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Manutenção de

dormentes
COLABORADORES:

> Adipe Cherene Filho


> Claudeir Silva Gomes
> Diogo Vieira Good God
> Hugo Rosa
> Edmar Siqueira Mencher
> Chirlei Silva
> João Chapina
> José Mota
> Paulo Batista
> Marcos Rangel
> Jorge Augusto Diniz

Setembro de 2011
mensagem Valer

Caro Empregado,

Você está participando da ação de desenvolvimento de Manutenção


de dormentes de sua Trilha Técnica.

A Valer – Educação Vale construiu esta Trilha em conjunto com


profissionais técnicos da sua área, com o objetivo de desenvolver as
competências essenciais para o melhor desempenho de sua função, e
o aperfeiçoamento da condução de suas atividades diárias.

Todos os treinamentos contidos na Trilha Técnica contribuem para o


seu desenvolvimento profissional e reforçam os valores saúde e
segurança, que são indispensáveis para sua atuação em
conformidade com os padrões de excelência exigidos pela Vale.

Agora é com você. Siga o seu caminho e cresça com a Vale.

Vamos Trilhar!
INTRODUÇÃO 5

MÓDULO I: DORMENTES 6

Introdução 7
Funções do dormente 9
Características técnicas 11
Critérios para aplicação de dormentes 21
Critérios para reemprego de dormentes 23
Espaçamento e taxa de dormentação 27
Socaria manual e semimecanizada 33
Principais defeitos apresentados nos dormentes 37
Inspeção 41
Manutenção dos dormentes 47
Manuseio 49
Critérios para retirada de serviço 51
Destinação final 55

MÓDULO II: MANUTENÇÃO DE DORMENTES 56

Carga e descarga manual/mecanizada 57


Retirar acessórios metálicos 61
Retirar dormente a ser substituído 67
Retirar lastro 69
Tarugar furos 71
Entalhar dormente 73
Colocar dormente novo 77
Realizar socaria 79
Aplicar retensor 83
Regularizar o lastro 85
Furar dormente 87
Fixar dormente 93
Recolher material 97
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Introdução
Introdução

NESTE CURSO VOCÊ IRÁ conhecer os tipos de Além disso, você irá estudar as formas e padrões
dormentes para trilhos. Verá as características de segurança para o seu manuseio, seguindo
técnicas, os critérios para aplicação e reemprego, operações de carga, descarga, transporte e
os critérios para inspeção e manutenção e os armazenamento, realização de socaria, furação e
principais defeitos apresentados nos dormentes. fixação de dormentes, assim como a retirada e
substituição de dormentes, “sua destinação final e
as funções exercidas pelo lastro ferroviário”.

Ao terminar o curso, você deverá ser capaz de:

>> reconhecer os tipos de dormentes e suas características;


>> descrever os cuidados de manuseio de dormentes;
>> reconhecer os procedimentos de aplicação, manutenção, inspeção e substituição de dormentes;
>> ajudar na descrição das atividades relacionadas à substituição de dormentes.
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Módulo I
DORMENTES

Neste módulo, você conhecerá o que são dormentes, os tipos mais usados e suas características,
como os principais defeitos apresentados por cada um e como manuseá-los.

Você estudará os critérios para aplicação, reemprego, inspeção, manutenção, retirada e destinação
final dos dormentes.

Depois de estudar este módulo, você estará apto a:

>>definir dormentes;
>>reconhecer os tipos e classificação de dormentes;
>>descrever as característica técnicas das espécies de dormentes;
>>identificar os principais defeitos apresentados por cada uma;
>>conhecer os critérios para carga, descarga, transporte e armazenamento de dormentes;
>>entender como se realizam os processos de aplicação, manutenção, inspeção e substituição
de dormentes.
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Introdução
Introdução

Os dormentes são elementos que se situam na direção transversal ao eixo principal da via,
posicionados entre os trilhos e o lastro.

Estruturalmente, os dormentes são vigas que recebem as duas cargas concentradas verticais
transmitidas pelos trilhos e as distribuem em duas áreas sobre o lastro, conforme ilustrado na Figura
1.1. O lastro atua com duas seções de cargas distribuídas de reação à ação do carregamento exercido
pelos trilhos.

FIGURA 1.1: O DORMENTE COMO VIGA.

Além de atuar como vigas, os dormentes são os principais componentes que garantem o
posicionamento equidistante dos trilhos, permitindo, assim, as funções de guia e de pista de
rolamento da linha. Isto é levado a efeito pela fixação dos trilhos aos dormentes.

Antigamente o principal material usado como dormente era a madeira. Hoje outros materiais vêm
ganhando terreno, como o concreto e o aço, como será detalhado posteriormente.
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FIGURA 1.2: LINHA FÉRREA.

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Funções do dormente
Funções do dormente
As principais funções que um dormente deve desempenhar são:

1. servir de suporte aos trilhos, fixando e assegurando sua posição no que


concerne a nível, inclinação e separação relativa (bitola da linha);

2. absorver as cargas verticais e horizontais dos trens, transmitidas pelos trilhos,


e distribuí-las sobre o lastro, através de sua superfície de apoio;

3. manter a estabilidade da via nos planos vertical e horizontal (lateral e


longitudinal), frente aos esforços dinâmicos, impostos pelo movimento dos
trens, aos estáticos, decorrentes do peso próprio da estrutura, e daqueles
gerados pela variação de temperatura.

Nos dormentes de madeira existe a função, além das citadas acima, de isolamento elétrico entre os
trilhos.

Para cumprir as funções citadas, seis são os fatores básicos do dormente: suas dimensões (três), sua
forma, seu peso, e o material. Em decorrência, o momento de inércia.

>>As dimensões, forma e material irão definir o momento resistente da viga, que suportará as
cargas verticais impostas, além de garantirem a estabilidade da via no plano vertical.

>>A forma e o peso são fatores básicos de influência do dormente no que concerne à
estabilidade lateral da via.

>>O peso tem elevada importância na elasticidade da linha. Quando em excesso, o peso impõe
alta rigidez à via, restringindo sua capacidade de absorção das ações dinâmicas e aumentando
os custos de manutenção.

>>O material tem elevada importância na manutenção da bitola, no que concerne à resistência
aos esforços de arrancamento da fixação, bem como a deterioração da superfície de apoio dos
trilhos (ou das chapas de apoio). O material também é fator fundamental no tocante ao
isolamento elétrico.
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São espécies de dormentes utilizadas em nossas ferrovias:

FIGURA 1.3: DA ESQUERDA PARA A DIREITA: DORMENTE DE MADEIRA, CONCRETO, AÇO E PLÁSTICO.

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Características técnicas
Características técnicas
DORMENTES DE MADEIRA COMUNS APLICADOS NA EFVM, EFC E FCA

TABELA 1.1: DIMENSÕES DOS DORMENTES DE MADEIRA COMUNS APLICADOS NA EFVM

EFVM

Bitola mista: 1000 mm e 1600 mm


Comprimento Largura Altura

2800m 240mm 180mm

EFVM

Bitola mista: 1000 mm


Comprimento Largura Altura

2300m 240mm 180mm

TABELA 1.2: DIMENSÕES DOS DORMENTES DE MADEIRA COMUNS APLICADOS NA FCA

FCA

Bitola mista: 1000 mm


Comprimento Largura Altura

2000m 220mm 160mm

FCA

Bitola mista: 1000 mm e 1600 mm


Comprimento Largura Altura

2800m 220mm 160mm


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TABELA 1.3: DIMENSÕES DOS DORMENTES DE MADEIRA COMUNS APLICADOS NA EFC

EFC

Bitola larga e/ou mista: 1600 mm e/ou 1000 mm


Comprimento Largura Altura

2800m 240mm 170mm

Os dormentes de madeira comuns deverão ser confeccionados com a implantação de dispositivo


antirrachante, conforme especificações técnicas.

FIGURA 1.4: DISPOSITIVO ANTIRRACHANTE PARA DORMENTES DE MADEIRA.

DORMENTES ESPECIAIS DE MADEIRA APLICADOS NA EFVM, EFC E FCA

São considerados dormentes especiais aqueles cujas dimensões são diferenciadas dos dormentes
comuns, em razão de sua aplicação em locais específicos, tais como em AMV, pontes não lastreadas,
aparelhos centralizadores de bitola, entre outras situações que exigirão dormentes de dimensões
específicas.

Os dormentes especiais de aplicação em AMV deverão obedecer às dimensões e aos espaçamentos


definidos no projeto de assentamento.

Os dormentes especiais para aplicação em pontes não lastreadas deverão ser adquiridos de acordo
com projeto específico de cada ponte, que definirá as suas dimensões e projeto de entalhe.

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Características técnicas
TABELA 1.4: DORMENTES ESPECIAIS DE MADEIRA APLICADOS NA EFVM, EFC E FCA

VARIAÇÃO
DORMENTES
FERROVIA BITOLA COMPRIMENTO PADRÃO DO LARGURA ALTURA
ESPECIAIS
COMPRIMENTO

De 2300mm a
AMV EFVM Métrica 150mm 240mm 180mm
4400mm
De 2800mm a
AMV EFVM Mista 150mm 240mm 180mm
5400mm
Larga
De 2800mm a
AMV EFC e/ou 300mm 240mm 170mm
5200mm
mista
De 2000mm a
AMV FCA Métrica 200mm 220mm 160mm
3800mm
De 2800mm a
AMV FCA Larga 200mm 220mm 160mm
5400mm
De acordo
PONTES/ Métrica/ De acordo com o com o
VIADUTOS TODAS Larga/ projeto da ponte/ NA 240mm projeto
SEM LASTRO Mista viaduto da ponte/
viaduto
De acordo com
PONTES/ 160mm
Métrica/ a necessidade
VIADUTOS (FCA)/
TODAS Larga/ de aplicação NA 240mm
COM 170mm (EFC)
Mista de contratrilho
LASTRO 180(EFVM)
externo

Dormentes de aço aplicados na EFVM E EFC

Os dormentes de aço são fabricados pelo dobramento em formato de U invertido, curvada em suas
extremidades de uma chapa de aço laminada, formando abas laterais que, quando ancoradas ao
lastro, evitam o deslocamento transversal da grade da via.

Os dormentes de aço podem ser fabricados com o shoulder soldado ou com furos para a utilização
de shoulder hook-in. Em ambos, a inclinação é de 1:40, possibilitada pela inclinação do perfil
metálico.

FIGURA 1.5: CORTE LONGITUDINAL DO DORMENTE DE AÇO WELD SHOULDER APLICADO À EFVM.
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FIGURA 1.6: CORTE TRANSVERSAL DO DORMENTE DE AÇO WELD SHOULDER APLICADO À EFVM.

FIGURA 1.7: VISTA EM PLANTA DO DORMENTE DE AÇO SHOULDER HOOK-IN APLICADOS À EFVM.

FIGURA 1.8: CORTE TRANSVERSAL DO DORMENTE DE AÇO SHOULDER HOOK-IN APLICADO À EFVM.

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Características técnicas
Utiliza-se, atualmente, chapas de aço laminado de espessura de 10 mm e de 12 mm.

TABELA 1.5: DIMENSÕES DOS DORMENTE DE AÇO APLICADOS NA EFVM E EFC

EFVM

Bitola métrica: 1000 mm


Comprimento Largura Altura

2200m 260mm 200mm

EFC

Bitola Larga: 1600 mm


Comprimento Largura Altura

2800m 260mm 200mm

FIGURA 1.9: DORMENTE DE AÇO PARA BITOLA MÉTRICA EM APLICAÇÃO NA EFVM.


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DORMENTES ESPECIAIS DE AÇO PARA AMV

As dimensões dos dormentes de aço especiais para AMV seguem o projeto do fabricante, adaptado
às especificações da ferrovia, que contemplaram a razão de abertura, lado do desvio e bitola e
projeto de fixação.

FIGURA 1.10: DORMENTE DE AÇO ESPECIAL PARA APLICAÇÃO EM AMV PRÉ-MONTADO EM ESTALEIRO.

DORMENTES DE CONCRETO APLICADOS NA EFVM, EFC E FCA

Os dormentes de concreto monobloco protendido são atualmente utilizados na Vale e FCA. Os


dormentes de concreto bi-bloco, constituído por dois blocos de concreto armados, unidos por uma
viga metálica, são utilizados somente na FCA.

As dimensões dos dormentes de concreto variam de acordo com o projeto do fabricante, em função
das premissas de carga por eixo ao qual serão sujeitadas.

FIGURA 1.11: DORMENTE DE CONCRETO MONOBLOCO PROTENDIDO APLICADO NA EFC.

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Características técnicas
FIGURA 1.12: DORMENTE DE CONCRETO BI-BLOCO APLICADO NA FCA.

FIGURA 1.13: DORMENTE DE CONCRETO MONOBLOCO PROTENDIDO APLICADO NA FCA.

DORMENTES ESPECIAIS DE CONCRETO PARA AMV

As dimensões dos dormentes de concreto especiais para AMV seguem o projeto do fabricante,
adaptado às especificações da ferrovia que contemplam:

>>a razão de abertura;


>>o lado do desvio;
>>a bitola;
>>o projeto de fixação.
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DORMENTES ALTERNATIVOS APLICADOS NA EFVM E EFC

Na atualidade, há a necessidade da busca de insumos alternativos para suprir as necessidades de


dormentes das ferrovias. O dormente de madeira nativa tem se tornado uma opção cada vez menos
defensável do ponto de vista do meio ambiente, sendo que a sua substituição por dormentes de
eucalipto de reflorestamento tem encontrado dificuldades de capacidade de fornecimento junto ao
mercado. Já a produção de dormentes a partir do concreto e do aço tem um custo relativo elevado.

As alternativas em teste tem sido a utilização de materiais recicláveis tais, como a borracha, o
plástico ou até mesmo a mistura de vários componentes. Nas ferrovias da Vale, atualmente, são
testados dormentes de plástico e de borracha na EFVM e EFC.

As dimensões dos dormentes alternativos em testes são similares aos dos dormentes de madeira.

FIGURA 1.14: DORMENTE DE PLÁSTICO APLICADO EM CARÁTER DE TESTE NA EFVM.

FIGURA 1.15: DORMENTE DE PLÁSTICO APLICADO NA LINHA OURO PRETO/ MARIANA.

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Características técnicas
DORMENTES ESPECIAIS ALTERNATIVOS PARA AMV

Os dormentes alternativos especiais para AMV ainda encontram-se em fase inicial de


desenvolvimento técnico. Vários fatores ainda estão em análise para a definição apropriada de
dimensões do dormente e de verificação de suas reais características mecânicas.
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Critérios para aplicação de dormentes


Critérios para aplicação de
dormentes
CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DE DORMENTES COMUNS

TABELA 1.6: CRITÉRIO PARA APLICAÇÃO DE DORMENTES COMUNS

CARACTERÍSTICAS DA LINHA
ESPÉCIES DO
DORMENTE TÚNEIS SEM A TÚNEIS COM A
TRILHO
TLS TCS PRESENÇA DE PRESENÇA DE
CURTO
ÁGUA ÁGUA

MADEIRA SIM SIM SIM SIM SIM

AÇO NÃO SIM SIM SIM NÃO

CONCRETO NÃO SIM SIM SIM NÃO

Trilhos de comprimento inferior a 36 m são considerados curtos, mesmo que estejam inseridos em
segmentos formados por TLS ou TCS.

O ponto de transição entre sequências de espécies de dormentes diferentes não deve posicionar-se
em curvas, pontes, viadutos e túneis. O ponto de transição deverá ser posicionado a uma distância
mínima de 30 m desses elementos.

CRITÉRIOS PARA APLICAÇÃO DE DORMENTES ESPECIAIS

TABELA 1.7: CRITÉRIO PARA APLICAÇÃO DE DORMENTES ESPECIAIS

AMV* PONTES/VIADUTOS SEM LASTRO PONTES/VIADUTOS COM LASTRO

MADEIRA SIM SIM SIM

AÇO SIM NÂO NÃO*


CONCRETO SIM* NÂO NÃO*
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A aplicação de dormentes de aço e de concreto em pontes e viadutos com lastro somente poderá
ocorrer se o projeto dos dormentes for adaptado para possibilitar a instalação de contratrilhos.

Atualmente, somente se recomenda a aplicação de dormentes especiais de concreto para AMV em


jacarés de ponta móvel.

Nos jacarés de ponta fixa, há os inconvenientes da grande variação entre os valores de eixamento
dos veículos ferroviários, que provocam esforços excessivos quando da sua passagem pelos jacarés.

Em relação aos dormentes de aço especiais para AMV, existe projeto apenas para linhas sem
sinalização de tráfego.

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Critérios para reemprego de dormentes


Critérios para reemprego
de dormentes
Há situações em que, juntamente a dormentes considerados inservíveis, são retirados dormentes
com capacidade de reaproveitamento.

A classificação de dormentes entre inservíveis e reempregáveis deverá basear-se nos critérios


especificados, que determinam a retirada de serviço das peças. Nos serviços de manutenção da
linha, os dormentes manejados deverão ser classificados entre reempregáveis e inservíveis, sendo
separados em pilhas distintas.

Com relação aos dormentes de madeira reempregáveis, poderá haver opções de se alterar as
dimensões de comprimento das peças, seccionando as suas parcelas deterioradas, tarugando e
refazendo furos ou recuperando os furos. Especificamente, a análise dos dormentes de madeira
deve ser dada com base nos seguintes critérios:

>>a camada de alburno do dormente pode estar apodrecida, mas, se o cerne estiver íntegro, a
princípio, o dormente tem condições de reemprego;

>>em caso de dúvida quanto à condição de apodrecimento, apoiar o dormente numa superfície
plana e bater no centro e nas extremidades do mesmo com o lado da soca da picareta; som
grave indica estrutura interna sã, podendo o dormente ser classificado como reemprego, desde
que atenda as demais condições abaixo; som oco indica que a estrutura está comprometida,
sendo o dormente classificado como inservível (sucata);

>>analisar se a região de fixação permite tarugamento e nova furação, mesmo que seja necessário
pequeno deslocamento relativo da placa de apoio em relação ao eixo longitudinal ou transversal
do dormente. Neste caso o dormente deverá ser tarugado e classificado como REEMPREGO.

FIGURA 1.16: EXEMPLO DE DORMENTE DE REEMPREGO POR NOVA FURAÇÃO – 1.


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FIGURA 1.17: EXEMPLO DE DORMENTE DE REEMPREGO POR NOVA FURAÇÃO – 2.

Caso apenas o tarugamento não seja suficiente para garantir nova furação e fixação, observar a
outra face do dormente, girando-o 180º em seu eixo longitudinal, e verificar a condição para
assentamento das placas de apoio e fixações, mesmo que haja necessidade de entalhamento na face
que estava apoiada no lastro, para um perfeito apoio da placa ou do patim do trilho no dormente. Se
esta face atender a estas condições, o dormente deverá ser tarugado e classificado como
REEMPREGO. Em caso negativo, será classificado como INSERVÍVEL (sucata).

FIGURA 1.18: EXEMPLO DE DORMENTE DE REEMPREGO POR GIRO DE 180º - 1.

Dormentes com esmagamento na região da placa de apoio ou do patim do trilho, devido à penetração
dos mesmos, desde que atendam às condições anteriores, serão considerados REEMPREGO após
tarugamento, entalhe ou aplicação, com giro de 180º em relação ao seu eixo longitudinal.

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Critérios para reemprego de dormentes


FIGURA 1.19: EXEMPLO DE DORMENTE DE REEMPREGO POR GIRO DE 180º - 2.

EXEMPLO DE DORMENTE DE REEMPREGO POR GIRO DE 180º

Dormentes em que é visível a ação de agentes biológicos causadores da destruição da madeira


(fungos ou insetos) serão classificados como inservível (sucata).

Os dormentes classificados como reemprego, quanto a sua forma, deverão ter a seguinte destinação:

>>Dormentes com seção prismática ou semiprismática para linhas principais;


>>Dormentes com seção circular (roliço) para linhas de pátios, desvios ou terminais.

Nos dormentes de aço, há a possibilidade de se avaliar a possibilidade de submeter a peça ao


processo de desempeno para seu reemprego.

Os dormentes de concreto não preveem processos de recuperação de peças. Somente aqueles que
apresentem integridade plena podem ser reempregados na linha.
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Espaçamento e taxa de dormentação


Espaçamento e taxa de
dormentação
ESPAÇAMENTO E TAXA DE DORMENTAÇÃO DE DORMENTES COMUNS

Os espaçamentos entre eixos de dormentes comuns, por espécie, para curvas e tangentes, são os
mostrados na Tabela 1.8 abaixo.

TABELA 1.8: ESPAÇAMENTO ENTRE EIXO DE DORMENTES COMUNS, POR ESPÉCIE PARA CURVAS E TANGENTES

ESPÉCIE TAXA DE
DISTÂNCIA ENTRE OS
FERROVIA BITOLA DORMENTE DORMENTE POR
EIXOS DOS DORMENTES
COMUM KM

Métrica/
EFVM Madeira 1850 540mm
Larga
EFVM Métrica Aço 1650/1820 600/550*mm
Métrica/
FCA Madeira 1750 570mm
Larga
FCA Métrica Concreto 1640 610mm
EFC Larga Madeira 1850 540mm
EFC Larga Aço 1640 610mm
EFC Larga Concreto 1640 610mm

*Na EFVM, o espaçamento dos dormentes de aço será de 550 mm, em curvas acima de 4º (R ≤ 280 m),
devido à necessidade de se aumentar a resistência da grade, em relação ao esforço transversal, e a
capacidade de suporte, em função da sobrecarga recebida pelo trilho interno, ocasionada pela
superelevação próxima ao limite máximo admissível. Em locais específicos da ferrovia, onde a
velocidade de operação é inferior a 30 km/h e onde são admissíveis parâmetros de manutenção
menos rigorosos, o espaçamento dos dormentes poderão ser superiores ao definido na tabela,
desde que aprovados por responsável da Via Permanente. A referência para a marcação de eixos dos
dormentes em curvas pode ser tanto o trilho interno quanto o trilho externo.
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ESPAÇAMENTO E TAXA DE DORMENTAÇÃO DE DORMENTES ESPECIAIS

Os espaçamentos entre eixos de dormentes especiais serão definidos de acordo com a Tabela 1.9
abaixo.

TABELA 1.9: ESPAÇAMENTO ENTRE EIXOS DE DORMENTE ESPECIAIS

APLICAÇÃO DE DORMENTES ESPECIAIS CRITÉRIOS PARA ESPAÇAMENTO

AMV Conforme plano de assentamento do AMV

PONTES/VIADUTOS SEM LASTRO Conforme projeto da ponte/viaduto

PONTES/VIADUTOS COM LASTRO Espaçamento igual ao dormente comum

DIÂMETROS DE BROCAS PARA FURAÇÃO DE DORMENTES DE MADEIRA COMUNS E


ESPECIAIS

Para cada espécie de elemento a ser utilizado na afixação da placa de apoio ao dormente de
madeira, tem-se um diâmetro especificado para a furação a ser executada. Conheça, na Tabela 1.10
abaixo, o elemento de fixação diâmetro da broca a ser utilizada.

TABELA 1.10: ESPAÇAMENTO ENTRE EIXOS DE DORMENTE ESPECIAIS

Elemento de fixação Diâmetro de broca a ser utilizada

Prego de linha

Tirefond 3/4” 5/8”

Tirefond 21mm

Tirefond 7/8” 11/16”

Tirefond 24mm 3/4”

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Espaçamento e taxa de dormentação


ESPAÇAMENTO DE DORMENTES EM JUNTAS METÁLICAS PERMANENTES E JUNTAS
ISOLADAS ENCAPSULADAS OU COLADAS

Os dormentes posicionados em juntas permanentes obedecerão ao espaçamento, conforme


indicado na Tabela 1.11 abaixo.

TABELA 1.11: POSICIONAMENTO DE DORMENTES EM JUNTAS EM LINHA DE FIXAÇÃO ELÁSTICA

POSICIONAMENTO DE DORMENTES EM JUNTAS EM LINHAS DE FICAÇÃO ELÁSTICA


Perfil de Trilho A B C
TR-37
TR-45 208mm 500mm Espaçamento
especificado
TR-50

TR-57 241mm 500mm Espaçamento


especificado

TR-68 241mm 500mm Espaçamento


especificado

FIGURA 1.20: GABARITO PARA POSICIONAMENTO DE DORMENTES


SOB JUNTAS EM LINHAS DE FIXAÇÃO ELÁSTICA.

POSICIONAMENTO DE DORMENTES EM JUNTAS EM LINHAS DE FIXAÇÃO RÍGIDA

TABELA 1.12: POSICIONAMENTO DE DORMENTES EM JUNTAS EM LINHA DE FIXAÇÃO RÍGIDA

POSICIONAMENTO DE DORMENTES EM JUNTAS EM LINHAS DE FICAÇÃO RÍGIDA


Perfil de Trilho A B C
TR-37
TR-45 208mm
Espaçamento
TR-50 500mm especificado
TR-57
241mm
TR-68
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FIGURA 1.21: GABARITO PARA POSICIONAMENTO DE DORMENTES


SOB JUNTAS EM LINHAS DE FIXAÇÃO ELÁSTICA.

ESPAÇAMENTO DE DORMENTES EM PONTOS DE SOLDAS DOS TRILHOS

As soldas aluminotérmicas deverão ser executadas no centro dos vãos, existentes entre os dormentes.

Nas situações de alteração de espaçamentos dos dormentes, deve-se impedir que as áreas de
influência dos elementos de fixação dos trilhos coincidam com as soldas aluminotérmicas
préexistentes. Nesses casos, os espaçamentos dos dormentes devem ser ajustados, deslocando-se
quantos dormentes foram necessários nessa região, e alterando o seu espaçamento em +/-10 mm,
mantendo-se o quadramento em relação ao eixo da linha.

Em casos de soldas por eletrofusão apresentarem defeitos de acabamento no patim do trilho, os


mesmos cuidados devem ser tomados.

ALTURA DE LASTRO

Em linhas com dormente de aço, a altura do lastro será dada pela distância vertical entre aba lateral
que compõe o dormente de aço, e a plataforma da linha.

Em linhas com dormente de madeira, concreto ou dormente alternativo, a altura do lastro será dada
pela distância vertical entre a face inferior do dormente, na região da área de apoio do trilho, e a
plataforma da linha.

FIGURA 1.22: ALTURA DE LASTRO.

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Espaçamento e taxa de dormentação


FIGURA 1.23: REFERÊNCIA PARA AFERIÇÃO DA ESPESSURA DE LASTRO EM DORMENTE DE AÇO.

FIGURA 1.24: REFERÊNCIA PARA AFERIÇÃO DA ESPESSURA DE LASTRO EM


DORMENTE DE MADEIRA, CONCRETO OU ALTERNATIVO.

TABELA 1.13: REFERÊNCIAS PARA O DIMENSIONAMENTO DA ALTURA DO LASTRO

DORMENTE FERROVIA Altura do lastro• Largura do ombro Inclinação do talude


(mm) do lastro* (mm) do lastro

AÇO EFVM 400 400 3:2

CONCRETO EFVM 350 350 3:2


MADEIRA/ EFVM 300 300 3:2
ALTERNATIVOS

AÇO EFC 400 400 3:2

CONCRETO EFC 400 400 3:2

MADEIRA/ EFC 400 400 3:2


ALTERNATIVOS

CONCRETO FCA 300 300 3:2

MADEIRA/ FCA 300 300 3:2


ALTERNATIVOS
VALER - EDUCAÇÃO VALE

Os valores da tabela acima são apenas referências. O dimensionamento da altura do lastro será
baseado nos seguintes elementos:

>>tensão admissível da plataforma ferroviária;


>>espaçamento e largura da base do dormente;
>>perfil do trilho;
>>carga por eixo.

Qualquer alteração na carga, por eixo ou demais elementos que podem influenciar neste
dimensionamento, a espessura de lastro deverá ser redefinida.

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Socaria manual e semimecanizada


Socaria manual e
semimecanizada
Na aplicação dos dormentes de qualquer espécie, a socaria é fundamental para garantir o
alinhamento e nivelamento da linha após os serviços. Utilizando equipamento de pequeno porte,
deve-se posicionar a ferramenta de socaria, junto e paralelamente ao dormente, na direção vertical e
sempre com a ponteira dirigida para o trilho, conforme a figura abaixo. Se necessário, retira-se o
lastro circundante ao dormente, para facilitar a penetração do equipamento, garantindo uma melhor
socaria da linha.

Para realizar a socaria, o executante insere a lâmina no lastro, inclinando-a para frente, para trás e
para os lados, de modo a abrir passagem para o escoamento do lastro para baixo do dormente, de
acordo com a figura abaixo. Em seguida, a lâmina será recuada e novamente inserida, sem sair do
lastro, até que suficiente quantidade de brita/escória seja compactada sob o dormente. Não é
necessário forçar o equipamento para baixo. O executante deve deixar que o próprio peso do
conjunto, associado à vibração, execute o serviço, empurrando e compactando as pedras para baixo
do dormente. Veja abaixo, na Figura 1.25, a demonstração de como proceder.

FIGURA 1.25: SOCARIA MANUAL – 1.

A socaria manual consiste na utilização de picareta de socar para prensar as pedras de brita sob os
dormentes. No início dos trabalhos, o lastro deverá ser retirado para permitir a introdução da
ferramenta que irá inserir as pedras de lastro sob os dormentes.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

FIGURA 1.26: SOCARIA MANUAL – 2.

SOCARIA DE DORMENTES COM EGP

Nos trabalhos de socaria com EGP após os serviços de aplicação de dormentes deve-se garantir a
distância de 10 mm e 15 mm entre a parte superior da ferramenta de soca e a face inferior do
dormente, evitando fuga de lastro, com perda de nivelamento posterior, caso a distância seja
superior a 15 mm. Distância inferior a 10 mm provoca contato da ferramenta de soca com a face
lateral do dormente, prejudicando a qualidade da socaria.

FIGURA 1.27: SOCARIA DE DORMENTES COM EGP.

Quando ocorrer alteração da espécie do dormente a ser socado, é obrigatório efetuar o ajuste nas
ferramentas de socaria, de modo a atender as distâncias estabelecidas (10 mm a 15 mm), conforme
indicado anteriormente.

Nas linhas com dormentes de aço, especiais de AMV, e/ou caso ocorra a aplicação de dormentes a
eito, é necessário efetuar socaria múltipla, com dois recalques do conjunto de socaria por dormente.

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Socaria manual e semimecanizada


Entende-se por dois recalques a atividade de elevar a grade efetuando o nivelamento, descer o
conjunto de socaria, efetuar o fechamento das ferramentas de soca e consolidar o lastro, elevar a
banca de socaria, mantendo a linha suspensa pelo conjunto de nivelamento, e efetuar nova
penetração e fechamento das ferramentas de soca, para consolidação final do lastro.

Nas linhas com dormentes de concreto e madeira basta efetuar socaria simples, consistindo em
elevar a grade efetuando o nivelamento, descer o conjunto de socaria, efetuar o fechamento das
ferramentas de soca e consolidar o lastro.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Principais defeitos apresentados nos dormentes


Principais defeitos
apresentados nos
dormentes
DORMENTES DE MADEIRA

Os dormentes de madeira são passiveis de apodrecimento, principalmente do alburno, perda da


capacidade de retenção da fixação por degradação ou por furações em excesso, trincas ou rachaduras,
empeno, principalmente em dormentes de AMV’s, ou por armazenamento inadequado, danos
causados por acidentes, penetração ou deslizamento da placa de apoio.

Os responsáveis pelo recebimento de dormentes de madeira deverão ser treinados nas especificações
técnicas correspondentes.

Atenção especial deverá ser dispensada na avaliação da largura e altura dos dormentes na região
onde serão fixados as placas de apoio ou o patim do trilho, para evitar insuficiência de seção.

DORMENTES DE AÇO

Os dormentes de aço são passiveis de fratura ou ruptura da seção transversal, na ligação das abas com
o shoulder, na região das abas e na região de apoio dos trilhos. Pode ocorrer deformação na região do
shoulder, comprometendo a retenção ou aplicação das fixações, geralmente provocada por
descarrilamento.

Podem ocorrer ainda deformações longitudinais, que comprometem a bitola correta da via.

Dormentes com corrosão, que resulta em redução da parede do perfil, serão substituídos
imediatamente.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

FIGURA 1.28: DORMENTE DE AÇO APRESENTANDO CORROSÃO.

FIGURA 1.29: DORMENTE DE AÇO APRESENTANDO FRATURA.

DORMENTES DE CONCRETO

Os dormentes de concreto monobloco são passíveis de trincas, fraturas ou ruptura da seção transversal,
trincas ou fraturas na região das fixações, que comprometem a colocação ou retenção das mesmas,
desgaste na região de apoio dos trilhos, que comprometem o correto apoio do patim, e inclinação dos
trilhos com comprometimento da bitola da via. Deverão ser observados os conjuntos dos acessórios.

Os dormentes de concreto bi-bloco são passiveis de fratura ou ruptura no perfil metálico de ligação
entre os blocos de concreto, trincas ou fraturas, na região das fixações, que comprometem a colocação

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Principais defeitos apresentados nos dormentes


ou retenção das mesmas, fraturas na região dos blocos de concreto, com exposição das ferragens,
desgaste na região de apoio dos trilhos, que comprometem o correto apoio do patim, e inclinação dos
trilhos, com comprometimento da bitola da via.

FIGURA 1.30: DORMENTE DE CONCRETO COM DEFEITOS NA REGIÃO DE FIXAÇÃO.


VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Inspeção
Inspeção
Nas inspeções, deverá ser verificada a integridade dos dormentes em executar suas funções.
Deverão ser observados os possíveis defeitos dos dormentes, conforme mostrado nas Tabelas 1.14,
1.15 e 1.16 abaixo.

TABELA 1.14: TABELA DE POSSÍVEIS DEFEITOS DE DORMENTES DE MADEIRA

ESPÈCIE DEFEITO SINTOMAS POSSÍVEIS DE DIAGNÓSTICOS

Dormente
Linha desni-
com som
velada sem Penetração ou
ocado em
Apodre- causa especí- Abertura de deslizamento Tirefond Presença
resposta
-cimento fica em trilhos, bitola da placa de frouxos de fungos
a teste de
lastros ou apoio
impacto de
infraestrutura
ferramenta

Penetração
Perda de
ou desliza-
capacidade Abertura de Tirefond Furos em
-mento da Trinca Rachadura
MADEIRA de retenção bitola frouxos excesso
placa de
da fixação
apoio

Perda de Danos cau-


Fratura do
capacidade Trinca Rachadura sados por Queimado
dormente
estrutural acidente

Empeno

Ausência
VALER - EDUCAÇÃO VALE

TABELA 1.15: TABELA DE POSSÍVEIS DEFEITOS DE DORMENTES DE AÇO

ESPÈCIE DEFEITO SINTOMAS POSSÍVEIS DE DIAGNÓSTICOS

Linha
desnivelada
sem causa Aba do
Dormente Abertura de
específica dormente
fraturado bitola
em trilhos, elevada
lastros ou
infraestrutura

Danos
Dormente Fechamento Dano causado
causados
empenado de bitola por EGP
por acidente
AÇO

Perda de Shoulder Furos do Soldado


capacidade amassado ou hook-in com shoulder
estrutural quebrado ovalização trincada

Danos
Perda de
causados
capacidade Corrosão Rachadura Trinca
por
estrutural
acidente

Ausência

TABELA 1.16: TABELA DE POSSÍVEIS DEFEITOS DE DORMENTES DE CONCRETO

ESPÈCIE DEFEITO SINTOMAS POSSÍVEIS DE DIAGNÓSTICOS

Dormente Danificado Racha-


Trinca
fraturado por acidente dura

Dormente Danos
Fechamento
empenado causados por
de bitola
(bi-bloco) acidente
Ruptura da
haste de
Abertura de Desalinha-
ligação do
CONCRETO bitola mento
dormente bi-
bloco
Perda da
Shoulder Shoulder com
capacidade
quebrado desgaste
de fixação
Danos
Perda da Corrosão
causados Concreto de- Ferragem
capacidade do aço (bi- Rachadura Trinca
por aci- sagregado exposta
estrutural bloco)
dente

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Inspeção
PERCENTUAL DE DORMENTES INSERVÍVEIS POR QUILÔMETRO DE LINHA E
SEQUÊNCIA DE INSERVÍVEIS ADMISSÍVEL

O percentual de dormentes inservíveis por quilômetro é estabelecido em função da tonelagem


bruta trafegada por dia, carga por eixo e perfil de trilho, conforme tabelas abaixo.

Estes parâmetros devem ser perseguidos para ajuste das taxas de dormentes inservíveis das
ferrovias da Vale.

TABELA 1.17: TAXA DE DORMENTES INSERVÍVEIS ADMISSÍVEIS POR QUILÔMETRO

GRUPO Limites (TBT/Dia)

1 T > 120.000

2 120.000 > T > 70.000


3 70.000 > T > 40.000
4 40.000 > T > 25.000
5 25.000 > T > 12.500
6 12.500 > T > 6.000
7 6.000 > T > 3.000
8 3.000 > T > 1.500
9 T < 1.500

TABELA 1.18: TAXA DE DORMENTES INSERVÍVEIS ADMISSÍVEIS POR GRUPO DE LINHA, TIPO DE TRILHA,
CARGA POR EIXO

% DORMENTES PODRES ADMISSÍVEIL v<= 55


GRUPO DE TIPO DE CARGA
LINHA TRILHO EIXO
Tang R >= 350 250<R<350 R<=250

68 30 20% 20% 15% 10%


1,2,3
57 30 10% 10% 5% 3%

57 20 15% 15% 10% 5%


4,5,6
45 20 15% 15% 10% 5%
5,6 Carga
45 20 10% 10% 5% 3%
perigosa

7,8,9 37 20 25% 25% 20% 15%

7,8,9 Carga 37 20 20% 20% 15% 10%


VALER - EDUCAÇÃO VALE

Além das taxas de dormentes inservíveis, definidas nas tabelas acima, deverá ser considerada a
quantidade máxima de dormentes inservíveis em sequência, definida em função da velocidade dos
trens, perfil de trilho, carga por eixo e TBT.

A quantidade de dormente inservível deverá ser quantificada em segmentos de extensão de 1 Km


cada. Em cada segmento quilométrico os elementos de planta deverão ter a discriminação das
respectivas quantidades de dormentes inservíveis.

TABELA 1.19: SEQUÊNCIA DE INSERVÍVEIS ADMISSÍVEIS EM RELAÇÃO A DORMENTES DE MADEIRA – EFC

EFC VMA (Km/h)

Perfil de Carga por


Grupo de Linha 40 50 60 70 80
Trilho Eixo

68 32,5 2 2 2 1 1
T > 40.000
57 32,5 1 1 0 0 0

Largura 24 Espaçamento 54
Parâmetros: Dormentes de Madeira
(cm)
Altura 17 Comprimento 280

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Inspeção
TABELA 1.20: SEQUÊNCIA DE INSERVÍVEIS ADMISSÍVEIS EM RELAÇÃO A DORMENTES DE MADEIRA – FCA

FCA VMA (Km/h)

Grupo de Perfil de Carga


30 40 50 60 70
Linha Trilho por Eixo

68 25 2 2 1 1 1
68 20 3 3 3 3 2

Grupo 1 57 25 1 1 0 0 0
T > 40.000 57 20 3 2 2 1 1
50 25 0 0 0 0 0
50 20 2 2 1 1 0
57 20 3 3 3 3 2
50 25 2 1 1 1 0
50 20 3 3 3 2 2
Grupo 2
6.000 < T < 45 25 1 0 0 0 0
40.000
45 20 3 2 2 1 1
37 20 1 1 0 0 0
37 18 2 2 1 1 0
45 25 2 1 1 1 0
45 20 3 3 3 2 2
Grupo 3 37 20 2 2 1 1 0
T < 6.000
37 18 3 3 2 2 1

32 18 1 1 0 0 0

Largura 22 Espaçamento 57
Dormentes de Madeira
Parâmetros: (cm)
Altura 16 Comprimento 200
VALER - EDUCAÇÃO VALE

TABELA 1.21: SEQUÊNCIA DE INSERVÍVEIS ADMISSÍVEIS EM RELAÇÃO A DORMENTES DE MADEIRA – EFVM

EFC VMA (Km/h)

Perfil de Carga por


Grupo de Linha 30 40 50 60 70
Trilho Eixo

68 27,5 2 2 1 1 1

68 25 2 2 1 1 1
T > 40.000
57 25 1 1 0 0 0
57 20 3 2 2 1 1

Largura 24 Espaçamento 54
Parâmetros: Dormentes de Madeira
(cm)
Altura 18 Comprimento 230

A sequência proposta nas tabelas acima considerou o limite do módulo de resistência do trilho para
a designação da quantidade máxima de dormentes inservíveis. Não foram considerados os esforços
laterais, que, nas hipóteses de curvas com raios rigorosos, poderão exigir sequenciamentos mais
rígidos.

Em relação às demais espécies de dormentes (aço, concreto e materiais alternativos), o


sequenciamento máximo admissível de inservíveis de referência será a tabela calculada em função
do dormente de madeira.

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MAnutenção dos dormentes


Manutenção dos
dormentes
POSICIONAMENTO DE DORMENTES QUANTO AO ESPAÇAMENTO

Os dormentes deverão ser aplicados e mantidos no espaçamento estabelecido, com tolerância de 10


mm. Durante esses trabalhos é proibido golpear os dormentes, devendo ser utilizadas alavancas
para o reposicionamento, após afrouxamento das fixações.

Nas situações de alteração de espaçamentos dos dormentes, deve-se impedir que as áreas de
influência dos elementos de fixação dos trilhos coincidam com as soldas aluminotérmicas
préexistentes.

Nesses casos, os espaçamentos dos dormentes devem ser ajustados, deslocando-se quantos
dormentes forem necessários nessa região, e alterando o seu espaçamento em +/- 10 mm,
mantendo-se o quadramento em relação ao eixo da linha.

Em casos de soldas por eletrofusão que apresentarem defeitos de acabamento no patim do trilho, os
mesmos cuidados devem ser tomados.

POSICIONAMENTO DE DORMENTES QUANTO AO ESQUADRO EM RELAÇÃO AO


EIXO DA LINHA

Os dormentes deverão ser aplicados e mantidos perpendicularmente em relação ao eixo da linha.


Em linhas com fixação rígida, tolera-se até 100 mm para bitola métrica e 160 mm, para bitola larga,
para o deslocamento de uma extremidade do dormente em relação ao seu eixo original. Quando
houver ultrapassado o limite estabelecido, os dormentes deverão ser posicionados em esquadro em
relação ao eixo da linha. Durante esses trabalhos é proibido golpear os dormentes, devendo ser
utilizadas alavancas para o reposicionamento, após afrouxamento das fixações. Também é
necessário sempre realizar a socaria nos dormentes que foram reposicionados.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

TARUGAMENTO DE FUROS DE DORMENTES DE MADEIRA

Para todas as situações que impliquem em modificações das furações de dormentes de madeira, será
obrigatório tarugar os furos que não serão utilizados para impedir retenção de umidade, com
favorecimento do apodrecimento. Os tarugos serão de madeira e terão as dimensões abaixo.

>>Fixação a prego de linha: tarugo prismático, com 16 mm x 16 mm x 120 mm.


>>Fixação com tirefond 3/4”: tarugo cilíndrico, com diâmetro de 17 mm x 120 mm.
>>Fixação com tirefond 21mm: tarugo cilíndrico, com diâmetro de 19 mm x 120 mm.
>>Fixação com tirefond 7/8”: tarugo cilíndrico, com diâmetro de 19 mm x 120 mm.
>>Fixação com tirefond 24mm: tarugo cilíndrico, com diâmetro de 22 mm x 120 mm.

ENTALHE DE DORMENTES DE MADEIRA

O entalhe de dormentes de madeira ocorrerá para corrigir imperfeições na face de assentamento das
placas de apoio, de forma que as mesmas fiquem num mesmo plano horizontal. Na maioria das
situações o entalhe é executado em estaleiro por máquinas apropriadas.

Na FCA, para aplicação de dormentes sem utilização de placa de apoio, será obrigatório o entalhe do
dormente, com a inclinação de 1:20, para que seja garantida a correta inclinação dos trilhos. Na
maioria das situações esse entalhe é executado com ferramentas manuais.

MANUTENÇÃO DE DORMENTES DE CONCRETO

Dormentes de concreto, com perda de material que não comprometa a integridade estrutural e
exponha a ferragem interna da peça, devem ser recuperados com argamassa apropriada.

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Manuseio
Manuseio
CARGA, DESCARGA, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

As operações de carga e descarga de dormentes não podem afetar a integridade das peças.

Os dormentes que forem transportados por veículos ferroviários devem, preferencialmente, ser
embarcados em vagões plataforma, pois possibilita uma descarga mais segura ao longo da ferrovia.

Os dormentes que forem transportados por veículos rodoviários devem, preferencialmente, ser
embarcados em carrocerias abertas, não sendo recomendado utilizar-se de caçambas cujo processo
de descarga seja o de bascular.

Nos centros de recebimento e distribuição consolidada de dormentes, todo o manuseio das peças
deve ser realizado por empilhadeiras, sendo que as pilhas de dormentes novos não devem ter
Relembrando
contato direto com o solo, para preservar a integridade das peças antes de sua aplicação na linha.

Os dormentes devem estar previamente empilhados para as operações


de carga e descarga.

RECOLHIMENTO

Os dormentes retirados da linha devem ser agrupados em pilhas que possibilitem o seu
carregamento mecanizado ou facilitem essa operação de modo manual. As pilhas devem estar
dispostas, de modo a garantir a manutenção do gabarito seguro de passagem dos trens do local.

Os dormentes devem ser selecionados entre inservíveis e reempregáveis, em pilhas distintas e


identificadas.

Pesquisando

Observando
VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Critérios para retirada de serviço


Critérios para retirada de
serviço
Independente da espécie de dormente utilizada, a peça necessita de substituição a partir do momento
em que deixa de exercer alguma, ou, concomitantemente, as seguintes funções:

1. suportar os trilhos;

2. absorver e transmitir ao lastro as cargas horizontais e verticais, recebidas


pelos trilhos, oriundas do tráfego;

3. manter a bitola especificada para a via;

4. manter íntegro o sistema de fixação;

5. manter a estabilidade da via nos planos vertical e horizontal (longitudinal e


transversal);

6. manter a conformação geométrica especificada do AMV – Aparelho de


Mudança de Via.

CRITÉRIOS PARA RETIRADA DE DORMENTES DE MADEIRA

O dormente de madeira será retirado da linha quando for identificado nas situações abaixo.

>>A degradação por apodrecimento não deve comprometer a capacidade de suportar cargas
verticais, e de manter o nivelamento da via e nem o poder de retenção das fixações. A camada
de alburno do dormente pode estar apodrecida, mas, se o cerne estiver íntegro, a princípio o
dormente tem condições de reemprego.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

FIGURA 1.31: EXEMPLO DE DORMENTE INSERVÍVEL POR EXCESSO DE FURAÇÃO


E APODRECIMENTO NA REGIÃO DA FIXAÇÃO.

>>Verificar existência de fratura ou ruptura transversal no eixo dormente ou na região de apoio


das placas, geralmente provocada por descarrilamento. Verificar fratura ou ruptura horizontal
na face lateral. Verificar esmagamento das extremidades (cabeças), provocado por
descarrilamento, e que comprometa a retenção das fixações. Dormentes com fratura, ruptura
transversal ou com esmagamento, que comprometa a retenção das fixações, será classificado
como inservível (sucata).

FIGURA 1.32: EXEMPLO DE DORMENTE INSERVÍVEL POR FRATURA TRANSVERSAL.

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Critérios para retirada de serviço


>>Verificar se a região da fixação de placas de apoio ou patins dos trilhos está comprometida por
apodrecimento (esta região é propicia a apodrecimento, devido à retenção de umidade). Neste
caso, não se justifica o tarugamento e nem mesmo o emprego do dormente girado, pois não
será garantida a condição de fixação. O dormente será classificado como inservível (sucata).

FIGURA 1.33: EXEMPLO DE DORMENTE INSERVÍVEL POR APODRECIMENTO SOB A PLACA DE APOIO.

CRITÉRIOS PARA RETIRADA DE DORMENTES DE AÇO

O dormente de aço será retirado da linha quando for identificado nas situações abaixo.

>>Existência de fratura ou ruptura transversal no eixo do dormente, na ligação das abas com o
shouder, na região das abas e na região de apoio dos trilhos.

>>Deformação na região do shouder, que comprometa a retenção ou aplicação das fixações.


>>Deformação na geometria do dormente, que comprometa a bitola.
>>Desgastes mecânicos nos furos de fixação do shoulder hook-in, causando abertura de bitola.
>>Corrosão que comprometa a espessura do perfil do dormente.

FIGURA 1.34: DORMENTES DE AÇO FRATURADO NA EFVM.


VALER - EDUCAÇÃO VALE

CRITÉRIOS PARA RETIRADA DE DORMENTES DE CONCRETO

O dormente de concreto será retirado da linha quando for identificado nas situações abaixo.

>>Ruptura do dormente, que comprometa a sua função.


>>Danos nos shoulder de fixação que não tenham possibilidade de substituição.
>>Trincas ou fissuras na área de apoio do trilho.

FIGURA 1.35: DORMENTE DE CONCRETO BI-BLOCO COM FRATURAS NA HASTE DE AÇO – FCA.

FIGURA 1.36: DORMENTE DANIFICADO POR AUSÊNCIA DE MANUTENÇÃO DA PALMILHA.

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Destinação final
Destinação final
DORMENTES DE MADEIRA

Os dormentes de madeira considerados inservíveis para a utilização na linha terão como destinação
final:

>>confecção de mourões de cercas;


>>fundos e laterais de baias, para depósitos de materiais da Vale e FCA;
>>escoramento de aterros e banquetas;
>>apoio para peças de grande porte e patolamento de equipamentos de grande porte;
>>incineração em fornos apropriados para esta finalidade.

DORMENTES DE AÇO

Os dormentes de aço considerados inservíveis para a utilização na linha terão como destinação final:

>>escoramento de aterros e banquetas;


>>sucata.

DORMENTES DE CONCRETO

Os dormentes de aço considerados inservíveis para a utilização na linha terão como destinação final:

>>escoramento em geral;
>>enrocamento.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

Módulo II
MANUTENÇÃO DE
DORMENTES

Neste módulo, você conhecerá os procedimentos padrões para carga, descarga e substituição de
dormentes e acessórios.

Você estudará os padrões de aplicação, cuidados de uso e recursos necessários para substituição de
dormentes.

Depois de estudar este módulo, você estará apto a:

>>conhecer o padrão e os recursos necessários à carga e descarga de dormentes;


>>conhecer o padrão do processo de retirada e substituição de dormentes e acessórios.
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Carga e descarga manual/mecanizada


Carga e descarga
manual/mecanizada
DESCARGA DE CARGAS QUE PODEM SER PROJETADAS (DORMENTES, TRILHOS,
FIXAÇÕES, CHAPARIA, SUCATAS, ETC.)

São todas as cargas que, por sua natureza e constituição, podem ser jogadas ou projetadas, sem
comprometer sua futura utilização, e que não colocam em risco a segurança das pessoas, da operação
e do patrimônio.

Relembrando
Com relação à carga livre, o(s) executante(s) deve(m) empurrá-la ou jogá-la, com o uso de ferramenta(s)
ou manualmente. Após cair a quantidade prevista para o local, o veículo deve ser deslocado para o
próximo ponto, para continuar a descarga.

Verificar o local de trabalho antes das atividades, caso alguma carga caia sob ou entre veiculo, a descarga
deve ser interrompida, e, com a completa parada do veículo, a carga deve ser retirada pelos executantes.

É proibida a movimentação em cima da carga com o veículo em


movimento. Preferencialmente, os executantes devem evitar deslocarem-se
sobre as cargas; havendo necessidade de movimentação, devem atentar a
possíveis torções, quedas, aprisionamentos, escoriações e luxação.

A operação de carga e descarga de dormentes em condições chuvosas deve ser evitada. Quando
realizada, deve-se ter atenção redobrada por parte de executantes e líderes. Caso as chuvas sejam
torrenciais, a operação deve ser interrompida e só retomada quando as condições tornarem-se mais
amenas.

Na execução desta tarefa, os executantes estão expostos ao esforço excessivo, ao empurrar ou puxar
Pesquisando
objetos. Os executantes devem sempre observar os degraus das escadas, ao descer e subir dos
veículos, e sempre que possível, utilizar os corrimãos. Há perigos de queda de pessoa com diferença
e de mesmo nível.
Observando

A comunicação e sincronismo entre os executantes são fundamentais para uma descarga


ordenada e segura.

Há grande risco ergonômico, os executantes devem atentar quanto à postura no trato com as cargas.

Para a descarga de dormentes, você deve manter postura adequada, posicionar o dormente, de forma
que o mesmo fique transversal em relação ao caminhão, para que possa ser empurrado para baixo.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

Há outra opção de descarga, em que dois funcionários deverão pegar o


dormente, um em cada extremidade e, em forma de balanço, jogá-lo ao
chão. Um dos funcionários fará uma voz de comando, para coordenar o
movimento de impulso, para jogar o dormente ao chão.
Relembrando Nesse tipo de descarga o dormente ficará em sentido longitudinal em
relação ao caminhão.
Relembrando

Em ambos os casos, poderá ser necessário uma alavanca para erguer o


dormente, para fazer a pega.

Redobrar atenção quando os dormentes estiverem molhados, pois os


mesmos se tornam escorregadios.

Verificar local onde pisa, para evitar torções e quedas pessoais.

Também deverá ser observado se não há risco de queda dos dormentes


durante a descarga, e todas as pessoas não envolvidas na atividade
deverão ser retiradas do local (principalmente o motorista).

DESCARGA DE CARGAS QUE NÃO PODEM SER PROJETADAS (FERRAMENTAS,


EQUIPAMENTOS, MATERIAIS FRÁGEIS, ETC.)
Pesquisando
São todas as cargas que, por sua natureza e constituição, não podem ser jogadas, pois podem
Pesquisando
comprometer sua futura utilização, ou então, quando jogadas, colocam em risco a segurança das
pessoas, Observando
ou da operação ou do patrimônio.

Se não háObservando
como fazer o descarregamento mecânico com a carga livre, o(s) executante(s) deve(m)
pegar a mesma, com o uso de ferramenta(s) ou manualmente, e transportá-la para o local
previamente definido. Quando necessário, a carga será entregue para outro(s) executante(s)
concluir(em) a descarga.

Após descarga prevista para o local, se necessário, o veículo que contém o restante da carga deve ser
deslocado para o próximo ponto, para continuar a descarga.

No transporte manual de cargas que necessitam de acondicionamento/empilhamento, os


executantes devem atentar-se às irregularidades do piso, obstáculos, pessoas transitando, pisos
escorregadios, etc., e, assim, a equipe deve planejar um melhor trajeto até o local definido. Durante
o transito os executantes devem comunicar-se, para manter o sincronismo e evitar acidentes.

Na execução desta tarefa, os executantes estão expostos ao esforço excessivo, ao empurrar ou puxar
objetos. Os executantes devem sempre observar os degraus das escadas, ao descer e/ou subir dos
veículos, e sempre utilizar os corrimãos. Há perigos de queda de pessoa com diferença e de mesmo
nível, há riscos de ergonomia.

Deve-se atentar para a descarga ordenada com comunicação e sincronismo entre os executantes.

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Carga e descarga manual/mecanizada


É proibido circular com pessoas sobre vagão, carreta, vagonete e veículo
de VP, exceto durante as atividades de descarga de materiais que possam
ser projetados. Além disso, os deslocamentos não poderão ultrapassar
500 metros e com velocidade máxima de 5 km/h.

CARGA DE CARGAS QUE PODEM SER PROJETADAS (FIXAÇÕES, CHAPARIA,


SUCATAS, FUEIROS, ETC.)

Verificar sempre o local de trabalho antes do início das atividades, para certificar-se que nele haverá
Pesquisando
condição de recebimento da carga, com segurança para operação e para os executantes da tarefa.

O(s) executante(s) deve(m) jogar/lançar a carga com o uso de ferramenta(s) ou manualmente. Após
carregar Observando
a carga prevista, se necessário, o veículo deve ser deslocado para o próximo ponto, para
continuar a carga.

Antes de qualquer deslocamento, os executantes devem certificar-se de que a disposição da carga


não irá colocar em risco a operação, como excesso de carga ou carga excêntrica. Se os executantes
não possuírem conhecimento para esta avaliação, ou não estiverem seguros, devem convocar a
presença do supervisor ou responsável pela atividade, para liberar o deslocamento do trem.

Na execução desta tarefa, os executantes estão expostos ao esforço excessivo, ao jogar/lançar a


carga. Os executantes devem sempre observar os degraus das escadas, ao descer e subir dos
veículos, e sempre utilizar os corrimãos. Há perigos de queda de pessoa com diferença e de mesmo
nível, há também alto risco ergonômico.

CARGA DE CARGAS QUE NÃO PODEM SER PROJETADAS (DORMENTES,


FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS, MATERIAIS FRÁGEIS, ETC.)

Verificar o local de acondicionamento da carga, antes do inicio das atividades, para certificar-se de que
haverá espaço suficiente para transitar, se necessário, e acondicionamento da carga com segurança.

O(s) executante(s) deve(m) carregar a carga com o uso de ferramenta(s) ou manualmente. Após
carregar o montante previsto, se necessário, o veículo deve ser deslocado para o próximo ponto,
para continuar a carga.

Na execução desta tarefa, os executantes estão expostos ao esforço excessivo, ao carregar e/ou
transitar com a carga. Os executantes devem sempre observar os degraus das escadas, ao descer e
subir dos veículos, e sempre utilizar os corrimãos. Há perigos de queda de pessoa com diferença e de
mesmo nível, e também de ergonomia.

Deve-se atentar para a ordenação da carga. A comunicação e sincronismo entre os executantes são
fundamentais para uma boa execução da atividade.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Retirar acessórios metálicos


Retirar acessórios
metálicos
RETIRAR FIXAÇÕES DOS DORMENTES INSERVÍVEIS

Em caso de substituição de dormentes a eito, é permitida a retirada de fixações em, no máximo, dois
dormentes em sequência, sob o risco de abertura de bitola e flambagem do trilho, colocando em
risco a segurança operacional.

Na ocasião em que o dormente estiver com suas fixações comprometidas, o dormente seguinte
também deverá permanecer fixado.

Veja abaixo como retirar cada tipo de fixação de dormentes insersíveis.

RETIRAR FIXAÇÃO PANDROL

Para retirar, posicionar o Pampuller na aba do grampo e no olhal da placa de apoio e forçar a
ferramenta, até a completa retirada do grampo.

Para retirar fixação Pandrol em placas de apoio originais, possivelmente será necessário o auxílio de
Relembrando
uma marreta para executar a atividade.

Só é permitida a utilização da marreta para auxílio na retirada dos grampos


em placas de apoios originais, onde não é possível a retirada dos mesmos
com Pampuller.

As pessoas que não estiverem envolvidas na atividade da retirada da


fixação deverão manter-se a uma distância de, no mínimo, 15 metros, a não
ser que estejam portando todos os EPI’s necessários para a execução da
retirada (luvas, capacete com jugular aplicada, óculos, botina com biqueira,
perneira de PVC com talas, colete refletivo ou uniforme de cor viva, avental
de raspa tipo barbeiro e protetor facial).

Neste passo, os executantes deverão atentar às irregularidades do piso,


para evitar quedas e torções e manter uma postura adequada.

Pesquisando

Observando
VALER - EDUCAÇÃO VALE

RETIRAR FIXAÇÃO DEENIK

Na retirada, posicionar o extrator (solão) entre grampo e a alma do trilho. Com o auxílio de uma
marreta, bater na parte superior do extrator, de modo a soltar o grampo do encaixe da placa. A
Figura 2.1 abaixo demonstra a retirada de um grampo Deenik com a ferramenta citada.

FIGURA 2.1: RETIRADA DE UM GRAMPO DEENIK.

Os executantes devem manter-se sempre afastados do raio de projeção da marreta utilizada por outro
empregado e interromper sua atividade se verificar outro empregado próximo ao raio da sua ferramenta.

RETIRAR FIXAÇÃO DE PREGO

Retirar prego manualmente com alavanca

Para retirar um prego utilizando somente a alavanca, deve-se posicionar a garra dela, com a fenda
entre a cabeça do prego e a superfície da placa de apoio, pressionando a extremidade oposta da
alavanca para baixo. Se o prego não sair, calçar a alavanca utilizando uma cunha metálica. Esse passo
está demonstrado na Figura 2.2 abaixo:

FIGURA 2.2: RETIRADA DE PREGO COM CALÇO DE CUNHA METÁLICA.

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Retirar acessórios metálicos


O executante deve manter as mãos posicionadas próximas à extremidade superior da alavanca,
para evitar que sejam prensadas. O executante não deve exercer esforço excessivo, para evitar
lesões na coluna.

Retirar prego com auxílio de marreta e unha

Caso não seja possível remover o prego utilizando-se somente da alavanca, usa-se a marreta de 5 Kg
e “unha”. Deve-se encaixar a “unha” entre o prego e a placa de apoio do prego e bater com a marreta
na sua extremidade superior até o ponto em que prego possa ser extraído com alavanca, conforme
demonstra a Figura 2.3:

FIGURA 2.3: RETIRADA DE PREGO COM AUXÍLIO DE MARRETA E UNHA.

Há riscos de projeção do prego, marreta ou partículas e prensamento de membros. Assim, verificar


sempre as condições do cabo da marreta. Posicionar um dos pés do lado oposto ao da batida sobre o
prego, para evitar a projeção do mesmo.

As pessoas que não estiverem envolvidas na atividade da retirada da fixação deverão manter-se a uma
distância de, no mínimo, 15 metros, a não ser que estejam portando todos os EPI’s (luvas, capacete com
jugular aplicada, óculos, botina com biqueira, perneira de PVC com talas, colete refletivo ou uniforme de cor
viva, avental de raspa tipo barbeiro e protetor facial) necessários para a execução da retirada.

Os executantes devem manter-se sempre afastados do raio de projeção da marreta utilizada por outro
empregado e interromper sua atividade, se verificar outro empregado próximo ao raio da sua ferramenta.

Retirar prego utilizando equipamento mecanizado

Posicionar a máquina de arrancar pregos para um dos trilhos e encaixar a “garra” da máquina entre a
cabeça do prego e a superfície da placa de apoio. Ao transportar e movimentar a máquina, evitar esforço
excessivo dimensionado o número adequado de pessoas para carregá-la, adotando uma posição
ergonômica correta. Somente ligar a máquina após ela estar parada e posicionada para o trabalho.
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RETIRAR TIREFOND

Retirar Tirefond utilizando equipamento mecanizado

Posicionar a carretilha (carrinho da tirefonadeira) sobre a via e, posteriormente, fixar a tirefonadeira


nela. Verificar qual o soquete (castanha) é adequado às dimensões do tirefond a ser retirado e
encaixá-lo na tirefonadeira. Encaixar o soquete na “cabeça” do tirefond, para desparafusá-lo e, em
seguida, retirá-lo.

Ao transportar e movimentar a máquina, evitar esforço excessivo, dimensionando o número


adequado de pessoas para carregá-la, adotando uma posição ergonômica correta. Somente ligar a
tirefonadeira após a mesma estar parada e posicionada no lado de trabalho. A colocação ou
substituição do soquete na tirefonadeira somente é permitida com o equipamento desligado.

Se o equipamento utilizado for uma tirefonadeira portátil, também conhecida como Master 35, a
sequência da atividade é idêntica.

Retirar Tirefond manualmente

Encaixar a chave na cabeça do tirefond e girá-la no sentido apropriado para desparafusar. Esta
tarefa exige a participação de dois executantes para evitar esforço excessivo, torções lombares e
lesões à coluna.

RETIRAR FIXAÇÃO RN

Retirar fixação RN utilizando equipamento mecanizado

Posicionar a carretilha sobre a via e, posteriormente, fixar a tirefonadeira nela. Verificar qual o
soquete (castanha) é adequado às dimensões do parafuso RN a ser retirado e encaixá-lo na
tirefonadeira. Encaixar o soquete na porca do parafuso, para desparafusá-lo e, em seguida, retirar o
clipe elástico, o parafuso RN e o coxim, se existente.

Ao transportar e movimentar a máquina, evitar esforço excessivo, dimensionado o número


adequado de pessoas para carregá-la, adotando uma posição ergonômica correta. Somente ligar a
tirefonadeira após a mesma estar parada e posicionada no lado de trabalho. A colocação ou
substituição do soquete na tirefonadeira somente é permitida com o equipamento desligado.

Retirar fixação RN manualmente

Encaixar a chave na porca do parafuso RN e girá-la no sentido apropriado para desparafusar; em


seguida, retirar o clipe elástico, o parafuso RN e o coxim se existente. Esta tarefa exige a participação
de dois executantes para evitar esforço excessivo e lesões à coluna.

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Retirar acessórios metálicos


SELECIONAR FIXAÇÕES PARA REEMPREGO

Após a retirada das fixações, deverá ser feita a seleção do material a ser reempregado.

Em caso de fixação Deenik, para não utilizar grampos danificados, deve-se fazer uma inspeção
visual, apoiando-o em uma superfície plana, depois verifica-se o espaço entre as pernas do grampo
e a superfície plana, que deve ser de aproximadamente 2 mm e não pode ultrapassar a 4 mm.

RETIRAR RETENSOR

caso não haja retensor no local, esta atividade não é aplicável. caso haja retensor no local, o lastro deve
ser retirado antes da execução desta atividade. Para tal, deve-se bater com uma marreta em sua
extremidade menor, forçando-o para baixo, até que o ressalto aí existente destrave-o. Depois disso,
posicionar um dos pés do lado oposto ao da batida sobre o retensor, para evitar a projeção do mesmo.

Há riscos de projeção do retensor, marreta ou partículas e prensamento de membros. Assim, verificar


sempre as condições das ferramentas.

As pessoas que não estiverem envolvidas na atividade da retirada da fixação deverão manter-se a uma
distância, de no mínimo, 15 metros, a não ser que estejam portando todos os EPI’s necessários para a
execução da retirada (luvas, capacete com jugular aplicada, óculos, botina com biqueira, perneira de
PVC com talas, colete refletivo ou uniforme de cor viva, avental de raspa tipo barbeiro e protetor facial).

Os executantes devem manter-se sempre afastados do raio de projeção da marreta utilizada por outro
empregado e interromper sua atividade se verificar outro empregado próximo ao raio da sua ferramenta.

RETIRAR PLACA DE APOIO OU PALMILHA (DORMENTE DE CONCRETO)

Com uma alavanca apoiada no dormente, forçá-la para baixo, levantando o trilho o mínimo possível,
de modo a folgar a placa/palmilha, empurrando-a com alavanca ou marreta no sentido do trilho até
sua completa retirada. Caso o lastro esteja excedente, fazer limpeza com utilização de forcados.

Em dormente de concreto, com uma alavanca apoiada no dormente, forçá-la para baixo, levantando
o trilho o mínimo possível para a retirada manual da palmilha e coxim. Deverá ser utilizada uma
espátula para facilitar a retirada da palmilha.

Esta operação deve ser realizada com cuidado, a utilização da alavanca para levantar o trilho oferece
perigo de esforço excessivo e quedas por escapar do trilho. O empregado deve, sempre que
necessitar, pedir ajuda a um empregado mais próximo, não utilizar as mãos para fazer a retirada da
placa de apoio, e muita atenção na retirada das palmilhas, há risco de aprisionamento de membros.
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Retirar dormente a ser substituído


Retirar dormente a ser
substituído
Deslocando o dormente até que o mesmo caia para o vão aberto. Empurrando com alavanca e
arrastando com tenaz e depositando em local onde possa ser recolhido e/ou empilhado.

Esta atividade pode ocasionar esforço excessivo por parte do executante, é recomendável que se
faça em dupla. Os executantes devem ter cuidados com quedas e escorregões que podem causar
acidentes devido às irregularidades do lastro e de materiais e ferramentas próximas. É dever do
executante manter sua frente de trabalho organizada, de modo a evitar acidentes.
Relembrando

Caso seja necessário, retirar mais lastro, para possibilitar o recebimento


do dormente novo com a placa de apoio. Em caso de dormentes
reemprego, executar o tarugamento dos furos.

Pesquisando

Observando
VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Retirar lastro
Retirar lastro
Utilizando-se de picareta, forcado (gadanho) ou enxada, retirar o lastro entre os dormentes,
removendo o ombro até a face inferior do dormente a ser substituído; no caso de lastro muito
contaminado/compactado, pode ser necessário utilizar o rompedor. Nesta tarefa, o empregado deve
ter especial atenção em relação à postura do corpo, na retirada e lançamento do lastro, há também
perigo de queda, devido às irregularidades do lastro.

Caso haja retensor no local, o próximo passo será sua retirada, verificar passo 4.6.3. Caso negativo
segue-se ao passo posterior.
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Tarugar furos
Tarugar furos
Os furos do dormente devem ser tarugados, conforme os três passos ilustrados na Figura 2.4 abaixo.

FIGURA 2.4: FUROS DO DORMENTE SENDO TARUGADOS.

1. Colocar um tarugo (cilíndrico ou prismático) de madeira no furo.

2. Bater com a marreta, até preencher todo o furo (ver Figura 2.4).

3. Retirar, com a enxó a “rebarba” excedente do Tarugo.

Relembrando

Caso seja necessário, retirar mais lastro, para possibilitar o recebimento


do dormente novo com a placa de apoio. Em caso de dormentes
reemprego, executar o tarugamento dos furos.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

TARUGO CILÍNDRICO TARUGO PRISMÁTICO

19 mm (para Tirefond 3/4’’)


22 mm (para Tirefond 7/8’’)
23 mm (para Tirefond 24mm)

FIGURA 2.5: TIPOS E DIMENSÕES DE TARUGOS.

Dimensões dos tarugos:

Prego:

Tarugo prismático, com 16 x 16 e, no mínimo, 100 mm (ver Figura2.5).

Tirefond: (ver Figura2.5):

3/4” e 21 mm – Tarugo cilíndrico, com diâmetro de 19 mm e comprimento de 150 mm.

7/8” – Tarugo cilíndrico, com diâmetro de 22 mm e comprimento de 150 mm.

24 mm – Tarugo cilíndrico, com diâmetro de 23 mm e comprimento de 150 mm.


Relembrando

Se o trilho for fixado diretamente no dormente, executar o entalhamento


do dormente.

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Entalhar dormente
Entalhar dormente
Veja abaixo o passo a passo do desenvolvimento da atividade para cada tipo de dormente.

DORMENTES SEM PLACA DE APOIO

1. Escolher a melhor face do dormente e marcar com giz o centro do mesmo, tomando-se por base
o seu comprimento.

FIGURA 2.6: PASSO 1 DO PROCEDIMENTO DE ENTALHAR DORMENTES SEM PLACA DE APOIO.

2. A partir do centro em direção às extremidades, marcar a posição dos eixos dos trilhos.

FIGURA 2.7: PASSO 2 DO PROCEDIMENTO DE ENTALHAR DORMENTES SEM PLACA DE APOIO.


VALER - EDUCAÇÃO VALE

3. A partir das posições dos eixos dos trilhos em direção aos dois lados, marcar as posições
extremas do patim do trilho adotado, cuidando que a posição interna seja ultrapassada em 5 cm.

FIGURA 2.8: PASSO 3 DO PROCEDIMENTO DE ENTALHAR DORMENTES SEM PLACA DE APOIO.

Relembrando

Este passo pode ser realizado utilizando-se o gabarito de entalhamento.

4. Utilizar a enxó no sentido longitudinal do dormente, cortando do lado externo em direção ao


interno, na inclinação de 1:20.

Pesquisando

Observando

FIGURA 2.9: PASSO 4 DO PROCEDIMENTO DE ENTALHAR DORMENTES SEM PLACA DE APOIO.

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Entalhar dormente
Para cada variação de 1 mm de altura aumenta-se 20 mm de
comprimento), cuidando que a superfície cortada não fique empenada.
Em dormentes que possam ser trabalhados fora da linha, utilizar o
gabarito de entalhamento.
Relembrando

>>Há perigos de corte e projeção de partículas. Deve-se utilizar perneira adequada (caneleira) e
óculos de segurança.

>>Sempre deve ser observado o raio de projeção do enxó utilizado, e a tarefa deve ser
interrompida, se houver risco com a aproximação de outro empregado.

DORMENTES DE JUNTA COM TALAS DE ABAS


Relembrando
1. Deverá ser feito entalhe, com serrote e enxó, em forma de caixão, ou seja, deverá ser aberto
um sulco com altura, para encobrir o patim do trilho e a aba da tala, apoiando no patim do trilho.
Neste caso não há a inclinação de 1:20.

2. As cabeças destes dormentes não podem ficar salientes em relação aos dormentes da linha.

Pesquisando Os perigos e medidas de segurança são semelhantes ao passo 4 da


atividade de entalhar dormentes sem placa de apoio.

Observando

Pesquisando

Observando
VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Colocar dormente novo


Relembrando

Colocar dormente novo

Inserir a placa de apoio, com o auxilio de alavanca apoiada no dormente,


forçá-la para baixo, levantando o trilho o mínimo possível para a
Relembrando inserção manual, deixando a mesma centralizada em relação ao eixo do
dormente novo, ajustada ao patim do trilho e com a superfície inclinada
voltada para o eixo da linha.

Em dormente de concreto, com uma alavanca apoiada no dormente, forçá-la para baixo, levantando
o trilho o mínimo possível para a inserção manual da palmilha e coxim, deixando a mesma
centralizada em relação ao eixo do dormente novo, ajustada ao patim do trilho.

Pesquisando Esta operação deve ser realizada com cuidado, para não haver o
aprisionamento de dedos. O empregado deve, sempre que necessitar,
pedir ajuda a um empregado mais próximo. Evitar sempre colocar as
mãos sob os trilhos e as chapas. Observar utilização do avental de raspa
Observando tipo barbeiro e protetor facial, caso seja necessária a inserção da placa
com o auxilio da marreta.
Relembrando

Caso o dormente a ser aplicado já venha chapeado ou não for utilizar


chapa, deve-se pular o próximo passo.
Pesquisando

Colocar placa de apoio ou palmilha (dormente de concreto)

Observando
Com umaRelembrando
alavanca apoiada no dormente, forçá-la para baixo, levantando o trilho o mínimo possível,
de modo a folgar a placa/palmilha, empurrando-a com alavanca ou marreta no sentido do trilho, até
sua completa retirada. Caso o lastro esteja excedente, fazer limpeza com utilização de forcados.

Em dormente de concreto, colocar uma alavanca apoiada no dormente e forçá-la para baixo,
levantando o trilho o mínimo possível para a retirada manual da palmilha e coxim. Deverá ser
utilizada uma espátula, para facilitar a retirada da palmilha.

Esta operação deve ser realizada com cuidado para não haver o
aprisionamento de dedos. O empregado deve, sempre que necessitar,
Pesquisando pedir ajuda a um empregado mais próximo. Evitar sempre colocar as
mãos sob os trilhos e as chapas. Observar utilização do avental de raspa
tipo barbeiro e protetor facial, caso seja necessária a inserção da placa
com o auxilio da marreta.
Observando

Pesquisando
VALER - EDUCAÇÃO VALE

Relembrando

Caso o dormente a ser aplicado já venha chapeado ou não for utilizar


chapa, deve-se pular o próximo passo.

COLOCAR PLACA DE APOIO OU PALMILHA (DORMENTE DE CONCRETO)

Com uma alavanca apoiada no dormente, forçá-la para baixo, levantando o trilho o mínimo possível,
de modo a folgar a placa/palmilha, empurrando-a com alavanca ou marreta no sentido do trilho até
Relembrando
sua completa retirada. Caso o lastro esteja excedente, fazer limpeza com utilização de forcados.

Em dormente de concreto, colocar uma alavanca apoiada no dormente e forçá-la para baixo,
levantando o trilho o mínimo possível para a retirada manual da palmilha e coxim. Deverá ser
utilizada uma espátula para facilitar a retirada da palmilha.

Pesquisando
Esta operação deve ser realizada com cuidado.

A utilização da alavanca para levantar o trilho oferece perigo de esforço


Observando excessivo e quedas, por escapar do trilho, o empregado deve, sempre que
necessitar, pedir ajuda a um empregado mais próximo.

Não utilizar as mãos para fazer a retirada da placa de apoio, e muita


atenção na retirada das palmilhas: há risco de aprisionamento de membros.

Pesquisando

Observando

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Realizar socaria
Realizar socaria
SOCARIA MANUAL UTILIZANDO EQUIPAMENTO LEVE

Após a substituição do dormente, é necessário executar a socaria do mesmo, para garantir


estabilidade da via. Para tanto, o executante posiciona a lâmina do vibrador junto e paralelamente
ao dormente, na direção vertical, e sempre com a ponteira dirigida para o trilho, conforme
demonstrado na Figura 2.10 abaixo. Se necessário, recompor parte do lastro com auxilio de gadanho
para execução da socaria.

PONTA DA LÂMINA
DIRIGIDA PARA O TRILHO

FIGURA 2.10: POSICIONAMENTO DA LÂMINA DO VIBRADOR PARA REALIZAR SOCARIA.

Para realizar a socaria, o executante insere a lâmina no lastro, inclinando-a para frente, para trás e
para os lados, de modo a abrir passagem para o escoamento do lastro para baixo do dormente, de
acordo com a figura abaixo. Em seguida, a lâmina será recuada e novamente inserida, sem sair do
lastro, até que suficiente quantidade de brita/escória seja compactada sob o dormente. Não é
necessário forçar o vibrador para baixo. O executante deve deixar que o próprio peso do conjunto,
associado à vibração, execute o serviço, empurrando e compactando as pedras para baixo do
dormente. Abaixo, figuras demonstrando como proceder.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

FIGURA 2.11: SOCARIA MANUAL COM EQUIPAMENTO LEVE.

Nesta tarefa, o empregado deve ter especial atenção em relação à postura do corpo quando estiver
fazendo os movimentos com o vibrador. O esforço excessivo pode ocorrer caso o executante não
saiba manejar a ferramenta ou não tenha boa prática. Caso o volume de serviços seja excessivo, é
aconselhável fazer rodízio dos executantes, para descanso na tarefa.

A socaria da linha deve ser executada em todo dormente, sendo que, na faixa de 25 cm em relação
ao trilho, deverá haver uma maior compactação do lastro, conforme o esquema abaixo:

FIGURA 2.12: SOCARIA CRUZADA.

As tomadas do vibrador somente podem ser conectadas e desconectadas ao motor se ele estiver
desligado. Atenção aos cabos, a fim de evitar eventuais avarias no decorrer da tarefa que possam
causar choques elétricos aos operadores.

Concluída a socaria, recompor o lastro deslocado no processo e completar os locais em que seja
necessário. Ao recolher brita/escória com gadanho (forcado) o executante deve separar o material
reaproveitável das impurezas e retornar este material para os locais de onde foi retirado ou removido
para realização da socaria. Nesta tarefa, deve-se cuidar para que a plataforma e o sistema de
drenagem não sejam contaminados.

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Realizar socaria
Caso o local fique com necessidade de recomposição futura de lastro, por falta de material, esta
pendência deve ser anotada para ser alvo das próximas descargas de lastro. Em caso de AMV’s em
operação, não poderá ficar nenhuma hipótese ou restos de lastro, na região da agulha, que venham a
comprometer sua operação.

SOCARIA MANUAL COM PICARETA DE SOCA

Após a substituição do dormente, é necessário executar a socaria do mesmo para garantir


estabilidade da via. Antes de iniciar a socaria, “calçar” a cabeça do dormente e pressioná-lo contra o
trilho com uma alavanca. Com uma picareta de soca, empurrar a brita para baixo do dormente e
pressioná-la com a ponta, de forma inclinada e alinhada com o eixo da linha conforme a Figura 2.13
abaixo. Se necessário, recompor parte do lastro com auxilio de gadanho para execução da socaria.

FIGURA 2.13: SOCARIA DO DORMENTE.

Ainda com a picareta de soca, pressionar as pedras do lastro umas sobre as outras, golpeando-as
com energia na região de 25 cm para cada lado do trilho e de forma cruzada, de acordo com as
Figuras 2.14 e 2.15 abaixo, entre a base do dormente e o “calo” da linha. A socaria deve ser realizada
debaixo de todo o dormente, concentrando-se, no entanto, na região de 25 cm para cada lado do
trilho.

Durante a socaria do dormente de concreto, há grande risco de prensamento das mãos e dedos na
quina dos dormentes.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

FIGURA 2.14: REGIÃO DE 25 CM LATERAL DO TRILHO ONDE SOCAR O DORMENTE.

FIGURA 2.15: REGIÃO ABAIXO DO DORMENTE ONDE DEVE SER FEITA A SOCARIA.

Ao término da socaria, recompor o lastro deslocado no processo e completar, se for o caso.

A critério da fiscalização, este passo pode não ser executado se, no local, estiver previsto socaria com
Equipamento de Grande Porte (EGP) e que este esteja programado para liberar a linha, após seus
Relembrando
trabalhos.

Caso haja retensor no local, o próximo passo será sua aplicação; caso
negativo, segue-se ao passo posterior.

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Aplicar retensor
Aplicar retensor
Relembrando

O retensor é aplicado batendo-se com marreta em sua extremidade maior, forçando-o, até que o
ressalto existente na outra extremidade trave-o. Posicionar um dos pés do lado oposto ao da batida
sobre o retensor, para evitar a projeção do mesmo. Os retensores deverão ficar encostados nas
laterais do dormente e na parte interna da linha.

Há riscos de projeção do retensor, marreta ou partículas e prensamento


de membros. Assim, verificar sempre as condições do cabo da marreta.

Pesquisando

Observando
VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Regularizar lastro
Regularizar lastro
Recolhendo o lastro com gadanho (forcado), separar o material reaproveitável das impurezas, através
de movimentos vibratórios, e retornar o material reaproveitável para os locais de onde o lastro foi
removido.Relembrando
Nesta tarefa, deve-se cuidar para que a plataforma e o sistema de drenagem fiquem
isentos de materiais.

Caso o local fique com necessidade de recomposição futura por falta de material, esta pendência
deve ser anotada para ser alvo das próximas descargas de lastro. Em caso de AMV’s em operação
não poderá ficar nenhuma hipótese ou restos de lastro na região da agulha, que venham
comprometer sua operação.

Nesta tarefa, o empregado deve ter especial atenção em relação à


postura do corpo no recolhimento e lançamento do lastro na grade e nas
irregularidades do piso.

Pesquisando

Observando
VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Furador dormente
Furar dormente
Relembrando

A bitola deve ser verificada e caso não esteja conforme, haverá


necessidade de fazer a correção da bitola que será executada de acordo
com o PRO-0106-GAVTG–Corrigir Bitola. Após execução do PRO-0106-
GAVTG, a substituição do dormente se dará como concluída.

FURAR DORMENTE COM EQUIPAMENTO MECANIZADO

O operador da máquina deve regular o mandril da máquina, para ajustar a profundidade do furo de
acordo com a espessura do dormente e o comprimento do prego ou tirefond. Qualquer ajuste ou
substituição de peças e implementos deve realizar-se com a máquina desligada.

Para executar a furação do dormente, será utilizada máquina de furar dormente convencional
(Manutenção Programada) ou portátil, Master 35, (Manutenção Corretiva e/ou Emergencial). De
acordo com o tipo de equipamento a ser utilizado, o operador posiciona a máquina conforme
Pesquisando
demonstram as figuras abaixo.

Observando

FIGURA 2.16: MÁQUINA DE FURAR DORMENTE CONVENCIONAL.


VALER - EDUCAÇÃO VALE

FIGURA 2.17: MÁQUINA DE FURAR DORMENTE PORTÁTIL – MÁSTER 35.

Relembrando

Em seguida, deve-se encaixar a guia da proteção da broca no furo da placa que receberá a fixação.
Nos dormentes que não possuem placa de apoio, a extremidade da guia de proteção da broca deve
apoiar-se sobre o patim do trilho, no ponto marcado para o furo. Com a máquina posicionada sobre
o local para executar o furo, aciona-se o equipamento, até que o mandril toque a superfície da chapa
de apoio ou dormente, conforme for o caso.

O executante deve ter cuidado com partes móveis/rotativas da máquina,


pois a broca pode atingir o uniforme do executante ou membros
inferiores. É proibida a utilização de camisa para fora da calça nesta
tarefa.

FURAR DORMENTE MANUALMENTE

O executante deve posicionar o arco de pua no centro dos furos das placas que deverão receber as
fixações. Se a furação for em dormente sem placa, posicionar o arco de pua, encostando a sua broca
no patimPesquisando
do trilho, no ponto em que deverá receber a fixação.

Para furar, o executor precisa pressionar o arco de pua para baixo, de modo que a guia da broca
penetre na madeira. Após a guia penetrar na madeira do dormente, o executor gira o arco de pua até
Observando
que a broca atinja a profundidade da fixação adotada. Em seguida, deve-se girar o arco em sentido
contrário e puxar a ferramenta para fora do furo. Antes da furação, deve-se ajustar a placa de apoio
ao trilho.

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Furador dormente
FIGURA 2.18: FURAÇÃO MANUAL DE DORMENTE UTILIZANDO ARCO DE PUA.

POSICIONAMENTO DOS FUROS NOS DORMENTES COM PLACAS DE APOIO

Quando se utilizar dois tirefonds ou pregos por placa, a disposição dos novos furos será em forma de
“V” em relação ao sentido da quilometragem, de acordo com a figura abaixo, de modo que a ponta
do “V” esteja posicionada do lado em que a quilometragem for crescente. Quando utilizar três
tirefonds ou pregos por placa, alternar fixação a cada dormente, ora uma do lado interno e duas do
lado externo, ora duas do interno e uma do externo. Caso o sentido do “V” no local estiver
padronizado no sentido decrescente, o mesmo deverá ser mantido.

FIGURA 2.19: POSICIONAMENTO DOS FUROS AO SE UTILIZAR DOIS TIREFONDS OU PREGOS POR PLACA.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

POSICIONAMENTO DOS FUROS NOS DORMENTES SEM PLACA DE APOIO

Quando utilizar 2 tirefond ou pregos por trilho, a disposição dos novos furos, caso o sentido do V
estiver padronizado, será em forma de “V” em relação ao sentido da quilometragem, de modo que a
ponta do “V” esteja posicionada do lado em que a quilometragem for crescente (ver figura abaixo).

FIGURA 2.20: POSICIONAMENTO DOS FUROS AO SE UTILIZAR DOIS TIREFONDS OU PREGOS POR TRILHO.

Quando utilizar três tirefonds ou pregos por placa, alternar a fixação a cada dormente, ora uma do
lado interno e duas do lado externo, ora duas do interno e uma do externo. O posicionamento dos
furos é calculado conforme mostrado na Figura 2.21 e seguindo os critérios abaixo.

1. Dividir a largura útil do dormente por aproximadamente 3.

2. A partir das extremidades, puxar a medida encontrada em direção ao centro do dormente.

3. Marcar neste ponto a posição do furo, observando o passo 1.

FIGURA 2.21: POSICIONAMENTO DOS FUROS AO SE UTILIZAR TRÊS TIREFONDS OU PREGOS POR PLACA.

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Furador dormente
Relembrando

Entende-se por largura útil do dormente aquela região que tem condição de receber um furo na
profundidade adotada. No caso do dormente usado, deverá ser feito o tarugamento do dormente e
a furação deverá ser onde for possível.

Além dos riscos citados no próprio procedimento, é relevante lembrar


que há riscos na operação da máquina de furar que envolvem as partes
móveis e rotativas, e não é permitida a substituição de brocas com a
máquina ligada. É obrigatório que suas partes móveis estejam sempre
protegidas.

Pesquisando

Observando
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Fixar dormente
Fixar dormente
APLICAR FIXAÇÃO PANDROL

Para aplicar, inserir o grampo Pandrol manualmente na fenda da placa de apoio e pressioná-lo sobre
o trilho, utilizando-se do Pampuller até o encaixe final.

APLICAR FIXAÇÃO DEENIK


Relembrando

Na aplicação, posicionar o grampo Deenik em frente à fenda da placa de apoio e encaixar o alicate
de montagem a ele. Abrindo as hastes do alicate de montagem, pressionar a parte frontal do
grampo, para encaixá-lo na fenda da placa de apoio. Após o encaixe, o grampo é desacoplado do
alicate. Assim, posiciona-se o aplicador (Puxador) para grampo Deenik, forçando-o, até que suba
totalmente no patim do trilho.

É proibida a utilização de pixote ou marreta nesta atividade.

Pesquisando

Observando

FIGURA 2.22: APLICAÇÃO DE DE FIXAÇÃO DEENIK.


VALER - EDUCAÇÃO VALE

APLICAR FIXAÇÃO DE PREGO

Aplicar o prego no furo da placa de apoio destinado a recebê-lo. Se o trilho for assentado
diretamente no dormente, aplicar o prego no furo realizado no dormente para recebê-lo. Com a
marreta, golpear a cabeça do prego, até que ele encoste-se ao patim do trilho. Se for verificado que
a cabeça do prego encostou-se ao patim do trilho, mas ainda há um espaço entre a lateral do patim e
o corpo do prego, é necessário novo golpe, de modo a aproximar o corpo do prego da lateral do
patim.

Há riscos de projeção da marreta ou partículas e prensamento de membros. Assim, verificar sempre


as condições do cabo da marreta.

As pessoas que não estiverem envolvidas na atividade da aplicação da fixação deverão manter-se a
uma distância, de no mínimo, 15 metros, a não ser que estejam portando todos os EPI’s necessários
(luvas, capacete, óculos, botina com biqueira, colete refletivo ou uniforme de cor viva, avental de
raspa tipo barbeiro e protetor facial) para a execução da tarefa.

Os executantes devem manter-se sempre afastados do raio de projeção da marreta utilizada por
outro empregado e interromper sua atividade se verificar outro empregado próximo ao raio da sua
ferramenta.

APLICAR TIREFOND UTILIZANDO EQUIPAMENTO MECANIZADO

Posicionar a carretilha sobre a via e, posteriormente, fixar a tirefonadeira nela. Verificar qual o
soquete (castanha) é adequado às dimensões do tirefond a ser aplicado e encaixá-lo na
tirefonadeira. Encaixar o soquete na “cabeça” do tirefond e acionar a alavanca da máquina descendo
o mesmo até este encostar no patim do trilho.

Ao transportar e movimentar a máquina, evitar esforço excessivo dimensionado o número adequado


de pessoas para carregá-la adotando uma posição ergonômica correta. Somente ligar a tirefonadeira
após a mesma estar parada e posicionada no lado de trabalho. A colocação ou substituição do
soquete na tirefonadeira somente é permitida com o equipamento desligado.

Se o equipamento utilizado for uma tirefonadeira portátil, também conhecida como Master 35, a
sequência da atividade é idêntica.

APLICAR TIREFOND MANUALMENTE

Encaixar a chave na cabeça do tirefond e girá-la no sentido apropriado para parafusar, conforme a
necessidade seja a de retirá-lo ou aplicá-lo. Esta tarefa exige a participação de dois executantes, para
evitar esforço excessivo e lesões à coluna.

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Fixar dormente
Relembrando

No caso de dormente que será aplicado diretamente no trilho sem placa,


o mesmo já deverá estar entalhado.

Colocar os tirefonds, apertando-os com a tirefonadeira ou Master 35


ou chave de tirefond, apertando até o patim do trilho. Se a fixação for
somente de pregos, estes devem ser batidos com marreta até o patim do
trilho e colocando de volta os retensores, se houverem.

APLICAR FIXAÇÃO RN UTILIZANDO EQUIPAMENTO MECANIZADO

Posicionar a carretilha sobre a via e, posteriormente, fixar a tirefonadeira nela. Verificar qual o
soquete (castanha) é adequado às dimensões do parafuso RN a ser aplicado e encaixá-lo na
tirefonadeira. Encaixar o soquete na porca do parafuso RN e acionar a alavanca da máquina
descendo a porca até que esta aperte o clipe elástico RN contra o patim.

Ao transportar e movimentar a máquina, evitar esforço excessivo, dimensionado o número


Pesquisando
adequado de pessoas para carregá-la, adotando uma posição ergonômica correta. Somente ligar a
tirefonadeira após a mesma estar parada e posicionada no lado de trabalho. A colocação ou
substituição do soquete na tirefonadeira somente é permitida com o equipamento desligado.
Observando

APLICAR FIXAÇÃO RN MANUALMENTE

Inserir o parafuso RN no local de encaixe do dormente de concreto e, em seguida, colocar o clipe


elástico, a arruela e a porca no parafuso. Encaixar a chave na porca do parafuso RN e girá-la,
descendo a porca até que esta aperte o clipe elástico RN contra o patim.

Deverá ser observada a marca no topo do parafuso, indicando que o mesmo está preso ao encaixe
do dormente. Esta tarefa exige a participação de dois executantes para evitar esforço excessivo e
lesões à coluna.

Há riscos na operação da máquina tirefonadeira ou Master 35, que envolvem as partes móveis/
rotativas. Não é permitida a substituição do soquete com a máquina ligada, é obrigatório que suas
partes móveis estejam sempre protegidas. No uso da chave de tirefond deve-se ter o cuidado com a
postura correta e evitar esforço excessivo.
VALER - EDUCAÇÃO VALE

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Recolher material
Recolher material
Os dormentes inservíveis e materiais metálicos depositados na plataforma da linha devem ser
recolhidos diariamente em trens de serviço. Na impossibilidade de recolhimentos diários, os
dormentes e materiais devem ser empilhados em locais definidos pela fiscalização.

Cuidados devem ser tomados com esforço excessivo ao empurrar, erguer, puxar, manejar, sacudir ou
arremessar objetos e posturas incorretas.

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