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Morte Espiritual de Jesus

Escrito por natan Sáb, 25 de Setembro de 2010 13:05


Confira o resumo da ministração de Natan na Conferência de Ministros - Sudeste, dia 25 de Setembro de
2010.

O melhor livro que trata do tema morte espiritual é o livro de Hebreus, no entanto, vamos resumir o ensino.

As questões doutrinárias nem sempre são entendidas rapidamente. O melhor exemplo para que entendamos
isto é um quebra-cabeça. Quando você começa a montar um, agrupa pequenas partes de poucas peças,
entretanto, não desiste de terminar de montar o resto só porque tem poucas partes reunidas. Da mesma forma
é com as questões doutrinárias. Nem sempre temos todas as peças montadas, mas não desprezaremos aquilo
que temos só porque não montamos todo ainda. Não temos todas as respostas sobre todas as questões, mas
andaremos na luz que temos enquanto montamos o restante do quebra-cabeças.

Atos 26.16 – 23. Paulo diz que todos os profetas diziam que o Cristo tinha que morrer antes de entrar na sua
glória, e ser o PRIMEIRO a ressuscitar dos mortos.

Apocalipse 1.5 e Colossenses 1.18 usam os termos “primogênito dos mortos”, o que nos obriga a pensar na
ressurreição espiritual, pois no seu ministério, Jesus ressuscitou pelo menos três pessoas, além de todas as
que foram ressuscitadas no Antigo Testamento. Porém, da ressurreição espiritual, Jesus deveria ser o
primeiro. Logo, se deveria ressuscitar espiritualmente, deveria morrer espiritualmente.

Paulo disse neste texto que TODOS os profetas falaram que seria necessário que o Cristo padecesse e fosse o
PRIMEIRO a ressuscitar.

Vamos falar um pouco sobre a natureza de Jesus.

João 6.38 – Jesus disse “eu desci do céu”. Ele não caiu, mas desceu por sua própria vontade, o que mostra
propósito, planejamento, desígnio. Depois que saiu do céu, Jesus adquiriu uma nova realidade de vida, porque
passou a ter uma vontade diferente da de Deus. Ele passou a ter vontades que deviam ser refreadas, pois eram
contrárias à vontade de Deus, pois se fossem iguais, ele não precisaria se prevenir de fazê-la, pois estaria
fazendo a vontade do Pai.

Jesus foi tentado! Cada um de nós é tentado quando é atraído e engodado pela própria cobiça – ou
concupiscência – e Jesus foi tentado, logo, ele tinha uma natureza terrena.

Se Jesus não experimentasse a mesma natureza que nós, ele não seria um sacrifício perfeito. Ele morreu,
ressuscitou e subiu aos céus, passando por todas as camadas do céu até chegar no céu dos céus, dobrou os
joelhos e sentou-se à direita de Deus.

Existem três estados distintos relacionados à existência eterna de Jesus:


1. Em espírito (Jo 1.1) – na eternidade passada, ele era espírito, o próprio verbo de Deus. Aqui ele sabia
o que era o ser humano, mas ele não sabia ainda o que era ser humano. Ele nunca tinha tido fome,
sono, etc. E até morrer, ele morreu.
2. Como homem – Depois que ele desceu do céu, ele passou a ter um corpo que tinha uma vontade
terrena, e este é o segundo estado.
3. Depois da ressurreição – ele ainda tinha corpo, mas alguns poderiam dizer que ele passou a ter um
corpo “transubstanciado em energia”, pois vemos que ele não tinha mais limitações como antes de
ressuscitar, pois a Bíblia testemunha que ele atravessava portas e fez coisas incomuns. Vemos,
portanto, que é outro estado.

Filipenses 2.6 – a melhor tradução seria “pois ele, sendo Deus, não considerou isso como algo a que deveria
apegar-se”. Paulo estava incentivando os irmãos a terem uma atitude nobre uns para com os outros, a
buscarem o bem dos outros, assim como Jesus fez, pois ele estava na glória como o Pai, e não se apegou à
condição divina que tinha, mas se esvaziou uma única vez, para deixar a forma de Deus, e passou a ser
“servo”. Como servo, ele a si mesmo se humilhou e obedeceu até morrer.

Jesus só se esvaziou UMA VEZ, mas se humilhou e obedeceu O TEMPO TODO como servo até a morte, e
morte de cruz.

Acredito que não sabemos muito bem o que a morte de cruz significa. A cruz é o altar no qual o sacrifício
perfeito foi realizado. Foi lá que o sangue foi derramado, e devemos compreender o que Deus atribui à morte
de cruz.

A Bíblia diz que “a alma que pecar, essa morrerá”. Como Jesus conseguiu então morrer?

Atos 2.23, 5.30, 10.39 – Jesus morreu por ter sido CRUCIFICADO, pois a cruz era um lugar de maldição.
Deus disse: Maldito seja todo aquele que for pendurado no madeiro.

Jesus se fez maldição, porque se deixou crucificar. A Bíblia diz que Deus o fez pecado, mas que foi ele quem
se fez maldição em nosso lugar, pois se quisesse, teria escapado.

Isaías 53 – As suas feridas foram a nossa vitória.

Sabemos que Deus não o desamparou, pois ele o ressuscitou ao terceiro dia. Salmo 22, “Deus meu, Deus
meu, porque me desamparaste?” Todos sabiam que esta expressão estava citada no salmo 22, e reconheceriam
a profecia se cumprindo.

Jesus foi crucificado, morreu espiritualmente e então, por isso, morreu fisicamente. Ele foi ao inferno morto
espiritualmente pelas nossas transgressões. Então ressuscitou e passou 40 dias com os discípulos, até ascender
aos céus, de onde virá para buscar a igreja.

Lucas 23.43 – “Em verdade te digo hoje: estarás comigo no paraíso.”


Atos 2.23 – Foi Deus quem ressuscitou Jesus, não foi ele quem ressuscitou a si mesmo. Jesus morreu pela fé
na palavra de Deus “maldito o que for pendurado no madeiro”, e ressuscitou pela fé também. Davi morreu e
viu corrupção, mas profetizou a ressurreição de Cristo quando disse que o “seu santo não veria corrupção,
nem a sua alma seria deixada na morte”. Aquelas palavras eram de Jesus, pois ele confiava que Deus não o
desampararia.A morte de Jesus teve dois aspectos: um físico e um espiritual. Ele (o seu espírito) não foi
deixado no Hades, nem o corpo dele se deteriorou! Logo, é assim com todos os homens.

Ele vive sentado à direita de Deus, intercedendo por nós. Ele não vive fazendo oração de intercessão no céu,
ELE É A PRÓPRIA INTERCESSÃO, o nosso representante, nosso fiel sumo-sacerdote, nosso precursor na
presença de Deus.s sacerdotes do Antigo Testamento eram numerosos porque faziam os sacrifícios, morriam
e precisavam ser substituídos. Jesus Cristo, no entanto, entrou na presença de Deus e nunca mais saiu de lá!

A Origem do Espírito Humano e Sua Natureza

Escrito por natan Seg, 30 de Agosto de 2010 00:00


O conteúdo deste texto é o resumo de uma mensagem que foi ministrada nas duas edições
da Conferência de Ministros Verbo da Vida 2009: Nordeste e Sudeste.

O assunto, algumas vezes chamado "pneumatologia" ou até mesmo "origem da alma", tem
sido tema de interesse de muitos pregadores e estudiosos renomados ao longo dos anos. Os
assim chamados pais da igreja, pais apostólicos, e outros cristãos antigos já mencionavam
suas convicções ou indagações a este respeito.

Foi exatamente a respeito deste tema que fui encubido da responsabilidade de ministrar para
os que estiveram presentes no ano de 2009 nas conferências do nordeste e sudeste.
Obviamente que aqui não colocarei todos os pontos ou argumentos necessários para a
devida compreensão daquilo que foi ministrado na ocasião, mas deixarei o esboço da
mensagem para apreciação dos meus irmãos que amam a palavra de Deus.

Em Gênesis 2.7 está escrito que Deus formou o homem do pó da terra, soprou em suas
narinas o fôlego da vida e este passou a ser. Três pontos sutis, mas interessantes de se notar:
"formou", "soprou", "passou a ser".

Gênesis 2.21-24 mostra com certa explicitação de detalhes a criação da mulher: a costela do
homem foi transformada numa mulher (verso 22), e Adão acrescentou: "osso dos ossos,
carne da carne" (verso23) e no versículo 24 o texto nos mostra que os dois tornaram-se uma
só carne, o que passou a ser o modelo para todos os próximos relacionamentos humanos de
sexos opostos por meio da união do casamento.

Certa vez, um dos meus amigos pregadores usou este texto para dizer que a passagem não
mencionava Deus soprando nas narinas de Eva da mesma forma como fizera com Adão e
que, por isso, poderíamos entender que o espírito de Eva estava dentro do espírito de Adão e
quando Deus tomou sua costela para formar a mulher, o espírito de Eva já teria vindo junto
com a costela.

Eu sei que pode parecer engraçado quando apresentado desta forma, mas com uma
abordagem mais séria e em tom um pouco mais eloquente, você até se emocionaria em
pensar que isso mostra a importância de alguém casar-se com sua "alma gêmea evangélica",
cujo espírito estaria originalmente dentro do "seu par" e que somente com a ajuda e direção
de Deus os dois poderiam reunir-se novamente a exemplo do que Deus teria supostamente
feito com Adão e Eva.

Bom, o fato é que o último texto que vimos enfatiza unicamente o lado físico da criação da
mulher. Lembre-se das palavras: "costela, carne, osso, ossos, uma só carne, etc". Não existe
razão para acreditarmos que o espírito da mulher não tenha tido sua origem exatamente
como o do homem.Para usar a mesma linguagem figurativa diríamos: "Deus soprou em suas
narinas". O fato do corpo de Eva não ter vindo diretamente da terra, mas de Adão, não
impossibilita o milagre divino do seu espírito ter vindo de Deus, assim como também
acontecera com o homem.O corpo vem da terra, é terreno, em nosso caso poderíamos dizer
"vem dos pais", mas o espírito, vem de Deus.

Quando chegamos em 1 Tessalonicenses 5.23, lemos que o "Deus da paz nos santifique em
tudo" e em seguida ele fala o que é este tudo: "espírito, alma e corpo". Isto é tudo que
constitui o gênero humano. Nem mais, nem menos.

Uma das declarações mais acertadas que se pode fazer acerca das Escrituras é que a Bíblia é
uma revelação progressiva. Revelação progressiva e não "Criação progressiva!". Adão era
um ser constituído por espírito, alma e corpo. Eva era consituída por espírito, alma e corpo.
Só porque o livro de Gênesis não usa os mesmos termos que Paulo utilizou para se
referir à constituição da natureza humana, não significa que eles não tenham sido feitos
assim desde o princípio!

Deus não foi criando as partes do homem ao longo dos anos até chegar em sua totalidade a
tempo de escrever sobre isso no Novo Testamento. O homem fora criado completo, desde o
seu primeiro instante de existência! A revelação do que Deus fez é que chegou depois, por
isso eu gosto de dizer que não há uma criação progressiva, e sim, uma revelação
progressiva!
Acredito que quando a Bíblia diz que Deus "formou", "soprou" e o homem "passou a ser",
ela está fazendo uma referência típica, para a época em que este texto fora escrito, ao que
Paulo posteriormente chamaria de corpo, de espírito e de alma.

Se unirmos as declarações de Tessalonicenses e Gênesis para a compreensão da natureza


humana, veremos uma única verdade e chegaremos a uma conclusão inevitável: o homem
foi feito por Deus espírito, alma e corpo! Ele não se tornou isso depois, ele não passou a ser
assim depois. O ser humano foi criado assim! O corpo Deus o formou da terra. O espírito
Deus o soprou de dentro de si, e a alma do homem passou a ser depois da união destes dois
outros elementos.

Dito isto, podemos declarar que o homem fora feito por Deus para experimentar uma
dualidade em sua existência: possuidor de uma realidade espiritual e outra material, o ser
humano, desde o princípio, fora designado para conviver com as realidades destes dois
mundos. E é muito importante que entendamos o que significa dizer que o homem tinha
uma natureza terrena desde o princípio.

Adão estava em comunhão com Deus, mas o que muitas vezes não entendemos é que por
alguém estar em comunhão com Deus isso não o impede de ser tentado. Outro ponto
importante a ser compreendido é que o fato de alguém ser tentado, não faz com que essa
pessoa seja considerada pecadora. Afinal, não é pecado ser tentado! Adão era tentado
mesmo antes de cometer o seu primeiro pecado. Você consegue entender isso? Pense um
pouco: Jesus era tentado e nem por isso era pecador. Ser tentado, não é pecado! É aqui onde
algumas pessoas se perdem ao tentar traçar um histórico doutrinário sobre a natureza
espiritual caída do homem.

O homem estava em comunhão com Deus, vivo espiritualmente, ainda assim, era tentado
normalmente mesmo sem ter cometido qualquer pecado. Quando Adão cedeu à tentação,
não resistindo aos apelos de sua natureza terrena, foi que a comunhão com Deus fora
quebrada, e perdendo a ligação com o Senhor, passou a estar espiritualmente morto.

A humanidade fora condenada a estar longe do "caminho da árvore da vida" e desde então
cada nova pessoa humana ao nascer estava destinada a crescer em estatura sem crescer em
graça, crescendo fisicamente, sem crescer espiritualmente. O espírito de cada nova pessoa
continuaria vindo de Deus, mas sem a anterior comunhão com a luz da vida, a pessoa não
teria como crescer espiritualmente sendo sufocada em um mundo onde Satanás se tornara
deus.

Paulo menciona algo em Romanos que se relaciona com o que estamos dizendo aqui:
"assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram". Romanos 5.12
Observe bem: "Assim como pelo pecado entrou a morte, assim também, a morte passou a
todos os homens, porque todos pecaram”. A semelhança do que aconteceu com Adão,
aconteceu com todos. “Assim como” foi com Adão, “assim também” foi com todos. Adão
pecou, Adão morreu. Todos pecaram, todos morreram. Dizer que “todos pecaram” é
diferente de dizer que “todos NASCEM pecadores”. O homem peca, por isso morre. O
homem não nasce espiritualmente morto, ainda que nasça para morrer, desde o dia em que a
humanidade fora condenada.

Há muitos textos que de uma forma ou de outra se relacionam com estas verdades que
citamos aqui, quero mencionar alguns deles para que tenhamos fundamentação bíblica sobre
o assunto:

Efésios 4.17-19- “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como
também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de
entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do
seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com
avidez, cometerem toda sorte de impureza.”

Observe os pontos importantes para o nosso contexto:

“Não mais andeis como os gentios” é uma declaração que nos mostra três situações
diferentes: primeiro, que esses crentes já andaram da forma que Paulo os adverte a não
repetir. Segundo, que no momento em que Paulo escreve para eles, eles não estão se
comportando mais daquela forma antiga. Terceiro, que existe uma possibilidade destes
crentes voltarem a andar como andavam antes.

Paulo está comparando os crentes com os do mundo e diz que os irmãos não devem voltar
ao mesmo estado de antes, e ao falar sobre a situação deles, Paulo desenvolve o raciocínio
de forma bastante interessante: “eles estão alheios à vida de Deus, pela dureza do coração,
os quais, tendo-se tornado insensíveis...”. Paulo diz que a vida que os gentios têm é uma
conseqüência da dureza de seus corações e do fato de “terem se tornado insensíveis”.

Só fica insensível quem tem sensibilidade. Estes gentios a respeito dos quais Paulo fala,
eram crianças, cidadãs do reino de Deus, como todos os outros. Nasceram numa situação
igual a dos demais: o corpo veio dos pais, o espírito veio de Deus. Estavam espiritualmente
vivos e em comunhão com Deus. Não possuíam uma natureza pecaminosa em seus
corações, por mais que sua natureza terrena os tentasse a pecar. Mas, a medida que foram
crescendo neste mundo e aguçando suas faculdades mentais para a sobrevivência neste
ambiente, “tornaram-se insensíveis” e seus corações “endureceram”. Cresceram por fora e
atrofiaram por dentro. Cresceram em estatura mas se afastaram da graça.

O texto a seguir é a continuação do resumo desta mensagem feito pelos colaboradores do


Portal Verbo da Vida, que está sendo explanada um pouco mais detalhadamente nesta
página. Voltarei em breve e continuarei a edição deste artigo até a conclusão final deste
estudo tão importante -->

A criança quando nasce tem a natureza de Deus, a vida de Deus. Paulo fala que, quando ele
foi crescendo e quando foi apresentado à lei para ele, ele morreu por causa do pecado.
Todos os homens pecaram. E quando cresce e comete o primeiro pecado, se torna morto
espiritualmente, precisa então nascer de novo.

Eu vim de Deus eu vou voltar pra Deus. Deus a todos dá vida, respiração e tudo mais. Nós
nascemos de Deus, viemos de Deus, nos movemos em Deus.

Não fomos recauchutados em Cristo Jesus. Nós fomos regenerados. Assim percebemos que
não somos filhos adotivos.
Jesus Cristo nasceu espiritualmente e morreu espiritualmente, Jesus Cristo nasceu
fisicamente e morreu fisicamente, e ressuscitou, nós também morremos espiritualmente e
nascemos espiritualmente, e chegará o dia em que nasceremos em nosso corpo glorificado.
Nós sabemos que seremos no futuro que seres semelhantes a Ele, porque sabemos que O
veremos como Ele é. Em outras palavras, nós somos o que Ele foi, mas seremos aquilo que
Ele já é.

Quando Cristo que é a nossa vida se manifestar, nós seremos manifestados com Ele em
glória.
A parábola que fala sobre o filho pródigo, também serve para cada pessoa humana que
nasce neste mundo que se desvia de Deus e volta pra Ele.

Por que Sois Assim Tímidos?

Escrito por natan Sáb, 28 de Agosto de 2010 00:00


O texto desta mensagem encontra-se em Lucas 8.22-25, e fala sobre a ocasião quando Jesus
decidiu ir para o outro lado do de Genesaré juntamente com seus discípulos.

Enquanto atravessavam foram surpreendidos por uma tempestade de vento que fazia com
que eles corressem perigo de morrer afogados.

Gostaria de destacar algumas verdades interessantes sobre o texto em questão:

1. A presença de Deus com (ou em) Jesus, não impediu a tempestade de chegar até ele.
Diferentemente do que muitos pensam, “quando Deus está no negócio” não impede que
coisas ruins aconteçam.

2. O texto não diz porquê isso aconteceu, mas mostra clara e simplesmente que
ACONTECEU. Ou seja, coisas assim acontecem!

3. Um ponto importante a se observar neste texto é a diferença que há entre a reação de


Jesus e a dos discípulos: os discípulos apavorados diziam que estavam perecendo, enquanto
Jesus por sua vez disse aquilo que era preciso para que não perecesse! Ele ordenou ao vento
e mandou cessar a força do mar.

4. A tempestade não era de Deus. Se fosse, Jesus NÃO a teria repreendido! Isto porque o
próprio Jesus afirmou que "toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistiria, e
todo reino dividido contra si mesmo ficaria deserto". E, além disso, ele declarou que nem
mesmo satanás expulsa satanás, muito menos Jesus repreenderia as coisas de Deus!

5. Se Jesus repreendeu os discípulos no versículo 25, é porque ele queria que eles
entendessem que deveriam agir de forma diferente numa próxima situação semelhante.
Assim como quando um pai repreende um filho esperando mudança em seu comportamento
futuro.

6. Finalmente, o último versículo mostra a razão de tudo. Jesus pergunta: "onde está a vossa
fé?". No texto de Marcos, que registra o mesmo acontecimento, diz que Jesus perguntou-
lhes : "por que sois assim tímidos? como é que não tendes fé?". Então, eles expressaram sua
ignorância: "quem é ele que até aos ventos e a ondas repreende e lhe obedecem?".

Agora veja que Jesus não estava falando sobre a fé dele, mas sobre a fé DELES. Jesus não
estava falando sobre ele, mas estava falando sobre ELES.

Se eles tivessem prestado atenção na repreensão de Jesus, eles não teriam indagado isto
enquanto estavam admirados com ELE. Em vez disso, deveriam ter se perguntado: "quem
somos NÓS para que até as ondas e os ventos repreendamos e NOS obedeçam?"

7. Vemos uma ignorância dupla por parte dos discípulos:


7.1. Não sabiam quem Jesus era, por isso não entenderam como até as ondas e os ventos lhe
obedeceram;
7.2. Não sabiam quem eles mesmos eram, por isso não agiram como Jesus esperava;

8. Vemos um conhecimento duplo por parte de Jesus:


8.1. Ele fez alguma coisa sobre o vento e as ondas porque sabia quem era e o que poderia
fazer naquela situação;
8.2. Ele repreendeu os discípulos por saber quem eles eram e o que poderiam ter feito
naquela hora.
A resposta à pergunta de Jesus “por que sois assim tímidos?” está no próprio texto: eram
tímidos, porque eram ignorantes a respeito de si mesmos e por isso não sabiam o que
poderiam fazer em situações semelhantes.

Saiba quem você é e haja à altura deste conhecimento!

O Coração do Homem

Escrito por natan Sáb, 28 de Agosto de 2010 00:00


Existe certa confusão no meio evangélico quanto ao conceito do que a Bíblia chama de
“coração”.

Quero chamar a atenção para dois textos em particular, Jeremias 17.9 e I João 3.21. Jeremias
diz que “o coração é enganoso, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto” ao
passo que João fala “Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus”.

João está dizendo que SE o coração não nos acusar TEMOS CONFIANÇA DIANTE DE
DEUS! Ora, para que eu possa ter confiança diante de Deus, baseado no que me diz meu
coração, é porque certamente ele é uma fonte de informação segura e não mais “enganoso”
como havia dito Jeremias muitos séculos antes.
É por isso que muita gente boa tem ficado confusa a respeito do que a Bíblia ensina a esse
respeito: eles misturam os textos da Antiga Aliança com os textos da Nova Aliança sem ao
menos perceberem que a Bíblia é uma revelação progressiva, e que muitas coisas que eram
verdadeiras no passado já não são mais do mesmo modo.
Hoje, nós vivemos numa época cujas revelações concedidas por Deus não foram ouvidas ou
vistas pelos profetas e sábios do passado.

Na época de Jeremias, como em toda antiga aliança, o coração do homem era de fato
considerado enganoso.

Por isso, Deus falou repetidamente aos homens que tiraria esse “coração de pedra” e lhes daria
um “coração de carne”. Querendo dar a entender com isto que não estava satisfeito com a
insensibilidade dos homens, por isso o termo “coração de pedra” em oposição a “coração de
carne”.
O que Deus havia prometida muitas vezes e de muitas maneiras por meio dos profetas ele
finalmente fez por meio da obra redentora de Jesus Cristo.

Por isso, em II Coríntios 4.6 está escrito que “Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz,
ELE MESMO resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de
Deus, na face de Cristo”.
Deus resplandeceu em nosso coração! Aquele que está em Cristo não tem mais um coração
enganoso ou desesperadamente corrupto, pois Deus está brilhando lá dentro! Aleluia!

Assim, é fácil de entender porque João disse que podemos ter confiança diante de Deus
dependendo do que nos diz o nosso coração. Agora, a paz de Cristo é o árbitro em nosso
coração!
Muitas vezes quando a Bíblia usa o termo “coração”, ela o está usando de forma figurativa.
Assim como em nosso dia-a-dia usamos figuras para transmitir mensagens, como por exemplo,
um cigarro cortado com uma faixa vermelha significa “proibido fumar”, assim também existem
figuras que usamos em nossa linguagem falada. São as conhecidas figuras de linguagem.
O termo coração usado nos versículos de Jeremias e João estão sendo usados de forma
figurativa. Eles se referem à parte mais importante ou primordial do ser humano, que é seu
espírito.
Sabemos que o homem é constituído por espírito, alma e corpo como é precisamente
mencionado em I tessalonicenses 5.23.
Quando a maioria dos escritores bíblicos falava sobre o coração, eles se referiam à parte central
do homem, a parte mais importante, que tem primazia sobre todas as outras.

Paulo, muito esclarecido sobre o assunto e muito preciso em suas colocações, chegou mesmo a
dizer: “não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na
carne. Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no
espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus” (Rm
2.28,29).

Veja que Paulo disse que a verdadeira circuncisão é feita no coração, ou seja, no espírito!
(Confira com Fp 3.3 e Rm 1.9).

O termo coração é muito propício para ser usado como figura para a parte do homem que tem a
primazia sobre todas as outras, pois no corpo humano, o coração é o órgão físico que tem a
primazia sobre os outros.
O coração é o primeiro órgão a funcionar e o último a parar, é também o órgão responsável
pelo bombeamento da vida em todo corpo humano. Sendo assim, usado como figura, o coração
se refere ao espírito humano que veio de Deus e se encontra na mesma categoria de Deus, e é
exatamente por isso que Jesus disse que Deus é espírito e importa que seus verdadeiros
adoradores o adorem assim, em espírito!
Entendendo isto, fica fácil compreender o porquê de alguns versículos que temos na nova
aliança que falam sobre o coração ou sobre o espírito humano.
Já vimos que João diz que se o coração não nos acusar temos confiança diante de Deus, e Paulo
diz algo semelhante: “Qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito,
que nele está?” (I Coríntios 2.11).
Sabedores que os termos coração e espírito se referem a mesma coisa, vemos que os dois
escritores estão falando exatamente o mesmo: que nosso espírito, nosso coração, sabe das
coisas pertinentes à nossa própria vida e agindo com base naquilo que sabemos por dentro,
podemos ter confiança diante de Deus.
De fato, o próprio Espírito Santo, testifica COM o nosso espírito que somos filhos de Deus!
(Rm 8.16). Apenas perceba que ele não diz que o Espírito testifica para o nosso espírito ou no
nosso espírito, mas COM o nosso espírito.
Ou seja, o testemunho que o Espírito Santo dá, é o mesmo testemunho que o nosso espírito
tem. Perceba também que o texto fala especificamente sobre o testemunho interior quanto a
sermos filhos de Deus, e é exatamente sobre a mesma coisa que João fala quando diz: “Aquele
que crê no Filho de Deus tem, EM SI, o testemunho” (I João 5.10).
Os dois textos citados falam sobre o testemunho que temos em nós mesmos quanto a sermos
filhos de Deus. Entretanto compreenda que se é assim que sabemos sobre a coisa mais
importante de toda nossa vida, que somos filhos de Deus, é assim também que iremos saber
sobre as coisas mínimas da vida.A não ser que Deus as revele de uma outra forma mais
espetacular que a regra geral.

Umas das coisas mais importantes para todo filho de Deus é aprender o que a Palavra do
Senhor ensina sobre seguir o plano de Deus para sua vida através do seu próprio coração, seu
próprio espírito.

Crescendo em amor

Escrito por natan Sex, 27 de Agosto de 2010 00:00


Ao observarmos a passagem da mulher adúltera, descrita no evangelho de João 8, podemos ver um
contraste entre Moisés e Jesus; a lei e a graça.
“E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e, pondo-a no meio,
disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando. E na lei nos mandou
Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?”(João 8.3-5)
“Moisés mandou matar, enquanto Jesus a fez viver. De que lado nós estamos?”

Os escribas e fariseus eram homens conhecedores da lei. Eles levaram a mulher pega em
adultério até Jesus com o objetivo de achar uma forma de acusá-lo e matá-lo. Pois, sabiam que de
alguma maneira Cristo tentaria salvá-la.Contrariar Moisés significava morte, por isso, os homens
da lei, usaram a mulher. Por que? Porque desejavam encontrar um motivo para acusar o Mestre.
“Em nome da verdade” aquela mulher foi desprezada, usada, exposta e humilhada pelos escribas
e fariseus. Jesus jamais humilhou ninguém “em nome da verdade” nós também não podemos agir
assim. “Use as coisas e ame as pessoas. As pessoas foram feitas para serem amadas e as coisas
foram feitas para serem usadas”.O nosso conhecimento precisa se transformar em benefício para
as pessoas e não em legalismo. O conhecimento incha, mas o amor transforma.

A fé opera por meio do amor. Somente o amor tem poder para mudar circunstâncias, alcançar
corações e transformar vidas.O amor não é legalista, o amor não expõem ou usa pessoas “em
nome da verdade”.
“Se um homem for achado deitado com uma mulher que tem marido, então, ambos
morrerão, o homem que deitou com a mulher e a mulher; assim, eliminará o mal de
Israel” (Deuteronômio 22.22)Se realmente existia uma preocupação tão grande em cumprir a
lei onde estaria o homem com cujo qual a mulher estava cometendo adultério? O verdadeiro
interesse dos escribas e dos fariseus não era cumprir a lei, mas levar Jesus a contrariar Moisés.
Jesus mostra com a sua atitude que a vida da mulher era mais importante do que a lei. Pois, a lei
foi feita para o homem e não o homem para a lei. Jesus veio cumprir a lei. A lei teve um
período de validade.
“Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim para revogar, mas cumprir.
Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá
da lei, até que tudo seja cumprido”.(Mateus 5.17-18)

Tudo se cumpriu na cruz foi por esse motivo que Jesus disse: “Está consumado!”
“E disse-lhes: [São] estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se
cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e [nos] profetas e [nos] Salmos”
(Lucas 24.44)

O fim da lei é Cristo. A lei já passou! Estamos em um novo tempo em um novo mandamento.
“(Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela
qual chegamos a Deus”. (Hebreus 7.19)
Um novo tempo foi estabelecido por Cristo e nós estamos nesse novo tempo. E temos um novo
mandamento deixado por Ele.“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim
como eu vos amei”. (João 15.12)Para ver esta mensagem em vídeo, clique aqui!

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