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Disciplina: Direito Processual Civil

Professor: Murilo Sechieri Costa Neves


Aula: 24| Data: 08/04/2019

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

PROCESSO DE CONHECIMENTO
1. Procedimento Comum
1.1 Conceito de Petição Inicial

PROCESSO DE CONHECIMENTO
(Art. 318 e seguintes, do CPC)

1.1. Conceito da Petição inicial:


(continuação)

c) Possibilidade de alteração do pedido e ou da causa de pedir:

o Até a citação, o autor é livre para mudar o pedido ou causa de pedir;


o Após a citação, será exigida a concordância do réu;
o A partir da decisão saneadora, fica proibida qualquer alteração. Neste momento, ocorre a estabilização objetiva
da lide em que o objeto, por estar estabilizado, não se modifica mais.

Obs.: No caso de réu revel, o autor pode mudar o pedido? Caso haja revelia, a alteração depende de nova citação.

d) Pedidos implícitos: São verdadeiras providencias que o juiz pode tomar de ofício na decisão, sem ofensa ao
princípio da congruência.

Exs.:

o Correção monetária e juros legais;


o Ônus de sucumbência, isso o juiz pode e deve fazer de ofício ainda que a parte não tenha pedido;
o Prestações vencidas no curso do processo;
o Medidas previstas no inciso IV, art. 139, do CPC.

d) Cumulação de pedidos:

Espécies de cumulação:

o Própria: Quando o autor tem interesse no acolhimento de todos os pedidos formulados.


o Simples: Quando os pedidos forem independentes e autônomos entre si; nessa hipótese, se quer todos os
pedidos;
o Sucessiva: Quando houver entre os pedidos uma relação de prejudicialidade. Exs.: Investigatória de paternidade
cumulada com alimentos; Reintegração de posse cumulada com perdas e danos.
o Imprópria: O autor não espera o acolhimento de todos os pedidos formulados.
o Alternativa: Quando o autor não manifesta preferência por nenhum dos pedidos;
o Eventual, em ordem subsidiária: O autor formula um pedido principal e já indica outro pedido para ser
apreciado na hipótese de rejeição do primeiro.

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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
e) Requisitos para cumulação de pedidos:

Ainda que não haja conexão entre eles é lícita a cumulação de pedidos quando:

o Forem compatíveis entre si; só cumula pedidos que são conciliáveis (só se aplica para a cumulação própria);
o O juízo for competente para todos;
o Haja compatibilidade procedimental ou o autor escolha procedimento comum para todos, desde que possível.

(V) – Valor da causa: Vide arts. 291 a 293, do CPC.

Expressão econômica/pecuniária do benefício pretendido pelo autor no processo, cuja indicação é obrigatória
ainda que a causa não tenha conteúdo econômico imediato.

o O valor da causa deve corresponder ao valor pretendido a título de dano moral, o que significa que, atualmente
não se pode mais formular pedido genérico em ação de dano moral;
o O Juiz pode de ofício determinar a correção do valor da causa;
o A incorreção do valor da causa é matéria de preliminar de contestação.

(VI) Provas com as quais o autor pretende demonstrar os fatos.

Nas postulações iniciais admite-se o protesto genérico por provas, vez que, no início da ação não se sabe ao certo
o que será necessário provar.

(VII) Opção pelo autor da realização da audiência de conciliação e mediação (art. 334, do CPC).

Conforme o CPC, a audiência de conciliação não será realizada, somente, em dois casos:

a) Quando o objeto do processo não admitir autocomposição;


b) Quando ambas as partes manifestarem desinteresse.

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