QUESTÕES DE FINANCEIRO – 2ª AVALIAÇÃO

1. Dona Ângela servidora pública aposentada ganhou um processo contra Estado da Ba no valor de
200.000, diferença de proventos dos últimos anos . Pagamento requisitado pelo juiz da causa TR em
OUT/16. No exercício 2017, seu adv. Descobre que o Estado da BA acaba de pagar em set/17 uma
condenação judicial devido a uma empresa (Amigos do Rei LT) no valor de 150.000, referente à
indenização por quebra de contrato , cujo pagamento foi requisitado pelo juiz Pr. do TR foi em
Ago/15. Indignado e afirmando que o crédito de sua cliente tem preferencia , requer o adv. a
caracterização de preterição no pgt°, com sequestro do valor devido. O Presidente do Tribunal deve
acolher ou não o pleito? Deve rejeitar o pleito - de fato Dona Ângela tem direito ao
precatório alimentar, antes dos regulares conforme- Art. 100 §1º CF/88 que indica
esta preferência, porém o recebimento do precatório deve ocorrer dentro do
exercício de inclusão orçamentária da requisição do pagamento , art. 100, 5º CF
e no caso dela com a requisição se deu out/16 e o orc. Fecha até 30/06, este será
incluído no exercício( 2017, para pagamento até 12/18 . Quanto ao crédito da
empresa com a requisição QUE ocorreu em ago/15, será incluído no ORC 2016 e
receberá durante o exercício de 2017, portanto, ( antes de Angela ). Assim não
justifica a representação.

2. Dona Ângela servidora pública aposentada ganhou um processo contra p Estado da Ba no valor de
200.000, diferença de proventos dos últimos anos. Pagamento requisitado pelo juiz da causa TR em
OUT/17. No início 2018, seu adv. Descobre que o Estado da BA acaba de pagar em jun/18 uma
condenação judicial devido a uma empresa (Amigos do Rei LT) no valor de 150.000, referente à
indenização por quebra de contrato , cujo pagamento foi requisitado pelo juiz Pr. do TR em FEV/17.
Indignado e afirmando que o crédito de sua cliente tem preferência , requer o adv. a caracterização de
preterição no pgt°, com sequestro do valor devido. O Presidente do Tribunal deve acolher ou não o
pleito? Deve rejeitar o pleito - Ângela tem direito ao precatório alimentar, antes dos
regulares - Art. 100 §1º CF/88, indica esta preferência. O recebimento do
precatório e a preferencia deve ocorrer dentro do exercício de inclusão ORC da
requisição de pagamento , cf. art. 100, 5º CF No caso de - Ângela como a
aquisição se deu após jun /2017 este será incluído para o exercício /orçamento
de 2019). Quanto ao crédito da empresa , como a requisição foi de FEV/17,
receberá durante o exercício/ orc de 2018,, portanto antes do precatório de D.
Ângela - assim não justifica a representação por não ter havido preterição de
pagamento.

3. A servidora Marlene dos santos teve em seu favor requisitado um precatório no valor de R$ 100.000,00
em abril de 2015, referente a diferenças de vencimentos recebidos em função do cargo público.
Durante o exercício de 2016, ela tem notícia de que a empresa Construções LTDA já recebeu o valor de
R$ 200.000,00, referente a um precatório requisitado em janeiro de 2015, enquanto ela ainda aguarda
o pagamento. Manifesta sua revolta ao Tribunal de Justiça sobre esse fato. Responda: Está correta
Marlene dos Santos em efetuar tal reclamação? Admitindo que ela esteja correta, qual a medida a ser
adotada pelo Tribunal de Justiça? A) E procedente a reclamação, pois ocorreu preterição
de precatório alimentar em relação ao regular da empresa que não tem esse
caráter- vedado pela CF 88-art.100,§1º - Como os dois foram requisitados no 1º
semestre 2015, incluídos para pgto 2016 ambos devem ser executados até o final
do exercício financeiro , sendo que o alimentar deveria ser pago primeiro que o da
empresa , (B) A medida a ser adotada é o sequestro de verbas , conforme CF 88-
art.100,§1º, pelo Presidente do Tribunal, ouvindo o Ministério público.
4. O Estado BA arrec. 5 milhões Taxa de Vistoria Veículos ( 20% melhoria rodovias) e 20% ao fundo de
transporte publico intermunicipais . O Estado em atenção ao princípio da unidade de caixa , deposita
os valores de sua disponibilidade conta no Bradesco., garante, pelo controle do ORC e da
movimentação financeira que estes percentuais sejam utilizados para finalidade específica . O
procedimento é correto, a se for o caso quais equívocos existentes? Há 2 erros de procedimento
: a)A disponibilidade de caixa dos entes federados devem ser depositados em
instituição financeiro oficial e não privada - cf. art. 164,§3º CF e art. 43 da LC
101/2000; b) Os valores afetados aos fundos públicos , cf. art. 71-lei 4320/64 - e
art. 167, IX- CF/88- devem ser depositados em conta própria, distinta da conta
única.

5. Ocorre durante o exercício financeiro , necessidade de realização de despesa decorrente de evento

imprevisto . Observada a estrutura do ORC : (a) que estrutura do ORC deve ser usada prioritariamente
como fonte/indicação rec para finan dessas despesas ? (B) onde deve está previsto este instrumento?
(C) Onde deve disciplinar forma e montante de utilização? A fonte de financiamento dos
eventos imprevistos é a Reserva de Contingência , conforme LRF -101/2000 - art. 5
-III . Ela ser fixada na LOA como dotação ORC global e sua forma de utilização e
montante deve se disciplinada na LDO

6. O Estado do Rio Grande do Sul decide vender seu banco estadual, o BANRISUL, por um valor mínimo
de R$ 1.500.000.000,00(um bilhão e quinhentos milhões de reais). Para atrair compradores, estabelece,
no edital de leilão que (1) independente de quem seja o adquirente, as disponibilidades de caixa do
estado do RS permanecerão depositadas no banco, por um período mínimo de 10(dez) anos; e (2) os
servidores e fornecedores do estado do RS continuarão sendo pagos mediante depósito em contas
mantidas no banco, por um período mínimo de 05(cinco) anos. Analise a possibilidade jurídica da
existência dessas condições no edital. Possibilidade não deve ser adotada por ser
inconstitucional - pois as disponibilidadedes de Caixa devem observar o dispostos
no Art. 164.§3ºCF + 43 LRF - As disponibilidades de Caixa dos Estados e DF
devem permanecer em instituição financeira oficial. 2) Quanto aos servidores
considerando a possibilidade de portabilidade a FOPAG poderá ser negociada com
qualquer instituição financeira; mas em relação ao fornecedores do Estado
também devem ser pagos pela instituição financeira oficial - que mantem a conta
única da disponibilidade de caixa.

7. A LOA 2108 de Camaçari dotação Orçamentária para aquisição computadores 250.000 , além de
suplementos de créditos de 10% de sua dotação. Necessidade de adquirir 300.000 em computadores e
50,000 em impressoras. Como deve proceder a Fazenda Municipal? O Município Camaçari
deverá efetivar/autorizar 300.000 (computadores ) ;abrir crédito adicional ,
modalidade suplementar , cf. art. 40 e art 41- I da lei 43229/64 , para reforço da
dotação ORC no valor de 25.000. Existe dotação de 250.000 na LOA e autorização
de suplementação de 25000 (50% da dotação da LOA, por isso já existe
autorização legal suplementação em até mais 25.000 - os outros 25.000 ( não
sendo indicado despesa imprevisível ou urgente , deve ser autorizada por lei
especifica - via crédito suplementa - Aet. 41 - lei 43229/64, devendo indicar a
fonte de recurso cf. art .43 LGO e demais requisitos art 42 a 46 dessa lei , bem
como art. 167-V e §2º CF88, sendo exigido previa autorização por lei específica
que indique a origem dos recursos;

8. Relativamente à receita recorrente da contratação de operação de crédito pelo Estado junto a

instituição financeira, para pagamento em 03(três) anos, classifique, conceituando a categoria na qual
ela se enquadra (ou seja, ao indicar em qual das categorias ela se enquadra, defina esta categoria), em
 (A) Corrente ou de capital, indicando a sub categoria econômica; (B) Orçamentária ou extra-
orçamentária; (C) efetiva ou não efetiva; e (D) intra-orçamentária ou não intra-orçamentária. Trata-
se de receita decorrente de contratação de empréstimos de Longo Prazo: A)
Receita de Capital - deriva de geração de um passivo - subcategoria operações de
crédito; (B) Receita Orçamentária pois a receita resultante deve ter previsão
orçamentária - sendo no mínimo registrada na execução ORC, se arrecadada e
recolhida; (C) Receita Não efetiva - pois não aumenta o patrimônio líquido -
(geração de passivo - é uma dívida - refere-se a recursos pecuniários; e (D) Receita
Não- orçamentária- pois não decorre de movimentos financeiros entre pessoas ou
órgãos integrantes do mesmo orçamento e mesma esfera de governo.
9. A empresa E DEUS LTDA prestou serviço de vigilância e limpeza prestou serviço ao Est BA entre 2016
e 2018 - ocorre que o Est BA não fez os empenhos de 2016, 2017 e 2018, uma parcela do contrato em
cada ano, não fez o pagamento, mas liquidou os empenhos , De acordo a legislação estadual deve os
empenhos ser inscritos com restos a pagar , apenas os processados. Como deve proceder o Est da Ba
para pagar os valores devidos de todos os exercícios em 2108. A despesa A (2016) mesmo que
liquidada e inscrita nos Restos a Pagar - ex,2017, teve o empenho cancelado ao
final deste exercício e por isso para ser paga em 2018 - deve ser objeto de novo
empenho e ter dotação específica no ORC vigente, em regra Despesas Ex.
Anteriores - cf. art.37 - LGO , com liquidação antes do efetivo exercício. A despesa
B (2017) tendo sido liquidada é Restos a Pagar , processado e por isso pela
Legislação Estadual , pode ser inscrita em Restos a Pagar , caso deseja pagar a
despesa no Exer. 2018, deve se fazer a quitação dos Restos a Pagar , quer será
despesa extraorçamentária do exercício registra no mov. de caixa . A despesas
C(2018) é empenho de dotação para o ORC vigente, devendo ser objeto de
liquidação e pagamento pelo procedimento usual de execução de despesas - cf.
art. 58 a 65 da LGO

10.Relativamente á receita decorrente da venda de um bem imóvel pelo Estado a um particular,

classifique, conceituando a categoria na qual ela se enquadra(ou seja, ao indicar em qual das
categorias ela se enquadra, defina apenas essa categoria correspondente a esta receita), em (A)
corrente ou de capital, indicando a subcategoria econômica; (B)Orçamentária ou extra-orçamentária;
(C) efetiva ou não efetiva; e (D) intra-orçamentária ou não intra-orcamentária. A receita resultante
de venda de um imóvel público é (A) de capital, por derivar da perda de um
elemento patrimonial, da subcategoria alienação de bens e direitos;
(B)orçamentária, já que a receita resultante deve ter, em regra, previsão
orçamentária e, no mínimo, ser registrada na execução orçamentária, uma vez
arrecadada e recolhida;(C) não efetiva, já que não aumenta o patrimônio público,
resultando apenas na permuta de elemento patrimonial imóvel por recursos
pecuniários; e (D) não intra-orçamentária, já que não decorre de movimentos
financeiros entre pessoas ou órgãos integrantes do mesmo orçamento e mesma
esfera de governo.

11.O servidor público federal RICARDO REIS, lotado no Ministério do Planejamento e gestão, recebe o
valor de R$ 10.000,00(dez mil reais) da Administração Pública para aquisição de peças para
manutenção do sistema de ar-condicionado dos prédios públicos e, R$ 5.000,00(cinco mil reais) para
compra de filtros novos para os aparelhos. Responda, nesta hipótese: (a) Quando ocorrerá o empenho
da despesa pública; e (B) se é possível que RICARDO REIS, nesta situação, receba outra incumbência,
lhe sendo entregue mais R$ 2.000,00(dois mil reais) para compra de gás de refrigeração para reposição
do escape do produto nos aparelhos de ar-condicionado. Trata-se do regime de execução da
despesa pública por adiantamento, na forma dos artigos 68 e 69 da lei federal
4.230/64(LGO), pelo qual um servidor público recebe numerário do Poder Público
 para efetuar determinado gasto, em nome do Estado, devendo posteriormente
prestar contas do ocorrido ou devolver os valores não utilizados. Nesses termos,
(A) o empenho deverá ocorrer antes da entrega do numerário ao servidor
responsável pela execução da despesa (artigo 68 da LGO) e, (B) não é possível que
RICARDO REIS funcione em outro regime de adiantamento nesse momento, já que
possui dois adiantamento em aberto, o que é vedado pelo artigo 69 da LGO.

12. O Estado da Bahia, em dezembro de 2015, possui as seguintes despesas, em diferentes estágios de
realização:
a) Pagamento de fornecimento de peças de vestuário pra a Guarda Municipal, no valor de R$
1.000.000,00(um milhão de reais), já tendo o empenho e a liquidação;
b) Pagamento de fornecimento de gasolina para os veículos da TRANSALVADOR no valor de R$
500.000,00(quinhentos mil reais), já tendo ocorrido apenas o empenho.

Sabendo que a legislação municipal determina que apenas serão objeto de inscrição os Restos a Pagar
processados, indique como deveria proceder o Município de Salvador para, desejando efetuar estes
pagamentos no exercício de 2016, realizar as despesas. a) Pagamento Vestuário tendo ocorrido
empenho e liquidação pode ser inscrita no Restos a Pagar - cf. LGO, art.36; quanto a
despesa (b)- não tendo ocorrido o empenho trata-se de despesa não processada, e de
acordo legislação estadual não pode ser inscrita no Restos a Pagar, devendo o
empenho ser cancelado no final do exercício. Para efetuar o pagamento da despesa A
em 2015 - deve quitar os restos a pagar - despesa extraorçamentária do exercício
com registro no movimento de caixa . Quanto a B deve ser objeto de novo empenho
em dotação específica no Orçamento vigente - que será despesa de exercícios
anteriores - cf art. 37 LGO - devendo ser liquidado antes do pagamento.

13. O Produto Interno Bruto(PIB) do Brasil apresenta, por 15(quinze) meses consecutivos, crescimento de
apenas 0,4(quatro décimos por cento). O Poder Executivo do estado da Bahia constata então que seu
gasto com pessoal representava 52%(cinquenta e dois por cento) da receita corrente líquida do ente
federativo. Após o transcurso de dois quadrimestres, permanecendo esse quadro inalterado, a União
Federal se recusou a repassar ao estado valores relativos a um convênio para construção de uma ponte
sobre o rio São Francisco, gerenciado pelo Ministério da Integração Nacional, sob argumento de que
havia sido violado o limite de despesas com pessoal. Na tentativa de solucionar a questão, o executivo
estadual procedeu à redução dos vencimentos dos ocupantes de cargos de comissão em 30%(trinta por
cento), bem como cortou 50(cinquenta) funções de confiança. Responda, de modo justificado:
a) A União agiu corretamente ao suspender a transferência de recursos? Agiu corretamente.
Inicialmente, registre-se que não se trata de transferência para educação,
saúde ou assistência social, o que exclui a aplicação do parágrafo terceiro do
artigo 25 da LRF. Além disso, pode-se constatar que, em função do baixo
crescimento do PIB, o prazo para reenquadramento no limite máximo de gastos
com pessoal foi duplicado, conforme artigo 66 da LRF. Ocorre que deveria
então ter sido reduzido pelo menos 1/3 do excesso nos dois primeiros
quadrimestres, conforme caput do artigo 23 da LRF, mas isso não ocorreu.
Deste modo, correta a aplicação da sanção de suspensão da transferência
voluntária, conforme inciso I do parágrafo terceiro do artigo 23 da LRF.
b) O Poder executivo do estado da Bahia procedeu de modo correto ao rentar reduzir os gastos? Não
procedeu, pois não é possível a redução de vencimentos mesmo dos ocupantes
de cargos em comissão, conforme o STF na ADIN 2238, na qual foram
suspensos os parágrafos primeiro e segundo do artigo 23 da LRF. Devem ser
cortados pelo menos 20%(vinte por cento) dos custos, mas não por meio de
redução de vencimentos e/ou redução de jornada.
14.O tribunal de Constas constata que o município de Tabocas do Brejo nunca instituiu, por lei, o imposto
Municipal sobre Serviços(ISSQN), nem a Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar, e, por isso, nunca os cobrou.
Partindo dessa informação, a União Federal interrompe o repasse ao Município de verbas
voluntariamente transferidas em função de dois convênios, um (a) para construção de escolas públicas
e outro(b) para construção de uma ponte sobre o rio que corta a cidade. Responda, de modo
justificado, se agiu corretamente a União. O município descumpriu o artigo 11 da LRF, ao
não promover a plena exploração de seus tributos, e, por isso, já que um dos
tributos não instituído é um imposto(ISSQN), incide a sanção institucional do
parágrafo único do artigo 11 da LRF, que é exatamente a vedação ao recebimento
de transferências voluntárias. O corre que, de acordo com o parágrafo terceiro do
artigo 25 da LRF, essas sanções não se aplicam quando as transferências forem
nas áreas de educação, saúde e assistência social. Desse modo, a União pode
suspender o repasse para a construção da ponte(ítem B); mas não aquele para a
construção das escolas públicas(ítem A).

15. O município de Salvador, em dezembro de 2016, possuía as seguintes despesas, em diferentes estágios
de realização:
a) Pagamento de fornecimento de peças de vestuário pra a Guarda Municipal, no valor de R$
1.000.000,00(um milhão de reais), já tendo o empenho e a liquidação;
b) Pagamento de fornecimento de gasolina para os veículos da TRANSALVADOR no valor de R$
500.000,00(quinhentos mil reais), já tendo ocorrido apenas o empenho.

Sabendo que a legislação municipal determina que apenas serão objeto de inscrição os Restos a Pagar
processados, indique como deveria proceder o Município de Salvador para, desejando efetuar estes
pagamentos no exercício de 2017, realizar as despesas. A) Como essa despesa teve empenho
e liquidação pode ser inscrita em Restos a pagar - processados cf. Art 36 LGO. B)
Com essa despesa B trata-se de empenho (despesa) não processado que de
acordo a legislação do Estado , não pode ser inscrita em restos a pagar , cujo
empenho deve ser cancelado no final do exercício. Para efetuar o pagamento da
despesa item (A), ano 2107, deve ser providenciada a quitação dos Restos a Pagar,
como despesa extraorçamentária do exercício, registrada no movimento de
caixa . Quanto a Despesa (B) deve ser objeto de novo empenho , registrado em
dotação específica do orçamento vigente - que em regra dever ser por Despesas
de Exercícios Anteriores , cf. ART. 37, LGO - Sendo que antes do efetivo
pagamento, deve ser liquidado.

16. A União Federal, em Agosto/2017, como medida de incentivo á economia e combate a recessão,
resolveu conceder isenção parcial do Imposto de Renda às instituições financeiras, benefício não
extensível aos demais contribuintes. Feita a análise preliminar dos efeitos sobre a arrecadação,
constata-se que a perda de arrecadação não terá impacto nas metas fiscais, até porque já foi planejada
quando da previsão de receita na LOA.
a) Quais medidas devem acompanhar o ato de criação da isenção? A isenção de Imposto de
Renda se enquadra no conceito de receita, de acordo como parágrafo
primeiro do artigo 14 da LRF. No caso posto, sendo possível a demonstração
de que a isenção não comprometerá as metas fiscais nem a estimativa de
receita(inciso 1 do artigo 14 da LRF), não há necessidade de que a isenção
seja acompanhada de medidas de compensação, por aumento de receita
tributária(inciso II do artigo 14 da LRF); por isso, além dos eventuais
requisitos da LDO, deve ser acompanhada da estimativa dom impacto
 orçamentário-financeiro naquele exercício e nos dois seguintes, bem como
demonstrativo do quanto acima exposto.
b) Admitindo que se institua, ao mesmo tempo que a isenção, o Imposto Federal sobre Grandes
Fortunas(artigo 153, VII, CF-88), que gerará receita equivalente à perda de arrecadação com a
isenção, e que esse novo imposto só passa a valer(só possa ser cobrado) em Janeiro/2018,
quando poderá começar a ter vigência a isenção parcial: Agosto/17, janeiro/18 ou Julho/18?
Não sendo o caso de adoção de medidas de compensação, igualmente
desnecessário que a renúncia de receita só inicie seus efeitos em conjunto
com o início da vigência de eventual medida de compensação, de acordo
com o parágrafo segundo do artigo 14 da LRF, pois isso só se aplica aos
casos de incidência do inciso II do artigo 14 da LRF, que, como visto, não é o
presente caso. A renúncia, aqui, vale imediatamente, em AGOSTO/2017.

17. O Presidente da República, no ano de 2010, ordenou as seguintes despesas: 1) Aumento dos
vencimentos dos servidores, em fevereiro; 2) aquisição de imóvel para instalação e funcionamento da
Secretaria Nacional dos Portos, em janeiro; 3) aumento do capital afetado a empresa de exploração da
atividade econômica de prospecção, refinamento e comércio de petróleos e derivados, em março.
Responda, de modo justificado, levando em conta que 2010 foi o último ano do mandato presidencial:
a. No caso 1, se a despesa está de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal;
O aumento dos servidores em fevereiro é possível, desde que
respeitados os requisitos do artigo 21 da LRF, já que o limite temporal
engloba apenas os últimos 180 dias do mandato (parágrafo único do
artigo 21 da LRF).
b. Nos casos 3 e 2, como podem ser classificadas estas despesas, de acordo com a sua
categoria econômica e grupo de natureza de despesas.
A classificação das despesas públicas em função da categoria
econômica e grupo de natureza é dada pelo artigo 12 da lei federal
4.320/64 e pela portaria 163/2001. No caso (2) a aquisição de imóvel é
despesa de capital, suja natureza de despesa é Investimento (quando se
destina à compra de imóveis, art. 12, §4°, LGO); no caso (3) temos um
aumento de capital afetado à empresa que visa a objetivos comerciais, é
uma despesa de capital, cuja natureza da despesa é uma Inversão
financeira (art. 12, §5°, LGO)

18. Levando em conta as receitas públicas dos seguintes tipos: (a) produto de venda de um imóvel público
e (b) valor recebido em função de empréstimo público:
a. Indique, de modo fundamentado, qual a classificação dessas receitas em função da
categoria econômica e origem.
a) produto de venda de um imóvel público => trata-se da categoria
econômica “receita de capital”, de origem em Alienação de bens,
por se tratar de uma operação de venda de um patrimônio (gera
permuta do elemento patrimônio imóvel por recursos
pecuniários).
b) valor recebido em função de empréstimo público => trata-se da
categoria econômica “receita de capital”, cuja origem é
Operação de crédito, quando se contrata uma dívida (29,III, LRF e
art. 11, §2°, LGO)
b. Conceitue e distinga receitas efetivas e não efetivas, indicando ainda o enquadramento
nesta classificação, dos dois tipos de receita descritos no enunciado.
As receitas efetivas são representadas pelos ingressos de recursos
financeiros de natureza orçamentária, em que percebemos o aumento no
 patrimônio líquido público. As receitas correntes, na sua maioria, estão
relacionadas com as modificações quantitativas do patrimônio
(aumentam a situação patrimonial).
As receitas não efetivas são representadas pelos ingressos de recursos
financeiros de origem orçamentária, que não provocam elevação do
patrimônio líquido, por serem oriundos de fatos permutativos. As receitas
de capital, em sua maioria, estão relacionadas às modificações
qualitativas do patrimônio, pois decorrem de fatos contábeis
permutativos.

19. A lei federal 4.320/64 que traz normas gerais sobre orçamento e balanços, prevê, no parágrafo
segundo do seu artigo 15, que será despesas com material permanente a compra de bens que durem
ao menos 02(dois) anos em condições de uso. A Presidência da República pretende alterar esse
conceito, definindo como material permanente apenas aqueles bens que duram menos de 04(quatro)
anos, por recomendação do Conselho Federal de Contabilidade. Que procedimento deve adotar para
realizar essa alteração?
No momento em que alterar a definição do conceito de material permanente como
aqueles que durem pelo menos 4 anos, estará definindo que o material de
consumo é aquele que dure até 4 anos (conceituação residual), e portanto,
aumentando a quantidade de itens que podem ser incluídas nas despesas de
custeio. E isso trará reflexos no orçamento, ao gerar aumento no custeio, e
reduzindo gastos com Investimento (pq agora dos itens de material permanente
uma parcela sairá deste conceito). Para que isso seja possível, será necessário
observar o atendimento ao disposto nos art. 17, LRF, e seus parágrafos §1° e 2°§,
bem como estar em conformidade com o art. 15, LRF.

20. O Estado da Bahia arrecadou R$ 10.000.000,00(dez milhões de reais) com a cobrança de taxa de
fiscalização do emplacamento de veículos. Desse montante, 10%(dez por cento) é destinado por lei ao
fundo de financiamento da melhoria de rodovias, e 10%(dez por cento) ao fundo de melhoria nos
transportes públicos intermunicipais. O Estado, em atenção ao princípio da unidade de caixa, deposita
esses valores na sua disponibilidade de caixa, em conta mantida junto ao BRADESCO, instituição
financeira privada, e garante, pelo controle de execução orçamentária e da movimentação financeira,
que esses percentuais sejam utilizados para suas finalidades específicas. Responda, de modo
justificado, se o procedimento está juridicamente correto ou não, indiciando, se for o caso, quais
equívocos existentes.
Já está respondida.
21. O município de Salvador, para pagamento de serviços de locação de mão de obra contratada com a
empresa TRABALHO CERTO, efetuou, em 25/09/2018, o empenho da despesa na dotação específica
existente na Lei Orçamentária Anual. Ocorrendo atraso no cumprimento do contrato, a respectiva
liquidação só se iniciou em 20/12/2018, sendo que, ao final de 2018, ainda não tinha sido concluída.
Admitindo-se que, por ato normativo municipal, no Município de Salvador, só sejam inscritos os restos
a pagar processados, indique, de modo fundamentado, como deverá proceder o Município de Salvador
para pagamento do objeto deste contrato durante o exercício de 2019.

O serviço prestado pela empresa trata-se de empenho (despesa) não processado,

uma vez que a etapa de liquidação não foi concluída. De acordo a legislação do
Estado, não pode ser inscrita em restos a pagar, desta forma o empenho deve ser
cancelado no final do exercício. Para efetuar o pagamento da despesa no ano
2109, deve ser objeto de novo empenho, registrado em dotação específica do
 orçamento 2019, que em regra, dever ser por Despesas de Exercícios Anteriores ,
cf. art. 37, LGO. E antes do efetivo pagamento, deve ser liquidado.

22. Identifique, para cada receita a seguir, sua categoria econômica, origem (desdobramento da categoria
econômica), se ela é efetiva ou não, e se possui natureza intra orçamentária ou não intra orçamentária,
justificando: (a) receita obtida com a cobrança do empréstimo compulsório; (b) Aporte financeiro da
União para pagamento de pessoal da UFBA; (c) receita proveniente do aluguel de área pública.
a) receita obtida com cobrança de empréstimo compulsório => confunde-se com a do
tributo, sempre se origina de fato cuja ocorrência faça nascer a obrigação de prestação, nos termos
da lei. Confunde-se com tributo porque em ambos há uma prestação pecuniária instituída por lei,
com caráter compulsório, e cuja satisfação independe de atividade discricionária do poder público.
Sendo restituído, o empréstimo não corresponde a uma receita pública, mas a simples ingresso. É
uma receita não efetiva, pois não há aumento líquido do patrimônio, e de natureza não
intraorçamentária, pois não corresponde a uma movimentação financeira de integrantes de um
mesmo orçamento em uma mesma esfera de governo.
b) O aporte de verbas da União para o custeio da UFBA trata-se de Transferência
para ente público, portanto integra a categoria econômica Receita corrente, de
origem Transferência. É uma receita efetiva, pois o aporte de verba aumenta o
patrimônio líquido; e de natureza intraorçamentária pois se trata de uma
movimentação dentro do mesmo orçamento em uma mesma esfera de
governo.

23. O Poder Executivo do Estado da Bahia constatou, ao final do terceiro quadrimestre de 2018, que estava
gastando 46% da receita corrente líquida com despesas de pessoal. Logo após, em fevereiro de 2019,
foram criados 18 novos cargos de auditor fiscal, por lei própria. Ao final do primeiro quadrimestre de
2019, se constatou que a despesa com pessoal passou para 50,3% da RCL, e, por isso, imediatamente, a
União se recusou a efetuar o repasse de uma transferência de recursos decorrente de um convênio
para a construção de casas populares. Sabendo ainda que, no período, ocorreu uma mudança brusca
na política monetária pelo Banco Central, responda, de modo justificado, se corretas: (a) a criação dos
cargos e (b) a negativa do repasse das verbas pela União.
Para o item a) a criação dos cargos atende os requisitos do art. 20, II, c, que
determina como limite para o Poder executivo 49% da RCL, estando, portanto,
abaixo. Ainda, 46% corresponde a 93,8% e, portanto, ainda abaixo do limite de
alerta do art. 22, parágrafo único, da LRF.
Já no item b) observamos que no quadrimestre seguinte, a despesa saltou para
50,3%, ou seja, um excesso de 1,3% e desta forma, fica enquadrado nas vedações
do art. 22, parágrafo único., cujo inciso IV veda o provimento de cargo público,
admissão e contratação de pessoal a qualquer título. Acontece que a União se
recusou de imediato a efetuar a transferência, sem observar o que estabelece o
art. 23, que concede prazo de 2 quadrimestres seguintes para eliminar o
percentual excedente, bem como o seu §3°,I que estabelece que somente não
receberá transferências voluntárias caso não cumpra o requisito do caput. Do art.
23, da LRF. Vale lembrar que o Poder executivo do Estado da Bahia, conforme art.
54, LFR tem que publicar o RGF no prazo do art. 55, §2°, que é de 30 dias após o
encerramento do período, onde iria demonstrar as medidas corretivas a serem
tomadas de ajuste. Mesmo porque a mudança brusca na política monetária do
BACEN tem impacto direto na arrecadação de receita (política expansionista ou
contracionista), e o reforço de auditores fiscais tem o papel de contribuir para
maior efetividade na arrecadação, conforme o art. 11, que é requisito essencial de
responsabilidade fiscal.
24. A servidora Marlene dos Santos teve em seu favor requisitado um precatório no valor de R$
100.000,00em abril de 2015, referente a diferença de vencimentos recebidos em função do cargo
público. Durante o exercício de 2016, ela tem notícia que a empresa Construções LTDA já recebeu o
valor de R$ 200.000,00, referente a um precatório requisitado em janeiro/2015, enquanto ela ainda
aguarda pagamento. Manifesta sua revolta ao Tribunal de Justiça sobre esse fato. Responda:
a. Está correta Marlene em efetuar tal reclamação? Já respondida
b. Admitindo que ela esteja correta, qual seria a medida a ser adotada pelo Tribunal de Justiça?
Já respondida.

25. O Estado de Minas Gerais, até o ano de 2001, mantinha o depósito de suas disponibilidades de caixa
no BANCO DE MINAS, instituição financeira controlada pelo próprio estado. Entendendo ser mais
vantajoso para as finanças públicas a alienação do banco para agentes privados,. Realizou leilão para
captar a melhor oferta possível pela instituição. Pretendendo atrair o maior número de interessados e
deixar mais atrativo o objeto da venda, para com isso melhorar o preço, incluiu o governo, no edital do
leilão, a previsão de que quem comprasse o BANCO DE MINAS teria direito a permanecer, após a
venda, por mais CINCO ANOS com o depósito do caixa público e com exclusividade para
pagamentos/recebimentos dos servidores e fornecedores do Estado, sendo que, após esse prazo, seria
feita uma licitação aberta a todos os interessados para decidir qual banco ficaria com o depósito e com
os pagamentos. Responda, de modo fundamentado, se existe algum equívoco no procedimento
adotado.

26. O Município de Salvador está obtendo, no exercício financeiro corrente, uma arrecadação de receitas
superior à prevista no orçamento em R$ 1.000.000,00(um milhão de reais). Além disso, a lei
orçamentária anual vigente traz autorização para suplementação em 50%(cinquenta por cento), de
todas as dotações orçamentárias constante no seu texto. Nesse quadro, as chuvas sazonais
ocasionaram a necessidade imprevista e urgente de realização de obras de contenção de encostas, no
valor de R$ 500.000,00(quinhentos mil reais), e de obras de infraestrutura no valor de r$
200.000,00(duzentos mil reais). Existe dotação orçamentária para a obra de contenção de encostas, no
valor de R$ 400.000,00(quatrocentos mil reais), mas a LOA não traz autorização para as despesas com
obras de infra-estrutura necessárias. Responda, de modo fundamentado, qual o melhor e mais rápido
modo de agir do município para realizar as duas obras necessárias ainda no exercício financeiro
corrente?
As obras referentes às encostas possuem dotação orçamentária de R$400 mil, e
ainda tem disponível autorização legal para o crédito suplementar de R$ 200mil, o
que é suficiente para cobrir tais gastos com as encostas. As obras de
infraestrutura, por sua vez não possui dotação orçamentária. Desta forma, em face
da situação imprevista e urgente, pode o município fazer-se valer de crédito
extraordinário (cf. art. 40 e 41, III), a ser aberto por meio de decreto do Poder
Executivo, e deverá cumprir os requisitos dos arts. 44 a 46 da LRF.

27. O município de Fim do Mundo, tendo previsto em seu orçamento anual uma receita, para o exercício,
de R$ 5.000.000,00(cinco milhões de reais), após o fracionamento desta em metas bimestrais constata,
ao final do segundo bimestre, que a receita efetiva está muito abaixo das metas fixadas e previstas.
Responda, de modo justificado:
a. Que medida deve ser adotada nessa situação? Limitação de empenho
b. Onde deve estar fixado o mecanismo a ser observado na adoção da medida? Na LOA
 c. É possível que esta medida envolva a redução dos vencimentos dos servidores estatutários do
município?
28. A lei federal 4.320/64 que traz normas gerais sobre orçamento e balanços, prevê, no
paragrafo segundo do seu artigo 15, que será despesas com material permanente a compra
de bens que durem ao menos 02(dois) anos em condições de uso. A Presidência da República
pretende alterar esse conceito, definindo como material permanente apenas aqueles bens que
duram menos de 04(quatro) anos, por recomendação do Conselho Federal de Contabilidade.
Que procedimento deve adotar para realizar essa alteração? Já foi respondida.

29. O produto Interno Bruto do Brasil(PIB) apresenta, por 15(quinze) meses consecutivos, crescimento de
apenas 0,4%(quatro décimos por cento). O Poder Executivo do Estado da Bahia constatou que o seu
gasto com pessoal representava 52%(cinquenta e dois por cento) da receita corrente liquida do ente
federativo. Após transcurso de dois quadrimestres, permanecendo esse quadro, a União federal se
recusou a repassar ao Estado valores relativos a um convênio para construção de quadras
poliesportivas, gerenciadas pelo Ministério dos Esportes, sob argumento de que havia sido violado o
limite de despesas com pessoal. Na tentativa de solucionar a questão, o Executivo Estadual procedeu a
exoneração de 45(quarenta e cinco) servidores estáveis, pagando aos mesmos indenização
correspondente a 01(um) vencimento por ano de serviço público. Dois anos depois resolvida a situação,
foram recriados os cargos ocupados por esses servidores e aberto concurso público para provimento
dos mesmos. Responda, de modo justificado:
a. A União agiu corretamente ao suspender transferência de recurso? Já foi respondido
b. O Estado da Bahia procedeu de modo correto ao exonerar os servidores? Foi adequada a
recriação dos cargos? Já foi respondido

30. A União Federal, em Dez/2010, como medida de incentivo a economia e combate a recessão mundial,
resolveu conceder isenção parcial de Imposto de Renda às instituições financeiras, benefício não
extensível aos demais contribuintes. Feita a análise preliminar dos efeitos sobre a arrecadação,
constata-se que será impossível o alcance das metas fiscais traçadas caso seja concedida essa isenção.
Responda, de modo justificado:
a. Quais medidas devem acompanhar o ato de criação da isenção?
A criação da isenção deve vir acompanhada , conforme art. 14, LRF, da
estimativa de impacto orçamentário-financeiro no exercício de entrada
de vigência e os dois seguintes, atender requisitos da LDO, bem como
atender ao art. 14, II, LRF, de medidas de compensação.
b. Admitindo que a isenção seja instituída em conjunto com o aumento da alíquota do
Imposto Territorial Rural, que esta nova alíquota do ITR só passe a valer em jun/2011,
quando poderá começar a ter vigência a isenção parcial: Jan/2011, Jun/2011 ou Dez/2010?
A isenção só poderá valer a partir de jun/2011, em conformidade com o
art. 14, §2°, da LRF, ou seja, o benefício entrando em vigor somente após
implementadas as medidas compensatórias.