Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ribeirão Preto
2012
Renata de Araújo Coelho
Ribeirão Preto
2012
Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Processamento
Técnico da Biblioteca Central da UNAERP
por sempre tentarem amenizar os tombos que tenho levado no decorrer da vida, aos
pelo companheirismo, amizade e por trazer mais brilho e alegria para a minha vida.
Te amo!
UNAERP, Profa. Dra. Yara T. Corrêa Silva Sousa, agradeço por ter tido tempo todas
as vezes que precisei conversar, por sempre estar disposta a achar o melhor caminho
para conduzir as mais diversas situações. Por ser uma profissional muito competente e
ao mesmo tempo uma pessoa amável e amiga. Saiba que tenho um carinho todo
Ribeirão Preto, Prof. Dr. Antônio Miranda da Cruz Filho, Prof. Dra. Aline
Evangelista Souza Gabriel, Prof. Dr. Carlos Eduardo Saraiva Miranda, Prof.
Celso Bernardo de Souza Filho, Profa. Dra. Danielle C. Furtado Messias, Prof.
Dr. Danyel Elias da Cruz Perez, Prof. Dr. Edson Alfredo, Prof. Dr. Luiz Pascoal
Vansan, Prof. Manoel Henrique Cintra Gabarra, Profa. Dra. Melissa Andréia
Marchesan, Profa. Dra. Neide Aparecida de Souza Lehfeld, Prof. Dr. Ricardo
Gariba Silva, Prof. Dr. Silvio Rocha Correa da Silva, Profa. Dra. Yara T. C. Silva
Ao Prof. Dr. Manoel de Sousa Neto, por ter me ajudado de diversas maneiras
durante a execução desta pesquisa. Tenho uma admiração muito grande pelo
metodologia.
Ao Prof. Dr. Silvio Rocha Corrêa da Silva, pela ajuda na estatística desta pesquisa.
experimento.
Francisca Tereza Coelho Matos, Fuad Jacob Abi Rached Júnior e Suellen
Carolina Dias, Ana Paula Jacomoni, Carla Scandar Teixeira, Cláudio de Paula
Joaquim, Prof. Danilo Alessandro de Oliveira, Evaldo Antônio Evangelista,
minha pós-graduação.
Saber que se sabe o que se sabe, e saber
que não se sabe o que não se sabe; eis a
verdadeira ciência.
Confúcio
Resumo
____________________________________________________________________________________________________Resumo
principal de guta percha quando da sua seleção e o volume da guta percha na massa
união do cimento à dentina radicular, por meio do teste de push out e a interface
caninos superiores humanos, preparados pelo sistema K3 Endo até a lima 55/.02,
irrigação-aspiração com NaOCl 2,5%, inundação final com EDTA 17%, foram divididos
(LA Axxess) e SX (SX ProTaper). Realizou-se μCT - SkyScan 1174 (50 kV, 800 mA, 40
extremidade apical. Após obturação com cimento AH Plus por meio da técnica da
condensação lateral ativa, realizou-se novamente μCT para avaliar o volume de guta
ensaios (Instron 4444). O segundoslice de cada amostra foi analisado por MEV. Na
LA- T=-0,767 (p=0,523), e SX- T=-1,047 (p=0,354). No push out todos os grupos se
para o SP; 2,37±1,54 MPa para o GG; 3,62±1,85 MPa no LA e 4,26±2,33 MPa no SX. A
MEV mostrou tags em todos com exceção do SP, com gaps. O preparo cervical não
imbricação do mesmo com a dentina evidenciada pelo maior número de tags e ausência
de gaps.
Summary
___________________________________________________________________________________________________Summary
This study analyzed the volume of the main gutta-percha cone about its selection and
the volume of gutta-percha on the filling mass after different cervical preparations by
using Computerized Microtomography (µCT); the bond strength of the sealer to the
dentin by push out test and the interface dentin/filling by using Scanning Electron
Microscopy (SEM). Forty human upper canines, which was prepared by K3 Endo system
until #55/.02, irrigation-aspiration with 2.5% NaOCl, final irrigation with 17% EDTA,
were divided into 4 groups (n=10): SP – no cervical preparation; GG – prepared with
Gates-Glidden; LA – prepared with LA Axxess and SX – prepared with SX ProTaper. To
evaluate the cone adaptation to the apical end, it was performed µCT – SkyScan 1174
(50 kV, 800 mA, 40 W, spatial resolution 30 µm, cicle 360o). After obturation with AH
Plus using lateral condensation technique, µCT was performed again to evaluate the
volume of gutta-percha on the filling mass in relation to the volume of root canal.
Samples were cut in 1 mm slices and tested in universal testing machine (Instron 4444),
while intact slices were analyzed by SEM. In the cone selection, gutta-percha filled
66.58±17.12% in SP; 79.39±11.86% in GG; 74.68±21.62% in LA, and 77.10±11.82%
in SX, of the total root canal volume. After the obturation, 94.91±5.51%; 96.22±3.59%;
92.68±4.14%, and 87.09±18.22%. It was observed a significant difference between SP
and the other groups: SP- T=-4.001 (p=0.016); GG- T=-2.250 (p=0.109); LA- T=-0.767
(p=0.523), and SX- T=-1.047 (p=0.354). In push out test, all the groups were statically
similar (p=0.15) (values: 4.70±2.1 Mpa for SP; 2.38±1.54 MPa for GG; 3.62±1.85 MPa
for LA, and 4.26±2.33 MPa for SX). All the groups presented tags when analyzed by
SEM with exception for SP, which presented gaps. The preparation of the cervical
samples did not affect the bond strength of the filling material, which presented higher
imbrication with the dentin when the preparation of the samples was performed. This
was indicated by the presence of tags and absence of gaps on the groups analyzed.
Sumário
Resumo
Summary
Introdução ...................................................................................................... 01
Revista da Literatura........................................................................................ 07
Proposição....................................................................................................... 61
Material e Métodos.......................................................................................... 63
Resultados...................................................................................................... 75
Discussão........................................................................................................ 83
Conclusões...................................................................................................... 91
Referências Bibliográficas................................................................................. 93
Anexo
–
Introdução
A obturação dos canais radiculares visa essencialmente o preenchimento de todo
o espaço preparado e limpo dos canais, de forma tridimensional (ARI et al., 2010). A
exsudatos periapicais para o interior dos canais radiculares, a reinfecção e cria ambiente
biológico favorável para a cura (WU et al., 2006; ARI et al., 2010).
quanto maior a área ocupada pela guta percha, considera-se que maior é a qualidade
da obturação dos canais radiculares (SOUZA et al., 2009), visto que o espaço a ser
canal radicular, de modo a proporcionar vedação apical que impeça a entrada de fluidos
do cone, muitas vezes, não assegura a sua correta adaptação à porção apical do canal,
al., 2005).
_______________________________________________________________________________________________________Introdução - 3 -
ponto de referência do dente; o tátil, que permite a verificação do travamento pelo tato
et al., 2009). Esses testes, porém, não são precisos já que podem sofrer interferências
al., 2005; PÉCORA et al., 2005; VANNI et al., 2005; IBELLI et al., 2007; CECCHIN,
cervical (BAUGH; WALLACE, 2005). Um novo conceito de preparo do canal radicular foi
outros instrumentos para ampliar a porção cervical do canal radicular, com o objetivo de
canal radicular (SILVEIRA et al., 2008). Além disso, a realização do preparo de cervical
para apical promove menor quantidade de material extruído para além do forame apical
- 4 - Introdução______________________________________________________________________________________________
durante o preparo do canal radicular, o que torna o ato operatório mais seguro,
fiquem mais concentradas no terço apical. Além disso, o alargamento dos terços cervical
e médio permite que o instrumento tenha acesso mais retilíneo ao terço apical, o que
(TORABINEJAD, 1994).
A seleção correta do cone, bem como a sua perfeita adaptação no batente apical,
qualidade pode ser feito por meio de radiografias periapicais, ou também por meio da
tomografia computadorizada (TC) (GARIB et al., 2007; ABUABARA et al., 2008; SILVA
FILHO, 2011).
parendodônticas (PATEL; HORNER, 2009a ; IOANNIDIS et al., 2011), bem como para
tomografia computadorizada por feixe cônico (CBCT) utilizadas para avaliar formas
_______________________________________________________________________________________________________Introdução - 5 -
al., 2009; MOORE et al., 2009; VIER-PELISSER et al., 2010). Essa técnica apresenta
como vantagem o fato de não exigir preparação dos dentes avaliados, com destaque
para a natureza não destrutiva do processo (YIN et al., 2010; VIER-PELISSER et al.,
2010; SOMMA et al., 2011). Além disso, a µCT permite a obtenção de imagens com boa
2010). Deve ser destacada a possibilidade de observar ex vivo fraturas dentais, lesões
técnicas de preparo do canal radicular (PETERS et al., 2010), porém com a limitação de
fato de que, mesmo que esteja bem adaptada às paredes dos canais radiculares, deve
existir, na massa obturadora, um meio cimentante que promova a união dos cones de
guta percha entre si e destes com a dentina (CHANDRASEKHAR et al., 2011), de modo
apical, conicidade dos preparos e regularidade das paredes dos preparos. Após sete dias
do preparo das duas técnicas, efetuou-se a moldagem de cada canal radicular com
promoveu menor índice de desvio apical, melhor preparo cônico contínuo e exibiu uma
melhor regularidade das paredes do preparo do que a técnica escalonada. Como base
qualidade.
instrumento calibre 10 foi introduzido no canal até o localizador indicar que o forame
cianocrilato na região coronária e as raízes foram lixadas até que o forame apical e o
obtidos mostraram maior diferença (0,4 mm) entre as discrepâncias no grupo em que
não foi realizada ampliação cervical, quando comparado ao grupo em que foi realizada a
ampliação cervical (0,04 mm). Assim, os autores concluíram que a ampliação cervical
ápice, no comprimento de trabalho, antes e após o preparo cervical com brocas Gates
segundos molares inferiores, foi realizada por meio da sensibilidade táctil, e confirmada
trabalho, antes e após o alargamento cervical, foi verificada nos dois grupos. Os
resultados evidenciaram que houve diferença entre os valores dos diâmetros das limas
com e sem alargamento, e que o aumento das limas que se ajustaram no ápice foi de
até dois diâmetros, tanto para o grupo alargado com Gates-Glidden, quanto para o
grupo alargado com Rapid Body Shaper, porém sem diferença estatisticamente
ovais, feitas com as técnicas da guta percha fria e aquecida em dois grupos de pré-
ápice, e a área do canal foi mensurada. A qualidade das obturações foi calculada como
mostraram que a grupo do aquecimento apresentou maior PGP do que o da guta percha
aquecida permite alcançar obturações de melhor qualidade do que aquelas feitas com
radiculares.
instrumento apical inicial que se prende no comprimento de trabalho. Cada canal foi
anatômico com instrumentos Lightspeed foi maior do que com os instrumentos tipo K.
canal radicular é atresiado em sua porção apical. Assim, a lima passaria sem restrições
região apical têm subestimado o real diâmetro desta região. O mais correto seria
canais o diâmetro do instrumento foi menor do que o diâmetro do canal, sendo que
essa não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos. Em 25%
pelo menos uma parede do canal. Os autores concluíram que o uso do primeiro
palatinas foram instrumentadas até o #60, e obturadas com o cimento Kerr’s Pulp Canal
Sealer, com 7 técnicas diferentes. As raízes palatinas foram separadas das coroas,
apresentaram a maior média de área obturada, mas nem um nem outro foram
significante com mais guta percha do que a WVC (onda contínua) e a técnica do
mais área obturada do que o Simplifill modificado. O Simplifill, como recomendado pelo
técnicas de condensação lateral fria, WVC (onda contínua) e o Simplifill usado de forma
quantidade de cimento obturador deve ser reduzida ao mínimo, a uma fina camada
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 13 -
presente entre a guta percha e as paredes dos canais. Para se conseguir isso, a
diâmetro do instrumento apical inicial foi calculada para cada amostra. Os autores
sem preparo cervical e médio; G2 – alargamento dos terços médio e cervical com
brocas Gates Gliden (90, 110 e 130); G3 – preparo dos terços médio e cervical com
- 14 - Revista da Literatura_____________________________________________________________________________________________
IAI foi realizada manualmente com limas tipo K em ordem crescente de diâmetro a
criaram uam relação mais precisa entre o diâmetro do IAI e o diâmetro anatômico.
completamente fechado, quando uma das raízes foi instrumentada com a técnica
escalonada e a outra raiz com o Sistema Profile. Os dentes foram instrumentados com
limas K-Flexofile e limas do sistema Profile, e obturados com cones de guta percha e
amostras que foram instrumentadas com a técnica rotatória. Nesses dentes, a matriz
preparo do canal, faz-se a sua modelagem para posterior obturação, que deve ser o
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 15 -
da terapia. Para que isso seja possível, a escolha do cone principal e a utilização de um
foram obtidos com a análise das radiografias finais, em que se observou a superioridade
canais laterais. Os autores informaram que a guta percha, quando no estado plástico,
primeiros molares.
do terço cervical. A leitura de duas tomadas radiográficas foi realizada com a utilização
combate à infecção dos canais radiculares, bem como alguns aspectos relacionados à
situação, esclarecem os autores, pode ser corrigida pela via não cirúrgica. Entretanto,
extruída além do forame apical, com bactéria presente nos túbulos dentinários, cistos
Todo o espaço preparado e limpo do canal radicular deve ser preenchido pela
obturação, com o objetivo de evitar patologias posteriores. Não se pode deixar espaços
pesquisadores.
alargamento, no GI: não foi realizado alargamento, GII: foi alargado com instrumentos
odontometria de maneira manual uma lima manual n° 8 foi inserida nos canais
instrumento apical inicial foi calculada. A maior discrepância observada foi no GI (sem
preparo cervical) e o grupo que reproduziu de maneira mais correta foi o GIV (LA
Axxess), com isso, os autores puderam concluir que o alargamento da região cervical de
- 18 - Revista da Literatura_____________________________________________________________________________________________
incisivos laterais superiores com LA Axxess refletiu com maior precisão o diâmetro
(ANSI/ADA) n. 78. A mensuração dos cones revelou que apenas os cones de número 15
não diferiram entre as marcas estudadas, sendo que o diâmetro da ponta dos cones de
guta percha números 35 e 55, da Tanari, 15, 45 e 70, da Endopoits, e 20, 25, 30, 35,
40, 45, 50, 55, 60, 70, 80, da Dentsply-Maillefer, apresentou diferenças estatisticamente
dos cones principais esteja adequada, o cone de calibre compatível com o do último
palatinas, ou seja, 4 raízes no total, e 5 canais, o que faz com que essa possibilidade de
ocorrência deva ser considerada quando do tratamento desses dentes. A CBCT mostrou-
Endodontia.
foi determinado sem a realização do preparo dos terços médio e cervical do dente; G2,
o preparo cervical foi realizado com brocas Gates-Glidden, G3, instrumentos do sistema
ProTaper, G4, preparo cervical realizado com EndoFlare e G5, brocas LA Axxess. Após a
pela sensibilidade táctil do operador, com a lima que mais se ajustava ao comprimento
de trabalho. Após determinado o instrumento apical inicial as limas foram fixadas com
empregado, GI: sem preparo cervical; GII: preparo com brocas Gates Glidden; GIII:
AET (S1, SC, S2 e S3); GIV: GT Rotatory File (20/.06, 20/.08 e 20/.10) e GV: La Axxes
(20/06 e 35/06). O diâmetro das limas foi sucessivamente aumentado até se obter
ocupou da região apical (IAI), a forma do canal foi classificada em oval, circular ou
achatada. De acordo com os resultados encontrados o autor pode concluir que o canal
vestibular forma circular e o canal palatino forma oval; e preparo dos terços cervical e
cervical com limas do sistema ProTaper (SX e S1) e após foi realizado determinação do
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 21 -
Diagnostic Unit e Apex Locator, Mini Apex Locator e Apex DSP foi realizada aferição do
medição do comprimento de trabalho, exceto o Apex DSP que obteve pior acurácia.
medição do primeiro milímetro dos cones com um paquímetro digital. Para isso, os
autores utilizaram dez cones de guta percha estandardizados de cada calibre (#25, #30,
o que não aconteceu com os cones calibrados por régua calibradora. Concluíram que os
marca Dentsply, nessa ordem. Os autores esclarecem que a falta de adaptação do cone
sendo mais grave quanto maior a distância entre a ponta do cone principal e o término
que muitas vezes não é percebida clinicamente pelos profissionais durante a prova do
trabalho foi realizado preparo cervical com brocas de Batt (2 e 4) e Gates Glidden (2 e
3) a partir dai se deu o preparo crown-down a partir da lima 45 até que se conseguisse
atingir o comprimento de trabalho, foi utilizado como referência a sensibilidade tátil dos
avaliadores. Após a primeira lima a atingir o comprimeto foi presa ao canal com
utilizada então MEV (Zeiss DSM 940A, Oberkochen, Alemanha - 200X) para avaliação da
região apical e software (Image J ) para quantificar as paredes tocadas pela lima. Os
resultados mostraram que a lima estava em contato com a parede do canal em 47,83%
autores concluíram que a técnica utilizada nesse estudo não permitiu que a lima tocasse
após preparo cervical realizado com instrumentos rotatório de NiTi. Foram utilizados 40
não foi realizado preparo cervical; GII: preparo cervical com FlexMaster, GIII: preparo
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 23 -
cervical realizado com ProTaper e GIV: preparo cervical realizado com RaCe. As limas
eram trocadas até que fosse sentida resistência na parede do canal no comprimento de
utilizados para determinar o diâmetro apical inicial sendo que o RaCe obteve o melhor
mesiais de molares inferiores. Foram utilizados para esse estudo 53 raízes mesiais de 27
LA Axxess 20/.06 e 35/.06 e G3, Orifice Shaper 30/.06 e 40/.06. Foi feito uma secção
imagens com câmera digital Nikon D70 (Nikon,Tokyo, Japão) antes e após a
área de furca. A LA Axxess foi o instrumento que provocou maior desgaste na área
removeram dentina das paredes distal e mesial. Deve-se ponderar o uso da broca Gates
inferiores.
- 24 - Revista da Literatura_____________________________________________________________________________________________
II – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
ajuda da TC: patologia de origem não endodôntica, fratura radicular, reabsorção interna
alta resolução das imagens da TC obtida com a tecnologia do feixe cônico tem auxiliado
axial, coronal, sagital e oblíquo, podendo também gerar uma visão tridimensional da
Odontologia.
instrumentadas com o sistema rotatório ProTaper até a lima F3. Os espécimes foram
utilizado: G1, obturação com cones de guta percha e cimento TubliSeal pela técnica de
condensação lateral; G3, raízes obturadas com cones Resilon e RealSeal, técnica da
condensação lateral e G4, obturação com cone principal único de guta percha e cimento
lacunas foram calculados. As raízes obturadas com guta percha apresentaram menor
Seal (4,28%). No terço cervical, as raízes obturadas com guta percha apresentaram
e cone único os maiores volumes (4,8%). No terço apical, os canais obturados com
se uma obturação sem espaços vazios ou lacunas e a guta percha com o TubliSeal
instrumentados com o sistema rotatório GT até a lima 40/.08 até 5 mm além do ápice,
depois de secos os canais foram preenchidos com TopSeal (cimento resinoso radiopaco)
introduzido por seringa e após foi introduzido um fio de aço (200, 300, 350, 500 ou 800
orifícios selados. As imagens das raízes foram realizadas com 5 diferentes sistemas de
imagens (Sigma CCD, Vistascan PSP, DigoraOptime PSP, filme E-speed, Accuitomo
CBCT). Em seguida os fios foram removidos das raízes e novas imagens foram
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 27 -
registradas e por fim a resina foi removida de dentro dos canais e novas imagens
realizadas. Os autores puderam concluir que para espaços vazios maiores ou iguais à
350 µm todos os sistemas foram capazes de detectar, para espaços menores que 350
Vinte pré-molares extraídos que apresentavam cárie com envolvimento pulpar foram
Imaging, Londres, ON, Canadá) e registrado o volume de tecido duro. Esse registro foi
realizado após cada procedimento feito no dente (a espessura de cada fatia foi de 21
µm): remoção de tecido cariado, acesso à câmara pulpar, ao canal radicular, preparo
de tecido duro perdido. Os autores concluíram que o acesso à cavidade e preparo para
pino são procedimentos que o tratamento endodôntico mais causam perda de tecido
duro. A perda de estrutura dentária coronal causada pelo espaço para pino fundido é
maior do que a causada pela preparação de pino de fibra do mesmo tamanho. Esses
- 28 - Revista da Literatura_____________________________________________________________________________________________
canal radicular após o preparo com três técnicas, em 40 molares, que foram submetidos
à µCT antes e após a instrumentação com (G1) limas tipo K usando a técnica da força
terço apical foi avaliado em relação à quantidade de dentina removida, sua secção,
para os três grupos foi, respectivamente, #30, #30 e #40. A quantidade de dentina
removida com a instrumentação híbrida foi pequena, mas a secção mais circular
utilizado, (p<0,001) foi alcançada. Houve menor tendência de transporte com o uso de
autores realçam que se trata de método analítico não destrutivo, que permite aos
dimensões.
tratamento endodôntico a fim de obter uma relação entre a presença de lesão apical e o
computadorizada é utilizada.
investigada, com doses menores de radiação para o paciente do que aquelas existentes
quando da realização de tomografias médicas, porém são elas maiores do que aquelas
CBCT, porém não no campo da Endodontia. Nesta área da Odontologia, a CBCT tem
problemas endodônticos.
tomadas radiográficas digitais com, respectivamente, CBCT e CCD digital antes e após a
sensibilidade foi de 0,248 para a CBCT e 1,0 para a radiografia periapical digital, ou
seja, estas técnicas permitiram a identificação das lesões em 24,8 % e 100 % dos
valores de ROC Az foram de 0,791 para a radiografia periapical e 1,0 para a CBCT,
periodontite periapical, tanto nos casos de lesões grandes quanto no das pequenas. Já
artificiais.
pacientes com reabsorção dental interna e em 5 com rebsorção interna, tendo como
controle outros 5 pacientes que não apresentavam reabsorção e que foram submetidos
de ROC Az para a radiografia intra-oral foram 0,780 e 0,830 para a precisão diagnóstica
1.000 para ambas as reabsorções, ou seja, interna e reabsorção cervical externa. Houve
exatidão superior da CBCT pode resultar em revisão das técnicas radiográficas usadas
de reabsorção.
de caráter preliminar com apenas um dente analisado. Foi realizada abertura coronária
único operador instrumentou o dente com S1 Protaper. O instrumento foi acionado por
um lado sendo o outro utilizado como controle. O dente foi escaneado por
reconstrução 3D, baseada em imagens obtidas pela Pqct, merece uma avaliação mais
sistemática para validar totalmente a sua aplicação na prática clínica como uma
NAGASAWA et al. (2010) utilizaram a µCT para obter imagens de 55 dentes humanos
causados pela cárie nos dentes, bem como um raro estudo na morfologia da cárie na
região da câmara pulpar, propiciando, assim, uma ferramenta útil e método eficiente
para o aprendizado dos estudantes. O estudo permitiu observar fraturas dentais, lesões
terços apicais foram instrumentados passivamente com limas tipo K, até ser selecionada
uma que ficasse justa ao comprimento de trabalho. Os dentes foram então escaneados
pelo sistema de microtomografia (µCT 40; Scanco Medical, Bruttisellen, Suíça). A área
média do canal ocupado pelos instrumentos no comprimento de trabalho foi menor que
ajuste satisfatório da lima ao ápice devido sua forma não corresponder à anatomia do
dentes foram divididos em dois grupos, no grupo I os canais foram preparados com as
limas do sistema SAF com 1,5 mm de diâmetro e o grupo II com 2,0 mm. A
Após análise das imagens, os autores concluíram que após 5 minutos de instrumentação
pequenas áreas não foram instrumentadas, a aplicação clínica desse novo sistema
utilizando quatro instrumentos no terço cervical. Uma tomografia inicial foi realizada em
todos os espécimes. As raízes mesiais foram separadas dos dentes formando quatro
desgaste foi realizado com brocas do sistema Pro-Taper S1, SX e S2; Grupo K3 uso do
sistema K3, 25/.08 e 25/.10 e Grupo LA onde as raízes foram preparadas com brocas LA
Axxess 20/.06 e 35/.06. Após o desgaste do terço cervical foi realizada uma nova
que todos os instrumentos analisados são seguros para realização do desgaste do terço
década. Para os autores, isso se deve aos avanços técnicos que levaram ao aumento da
µCT demonstrou excelente resolução espacial, mas pobre contraste de tecidos moles.
moles e morfologia dos vasos, tudo isso com operacionalidade simples, protocolos de
melhor resolução do aparelho SkyScan 1072. Após a varredura dos dentes, as imagens
apical variou, com tendência a se localizar na direção palatina ou distal. O corno pulpar
vestibular foi maior que o palatino. A distância média da parte mais cervical do teto da
câmara pulpar para bifurcação e trifurcação foi de 3,13 e 5,08 mm, respectivamente. As
invasiva delas permite o uso de dentes para outros fins, ou para uso como controles
hardware, diminuindo-se o tamanho do voxel para cerca de 30-40 µm, o que permite
C com o uso do sistema ProTaper e instrumentos manuais por meio de micro tomografia
separados aos pares e instrumentados com sistema rotatório ProTaper ou técnica step-
down com limas tipo K e brocas tipo Gates-Glidden. Os espécimes foram submetidos à
imagens em 3D, o próprio programa mudava a cor para amarelo onde elas se
porcentagem de áreas não instrumentadas que os tratados com limas manuais, porém a
área de istmo entre os canais mesio-vestibulares de molares inferiores por meio de µCT
Thermafil. Os autores puderam concluir de acordo com seus resultados que uma
instrumentação com o sistema rotatório dos canais mesiais de molares inferiores, apesar
na região do istmo.
esponjoso, que não podem ser obtidas pelas radiográficas convencionais Ainda mais, o
tecidos adjacentes.
constricção do canal radicular no terço apical dessas raízes. Foram utilizados 40 molares
base de isopor sendo escaneadas 8 por vez, uma cobertura de isopor foi disposta sobre
dilatada. 65% das raízes não apresentaram contricção na região apical (1-3 mm). A
encontraram 35% paralela, 19% única, 18% cônica, 15% dilatada e 12% delta. Os
apresentou constricção apical, se isso é verdade em relação aos outros grupos de dente,
canal e obturação.
(VRF) por meio da CBCT com diferentes resoluções de voxel, em 60 dentes, 30 deles
com a fratura e outros 30, sem ela. Para isso, utilizou o tomógrafo i-Cat com diferentes
resoluções de voxel (0,125, 0,2, 0,3 e 0,4 mm), e os resultados foram examinados por
0,125 mm, 24,24 para o voxel de 0,2 mm, e 13,2 para o de 0,4 mm. Os resultados de
uma técnica não invasiva, de grande precisão. Entretanto, pondera, a dose de radiação
do canal. Foram avaliados dois grupos: grupo 1 os dentes foram instrumentados com a
molares inferiores, com o uso de µCT, com resolução de 20 µm. Alterações no volume
do canal radicular, área e geometria dos canais foram comparadas com valores pré-
palatino. O transporte médio dos canais, nos terços apical e médio, variaram entre 31 a
de 60 canais no total, para este tipo de estudo, mas que é similar ao dos recentes
achatados com sistema rotatório (k3) e limas auto-ajustáveis (SAF) por meio de
removida das paredes dos canais foi maior nos dentes instrumentados com as limas
térmica do extremo apical do CT. Realizou-se uma μCT (SkyScan 1174, 50kV, 800mA,
40W, resolução espacial 30µm, ciclo 360º). Os canais foram obturados pela técnica da
condensação lateral + cimento AH Plus. Realizou-se nova μCT. O autor constatou que o
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 43 -
molares superiores permanentes de 269 pessoas chinesas. Para isso, utilizaram a CBCT.
No total, foram analisados 299 primeiros molares superiores e 210 segundos. Segundo
dos segundos molares é mais variada do que a dos primeiros. A CBCT é um método que
completas sobre os canais radiculares, em diferentes direções, que não poderiam ser
tomografia. Para isso, utilizaram seis canais radiculares obturados pela técnica da
condensação lateral, com cones de guta percha e cimento AH-26, que foram
imagens reconstruídas das secções dos dentes foram comparadas com secções de
raízes úmidas e imersas em acrílico, que foram avaliadas também por microscopia de
existentes nas raízes obturadas. Houve excessos nas observações de imagens obtidas
pela microscopia de luz, ao passo que houve faltas com a μCT e a EM. As diferenças
excederam 40%, entretanto, os valores de PGP obtidos por todos os métodos ficaram
método eficiente, não destrutivo, para o estudo ex vivo das interfaces no interior dos
Porém, deve-se tomar cuidado quando se usar a μCT, o microscópio de luz e a EM para
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 45 -
Diaket, KerrSealer, Mynol, N2, N2 no-lead, Procosol, RC2B, Roth 801, Roth 811,
avaliada por meio de balança onde a tração foi exercida com incrementos de pesos de
que são resinosos, apresentaram maior adesão que os cimentos à base de óxido de
smear impediu a penetração dos cimentos nos túbulos dentinários, enquanto sua
dentinários dos cimentos endodônticos Endofill, Sealapex, AH Plus e Pulp Canal Sealer.
subdivididos em função do uso ou não do EDTA a 17% como irrigante final. Após a
de melhor qualidade visual para ser analisada em MEV. O foco de observação foi a
resultados ocorreram quando da irrigação final com EDTA. O cimento Pulp Canal Sealer
dentinários.
26, à base de resina epóxi; Ketac-Endo, à base de ionômero de vidro) quanto à adesão
guta percha e foram preenchidos com um dos cimentos estudados. Após o tempo de
Sealapex < Ketac-Endo < AH 26, enquanto que a adesão à guta percha ocorreu na
dentina, condicionadas com ácido fosfórico a 37% por 30 s, ácido cítrico a 25% por 30
s, EDTA 17% por 5 min e água destilada (controle) foram unidas ao disco de guta
de energia dispersiva por raios x traçou os componentes dos cimentos nas superfícies
Plus/EDTA penetraram nos túbulos dentinários quando a superfície foi tratada com
rompimento da união. Os autores concluíram que não houve relação entre o aumento
GESI et al. (2005) investigaram, por meio de teste de push out, a resistência de
guta percha com AH Plus. A técnica de termoplastificação foi realizada com System-B e
tags de resina nos túbulos dentinários enquanto, no grupo do AH Plus, a dentina intra
Nd: YAG na dentina radicular humana sobre a adesividade do cimento obturador à base
dentina foi tratada com laser Er:YAG com os seguintes parâmetros: 8 Hz, 200 mJ; 8 Hz
dentina foi tratada com laser Nd: YAG com os seguintes parâmetros: 10 Hz e 1 W; 10
de 1% entre os tratamentos com os lasers Er: YAG e Nd: YAG com maiores freqüências
cimento obturador à base de resina epóxi em relação ao grupo tratado com EDTA-C a
17%.
condensação lateral como a seguir: GI- AH Plus /guta percha; GII- AH Plus/Resilon;
GIII- Epiphany/Resilon; GIV- Epiphany/guta percha; GV- apenas guta percha (controle).
O preparo para o teste de push out consistiu na obtenção de segmentos de raízes com
MPa. Análise estatística revelou que houve diferença estatisticamente significante entre
SKIDMORE et al. (2006) avaliaram por meio do teste de push out, a resistência
Canal Sealer EWT. Utilizaram 12 dentes anteriores humanos que foram instrumentados
grupos de acordo com a obturação realizada: GI- Guta percha/Pulp Canal Sealer EWT;
grupo guta percha/Pulp Canal Sealer (0,66 MPa). Os espécimes de cada grupo foram
grupos. Foram analisados também 4 espécimes intactos, ou seja, que não foram
por meio do teste de push out. As raízes de 25 dentes foram instrumentados e divididos
em 5 grupos para obturação (n=5): GI- Kerr EWT/guta percha; GII- AH Plus/guta
percha; GIII- Epiphany/Resilon; GIV- sistema de obturação Activ GB; GV- EndoREZ. As
raízes foram seccionadas para obtenção de secções de 1 mm dos terços apical, médio e
JAINAEN et al. (2007) avaliaram, por meio de push out, a força de adesão na
Resilon. Pré-molares com dois canais separados foram instrumentados com o sistema
rotatório Profile. Os dentes foram divididos em três grupos, em cada dente uma raiz era
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 51 -
preenchida com o cimento e um cone e o outro canal apenas com cimento. Após essa
tipos de falhas após o teste foram observados em MEV. Em geral, o cimento a base de
resina epóxica obteve maior força de adesão. O teste de push out demonstrou maior
força na adesão nos espécimes sem o cone principal, ou seja, preenchido apenas com o
ao cone, formando uma fina camada, comparados com a massa apenas de cimento. As
falhas foram coesivas nos espécimes com a presença do cone, com presença de
puderam concluir que a força de adesão dos cimentos à parede do canal foi menor
morfologia da superfície dos cimentos AH Plus, Epiphany, Epiphany SE, Epiphany com
solvente Thinning Resin. Utilizaram 5 amostras de cada cimento para cada teste: tempo
Epiphany.
diâmetro do cimento não polimerizado (0,5 mL) após 7 min de compressão (20N) entre
resistência de união à dentina foi analisada por meio de teste de push out e o tipo de
falha de união foi verificada em MEV. Após analisar os resultados obtidos, os autores
dentina do que o AH Plus. Portanto, pode estar implícito que o AH Plus proporciona um
melhor selamento.
TEIXEIRA et al. (2009) compararam o teste de tração com o teste de push out
grupos (n=7): GI- secções transversais de caninos foram incluídas em resina acrílica e
os canais preparados e obturados para o teste de push out; GII- secções longitudinais
dos cilindros de dentina foram incluídas em resina acrílica para o teste de tração; GIII-
cilindros de guta percha foram incluídas em resina acrílica para o teste de tração. As
radiculares. Para isso, utilizaram 68 molares inferiores humanos extraídos, com raiz
única e reta, ápices fechados, que foram preparados pela técnica de instrumentação
maiores valores de movimento de fluido. Os autores destacaram que o objetivo final dos
obturadores, combinadas a várias técnicas. A guta percha não adere às paredes dos
canais, e várias tentativas são feitas para solucionar a questão da obturação. A técnica
condensação vertical é tida como a que proporciona maior densidade da guta percha na
Há, ainda, a tentativa de fusão da guta percha, como no caso do Thermafil e do Ultrafil,
com o objetivo de se obter uma massa homogênea do material e fazê-lo penetrar nos
- 54 - Revista da Literatura_____________________________________________________________________________________________
radiculares, não é dimensionalmente estável, o que faz com que seja utilizada associada
pesquisadores.
COSTA et al. (2010) compararam, por meio do teste de push out e MEV, a força
coroa-ápice com limas manuais acopladas ao contra-ângulo oscilatório NSK até a lima
#60. Os canais foram irrigados com 2ml de hipoclorito de sódio a 1% a cada troca de
água destilada. Após secagem com cones de papel absorvente, as raízes foram divididas
em 6 grupos (n=10) de acordo com a obturação realizada: GI- Epiphany SE; GII-
Epiphany e primer; GIII- Epiphany, primer e solvente; GIV- Epiphany e adesivo Clearfill
DC Bond; GV- Epiphany, adesivo Clearfil DC Bond e solvente; GVI- Hybrid Root SEAL.
cada terço. A primeira secção foi submetido ao teste de push out, o segundo para MEV
e o terceiro também para MEV, porém com descalcificação prévia. O cimento Hybrid
Root SEAL apresentou maiores valores de adesão em MPa (5,27±2,07; p<0,05) do que
Não houve diferença estatisticamente significante entre os terços. A análise das falhas
observados gaps no terço cervical do GI, em todos os terços do GII e poucos gaps nos
GIII, GIV e GV. O GVI apresentou boa adaptação e justaposição ao longo de toda a
II, e nos outros grupos estavam arranjados de forma mais homogênea e livre.
Concluíram que o cimento Hybrid Root SEAL teve melhor resultado, e que a utilização
base de resina metacrilato. Segundo os autores, quatro gerações desses cimentos têm
sido avaliadas comercialmente. Três dos quais foram introduzidos no mercado nos
características clínicas, biológicas e físicas. Com o avanço dos adesivos com sistemas
destes cimentos desde então, estão disponíveis comercialmente, embora alguns estudos
potencial. Os autores concluíram com base em dados disponíveis na literatura que ainda
não está claro os benefícios do uso desses cimentos até esse momento de seu
desenvolvimento.
dos cimentos AH Plus, Epiphany SE, Hybrid Root Seal, Polifil, Apexit Plus, Sealapex,
TE, anéis de aço inoxidável foram preenchidos com os cimentos e testados com agulha
Gillmore. Para o ES, o cimento foi colocado em placa de vidro e, após 180s, colocou-se
um peso de 120g sobre este. Após 10 min, os diâmetros dos cimentos foram aferidos.
Para o teste ED, moldes cilíndricos foram preenchidos com os cimentos, cobertos por
água por 30 dias para, então, serem secas e novamente medidas. Para o teste SB,
moldes circulares, com fio de nylon em seu interior, foram preenchidos com os
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 57 -
Epiphany SE, Hybrid Root Seal, Apexit Plus e Endofill estão de acordo com a ANSI/ADA.
Root Seal, Na+ no Apexit Plus, AH Plus e Endométhasone, Zn2+ no Epiphany SE, Endofill,
Endométhasone e Polifil.
estufa por 48 horas. Após este período, realizou-se o teste de cisalhamento em Máquina
percha (0,8), cimento adesivo (1,4) X não-adesivo (0,2) e material de componente único
Resilon tenha atingido maiores valores, não foi significativamente diferente da guta
percha nestes cimentos. Afirmaram ainda, que os cimentos da nova geração podem ser
dos cimentos AH Plus, GuttaFlow, RoekoSeal e Activ GP. Cinco amostras de cada
MEV. O AH Plus apresentou o maior tempo de endurecimento (580 min ± 3,05), Activ
cimentos (p<0,05). O Cimento GuttaFlow foi o único que atendeu os padrões exigidos
revelou liberação dos íons Ca2+, K+, Zn2+ no cimento Activ GP (32,57±5,0, 1,57±0,22 e
foi o único que obteve os padrões exigidos pela Especificação 57/ADA em todos os
______________________________________________________________________________________Revista da Literatura - 59 -
lateral ativa:
computadorizada (μCT);
- 62 - Proposição_____________________________________________________________________________________________
1. Seleção da amostra
uso, raspados com curetas periodontais (Hu-Friedy, Rio de Janeiro, Brasil), limpos com
seguir.
Foi realizada cirurgia de acesso e remoção do tecido da câmara pulpar dos dentes
utilizando broca esférica diamantada 1016 (Microdont LTDA, Socorro, SP, Brasil)
acionada em alta rotação (Dabi Atlante, Ribeirão Preto, SP, Brasil) refrigerada à água e
_______________________________________________________________________________________Material e Métodos - 65 -
e aspiração. Em seguida, uma lima tipo K #10 foi introduzida nos canais até que se
dos espécimes. O instrumento inicial de trabalho foi determinado pela sensação tátil do
determinado.
#40/.02, #45/.02, #50/.02, #55/.02 (Figura 2D) até que o último instrumento
toda a instrumentação.
líquido 17% (Farmácia de manipulação Daterra, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil) por 5
min e secos com cones de papel absorvente (Dentsply Maillefer, Petrópolis, Brasil) e em
O calibre do cone principal de diâmetro 55/.02 foi aferido com o auxílio de uma
régua calibradora (Ângelus, Londrina, Brasil). Em seguida, o cone foi submetido aos três
testes que, uma vez positivos, definiram a sua escolha: visual – percorreu todo o
_______________________________________________________________________________________Material e Métodos - 67 -
3. Microtomografia computadorizada
computadorizada.
Escolhido o cone principal para cada dente, foram feitas marcações nas
superfícies do cone, com caneta para retroprojetor (Faber-Castell, Manaus, Brasil), que
ficaram em contato com a região distal, mesial, vestibular e palatina do dente a fim de
uso de microtomógrafo SkyScan 1174 (SkyScan, Kontich, Bélgica) (Figura 5), cujos
A B
Figura 4: Imagens obtidas em microtomógafo. A) Prova do cone;
B) Obutração final.
ao volume do canal radicular, obtida pela seguinte fórmula: (volume do cone ÷ volume
Cada dente foi submetido à obturação pela técnica da condensação lateral ativa
meio da técnica da condensação lateral ativa e cimento obturador AH Plus (De Trey-
do canal, com o auxílio da seguinte fórmula: (volume da guta percha ÷ volume do canal
radicular) X 100.
auxílio de cola quente, e seccionados em máquina de corte (Isomet 1000, Buehler, EUA)
com velocidade de 350 rpm. As coroas dos espécimes foram desprezadas, e foram
apical foi submetido ao teste de push out na Máquina Universal de Ensaios Instron 4444
(Instron Corporation, Canton, MA, EUA) dotada de célula de carga acoplada ao sistema
oscilante e sistema de garra (Figura 6A). Um dispositivo fixo de aço inoxidável foi
utilizado para posicionar os corpos de prova, de modo que a face com menor diâmetro
do canal radicular ficasse voltada para cima e alinhada à haste empregada para
σ= F/A,
sendo que o cálculo da área (A) foi obtido de acordo com a fórmula a seguir:
Após o teste de push out, os corpos de prova foram observados com auxílio de
lupa estereoscópica (Stemi 2000C, Zeiss, Jena, Alemanha) em aumento de 40X, para
corpo de prova.
O segundo slice do terço apical, no sentido ápice coroa, do corpo de prova foi
preparado para análise por microscopia eletrônica de varredura - MEV (JSM 5410, JEOL
Ltda, Tókio, Japão) (Figura 7). A superfície dos corpos de prova foram regularizadas e
polidas com lixa d’água carbureto de silício 400, 600 e 1200 (Norton, Lorena, SP, Brasil)
sob movimentos intermitentes em forma de “8”. Em seguida foram levados para cuba
crescentes (25%; 50%; 75%; 80% e 100%), ácido clorídrico (6 mol/L) e hipoclorito de
com fita adesiva dupla face (3M, São Paulo, SP, Brasil) em stub metálico circular, de 10
Balzers, Liechtenstein, Alemanha) para serem recobertos por fina camada da liga ouro-
paládio. Os espécimes foram analisados em visão panorâmica (35X) para localização das
6. Análise estatística
Os dados obtidos na análise por µCT e push out foram submetidos a testes
estatísticos preliminares, com o auxílio do software SPSS 19 (IBM- New York, USA), com
objetivo de verificar a distribuição amostral que se mostrou normal. Foi aplicado o teste
foram comparados por meio de análise de variância. Todos os testes foram realizados
Tabela I.
Tabela I. Valores originais, médias e desvios padrões, do volume percentual da guta percha em relação ao
volume do canal radicular no milímetro apical do comprimento de trabalho, obtidos a partir de diferentes
tipos de preparo cervical, quando da seleção do cone e da obturação do canal radicular.
Sem preparo Gates-Glidden LA Axxess ProTaper SX
(SP) (GG) (LA) (SX)
Seleção do cone 47,31 75,76 97,66 83,74
62,50 92,50 70,87 61,92
93,67 88,88 71,75 73,02
69,45 77,29 90,93 73,71
59,99 62,55 42,20 93,12
Média±DP 66,58 ± 17,12 79,39 ±11,86 74,68 ± 21,62 77,10 ± 11,82
Os valores originais, médias e desvios padrões, obtidos no teste de push out, estão
Tabela II. Valores originais, médias e desvios padrões, em Mega-Pascal (MPa), da tensão máxima de
resistência ao deslocamento do cimento de cada tipo de preparo cervical.
SP SX GG LA
obturador à dentina, no terço apical, por meio de Análise de Variância com um critério
0,15) não apresentaram diferença estatística significante. Na Tabela IV, são mostradas
Tabela IV. Valores médios e desvios padrões da resistência de união do material obturador à dentina
(MPa), obtidos a partir dos diferentes tipos de preparo cervical.
Grupos X* DP
SP 4,70a 2,10
SX 4,26a 2,33
GG 2,38a 1,54
LA 3,62a 1,85
Valor crítico = 4,762; Nível de significância = 5,00%
*Letras diferentes mostram diferença estatística
massa obturadora dos canais radiculares à dentina, no terço apical, não apresentaram
diferenças estatísticas.
A análise das falhas com aumento de 40X mostrou que no grupo SP (Sem
3. MEV
estudados.
De acordo com observação por meio de MEV todos os grupos analisados exceto o
grupo SP, apresentaram boa adaptação do material obturador às paredes dentinárias
podendo ser observada pelos tags formados ao longo da interface (Figura 11 - B, C e
D).
Discussão
modo que o espaço do canal radicular seja preenchido sem falhas ou espaços. A massa
obturadora, constituída pela associação da guta percha com o cimento, deveria formar
uma massa uniforme, com a interação química entre os seus integrantes, e também à
dentina para evitar a infiltração bacteriana (JAINAEN et al., 2007). Assim, no canal
al., 2010).
cimento obturador (PINEDA et al., 2005). Sabe-se que, quanto maior a área ocupada
pela guta percha na massa obturadora dos canais radiculares, melhor é a qualidade da
obturação dos canais radiculares (SOUZA et al., 2009), visto que é reduzido o espaço a
ser ocupado pelo cimento obturador, o qual é considerado responsável pela infiltração e
as falhas na obturação ao longo dos tempos (WU et al., 2002). Dessa forma, manobras
melhor qualidade.
com a não adaptação do cone de guta percha nas paredes do canal radicular
ocorre, provavelmente, devido ao fato de ele se prender nas paredes do canal radicular,
percha molda-se à região promovendo sua vedação, como desejado pela hipótese ideal
1994) e a ação dos instrumentos endodônticos na região apical (DUARTE et al., 2011;
SILVEIRA et al., 2010; TENNERT et al., 2010; CAMARGO et al., 2009; IBELLI et al.,
2007; BARROSO et al., 2005; VANNI et al., 2005) devido à redução de interferências
interior do canal quando da sua obturação final, o que faz constatar, com base na
literatura (SOUZA et al., 2009; WU et al., 2002), que tal manobra não melhorou a
qualidade final da obturação dos canais radiculares, o que desencoraja o seu uso com
essa finalidade.
endodônticos no interior dos canais radiculares, era de se esperar que a mesma ação
- 86 -Discussão_______________________________________________________________________________________________________
negativa ocorresse quando da seleção dos cones principais de guta percha e obturação
dos canais radiculares, pelo fato de que, se o aspecto negativo atinge instrumentos
trabalho dos canais instrumentados não foi preenchido totalmente pelo material
região, que não é regularizada pela instrumentação (BARBIZAM et al., 2002); das
vazios (ZASLANSKY et al., 2011); conforme mostrado por COSTA et al. (2010), pela
presença de gaps. Outros fatores que, por hipótese, podem estar relacionados ao fato
provoca a contração desse tipo de material, fazendo com que ocorram espaços vazios
estudos ex vivo para a prática clínica, ser de utilidade e aplicação clínica. No entanto,
deve ser considerada a imprecisão dos testes visual, tátil e radiográficos utilizados para
a seleção do cone (SILVA FILHO, 2011; WAECHTER et al., 2009). Assim verifica-se falha
nas adaptações de guta percha à região da extremidade apical, o que foi verificado no
presente estudo, pois, em nenhum caso, a extremidade mais apical do cone de guta
da guta percha, uma vez que, plastificada, ela penetra em locais de anatomia mais
complexa (PETERS et al., 2010), preenchendo assim, de forma mais eficiente, o canal
radicular (RAYMUNDO et al., 2005). Em função disso, ocorre uma maior adaptação de
guta percha nas paredes dos canais radiculares melhorada, bem como ocorre aumento
WU et al., 2002; WU et al., 2001). Ainda assim, não se alcança a eficiência desejada
(SOMMA et al., 2011; SILVA FILHO, 2011), motivo pelo qual, no presente estudo, não
computadorizadas de alta resolução (µCT), que são amplamente utilizadas para avaliar
formas tridimensionais e volumes dos canais radiculares (SOMMA et al., 2011; SILVA
FILHO, 2011; VIER-PELISSER et al., 2010; PATEL et al., 2009a; PATEL et al., 2009b;
IKRAM et al., 2009; MOORE et al., 2009), com a vantagem de não exigirem preparação
dos dentes avaliados, com destaque para a natureza não destrutiva do processo (YIN et
- 88 -Discussão_______________________________________________________________________________________________________
al., 2010; VIER-PELISSER et al., 2010), bem como permitem a obtenção de imagens
obturadora, áreas não ocupadas por ela no canal, e outros detalhes de interesse
obturação dos canais radiculares seja feita com cimento dotado dessa propriedade
(GOPIKRISHNA et al., 2011; SOUSA-NETO et al., 2008; SOUSA-NETO et al., 2005; LEE
Nessa hipótese, a massa obturadora deve permanecer no seu local de origem, sob pena
vedação ali obtida (UNGOR et al., 2006). Nessa circunstância, torna-se imperioso
obturação.
tal aspecto está relacionado com o cimento utilizado e sua relação com as paredes
________________________________________________________________________________________________________ Discussão - 89
-
dentinárias – o que está de acordo com OKŞAN et al. (1993), e que mesmo a ausência
revelada pela maior presença de tags e ausência de gaps, ocorrência esta mais
ocorreu pelo fato de que, em dentes com região cervical mais alargada, a manobra de
obturação é facilitada, permitindo que se leve mais cimento às partes apicais do canal
Quanto aos tipos de falha encontrados quando da realização dos testes de push
ausência de gaps, o ponto mais frágil da massa obturadora é a sua interface com o
tecido dentinário (DE DEUS et al., 2002). O uso de um único cimento – o AH Plus,
embora dotado de boa adesividade (NEELAKANTAN et al., 2011; JAINAEN et al., 2007;
UNGOR et al., 2006; GESI et al., 2005), não permite comparação com eventuais outros
agentes cimentantes.
apontam na direção de que pesquisas futuras devem ser realizadas, com o objeto de
cervical.
Referências Bibliográficas
ABUABARA, A.; SCHREIBER, J.; BARATTO FILHO, F.; CRUZ, G. V.; GUERINO, L. Análise
ARI, H.; BELLI, S.; GUNES, B. Sealing ability of Hybrid Root SEAL (MetaSEAL) in
conjunction with different obturation techniques. Oral Surg. Oral Med. Oral. Pathol.
BAUGH, D.; WALLACE, J. The role of apical instrumentation in root canal treatment: a
Accuracy of Length Determination With Four Electronic Apex Locators. J. Endod., v. 35,
n. 9, p. 1300-2, 2009.
extraídos, de duas técnicas propostas para o preparo de canais radiculares curvos. Rev.
CONTRERAS, M. A.; ZINMAN, E. H.; KAPLAN, S. K. Comparison of the first file at the
apex, before and after early flaring. J. Endod., v. 27, n. 2, p. 113-6, 2001.
1121-32, 2007.
332-6, 2002.
shaper burs on the cervical dentin thickness and root canal area of mandibular molars.
ER, K.; SÚMER, Z.; AKPINAR, E.. Apical extrusion of intracanal bacteria following use of
2005.
ENDAL, U.; SHEN, Y.; KNUT, A.; GAO,Y.; HAAPASALO, M. A High-resolution Computed
of various obturation materials to root canal dentin using a push-out test design. J.
GAMBARINI, G.; PLOTINO, G.; GRANDE, N.M.; TESTARELLI, L.; PRENCIPE, M.;
related inferior alveolar nerve paraesthesia with cone beam computed tomography: a
GARIB, D. G.; RAYMUNDO JR. R.; RAYMUNDO, M. V.; RAYMUNDO, D. V.; FERREIRA, S.
166-75, 1976.
GESI, A.; RAFFAELLI, O.; GORACCI, C.; PASHLEY, D.; TAY, F. R.; FERRARI, M.
Evaluation of the effect of MTAD in comparison with EDTA when employed as the final
rinse on the shear bond strength of three endodontic sealers to dentine. Aust. Endod.
HUYBRECHTS, B.; BUD, M.; BERGMANS, L.; LAMBRECHTS, P.; JACOBS, R. Void
detection in root fillings using intraoral analogue, intraoral digital and cone beam CT
IBARROLA, J. L.; CHAPMAN, B. L.; HOWARD, J. H.; KNOWLES, K. I.; LUDLOW, M..
IBELLI, G. S.; BARROSO, J. M.; CAPELLI, A.; SPANÓ, J. C.; PÉCORA, J. D. Influence of
cervical preflaring on apical file size determination in maxillary lateral incisors. Braz.
tooth tissue volume changes following endodontic procedures and post space
IOANNIDIS, K.; LAMBRIANIDIS, T.; BELTES, P.; BESI, E.; MALLIARI, M. Endodontic
mandibular molars with single roots and single canals in a patient. J. Endod., v. 37, n.
1, p. 103-9, 2011.
JAINAEN, A.; PALAMARA, J. E. A.; MESSER, H.H. Push-out bond strengths of the
dentine–sealer interface with and without a main cone. Int. Endod. J., n. 40, v. 11, p.
882–90, 2007.
JARRET, I. S.; MARX, D.; COVEY, D.; KARMAZIN, M.; LAVIN, M.; GOUND, T. Percentage
of canals filled in apical cross sections –an in vitro study of seven obturation techniques.
KHAN, I. U.; SOBHI, M. B. Detecting the apical constriction in curved mandibular molar
p. 47-9, 2003.
KIM, Y. K.; GRANDINI, S.; AMES, J. M.; GU, L.S.; KIM, S. K.; PASHLEY, D. H.;
123-6, 2007.
LAZZARETTI, D. N.; CAMARGO, B. A.; DELLA BONA, A.; FORNARI, L. J.; VANNI, J. R.;
LEE, B.; LAI, E.; LIAO, K.; PIN-CHUN, L. A novel polyurethane-based root canal-
R.; QIAN, F. Apical morphology of the palatal roots of maxillary molars by using micro-
of apical root canal preparation using three instrumentation techniques. Int. Endod. J.,
p. 805-9, 2009.
NAGASAWA, S.; YOSHIDA, T.; TAMURA, K.; YAMAZOE, M.; HAYANO, K.; ARAI, Y.;
human tooth models and its ability for education and research - Carious tooth models.
NEELAKANTAN, P.; SUBBARAO, C.; SUBBARAO, C. V.; DE-DEUS, G.; ZEHNDER, M. The
impact of root dentine conditioning on sealing ability and push-out bond strength of an
epoxy resin root canal sealer. Int. Endod. J., v. 44, n. 6, p. 491-8, 2011.
OKŞAN, T.; AKTENER, B. O.; SEN, B. H.; TEZEL, H. The penetration of root canal sealers
into dentinal tubules. A scanning electron microscopic study. Int. Endod. J., v. 26, n. 1,
p. 301-5, 1993.
tomography with variable voxel sizes in an in vitro model. J. Endod., v. 37, n. 1, p. 75-
9, 2011.
PAQUÉ, F.; ZEHNDER, M.; MARENDING, M. Apical fit of initial K-files in maxillary molars
PATEL, S.; HORNER, K. The use of cone beam computed tomography in endodontics.
PATEL, S.; DAWOOD, A.; MANNOCCI, F.; WILSON, R.; PITT FORD, T. Detection of
periapical bone defects in human jaws using cone beam computed tomography and
PATEL, S.; DAWOOD, A.; WILSON, R.; HORNER, K.; MANNOCCI, F. The detection and
management of root resorption lesions using intraoral radiography and cone beam
2009b.
Influence of cervical preflaring on apical file determination. Int. Endod. J., v. 38, n. 7,
p. 430-5, 2005.
PETERS, O. A.; BOESSLER, C.; PAQUE, F. Root Canal Preparation with a Novel Nickel-
PETERS, O. A.; PAQUÉ, F. Root Canal Preparation of Maxillary Molars With the Self-
2011.
- 102 - Referências Bibliográficas________________________________________________________________________________________
apical nas obturações de canais radiculares preparados com uma técnica manual e outra
SANFELICE, C. M.; DA COSTA, F. B.; REIS, M. V.; VIER-PELISSER, F.; BIER, C. A. S.;
SCHAMBACH, S.J.; BAG, S.; SCHILLING, L.; GRODEN, C.; BROCKMANN, M.A. Application
SCHMITZ, M.S.; SANTOS, R.; CAPELLI, A.; JACOBOVITZ, M.; SPANÓ, J. C. E.; PÉCORA,
SILVEIRA, L. F. M.; MARTOS, J.; PINTADO, L. S.; TEIXEIRA, L. A.; CÉSAR-NETO J. B.;
Early flaring and crown-down shaping influences the first file bind to the canal apical
third. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod., v. 106, n. 2, p. 99-
101, 2008.
SILVEIRA, L. F. M.; SILVEIRA, C. F.; CASTRO, L. A. S.; CÉSAR NETO, J. B.; MARTOS, J.
Crown-down preflaring in the determination of the first apical file. Braz. Oral Res., v.
intraradicular dentin bond strength of Resilon and gutta-percha. J. Endod., v. 32, n. 10,
p. 693-6, 2006.
- 104 - Referências Bibliográficas________________________________________________________________________________________
SOMMA, F.; CRETELLA, G.; CAROTENUTO, M.; PECCI, R.; BEDINI, R.; DE BIASI, M.;
dentine submitted to irradiation with Er : YAG and Nd : YAG lasers. Int. Endod. J., v.
associados aos cones de resilon e guta-percha. Robrac., n. 17, v. 43, p. 22-31, 2008.
SOUZA, S. F. C.; BOMBANA, A. C.; FRANCCI, C.; GONÇALVES, F.; CASTELLAN, C.;
BRAGA, R.R. Polymerization stress, flow and dentine bond strength of two resin-based
root canal sealers. Int. Endod. J., n. 42, v. 10, p. 867–73, 2009.
STOLL, R.; THULL, P.; HOBECK, C.; YUKSEL, S.; JABLONSKI-MOMENI, A.;
TAN, B. T.; MESSER, H. H. The effect of instrument type and preflaring on apical file
TEIXEIRA, C. S.; ALFREDO, E.; THOMÉ, L. H. C.; SILVA, R. G.; SILVA-SOUSA, Y. T. C.;
and push-out bond strength measurements and SEM analysis. J. Appl. Oral Sci., n. 17,
v. 2, p. 129-53, 2009.
TENNERT, C.; HERBERT, J.; ALTENBURGER, M. J.; WRBAS, K. T. The Effect of Cervical
Preflaring Using Different Rotary Nickel-Titanium Systems on the Accuracy of Apical File
TORABINEJAD, M. Passive step-back technique. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol.,
UNGOR, M.; ONAY, E. O.; ORUCOGLU, H. Push-out bond strengths: the Epiphany–
Resilon, AH Plus and gutta-percha. Int. Endod. J., v. 39, n. 8, p. 643–7, 2006.
VANNI, R. J.; SANTOS, R.; LIMONGI, O.; GUERISOLI, D. M. Z.; CAPELLI, A.; PÉCORA, J.
VIER-PELISSER, F. V.; DUMMER, P. M.; BRYANT, S.; MARCA, C.; SÓ, M. V.;
WU, M.K.; DUMMER, P.M.H.; WESSELINK, P.R. Consequences of and strategies to deal
with residual post-treatment root canal infection. Int. Endod. J., v. 39, n. 35, p. 343–
56, 2006.
WU, M. K.; KAST’AKOVÁ, A.; WESSELINK, P. R. Quality of cold and warm gutta-percha
fillings in oval canals in mandibular premolars. Int. Endod. J., v. 34, n. 6, p. 485–91,
2001.
percentage of gutta-percha-filled area in the apical canal filled with vertically compacted
YIN, X.; CHEUNG, G. S. P.; ZHANG, C.; MASUDA, Y. M.; KIMURA, Y.; MATSUMOTO, K.
ZASLANSKY, P.; FRATZL, P.; RACK, A.; WU, M. K.; WESSELINK, P. R.; SHEMESH, H.
ZHANG, R.; YANG, H.; YU, X.; WANG, H.; HU, T.; DUMMER, P.M.H. Use of CBCT to