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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE

xxxxxxxxxxx - (Conforme art. 319, I, NCPC e organização judiciária da UF)

NOME COMPLETO DA PARTE AUTORA, nacionalidade, estado civil (ou a


existência de união estável), profissão,portadora da cédula de Identidade nº
_______________, inscrita no CPF/MF sob o nº _______________, endereço eletrônico,
residente e domiciliada na _______________, por seus advogados in fine assinados
conforme procuração anexada, com endereço profissional (completo), para fins do
art. 106, I, do Novo Código de Processo Civil, vem, mui respeitosamente a V.Exa.,
propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

pelo rito comum, contra a _______________, pessoa jurídica de direito privado,


estabelecida na Rua ________________, endereço eletrônico, inscrita no CPNJ
sob o nº ____________, pelos fundamentos de fato e de direitos a seguir
aduzidos:

DOS FATOS

O REQUERENTE abriu uma conta corrente xxxxxxxxx na agência de xxxxxxxxx na


data de xxxxxxxxxxx e nunca movimentou a mesma. Esta conta corrente foi aberta
com a finalidade de financiar uma máquina tipo xxxxxxx.

Logo em seguida e não sendo apreciado nem mesmo o pedido de


financiamento do aludido bem, o REQUERENTE esteve na agência do banco do
xxxxde xxxxxxxx e pediu o encerramento da mesma conta ao funcionário que atendia
a pessoa jurídica Sr. xxxxxx e isso sessenta dias após a abertura.

Isto se deu por inúmeras vezes e falava, que estava em análise e logo
procederia o encerramento da conta e nunca foi feito. Em julho de 2012, recebeu o
REQUERENTE uma notificação de EXPERT - serviço recuperação de ativos financeiros
ltda, cobrando BB Giro Rápido ROT. Só neste momento soube, que a conta não tinha
sido encerrada!
Em 29 de agosto de 2012, protocolou uma carta pedindo o encerramento de
sua conta corrente.

Acontece Excelência que jamais a parte autora movimentou a conta


discutida. Nunca teve nesta conta movimentação financeira. E por diversas vezes
verbalmente pediu ao banco, que encerrasse esta conta.

DO MÉRITO

O REQUERENTE foi inscrito no sistema de proteção do crédito - SPC e por incrível


que pareça a sua esposa xxxxxxxxxxx, também foi inscrita no SPC, sem que em
momento algum aparecesse nesta conta do banco réu.

A esposa do REQUERENTE teve o crédito de seu veículo novo negado pela


concessionária xxxxx. Após a negativação do casal pelo Banco xxxx, junto ao SPC, a
concessionária devolveu o pagamento de entrada no valor de R$ 16.000,00 e negou o
crédito aos mesmos.

Até induz a pensar, que o banco fez a inscrição do casal, com o fito único de
prejudicar e o fez... Perderam o negócio de oportunidade do caso novo, que tinham
adquirido e a xxxxxxx não pode/quis sustentar o negócio por estarem indevidamente
inscritos no SPC.

Acontece Excelência, que o Banco réu em uma conta sem nenhum


movimento ainda cobra o absurdo de R$ 10.537,69 em 21/05/2013 (conforme extrato
detalhado).

EMENTA: INDENIZAÇÃO DANOS


MORAIS. COBRANÇA E NEGATIVAÇÃO INDEVIDAS. RESSARCIMENTO. VALOR. I - O FATO
DO RECORRENTE NÃO TER ATENDIDO AOS SUCESSIVOS PEDIDOS
DE CANCELAMENTO DO CONTRATO PELA RECORRIDA E CONTINUADO AS INDEVIDAS,
ALEM DE NEGATIVAR O NOME DA MESMA, INJUSTIFICADAMENTE,
CARACTERIZA PREJUÍZO MORAL DA AUTORA, QUE DEVE SER INDENIZADO. (...)
(COMARCA: GOIÂNIA ORIGEM: TURMA JULGADORA RECURSAL CÍVEL DOS JUIZADOS
ESPECIAIS; FONTE: DJ 14289 de 14/06/2004; ACÓRDÃO: 21/05/2004; RELATOR: DR
(A). SALOMÃO AFIUNE; RECURSO; 200400305466 - RECURSO CÍVEL).

“INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - INJUSTA NEGATIVAÇÃO NO SPC - DEVER


DE INDENIZAR - DESNECESSIDADE DE PROVA DO PREJUÍZO - VALOR DA INDENIZAÇÃO -
RECURSOS IMPROVIDOS. A permanência da inscrição em órgão de restrição ao
crédito, depois de quitada a dívida, acarreta a responsabilidade pela indenização,
independente da prova objetiva do dano. Na fixação da indenização há que se
atentar para a não configuração do enriquecimento seu causa da vítima”. (RAC n.
18301/2004 – Des. Evandro Estáblie).
“A inscrição e manutenção do nome da consumidora nos cadastros da Serasa
e do SPC, após quitada a dívida, mesmo com atraso, gera dano moral, passível de
indenização, dispensada sua comprovação, porque presumido”. (ACv. n. 03.020616-7,
de Itajaí, rel. Des. Wilson Augusto do Nascimento).

Processo: APL 10032220088260030 SP 0001003-22.2008.8.26.0030- Relator (a):


Mario de Oliveira - Julgamento: 01/10/2012. Órgão Julgador: 19ª Câmara de Direito
Privado. Publicação: 11/10/2012.

Ementa: AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO CUMULADA COM


INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL Encerramento de conta corrente Negativação do
nome do autor nos órgãos de proteção ao crédito, por débito remanescente em
conta corrente - Descabimento Ausência de comunicação ao cliente, acerca de
eventuais débitos e de como proceder para o encerramento da conta Negativação
indevida Responsabilidade do Banco reconhecida Falha na prestação dos serviços
Indenização devida Manutenção do montante indenizatório fixado - Recurso não
provido.

Desta feita, espera e requer, ainda, a TOTAL PROCEDÊNCIA DA AÇÃO,


devendo oquantumdebeatur ser apurado na fase de liquidação de sentença.

Requer, outrossim, pela CITAÇÃO do REQUERIDO no endereço indicado no


preâmbulo para contestar, querendo, sob pena de revelia.

Protesta e requer, finalmente, pelo depoimento pessoal do réu, sob pena de


confissão, juntada posterior de documentos, ouvida de testemunhas e produção de
prova pericial, caso necessária.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA


Inegavelmente a relação havida entre os ora litigantes é de consumo,
ensejando, portanto, a aplicação das normas consumeristas ao caso em tela, como
dispõe o artigo 2º da Lei nº 8.078/90. Sendo assim, a aplicação da inversão do ônus da
prova a favor do REQUERENTE é de relevante importância, visto que a sua
inobservância pode vir a acarretar prejuízos aos que dela se sujeitam.
O Código de Defesa do Consumidor traz uma inovação inserida no inciso VIII,
artigo6º, onde visa facilitar a defesa do consumidor lesado, com a inversão do ônus da
prova, a favor do mesmo; vislumbra-se que para a inversão do ônus da prova se faz
necessária a verossimilhança da alegação, conforme o entendimento do Juiz, ou a
hipossuficiência da autora.
DOS PEDIDOS

Face ao exposto e de acordo com o previsto a legislação aplicável ao caso;


deverá a REQUERIDA, ser coatada ao adimplemento de indenização relativa aos
danos morais acarretados ao REQUERENTE.
Requer também:

a)Que seja designada AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO ou MEDIAÇÃO, conforme


previsto no art. 334 do NCPC;

b) Liminarmente a exclusão do nome da REQUERENTE do serviço de proteção


de crédito; que seja concedida a inversão do ônus da prova, conforme autoriza
art. 6º, inciso VII, do Código de Defesa do Consumidor.

c) Que seja a Ré condenada ao pagamento das custas processuais e


honorários advocatícios e demais despesas que houver inclusive emolumentos;

d) Que seja a Ré condenada a pagar indenização por danos morais em valor


a ser arbitrado por este juízo;

e) Encerre a conta corrente de Nº xxxxxxx da agência xxxxxxx–xxxxxxxx


(cidade), sem nenhum ônus.

f) Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude


dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial as provas: documental,
pericial, testemunhal e depoimento pessoal da parte ré.

À causa, dá-se o valor de R$ xxxxxxxxxxxxxx.

Pede deferimento.

Local, data.

NOME DO ADVOGADO

OAB Nº xxxxxxxxxxx

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