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AULA 07

Activos Fixos Tangíveis (IAS 16)


¾ Mensuração inicial
¾ Mensuração após o reconhecimento
¾ Modelo do custo
¾ Modelo de revalorização
¾ Métodos de depreciação:
¾ Método da linha recta (quotas constantes)
¾ Método do saldo decrescente (quotas degressivas)
¾ Método das unidades de produção
¾ Desreconhecimento

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Activos Fixos Tangíveis

Items tangíveis que:


¾ Sejam detidos para uso na produção ou fornecimento de bens e
serviços, para arrendamento a outros ou para fins administrativos; e
¾ se espera que sejam usados durante mais do que um período.

Mensuração inicial: Custo suportado com a compra


¾ Quantia em dinheiro ou seu equivalente pago, ou;
¾ Justo valor de outra compensação entregue, para adquirir o activo.

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Mensuração inicial

Custo suportado com a “compra” (preço de compra, incluindo taxas


aduaneiras, impostos não recuperáveis e deduzido de descontos de
quantidade)
+
Custos directamente atribuíveis à colocação do activo em condições
de funcionamento para o uso esperado
semelhante ao SNC e ao POC

Activos Fixos Tangíveis Adquiridos com subsídio:


Possibilidade de deduzir o valor do subsídio ao valor bruto (IAS 20)
claramente distinto do SNC e do POC

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Despesas posteriores

As despesas devem ser capitalizadas quando houver uma


probabilidade de a empresa obter benefícios económicos
futuros superiores ao nível de desempenho originalmente
previsto para o activo.

Ex.
1.Modificação de um activo para aumentar a sua vida útil, e
capacidade
2. “Upgrade” de um equipamento com vista à obtenção de
uma melhoria significativa da qualidade dos produtos.

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Mensuração após reconhecimento

Modelo do custo
Custo Histórico – Depreciações acumuladas – Perdas de Imparidade
acumuladas

OU
Modelo de Revalorização
Justo Valor – Depreciações acumuladas subsequentes à data da
revalorização – Perdas de Imparidade acumuladas subsequentes à
data da revalorização. As revalorizações devem ser feitas com
suficiente regularidade.

O modelo deve ser o mesmo para uma classe inteira de activos fixos
tangíveis.

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Justo valor
Justo Valor - valor pelo qual um activo pode ser transaccionado entre
partes conhecedoras e dispostas a realizar negócio numa transacção
ao seu alcance.

Justo valor de terrenos e edifícios: a partir de provas com base no


mercado por avaliação realizada por avaliadores profissionalmente
qualificados

Justo valor de instalações e equipamento: valor de mercado


determinado por avaliação.

Se não houver provas com base no mercado o justo valor pode ser
estimado com base no rendimento ou pelo custo de reposição
depreciado.
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Revalorização

Tratamento Contabilístico da Revalorização

O valor bruto do Activo é substituído:


¾ pelo justo valor de um bem idêntico mas novo, sendo as Amortizações
Acumuladas ajustadas, ou
¾ seu justo valor, eliminando-se as Amortizações Acumuladas (muito
utilizado para edifícios)

Se a revalorização é positiva / aumento:


ÆExcedente de Revalorização Æ Capital próprio

Se a revalorização é negativa / diminuições:


ÆCusto (DR)

Reversão excedente de revalorização: Ô CP


Reversão diminuição de revalorização: Proveito (DR)
(uma vez que foi previamente reconhecido como custo do exercício)

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Depreciação

9 Depreciação: reflecte o uso, a depreciação do bem. Não se


aplica, de uma forma geral, a terrenos e a investimentos em curso.

9 Valor a depreciar:
9 deve deduzir o valor residual. Na prática, o valor residual é muitas
vezes insignificante e imaterial no cálculo da quantia depreciável.
9 A depreciação começa quando o activo estiver disponível para
uso.

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Métodos de depreciação

O Método de depreciação deve reflectir o modelo por que se


espera que os benefícios económicos do activo sejam
consumidos pela entidade.

9 Método da linha recta (quotas constantes);


9 Método do saldo decrescente (quotas degressivas);
9 Método das unidades de produção.

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Método da Linha Recta

Método da Linha Recta (ou das Quotas Constantes)

Ano Valor bruto Depreciação anual Depreciação acumulada Valor líquido


1 100.000 25.000 25.000 75.000
2 100.000 25.000 50.000 50.000
3 100.000 25.000 75.000 25.000
4 100.000 25.000 100.000 0
100.000

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Método das Unidades de Produção

Método das Unidades de Produção (ou Desgaste Funcional)

Vida útil: 100.000 km

Ano Valor bruto Km percorridos Depreciação anual Depreciação acumulada Valor líquido
1 100.000 12.000 12.000 12.000 88.000
2 100.000 30.000 18.000 30.000 70.000
3 100.000 50.000 20.000 50.000 50.000
4 100.000 80.000 30.000 80.000 20.000
5 100.000 105.000 20.000 100.000 0
100.000

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Método do Saldo Decrescente

Método do Saldo Decrescente (ex. das Quotas Degressivas)

< 5 a nos 5 a 6 anos > 6 anos Ano Depre ciação a nual


Coeficiente: 1,5 2 2,5 1 37.500
2 23.438
Nova taxa: 37,5% 3 19.531
4 19.531
Ano Va lor bruto Deprecia ção anual Depreciação acumulada Valor líquido 100.000
1 100.000 37.500 37.500 62.500
2 100.000 23.438 60.938 39.063
3 100.000 14.648 75.586 24.414 Ano Depre ciação a nual
4 100.000 24.414 100.000 0 1 37.500
100.000 2 20.833
OU 3 20.833
4 20.833
Ano Va lor bruto Deprecia ção anual Depreciação acumulada Valor líquido 100.000
1 100.000 37.500 37.500 62.500
2 100.000 23.438 60.938 39.063
3 100.000 19.531 80.469 19.531
4 100.000 19.531 100.000 0

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Métodos de depreciação

Depreciação anual

40.000

35.000

30.000
25.000 Q. Cons tantes
Valor

20.000 Des gas te Funcional


15.000 Q. Degres s ivas

10.000

5.000

0
1 2 3 4 5

Anos

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Depreciação - legislação

Taxas máximas e taxas mínimas de depreciação:

Decreto regulamentar 2/90, impõe as regras fiscalmente aceites de


depreciação.

O decreto estabelece para cada tipo de bem as taxas máximas de


amortização. As taxas mínimas serão metade das máximas. Entre
estas duas taxas a empresa deverá escolher uma taxa de acordo
com o ritmo a que pretende utilizar o bem. A escolha tem impacto
em termos de IRC.

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Depreciação

Regime das anuidades e regime dos duodécimos

O bem é depreciado no ano da O bem é depreciado no ano da


compra independentemente do compra a partir do mês de
mês de aquisição. entrada em funcionamento, ao
ritmo de 1/12 por mês.
Não é depreciado no ano da
venda. É depreciado no ano da venda,
durante os meses de
funcionamento.

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DESRECONHECIMENTO

9 O Desreconhecimento ocorre quando o valor do bem (e as


respectivas depreciações acumuladas) é retirado do Activo da
empresa. O desreconhecimento regista-se no momento da
alienação ou quando não se esperam futuros benefícios
económicos do uso ou da alienação e portanto se procede ao
abate do bem.

9 O ganho ou perda decorrente do desreconhecimento deve ser


determinado como a diferença entre o valor de venda, se o
houver, e a quantia escriturada do bem e levado a resultados.

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ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS BRUTOS

ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS BRUTOS EM 1/1/N

+ ADIÇÕES EM N

- VALOR BRUTO DOS BENS ALIENADOS/ ABATIDOS EM N

+ VALOR BRUTO DA REVALORIZAÇÃO REALIZADA EM N

ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS BRUTOS EM 31/12/N

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DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS 1/1/N

+ DEPRECIAÇÕES DO EXERCÍCIO N

- ANULAÇÃO DAS DEP. AC. DOS BENS VENDIDOS EM N

+ AUMENTO DAS DEPRECIAÇÕES AC. POR REVALORIZAÇÃO EM N

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS 31/12/N

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ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS LÍQUIDOS

ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS LÍQUIDO 1/1/N

+ ADIÇÕES N

- VALOR LÍQUIDO DOS BENS ALIENADOS N

- DEPRECIAÇÕES DO EXERCÍCIO N

+ VALOR LÍQUIDO DA REVALORIZAÇÃO REALIZADA EM N

ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS LÍQUIDOS 31/12/N

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BRISA – R&C 31.12.2005

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BRISA – R&C 31.12.2005

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BRISA – R&C 31.12.2005

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11
BRISA – R&C 31.12.2005

Balanço Brisa 31.12.2005

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BRISA – R&C 31.12.2005

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