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Caso Felicidade

Este é um caso fictício, criado para ser utilizado com fins didáticos. Leia com atenção, esse caso
será discutido em diversos momentos da disciplina.

“Felicidade” é um município de médio porte com uma população de aproximadamente 60 mil


habitantes, localizado a 140km da capital Aracaju. A cidade possui uma feira que movimenta a
agricultura familiar, também possui comércio aquecido, o que gera renda para comerciantes
da região. Além disso, a economia depende de uma usina de cana de açúcar, uma empresa de
fertilizantes, uma fábrica de cimento e o agronegócio ligado basicamente a criação e abate de
gado.

Geograficamente, a cidade cresceu e se estruturou em função do seu centro comercial, porém


possui grande parte da população residindo na área periférica desse centro, bem como, tem 7
povoados na zona rural, sendo 2 deles assentamentos de trabalhadores rurais. O Acesso à
esses povoados são exclusivamente por estradas não pavimentadas. O mais próximo deles fica
a 19Km da região central.

A cidade possui apenas 14% de saneamento básico, que corresponde a região do centro
comercial. A coleta de lixo é realizada no perímetro central, em aproximadamente 59% da
cidade, a qual é realizada nos dias de Segunda, Quarta e Sexta. Na perifeira existem entulhos
que são coletados uma vez a cada 15 dias.

O abastecimento de água é como os demais serviços urbanos, predomina na região central.

A cidade possui 4 escolas, sendo uma na zona rural. Uma dessas escolas se dedica
exclusivamente ao ensino médio e aparentemente tem sido suficiente para a população. As
demais escolas são para o ensino infantil e fundamental. Não existem creches.

Tem sido observado “a grosso modo” um crescente aumento da violência, sobretudo os


traumas por armas brancas e de fogo, roubos, furtos, situações de violência intrafamiliar,
contra crianças, mulheres, idosos e pessoas com deficiência. Além disso, existem muitas
vítimas de acidentes de motocicletas, acidentes de trabalho (formal e informal).

No que diz respeito aos serviços de saúde, existe um Posto de Saúde central com dois médicos
que realizam atendimentos à demanda espontânea de segunda à quinta; 3 enfermeiras que
realizam atendimento também á demanda espontânea, porém elas dedicam metade de sua
carga horária aos trabalhos burocráticos, como: realizar agendamento da ambulância e do
micro-ônibus que transporta os pacientes para a capital, agendamento de exames e
preenchimento de boletins de produção. Esse Posto de saúde possui uma boa estrutura física,
com espaço e alguns equipamentos que permitiriam a realização de partos e provavelmente
consultas especializadas.

Também existe um posto de saúde, chamado pelos populares de “postinho”, o qual tinha um
médico, mas se aposentou. No momento existe apenas um enfermeiro e uma auxiliar de
enfermagem.
A secretaria de saúde do município possui uma pequena estrutura de gestão com a secretária
de saúde e secretário adjunto (responsáveis pela tomada de decisão), chefe de gabinete
(responsável por logística), diretor de atenção à saúde (responsável por estruturar políticas e
programas de saúde) e gerente de operações (responsável pelas compras e distribuição de
insumos).

Os problemas de saúde da população são inúmeros, como: moralidade materno-infantil,


doenças do coração e circulatórias, neoplasias, sequelas de acidentes, demências, pessoas com
deficiências (paralisia cerebral, autismo, síndrome de down, deficiência auditiva), idosos
vítimas de quedas, dente outras. Não se sabe ao certo a prevalência dos problemas de saúde
da população.

A população por sua vez recorre às casas dos vereadores todos os dias pela manhã, sempre
com seus pedidos de uma carona, um dinheiro para um exame, dinheiro para velório dentre
outros favores. O Sr. vereador Nelson é muito aceito e cativado pela população devido ao seu
trabalho e de sua esposa com as caronas para a capital e a articulação com clinicas populares
para realizar exames para aqueles que os procuram.

Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência. Essa história possui mais capítulos,
os quais serão desenvolvidos ao longo de nosso curso de Fonoaudiologia em saúde coletiva.

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