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Revista Villa da Feira

10 anos de promoção da cultura portuguesa

Roberto Carlos*

Na era da globalização, caracterizada por um intercâmbio da sua formação e reprodução funde-se com a história da
sem paralelo de mercadorias, valores e representações e própria formação da nação. Esta última não se deve confundir
por diásporas que dispersam populações outrora ancoradas com o estado - o que só sucede no caso dos estados-
de modo durável a um dado território, a nação continua ainda nações de que Portugal é exemplo - , o “aparelho político
a ser uma forma preeminente de identificação (Castells (instituições governamentais e funcionalismo público) que
1997) E, como ocorre em todas as formas de identificação, governa um dado território, cuja autoridade assenta na lei e
pertencer-se a uma nação ou a um determinado território na capacidade para usar a força (Giddens 2004). A nação é
implica partilhar referências a um passado comum - uma “um grupo formado a partir de um ou vários grupos étnicos,
memória - e acreditar que esse coletivo possui características e normalmente identificado por uma literatura própria [que]
próprias: uma identidade. Como assinala Anthony Smith ”(...) possui ou reivindica o direito à identidade e à autonomia
poderíamos quase dizer: sem memória não há identidade; políticas enquanto povo, bem como o controlo de um dado
sem identidade, não há nação” (Smith 2004). Por isso vamos território…” (Hastings 1997).
referir-nos brevemente a cada uma destas entidades que
O estado, produtor ideológico de memória e identidade
se encontram de tal modo interligadas que já se definiu a
nacionais, de legislação condicionadora de habitus
nação como “uma comunidade imaginária formada pelos
fundamentais, persistiu. Os símbolos identificadores -
mortos, pelos vivos e pelos que ainda não nasceram, que se
bandeira, hino, língua … - também. Apesar de os portugueses
mantém unida graças a uma cola chamada memória“ (Ash
estarem cada vez mais em contacto com outros e de serem
2005). Concebemos a memória nacional como o produto de
por eles influenciados - no interior do território nacional,
uma comunidade mnemónica específica, a nação, que ela,
como no seu exterior - não houve qualquer hiato na sua
por sua vez, contribui para reproduzir. Por isso, o processo
percepção genérica de serem parte de uma cadeia contínua
que os une às gerações anteriores, como não se alterou o
*Técnico Superior de História da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira;
Membro Integrado do CEGOT - Centro de Estudos em Geografia e Ordenamento seu entendimento de serem um coletivo com características
do Território - Unidade de Investigação e Desenvolvimento das Universidades de próprias. Estes elementos constituem o cerne da memória e
Coimbra, Porto e Minho; DEA em Turismo, Lazer e Cultura Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra; Doutorando Turismo, Lazer e Cultura Faculdade de da identidade nacional.
Letras da Universidade de Coimbra e Professor Convidado Universidad Rey Juan
Carlos – Madrid.
13
Para a sua preservação destes elementos, dão o seu Paiva, se associaram. Deste conjunto resultou o encontro
contributo as instituições culturais, sociais e económicas, realizado no sábado passado, dia 14 de Novembro de
através da sua atividade. 1970, para prestar homenagem ao Desembargador Augusto
Sequeira, primeiro no seu antigo gabinete do Tribunal Judicial
Neste ponto gostaria de vos falar da LAF - Liga dos Amigos
da nossa vila e depois num jantar na Estalagem, que para
da Feira, que foi constituída por escritura pública de 09 de
isso mesmo reuniu cerca de cento e cinquenta pessoas,
Março de 1983, devido à obrigatoriedade de estar constituída
entre as quais se viam um Conselheiro do Supremo Tribunal
para poder beneficiar de um subsídio do Governo Civil,
diversos Juízes, Delegados, Conservadores, advogados,
liderado pelo feirense Aurélio Pinheiro.
funcionários do Tribunal e outras Repartições, além de muitos
Todavia a sua atividade remonta ao ano de 1970, quando outros cavalheiros com suas esposas, que graciosamente
mandou cunhar uma Medalha ao Corregedor do Círculo coloriam o ambiente.
Judicial de Vila da Feira 1962-1970 (Augusto Raul Sequeira),
O jantar constituiu simpática confraternização. Na cabeceira
que integrava: Vila da Feira, Oliveira de Azeméis, Arouca
da mesa via-se o homenageado; à direita do Governador
e Castelo de Paiva. A Medalha de 1970 teve a autoria do
Civil de Aveiro, ladeados pelos Juízes da Comarca, Tribunal
escultor Baltazar Bastos1.
do Trabalho, Presidente da Câmara Municipal da Feira, e
logo a seguir outros Juízes, Conselheiro Mário Leal, mais o
Delegado, muitos Advogados.

Em lugares, sem marcação de precedência, todos os


restantes convivas.

1
Cabe aqui, também, a notícia de que foram igualmente destruídos os cunhos da
medalha consagrada a Augusto Raul Sequeira, por ocasião da homenagem que se
lhe prestou ao deixar as funções de corregedor do Círculo Judicial de Vila da Feira.
Tendo desempenhado aquele cargo de 1962 a 1970 e recentemente promovido a
desembargador da Relação do Porto, o Sr. Dr. Raul Sequeira foi preiteado por uma
comissão constituída pelos Srs. Dr. Celestino Portela e Manuel Cunha Rodrigues
e pela delegação da Ordem dos Advogados da Vila da Feira. Limitada a tiragem a
210 exemplares de bronze e oito de prata, todos eles foram numerados, levando a
indexação dos respectivos totais, como se usa em França e deveria usar-se também
no nosso país. Creio que foi esta, até, a primeira medalha portuguesa numerada
à boa maneira dos franceses; a segunda terá sido a da recente Exposição de
Homenagem ao Dr. Augusto Raul Sequeira Medalhística do Norte de Portugal.
em 14 de Novembro de 19702. - Esc. Baltazar Bastos. A homenagem a Raul Sequeira foi em 14/11/70 e quatro dias antes deram-se por
concluídas todas as operações da emissão e acabamento. Apresentando-se a 10
de Novembro, na oficina de Bernardino Bastos Júnior, onde esta espécie foi criada
Ao ser conhecida a nomeação de Augusto Raul Sequeira para
e executada por Baltasar Bastos, o Sr. Dr. Celestino Portela, advogado e conhecido
o Tribunal da Relação do Porto, não quiseram os advogados colecionador, levantou as medalhas encomendadas, liquidou as respectivas
despesas e imediatamente a seguir mandou proceder à inutilização dos cunhos,
da Comarca deixar partir da nossa terra o Juiz, que foi o na presença do Srs. Dr. Diogo Oliveira, que o acompanhava, Fernando Paula, J.
primeiro Corregedor do Círculo Judicial da Feira, sem uma Henriques de Oliveira, Bernardino Bastos Júnior e do próprio autor, Baltasar Manuel
Bastos. Os cunhos destruídos foram entregues, depois, ao presidente da Câmara
palavra de despedida respeitosa e amiga pela recordação, Municipal da Vila da Feira, com destino ao Museu-Biblioteca Municipal.
plena de simpatia que deixa entre nós, não só resultante Foram diferentes, na forma, os processos usados na destruição dos cunhos destas
da competência demonstrada no exercício do cargo, mas duas medalhas, mas idênticos o propósito e o fim. Na medalha da Exposição de
Miniaturas Náuticas, os cunhos foram aquecidos até ao rubro e colocados no
também pela amabilidade do seu fino trato. Esta atitude balancé onde receberam, por sobreposxão, a marca de um punção criado para o
efeito. Os cunhos da medalha dedicada ao Sr. Dr. Raul Sequeira foram inutilizados
dos feirenses é de resto apanágio sempre gostosamente por esmagamento de parte das letras e dos motivos, a martelo. O mais importante
cumprido, quando merecido. de tudo é que, em qualquer dos casos, se construiu. Porque, na Medalhística,
à destruição de cunhos corresponde a construção de um princípio que eleva o
Anunciado tal projecto logo as outras comarcas, componentes prestígio e a dignidade das espécies.
2
do mesmo Círculo, ou seja Azeméis, Arouca e Castelo de Correio da Feira, 21 de Novembro de 1970.
14
Iniciou os brindes, em nome da Ordem dos Advogados da Neste artigo / comunicação abordaremos também o papel da
Feira, Ferreira Soares que enalteceu, além da competência e LAF na promoção da cultura santamariana, especialmente
são critério de justiça do Desembargador Augusto Sequeira através da extraordinária publicação que é a revista VILLA DA
o que era natural e de esperar num Juiz da sua categoria, a FEIRA - Terra de Santa Maria, que em 1 de Junho de 2002
sua humanidade e até bondade e correção que sempre usou editou o seu n.º 1, e cuja Apresentação Pública decorreu, no
para com todos, que tão funda recordação deixa em todos «Restaurante do Villa», Espaço da Viagem Medieval, em 13
quantos com ele trataram. de Junho de 2002. Tem uma periodicidade quadrimestral, e
já vai no n°. 28.
Seguidamente falaram os seguintes senhores: Martinho de
Almeida, pela Ordem dos Advogados de Azeméis; Juiz do
1.° Juízo Gonçalves Ambrósio; Brito Lhamas, pela Ordem
dos Advogados de Arouca; Conselheiro Mário Leal, Cunha
Rodrigues e Alcides Monteiro, não só em seu nome mas
também no do Desembargador Xavier Fernandes, Ordem
Distrital dos Advogados do Porto, e Antunes Varela, antigo
Ministro da Justiça e criador do Círculo Judicial da Feira. A
encerrar os discursos de saudação, falou o Governador Civil de
Aveiro que se associou à homenagem já que, segundo disse,
apesar de desligado do foro, teve oportunidade de conhecer
e tratar com o Desembargador Augusto Sequeira pelo que
assim tinha perfeito conhecimento da cultura, competência e
sentido humano da sua maneira de a todos tratar.

Finalmente falou o homenageado que começou por afirmar


que muitas vezes se perguntava se valia ou não a pena
arrostar com trabalhos, sacrifícios e incompreensões, mas
que depois de tudo quanto ali foi dito por cada um dos
oradores a quem individualmente agradeceu assim como a
todos os convivas que não falaram, concluiu pela convicção
de que afinal valera a pena, pois aquele encontro lhe dava um Primeiro número da revista VILLA DA FEIRA - Terra de Santa Maria.
1 de Junho de 2002
conforto, para o seu espírito, compensador de todos esses
inconvenientes. Agradeceu ainda, a oferta de uma medalha
em bronze, feita para recordar a criação do Círculo Judicial Neste sentido abordaremos a importância da revista VILLA
a que ficou ligado, e por isso apresentava no verso o seu no DA FEIRA - Terra de Santa Maria no contexto das revistas de
me e efígie - curiosa iniciativa da mesma homenagem, e de interesse cultural e que claramente constituem instrumentos
interesse para os coleccionadores da especialidade, tanto privilegiados de divulgação da produção crítica, facilitando o
mais que é de tiragem limitada e numerada. acesso à investigação mais recente e permitindo uma ampla
difusão junto de públicos diferenciados.
Ao iniciar dos discursos, Diogo Vaz de Oliveira procedeu à
leitura de diversos telegramas e bem assim, de uma carta de A publicação de revistas de reconhecido interesse literário,
artístico e cultural, torna acessível a um público alargado
seu pai, Roberto Vaz de Oliveira, a felicitar o homenageado.
um conjunto de saberes e de informação essencial ao
A partir desse ano, a Liga dos Amigos da Feira exerceu uma desenvolvimento do exercício da cidadania e de uma
enormíssima actividade de divulgação dos motivos feirenses sociedade mais informada e crítica, uma vez que a revista
a par de grandes manifestações culturais. VILLA DA FEIRA - Terra de Santa Maria apresenta ao longo
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dos seus vinte e sete números artigos de reputados autores e A LAF - Liga dos Amigos da Feira promoveu ainda a execução
nesse sentido consideramos que é de relevante importância de peças em porcelana, bronze, grés, com motivos feirenses
para a Cultura e História do Concelho, da Região e do País. em 1978, 1979 e 1980.
Paralelamente e ainda no campo editorial não devermos de
esquecer os cerca de trinta títulos que a Liga dos Amigos da
Feira pública, na Colecção Santamariana, que enriquecem
claramente a bibliografia temática portuguesa.

Esta actividade vem de encontro à importância que


Professor Francisco Ribeiro da Silva atribui à História Local
“que é um campo da História cujo objecto é marcado por
fronteiras geográficas não muito amplas e, talvez por
isso tocado por um paradoxo curioso: desvalorizado ou
subvalorizado por alguns sectores mas simultaneamente
bem visto e incrementado com entusiasmo por outros. Alguns
universitários menosprezam a história local por dois tipos de Medalha de Homenagem ao Concelho da Feira em 1972.
razões: a) não é suficientemente digna para consagrar um Escultura de José Aurélio.
historiador que se preze; b) em grande parte dos casos, é
escrita por curiosos sem escola nem formação universitária
ou com formação universitária muito distante”.

Após a cunhagem da primeira medalha, seguiu-se a


cunhagem de uma medalha de Homenagem ao Concelho
da Feira em 1972, sendo autor da escultura José Aurélio3.

Painel de Azulejos, exemplar nº1, exposto no “Café Castelo”


em Santa Maria da Feira.

A LAF integrou ainda a Comissão Executiva na angariação


de fundos para a construção do Pavilhão Gimnodesportivo

3
José Aurélio nasceu em Alcobaça, é diplomado em Escultura, pela Escola Superior
de Belas-Artes de Lisboa (hoje FBAUL), participa em exposições colectivas desde
1958, realizou quarenta exposições individuais e é autor de várias obras públicas.
Trabalha materiais como pedra, madeira e bronze, obedecendo a uma estética
minimalista e tendencialmente geometrizante. Vem desenvolvendo novas formas de
expressão na medalhística, desde 1966. Entre 1969 e 1974 concebeu e orientou a
Galeria Ogiva, em Óbidos. Vive em Alcobaça desde 1980, onde dirige o Armazém
das Artes. Foi agraciado pelo Presidente da República Portuguesa, com a Comenda
Exemplar da Colecção Santamariana. da Ordem do Infante D. Henrique (2006).
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da Lavandeira e dinamizou ainda a execução de serviços Em 30 de Novembro de 1982, a LAF assinalou as
de jantar, chá e café, com motivos do Castelo da Feira, em “Comemorações do 47º. Aniversário da morte de Fernando
Porcelana, da fábrica de Porcelana de Coimbra, em 1980. Pessoa aos 47 anos de idade” com o seguinte programa: Jantar
íntimo com os seus convidados; Conferência pelo Professor
Doutor Salvato Trigo, no Salão Nobre da Câmara Municipal,
sobre “Actualidade de Fernando Pessoa”; Lançamento de
uma medalha comemorativa da autoria de José Aurélio;
Lançamento de um poster da autoria de Joaquim Carneiro;
Edição de uma “Silva Poética“, com poemas dedicados a, ou
inspirados em Fernando Pessoa; Ceia - Convívio em casa do
companheiro Carlos Maia.

Em 1983 temos uma das grandes atividades da LAF, a


execução do 1º. Monumento Nacional a Fernando Pessoa,
pelo escultor de Aureliano Lima .

Serviços de jantar, chá e café, com motivos do Castelo da Feira.

Ainda em 1980, tivemos a 1ª. Mostra de colecionismo do


Concelho da Feira, em temática Camoneana, integrada nas
Comemorações do IV Centenário da morte de Camões, na
sede do Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira e
a Sessão Pública de Homenagem a Camões, no mesmo
espaço com palestra do Companheiro Pe. Albano de Paiva
Alferes “Ao redor de Camões” em 10 de Junho.

Cartaz da Inauguração do Primeiro Monumento Nacional


de Homenagem a Fernando Pessoa.

A Constituição oficial da Liga dos Amigos da Feira por escritura


pública aconteceu a 9 de Março de 1983 para poder receber
apoios financeiros de organismos públicos, nomeadamente

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Aureliano Lima nasceu no Carregal do Sal, 23 de Setembro de 1916 e faleceu em
1984) foi o escultor do Monumento dedicado ao poeta Fernando Pessoa
Aureliano Lima em 1958, veio para o Porto e pouco tempo depois para Vila Nova de
Gaia, onde chegou a trabalhar no atelier do escultor. Manuel Pereira da Silva. Foi a
entrada em definitivo para os meios artísticos e culturais, uma porta aberta a novas
experiências, a novas criações e actividades.
A obra de Aureliano Lima é marcada pelo construtivismo abstracto. O seu espírito
criador expressou-se na escultura nos mais diversos materiais (gesso, bronze,
madeira, mármore, pedra, ferro policromado, ferro recuperado), bem como na
1ª Mostra de Colecionismo do Concelho da Feira. sua pintura marcadamente abstracta e com traços claros de um minimalismo de
Temática Camoneana contemporaneidade.
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do Governo Civil, à época chefiado por Aurélio Pinheiro, neste
mesmo ano tivemos a edição da Conferência do Professor
Doutor Salvato Trigo, Actualidade de Fernando Pessoa.
Edição de Ele e os Outros, de Aureliano Lima, um Ciclo de
Conferências integradas na Inauguração do Monumento a
Fernando Pessoa: 26-11-83, em Fiães, Fernando Pessoa e
o Movimento Saudosista, pelo Dr. Fernando Guimarães; 27-
11-83, em Arrifana, Fernando Pessoa, a Poesia e o Mito,
pelo Professor Dr. J. Augusto Seabra; 28-11-83, em Paços de
Brandão, Fernando Pessoa e a Poética da Nostalgia, pelo
Prof. Dr. Salvato Trigo; 29-11-83, em Vila da Feira, O Mito
Pessoa, pelo Prof. Dr. Eduardo Lourenço; 30-11-83, em Vila
da Feira, “Apresentação do Monumento”, pelo Dr. Aurélio
Pinheiro; 30-11-83, em Vila da Feira, Fernando Pessoa,
Poeta do Desassossego, pela Profª. Drª. Clara Rocha.

Monumento a Fernando Pessoa.

A 30 de Novembro de 1983, regista-se a inauguração do


Primeiro Monumento Nacional de Homenagem a Fernando
Pessoa, pelo Presidente da República, General Ramalho
Eanes e o Jantar de Encerramento das Comemorações da
Inauguração do Monumento no Salão Nobre do Castelo da
Feira, a que Presidiu o Presidente da República.

Miguel Torga, no Diário, referente ao dia 30 de Novembro


de 1983 escreveu: “No fim da cerimónia, em que colaborei
ofereceram-me a bandeira nacional que o cobria.

E vou guardá-la por duas razões. Por ser o símbolo da Pátria


e por ter envolvido emblematicamente a glória do poeta.
Glória pura que, como poucas, merecia a graça desse
póstumo calor materno.

Ninguém antes tinha realizado o milagre de criar de raiz um


Inauguração do monumento a Fernando Pessoa. Portugal feito de versos”.
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Plaquete com versos do homenageado
Henrique Veiga de Macedo na Home-
nagem do Concelho da Feira.

Catálogo da II Mostra de Filatelia e Maximafilia


do Concelho da Feira.

Ente 1 e 8 de Dezembro de 1983, em Paços de Brandão, a


LAF organizou ainda a 2ª. Mostra de Filatelia e Maximafilia
do Concelho da Feira.

A Homenagem a Henrique Veiga de Macedo, em colaboração


com a Junta de Freguesia de Santa Maria de Lamas, que
teve como pontos altos: a inauguração de dois bustos do
Homenageado, um em Santa Maria de Lamas e outro em
Santa Maria da Feira, pela Dr.ª D. Manuela Eanes, esposa do
Presidente da República, em 13 de Abril de 1985.

A Edição de uma plaquete com versos do homenageado


e o Jantar de Homenagem nas instalações do INATEL que
reuniu mais de 800 pessoas culminaram a Homenagem do
Concelho da Feira a um dos seus grandes vultos. . “Dr. Henrique Veiga de Macedo - Homenagem do Concelho da Feira”.
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Medalha da Inauguração do Primeiro Monumento de Homenagem
a Fernando Pessoa - Vila da Feira 30.XI.1983 - J. Carneiro, des.

Medalha do Centenário do Nascimento de Fernando Pessoa


13 Junho 1888 | 1988 - J. Carneiro, des.

Em 1986, a LAF promoveu as Comemorações do 98º Cartaz Comemorativo do Centenário do Nascimento de Fernando
Aniversário do Nascimento de Fernando Pessoa com o Pessoa - 13Junho1888|1988.
seguinte programa: Deposição de uma coroa de flores no
Monumento a Fernando Pessoa; Cartaz comemorativo,
No mesmo âmbito tivemos o Convívio Pessoano no Salão
por Joaquim Carneiro; 2ª. Mostra de Colecionismo de
Nobre do Castelo da Feira; a Representação do Marinheiro
Homenagem a Fernando Pessoa, de 13 a 15 de Junho de
pelo grupo “Caixa de Pandora”, do Porto; a Romagem ao
1986, com carimbo comemorativo dos CTT, na sede da Junta
Monumento, com poesia gravada e homenagem florida;
de Freguesia de Santa Maria da Feira; Conferência pelo
Organização da “IV Exposição Filatélica de Inteiros Postais”
Dr. David Mourão Ferreira, sob o tema Fernando Pessoa,
(inteiros postais são objectos postais que comportam um selo
a mulher e o Amor, no salão Nobre da Câmara Municipal;
impresso oficialmente autorizado ou uma marca ou inscrição
em 1988, registaram-se as Comemorações do I Centenário
indicando que um determinado valor facial, referente a
do Nascimento de Fernando Pessoa, com o seguinte
um serviço postal ou relacionado, foi previamente pago”.),
programa: Medalha comemorativa do 1.º Centenário; Cartaz
realizada no Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira,
Comemorativo por Joaquim Carneiro e Lançamento do Livro
em Outubro de 1988, com o Carimbo Comemorativo editado
Antinous - Trabalho sobre Obra por M. Lucília Lencart.
pelos C.T.T.
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Prof. Doutor Salvato Trigo, proferiu uma palestra sob o tema
Fernando Pessoa na Actualidade.

A 29 de Novembro de 2003 a LAF organizou a “Comemoração


do 20º. Aniversário da Inauguração do Monumento Nacional
a Fernando Pessoa”, com o seguinte programa: Recepção
ao Senhor General António Ramalho Eanes e esposa; Visita
ao Monumento e deposição de uma Coroa de Flores.

O Senhor General António Ramalho Eanes, proferiu uma


palestra na Biblioteca Municipal sobre o tema “A inevitabilidade
de Abril e a feira de legitimidades com o PREC - O regresso
ao propósito originário”.

A Comemoração do 20º. Aniversário da Inauguração do


Monumento a Fernando Pessoa culminou com Jantar
na Casa das Ribas, cedida por gentileza do casal Vaz de
Oliveira.

Como temos vindo a descrever as, atividades que A Liga dos


Amigos da Feira promove, são sinónimos de um movimento
Livro Antinous - Trabalho sobre a Obra de amor à Raiz que foi realizando, em atos isolados, Serviços
por M. Lucília Lencart, Faro 1988.
à Comunidade.
Em 1988 integrou como membro cooperante da Cooperativa Sentindo que a memória dos factos, das coisas e dos homens
que fundou a “Rádio Club da Feira”. se vai perdendo dia a dia, e que a morte de cada um de nós
é a perda de muitos conhecimentos e experiências.
A 30 de Novembro de 2002 é celebrado o 20.º Aniversário
do “Dia Triunfal LAF”: com uma “Ceia Medieval” no Salão Sonhou….Sonhou e acordou pensando o sonho que tivera.
Nobre do Castelo de Santa Maria da Feira; Homenagem ao
Deus quis que essa memória não se perdesse.
Prof. Doutor Salvato Trigo e aos Amigos da Villa da Feira. O
No dia 13 de Junho de 1231, faleceu em Pádua, Santo
António, de seu nome de baptismo Fernando, ficando este
dia assinalado como de Santo António.

Em 13 de Junho de 1888 nasceu, em Lisboa, um menino, a


quem foi dado o nome de Fernando António.

Foi neste dia de 2002 que, no «Restaurante do Villa»,


restaurante do Clube Desportivo Feirense na Viagem
Medieval, que foi apresentado o n.º 1 da revista VILLA
DA FEIRA - Terra de Santa Maria com periodicidade
quadrimestral.

General Ramalho Eanes e Esposa de visita ao Monumento.


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A Liga dos Amigos da Feira, no âmbito da promoção
editorial tem a chamada Coleção Santamariana que integra
os seguintes títulos: Ao redor de Camões, Pe. Albano de
Paiva Alferes, 1981 (esgotado); Silva Poética, Homenagem
a Fernando Pessoa, com um desenho de J. Carneiro, 1982
(esgotado); Actualidade de Fernando Pessoa, Salvato,
Trigo, com um desenho de J. Carneiro, 1983 (esgotado);

Lançamento do Nº 1 da revista Villa da Feira - Terra de Santa Maria.

D. Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal num e-mail ao


Dr. Manuel de Lima Bastos, referiu o seguinte: “Quanto à
Revista, temos conversado. Ela é mais uma biblioteca e do
melhor quilate. Ele e os outros - Poemas Pessoanos, Aureliano Lima,
1983 (esgotado); Fernando Pessoa, O Poeta do
Os meus parabéns aos seus promotores e responsáveis.
Desassossego, Clara Crabbé Rocha, 1984 (esgotado);
“Villa da Feira” honra a terra e será de boa recordação para Antinous - Fernando Pessoa - Trabalho sobre a Obra por
os vindouros. Agrada-me muito o que é fazer memória. A M. Lucília Lencart, 1988; As Cinco Sentidas, J. M. Matos
vida é memória. Vila, 2002 (esgotado); Um Livro, Celestino Portela, 2003
- Palavra Introdutória de Henrique Veiga de Macedo - 2.ª
Sem memória não há presente que preste nem futuro que
edição; Capela da Senhora das Necessidades Nadais –
venha a valer a pena. Todos os assuntos são dignos de
Escapães - Separata da revista Villa da Feira, Pe. Domingos
registo e estão muito bem tratados”.
A. Moreira, 2003 - Palavras Introdutórias de Alfredo Oliveira
Manuel de Lima Bastos salienta na sua obra De Novo Henriques, Gastão Valente, Carlos Martins, Pe. Domingos
à Sombra de Mestre Aquilino ”...e numa revista cultural Milheiro e Pe. Fernando Milheiro; Museu, Celestino Portela,
chamada “Villa da Feira” em homenagem ao velho nome das 2003 (esgotado) - Depoimento de Manuel Cunha Rodrigues;
Terras de Santa Maria da Feira donde provenho e que comete Castelo de Santa Maria da Feira, Comissão de Vigilância
a anormalidade de perdurar vai para dez anos, idade tão - Compilação de Celestino Portela, 2006 - Texto de Ludgero
longeva que faz abrir a boca de espanto a quem sabe quão Marques; Fernando António - o Pessoa, Celestino Portela,
fugaz e transitória é a vida deste género de publicações”. 2003 (esgotado) - Introdução de António Rebordão Navarro,
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Ilustrações de: Alfredo Luz, António Joaquim, Joaquim anos de História, Separata da revista Villa da Feira; David
Carneiro e Paulo Neves. Edição especial - Testemunho e Simões Rodrigues, 2005 (esgotado); Fundamentos para o
Tributo de Salvato Trigo; Do Alto da Piedade, Francisco Brasão de Fornos - Separata da revista Villa da Feira, Pe.
Neves, 2003 - Depoimento de Eduardo Vaz de Oliveira; José Alves de Pinho, 2005; Memórias Paroquiais de Santa
Misticismo em Manuel Laranjeira: o autodiagnóstico de Maria da Feira-1758. Roberto Carlos, 2006 - Prefácio de Luís
um médico doente de santidade, Separata da revista Villa da Miguel Duarte; Na melhor das Intenções, José Fial, 2006
Feira, Anthero Monteiro, 2004 - Prefácio de Luís Machado de - Selecção e Prefácio de Anthero Monteiro; D. Sebastião
Abreu; Seria aquela... “A ilha dos Amores”? - Separata da Soares de Resende - 1° Bispo da Beira - Separata da
revista Villa da Feira, Abílio Ferreira da Silva, 2004 (esgotado); revista Villa da Feira, José Manuel Cardoso da Costa,
Outrora... Fornos, Pe José Alves de Pinho - Palavras de Alfredo de Oliveira Henriques, Jaime Pedro Gonçalves,
gratidão de Celestino Portela; A Festa das Fogaceiras e Manuel Leão, Eurico Dias Nogueira, Carlos Moreira Azevedo,
o Feriado Municipal, Separata da revista Villa da Feira. Adriano Moreira, António Almeida Santos, David Simões
Anthero Monteiro (esgotado; Fogaceiras - Oitocentos Rodrigues, Sebastião Brás, José Soares Martins, Roberto
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Carlos, D. Sebastião Soares de Resende, 2006; Velharias... Para além desta vastíssima actvidade editorial a LAF,
- Homens e Mulheres Factos e Curiosidades, Pe. Albano promoveu com a Fundação Comendador Joaquim de Sá
de Paiva Alferes, 2007 - Prefácio de Pe. José Alves de Pinho; Couto, um “Jantar Convívio” com Mestre António Joaquim,
Construção da Actual Igreja de Escapães, Separata da realizado em 1 de Junho de 2004, com intervenção de
revista Villa da Feira, Pe. José Alves de Pinho, 2007 - Textos Serafim Guimarães: Edição de uma Medalha Comemorativa
de: Alfredo de Oliveira, Henriques, Pe. Domingos Milheiro, de Homenagem ao Mestre, da autoria do escultor Alves
Pe. Fernando Milheiro e Manuel de Castro Almeida; I André. Promoveu com a Santa Casa da Misericórdia da Feira,
Centenário da Igreja Paroquial de Milheiros de Poiares - Fundação Comendador Joaquim de Sá Couto, Comissão
2007, D. Carlos Alberto de Pinho Moreira Azevedo, Professor de Vigilância do Castelo de Santa Maria da Feira e Clube
Manuel Joaquim Santos Conceição, Pe. Manuel Valente de Feirense Associação Cultural um “Jantar Convívio” com o
Pinho Leão, Pe. Fernando Correia Gonçalves; Contributos Prof. Doutor Serafim Guimarães, realizado em 30 de Outubro
da Toponímia para a Arqueologia: Estudo de algumas de 2004, com intervenção de Daniel Filipe de Moura.
Freguesias do Concelho de Santa Maria da Feira,
Dinamizou com outras Associações, em 23 de Dezembro de
Separata da revista Villa da Feira, Filipe Pinto, 2007 - Prefácio
2004, a Homenagem ao Professor José Valente de Pinho
de Carlos A. Brochado de Almeida; Um Padrão de Glória Leão: Inauguração de dois bustos do Homenageado;
em Santa Maria D’Arrifana, Augusto Telmo, 2009 - Textos
de Dário Soares de Matos, e Alfredo de Oliveira Henriques - Em Milheirós de Poiares, com intervenção do Padre Manuel
Prefácio de Roberto Carlos - Posfácio do Autor; Arqueologia Leão;
da Terra de Santa Maria: balanços e perspectivas Em Santa Maria da Feira, com intervenção de José Manuel
- Actas do Colóquio, Coord. Filipe M. Soares Pinto. Cardoso da Costa; Romagem ao cemitério; “Almoço Convívio”
Co-participou na Homenagem promovida, pela Câmara com familiares e amigos do Homenageado.
Municipal e outras entidades, em 21 de Junho de 2003, ao Organizou uma Homenagem ao Padre Manuel Leão, em 23
Prof. Doutor José Manuel Moreira Cardoso da Costa, com de Dezembro de 2004, durante o “Almoço Convívio”, com
o seguinte programa: Sessão Solene no Salão Nobre da intervenção de Barbosa da Costa.
Câmara Municipal, com intervenção de Barbosa de Melo e
Almoço na Casa da Torre, cedida por gentileza da Família Promoveu “Jantar Convívio”, com o Padre Manuel Soares dos
Sampaio Maia, com intervenção de Henrique Veiga de Reis, em 24 de Janeiro de 2005, com intervenção do Bispo
Macedo. D. António Maria Carrilho e de outras individualidades.
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Homenagemao Prof. Doutor José Manuel Moreira Cardoso da Costa

Busto do Professor José Valente de Pinho Leão em Santa Maria da Feira.

Homenagem a Mestre António Joaquim. Escultura de Alves André

Homenagem ao Pe. Manuel Leão em Jantar Convívio.

Na “Semana Cultural” de 2007, orgnização da Junta de


Freguesia de Santa Maria da Feira, a LAF levou a efeito os
35 Anos de Actividade - Breve Exposição, na Sede da Junta
de Freguesia de Santa Maria da Feira.

A 12 de Agosto de 2007, promoveu o “Centenário de


Miguel Torga”: Inauguração de uma Escultura do Poeta, de
autoria do escultor Alves André, com intervenção de António
Rebordão Navarro e leitura de textos e poemas.

Fados de Coimbra no “Jantar Convívio” do Dr. Serafim Guimarães Em 29 de Setembro de 2007 realizou o “Convívio
Comemorativo” do 75.º Aniversário do Dr. António Simão
A 2 de Junho de 2007, assinou um Protocolo de Colaboração Toscano, conjuntamente com o Clube Feirense Associação
Geral com o Agrupamento de Escolas Prof. Doutor Ferreira Cultural, na sua Sede Social, com intervenção de Serafim
de Almeida. Guimarães e do aniversariante.
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“Jantar Convívio”. Homenagem ao Pe. Manuel Soares dos Reis “Jantar Convívio” com o Prof. Doutor Francisco Ribeiro da Silva.

“Jantar Convívio” com o Dr. António Simão Toscano. “Jantar Convívio” com o Eng. Artur Brandão.

A 10 de Outubro de 2007, regista-se a organização em Colégio S. João de Deus, no Porto. Concluiu com brilhantismo
parceria com a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, o Curso de Direito na Universidade de Coimbra. Está Inscrito
Junta de Freguesia de Argoncilhe, ISVOUGA, ISPAB, na Ordem dos advogados desde 4 de Julho de 1960.
Universidade Sénior de Santa Maria da Feira e Confraria da
Recentemente na cerimónia do Dia do Advogado, foram
Fogaça da Feira, de um “Jantar Convívio” com o Prof. Doutor
entregues medalhas aos causídicos que completaram em
Francisco Ribeiro da Silva, que contou com a intervenção
2010 meio século de inscrição na Ordem. Este ano, além
de António Barros Cardoso.
do ex. Bastonário António Pires de Lima, foram distinguidos
Em 25 de Janeiro de 2008, promoveu com o Clube Feirense Alberto Sousa Lamy, António Sampaio Soares, Luz Lopes,
Associação Cultural, um “Jantar Convívio” com o Engenheiro Gomes dos Santos, Jorge de Avillez, Jorge Humberto
Artur Fernando Sá Brandão, com intervenção de Rodrigo Fagundes, Luís Villa, Manuel Quintas, Macedo Varela, Sousa
Nunes Abelha, Vítor Fontes, Fernando Leão, António de Macedo, e também Celestino Portela.
Cavaco, Elísio Amorim Carneiro, Alfredo Oliveira Henriques
É autor de diversas publicações, destacando-se o último
e do Homenageado.
livro cuja designação é Baul, mostrando-nos a imagem de
Por último gostaria de deixar uma paalvra à grande alma um Homem conhecedor da Literatura, da História Local e de
mater da Liga dos Amigos da Feira, Celestino Portela, que Portugal, mas também a de um eterno apaixonado pela terra
nasceu em 20 de Outubro de 1934, no Lugar da Lavandeira, onde nasceu e onde fez o seu percurso profissional, político,
na então Vila da Feira. Frequentou a escola primária da intelectual e familiar.
Vila, prosseguindo os estudos em Oliveira de Azeméis e no
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13 de Agosto de 1960, comemorando por conseguinte as
Bodas de Ouro este ano. É pai de 4 filhos e avô de 7 netos.

Com uma vida inteira dedicada à causa do Direito, tem


tido uma grande intervenção política, social e cultural,
destacando-se como Vereador da Cultura da Câmara
Municipal de Santa Maria da Feira (1976-1979), onde no seu
mandato foram erigidos o Monumento ao Concelho da Feira
(no lugar do Areal, S. João de Ver) e a Manuel Laranjeira (no
lugar do Murado, Mozelos).

Em termos de associativismo, é membro da Associação


Cultural Club Feirense e Presidente da Assembleia Geral;
Sócio Fundador do Rotary Clube da Feira e 1.º Presidente;
Sócio Fundador da Liga dos Amigos da Feira e membro
da Comissão Executiva. Nesta instituição destacam-se as
Homenagens com Monumento ao Dr. Henrique Veiga de
Macedo, Fernando Pessoa e Prof. José Leão; Ex. Presidente
Homenagem ao Dr. Celestino Portela, pelo Rotary Clube da Feira da Comissão de Vigilância do Castelo da Feira, actualmente
Presidente da Assembleia Geral; Director da revista Villa da
Esta obra com 159 páginas, integra correspondência diversa
Feira – Terra de Santa Maria com 25 números publicados
dirigida ao autor Dr. Celestino Portela, demonstrando
regularmente; Director da Colecção Santamariana; Fundador
claramente a sua extraordinária personalidade intelectual
da Confraria da Fogaça e Presidente da Assembleia Geral.
e humana, alicerçada nas cartas enviadas pelos seus
remetentes, num autêntico preito de homenagem e admiração
por esta grande figura da Advocacia e da Cultura de Terras Termino dizendo:
de Santa Maria. Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Estas Cartas foram enviadas por personalidades bem Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
conhecidas, como por exemplo o grande bibliófilo Álvaro Matar o sonho é matarmo-nos.
Bordalo, cuja biblioteca continha raríssimos exemplares; É mutilar a nossa alma.
cartas de personalidades feirenses, como António Sampaio O sonho é o que temos de realmente nosso,
Maia, Albano de Paiva Alferes, Dr. Belchior Cardoso da de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
Costa, Dr. Henrique Veiga de Macedo, Mário Fernandes
Fernando Pessoa
da Silva Cancela, Orlando da Silva; cartas de João Alves
das Neves, do Brasil, de João Abreu, de Amarante, de
Maria Lucília Lencart, de Faro, de Marina Tavares Dias, de Recomeça... se puderes,
Lisboa, de José de Melo, de Aveiro, de Laureano Barros, de sem angústia e sem pressa e os passos
Matosinhos, e muitas outras, todas elas testemunhando as que deres, nesse caminho duro
relações humanas e intelectuais entre os subscritores e o do futuro, dá-os em liberdade,
autor, numa prova de que o Dr. Celestino Portela é hoje uma enquanto não alcances não
figura incontornável da cultura santamariana e não só. descanses, de nenhum fruto queiras
É um extraordinário bibliófilo, sendo um dos maiores só metade.
interessados, em Portugal, pela obra de Fernando Pessoa. Miguel Torga
Casado com Maria da Graça Leal Soares Leite Portela, desde
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Postal comemorativo,
que reproduz o cartaz do Colóquio.

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