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1 - O disposto na presente lei aplica-se apenas aos processos iniciados a partir da data da
sua entrada em vigor, bem como aos processos que, nessa data, estejam pendentes nos
cartórios notariais mas sejam remetidos ao tribunal nos termos do disposto nos artigos 11.º a
13.º;
O art. 1083º CPC dita que a competência para tramitar os processos de inventário
cabe aos «tribunais judiciais ou nos cartórios notariais» (nº 1 e 2), porém, será da
exclusiva competência dos tribunais judiciais os casos previstos no 1083º/1 CPC.
Quanto à alínea a) deste, é-nos dito que «O processo de inventário é da competência
exclusiva dos tribunais judiciais: a) Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n.º 2 do
artigo 2102.º do Código Civil». Por remissão deste artigo para o 2102º CC, temos
portanto que «2 - Procede-se à partilha por inventário: b) Quando o Ministério Público
entenda que o interesse do incapaz a quem a herança é deferida implica aceitação
beneficiária; c) Nos casos em que algum dos herdeiros não possa, por motivo de ausência
em parte incerta ou de incapacidade de facto permanente, intervir em partilha realizada
por acordo.». Assim, tendo em conta este artigo, será então da competência dos
tribunais judiciais a tramitação deste processo (deserdação de Geórgia por Florindo). É
de igual importância salientar que se o processo for instaurado no cartório notarial sem
a concordância de todos os interessados, o mesmo é remetido para o tribunal judicial
se tal for requerido, até ao fim do prazo de oposição, por interessado ou interessados
diretos que representem, isolada ou conjuntamente, mais de metade da herança
(1083º/3 CPC).
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autor e no lugar do último domicílio dele.» (2031º CC), sendo este, o «lugar da sua
residência habitual» (82º/1 CC).
No 2101º/1 CC está previsto quem pode exigir a partilha, ou seja, quem pode
requerer inventário. «Qualquer co-herdeiro ou o cônjuge meeiro tem o direito de
exigir partilha quando lhe aprouver».
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Porém, não cumpre os pressupostos da vocação sucessória (não pode aceitar a
herança nem existia à data da abertura da sucessão, é pré-falecido - 2032º CC).
Porém, F deixa 2 filhos sobrevivos (H e G). Cumpre então verificar se estão
cumpridos os requisitos para o direito de representação (serem descendentes do
herdeiro falecido, este herdeiro não pode aceitar a herança e, sendo em linha reta,
que seja a favor dos descendentes de filho do autor da sucessão- 2039º e ss e
2042º CC).
No entanto, é-nos dito que G fora deserdada por F. Porém isso não implica que
não possa suceder na herança do avô A, mas somente na herança do pai F, pois só
é incapaz em relação a este (2166º e 2043º CC).
Dá-se que, ao não ter interesse direto, não terá consequentemente legitimidade
para requerer o processo de inventário (1085º/1/a) CPC).
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requerente do inventário ou pelo cabeça de casal, contando-se o prazo, quanto ao
requerente, da notificação referida no n.º 3 do artigo 1100.º e, quanto ao cabeça de
casal, da citação efetuada nos termos da alínea b) do n.º 2 do mesmo artigo.» (1104º/2
CPC). Caso esta oposição seja deduzida, são notificados os interessados, podendo
responder, em 30 dias, aqueles que tenham legitimidade para se pronunciar sobre a
questão suscitada (1105º/1 CPC)- contraditório. Isto levará portanto a uma certidão de
sentença judicial da indignidade.