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Base Legal
§ 1º A cada operação imobiliária corresponderá uma DOI, que deverá ser apresentada até o
último dia útil do mês subseqüente ao da anotação, averbação, lavratura, matrícula ou registro
da respectiva operação, sujeitando-se o responsável, no caso de falta de apresentação, ou
apresentação da declaração após o prazo fixado, à multa de 0,1% ao mês-calendário ou fração,
sobre o valor da operação, limitada a um por cento, observado o disposto no inciso III do § 2o.
I - terá como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a
entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não-
apresentação, da lavratura do auto de infração;
II - será reduzida:
b) a setenta e cinco por cento, caso a declaração seja apresentada no prazo fixado em intimação;
III – será de, no mínimo, R$ 20,00 (vinte reais). (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)
(...)
X - Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) para fatos geradores ocorridos a partir de maio
de 2010;
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 995, de 22 de janeiro de 2010)
(...)
§ 2º O disposto no caput (Obrigatoriedade da Assinatura Digital), em relação à Declaração
sobre Operações Imobiliárias (DOI) para fatos geradores ocorridos a partir de janeiro de 2011,
aplica-se aos serventuários da Justiça, responsáveis por Cartórios de Notas ou de
Registro de Imóveis,Títulos e Documentos.
Q371241
Direito TributárioObrigação Tributária ,Obrigação Principal e Acessória
Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: TJ-PE Prova: FCC - 2013 - TJ-PE - Titular de Serviços de Notas e de
Registros - Remoção
Resolvi certo!
A emissão de Declaração sobre Operações Imobiliárias - DOI
A
B
D
E
Q397698
Direito Notarial e Registral
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2012 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de
Registros - Remoção
Resolvi certo!
A respeito da Declaração Sobre Operações Imobiliárias (DOI), pode-se afirmar que
A
B
será considerado valor da operação imobiliária o que serviu de base para o cálculo do
Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis – ITBI ou do Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens e Direitos – ITCMD. (Em regra
deve ser considerado o valor informado pelas partes, ou na falta, o valor considerado
para pagamento de ITBI ou ITCMD)
C
D
A obrigação acessória de apresentar a DOI e a respectinva multa pelo descumprimento estão previstas
na LEI Nº 10.426, DE 24 DE ABRIL DE 2002:
§ 1º A cada operação imobiliária corresponderá uma DOI, que deverá ser apresentada até o último
dia útil do mês subseqüente ao da anotação, averbação, lavratura, matrícula ou registro da respectiva
operação, sujeitando-se o responsável, no caso de falta de apresentação, ou apresentação da
declaração após o prazo fixado, à multa de 0,1% ao mês-calendário ou fração, sobre o valor da
operação, limitada a um por cento, observado o disposto no inciso III do § 2o.
http://www.notariado.org.br/index.php?pG=X19leGliZV9ub3RpY2lhcw==&in=MzM0Nw==&filtro=9&
Data=
Quando o usufruto é constituído pela reserva, ou retenção, mediante contrato, através do qual o
proprietário cede a nua propriedade, reservando para si o uso e o gozo da coisa, o reflexo na DOI
relativa à transmissão apenas da nua propriedade surgirá quando do preenchimento do campo
“Percentual de Participação do(s) Adquirente(s)”. O nu-proprietário tem 100% (cem por cento) da
propriedade do imóvel ou o percentual de participação é menor em razão da retenção feita do
usufruto ? E se for menor, quanto menor é esse percentual?
É importante que não nos afastemos dos objetivos que a Secretaria da Receita Federal tem com a
DOI, sendo que, entre eles está o interesse de conhecer quem transmitiu o quê, para quem, em que
data e por quanto.
No caso da Doação com Reserva de Usufruto nem todos os direitos inerentes à propriedade
acompanham a coisa cedida a título gratuito. Como vimos, ocorre a retenção dos direitos de uso e
gozo. Então, não há dúvidas que se deve informar, nesses casos, que “A” cedeu para “B” o
imóvel “X” reservando para si o usufruto sobre esse imóvel. O problema é: qual o valor dessa
operação? Para os fins fiscais, qualquer que seja o ente tributante, o valor não será o atribuído à
propriedade plena pois esta depende da extinção do usufruto para consolidar-se na pessoa do nu-
proprietário. E essa extinção é evento incerto, embora o usufruto seja tido como direito
temporariamente destacado da propriedade. Tanto assim é que a legislação paulista do ITCMD
estabele como prazo para pagamento do imposto sobre o valor do usufruto a data em que ocorrer a
consolidação da propriedade plena, ainda que faculte ao contribuinte fazê-lo na data da transmissão
da nua-propriedade.
Avançamos na análise. Já dá para que se depreenda do racicíonio acima esposado que o valor é o
correspondente ao da nua-propriedade. Mas que valor é esse ?
Levando-se em conta a ficção jurídica que divide a propriedade em duas partes para fins de
incidência do imposto de transmissão, uma representada pela nua-propriedade e outra pelo usufruto,
no Estado de São Paulo a primeira corresponde a 2/3 (dois terços) da propriedade plena, enquanto
que a segunda ao que resta do todo, ou seja, 1/3 (um terço). Em outros estados a divisão pode ser
diferente. Aliás, sabe-se que em alguns são atribuídos percentuais iguais (50%), tanto para a nua-
propriedade como para o usufruto.
Por que não usá-los para informar os percentuais exigidos pela DOI ?
Na verdade, a Receita não se manifestou sobre o assunto, porém, por outro lado, não consta que algum
interessado, “cartório” ou entidade representativa da classe dos notários e registradores, tenha provocado
posicionamento oficial do Fisco, de tal sorte que, considerando tudo quanto foi dito aqui é válida a
alternativa que considera 66,66% (sessenta e seis por cento e sessenta e seis décimos), divididos entre os
adquirentes da nua-propriedade como percentual de suas respectivas participações.
Contudo, a questão mais difícil de ser enfrentada não é essa. Reside na necessidade, ou não, de se
emitir a DOI na instituição e na extinsão do usufruto.
Por tudo quanto acima foi apresentado ao leitor do JN (nota do CNB: JN é Jornal do Notário,
publicação do Colégio Notarial do Brasil -Seção São Paulo), tanto na instituição como na extinção
do usufruto há a transmissão de um direito relativo a imóvel, o que, com base na legislação
específica que rege a matéria, é fato ensejador da comunicação ao órgão fazendário federal, senão
vejamos:
A clareza da redação atribuída aos dispositivos acima transcritos não deixava qualquer dúvida, mas
o que tinha tudo para ser simples tornou-se complexo a partir da inclusão de entendimento da
Receita Federal no Perguntas e Respostas, editado pelo próprio órgão, que contraria, de maneira
frontal, o que acima se vê e que muitas vezes foi repetido ao contribuinte nos atos adminitrativos
assinados pelas autoridades competentes.
Reproduzo, abaixo, a íntegra da Pergunta nº 134, do trabalho acima referido, para que se possa
fazer atenta leitura de seus termos:
É obrigatória a apresentação da DOI quando da lavratura de escritura de usufruto sem alteração dos
proprietários do imóvel ?
Pra quem não tava por dentro de DOI, dava pra matar a questão por exclusão.
Com relação à Declaração Sobre Operações Imobiliárias – DOI, é lícito afirmar que
A) Não pode ser a letra A, porque multa é obrigação tributária PRINCIPAL ($$$), sendo assim tem
que estar prevista em lei (ou ato com estatura de lei), nos termos do art. 97, III c/c art. 113, § 1º,
ambos do CTN; logo, uma instrução normativa da Receita não pode criar uma multa;
B) Não pode ser a letra B, porque a obrigação tributária acessória, se não observada, não se converte
em tributo, mas sim em multa (nos termos do art. 113, § 3º do CTN), sendo que a multa é uma das
espécies de obrigação PRINCIPAL (conforme já mencionado na análise da alternativa anterior)
enquanto que o tributo é a outra espécie de obrigação principal;
C) Não pode ser a letra C, porque sujeito passivo da obrigação acessória correspondente ao
preenchimento da DOI é a pessoa obrigada pela legislação tributária a tal preenchimento (art. 122 do
CTN); no caso, é o tabelião de notas, e não o adquirente do imóvel;