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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

MAURÍCIO CARDOSO DE CASTRO JÚNIOR

DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO DE
UM RESERVATÓRIO

JUAZEIRO-BA

OUTUBRO DE 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

MAURÍCIO CARDOSO DE CASTRO JÚNIOR

DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO DE
UM RESERVATÓRIO

Trabalho apresentado à
disciplina de Estruturas de Concreto
II, com caráter avaliativo, sob
supervisão do professor Msc. Sérgio
Luís.

JUAZEIRO-BA

OUTUBRO DE 2012

2
Introdução

O presente trabalho apresenta o projeto de um reservatório


paralelepipédico de uma única célula em concreto armado, pertencente à
estrutura do edifício e fica posicionado acima do nível da cobertura.

Os esforços solicitantes, são determinados usando as Tabelas de


Libânio M. Pinheiro. As considerações de vinculações entre as lajes devem
atender ao comportamento da estrutura quanto à deformabilidade e podem ser
adotadas do seguinte modo:

a) A laje de tampa foi considerada apoiada nas paredes


b) As paredes foram consideradas apoiadas na laje de tampa, engastadas
na laje de fundo e engastadas entre si.

As reações de apoio das lajes de tampa e de fundo são as ações


(verticais) uniformemente distribuídas que atuam nas paredes gerando efeito
de viga-parede, as reações de apoio das paredes são absorvidas pelas lajes de
tampa e fundo e pelas paredes que servem de apoio às outras. As reações de
apoio provocam efeitos de tração naqueles elementos estruturais que lhes
servem de apoio, sendo que as lajes ficam submetidas a esforços de flexo-
tração.

O modelo estrutural adotado para a determinação dos esforços


solicitantes nos elementos estruturais prevê a consideração de elementos
isolados, com as suas respectivas ações, com posterior compatibilização de
momentos fletores que atuam em arestas comuns a dois elementos.

3
Considerações Iniciais

A construção embora monolítica pode ser admitida como subdividida em


partes, de modo a se poder projetar a estrutura de cada uma delas
separadamente, lembrando que tal simplificação não pode ignorar o
comportamento real da estrutura como um todo e considerando que cada uma
das partes resultantes tenham suas condições de apoio bem definidas.

Os elementos estruturais isolados (lajes, vigas, pilares e paredes


estruturais das construções) devem ter resistência mecânica, estabilidade,
rigidez e resistência à fissuração e a deslocamentos excessivos, para poderem
contribuir de modo efetivo na resistência global da edificação.

As partes da estrutura, em alguns casos, pertencem à dois sistemas


estruturais, sendo os esforços solicitantes dessas partes, obtidos por
superposição dos valores obtidos em cada um deles isoladamente

Com relação à Durabilidade deve-se ater aos cuidados de execução,


fator água/cimento, consumo mínimo de cimento e dimensões dos cobrimentos
das armaduras.

Foi previsto, para o presente projeto, que externamente o reservatório


tem acabamento em concreto aparente e, internamente, se faz revestimento
com material impermeabilizante, o qual fornece um carregamento de 1,0
KN/m².

De acordo com a NBR 6118/2007 a agressividade do meio ambiente


está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de
concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações
volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no
dimensionamento das estruturas. Consideremos a classe II, aplicada ao
ambiente urbano e com risco de deterioração da estrutura pequeno. Para tal
classe, temos uma relação água/cimento em massa ≤ 0,6 e classe de concreto
≥ C25, adotando um cobrimento nominal de 25 mm.

4
Dimensões Adotadas
Para este projeto, as limitações das dimensões em planta para o
reservatório são dados pela planta baixa e corte expostos nas figuras abaixo:

Figura 1-Planta baixa do Reservatório

Figura 2-Corte AA

5
Laje da Tampa

A laje de tampa tem todas as bordas apoiadas nas vigas-parede,


possuem espessuras de 15 cm e peso próprio do material (concreto armado)
de 25 KN/m³.

a) Ações Atuantes na Laje da Tampa


 Peso próprio:
  0,15 25  3,75 /²
 Revestimento: 1,0 KN/m²
 Sobrecarga mínima

Para a determinação da sobrecarga mínima, considerou-se


condições normais de uso para lajes de forro, adotando um valor
de 0,5 KN/m².

 Carregamento total na laje da tampa:


  3,75  1,0  0,5
  5,25 

Os vãos teóricos são iguais a   280  e   475 , logo:


 475
ʎ     1,70
 280
As reações de apoio podem ser determinadas com os critérios da
NBR 6118 (2007), com o uso das tabelas de Libânio M. Pinheiro
(2007). Para tal determinação leva-se em consideração se o
reservatório encontra-se vazio ou cheio (ver figuras abaixo).

Figura 3-Configuração-Tampa-Caixa Vazia


Figura 4-configuração-tampa-Caixa cheia

6
Para o cálculo das reações de apoio temos:

 Reservatório Vazio
V’x= 3,53
V’y= 2,50
Mx= 3,83
Mx’= 7,97
My= 1,21
My’= 5,72
 Reservatório Cheio:
V’x= 3,53
V’y= 2,50
Mx= 8,74
My= 3,58

Reações:

 
  
10

,!  !,"
   3,53  5,19 /
#$
,!  !,"
   2,5  3,68 /
#$

Esquema com as reações de apoio na laje de tampa:

Figura 5-Reações de apoio na Laje da tampa

7
b) Verificação dos momentos feltores

Com as tabelas adaptadas por Pinheiro, podem ser calculados os


momentos fletores atuantes nas lajes.
Para a laje de tampa, considerando tipo 1 e ʎ= 1,7 obtivemos os
seguintes momentos feltores:
Mx= momento fletor com plano de ação na direção paralela ao eixo x
5,25 2,8!
 '(  8,74  3,6 . /
100

5,25 2,8!
 '*(  *7,97  3,28 . /
100

My= momento fletor com plano de ação na direção paralela ao eixo y

5,25 2,8!
 '(  3,58  1,47 . /
100

5,25 2,8!
 '*(  *5,72  2,35 . /
100
Configuração de momentos feltores na laje de tampa:

Figura 6-Configuração de momentos para a laje de tampa

8
Laje de fundo

A laje de fundo tem todas as suas bordas consideradas engastadas nas


paredes (efeito de placa), tendo os vãos teóricos correspondentes a  
280  e  = 475  , assim ʎ=1,7.
Em função das condições das vinculações (bordas engastadas) a laje de
fundo deve ser provida de armaduras em ambas as faces.

a) Ações atuantes na Laje de fundo

 Peso próprio

 = 0,15 25 = 3,75 +

 Revestimento

 = 1,0 +

 Pressão Hidrostática

ℎ = 2,4 10 = 24 +

 Carregamento total

-. = ∑0 = 28,75 +

Nota: Os coeficientes fornecidos são os mesmos


encontrados para a laje da tampa (para o reservatório
vazio).
Calculemos assim as reações de apoio:

28,75 2,8
 = 3,53 = 28,42 +
10

28,75 2,8
 = 2,5 = 20,19 +
10

9
O esquema para as reações de apoio é mostrado na figura :

Figura 7-Reações de apoio-Laje de fundo

b) Verificação dos Momentos fletores

Os momentos fletores são obtidos através da tabela elaborada por


Pinheiro, para laje tipo 6 e ʎ=1,7.

Nota: Os coeficientes fornecidos são os mesmos encontrados


para a laje da tampa (para o reservatório vazio).

Cálculo dos momentos fletores:

28,75 2,8!
 '( = 3,83  8,62 . /
100

28,75 2,8!
 '*(  *7,97  17,96 . /
100

28,75 2,8!
 '(  1,21  2,73 . /
100

28,75 2,8!
 '*(  5,72  12,81 . /
100

O esquema estrutural é mostrado abaixo:

10
Figura 8-Momentos Fletores-Laje de fundo

Verifica-se que a laje de fundo possui uma solicitação significativa (28,75


KN/m²), diferente das solicitações usuais em edifícios ( 10 ≈ 12 KN/m² , valores
estes respeitados pela laje de tampa), portanto, é conveniente a verificação dos
deslocamentos, quando em serviço.

Cálculo do deslocamento máximo na laje de fundo quando todas as


ações estiverem atuando:

2 3  . 4 
1= . .
100 12 56 . 7
Temos:

 b= 475 cm
 α= 2,77
 p= 28,75 KN/m²
   280 
 56  5600 ∗ 96: #/!
56  5600 ∗ 25 ^ ½
56  2800 /²
= .>?
 7
#!
475. 15@
7  133593,75 4
12

11
Assim:

2,77 475 0,003 . 2804


1= . .
100 12 2800 . 133593,75
1 = 0,05 
Considerando uma flecha limite, para Laje apoiada igual a:

 280
1-AB = = = 0,93
300 300
Como a < 1-AB , verifica-se que a laje de fundo não apresentará deformação
excessiva.

12
Paredes 01 e 02

As paredes 01 e 02 possuem espessura de 15 cm e apresentam como


vinculações, a borda superior apoiada e as demais bordas engastadas. Para se
calcular o carregamento gerado pela pressão hidrostática, considerou-se
CDE = 10 + O esquema estrutural da mesma é mostrado abaixo:

Figura 9-Configuração de borda para as paredes 01 e 02

D
Para as dimensões indicadas, com C  +  2,55+4,75 G 0,55, com o
=

auxílio das tabelas temos:

μI   2,43 ,μJ   5,9 , μI   0,93 , μJ   3,59

Calculando os momentos temos:

24 . 2,55!
K I
  2,43 .  3,79 . ⁄
100
24 . 2,55!
K J
  5,9 .  9,21 . ⁄
100

13
24 . 2,55!
K I
 = 0,93 .  1,45 . ⁄
100
24 . 2,55!
K J
  3,59 .  5,6 . ⁄
100

Obtemos assim, a seguinte configuração de momentos:

Figura 10-Configuração de momentos para as paredes 01 e 02

Paredes 03 e 04

Fazendo as mesmas considerações quanto ao carregamento e às



condições de bordo das paredes 01 e 02, e admitindo C  D+  255+280 G
=

0,9 temos os seguintes coeficientes:

μI   1,33 ,μJ   3,89 , μI   1,23 , μJ   3,06

Calculando os momentos temos:

14
24 . 2,55!
K I
 = 1,33 .  2,08 . ⁄
100
24 . 2,55!
K J
  3,89 .  6,07 . ⁄
100
24 . 2,55!
K I
  1,23 .  1,92 . ⁄
100
24 . 2,55!
K J
  3,06 .  4,77 . ⁄
100

Obtemos assim, a seguinte configuração de momentos:

Figura 11-Configuração de momentos para as paredes 03 e 04

15
Compatibilização de momentos fletores

Faz-se necessário a compatibilização dos momentos fletores nas


regiões de engastamento. Para tal determinação, adotará o maior valor entre: a
média dos momentos que atuam ao longo das arestas comuns e 80% do
momento fletor de maior valor.

Por questões de segurança, para os momentos fletores positivos,


adotará o maior valor entre eles, não se fazendo uso dos critérios de
compatibilização adotados.

O esquema estrutural adotado para compatibilização de momentos é


mostrado na figura abaixo:

Figura 12-Momentos fletores da estrutura

16
Compatibilização entre paredes

Para as paredes devemos compatibilizar os seguintes momentos:

Paredes 01 e 02:

KI  = 3,79  ⁄ ,

KJ  = 9,21 . ⁄ ,

KI  = 1,45 . ⁄ ,

MJ N = O, P QR. S⁄S,

Paredes 03 e 04

KI  = 2,08  ⁄ ,

KJ  = 6,07 . ⁄ ,

KI  = 1,92 . ⁄ ,

MJ N = T, UU QR. S⁄S,

Compatibilizando temos:

5,6  4,77
K= = 5,185 . /
2
Ou

K = 0,8 . 5,6 = 4,48 . /


Adotando o maior valor temos:

M= 5,185 KN.m/m

17
Compatibilização entre a laje do fundo e parede 01 e 02

Devemos compatibilizar os seguintes momentos:

Paredes 01 e 02:

KI  = 3,79  ⁄ ,

MJ V = W, XY QR. S⁄S ,

KI  = 1,45 . ⁄ ,

KJ  = 5,6 . ⁄,

Laje de fundo

KI  = 8,62  ⁄ ,

MJ V = YU, WP QR. S⁄S ,

KI  = 2,73 . ⁄ ,

KJ  = 12,81 . ⁄,

Compatibilizando temos:

9,21  17,96
K= = 13,6 . /
2
Ou

K = 0,8 . 17,96 = 14,37 . /


Adotando o maior valor temos:

M= 14,37 KN.m/m

18
Compatibilização entre a laje do fundo e parede 03 e 04

Devemos compatibilizar os seguintes momentos:

Paredes 03 e 04:

KI  = 2,08  ⁄ ,

KJ  = 6,07 . ⁄ ,

KI  = 1,92 . ⁄ ,

MJ N = T, UU QR. S⁄S,

Laje de fundo

KI  = 8,62  ⁄ ,

KJ  = 17,96 . ⁄ ,

KI  = 2,73 . ⁄ ,

MJ N = YX, ZY QR. S⁄S,

Compatibilizando temos:

12,89  4,77
K= = 8,83 . /
2
Ou

K = 0,8 . 12,89 = 10,31 . /


Adotando o maior valor temos:

M= 10,31 KN.m/m.

19
Dimensionamento das Armaduras

Adotaremos uma altura útil (d) igual a 12,5 cm, sendo d=15,0 -2,5 cm, e
utilizaremos os critérios definidos pela NBR 6118/2007 para delimitar a área
mínima de aço a ser utilizada.

Para, lajes armadas em duas direções, tem-se:

 Para as armaduras negativas: [\ ≥ [Bí_


 Para s armaduras positivas: : [\ ≥ 0,67. [Bí_

De acordo com a NBR 6118/2007, para um 96: = 25 K1, [Bí_ = 0,150.

O diâmetro máximo da armadura não pode ultrapassar o valor de 1/8 da


altura da laje, e o diâmetro mínimo a ser utilizado nos momentos das
armaduras para os momentos negativos será de ∅Bí_ = 6,3 .

Para se obter um melhor arranjo de armaduras a serem utilizadas nas


lajes, utilizaremos os seguintes critérios básicos estabelecidos pela NBR
6118/2007 :

 As armaduras devem ser dispostas de forma que se possa


garantir o seu posicionamento durante a concretagem
2. ℎ = 30
 Para as armaduras principais: aBá ≤ d
20 
Para o dimensionamento das lajes iremos demonstrar, passo a passo, o
cálculo utilizado em uma das lajes, adotando uma determinada direção. Como
o procedimento é análogo para as outras lajes, apenas deixaremos exposto os
resultados em tabelas.

Laje de fundo
Para o momento fletor em X (positivo)

Ke = 1,4 K: = 1,4 . 8,62 = 12,07 . /


96:
96e = = 1,78 +
1,4 ²

9:
9e = = 43,48 +
1,15 ²

20
f6e = 0,85. 96e = 1,52 +
²

Ke
ge = = 0,05 ≥ g-AB = 0,372
3. h ! . f6e

i = 1,25'1 − j1 − 2ge = 0,065

Logo, a área de aço, da laje de fundo, considerando o momento fletor


positivo, agindo na direção “X”, é igual a :
f6e
k\ = 0,8. i. 3. h
9e

1,52
k\ = 0,8. 0,065. 100. 12,5. = 2,28 ²
43,48

Faz-se necessário realizar o mesmo procedimento para todos os


momentos atuantes nas direções perpendiculares, assim, com o auxílio do
software Excel, obtivemos os seguintes resultados:

Tabela 1-Dimensionamento das armaduras para laje de fundo

Laje de Fundo
Mx+ Mx- My+ My-
Mk 8,62 17,96 2,73 12,81
Md 12,068 25,144 3,822 17,934
Fck 2,5 2,5 2,5 2,5
Fyk 50 50 50 50
Fcd 1,78571 1,78571 1,78571 1,78571
Fyd 43,4783 43,4783 43,4783 43,4783
d 12,5 12,5 12,5 12,5
σcd 1,51786 1,51786 1,51786 1,51786
µd 0,05088 0,10602 0,01612 0,07562
ζ 0,06531 0,14041 0,02031 0,0984
As 2,28008 4,9018 0,70901 3,43505
As Adot 2,28008 4,9018 2,25 3,43505
AsTot 6,72623 14,4603 11,025 16,8318

21
Determinando o número de barras, o diâmetro, e o espaçamento das
armaduras positivas em cada direção temos:

Para a direção “X”:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 8,0 

Número de barras: n= 19 barras

Espaçamento entre barras: s= 20 cm

Para a direção “Y”:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 8,0 

Número de barras: n= 24 barras

Espaçamento entre barras: s= 19,8 cm

Laje de tampa

Tabela 2-Dimensionamento das armaduras para laje de tampa

Laje de Tampa
Mx+ Mx- My+ My-
Mk 3,6 3,28 1,47 2,35
Md 5,04 4,592 2,058 3,29
Fck 2,5 2,5 2,5 2,5
Fyk 50 50 50 50
Fcd 1,78571 1,78571 1,78571 1,78571
Fyd 43,4783 43,4783 43,4783 43,4783
d 12,5 12,5 12,5 12,5
σcd 1,51786 1,51786 1,51786 1,51786
µd 0,02125 0,01936 0,00868 0,01387
ζ 0,02685 0,02444 0,01089 0,01746
As 0,93743 0,85327 0,38033 0,60962
As Adot 2,25 2,25 2,25 2,25
AsTot 6,6375 6,6375 11,025 11,025

Determinando o número de barras, o diâmetro, e o espaçamento das


armaduras positivas em cada direção temos:

Para a direção “X”:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 8,0 

22
Número de barras: n= 14 barras

Espaçamento entre barras: s= 20 cm

Para a direção “Y”:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 8,0 

Número de barras: n= 36 barras

Espaçamento entre barras: s= 13,2 cm

Paredes 01 e 02

Tabela 3-Dimensionamento das aramaduras para a parede 01 e 02

Paredes 01 e 02
Mx+ Mx- My+ My-
Mk 3,79 9,21 1,45 5,6
Md 5,306 12,894 2,03 7,84
Fck 2,5 2,5 2,5 2,5
Fyk 50 50 50 50
Fcd 1,78571 1,78571 1,78571 1,78571
Fyd 43,4783 43,4783 43,4783 43,4783
d 12,5 12,5 12,5 12,5
σcd 1,51786 1,51786 1,51786 1,51786
µd 0,02237 0,05437 0,00856 0,03306
ζ 0,02829 0,06991 0,01075 0,04203
As 0,98748 2,44075 0,37513 1,46723
As Adot 2,25 2,44075 2,25 2,25
AsTot 6,075 6,59003 11,025 11,025

Determinando o número de barras, o diâmetro, e o espaçamento das


armaduras positivas em cada direção temos:

Para a direção “X”:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 6,3 

Número de barras: n= 20 barras

Espaçamento entre barras: s= 12,8 cm

Para a direção “Y”:

23
Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 6,3 

Número de barras: n= 36 barras

Espaçamento entre barras: s= 13,2 cm

Paredes 03 e 04

Tabela 4-Dimensionamento das armaduras para as paredes 03 e 04

Paredes 03 e 04
Mx+ Mx- My+ My-
Mk 2,08 6,07 1,92 4,77
Md 2,912 8,498 2,688 6,678
Fck 2,5 2,5 2,5 2,5
Fyk 50 50 50 50
Fcd 1,78571 1,78571 1,78571 1,78571
Fyd 43,4783 43,4783 43,4783 43,4783
d 12,5 12,5 12,5 12,5
σcd 1,51786 1,51786 1,51786 1,51786
µd 0,01228 0,03583 0,01133 0,02816
ζ 0,01544 0,04562 0,01425 0,03571
As 0,53914 1,5927 0,49743 1,24656
As Adot 2,25 2,25 2,25 2,25
AsTot 6,6375 6,6375 6,075 6,075

Determinando o número de barras, o diâmetro, e o espaçamento das


armaduras positivas em cada direção temos:

Para a direção “X”:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 6,3 

Número de barras: n= 22 barras

Espaçamento entre barras: s= 11,6 cm

Para a direção “Y”:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 6,3 

Número de barras: n= 20 barras

Espaçamento entre barras: s= 14,0 cm

24
Dimensionamento das Armaduras negativas

O dimensionamento das armaduras negativas é feito, usando como


momento de cálculo, o momento de compatibilização encontrado, assim sendo,
para as ligações da estrutura temos:

Ligação Entre Parede 01 e 02 e Fundo

Como já calculado nos itens anteriores, o momento de compatibilização


a ser adotado na ligação entre as paredes 01 e 02 e a laje de fundo é dado por:

Ke = 1,4 K: = 1,4 . 14,37 = 20,12 . /


96:
96e = = 1,78 +
1,4 ²

9:
9e = = 43,48 +
1,15 ²

f6e = 0,85. 96e = 1,52 +


²

Ke
ge = = 0,085 ≥ g-AB = 0,372
3. h ! . f6e

i = 1,25'1 − j1 − 2ge = 0,111

Logo, a área de aço, da laje de fundo, considerando o momento fletor


positivo, agindo na direção “X”, é igual a :
f6e
k\ = 0,8. i. 3. h
9e

1,52
k\ = 0,8. 0,111. 100. 12,5. = 3,88 ²
43,48

Assim, para tal ligação, teremos a seguinte armadura:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 8,0 

25
Número de barras: n= 38 barras

Espaçamento entre barras: s= 12,5 cm

Ligação entre Paredes

Como já calculado nos itens anteriores, o momento de compatibilização


a ser adotado na ligação entre as paredes 01 e 02 e as paredes 03 e 04 é dado
por:

Ke = 1,4 K: = 1,4 . 5,84 = 8,18 . /


96:
96e = = 1,78 +
1,4 ²

9:
9e = = 43,48 +
1,15 ²

f6e = 0,85. 96e = 1,52 +


²

Ke
ge = = 0,034 ≥ g-AB = 0,372
3. h ! . f6e

i = 1,25'1 − j1 − 2ge = 0,043

Logo, a área de aço, da laje de fundo, considerando o momento fletor


positivo, agindo na direção “X”, é igual a :
f6e
k\ = 0,8. i. 3. h
9e

1,52
k\ = 0,8. 0,043. 100. 12,5. = 1,5 ²
43,48

Assim, para tal ligação, teremos a seguinte armadura:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 6,3 

Número de barras: n= 13 barras

Espaçamento entre barras: s= 20 cm

26
Ligação entre Laje de Fundo e Parede 03 e 04

Como já calculado nos itens anteriores, o momento de compatibilização


a ser adotado na ligação entre as paredes 03 e 04 e a laje de fundo é dado por:

Ke = 1,4 K: = 1,4 . 10,31 = 14,43 . /


96:
96e = = 1,78 +
1,4 ²

9:
9e = = 43,48 +
1,15 ²

f6e = 0,85. 96e = 1,52 +


²

Ke
ge = = 0,061 ≥ g-AB = 0,372
3. h ! . f6e

i = 1,25'1 − j1 − 2ge = 0,08

Logo, a área de aço, da laje de fundo, considerando o momento fletor


positivo, agindo na direção “X”, é igual a :
f6e
k\ = 0,8. i. 3. h
9e

1,52
k\ = 0,8. 0,08. 100. 12,5. = 2,8 ²
43,48

Assim, para tal ligação, teremos a seguinte armadura:

Diâmetro adotado para as barras: ∅ = 6,3 

Número de barras: n= 25 barras

Espaçamento entre barras: s= 11 cm

27
Detalhamento das Armaduras

O detalhamento de todas as aramaduras, seguem anexadas ao


memorial, assim como o corte, planta baixa e o quadro de aço a ser utilizado

Conclusão

O presente trabalho, colaborou de forma significativa para que


pudéssemos entender todo o processo de dimensionamento de um
reservatório elvado, estando sempre atentos aos pré-requisitos de norma, e às
condições de execução.

28
ANEXO

29
Quadro de aço
COMPRIMENTO
AÇO POS BIT( mm) QUANT
UNIT(cm) TOTAL(cm)
Parede 01 = Parede 02
50 7 6.3 2 495 990
50 8 6.3 36 495 17820
50 10 6.3 76 265 20140
Parede 03= Parede 04
50 5 6.3 2 300 600
50 6 6.3 20 300 6000
50 9 6.3 50 285 14250
Lajes e ligações de canto
50 1 8.0 24 495 11880
50 2 8.0 14 300 4200
50 3 8.0 36 595 21420
50 4 8.0 36 400 14400
50 9 6.3 50 265 13250
50 10 6.3 76 265 20140

Resumo Aço CA-50

AÇO BIT(mm) COMP (cm) PESO Kg

50 6.3 93190 232,975

50 8.0 51900 129,75

Peso total do Aço 362,725

30

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