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PROCESSO DE CONHECIMENTO:
Visa reconhecer determinado direito
Há debate de mérito
Dilação probatória
PROCESSO DE EXECUÇÃO:
Inicia-se a partir de uma certeza – a quem pertence o direito
Não há debate de mérito
Não há dilação probatória
Atos executivos contra o patrimônio do devedor objetivando a satisfação da dívida.
“execução forçada” – Aquela realizada contra a vontade do devedor
TODA a execução DEVE ter SEMPRE um título executivo
Ação de cobrança / Monitória (Art. 700, CPC) – quando o documento comprobatório da dívida não tiver
eficácia de título executivo.
Desconsideração da personalidade jurídica (Art. 134, caput e §3°, CPC) – quando ocorre abuso da
personalidade jurídica, o sócio que cometeu o ato pode responder pelo débito.
Processo de conhecimento:
Procedimento: Petição inicial Citação do Réu Sentença ilíquida intimação do réu decisão
interlocutória (liquidando o devido) intimação do réu petição intermediária execução do
título judicial ou cumprimento de sentença.
TÍTULO EXECUTIVO:
JUDICIAL (Art. 515, CPC): Documento formado no âmbito do poder judicial, a execução se dá através de
um cumprimento de sentença.
Magistrado não age de ofício para execução
É uma fase subsequente, uma continuidade no processo, chamado de processo sincrético – e por isso o
devedor não é citado para execução e sim INTIMADO.
Exceções (§1) – são títulos judiciais que precisam de processo autônomo e de uma nova citação para a
execução do título:
Sentença estrangeira
Sentença Penal condenatória transitada em julgado
Sentença arbitral
EXTRAJUDICIAL (Art. 784, CPC): são todos aqueles documentos em que a lei determina como sendo um
título executivo extrajudicial.
Ex: cheque / nota promissória / documento particular com assinatura do devedor e de 2 testemunhas
ART 784 CPC / ART 771
Procedimento: Petição inicial Citação do Réu (para título judicial é intimação) Penhora /
avaliação e depósito (caso não pague na citação/intimação) expropriação (transformar os bens
penhorados em pecúnia/dinheiro, baseado no princípio da patrimonialidade) sentença (quando ocorre o
pagamento ao credor, não resolve o mérito, apenas declara que a dívida foi sanada).
Requisito (Arts. 783 e 786, CPC) – título de obrigação certa, líquida e exigível.
Atos executivos (Art. 782, CPC) – são cumpridos pelo oficial de justiça.
“execução forçada” – Aquela realizada contra a vontade do devedor
Defesa – Embargos à execução.
Natureza jurídica: ação
Suspensão da execução: para ser requerida, deve ser garantido ao Juízo um pagamento prévio, sendo
também verificada a plausibilidade do pedido, bem como a existência do fumus boni iuris e do periculim in
mora.
PRINCÍPIOS:
1) Autonomia do processo de execução: com o processo sincrético, só se fala em autonomia do processo
de execução para títulos executivos extrajudiciais.
3) Exato adimplemento: (Arts. 899 e 907, CPC - Art. 876, §4, I, CPC)
Será cobrado exatamente aquilo e nos limites do que estiver disposto no título executivo. Nem a mais, nem a
menos.
4) Disponibilidade do processo pelo credor: Art. 775 do CPC PROVA - necessidade ou não, quando for
formulado o pedido pelo desistente, para que o devedor se manifeste sobre se concorda ou não.
Opinião do devedor só é válida se já tiver havido manifestação e que tenha sido sobre materia de
merito.
Se ainda não tiver se manifestado ou tiver sido unicamente processual, não leva em consideração a
opinião do devedor para a desistência)
Exequente pode desistir de toda ação ou apenas de alguma medida executiva.
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva.
(credor pode dispor do processo, no sentido de que pode desistir de toda a ação ou apenas de parte)
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
I - serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o
exequente as custas processuais e os honorários advocatícios; ex: incompetência do juízo
II - nos demais casos (qualquer outra matéria que envolva debate de mérito), a extinção dependerá da
concordância do impugnante ou do embargante. ex: eu não devo, a dívida que está sendo executada já foi
paga, já prescreveu.
NOVA AÇÃO que depende de ação executiva anterior – Art. 914, CPC - PRAZO DE 15 DIAS: embargante
(executado) ----------------- embargado (exequente) ---------------- debate de mérito (ex: devo mas não devo
tudo que o exequente está executando - excesso de execução )
Distribuídos por dependência - é pedido na petição para que seja distribuída para mesma vara em que se
encontra o processo de execução.
A ação de embargos NÃO suspende a execução do título extrajudicial/execução. Na petição dos
embargos deve demonstrar que as alegações são plausíveis e que a execução pode lhe causar algum dano.
Prévia garantia do juízo.
A DIFERENÇA entre elas é que os embargos são ao mesmo tempo uma defesa e uma ação.
Começar o processo a partir da liquidação por já ter o título executivo - Art. 515, §1°, CPC
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I - fraude a execução; (transfere o patrimônio após a citação não resguardando patrimônio que consiga
efetivar o pagamento e frauda a execução) - se a fraude for reconhecida (através da forma incidental,
independe de uma ação própria - através de decisão interlocutória), juiz pode determinar a penhora do bem
mesmo o bem já estando com terceiros. / Art. 828, CPC - para antecipar o momento para caracterizar a
fraude à execução.
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores,
nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por
cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível
nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.
Competência:
-> Título executivo judicial (ART 516, cpc)
Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
I - os tribunais, nas causas de sua competência originária; COLOCAR NO CÓDIGO - CARTA DE
ORDEM
(carta de ordem - ela se destina basicamente para o magistrado de uma instância superior “ordenar” um juiz
de instância inferior para que cumpra a carta de ordem, a penhora, a avaliação do bem - é cumprido pelo juiz
inferior, mas quem decide se foi cumprido o pagamento e etc é o ministro do STJ, por exemplo - ministro
STJ Brasília para comarca Florianópolis - não há deslocamento de competência)
II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; (mesmo que tenha havido interposição de
recurso para as instâncias superiores, se foi ajuizada em primeiro grau, o inicio do cumprimento de sentença
será no juízo de primeiro grau) PROVA
III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória TRANSITADA EM
JULGADO (ERRO DO CÓDIGO), de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido
pelo Tribunal Marítimo. - ART 109, X, CF sentenças estrangeiras (deve passar por procedimento de
homologação perante o STJ - executa na justiça FEDERAL)
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio
do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde
deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será
solicitada ao juízo de origem.
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo. (POLO ATIVO)
§ 1 Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário:
o
I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II - o espólio (momento anterior a partilha), os herdeiros (após a partilha dos bens) ou os sucessores do
credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo;
III - o cessionário (quem passa a ter o direito do crédito - cessão de crédito), quando o direito resultante do
título executivo lhe for transferido por ato entre vivos;
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação (casos em que o fiador assume o papel de credor e realiza o
pagamento do débito - satisfaz uma dívida alheia) legal ou convencional. - ANOTAR CÓDIGO 794, §2
§ 2 A sucessão prevista no § 1 independe de consentimento do executado.
o o
Garantias:
Pessoal / fidejussória – referente à pessoa.
Fiador Possui responsabilidade subsidiária (art. 818, CC) mas se transforma em solidária quando ele se
obriga solidariamente (Art. 26, CC) ou quando fiador expressamente renuncia ao direito ao benefício de
ordem
Benefício de ordem: fiador é indicado para pagar o débito do credor inadimplente, mas tem a
possibilidade de indicar bens do devedor principal que possam satisfazer o pagamento dessa dívida –
Quando renuncia ao direito, obriga-se solidariamente.
Classificação:
Originária e derivada;
Originária - o credor ou devedor vincula-se de forma direta ao título que apoia a ação executiva,
confundindo-se as partes da execução com os protagonistas do processo de conhecimento (autor e réu) ou
com os que tomaram parte no negócio jurídico que gerou a criação do título extrajudicial.
Ato Entre vivos - cessão de crédito (transferir o valor de um crédito a outra pessoa, a outra pessoa passa a
ter competência - para que a cessão seja feita de forma eficaz o devedor tem que ser cientificado, devedor
não precisa concordar)).
cessão de débito - tiro uma divida do meu nome e passo para outro - precisa da anuência do credor
Causa Mortis – executado morre após a sentença de conhecimento, sendo a execução realizada contra o
espólio, herdeiros.
Ordinária e extraordinária.
Ordinária - credor pleiteia, em nome próprio, um direito próprio.
Extraordinária - credor pleiteia, em nome próprio, direito alheio. (Ex: MP atuando em juízo como parte,
sindicatos e associações)
Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o
executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o
procedimento.
Súmula 27 - STJ