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Narra a exordial que em 13/10/2015, no final da Rua José Altivo Rocha, nº 64,
Centro, Bom Jesus do Galho - MG, o denunciado Welington, ao deparar-se com a vítima
teria pedido ao Réu Daniel que buscasse uma arma de fogo em uma casa abandonada, o
que teria sido feito, tendo Welington, na sequência, efetuado três disparos de arma de
fogo, alvejando a vítima por três vezes. Na ocasião o acusado Welington teria se evadido
do local, permanecendo Daniel em sua residência.
É o breve relatório.
Entretanto, nota-se não existirem nos autos nenhuma prova ou indício capaz de
confirmar ser o Peticionante autor do fato delitivo que lhe é imputado.
Vejamos:
Mister ainda destacar que, segundo a própria vítima, conforme fls. 29, "faz uso de
"remédios controlados", tendo ainda sido juntado aos autos, às fls. 147, certidão judicial
apontando situação anterior em que a vítima sofreu a interdição de seus direitos civis,
permanecendo JESUINA FRANCISCA como sua Curadora e responsável pela
representação para os atos da vida civil, demonstrando a imensa fragilidade
comprobatória de suas alegações.
As demais provas orais colhidas não apontam para a participação Réu Daniel no
crime objeto da ação penal.
Em que pese a falta de provas e/ou indícios de autoria para a condenação veja-se
que os mesmos não existem (requisitos exigidos para a pronúncia) não se podendo
condenar, nem tampouco pronunciar alguém, ainda que com base no princípio da in
dúbio pro societate.
[...]
3 - DO PEDIDO
2 - Seja decretada, com fulcro no artigo 414 do Digesto Processual Penal Brasileiro, a
IMPRONÚNCIA do acusado DANIEL VIANA MARIANO DE GODOY, dando-se por
IMPROCEDENTE a Denúncia, em razão da inexistência de suporte probatório mínimo a
indicar a autoria do crime imputado;
Termos em que,
Pede Deferimento.
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OAB/MG 177.920