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A placenta desempenha um papel central na gestação.

A sua principal função é nutrir o bebé


garantindo que ele recebe tudo o que necessita para se desenvolver durante os 9 meses da
gravidez. O papel da placenta na gravidez:
Anexos embrionários são estruturas que se originam dos folhetos germinativos e que, entre
outras funções, protegem e nutrem o embrião de répteis, aves e mamíferos.
SACO VITELÍNICO

Presente nos peixes, répteis, aves e mamíferos. É uma estrutura em forma de saco,
revestida externamente pela mesoderme e, internamente, pela endoderme e constituída
de um nutriente, denominado vitelo. Nos mamíferos, o saco vitelínico é reduzido e
apresenta pouco vitelo, portanto, este anexo não é relevante para o processo de nutrição
do embrião dos mamíferos, tal função é realizada pela placenta.

Sua principal função é armazenar reservas nutritivas durante o desenvolvimento do


embrião. Nos mamíferos esse anexo é reduzido, pois a placenta assume a função de
nutrição do embrião.

Ligado ao intestino embrionário e ao embrião por meio de ductos, auxilia nos processos
relativos à alimentação do indivíduo em formação. Isto é possível porque ele envolve o
vitelo; as células derivadas do mesoderma digerem seus componentes e estes são
distribuídos para os vasos sanguíneos do embrião, formados a partir do mesoderma.

Embrião e saco vitelínico ficam envoltos por uma membrana: o cório


ALANTÓIDE

Membrana embrionária de aves, répteis e mamíferos que, nestes últimos (mamíferos),


forma a placenta juntamente com o cório. É uma estrutura em forma de saco ou
vesícula, ligada a parte posterior do intestino do embrião. Origina-se de uma saliência
do intestino primitivo.

Assim como o saco vitelínico, o alantóide é formado pela mesoderme e endoderme. Sua
principal função é remover e armazenar excretas produzidas pelo metabolismo do
embrião.

Nos mamíferos, isso não ocorre, pois as excretas nitrogenadas são eliminadas via placentária.
Nos mamíferos, os vasos sanguíneos da alantóide auxiliam na formação da placenta.
Os répteis, as aves e os mamíferos são amniotas e alantoidianos, por formarem âmnion e
alantóide, respectivamente.
ÂMNIO

Presente nos répteis, nas aves e nos mamíferos. O âmnio surge pela primeira vez nos
répteis e é uma importante adaptação à vida no meio terrestre. Isso porque protege o
embrião da dessecação e torna a reprodução independente da presença de água.
O âmnio envolve o embrião e posteriormente o feto e também reveste o cordão
umbilical. Os animais que desenvolvem o âmnio durante a sua embrigênese
denominam-se amniotas.

O âminio é uma fina membrana, formada pela ectoderme e a mesoderme, que constitui a
bolsa amniótica (ou saco amniótico). Sua função é produzir o líquido amniótico que é
composto de eletrólitos, proteínas, aminoácidos, substâncias nitrogenadas, lipídios,
carboidratos, vitaminas, hormônios e células esfoliadas.

O líquido amniótico é normalmente engolido pelo feto e absorvido pelo trato


gastrointestinal. Ele evita o ressecamento do embrião e o protege contra choques
mecânicos.

CÓRION

O córion é uma membrana delgada e assim como o âmnio, formado pela ectoderme e a
mesoderme e exerce as seguintes funções: proteção térmica, proteção contra a entrada
de microorganismos patogênicos, e juntamente com o alantóide auxilia nas trocas
gasosas.

Ocorre nos répteis, aves e mamíferos. É o anexo embrionário mais externo; envolve e
protege os demais anexos.

Nos mamíferos, o córion se une ao alantóide formando a placenta.


PLACENTA

Ocorre apenas nos mamíferos e é formada pela união do córion e alantóide, do embrião,
mais o endométrio materno. Por ser formada pela união de anexos embrionários fetais
mais tecidos maternos, muitos autores consideram a placenta como um órgão, e não
como um anexo embrionário. A placenta permite a fixação do embrião na parede do
útero, realiza trocas gasosas entre o feto e o sangue materno, permite a passagem de
nutrientes para o embrião e promove a retirada de excretas.

A placenta desempenha um papel imprescindível durante a gravidez, pois, antes da


conceção, o corpo da mulher prepara-se para receber, proteger e nutrir um novo ser.
Todos os meses, a cada ciclo menstrual, o organismo dá início ao que pode vir a tornar-
se numa nova vida.

De início, o revestimento uterino sustenta o embrião em desenvolvimento. Entretanto, o


seu corpo está numa nova fase: prepara um sistema altamente eficaz que garante as
condições ideais para a vida e desenvolvimento do bebé durante os próximos meses.

Durante as primeiras semanas da gravidez, o óvulo fecundado fixa-se firmemente nas


paredes do útero e começa a desenvolver umas saliências que se transformam em vasos
sanguíneos (por volta da 8ª semana da gravidez). Estes vasos, denominados vilosidades
coriónicas, penetram nos tecidos da parede uterina para transportam oxigénio e
nutrientes ao feto em crescimento.

Estes vasos sanguíneos são a génese do cordão umbilical. Gradualmente, juntam-se e


formam um sistema vascular e, finalmente, o cordão umbilical. É através do cordão
umbilical que o bebé se liga à placenta e este será o seu sistema principal de acesso a
todos os nutrientes de que precisa para crescer e viver.

O bebé, por exemplo, só começa a respirar quando nasce. Até esse momento, e apesar
de os pulmões estarem preparados para o fazer por volta da 37ª semana da gravidez
(quando é considerado um bebé de termo), recebe o oxigénio do corpo da mãe através
do cordão umbilical e este, por sua vez, da placenta. Este é o motivo pelo qual tudo o
que faz, come e bebe afeta o bebé. Ele está literalmente ligado a si de forma
indissolúvel. Para ter uma ideia, à 32ª semana da gravidez, o paladar do bebé já está tão
apurado que consegue distinguir claramente o sabor doce do amargo.

O cordão umbilical é composto por uma veia (veia umbilical) e duas artérias (artérias
umbilicais). O seu sangue e o do bebé nunca se misturam. Os nutrientes, anticorpos e
oxigénio passam da sua corrente sanguínea para a do bebé e fluem para dentro do corpo
dele através da veia umbilical. Os produtos de eliminação e o sangue sem oxigénio são
removidos através das artérias umbilicais. Estes produtos de eliminação passam para a
corrente sanguínea da mãe e são eliminados através dos rins.

Uma das complicações que podem surgir durante a gravidez é o prolapso do cordão
umbilical. Esta ocorrência consiste na deslocação do cordão para dentro do canal de
nascimento o que pode fazer com que o cordão fique espremido o que diminui o normal
fornecimento de sangue e oxigénio ao bebé. Isto é particularmente perigoso para o bebé,
que entra em carência, e pode levar ao decréscimo do seu ritmo cardíaco.

No local onde o embrião se implantou, as vilosidades coriónicas multiplicam-se,


formando a placenta.

No caso de gémeos idênticos/verdadeiros (1 espermatozóide fecunda 1 óvulo que,


depois de fecundado se divide-se em dois ou mais óvulos) a placenta é partilhada pelos
irmãos mas cada se desenvolve dentro do seu próprio saco amniótico. Já os gémeos não
idênticos/falsos (2 espermatozóides diferentes fecundam 2 óvulos distintos) terão cada
um a sua própria placenta.

Existem vários fatores que podem afetar a saúde da placenta durante a gravidez
como:

 A idade materna. Algumas complicações da placenta podem surgir numa gravidez


tardia, especialmente após os 40 anos.
 Rutura prematura das membranas. Durante a gravidez, o bebé desenvolve-se dentro
do saco amniótico. Se o saco amniótico se romper antes do trabalho de parto se
estabelecer, o risco de certas complicações da placenta aumenta.
 Pressão arterial alta.
 Gravidez múltipla.
 Problemas de coagulação sanguínea.
 Cirurgias uterinas anteriores.
 Problemas com a placenta em gravidezes anteriores.
 Abuso de substâncias como a cocaína durante a gravidez.
 Trauma abdominal durante a gravidez.
Quais são os problemas mais comuns da
placenta?
Durante a gravidez, os problemas mais comuns da placenta incluem o descolamento
prematuro da placenta, a placenta prévia e a placenta acreta. Cada uma destas condições
pode provocar o sangramento vaginal grave. Após o parto, a retenção da placenta é, por
vezes, uma preocupação.

1. Descolamento prematuro da placenta ou placenta abrupta

Condição em que a placenta se descolar da parede interna do útero antes do parto -


parcial ou totalmente. O descolamento prematuro da placenta pode causar sangramento
vaginal com grau de intensidade variado e privar o bebé de oxigénio e nutrientes, uma
vez que a placenta deixa de ter condições para cumprir as suas funções normais.
Dependendo do grau do descolamento da placenta, pode ser necessário antecipar o
parto.

2. A placenta prévia

Condição que ocorre quando a placenta cobre parcial ou totalmente o cérvix – o ponto
de saída do útero. A placenta prévia pode causar sangramento vaginal grave, antes ou
durante o parto. O bebé poderá ter que nascer por cesariana para sua segurança e da
mãe.

3. Placenta acreta

Condição que ocorre quando os vasos sanguíneos da placenta se enraízam


profundamente na parede uterina. A placenta acreta pode causar sangramento vaginal
durante o 3º trimestre da gravidez e severa perda de sangue após o parto. O tratamento
pode implicar uma cesariana, seguida pela remoção cirúrgica do útero (histerectomia
abdominal).

4. Retenção de placenta

Quando a placenta não é expulsa entre 30 a 60 minutos após o parto, esta condição é
conhecida como placenta retida. A retenção da placenta pode ocorrer porque a placenta
fica presa pelo cérvix parcialmente fechado ou porque a placenta ainda está ligada à
parede uterina - ligeiramente (placenta aderente) ou profundamente (placenta acreta). A
retenção de placenta pode causar um estado de infeção grave ou a perda de sangue com
risco de vida para a mãe.

Funções da placenta na gravidez


A placenta desempenha um papel central na gestação. A sua principal função é nutrir o bebé
garantindo que ele recebe tudo o que necessita para se desenvolver durante os 9 meses da
gravidez. O papel da placenta na gravidez:

 Ajudar o bebé a sobreviver e a crescer durante a gravidez.


 Alimentar e nutrir o bebé em crescimento.
 Fornecer oxigénio ao bebé.
 Remover os produtos de eliminação do sangue do bebé.
 Produzir hormonas vitais na gravidez como a progesterona.
 Estimular o corpo da mãe para produzir que é necessário para manter a gravidez.

A placenta atinge o seu auge por volta da 34ª semana da gravidez. A partir desse
momento, torna-se cada vez menos eficaz na transferência de nutrientes e oxigénio ao
bebé. Tona-se cada vez mais fibrosa (em vez de esponjosa) e aparecem coágulos de
sangue e calcificações – sinal de que os vasos sanguíneos estão a envelhecer.

Depois da 40ª semana a placenta começa a deteriorar-se e existe o risco de não produzir
um suprimento adequado de nutrientes e de oxigénio ao bebé.

A placenta é expulsa após o nascimento (expulsão ou dequitadura da placenta) que


acontece na 3ª e última fase do parto.

Como é expulsa a placenta?


Quando o parto é vaginal, a expulsão (ou dequitadura) da placenta será feita pela mesma
via, o que é conhecido como a 3ª fase do trabalho de parto. A 3ª e última etapa do parto
inicia-se imediatamente após o nascimento do bebé e termina com o descolamento e
expulsão da placenta (ver o artigo Fases do trabalho de parto).

Depois do nascimento do bebé, continua a ter contrações leves. O médico pode massajar
o abdómen para incentivar o útero a contrair ajudando a expulsar a placenta. Também
lhe pode ser pedido que faça força mais uma vez para ajudar a expulsar a placenta para
o exterior. A placenta é geralmente expulsa dentro de 30 minutos após a expulsão do
bebé. No caso de cesariana, o médico irá remover a placenta do útero durante o próprio
procedimento.

Após a expulsão, a equipa médica examina a placenta para se certificar que está intacta.
Quaisquer resíduos da gestação no útero (partes da placenta ou das membranas) são
removidos para evitar hemorragias e infeções. Este processo poderá demorar entre 10 a
30 minutos.

Depois de a placenta sair, o útero contrai-se e o seu organismo diminui o fluxo


sanguíneo para esta área porque se apercebe que o bebé já não está lá.

Também poderá haver a necessidade de suturar o períneo, caso tenha um pequeno rasgo
provocado pela pressão exercida pelo bebé ou cortado (episiotomia) para alargar o canal
vaginal e facilitar a expulsão do bebé.
Antes de ter alta do hospital/maternidade, será novamente examinada para confirmação
de que está tudo bem consigo, e que o seu corpo está a recuperar como esperado e a
reagir positivamente ao puerpério.

Placenta

A placenta é formada mais ou menos entre o 11º ao 21º dia do desenvolvimento fetal.
As principais funções dela é fornecer nutrientes aos neném em desenvolvimento, e
também é por onde há troca de substâncias, desde as tóxicas, e também vírus,
hormônios, etc. Ela também está relacionada ao metabolismo, pois contribui na síntese
de glicogênios, colesterol e ácidos graxos (fonte de nutriente e energia para o
embrião/feto), transporte de gases e nutrientes, e também tem função endócrina, pois
secreta hCG, tireotrofina coriônica humana e corticotrofina coriônica humana. A
transferência das substâncias entre a mãe e o feto feita pela placenta ocorre por difusão
simples, difusão facilitada, transporte ativo e pinocitose (transferência de moléculas
grandes!)

O que denominam de membranas fetais são o córion, âmnio, saco vitelino e o alantoide.
O neném, no meio de tudo isso, fica separado do endométrio pela parte fetal da placenta
e pelas membranas fetais.

O embrião vem da camada interna de células (epiblasto) as células que ficam em volta
(trofoblasto) contém as células que vão se tornar o córion e o âmnio. A cavidade
amniótica é formada pelo epiblasto, mas o córion vem do trofoblasto. O córion é a
porção fetal da placenta que funciona dando oxigênio e nutrição para o embrião,
liberando hormônios para manutenção da gravidez e servir de barreira para o sistema
imune da mãe.

No início da gestação, quase não há células do embrião no endométrio. Já no final, o


contato é maior, com a formação das vilosidades coriônicas (vilosidades da placenta).
As microvilosidades do sinciciotrofoblasto aumentam a superfície de absorção da
placenta.

A placenta, juntamente com o cordão umbilical, formam o sistema de transporte de


substâncias entre o embrião e a mãe. A placenta e as membranas fetais fornecem ao
embrião proteção, nutrição, respiração, excreção e produção de hormônios. Depois do
nascimento, tudo isso é expelido do corpo da mãe.

Placenta Decídua858744-3508

A placenta decídua é a camada funcional do endométrio de uma mulher grávida, que se


separa do restante do útero após o nascimento do neném (é o endométrio gravídico). Ela
pode ser dividida em três partes:

1. Decídua basal: é a parte da placenta decídua que fica abaixo do neném, formando o
componente materno da placenta;
2. Decídua capsular: é a parte superficial da placenta decídua, que cobre o neném;
3. Decídua parietal: é toda a parte restante da placenta decídua;

Esse nome “decídua” tem alguma relação com as células deciduais?

Deve ter! Olha, por causa da quantidade grande de progesterona no corpo materno, as
células do estroma da decídua (isto é, do endométrio gravídico) sofrem a reação
decidual, em que algumas células acumulam glicogênio e lipídeo no citoplasma. Daí,
todas as mudanças celulares, vasculares e de propriedades do endométrio resumem – se
na chamada reação decidual, tudo isso já foi explicado aqui. As células deciduais
protegem o tecido materno de uma invasão descontrolada pelo sinciciotrofoblasto, e
estão envolvidas na produção de hormônios.

E como a placenta se desenvolve?

Já no fim da terceira semana, existe um arranjo anatômico mínimo para que haja troca
fisiológica entre a mãe e o neném. Mas, só no final da quarta semana, existe uma rede
vascular complexa na placenta, auxiliando na troca de gases. nutrientes e produtos de
excreção.

O desenvolvimento da placenta se dá assim, de acordo com Moore: o saco coriônico é


coberto pelas vilosidades coriônicas (até quando começar a oitava semana). Daí, esse
saco começa a crescer, e as vilosidades coriônicas que o cobria ficam comprimidas e a
quantidade de sangue que chega a elas diminui. Isso faz com que elas degenerem, e uma
área avascular nasce, ela é chamada de córion liso. O desaparecimento das vilosidades
faz com que as vilosidades associadas à decídua basal aumentem rapidamente de
número. Elas ramificam – se profusamente e crescem, e essa parte cheia de ramificações
do saco coriônico é o que chamam de córion viloso.

E até quando a placenta se desenvolve?

Então, conforme o neném vai crescendo, tanto a placenta, como o útero e o saco
coriônico vão aumentando de tamanho. A placenta cresce em tamanho e espessura até o
feto ter cerca de 18 semanas.

A placenta é constituída por 2 componentes, tem a porção fetal, originária do saco


coriônico, e a porção materna, originária do endométrio. O componente fetal é formado
pelo córion viloso (córion frondosum, onde fica o cordão umbilical), e o materno pela
decídua basal (córion laeve). No fim do quarto mês, a decídua basal está quase
completamente substituída pelo componente fetal da placenta.
Placenta: Lado Materno e Lado Fetal

A parte fetal da placenta (que é o córion viloso) se prende à parte materna da placenta
(formada pela decídua basal) pela capa citotrofoblástica. As vilosidades coriônicas
prendem – se firmemente à decídua basal pela capa citotrofoblástica e ancoram o saco
coriônico à decídua basal. Artérias e veias endometriais passam livremente por fendas
na capa citotrofoblástica e se abrem no espaço interviloso.

A placenta decidual basal é invadida pelas vilosidades coriônicas, como acabou de ser
dito, daí o tecido da decídua sofre erosão e aumenta – se o espaço interviloso. Esse
processo de erosão produz várias áreas cuneiformes na decídua, os septos da placenta!
Eles dividem a parte fetal da placenta em áreas convexas irregulares denominadas
cotilédones. No final do quarto mês, a decídua basal já está quase toda substituída por
cotilédones!

A decídua capsular degenera – se quando ocorre a fusão da decídua capsular com a


decídua parietal (a capsular degenera – se por uma diminuição do aporte sanguíneo).
Esse desaparecimento faz com que a parte lisa do saco coriônico se funda com a
decídua parietal! Essa fusão termina quando escapa sangue do espaço interviloso, dai
esse sangue afasta a membrana coriônica da decídua parietal, e dessa maneira
restabelece – se o espaço potencial da cavidade uterina.

Tudo isso é importante para entender como chega o sangue materno ao neném e vice –
versa.

O sangue materno chega ao espaço interviloso vindo das artérias espiradas do


endométrio da decídua basal. As artérias espiraladas passam por fendas da capa
citotrofoblástica e lançam sangue no espaço interviloso. Esse grande espaço é drenado
pelas veias endometriais, que também atravessam a capa citotrofoblástica.

Ahh, nesse tempo, é necessário lembrar que o saco amniótico cresce mais rápido do que
o coriônico, e isso resulta numa fusão dos dois, formando a membrana amniótica.
Uma observação importante a ser feita é sobre a placenta com hydatiforme, que surge
quando ocorre penetração de 2 espermatozoides em um ovócito sem o pronúcleo
feminino. O embrião é inviável.

E como ocorre a circulação na placenta?

Os materiais trocados entre a mãe e o feto devem cruzar uma delgada membrana
placentária chamada de barreira. Ela também separa a circulação do feto e da mãe, é
formada por tecidos extrafetais. Geralmente, não há mistura do sangue materno com o
fetal, mas às vezes pode acontecer de quantidades bem pequenas de sangue do neném
entrarem na circulação materna. Esse sangue passa por pequenos defeitos, muitas vezes
nessa membrana placentária.

O sangue do feto pobre em oxigênio vai para a placenta, sendo conduzido pelas artérias
umbilicais. No local em que o cordão umbilical se une à placenta, essas artérias se
dividem e formam vários ramos dispostos radialmente, as artérias coriônicas, que se
ramificam livremente na placa coriônica antes de entrar na vilosidade coriônica. Já o
sangue fetal bem oxigenado nos capilares fetais passa para as veias de paredes delgadas,
que acompanham as artérias coriônicas até o local da união do cordão umbilical. Aqui
elas convergem para formar a veia umbilical. É esse grande vaso que transporta o
sangue rico em oxigênio para o feto.

O sangue fetal e o sangue materno circulam muito próximos um ao outro, facilitando a


difusão. Essa aproximação é possível porque os vasos sanguíneos formam um extenso
sistema arteriocapilar – venoso dentro das vilosidades coriônicas.

Em relação a como o sangue da mãe chega à placenta (circulação placentária materna)


temos que, nas artérias espiraladas, o fluxo sanguíneo é pulsátil e lançado em jatos por
força da pressão do sangue materno. O sangue que penetra tem uma pressão
consideravelmente mais alta do que a do espaço interviloso e jorra para a placa
coriônica, que forma o teto do espaço interviloso. Com a dissipação da pressão, o
sangue flui lentamente em torno das vilosidades terminais, permitindo a troca de
produtos metabólicos e gasosos com o sangue fetal. O sangue retorna através das veias
endometriais para a circulação materna. (Moore).

Falar agora um pouquinho da Membrana Placentária

A membrana placentária já foi citada nesse resumo, com sua definição e composição.

Até cerca de 20 semanas, ela é formada por 4 componentes: sinciciotrofoblasto,


citotrofoblasto, tecido conjuntivo das vilosidades e do endotélio dos capilares fetais.

Depois da 20ª semana, ocorrem alterações nas vilosidades terminais que deixam mais
delgadas a parte do citotrofoblasto da placenta. Daí, o citotrofoblasto praticamente
desaparece e deixam apenas pedaços delgados de sinciciotrofoblasto. Na maior parte
dos lugares na placenta, a membrana plasmática é formada por apenas os outros 3
constituintes. Nesse locais de apenas 3 componentes, o sinciciotrofoblasto fica em
contato direto com o endotélio dos capilares fetais, e forma uma membrana placentária
vasculosincicial. Muitas substâncias são capazes de atravessar essa membrana! Ela não
é exatamente uma barreira muito eficaz, apenas bactérias e substâncias com carga ou
muito grandes são naturalmente barradas.

Gestações Múltiplas

Em gestações múltiplas, as membranas fetais e as placentas fetais variam de acordo com


a origem dos gêmeos. Toda a formação (ou má formação, dependendo) de gêmeos está
relacionada à formação e estrutura dos anexos embrionários. Por exemplo, gêmeos
monozigóticos o tipo de placenta e as membranas formadas depende de quando ocorreu
o processo de formação de gêmeos. No caso dos dizigóticos, a maioria deles tem duas
placentas e alguns podem ter placenta fundidas. Não existem gêmeos dizigóticos que
possuam um único âmnio, nem córion único.

 65% dos gêmeos monozigóticos tem âmnios separados, um único saco coriônico e
uma placenta comum;
 35% dos gêmeos monozigóticos tem a separação dos blastômeros pode ocorrer em
qualquer ponto, desde o estágio de duas células até o de mórula, originando dois
blastocistos idênticos. Daí, cada embrião desenvolve seus próprios sacos amnióticos e
coriônicos, as placentas podem, no entanto, estarem separadas ou fundidas.
 Em casos raros, a divisão do disco embrionário leva à formação de dois embriões
dentro do mesmo saco amniótico. A divisão completa do disco embrionário dá origem
a gêmeos que raramente sobrevivem, porque seus cordões umbilicais frequentemente
se mostram embaralhados, e a divisão incompleta do disco leva à formação de vários
tipos de gêmeos conjugados. Os gêmeos conjugados são classificados de acordo com o
ponto de junção, como o craniopagus (união do crânio), thoracopagus (tórax), etc. Há
também formas raras de gêmeos nesses casos, como os gêmeos parasitas.

Hematopoiese (só uma observação!)

Durante a vida fetal, a hematopoiese ocorre no fígado. Somente próximo ao nascimento,


é que os ossos longos do corpo vão ficar alocadas as células tronco hematopoieticas.
Primeiro, a hematopoiese ocorre no saco vitelínico, depois na aorta da gônada
mesonéfrica, depois na placenta, depois no fígado, e por último nos ossos!

Referências

MOORE, K.; PERSAUD, T.V.N; (2004). p. 114 a 132 e 137 a 145. Embriologia
Clínica. 8ed

http://www.maemequer.pt/estou-gravida/como-cresce-o-bebe/dentro-do-
ventre/placenta-suporte-de-vida-do-bebe-em-desenvolvimento

http://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/biologia/anexos_embrionarios
https://oimedicina.wordpress.com/2012/03/12/formacao-da-placenta-e-
gravidez-multipla/
http://www.tuasaude.com/a-placenta/
http://www.passeiweb.com/estudos/sala_de_aula/biologia/anexos_embrionarios
http://www.conhecer.org.br/enciclop/2010c/a%20relacao%20biologica.pdf
http://www.parlatore.com.br/cpu/artigos_show.php?tipo=9&cod=48

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