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Aula6estatutodacidadeinstrumentos 120601150147 Phpapp02 PDF
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A Cidade Brasileira
• Contraste entre uma parte qualificada e uma parte
desqualificada, em geral maior do que a primeira
• A estrutura e a forma urbana reafirmam e reproduzem a
desigualdade
• Regiões de preservação ambiental ameaçadas pela
ilegalidade e ocupação precária
Movimento Nacional pela
Reforma Urbana
Fortalece-se na década de 80, com a
redemocratização e a organização de
movimentos sociais por melhorias urbanas
Instrumentos de Indução do
Desenvolvimento Urbano
Instrumentos de Democratização da
Gestão urbana
Instrumentos de Financiamento da
Política Urbana
Função Social da Cidade e da
Propriedade Urbana
De instrumento
técnico, passa a ser
um instrumento
político.
As etapas do Plano Diretor
1Identificar bemarealidade 5Estabelecer prazose
dacidadeeseus m aneirasdecolocar o
problem as PlanoD iretor emprátca.
II - Área Homogênea
de Desenvolvimento
Econômico;
III - Área
Homogênea de
Urbanização Precária;
IV - Área Homogênea
de Urbanização
Consolidada.
3°: Desapropriação
As etapas para obrigar o uso
social da propriedade
O poder público dispõe de alguns instrumentos para pressionar a utilização da
terra urbana dotada de infra-estrutura:
• Edificação compulsória obriga o proprietário a edificar no terreno
subutilizado.
• Se num prazo de dois anos, o proprietário não cumprir a edificação
compulsória, o município pode
aplicar o IPTU progressivo no
tempo, aumento anual da alíquota
do IPTU, até o máximo de 15% do
valor do imóvel.
• Se, ainda assim, o terreno não
ficar inutilizado, o município pode
desapropriá-lo pelo seu valor
venal, e pagar a desapropriação
com títulos da dívida pública.
O que o Estatuto pode fazer
pela moradia?
• Viabilizam a regularização de
áreas encortiçadas, favelas e
loteamentos clandestinos
Solo Criado:
Primeiras experiências
• São Paulo – Olavo Setúbal (1976) criou o coeficiente
básico = 1 para toda a cidade. O preço pago serviria
para obter recursos para preservação histórica e
controle de densidades (dotar a região de equipamentos
urbanos exigidos pelo adensamento das novas
construções);
• França – correção da distorção do preço dos terrenos
liberados para prédios e os bairros vizinhos com limites
rígidos. Paris = coef. 1 e o resto da França = 1,5.
Somente governo vendia o potencial;
• Chicago – ressarcimento aos proprietários de imóveis
tombados que poderiam transferir o potencial
construtivo de forma onerosa. Transação entre
particulares.
Solo-Criado ou
Outorga Onerosa do Direito de
Construir
Alertas
• Não confundir a possibilidade de adensamento
construtivo através do coeficiente máximo, com
adensamento populacional. O puro aumento do
coeficiente de aproveitamento pode levar ao menor e
não ao maior aproveitamento de uma área da cidade.
Exemplos:
• Grandes bairros que se transformam em centros de
negócios tendem a expulsar a população, esvaziando-se
à noite e desequilibrando a infra-estrutura.
• Bairros que sofreram aumento na área construída como
Tatuapé e Vila Madalena em São Paulo, tiveram
decréscimo populacional.
Operações Urbanas
Associação entre o
proprietário de terras e
o poder público
Mercado imobiliário:
propriedade urbana = mercadoria cara e
inacessível para boa parte da população
O que o Estatuto pode fazer
pela moradia?
Titulação + Urbanização
• É um processo de intervenção
cujo objetivo prioritário é
legalizar a permanência de
moradores de áreas
urbanas ocupadas
irregularmente para fins de
moradia, além de promover
melhorias no ambiente urbano
e na qualidade de vida do
assentamento.
• Importância da participação da
comunidade
Ocupação em Área de Risco
• Terreno/imóvel - particular
• Viver há mais de 5 anos - permitida a soma de posses
sucessivas
• Uso para fins de moradia
• Área até 250m²
• não pode ser proprietário de outro imóvel
• usucapião individual ou coletivo (condomínio)
• A sentença de usucapião é o título hábil para o registro
Usucapião Especial Urbana
individual x coletiva
USUCAPIÃO USUCAPIÃO
INDIVIDUAL COLETIVO
• Elaboração de planta/croqui
• Terreno/imóvel - público.
• Viver há mais de 5 anos - permitida a soma das
posses sucessivas
• Uso predominante para moradia
• Área até 250m²
• não pode ser proprietário de outro imóvel
possuir com sua área de até possuir com sua área de até
250m² 250m²
• Seleção da área
• Cadastro socioeconômico dos moradores.
• Levantamento topográfico cadastral do assentamento.
• Elaboração do Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU).
• Discussão e aprovação do EVU pela comunidade.
• Aprovação administrativa do EVU nos órgãos de planejamento
municipais.
• Recolhimento de provas do tempo da posse e da documentação dos
moradores.
• Elaboração do projeto de lei de desafetação da área (se for
necessário).
• Elaboração dos contratos de Concessão de uso especial para fins de
moradia.
• Assinatura dos contratos de Concessão definitivos.
• Encaminhamento dos contratos para registro em cartório de registro
de imóveis.
• Acompanhamento permanente do Poder Público (pós-intervenção)
com programas de apoio, como educação ambiental, geração de
emprego e renda, acesso ao crédito, etc.
Diferenças entre:
concessão especial / CDRU
• Da parte do Estado:
Tendência à criação de espaços de
negociação pro forma
Risco de esvaziamento político,
econômico, logístico dos mecanismos
de participação
• Da parte da sociedade:
Tendência ao abuso de relações
privilegiadas com os canais de
liberação de recursos
Instrumentos de
Financiamento do
Desenvolvimento
Urbano
As realizações do município dependem
de recursos e das prioridades de
governo definidas no orçamento.
As fontes de recursos são de origem
tributária (impostos, taxas e
contribuições) e outras, como
multas, dívida ativa, preços públicos,
rendimentos financeiros, etc.
O Estatuto da Cidade pode
ampliar substancialmente esses
recursos, incorporando alguns
instrumentos no Plano Diretor.
Alternativas Tributárias e de
Financiamento
1. IPTU Progressivo no Tempo
2. Emissão de Títulos
3. Outorga Onerosa do Direito de Construir
4. Operações Urbanas Consorciadas
5. Transferência do Direito de Construir
6. Consórcio Imobiliário
7. Política Tributária
8. Recursos Orçamentários
IPTU Progressivo no Tempo
Este mecanismo é diferente do IPTU progressivo sobre o
valor venal do imóvel. Trata-se de uma punição, para
induzir o proprietário a dar à propriedade a
destinação socialmente prevista pelo Plano
Diretor.
O IPTU Progressivo no tempo aplica-se aos vazios
urbanos, dotados de infra-estrutura, que estejam
sendo estocados com finalidade especulativa. O
instrumento só poderá ser utilizado em caso de
descumprimento do parcelamento, edificação ou
utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado (link), pela majoração da
alíquota durante cinco anos consecutivos. E a alíquota
a cada ano não pode exceder a duas vezes a do ano
anterior, chegando a um máximo de 15% do valor do
imóvel.
No caso de aplicação do IPTU progressivo no tempo, não
se pode conceder isenções nem anistia.
Atenção: a finalidade da aplicação do IPTU Progressivo
no Tempo não é o aumento da arrecadação municipal,
e sim o uso mais racional do espaço da cidade.
Emissão de Títulos