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Escola técnica Sao Vicénté dé Paula

Tec. De enfermagem 2018.2

Jociene de Lima Silva

Diabetes , obesidade e hipertensão

JOÃO PESSOA,2018

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Diabetes
O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente
da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer
adequadamente seus efeitos, causando um aumento
da glicose (açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas
não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente
para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio
não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina). A
insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que
está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser
utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse
hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento
de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.

Tipos
Diabetes tipo 1
No diabetes tipo 1, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina
em decorrência de um defeito do sistema imunológico, fazendo com
que nossos anticorpos ataquem as células que produzem esse
hormônio. O diabetes tipo 1 ocorre em cerca de 5 a 10% dos
pacientes com diabetes.

Pré-diabetes
A pré-diabetes é um termo usado para indicar que o paciente tem
potencial para desenvolver a doença, como se fosse um estado
intermediário entre o saudável e o diabetes tipo 2 - pois no caso do
tipo 1 não existe pré-diabetes, a pessoa nasce com uma predisposição
genética ao problema e a impossibilidade de produzir insulina,
podendo desenvolver o diabetes em qualquer idade.

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Diabetes tipo 2
No diabetes tipo 2 existe uma combinação de dois fatores - a diminuição
da secreção de insulina e um defeito na sua ação, conhecido como
resistência à insulina. Geralmente, o diabetes tipo 2 pode ser tratado
com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do
tempo, pode ocorrer o agravamento da doença. O diabetes tipo 2
ocorre em cerca de 90% dos pacientes com diabetes.

Diabetes Gestacional
É o aumento da resistência à ação da insulina na gestação, levando
aos aumento nos níveis de glicose no sangue diagnosticado pela
primeira vez na gestação, podendo - ou não - persistir após o parto. A
causa exata do diabetes gestacional ainda não é conhecida, mas envolve
mecanismos relacionados à resistência à insulina.

Outros tipos de diabetes


Esses tipos de diabetes são decorrentes de defeitos genéticos
associados a outras doenças ou ao uso de medicamentos. Podem ser:

 Diabetes por defeitos genéticos da função da célula beta


 Por defeitos genéticos na ação da insulina
 Diabetes por doenças do pâncreas exócrino (pancreatite,
neoplasia, hemocromatose, fibrose cística etc.)
 Diabetes por defeitos induzidos por drogas ou produtos
químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores,
contraceptivos etc.).

OBS: Quando não é tratada a diabetes pode causar várias


complicações, entre elas estão: acidentes cardiovasculares, acidentes
vasculares cerebrais, doença renal crônica e úlceras no pé.

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Fatores de risco
Os principais fatores de risco para o diabetes mellitus são:

 Idade acima de 45 anos;


 Obesidade
 História familiar de diabetes em parentes de 1° grau;
 Diabetes gestacional;
 Hipertensão arterial sistêmica;
 Alterações prévias da regulação da glicose;

Prevenção e tratamento

Tanto a prevenção como o tratamento da diabetes consistem em


manter uma dieta saudável, praticar regularmente exercício físico,
manter um peso normal e abster-se de fumar. Em pessoas com a
doença, é importante controlar a pressão arterial e manter a
higiene dos pés. A diabetes do tipo 1 deve ser tratada com
injeções regulares de insulina. A diabetes do tipo 2 pode ser
tratada com medicamentos por via oral como metformina e
glibenclamida, com ou sem insulina. Em pessoas obesas com
diabetes do tipo 2, a cirurgia de redução de estômago pode ser
uma medida eficaz. A diabetes gestacional geralmente resolve-se
por si própria após o nascimento do bebé. No entanto, se não for
tratada durante a gravidez pode ser a causa de várias
complicações para a mãe e para o bebé.

Sintomas

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OBESIDADE
A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre
por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao
valor usada pelo organismo para sua manutenção e realização das
atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a
ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.

Uma pessoa é considerada obesa quando o seu índice de massa


corporal (IMC) é superior a 30 kg/m2, e com excesso de peso quando
o seu IMC é superior a 25–30 kg/m2. A obesidade aumenta a
probabilidade de ocorrência de várias doenças, em particular
de doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, apneia do sono
obstrutiva, alguns tipos de cancro, osteoartrite, e depressão.

CAUSAS
Os motivos que podem causar a obesidade em geral são multifatoriais
e envolvem fatores genéticos, ambientais, estilo de vida e fatores
emocionais.

Mas no geral as principais causas são:

 Inatividade: Se você não é muito ativo, você não queima


tantas calorias. Com um estilo de vida sedentário, você pode
facilmente ingerir mais calorias todos os dias do que com
exercícios e atividades diárias normais

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 Dieta não saudável e hábitos alimentares: O ganho de
peso é inevitável se você comer regularmente mais calorias do
que você queima. E a maioria das dietas dos americanos é
muito rica em calorias e está cheia de fast food e bebidas de
alto teor calórico.

Fatores de risco
Os principais fatores de risco da obesidade são:

 Genética
 Estilo de vida familiar
 Inatividade física
 dieta não saudável
 idades
 medicamentos
 gravidez

Tratamento
O tratamento da obesidade é complexo e envolve várias especialidades
da saúde. Não existe nenhum tratamento farmacológico em longo
prazo que não envolva mudança de estilo de vida. A forma mais
simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável,
com menor ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa
mudança não só provoca redução de peso e reversão da obesidade,
como facilita a manutenção do quadro saudável.

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Hipertenção
Hipertensão arterial é uma doença crónica em que a pressão
sanguínea nas artérias se encontra constantemente elevada. A doença
geralmente não causa sintomas. No entanto, a longo prazo é um dos
principais fatores de risco para uma série de doenças graves como
a doença arterial coronária, acidente vascular cerebral, insuficiência
cardíaca, doença arterial periférica, incapacidade visual, doença renal
crónica e demência.

Pressão arterial sistólica e diastólica


Quando o seu coração bate, ele contrai e bombeia sangue pelas
artérias para o resto do seu corpo. Esta força cria uma pressão sobre
as artérias. Isso é chamado de pressão arterial sistólica.

Há também a pressão arterial diastólica, que indica a pressão nas


artérias quando o coração está em repouso, entre uma batida e outra.

OBS: A pressão arterial na gravidez pode causar complicações a mãe e ao bebê; Na


gestante o quadro pode desenvolver-se para a eclâmpsia, quando ocorrem convulsões
na hora do parto. Em ambos os casos, pode trazer diversos riscos à gestante, pois a
pressão alta altera o fluxo sanguíneo da placenta para o feto causando inúmeros
transtornos que podem culminar com sérias complicações como a diminuição do aporte
de oxigênio para o feto.

Causas

A hipertensão normalmente é causada quando há uma resistência


e endurecimento maior dos vasos sanguíneos para a passagem do
sangue, o que necessita uma força maior do coração para o
bombeamento do sangue.

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Fatores de risco

 Consumo de bebidas alcoólicas


 Obesidade
 Idade
 Consumo excessivo de sal
 Gênero e etnia (maior em homens, e em indivíduos de cor não
branca)
 Idade
 Sedentarismo

Fatores de risco cardiovasculares adicionais aos pacientes com


Hipertensão:

 Tabagismo
 Alteração dos níveis de colesterol total e frações e triglicérides
 Diabetes mellitus
 História familiar prematura de doença cardiovascular:
homens<55 anos e mulheres <65 anos.

Tratamento
A hipertensão não tem cura, mas tem tratamento para ser controlada.
É importante ressaltar que o tratamento para hipertensão inicia-se a
mudança do estilo de vida associado ou não a medicamentos.

 Manter o peso adequado, se necessário, mudando hábitos


alimentares
 Não abusar do sal, utilizando outros temperos que ressaltam o
sabor dos alimentos
 Praticar atividade física regular
 Aproveitar momentos de lazer
 Abandonar o fumo
 Moderar o consumo de álcool
 Evitar alimentos gordurosos
 Controlar o diabetes e outras comorbidades.

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