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ZOOTECNIA
CUIABÁ – MT
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
ZOOTECNIA
Engenheiro Agrônomo
CUIABÁ–MT
2015
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Dedico
Ao meu Pai.
Ofereço
AGRADECIMENTOS
Ao Diretor Técnico da Aprosoja e gestor Nery Ribas que me deu todo apoio para conclusão
deste trabalho.
Aos membros de minha família que contribuíram em muito na parte de campo desde projeto,
Ernilton Jr., Tio Lista e meu amigo irmão Evandro.
A minha noiva Pricyla Koehler, por me acompanhar e ser apoio incondicional em todos os
momentos.
RESUMO
O Brasil ocupa o posto de segundo maior produtor mundial de soja com um 96 milhões
de toneladas na safra de 2014/2015, fato que em solos de cerrado só é possível com bom sistema
de manejo do solo. Objetivou-se neste trabalho avaliar os modos de aplicação de fertilizantes
na soja e sua influência na concentração de nutrientes no perfil do solo, nos parâmetros
biométricos e na produtividade da cultura da soja. A área em estudo compreende o 3º ano de
cultivo de soja como safra principal com adubação a lanço em todos plantios safra 13/14,
sucessão com a cultura do milho, e anteriormente a área permanecia em pousio. Localizada em
Deciolândia MT sob um Latossolo vermelho distrófico. O experimento foi conduzido
considerando cinco faixas de semeadura, em delineamento em blocos casualizados, esquema
fatorial com cinco repetições e quatro profundidades (0 a 0,05 m, 0,05 a 0,1 m, 0,01 a 0,15 m e
0,15 a 0,02 m) onde foram avaliados cinco tratamentos: Testemunha (sem aplicação); K no
sulco + P a lanço; P e K no sulco; P sulco + K a lanço; P e K a lanço. A adubação fosfatada
quando em sulco de semeadura favoreceu a disponibilidade de P no solo. Quanto a adubação
potássica não se observou diferenças quanto ao sistema de adubação. Maiores produtividades
da soja foram obtidos quando o P foi aplicado no sulco de semeadura.
ABSTRACT
The Brazil ranks as the world's second largest soybean producer with 96 million tonnes
in the 2014/2015 crop, the fact that in cerrado soils is only possible with good soil management
system. The aim of this study was to evaluate the fertilizer application methods for soybean and
its influence on concentration of nutrients in the soil profile, the biometric parameters and
soybean productivity. The study area comprises the 3rd year of soybean cultivation as the main
crop with broadcast fertilization in all crop plantations 13/14, succession to the corn crop, and
previously the area remained fallow. Located in Deciolândia MT under a dystrophic red Latosol
the experiment was conducted considering five seeding bands in randomized block design,
factorial arrangement with five replicates and four depths (0 to 0,05 m, 0.05 to 0,01 m, 0,01 to
0,15 and 0,15 to 0,20 m) which were evaluated five treatments: control (without application);
K + P in the groove the haul; P and K in the groove; P + K groove the haul; P and K to haul.
The phosphate fertilizer when planting furrow favored the availability of P in the soil. As for
potassium fertilization did not observe differences in fertilization system. Higher soybean
yields were obtained when the P was applied in the planting furrow.
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................10
4. REVISÃO DE lITERATURA.........................................................................................................12
4.1 Aspectos gerais da cultura da soja...............................................................................................12
5. Material e Métodos.........................................................................................................................20
5.1 Caracterização do experimento.................................................................................................20
5.2 Coletas........................................................................................................................................21
5.3 Estatística....................................................................................................................................22
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................................23
6.1 Fósforo.......................................................................................................................................24
6.2 Potássio......................................................................................................................................25
6.3 Enxofre......................................................................................................................................27
7. CONCLUSÃO.................................................................................................................................30
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................... 31
10
1 INTRODUÇÃO
4 REVISÃO DE LITERATURA
ser importante para síntese das proteínas que se ligam à clorofila, com finalidade de estabilizá-
la. Na falta das proteínas estabilizantes a clorofila é mais susceptível à degradação (Lopes &
Guilherme, 1990).
principalmente em solos arenosos, com baixa capacidade de troca de cátions. Por isso, doses
elevadas devem ser reduzidas na semeadura, podendo o restante ser aplicado em cobertura, no
período de maior exigência da cultura. Outro aspecto que deve ser considerado é que a adubação
tardia, em cobertura a lanço, em solos argilosos, pode não ser eficiente (FAO 1998, Isherwood
1998, Johnston 2000).
Uma importante alteração que ocorre é o gradiente de concentração no perfil (Nunes et
al., 2008), devido à não mobilização de fertilizantes e corretivos aplicados nas camadas
superficiais (DeMaria et al., 1999), bem como à ciclagem de nutrientes (Santos & Tomm,
2003). Uma vez que o P apresenta baixa mobilidade no solo (Barber, 1984) e baixíssima
disponibilidade nos solos oxídicos (Novais et al., 2007), isso pode alterar o suprimento das
plantas, já que a absorção pelas raízes é dependente dos teores de P, bem como do volume de
solo adubado (Anghinoni, 1992; Model & Anghinoni, 1992; Klepker & Anghinoni, 1995).
Os fertilizantes fosfatados de elevada solubilidade em água são os mais usados na
agricultura mundial devido à sua maior eficiência agronômica (Bolland & Bowden, 1982), para
quaisquer condições de solo e de cultura, correspondendo a 95 % do P2O5 utilizado na
agricultura brasileira em 2008 (ANDA, 2009). No entanto, é também bastante conhecido que
essas fontes de elevada solubilidade, quando adicionadas aos solos tropicais ácidos e de alta
capacidade de fixação de P, são rapidamente convertidas em formas indisponíveis às plantas,
podendo ter sua eficiência diminuída ao longo do tempo (Bolland, 1985; Kordörfer et al., 1999;
Ghosal et al., 2003; Prochnow et al., 2004).
Para que ocorra adequada absorção de P, crescimento e produtividade das culturas e,
por fim, elevada eficiência dos fertilizantes fosfatados, estes devem ser aplicados de maneira
adequada no solo, permitindo sua melhor localização em relação às raízes das plantas
(Anghinoni & Barber, 1980), assim como minimização da exposição do P ao fenômeno da
fixação promovido por óxidos e hidróxidos de Fe e Al (Sousa & Volkweis, 1987b).
Os modos de aplicação de P mais utilizados para produção de grãos são a lanço na
superfície com ou sem incorporação, no sulco de semeadura e em faixas (Sousa et al., 2004). O
manejo comum da adubação fosfatada na região do Cerrado constitui-se de aplicações no sulco
de semeadura de fontes solúveis de P. Apesar de ampliar o gradiente natural de P no perfil do
solo, principalmente sob SPD, aplicações de adubos fosfatados na superfície tornam-se uma
interessante alternativa em sistemas de produção que se beneficiem com maior rapidez no
plantio, a qual pode ser obtida com a adubação antecipada ou após este. Isso permitiria o plantio
apenas com as sementes ou quantidade menor de fertilizante, reduzindo o tempo demandado
para abastecer as plantadeiras e possibilitando aumentar a velocidade de trabalho destas, por
16
estarem mais leves. Sistemas de produção de grãos de soja e milho em que há possibilidade de
realizar uma segunda safra de verão se beneficiariam do menor tempo gasto nas operações de
plantio, tanto na primeira como na segunda safra, favorecendo a maior utilização da água pela
cultura antes do final da estação chuvosa.
Com relação ao enxofre, estima-se que aproximadamente 70% da região do cerrado
apresente problemas de deficiência (Malavolta & Kliemann, 1985). Esta deficiência natural
tende a ser ainda mais pronunciada em virtude de: (i) queima anual da vegetação de cerrado,
que leva a perdas consideráveis de N e S; (ii) uso de fertilizantes concentrados, os quais, em
geral, não carregam S na sua formulação. Diversos experimentos têm mostrado respostas
positivas ao S nos solos sob cerrado (McClung et al., 1958; 1959;1961; Miyasaka et al., 1964;
Freitas et al., 1964; Mascarenhas et al., 1967; Coqueiro et al., 1972b; Couto & Sanzonowicz,
1983; Couto et al., 1988). Com a finalidade de evitar problemas de aparecimento de deficiência
de enxofre nestes solos, Couto & Ritchey (1986) sugerem uma aplicação de 15 a 30 Kg de
S/ha/ano para suprir as necessidades da maioria das culturas.
Um ponto relevante com relação à análise de solo para S, é que a avaliação não deve se
restringir apenas à camada superficial (0 a 20 cm). Face à movimentação do sulfato para as
camadas sub-superficiais, também as profundidades de 20 a 40 e 40 a 60 cm devem ser
amostradas e submetidas à análise (Lopes & Guilherme, 1990).
5 - MATERIAL E MÉTODOS
A semeadura da soja, cultivar TMG 132 RR foi realizada em 26/10/2013 com densidade
de 333.000 sementes por hectare, sendo os tratos culturais (com exceção ao manejo de
adubação) mantidos de forma comum a todos os tratamentos.
Para a massa seca total, foi coletada a área útil da parcela, a amostra representava toda
a biomassa presente sobre o solo, as quais foram secas em estufa de circulação forçada, a 60
ºC, até peso constante.
A dinâmica dos nutrientes no perfil do solo foi analisada por meio da análise de
variância e regressão. Para as variáveis fitométricas da soja, os dados foram submetidos a
análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As
análises de variância foram realizadas com o auxílio do programa estatístico SISVAR
(FERREIRA, 1998).
23
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados demonstraram que ao longo do perfil do solo existe uma correlação direta
entre o modo de aplicação e a mobilidade específica de cada nutriente (Tabela 2). Alterações
na concentração verticalmente do perfil, foram maiores evidenciadas para o P e S nas primeiras
camadas.
A distribuição e mobilidade de nutrientes no solo é influenciada por diversos fatores,
entre os quais destacam-se o preparo solo e o modo de aplicação de fertilizantes (Barber, 1995).
Tabela 2- Teores de pH, P, S e K no solo nas camadas de 0 a 0,05 m, 0,05 a 0,1 m, 0,01 a 0,15
m e 0,15 a 0,02 m de profundidade, após colheita da soja na safra 2013/2014.
6.1 Fósforo
25
Test P = -0,0782[prof**] + 16,715 R² = 0,6404
20
15
10
0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2
Profundidade (m)
6.2 Potássio
50
40
30
20
10
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
Profundidade (m)
Confirmando os dados de segundo Vilela et al. (2002), não há diferença entre aplicação
de potássio a lanço ou sulco, assim por questões operacionais de propriedade, e levando em
27
consideração este tipo de solo e manejo recomenda-se aplicação a lanço. Como fica evidenciado
na figura 3 a dinâmica vertical do potássio no solo independentemente do modo de aplicação.
6.3 Enxofre
Para o S, exceto para o tratamento PlKs, todos os demais tratamentos tiveram comportamento
semelhante a testemunha (figura 4).
O enxofre sendo um nutriente fundamental para rendimentos maiores da soja, por ser
principalmente um elemento catalisador das principais reações que envolvem o fósforo nas
transformações bioquímicas na soja, sugere-se que o fato tenha sido ocorrido possivelmente pela
capacidade de adsorção de cargas negativas serem menores na camada superficial devido aos efeitos da
calagem e/ou adubação fosfatada (Thomaz A. Rein & Djalma M., 2002).
20
Enxofre
18
16
14
Teor mg dm-3
12
10
Observa-se na tabela 2 figura 4 que no tratamento PlKs os teores de S foram maiores que todos
os demais, com tendência de aumento com a profundidade. Na profundidade de 0 a 0,05 m o teor de S
foi de 9,7 mg dm-3 alcançando 15,4 mg dm-3 a 0,20 m de profundidade. Nos demais tratamentos os teores
médios para as mesmas profundidades foram mg dm-3 e 10,5 mg dm-3 , respectivamente.
Apesar das diferenças entre os tratamentos, o teor de S na profundidade de 0 a 0,20 m
são considerados médios para o desenvolvimento da soja.
28
Estes resultados são corroborados pelos obtidos por Novais e Smyth (1999) que
obtiveram melhores rendimentos de produtividade da soja quando recomendação média de
fósforo foram aplicados em sulco de plantio, em solos com baixos teores de “P-disponível”.
Fica evidenciado que mesmo em solos em que os teores de P são adequados, a aplicação
de P no sulco proporcionou melhor produtividade.
Quando os as duas fontes foram aplicadas a lanço, obtiveram uma produtividade menor
em comparação aos demais tratamentos de P no sulco.
29
Os tratamentos PlKs e Test não foram colhidos, tendo em vista problemas judiciais entre
proprietários, ocorrendo a perda total destas faixas, resultando apenas 3 tratamentos (anexo).
Para o solo de segundo ano de início de plantio de soja (Thomaz A. Rein & Djalma M.,
2002), o comportamento foi semelhante para os dois modos de aplicação (sulco e lanço),
entretanto, nos três primeiros cultivos, o tratamento com aplicação a lanço do superfosfato triplo
apresentou perdas de produtividade em relação à aplicação no sulco. Possivelmente isso ocorreu
por se tratar de solo com teor de P muito baixo, e a aplicação superficial do P limitou sua
absorção quando reduziu a umidade do solo na superfície, nos períodos de estiagem, reduzindo
a absorção desse nutriente.
Sá (2004) relata que a aplicação de fertilizantes fosfatados a lanço, sem incorporação no
plantio direto, é uma prática viável como adubação de manutenção e/ou restituição para solos
que tenham sido adubados e apresentam teores médios a altos de P. Para solos com baixos
teores de P é recomendado adubação em sulco. Broch e Chueiri (2006) avaliando diferentes
estratégias de adubação de manutenção para a cultura da soja, em sistema plantio direto, relatam
que a aplicação a lanço do fertilizante mostrou-se viável em solos de boa e média fertilidade.
No entanto, em solos com baixo teor de P, a adubação a lanço mostrou-se inviável.
30
7. CONCLUSÃO
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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