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Universidade Federal de Ouro Preto

Escola de Minas – DECIV


Manutenção de Via Permanente Ferroviária – CIV 451

AULA 5
DEFEITOS QUE APARECEM NA VIA
SERVIÇOS MAIS COMUNS NA
CONSERVAÇÃO DA VIA

Manutenção de Via Permanente Ferroviária Prof. Dr. Gilberto Fernandes


DEFEITOS QUE APARECEM
NA VIA

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DEFEITOS QUE APARECEM NA VIA

1) NO PLANO HORIZONTAL

 Diferenças na bitola

 Afrouxamento da fixação

 Deslocamento transversal das tangentes

 Deslocamento das curvas (Curva enganchada ou ensacada)

 Arrastamento dos trilhos

 Deslocamento dos dormentes

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DEFEITOS QUE APARECEM NA VIA

2) NO PLANO VERTICAL

 Desnivelamentos na plataforma.

 Desnivelamentos nos trilhos (Laqueados, arriados).

 Desnivelamentos nas juntas dos trilhos. (Junta laqueada ou

arriada)

 Defeito na superelevação.

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DEFEITOS QUE APARECEM NA VIA

3) OUTROS DEFEITOS

 Desgaste ou fratura das talas de junção.

 Desgaste dos parafusos nas talas – Perda da rosca.

 Desgaste ou fratura dos trilhos.

 Defeito nos AMV (Aparelho de Mudança de Via).

 Colmatagem do lastro.

 Afrouxamento dos parafusos das juntas.

 Modificação na inclinação correta dos trilhos.

 Alargamento dos furos do dormente.

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DEFEITOS QUE APARECEM NA VIA

3) OUTROS DEFEITOS

 Crescimento de mato na faixa da linha.

 Apodrecimento dos dormentes.

 Defeitos de drenagem.

 Entupimento ou destruição das valetas de escoamento

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SERVIÇOS MAIS COMUNS

NA CONSERVAÇÃO DA VIA

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

1. Limpeza da faixa:

 Roçada – Corte à foice da vegetação arbustiva, a fim de


facilitar o trabalho das derrubadas.

 Capina – Ato de destruir a vegetação na plataforma da via


férrea. Pode ser manual, mecânica ou química.
 Capina Manual: realizada por meio de mão-de-obra
humana e utilização de ferramentas como enxadas, pás,
etc.
Desvantagem: Ocupa serviço de mão-de-obra, leva mais
tempo na execução do serviço, tem pouca produtividade e
baixa qualidade.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

 Capina Mecanizada: Realizada através de capinadeira


mecânica (papa-mato); executa a capina e raspagem em
ruas e avenidas arrancando o mato e todas as gramíneas,
substituindo, assim, a mão-de-obra de 50 operários.
Bom acabamento em vias públicas com operação simples e
segura. Alta produtividade e qualidade na capina.
 Capina Química: Controle do capim e do mato através do
uso de herbicidas. A maioria dos herbicidas são à base de
glifosatos que podem causar dificuldades respiratórias, dor
de cabeça, cansaço, tonturas, pertubação de visão,
náuseas, vômitos e diarréias. A capina química é realizada
manualmente com auxílio de equipamento de pulverização
e mão-de-obra humana.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

Vagão tanque especial para transporte de química, empregado no "mata-


mato" (capina química). Local: Botucatu. Stênio Gimenez, 1997.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

Capina química da Linha entre César de Souza e Sabaúna em Julho de 2002.

Início da higienização no km 445 em César de Souza

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

Capina química da Linha entre César de Souza e Sabaúna em Julho de 2002.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

Capina química da Linha entre César de Souza e Sabaúna em Julho de 2002.

Higienização km 446

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

CAPINA QUÍMICA
Desvantagens: Exige regras muito importantes quanto a sua
aplicação.
 De preferência não aplicar quando estiver ventando;
 Não aplicar em ladeiras;
 Não aplicar próximo das raízes das árvores;
 Usar EPI ( calça, luvas compridas, botas, óculos ou
máscaras, boné;
 Não comer e não fumar durante o trabalho;
 Tomar banho de chuveiro com sabonete após a aplicação;
 Trocar a roupa de aplicação diariamente e lavar a roupa
usada com água e sabão;
 Observar rigorosamente o plano de operações.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

2. Retificação da bitola – Modificação do traçado para reduzir o


número de suas curvas ou aumentar seus raios de
curvatura.

3. Substituição dos dormentes imprestáveis – Retirada dos


dormentes que não atendem as condições necessárias para
a trafegabilidade.

Ex: Dormentes de madeira apodrecidos que não possuem mais


condições de sustentar as fixações da via; Dormentes de
aço que sofreram avalia devido ao tráfego ou devido as
operações de manutenção da via permanente.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

4. Reforço da fixação – Material ou peça que se coloca em

determinadas partes para aumentar a resistência da

fixação.

5. Puxamento das tangentes – Operação necessária para

obter perfeita curvatura de concordância entre duas

tangentes diferentes.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

6. Puxamento das curvas – Operações necessárias para

efetuar deslocamento transversais da linha, visando obter

perfeita curvatura de concordância entre duas tangentes de

diferentes direções.

7. Nivelamento da linha - Colocação ou reposição da superfície

de rolamento da via na devida posição em perfil.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

8. Nivelamento das juntas - Consiste na operação de alterar

isoladamente as juntas, com socaria dos dormentes de

junta e guarda, visando colocá-las no mesmo plano da fila

dos trilhos, correspondente à rampa do trecho onde são

executados os trabalhos.

9. Construção de valetas de contorno nos cortes - Vala de

pequena seção transversal que coleta e escoa águas

superficiais na plataforma em corte.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

10. Construção de valetas de greide nos cortes e banquetas

nos aterros - Vala de pequena seção transversal que coleta

e escoa águas superficiais na plataforma em aterro.

11. Limpeza e recomposição do lastro - Compreende a

remoção do lastro de pedra da via, eliminação das partículas

causadoras da obstrução da drenagem com auxílio de garfo

ou equipamentos mecânicos e reposição da pedra limpa na

via.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

12. Substituição dos trilhos gastos ou defeituosos - Retirada

dos trilhos que não atendem as condições necessárias para

a trafegabilidade.

Ex: Desgaste dos trilhos originados por atrito; defeitos em

soldas, entre outros.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

Defeito em soldas

Desgaste dos trilhos por atrito

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

13. Reparação das cercas de vedação da faixa – Manutenção


realizada pela via permanente para garantir o bom estado
da cerca, principalmente nas áreas urbanas onde há
circulação humana, e nas áreas rurais onde a ferrovia cruza
áreas destinadas a rebanho.

14. Aceiro das cercas - Consiste na retirada completa da


vegetação das cercas, para evitar o fogo ou sua
propagação.

15. Reparação dos AMV – Manutenção corretiva ou preventiva


dos aparelhos de mudança de via, realizados em conjunto
entre a equipe de via permanente e a equipe de sinalização.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

16. Reparação, limpeza e pintura das obras de arte

(bueiros, pontes, pontilhões)

17. Limpeza das valas, valetas

18. Serviço de ronda da linha – Vistoria da via

permanente, realizada principalmente após as chuvas

fortes.

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SERVIÇOS MAIS COMUNS NA CONSERVAÇÃO DA VIA

19. Aperto e lubrificação das juntas

20. Pregação e repregação

21. Inspeção da linha

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CONSERVA DE ESTRADA DE FERRO

OBJETIVO:

 Manter a linha em boas condições técnicas

 Manter constante vigilância contra acidentes

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CONSERVA DE ESTRADA DE FERRO

OBJETIVO:

Ou seja,

 Manter o traçado em planta e perfil de tal sorte


que não prejudique o tráfego

 Manter a plataforma estável

 Manter a plataforma bem drenada

 Manter o lastro limpo

 Manter o alinhamento perfeito

 Manter o nivelamento perfeito

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CONSERVA DE ESTRADA DE FERRO

Uma via ferroviária em tráfego apresenta os seguintes

defeitos:

 Defeitos que aparecem em conseqüência do tráfego;

 Defeitos originados ou agravados pelos agentes

atmosférico

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TIPOS DE CONSERVAÇÃO DA VIA

 Conservação propriamente dita

 Remodelação da via

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CONSERVAÇÃO

2 MÉTODOS:

 Conservação eventual: Reparação dos defeitos à medida

que vão aparecendo.

 Conservação racional da via ou metódica: É aquele em

que se obedece a uma programação dos serviços e a um

controle rigoroso de produtividade e custo.

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CONSERVAÇÃO

FASES

 Programação

 Organização

 Execução

 Controle

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DOS SERVIÇOS

DEPARTAMENTO VIA PERMANENTE

1 Engenheiro
RESIDÊNCIA A RESIDÊNCIA B RESIDÊNCIA C + auxiliares
180/250 km

SEÇÃO A SEÇÃO B SEÇÃO C 1 Mestre


+ Auxiliares
60/80 km

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FERRAMENTAS UTILIZADAS NA CONSERVAÇÃO DA VIA
MECANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

FERRAMENTAS MANUAIS

 Alavanca

 Trado

 Enxó da ribeira

 Picareta de soca

 Marreta de preparação

 Chave de Tirefond

Arco de serra para trilhos

 Broca para trilhos

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FERRAMENTAS UTILIZADAS NA CONSERVAÇÃO DA VIA
MECANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

EQUIPAMENTOS MECANIZADOS: Dotados de motores a


gasolina ou óleo diesel

 Socadoras individuais

 Furadeiras de dormentes

 Entalhadeiras de dormentes

 Tirefonadeiras

 Aparafusadoras

 Batedores de prego

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FERRAMENTAS UTILIZADAS NA CONSERVAÇÃO DA VIA
MECANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

EQUIPAMENTOS MECANIZADOS: Dotados de motores a


gasolina ou óleo diesel

 Furadeiras de trilhos

 Esmeriladeira do boleto dos trilhos

 Desguarnecedora + limpadora do lastro

 Socadoras (Niveladoras)

 Reguladora de lastro

 Carro controle

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

DESGUARNECIMENTO DE LASTRO

Processo de remoção das partículas de menor

granulometria e limpeza do material alojado nos interstícios do

lastro.

Um dos motivos para troca do lastro, é o desgaste

provocado pelo atrito entre as partículas que faz a granulometria

do material ficar abaixo do valor especificado no projeto.

VIA ÚTIL DO LASTRO: 14 ANOS

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

DESGUARNECIMENTO DE LASTRO

Equipamento Desguarnecedora de Lastro


Tipo Plasser RM – 76 UHR
RM – 76-326
Produção- Frota – Ano (km) 54
Produtividade (m/h) 93
Custo Oper./ Manut. 5640,00
(US$/km)

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

DESGUARNECIMENTO DE LASTRO

PROCEDIMENTO DO SERVIÇO

PRIMEIRO PASSO:

A desguarnecedora suspende o trilho e os dormentes enquanto que a corrente

de escavação passa por baixo retirando todo material componente do lastro até

atingir o nível da infra-estrutura.

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

DESGUARNECIMENTO DE LASTRO

PROCEDIMENTO DO SERVIÇO

SEGUNDO PASSO:

Todo material é encaminhado para uma caixa vibratória onde existem peneiras

que irão selecionar o material (pedra britada/ escória de aciaria) cuja

granulometria satisfaça as condições de projeto.

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

DESGUARNECIMENTO DE LASTRO

PROCEDIMENTO DO SERVIÇO

TERCEIRO PASSO:

O lastro limpo é devolvido por meio de dutos que captam o material retido nas

peneiras e, distribuído logo atrás da área de atuação da corrente de escavação,

por todo o perfil da via.

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

DESGUARNECIMENTO DE LASTRO

PROCEDIMENTO DO SERVIÇO

QUARTO PASSO:

O material passante nas peneiras é carregado por um esteira e despejado dentro

de um vagão que irá descarrega-lo numa localidade próxima.

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

SOCAMENTO, ALINHAMENTO E NIVELAMENTO

Equipamento Socadora de Chave


Passer
Tipo
08-275-Unimat – 3S
Produção – Frota- Ano
581
(km)
Produtividade 274
(m/h)
Custo Oper./ Manut
1.447,00
(US$/km)

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

SOCAMENTO, ALINHAMENTO E NIVELAMENTO

PROCEDIMENTO DO SERVIÇO

NIVELAMENTO E SOCAMENTO

O nivelamento inicia tomando-se como base um ponto cujas cotas


condizem com o projeto. Neste ponto será fixado num dos trilhos um nível e à
partir dele com uma régua mede-se a diferença de nível ao longo de 5 em 5
dormentes. Os valores encontrados são anotados e inseridos no computador da
secadora de lastro.

Com base nestes valores, a máquina suspende os trilhos e dormentes e


através de “dentes vibratórios” que penetram no lastro executam o socamento
até a linha atingir o nível do ponto tomado como base

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

SOCAMENTO, ALINHAMENTO E NIVELAMENTO

PROCEDIMENTO DO SERVIÇO

ALINHAMENTO

O alinhamento, assim como o nivelamento necessita de partir de um

ponto onde as condições geométricas estejam corretas, porém o seu sistema de

execução consiste na emissão de um laser instalado a uma certa distância da

máquina, que será captado por um sensor o qual enviará as informações

necessárias para colocar a linha em planta e perfil corretos.

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

SOLDAGEM DE TRILHOS

A soldagem de trilhos é a operação que consiste em

eliminar as juntas de trilhos que constituem os pontos fracos da

via, podendo ser efetuado no local de assentamento da via ou em

oficinas especiais chamadas de estaleiros de soldas.

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

SOLDAGEM DE TRILHOS

Visa o emprego de trilhos longos soldados

Vantagens:

Técnica

Econômica

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

SOLDAGEM DE TRILHOS

Técnica

Movimentação mais suave

Maior conforto

Maior velocidade

Redução do número de acidentes

Econômica

Economia dos materiais das juntas

Reduz gastos da conservação da via

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

FUNÇÕES DA SOLDAGEM

Dar maior vida útil média aos trilhos;

Reduzir as despesas na manutenção da ferrovia;

Possibilitar movimento mais suave aos trens, dando maior

conforto e maior velocidade.

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SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO EXECUTADOS

MÉTODOS DE SOLDAGEM

A soldagem poderá ser feita em estaleiros (oficinas

especiais) ou in situ (local de assentamento da via).

A soldagem em estaleiro é feita pelos processos: elétrica

por resistência e oxiacetilênico.

A soldagem in situ é feita pelo processo aluminotérmico.

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SOLDA DE TRILHOS

SOLDAGEM ELÉTRICA DE TOPO

É o processo que executa a soldagem através do

aquecimento das extremidades do trilho a aproximadamente

1050°C pela passagem da corrente elétrica e uma posterior

prensagem mecânica de 500 a 600 Kg/cm2 dos trilhos,

promovendo assim o caldeamento de suas extremidades.

Este processo tem a qualidade de ser executado por

máquina fixa e independendo da perícia do operador.

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Área de
estocagem e
rampa de
abastecimento

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Limpeza do
trilho
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Alinhamento e
nivelamento do
Manutenção de Via Permanente Ferroviária topoProf.
dos trilhos
Dr. Gilberto Fernandes
Máquina de
Manutenção de Via Permanente Ferroviária Prof. Dr. solda
Gilberto Fernandes
Rebarbagem
Manutenção de Via Permanente Ferroviária Prof.de solda
Dr. Gilberto Fernandes
Solda concluída
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Trem de
serviço

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Identificação em
Manutenção de Via Permanente Ferroviária baixo relevo
Prof. Dr. Gilberto Fernandes
SOLDA DE TRILHOS

VANTAGENS

Instalações fixas próprias;

Maior uniformidade da solda;

Menor dependência do operador;

Zona termicamente afetada reduzida;

Menor possibilidade de falhas - o processo é todo automático;

Melhor controle de qualidade;

Maior produção diária.

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SOLDA DE TRILHOS

DESVANTAGEM

Grande investimento em equipamento e equipe;

OBSERVAÇÃO

O carregamento das barras de trilhos é feito utilizando –


se uma estrutura com roletes, onde os trilhos correm para serem
carregados nos vagões.

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SOLDA DE TRILHOS

SOLDAGEM OXIACETILÊNICA

O processo consiste em elevar a temperatura das pontas

dos trilhos a 1150 0C. Este aquecimento das pontas é produzido

por uma série de chamas periféricas de oxiacetileno, não havendo

adição de material e as pontas dos trilhos são comprimidas uma

de encontro à outra produzindo o encalcamento das mesmas.

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SOLDA DE TRILHOS

SOLDA ALUMINOTÉRMICA

É o processo de soldagem in situ dos T.L.S. vindos do

estaleiro. Baseia-se na propriedade do alumínio de combinar-se

com o oxigênio dos óxidos metálicos, formando óxido de alumínio

e liberando o metal.

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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

PROCEDIMENTO

PREPARAÇÃO DA JUNTA PARA A SOLDAGEM

 Remover chapa de apoio, se necessário;

 Retirar 03 dormentes para cada lado da junta a ser soldada. No

caso de curvas este número variará de acordo com o raio;

 Desengraxar e escovar os topos dos trilhos a serem soldados,

eliminando indícios de oxidação (ferrugem). A retirada ineficiente

da ferrugem causará áreas porosas;

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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

PROCEDIMENTO

PREPARAÇÃO DA JUNTA PARA A SOLDAGEM

Conferir as qualidades dimensionais dos topos dos trilhos a

serem soldados (trilho novo, trilho defeituoso, delinear tolerâncias);

 Observar a não existência de defeitos superficiais e fissuras nos

trilhos.

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JUNTA A SER
SOLDADA

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JUNTA A SER
SOLDADA

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LIMPEZA DA JUNTA
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REMOÇÃO DE DORMENTES
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REMOÇÃO DE DORMENTES
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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

PROCEDIMENTO

AJUNTAMENTO DA JUNTA

Fator determinante na qualidade e na vida útil da solda.

Leva em consideração os seguintes parâmetros:

 Abertura

 Alinhamento horizontal

 Alinhamento vertical

 Torção

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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

ABERTURA

1. O espaço entre os dois trilhos a serem soldados será de


25 2 mm.

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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

ABERTURA

2. A abertura deverá ser constante durante toda operação

(mesmo que sejam puxados ou empurrados). Se

necessário, deverá ser usado um tensor hidráulico para

trilhos.

3. No caso de não obter o valor estabelecido para a abertura

junta, será necessário cortar os trilhos, usando somente

disco abrasivos.

OBS: Não é aconselhável a utilização de maçarico para cortar

os trilhos, pois causam microfissuras.

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ABERTURA
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ABERTURA
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ABERTURA
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ABERTURA
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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

AJUSTE HORIZONTAL

Os trilhos a serem soldados não deverão apresentar no seu


contorno e, concavidade material excedente que deverá ser
removido através de esmerilamento.

O ponto deverá ser medido conforme indicada abaixo.

As medições são feitas a aproximadamente 50 cm para cada


extremidade.

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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

ALINHAMENTO DOS TRILHOS

O alinhamento deverá ser medido no lado interno da via.

Estando a junta pronta para receber a solda, o próximo passo


é a montagem do kit de soldagem.

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ALINHAMENTO
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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

PRÉ-AQUECIMENTO

Operação mais importante da soldagem aluminotérmica.

Utiliza-se para esta operação um maçarico que queima o gás

propano-butano no oxigênio. O pré-aquecimento termina

quando os topos dos trilhos alcançam aproximadamente

950°C e atinge a coloração vermelha característica.

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MONTAGEM DO KIT
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MONTAGEM DO KIT
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MONTAGEM DO KIT
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KIT MONTADO
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KIT MONTADO
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PRÉ-AQUECIMENTO
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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

FUNDIÇÃO

Assim que a ignição for colocada dentro do cadinho, a reação

de desenvolverá em poucos segundos ocasionando

automaticamente a sangria.

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FUNDIÇÃO
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FUNDIÇÃO
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KIT APÓS A FUNDIÇÃO
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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

ACABAMENTO DA SOLDA

A escória só será removida imediatamente antes da

rebardagem, o qual ocorrerá no mínimo cinco minutos após a

corrida.

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ACABAMENTO DA SOLDA
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ACABAMENTO DA SOLDA
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ACABAMENTO DA SOLDA
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ESMERILHAMENTO
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ESMERILHAMENTO
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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

VANTAGENS

 Pequeno investimento com equipamento;

 Própria para soldagem de campo;

 Dispensa instalações fixas;

 Tempo de execução de uma solda: 26 minutos

 Mão-de-obra: 4Hh/ solda

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SOLDA ALUMINOTÉRMICA

DESVANTAGENS
 É um processo muito caro;

 Depende de um operados especializado;

 Apresenta maior zona térmica afetada, se comparada com


o processo elétrico.

DESVANTAGENS

Na EFVM, o trilho longo soldado que mede 216,00 m, com


18 trilhos e 17 soldas.

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DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE

MANEIRA

 Cronometragem direta

 Cálculo indireto, por meio dos boletins de apropriação

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DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE

REMODELAÇÃO DA VIA: Renovação completa dos materiais

da superestrutura da ferrovia

 Substituição total dos trilhos por outros de maior peso;

 Colocação de uma maior quantidade de dormentes;

 Substituição total ou parcial do lastro.

Pode ser feito por firmas empreiteiras especializada.

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