Você está na página 1de 5

Existem métodos de contracepção que impedem temporariamente a gravidez,

ou a esterilização, para evitar a gestação de modo definitivo. Além dos métodos


naturais (Muco, temperatura e tabela), os métodos artificiais de são
classificados como hormonais (pílulas, injetáveis e implantes subdermais)
espermicida, de barreira (capuz cervical, preservativos e diafragma) e os de
ação mecânica, combinados ou não com hormônios (DIUS).

Qualquer um dos métodos utilizados apresenta vantagens e desvantagens.


A decisão do método a utilizar deverá ter por base: o dia, tempo,
disponibilidade, facilidade de uso e outros aspectos a ser observados, para que
esse método seja eficaz, e não possa haver complicações indesejadas.

MÉTODOS NATURAIS

Os métodos naturais são aqueles que o casal ou a pessoa pode utilizar para
evitar ou obter uma gravidez, identificando o período fértil da mulher.

 Muco: O muco é uma secreção produzida pelo colo do útero,


que umedece a vagina. Ele varia de aparência em cada período
do ciclo menstrual. Aprendendo essas diferenças, é possível
saber qual é o período fértil. O método do muco indica a época
do ciclo menstrual em que a mulher pode ficar grávida.
 Tabela: A tabela é um método que ajuda a mulher a descobrir
a época do mês em que ela pode ficar grávida. Esta época
chama-se período fértil. Tabelas prontas não são seguras. A
tabela de uma mulher não serve para outra, pois cada uma tem
um ciclo menstrual diferente. É importante ter um calendário
para marcar a cada mês o início do ciclo menstrual.
Temperatura: O método da temperatura ajuda a conhecer a
época do ciclo menstrual em que a mulher pode ficar grávida
(período da ovulação). Ele é feito através da tomada da
temperatura do corpo. O corpo feminino sofre uma alteração de
temperatura no período da ovulação, ou seja, no período fértil.
MÉTODOS DE BARREIRA

São aqueles que evitam a gravidez impedindo a penetração dos


espermatozóides no útero.

Preservativo (camisa de Vénus ou preservativo), o preservativo é um método


para ser usado pelo homem, no momento da relação sexual. É uma capa de
borracha bem fina, porém resistente, que se coloca sobre o pénis. Ela evita a
gravidez, impedindo que os espermatozóides penetrem na vagina da mulher e
serve também para prevenir as DST/AIDS.

Diafragma: O diafragma é uma capa de borracha ou silicone, que a mulher


coloca, ela mesma, na vagina, antes da relação sexual, tapando assim o colo do
útero. Ele evita a gravidez, impedindo que os espermatozoides penetrem no
útero. Deve ser usado com um espermicida para garantir maior segurança. O
diafragma vaginal é recomendando após seis semanas do parto.

Espermicidas: são produtos para serem colocados na vagina antes da relação


sexual. Eles impedem que os espermatozoides penetrem no útero, evitando
assim, a gravidez. Os espermicidas podem ser usados sozinhos, porém são
mais seguros quando usados junto com outros métodos (preservativo,
diafragma, tabela).

2.3 MÉTODOS HORMONAIS

São constituídos de hormonas sintéticas. Geralmente as associações de um tipo


de estrogénio e um tipo de progesterona. Esses métodos atuam no centro
regulador do ciclo menstrual, levando a um estado em que a mulher não ovula.
São bastante eficazes, com uma taxa de gravidez muito baixa. Desde a sua
introdução, os contraceptivos hormonais representam a forma mais utilizada de
anticoncepção em todo o mundo. É o método contraceptivo mais empregado no
mundo e consiste da associação de um estrogénio (em geral, o etinilestradiol –
EE) e progesterona. Agem com a finalidade de bloquear a ovulação, ao inibir a
secreção de FSH e LH, de espessar o muco cervical, dificultando a passagem
dos espermatozóides, de tornar o endométrio não receptivo à implantação e
alterar a secreção das trompas.
Pílulas: As pílulas anticoncepcionais são feitas com substâncias químicas
semelhantes aos hormônios encontrados no corpo da mulher. Elas impedem à
ovulação evitando, assim, a gravidez. Existem diferentes tipos de pílulas, as
mais usadas vêm em cartelas com 21 comprimidos. A pílula só faz efeito se
tomada corretamente. Algumas mulheres entrevistadas adotaram a pílula como
método contraceptivo, tendo em vista a confiança na segurança e na eficácia
do método, motivo que as levou a adotá-la como anticoncepcional (LEITE,
2007).

Injetáveis: os anticoncepcionais hormonais injetáveis podem ser mensais ou


trimestrais e são aplicados por via intramuscular. A sua composição pode ser
combinada (estrogénio e progesterona) ou isolada (somente progesterona),
com doses hormonais de longa duração. A indicação de uso dos
anticoncepcionais injetáveis pode variar de fabricante para fabricante, ou a
critério médico.

O anticoncepcional injetável mensal, geralmente, é de hormonas combinadas e


deverá ser aplicado iniciando-se a primeira injeção entre o primeiro e o quinto
dia do ciclo menstrual, e as aplicações subsequentes deverão ocorrer a cada
trinta dias, com variação de três dias, independentemente da menstruação. O
trimestral, à base de progesterona isolada, terá sua primeira dose aplicada até
o 7º dia do ciclo e as subseqüentes aplicadas a cada 90 dias, no máximo até
uma semana da data estipulada.

A forma injetável de anticoncepcional é bastante usada por ser um método que


é usado uma única vez por mês, é uma alternativa para as mulheres que
esquecem ou tem dificuldade com as outras formas de contraceptivos.

Implantes subdermais: consistem em cápsulas de silicone polimerizadas, que


contêm em seu interior hormonas (geralmente o progesterona), que são
libertas continuamente na corrente sanguínea, proporcionando efeito
contraceptivo.
2.4 MÉTODO MECÂNICO

É um dispositivo geralmente feito de cobre, que é colocado dentro do útero e


leva a várias modificações do útero, além de provocar reações que matam os
espermatozóides.

DIU: (Dispositivo Intra Uterino) é um aparelho feito de um plástico especial,


que vem enrolado por um fio de cobre, que é implantado no útero da mulher
para evitar a penetração do esperma. O DIU é colocado pelo médico, de
preferência durante o período menstrual, e apresenta durabilidade de alguns
anos (dependendo do tipo). É extremamente eficaz, e o risco de gravidez é
bastante pequeno.

MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO

Além dos métodos recomendados pelo Ministério da Saúde existem formas de


evitar definitivamente a gravidez através de cirurgia. Pode ser feita no homem
ou na mulher. No homem chama-se vasectomia e na mulher laqueadura
(amarração ou ligadura de trompas). Essas operações são irreversíveis
(definitivas) e consideradas, até o momento, ilegais no Brasil, só podendo ser
feitas com indicação médica nos casos em que há risco de vida para a mãe
(SMELTZER, 2005).

Laqueação das Trompas: É uma operação feita nas trompas, para impedir o
encontro do óvulo com o espermatozoide, evitando assim, a gravidez. A
laqueação pode ser indicada quando uma nova gravidez apresentar risco de
vida. São os casos de mulheres:

– Com doenças graves no coração;


– Com diabetes graves, particularmente aquelas que tenham muitos filhos;
– Com pressão muito alta;
– Com problemas sérios nos rins;
– Com doenças pulmonares graves;
– Outras doenças.
Vasectomia: É uma operação feita no órgão genital do homem (canal
deferente), que impede a passagem de espermatozóides (células reprodutoras
do homem). Mesmo fechando o canal deferente, o homem continua expelindo
um líquido, o sêmen, que não contém os espermatozoides e, portanto, não
fecunda a mulher.

O homem deve estar informado e pensar muito antes de fazer uma vasectomia,
pois esta é uma operação definitiva. Após a vasectomia, o homem continua
normalmente, a ter desejo sexual, ereção e ejaculação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hoje, diante das opções de métodos contraceptivos, ao prescrever ou orientar o


uso de qualquer um deles, o profissional da saúde e o usuário devem
considerar os seguintes aspectos:

 Eficácia: considerar as possibilidades de falha;


 Aceitabilidade: a participação ativa do/a usuário/a na escolha
do método para garantir a continuidade do uso;
 Disponibilidade: além da prescrição do método, é importante
que o/a usuário/a seja orientado/a sobre como e onde obtê-lo;
 Facilidade de uso/manuseio;
 Reversibilidade: capacidade de recuperar a fertilidade após a
interrupção do método;
 Inocuidade: Cabe ao profissional da saúde zelar para que o
método não prejudique a saúde do/a usuário/a.

Você também pode gostar