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ALUNO: FABBIO RONNYEL RODRIGUES BALDOINO

SEMANA 8 – SOI 4

O que são os receptores de tirosina-quinase? Como anticorpos monoclonais


podem ser úteis no combate às doenças, incluindo neoplasias?
Receptores tirosina quinases (RTKs) são uma classe de receptores ligados a
enzima encontrados em humanos e em muitas outras espécies. Uma quinase é
apenas um nome para uma enzima que transfere grupos fosfato para uma
proteína ou outro alvo, e um receptor tirosina quinase transfere grupos fosfato
especificamente para o aminoácido tirosina.A sinalização por RTK acontece
quando as moléculas sinalizadoras primeiro se ligam a domínios extracelulares
de dois receptores tirosina quinase próximos. Os dois receptores vizinhos
então se juntam, ou dimerizam. Os receptores então anexam fosfatos à
tirosinas nos domínios intracelulares um do outro. A tirosina fosforilada pode
transmitir o sinal para outras moléculas na célula.

Os mabs antitumorais podem atuar por meio de vários mecanismos: por ação
direta, reconhecendo antígenos tumores-específicos e modificando a resposta
do hospedeiro às células malignas, ou; de forma indireta sob a forma de ADCs
(Antibody Drug Conjugates), carregando radioisótopos ou toxinas às células
tumorais, ampliando seu espectro de aplicação terapêutica. Mais recentemente
na área da oncologia, uma nova alternativa tem movimentado muito o campo
farmacêutico e trazido resultados inovadores e envolve ação tanto direta como
indireta de mabs sobre o tumor. Os inibidores de pontos de verificação ou
checkpoints do sistema imune são mabs, que têm como alvo moléculas
moduladoras do próprio sistema imunológico. Estas moléculas, como CTLA-4,
PD-1, IDO, LAG-3, são mecanismos fundamentais de segurança, prevenindo
eventos adversos autoimunes quando células do sistema imune estão atuando
contra uma doença ou infecção. Descobriu-se, no entanto, que células tumorais
se utilizam frequentemente destas moléculas de checkpoint para suprimir ou
evadir do ataque do sistema imunológico, permanecendo “invisíveis”. Desta
forma, o uso de inibidores de imuno-checkpoints visa superar uma das
principais formas de defesa do câncer. Diferentes tipos de anticorpos
monoclonais são usados no tratamento do câncer: Anticorpos monoclonais
recombinantes são anticorpos que funcionam por si só e não requerem outra
terapia ou outros medicamentos simultaneamente. Eles são os tipos mais
comuns de anticorpos monoclonais usados no tratamento do câncer. Atuam de
diferentes maneiras: Estimulando a resposta imunológica de uma pessoa
contra as células cancerígenas, ligando-se a elas e agindo como um marcador
para o sistema imunológico do corpo destruí-las. Aumentando a resposta
imunológica ao atacar as células dos sistemas imunológicos que funcionam
como inibidores do controle imunológico. Bloqueando os antígenos nas células
cancerígenas que fazem o tumor crescer ou se espalhar. Por exemplo, o
trastuzumab é um anticorpo contra a proteína HER2, presente na superfície
das células da mama e do estômago. Quando o HER2 é ativado, essas células
crescem. O trastuzumab se liga a estas proteínas impedindo de se tornarem
ativas. Anticorpos monoclonais conjugados atuam em conjunto com a
quimioterapia ou radioterapia. Em geral são usados como guias para
transportar as substâncias diretamente para as células cancerígenas. Esses
anticorpos monoclonais circulam pelo corpo todo até encontrar e se ligar ao
antígeno alvo. Em seguida, liberam a substância química ou radioativa no local
da ação. Isso diminui o dano às células saudáveis e em outras partes do corpo.
Anticorpos radiomarcados têm pequenas partículas radioativas ligadas a eles.
Um exemplo é o ibritumomab tiuxetan, que é um anticorpo contra o antígeno
CD20, encontrado em linfócitos de células B. Esse anticorpo fornece
radioatividade diretamente nas células B cancerosas e é usado no tratamento
do linfoma não Hodgkin. Anticorpos monoclonais bispecíficos são constituídos
de partes de dois anticorpos monoclonais diferentes, o que significa que podem
se ligar a dois antígenos diferentes ao mesmo tempo. Um exemplo é o
blinatumomab, usado para tratar a leucemia linfoide aguda. Uma parte dele se
liga à proteína CD19, encontrada em algumas células da leucemia e linfomas;
a outra parte se liga ao CD3, uma proteína encontrada nas células do sistema
imunológico conhecida como células T. Ao se ligar a ambas, os medicamentos
com anticorpos monoclonais bispecíficos unem as células cancerígenas às
células do sistema imunológico, o que faz com que o sistema imunológico
ataque as células cancerosas.
REFERENCIA

Signaling Molecules and Cellular Receptors by OpenStax Biology 2nd Edition is


licensed under a Creative Commons Attribution 4.0, 45 Signaling Molecules and
Cellular Receptors, https://opentextbc.ca/biology2eopenstax/chapter/signaling-
molecules-and-cellular-receptors/

Equipe Oncoguia, Anticorpos Monoclonais, 2018,


http://www.oncoguia.org.br/conteudo/anticorpos-monoclonais/7959/922/

Thaís Jeronimo Vidal, Tatiana Aragão Figueiredo, Vera Lúcia Edais Pepe, O
mercado brasileiro de anticorpos monoclonais utilizados para o tratamento de
câncer, 2018, http://www.scielo.br/pdf/csp/v34n12/1678-4464-csp-34-12-
e00010918.pdf

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