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Artigo-Avaliação Das Propriedades Mecânicas de Concretos Produzidos Com Difrentes Tipos e Proporções de Agregados Graúdos PDF
Artigo-Avaliação Das Propriedades Mecânicas de Concretos Produzidos Com Difrentes Tipos e Proporções de Agregados Graúdos PDF
Resumo: O concreto é um material cujas características estão vinculadas aos materiais que o
constituem. Entre esses componentes, os agregados possuem importância considerável por
estarem relacionados às propriedades fundamentais da mistura, como porosidade, resistência
à compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade. Seguindo esse princípio, para os
agregados graúdos a ABNT NBR 6118 (2014) traz um coeficiente ponderador que depende da
composição mineralógica do agregado, para que haja uma adaptação do módulo de
elasticidade do concreto obtido a partir das formulações que o correlacionam com o Fck,
mostrando que o tipo de agregado interfere efetivamente nessa característica. Desse modo,
esse trabalho visa analisar as características mecânicas de concretos produzidos com
diferentes tipos e proporções de agregados graúdos, para dois fatores a/c. Para isso, foram
moldados 60 copos de prova cilíndricos de 10cm de diâmetro e 20cm de altura, para a
efetivação de ensaios de resistência nas idades de 7 e 28 dias. Desse modo, verificou-se que a
brita basáltica obteve melhores valores de resistência à compressão e à tração para todos os
fatores a/c testados. Nas misturas onde haviam os dois tipos de agregados trabalhando em
conjunto os valores foram intermediários, demonstrando que as resistências diminuíam
gradualmente ao passo que se substituía a brita por seixo.
Palavras-chave: Brita, Seixo, Compressão, Tração, Módulo de elasticidade, Resistência.
Ministério da Educação
Universidade Federal do Pará
Núcleo de Desenvolvimento Amazônico em Engenharia
Programa de Pós-Graduação em Infraestrutura e Desenvolvimento Energético
1. INTRODUÇÃO
Contudo, segundo Souza et. al. (2018) os agregados não são realmente inertes, já que
suas propriedades físicas, térmicas e algumas vezes químicas influenciam no desempenho do
concreto, por exemplo, melhorando sua estabilidade dimensional e durabilidade em relação as
da pasta de cimento. Algumas propriedades finais do concreto obtido, como a porosidade,
forma, textura, módulo de elasticidade, resistência à compressão, absorção de água e
distribuição granulométrica, são influenciadas decisivamente por características agregados.
Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo comparar os valores de resistência
obtidos para corpos de prova com diferentes tipos e proporções de agregado graúdo, com o
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2. MATERIAIS E MÉTODO
A areia utilizada no concreto, foi uma areia média, e apresenta suas características (Tabela
3) conforme a NBR 7211 (2005).
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Seixo Brita
Massa Unitária 1494,87 kg/m³ Massa Unitária 1521,34 kg/m³
Massa Específica 2,6 g/m³ Massa Específica 2,79 g/m³
Os agregados graúdos podem ser observados nas Figuras 3.1 e 3.2, que representam
respectivamente a brita e o seixo.
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Após a moldagem, os corpos de prova foram posicionados em uma câmara úmida pelo
período de 24 horas, após esse período foram deslocados para um tanque de cura submersa.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como constatado por Gomes et al (1995) houve uma diferença nos resultados para os
diferentes tipos de agregado. No ensaio com idade de 7 dias, os corpos de prova que continham
britam como a totalidade do agregado graúdo apresentaram uma resistência à compressão maior
em relação aos outros traços. A resistência foi diminuindo ao passo que se reduzia a quantidade
de brita, chegando aos menores valores nas misturas que utilizavam apenas seixo.
Com base no Gráfico 1 é possível observar uma variação suave e crescente nas
resistências ao se variar o agregado. Nota-se também, que o traço com fator a/c de 0,5 que
utiliza apenas brita como agregado teve valor de resistência próximo ao traço com fator a/c de
0,4 que utiliza apenas o seixo, com uma diferença de apenas 4,38%. Esse resultado demonstra
que a mudança do agregado graúdo teve uma influência semelhante à mudança do fator a/c.
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Resistência à Compressão
25,00
19,99 20,50
Resistência (MPa)
15,00 11,97
10,57
10,00
5,00
0,00
S-I SB-I B-I S-II SB-II B-II
Traços
Para o concreto no estado fresco, os traços com maior quantidade de brita tiveram um
melhor resultado, gerando um concreto mais trabalhável em relação aos outros. A mistura com
metade de cada tipo de agregado graúdo teve uma maior proximidade com o resultado
encontrado utilizando apenas brita, demonstrando que nesse estado a influência da brita se
sobressai a do seixo. A Figura 4.2 ilustra o resultado obtido no ensaio para o traço do tipo S-I.
O motivo para que o resultado de abatimento fosse menor utilizando seixo é que a brita tem um
maior peso específico, ou seja, necessita de um menor volume para se equiparar ao seixo em
peso, dessa forma a mistura com seixo tem maior volume de agregado graúdo.
Resistência à Tração
3,00
2,66
2,50
Resistência (MPa)
1,86 1,89
2,00 1,69
1,43
1,50 1,29
1,00
0,50
0,00
S-I SB-I B-I S-II SB-II B-II
Traços
Para o fator a/c de 0,5 a diferença da resistência à tração obtida entre o traço S-I e SB-
I foi de 10,8%, já a diferença entre o traço SB-I e B-I foi de 30%. Nessa mesma linha, para o
fator a/c de 0,4 a diferença foi de 11,8% entre os traços S-II e SB-II, e de 40,7 % entre o SB-II
e B-II. Esses resultados demonstram que a brita tem uma maior eficiência quando utilizada
como único agregado graúdo da mistura.
Dessa forma, os traços realizados com fator a/c de 0,4 tiveram uma maior interferência
do agregado na resistência à tração, tendo em vista que as variações entre as resistências à
compressão média dos corpos de prova com diferentes tipos de agregado não superaram
10,56%. Entretanto, para o fator a/c de 0,5 as diferenças tiveram uma ordem de grandeza
semelhante, sendo a diferença entre os traços SB-I e B-I de 44,69% na resistência à compressão,
e de 30% na resistência à tração.
Figura 5 - Ruptura por compressão axial Figura 6 - Ruptura por compressão diametral
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HELENE, P. Manual para reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. São Paulo: Ed.
Pini, 2009.
MAGALHÃES, F. C.; REAL, M. V.; SILVA FILHO, L. C. P. revista Matéria, v.23, n.3, 2018.