Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ordem: Spirurida
Família: Onchocercidae
Gênero: Wuchereria
Espécie: W. bacrofti
Wuchereria bancrofti
ECOSSISTEMA
www.sp01.com/micro/worms/images/filariasis.jpg
COMPLICAÇÕES DA FILARÍASE
FORMA AGUDA
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
CICLO EVOLUTIVO
As formas adultas parasitam o ser humano (hospedeiro
definitivo), alojando-se em nódulos no tecido conjuntivo,
por baixo da pele ou no tecido adiposo formando o
oncocercoma. No local eles se reproduzem sexuadamente
e durante até quinze anos gerando inúmeras larvas
minúsculas ou microfilárias, quase invisíveis a olho nu.
Estas disseminam-se aparecendo por todo o corpo: por
baixo da pele, dentro dos olhos, na linfa, urina, saliva e
liquído céfalo-raquidiano. Algumas surgem no sangue.
Algumas maturam-se dentro do corpo em novas
localizações produzindo novos nódulos, mas a maioria
acaba por morrer devido à ação do sistema imunológico.
Contudo a sua produção continua significa que os
parasitas existem de forma continua. Quando o borrachudo
pica os hospedeiros, suga algumas microfilárias para
dentro do seu corpo. Aí elas maturam-se em formas
infecciosas e são injetadas na corrente sanguínea de outra
pessoa picada pelo mosquito. As formas adultas então
alojam-se nos tecidos do novo hospedeiro e produzem
mais microfiliárias.
SINTOMAS
Após cerca de um ano da infecção, surgem os sintomas
relativos à reação contra as formas adultas. O seu
alojamento debaixo da pele leva à sua encaspulação
gerando nódulos palpáveis, com cerca de alguns
centímetros de diâmetro, mais facilmente detectados
contra ossos superficiais, como a crista ilíaca (zona da
bacia) ou costelas. O inicio da produção das microfilárias
leva ao surgimento de sintomas mais graves. A reação por
vezes eficaz do sistema imunológico à sua disseminação
pelo sangue e linfa leva ao surgimento de prurido e
exantemas cutâneas, com perda de elasticidade da pele e
surgimento de pápulos, zonas despigmentadas e
adenopatias além de febre. Se as filárias migrarem para o
olho (o que mais tarde ou mais cedo acontece), aí causam
reações de fibrosação e acumulação de complexos de
anticorpos, que levam primeiro à conjuntivite com
fotofobia e eventualmente à perda de visão e finalmente
cegueira absoluta, freqüentemente em ambos os olhos.
Mais raramente pode ocorrer elefantíase do escroto se
houver nódulos que obstruam os canais linfáticos
provenientes dessa região.
DIAGNÓSTICO
Os nódulos de parasitas adultos são identificados por
técnicas de imagiologia (Tomografia computadorizada ou
ecografia) ou por análise microscópica de amostra de
biópsia. As microfilárias são detectadas em biópsias da
pele, assim como freqüentemente vistas diretamente pela
observação do fundo do olho com um oftalmoscópio.
Existe ainda uma técnica de detecção do DNA do parasita
por PCR.
TRATAMENTO
O tratamento é feito com ivermectina contra as
microfilárias, porém é pouco eficaz contra o verme adulto.
O tratamento da oncocercose é realizado desde os anos
1980 com ivermectina, medicamento que inibe a produção
de novas larvas ou microfilárias. Como a média de vida
dos adultos é de nove a 12 anos, este é o período indicado
para a duração do ciclo de tratamento, em duas doses
anuais. A ivermectina é a base dos programas de
erradicação da doença na África e Américas, que
conseguiram reduzir substancialmente os casos da doença.
No entanto, além de ser ineficaz contra os parasitas
adultos, a ivermectina não pode ser usada por gestantes,
lactantes, crianças abaixo dos cinco anos de idade,
pacientes com peso inferior a 15 Kg ou com complicações
neurológicas. Atualmente, pesquisas investigam a ação da
amorcazina, um remédio que seria eficaz também no
combate dos vermes adultos. Ao mesmo tempo, investiga-
se formas de bloquear com o uso de antibióticos a
atividade de uma bactéria simbionte da O.volvulus, a
Wolbachia, o que impediria a atividade do parasita
infectante. FONTE: FIOCRUZ
PREVENÇÃO
O uso de roupas que cobrem a maior parte da pele é
aconselhado, assim como repelentes de insetos e redes.
Contudo a erradicação dos mosquitos com inseticidas é a
única medida a longo prazo, e tem sido praticada em
programas da OMS em locais endêmicos, assim como a
administração em massa de fármacos antiparasíticos às
populações, com bons resultados. Até há alguns anos, os
governos tentavam aconselhar as pessoas a terem cuidado
com os mosquitos do rio, mas essa campanha levou muitos
a abandonar as terras férteis irrigadas e procurar outras
menos produtivas onde muitas vezes passavam fome.