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Minicurso:
Ar Condicionado e Refrigeração
Projeto e Dimensionamento
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Tipos de refrigeração
Temperatura x Pressão: Se uma substância está presente em duas fases ao mesmo tempo, isto é, está
passando por um processo de mudança de fase , a temperatura e a pressão se tornam dependentes.
Neste caso, as fases estão em equilíbrio térmico (condição de saturação), e se a temperatura da
mistura bifásica é aumentada, a pressão também irá aumentar. A relação entre a pressão e
temperatura para a condição de saturação (líquido e vapor) é chamada de “curva da pressão de
vapor”. Usando essa curva, podemos determinar qual a pressão corresponde à temperatura de
evaporação ou condensação em um determinado processo.
A refrigeração pode ser obtida de uma maneira simples usando um fluido refrigerante, como a amônia,
proveniente de uma garrafa onde ela se encontra pressurizada. A garrafa é ligada a uma serpentina
para resfriar água ou ar, como mostra a figura acima. A amônia quando deixa a garrafa tem a sua
pressão reduzida e passa por um processo de expansão/evaporação nos tubos. Haverá um fluxo
contínuo de calor do ar/água circulante através das paredes dos tubos da serpentina para a amônia.
Esta, então, vaporizada, é dirigida por tubos para o exterior. Uma instalação como esta, fora os
incômodos provocados pela amônia, fornecerá uma refrigeração satisfatória. Contudo, o custo da
substituição da amônia perdida apesar de ela ser um dos refrigerantes mais baratos, será proibitivo. Por
esses motivos (ecológicos e econômicos), a amônia ou qualquer outro refrigerante, deve ser usado
continuamente, isto é, deve ser reaproveitado em um ciclo. Para este fim, é necessário que a instalação
possua mais equipamentos, como será visto nas figuras a seguir. 4
Ciclo básico de refrigeração
A ciência da refrigeração é baseada no fato de que o líquido refrigerante pode ser evaporado em
qualquer temperatura que se deseje, desde que a sua pressão seja alterada. Assim, em um ciclo de
refrigeração, o mesmo fluido refrigerante irá condensar a uma temperatura mais alta do que ele
evapora, fazendo com que a sua pressão seja mais alta. Então teremos dois lados no ciclo: o lado de
alta pressão e temperatura e o lado de baixa pressão e temperatura.
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Ciclo básico de refrigeração – continuação
A única razão para que um compressor seja introduzido no ciclo é fazer o aumento de pressão
necessário para possibilitar a condensação do refrigerante a uma temperatura maior do que a de
evaporação. Para fazer o refrigerante voltar à pressão de evaporação (lado de baixa) é necessário um
dispositivo para adicionar a perda de pressão necessária. A válvula de expansão separa o lado de alta
pressão do lado baixa pressão, completando, assim, o ciclo.
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Ciclo básico de refrigeração - continuação
Para tornar o ciclo de refrigeração operacionalmente mais eficiente e adequado a cada tipo de
aplicação, vários tipos de acessórios são introduzidos. Alguns dos principais acessórios estão mostrados
na figura abaixo.
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Classificação dos sistemas de ar condicionado
SISTEMAS
COND. A AR ALTERNATIVOS
INCORPORADO COND. A AR
COND. A AR
COND. A ÁGUA
CENTÍFUGA
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Sistemas de expansão direta
Neste caso, a expansão do gás refrigerante se dá na serpentina do evaporador que absorve o calor
diretamente do ar que passa através desta. As unidades que fazem parte deste sistema trazem todos
os elementos necessários para o seu funcionamento incorporados (serpentina, compressor,
condensador, ventilador, controles e acessórios). Em alguns casos os condensadores e/ou
compressores podem ser instalados remotamente à unidade principal. O agente de rejeição de calor
pode ser o ar ambiente ou um circuito de água de resfriamento (condensação). O insuflamento do ar
pode ser feito diretamente no ambiente ou por meio de dutos. Existem vários tipos de sistemas de
expansão direta, sendo os mais comuns:
Notas:
1. As variações de sistemas acima são função da possibilidade de separação do ciclo de refrigeração
em diferentes unidades ou do tipo de fluido de resfriamento utilizado no condensador.
2. Outras variações/classificações de equipamentos de expansão direta que existem no mercado são
função do tipo de montagem (roof top) ou de sofisticações no controle (VRV).
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Sistemas de expansão direta – Aparelho de janela e Splits
Aparelho de janela
Expansão direta com condensação a ar
Split built-in
underceiling (teto/piso)
Split-System highwall
(Fonte da imagem: Seminário Água gelada - Fluidos refrigerantes com baixo GWP - Novas perspectivas - Roberto Peixoto/ Tomaz Cleto)
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Sistemas de expansão direta – Self-contained e variações
Fonte: Ar condicionado – Guia prático sobre sistemas de água gelada (MMA)
Splitão
VRV (Fonte: catálogos
Daikin do Brasil) Sistema VRV ou VRF
Roof-top
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Sistemas de expansão indireta (água gelada)
São aqueles em que a expansão do gás refrigerante acontece no evaporador através da troca de calor
com um fluido térmico intermediário. Este fluido que foi resfriado no evaporador, é então direcionado
para uma serpentina para absorver calor do ambiente que se deseja condicionar. O fluido intermediário
normalmente utilizado é a água (gelada), podendo ser utilizadas salmouras para baixas temperaturas
(etilenoglicol). São sistemas para serem utilizados em grandes instalações (acima de 100 TR).
A instalação é composta, no mínimo, da unidade resfriadora de água ou líquido (URA ou chiller), bombas
de circulação da água gelada, e de diversas unidades condicionadoras de ar (fancoils ou AHU),
interligadas ao evaporador do chiller, constituindo um circuito fechado de água.
Os chillers podem ser resfriados a água ou a ar. Quando resfriados a água, deve existir um sistema de
água de resfriamento, composto por torre de arrefecimento, bombas de água de condensação (BAC) e
tubulações de aço para interligação com o condensador do chiller, formando um circuito aberto de água.
As unidades condicionadoras de ar quando do tipo central (AHU) devem ser instalados em casa de
máquinas. São compostas por caixa de mistura (opcional), seção de filtragem, serpentina de água
gelada, ventilador e motor elétrico, podendo atender a vários ambientes através de uma rede de dutos.
Podem ser também do tipo fancoil de ambiente (fancolete ou fancoil baby) para serem instalados no
próprio ambiente a ser condicionado (piso ou teto), sem rede de dutos (sistema descentralizado).
O controle de temperatura da AHU ou do fancoil de ambiente será feito por meio de uma válvula de 2
ou 3 vias, que controlará a vazão de água que passa na serpentina em função de um sensor de
temperatura colocado no ambiente ou no ar de retorno, no caso da AHU.
No caso de instalação com uso de vários fancoils de ambiente, estes normalmente só recirculam o ar da
sala, e então deve haver um sistema central de ar externo composto por uma AHU que irá insuflar o ar
de renovação necessário em cada ambiente de acordo com as normas (DOAS).
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Sistemas de expansão indireta – imagens
Fontes: Ar condicionado – Guia prático sobre sistemas de água gelada (MMA) e
Selection Tips For Air-Conditioning Cooling Systems (A. Bhatia, B.E.)
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Unidades condicionadoras de ar
High-wall Built-in
Console
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Chillers e torre de resfriamento
Chiller resfriado a ar