0,1% na agropecuária, 22,2% na indústria e 77,7% em
serviços. Portanto, houve os setores mantiveram as suas significâncias dentro da

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economia do município com uma leve perda de participação da agropecuária e da
indústria, em detrimento ao aumento da participação do setor de serviços.
Tabela 1. Valor Adicionado Bruto (VAB), a preços correntes, segundo os setores de
atividades (valores em R$ 1.000). São Luís – MA, 2000 e 2010.

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de


Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA.
*Somatório das capitais dos estados da Região Nordeste.

Quanto à distribuição setorial do PIB das capitais do Nordeste (somatório de todas as


capitais do Nordeste), em 2000, o setor primário correspondia a 0,2%, a indústria
detinha 20,7% e o setor de serviços participava com 79,1% do Valor Adicionado Bruto.
Em 2010 a distribuição setorial passou para 0,1% na agropecuária, 20,0% na indústria e
79,9% em serviços. Observa-se, portanto, um aumento da participação no setor de
serviços.
Em 2000, as capitais do Nordeste possuíam uma participação de 36,50% do PIB da
Região Nordeste e, em 2010, esta participação caiu para 34,48%. Sobre esse aspecto,
vale destacar que as capitais do Nordeste tem peso menor na economia do Nordeste
comparativamente à cidade de São Luís na economia do estado do Maranhão. Além
disso, enquanto a soma das capitais contabilizou de 2000 para 2010 uma perda de
participação, em São Luís registrou-se um pequeno aumento de participação.
Ainda sobre a concentração do PIB na capital, verifica-se que o setor da indústria é o
mais concentrado dos setores na capital. Comparando participação da produção
industrial de São Luís no Maranhão com a participação da produção industrial das
capitais do Nordeste no Nordeste, observa-se que no Maranhão a atividade da indústria
é mais concentrada na capital que nas demais capitais do Nordeste, sendo que de 2000
para 2010 houve um aumento da concentração da produção industrial do Maranhão em
São Luís.

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2. AGROPECUÁRIA

O setor primário possui pouca contribuição na economia de São Luís - MA. Tendo como
base o Produto Interno Bruto (PIB) a preço de mercado corrente do ano de 2010,
verifica-se que a agropecuária representa 0,1% do Valor Adicionado Bruto da economia
do município. Considerando os dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), realizada
pelo IBGE, verifica-se que, de 2000 a 2011, a produção de origem animal diminuiu
significativamente a sua participação no valor da produção na atividade da agropecuária
em São Luís, saindo de 89,5%, em 2000, para 28,3%, em 2011. No Nordeste (capitais do
Nordeste) a produção de origem animal também perdeu participação, passando de
49,7%, em 2000, para 21,9%, em 2011.
Nesse aspecto, destaca-se que em ambas as áreas analisadas, a produção de origem
animal era a atividade de maior peso na agropecuária em 2000, entretanto, em 2011 a
lavoura permanente assumiu a liderança a liderança em São Luís e nas capitais dos
estados do Nordeste a lavoura temporária ganhou participação (Tabela 2).
Tabela 2. Valor da produção da agropecuária, segundo os tipos de lavoura
(valores em R$ 1.000). São Luís – MA, 2000 e 2011.

Fonte: IBGE, Pesquisa Agrícola Municipal (PAM).


*Somatório das capitais dos estados da Região Nordeste.

A abertura da lavoura temporária, por tipo de produto, esclarece que a elevação do valor
da produção da lavoura temporária nas Capitais do Nordeste foi provocada,
principalmente, por um acréscimo na produção de cana-de-açúcar e mandioca. Ao
contrário do Capitais do Nordeste, em São Luís, tanto a produção de mandioca como a de
cana-de-açúcar registraram decréscimo.
Destaca-se ainda, que as atividades que registraram crescimento na quantidade
produzida, também registraram aumento de produtividade. A capital São Luís, por sua
vez, teve pouca mudança em termos de produtividade, como pode ser visto na Tabela 3.

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Tabela 3. Área plantada, quantidade produzida e produtividade média dos
produtos da lavoura temporária. São Luís – MA, 2000 e 2011.

Fonte: IBGE, Pesquisa Agrícola Municipal (PAM).


*Somatório das capitais dos estados da Região Nordeste.

Para a produção de origem animal, verifica-se na Tabela 4 que a produção de ovos de


galinha foi a principal responsável pela perda de participação da produção de origem
animal na produção do setor da agropecuária, tanto de São Luís como do Nordeste
(somatório das capitais dos estados da Região Nordeste).
Tabela4. Produção de origem animal do setor agropecuário. São Luís – MA, 2000 e
2011.

Fonte: IBGE, Pesquisa Pecuária Municipal (PPM).


*Somatório das capitais dos estados da Região Nordeste.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Fundação Sousândrade de Apoio ao Desenvolvimento da UFMA (FSADU). Relatório


com dados socioeconômicos de São Luís – MA. Produto 1 do Acordo de Empréstimo
nº 7578 – BR: “Implementação do Departamento da Informação e Inteligência
Econômica com o desenho e instalação de portal socioeconômico, mediante a criação de
mecanismos e instrumentos capazes de atualização, aperfeiçoamento e ampliação do
‘Mapa socioeconômico de São Luís’”. São Luís: FSADU, 2013. 114 p.

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