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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA

Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical

DISTRIBUIÇÃO DE FÓSFORO, POSTÁSSIO E ENXOFRE NO SOLO EM FUNÇÃO


DO MODO DE APLICAÇÃO DOS FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA

EDUARDO VAZ DA SILVA

CUIABÁ – MT

2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA

Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical

DISTRIBUIÇÃO DE FÓSFORO, POSTÁSSIO E ENXOFRE NO SOLO EM FUNÇÃO


DO MODO DE APLICAÇÃO DOS FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA

EDUARDO VAZ DA SILVA

Engenheiro Agrônomo

Orientador: Prof. Dr. ALOISIO BIANCHINI

Dissertação apresentada à Faculdade de Agronomia,


Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade
Federal de Mato Grosso, para obtenção do título de
Mestre em Agricultura Tropical.

CUIABÁ–MT

2015
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

S586d Silva, Eduardo Vaz da.


Distribuição de fósforo, postássio e enxofre no solo em função do modo de
aplicação dos fertilizantes na cultura da soja / Eduardo Vaz da Silva. -- 2015
35 f. : il. ; 30 cm.

Orientador: Aloísio Bianchini.


Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de
Agronomia e Medicina Veterinária, Programa de Pós-Graduação em Agricultura
Tropical, Cuiabá, 2015.
Inclui bibliografia.

1. estratificação. 2. elementos essenciais. 3. adubação em sulco x lanço. I. Título.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.


Aos meus avós Maria do Socorro da Silva e Manoel Pedro da Silva Filho, que
sempre foram meus exemplos de respeito, amor, dignidade, educação e que
sempre apoiaram incondicionalmente para que eu tivesse a melhor formação
possível.

Dedico

Ao meu Pai.

Ofereço
AGRADECIMENTOS

A Deus, pois é ele quem é digno de toda honra e glória.

À Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Programa de Pós-Graduação em Agricultura


Tropical (PPGAT), pela realização da Pós-Graduação nível mestrado.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de


Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT), pela concessão da bolsa durante
o período do curso.

A Aprosoja pelo custeio do projeto via Programa Agrocientista.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Agricultura Tropical pelos ensinamentos


indispensáveis concedidos, em especial pelo aprendizado de meu orientador Aloísio Bianchini
e Sânia Camargos pelos ensinamentos sobre fertilidade do solo, conselhos, prosas e reflexões.

Ao pronto atendimento de contribuição neste trabalho como membro de banca e amizade


adquirida via Aprosoja MT, Dr. Cesar de Castro – Embrapa Soja.

Ao Diretor Técnico da Aprosoja e gestor Nery Ribas que me deu todo apoio para conclusão
deste trabalho.

As amizades feitas durante a pós-graduação, em especial Milton, Wininton e Josilaine o qual


sempre estiveram presentes e dispostos a ajudar.

Aos membros de minha família que contribuíram em muito na parte de campo desde projeto,
Ernilton Jr., Tio Lista e meu amigo irmão Evandro.

A minha noiva Pricyla Koehler, por me acompanhar e ser apoio incondicional em todos os
momentos.

A todos que contribuíram para a realização deste trabalho.


DISTRIBUIÇÃO DE FÓSFORO, POSTÁSSIO E ENXOFRE NO SOLO EM FUNÇÃO
DO MODO DE APLICAÇÃO DOS FERTILIZANTES NA CULTURA DA SOJA

RESUMO

O Brasil ocupa o posto de segundo maior produtor mundial de soja com um 96 milhões
de toneladas na safra de 2014/2015, fato que em solos de cerrado só é possível com bom sistema
de manejo do solo. Objetivou-se neste trabalho avaliar os modos de aplicação de fertilizantes
na soja e sua influência na concentração de nutrientes no perfil do solo, nos parâmetros
biométricos e na produtividade da cultura da soja. A área em estudo compreende o 3º ano de
cultivo de soja como safra principal com adubação a lanço em todos plantios safra 13/14,
sucessão com a cultura do milho, e anteriormente a área permanecia em pousio. Localizada em
Deciolândia MT sob um Latossolo vermelho distrófico. O experimento foi conduzido
considerando cinco faixas de semeadura, em delineamento em blocos casualizados, esquema
fatorial com cinco repetições e quatro profundidades (0 a 0,05 m, 0,05 a 0,1 m, 0,01 a 0,15 m e
0,15 a 0,02 m) onde foram avaliados cinco tratamentos: Testemunha (sem aplicação); K no
sulco + P a lanço; P e K no sulco; P sulco + K a lanço; P e K a lanço. A adubação fosfatada
quando em sulco de semeadura favoreceu a disponibilidade de P no solo. Quanto a adubação
potássica não se observou diferenças quanto ao sistema de adubação. Maiores produtividades
da soja foram obtidos quando o P foi aplicado no sulco de semeadura.

Palavras chaves: estratificação; elementos essenciais; adubação em sulco x lanço.


DISTRIBUTION OF PHOSPHORUS, POSTASY AND SULFUR IN THE SOIL IN
FUNCTION OF THE MODE OF APPLICATION OF THE FERTILIZERS IN THE
CULTURE OF SOYBEAN

ABSTRACT
The Brazil ranks as the world's second largest soybean producer with 96 million tonnes
in the 2014/2015 crop, the fact that in cerrado soils is only possible with good soil management
system. The aim of this study was to evaluate the fertilizer application methods for soybean and
its influence on concentration of nutrients in the soil profile, the biometric parameters and
soybean productivity. The study area comprises the 3rd year of soybean cultivation as the main
crop with broadcast fertilization in all crop plantations 13/14, succession to the corn crop, and
previously the area remained fallow. Located in Deciolândia MT under a dystrophic red Latosol
the experiment was conducted considering five seeding bands in randomized block design,
factorial arrangement with five replicates and four depths (0 to 0,05 m, 0.05 to 0,01 m, 0,01 to
0,15 and 0,15 to 0,20 m) which were evaluated five treatments: control (without application);
K + P in the groove the haul; P and K in the groove; P + K groove the haul; P and K to haul.
The phosphate fertilizer when planting furrow favored the availability of P in the soil. As for
potassium fertilization did not observe differences in fertilization system. Higher soybean
yields were obtained when the P was applied in the planting furrow.

Key words: stratification; essential elements; fertilization groove x haul.


Sumário

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................10
4. REVISÃO DE lITERATURA.........................................................................................................12
4.1 Aspectos gerais da cultura da soja...............................................................................................12

4.2 Fósforo, Potássio e Enxofre no solo ............................................................................................ 13

4.3 Mobilidade de Nutrientes no solo ............................................................................................... 14

4.4 Diponibilidade de Nutrientes no solo .......................................................................................... 16

5. Material e Métodos.........................................................................................................................20
5.1 Caracterização do experimento.................................................................................................20

5.2 Coletas........................................................................................................................................21

5.3 Estatística....................................................................................................................................22

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................................23
6.1 Fósforo.......................................................................................................................................24

6.2 Potássio......................................................................................................................................25

6.3 Enxofre......................................................................................................................................27

6.4 Parâmetros Biométricos.............................................................................................................28

7. CONCLUSÃO.................................................................................................................................30
8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................... 31
10

1 INTRODUÇÃO

Embora se deva reconhecer o extraordinário avanço em termos de adaptação e geração


de conhecimentos e tecnologias em fertilidade do solo, restam ainda muitos desafios a serem
equacionados. Um deles é que, devido às questões operacionais de incorporação do fertilizante
nos solos sob cultivo mínimo, a aplicação de fertilizantes em área total tem sido realizada em
superfície. Percebe-se então como primeira consequência deste método de aplicação, uma
maior concentração de nutrientes, principalmente P na camada superficial do solo, devido a
pouca mobilidade do nutriente no solo.

Outro desafio é a escassez de estudos de longo prazo sobre a possibilidade de


redistribuição de nutrientes no solo sob SPD e cultivo mínimo, principalmente do Cerrado,
incluindo variações como modos de aplicação de fertilizantes. Segundo Selles et al. (1997), a
mudança no manejo dos resíduos culturais, devido a adoção da semeadura direta, tem o
potencial de alterar a concentração e a distribuição do P na superfície do solo.

O conhecimento da distribuição dos nutrientes no perfil do solo é importante para ajustes


ou modificações nas metodologias de diagnose da disponibilidade destes no solo e para
recomendações de manejo da prática de adubação fosfatada, especialmente no que se refere ao
modo de aplicação. Os procedimentos de recomendação de adubação no Brasil foram
desenvolvidos para solos sob Sistema de Plantio Convencional - SPC. Existem recomendações
de adubação para SPD para a Região Sul do Brasil, como as de Schlindwein e Gianello (2008),
porém ainda são incipientes as recomendações para a região dos cerrados.

Santos, D. B. M. (2009), em condições de um latossolo vermelho distrófico sob 8 anos


de plantio direto, verificou que o modo de aplicação do fertilizante ao solo influencia na
distribuição do fósforo extraível, tanto no sentido vertical como no horizontal, sendo avaliado
pelos extratores Mehlich I, Bray 1 e Resina. Para a aplicação a lanço na superfície do solo, a
distribuição horizontal apresenta altos valores nas camadas superficiais, enquanto que no sulco
de semeadura os maiores valores obtidos para o fósforo extraível são no local de aplicação do
fertilizante, entre 3 cm e 10 cm de profundidade.

Partindo do pressuposto que o manejo de adubação a lanço em sistema de plantio direto


por um longo período de tempo tem interferência direta nos índices de produtividade da soja
dos últimos anos, objetiva-se neste trabalho avaliar o modo de aplicação de fertilizantes em pré-
11

semeadura da soja quanto à concentração de nutrientes em superfície, nos parâmetros


fitométricos e na produtividade da cultura da soja.
12

4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Aspectos Gerais da Cultura da Soja

O Brasil ocupa o posto de segundo maior produtor mundial de soja. A produção


estimada para a safra 2015/16 apresenta o maior crescimento absoluto, passando de 96 milhões
na safra anterior para estimativa 102 milhões de toneladas para uma área de aproximadamente
57 milhões de hectares (CONAB, 2015).
Embora a produção de soja no Brasil tenha iniciado nos estados da região Sul,
atualmente o seu cultivo está presente em quase todos os estados da federação e do distrito
federal, com destaque para a região centro-oeste, onde se concentra boa parte do bioma de
cerrado, e onde se encontra clima e relevo favoráveis ao seu cultivo, a exemplo do estado do
Mato Grosso, principal produtor nacional, que na safra de 2015/2016, poderá atingir cerca de
29 milhões de toneladas (CONAB, 2015).
Impulsionada pelo aumento nos preços dos grãos e pela crescente demanda,
principalmente internacional, a soja tem se expandido para regiões mais ao nordeste do país. A
região denominada de MATOPIBA, compreendida por áreas de Cerrado e formada pelos
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia representa muito bem este processo de
expansão. No período entre 2014 e 2015, o cultivo dessa oleaginosa cresceu 12,1%, alcançando
uma área de 3,2 milhões de hectares no último ano (IEA, 2015). Somente no cerrado de
Tocantins, por exemplo, a área cultivada com compreende pouco mais de 2 milhões de hectares
no ano safra 2014/15 (CONAB, 2015).
Por outro lado, as técnicas para adoção da semeadura direta estão constantemente sendo
aperfeiçoadas por práticas que tem por objetivo suprir problemas em ambientes tropicais, visto
a tamanha preocupação sobre a estagnação da produtividade da soja na última década, que está
em média de 3000 kg ha-1 (IMEA, 2015; Fundação MT, 2014).
13

4.2 Potássio, Fósforo e Enxofre no solo


O potássio (K) é absorvido pelas plantas na forma de íon K+, estas que por sua vez
absorvem o potássio da solução do solo, cuja concentração é mantida pelo equilíbrio com o
potássio retido nos sítios de troca (trocável). Entretanto, quando concentração de K na solução
atinge valores muito baixos, pode haver difusão de parte do potássio contido nas estruturas dos
argilominerais e dissolução dos minerais primários que contém K, indicando que as formas de
K não trocáveis são potencialmente disponíveis para as plantas (SOUZA et al., 2002).
Estudos sobre a dinâmica de disponibilidade de K para as plantas são realizados, em sua
maior parte, nas regiões temperadas. Nas regiões tropicais, os trabalhos científicos têm
enfatizado a quantificação de K trocável e a relação existente entre essa forma e a absorção
pelas plantas (Melo et al., 2004).
Na solução do solo, o potássio é móvel e, também, sujeito às perdas por lixiviação,
ocorrendo principalmente em solos ácidos e com baixa CTC, bem como perdas por erosão,
remoção por colheitas. Os solos são comumente deficientes em K. A deficiência de K gera
clorose em folhas velhas evoluindo para necrose nas margens. Em gramíneas pode gerar caules
finos e raízes susceptíveis a fungos, o que pode levar ao acamamento (Melo et al., 2004).
Depois do N, o P é o elemento mais comumente limitante dos solos. O fósforo é
principalmente absorvido com HPO-, e menos rapidamente como HPO. O pH deve ser menor
que 6,8 para uma melhor disponibilidade deste elemento. Em pH elevado podem se formar
ainda fosfatos de cálcio ou de magnésio, que são pouco solúveis, podendo precipitar compondo
assim a fase sólida e indisponível do solo. Não obstante sua importância no metabolismo, o
fósforo representa menos de 1% na matéria seca. Sua atividade principal está relacionada com
a floração, a frutificação, o desenvolvimento das raízes e a maturação dos órgãos vegetativos
(Novais et al., 2007).
A deficiência pode gerar coloração verde escura, pontuações necrosadas e em alguns
casos acúmulo de antocianinas, que pode ser expressa por uma cor avermelhada das folhas,
podendo evoluir para envelhecimento e morte de folhas velhas, também resulta num
crescimento lento com sérios prejuízos para a floração, a frutificação e a formação de raízes, o
que inibe o crescimento vegetal (Novais et al., 2007).
O enxofre (S) é um macronutriente secundário, mas de grande importância na nutrição
mineral das plantas, em razão de ser elemento essencial, constituinte da maioria de proteínas,
com importância igual a de N e de P (Lopes & Guilherme, 1990).
O sintoma de deficiência se caracteriza por clorose generalizada nas folhas novas. O
enxofre não participa da molécula da clorofila, mas esta clorose é decorrente do fato do enxofre
14

ser importante para síntese das proteínas que se ligam à clorofila, com finalidade de estabilizá-
la. Na falta das proteínas estabilizantes a clorofila é mais susceptível à degradação (Lopes &
Guilherme, 1990).

4.3 Mobilidade de Nutrientes no Solo


Em solos agricultáveis a distribuição e mobilidade de nutrientes no solo é influenciada
por diversos fatores, entre os quais destacam-se o preparo solo e o modo de aplicação de
fertilizantes. A umidade do solo é outro fator a ser considerado na avaliação do suprimento de
nutrientes às raízes, especialmente naqueles em que este processo ocorre predominantemente
por difusão, como o K (Barber, 1995). A disponibilidade de água no solo, por sua vez, é
influenciada pelo manejo do solo, afetando o crescimento e desenvolvimento das plantas.
Aspectos relacionados a textura, formas de aplicação de fertilizantes e sistemas de
manejo do solo e o consequente efeito na dinâmica de nutrientes e crescimento de plantas, entre
outros fatores têm sido abordado por inúmeros trabalhos para a cultura da soja (Model &
Anghinoni, 2012).
O manejo eficiente da fertilidade do solo, envolvendo correção da acidez e adubação, é
um fator determinante da produtividade das culturas da soja (Tanaka et al. 1993). Geralmente,
os solos da região dos Cerrados são bastante intemperizados e a reserva de potássio não é
suficiente para suprir a quantidade extraída pelas culturas, por longos períodos de tempo, sendo
necessária a restituição da quantidade exportada do nutriente, via adubação (Lopes &
Guilherme, 1990). Na soja, o período de maior exigência do K se dá no estádio de crescimento
vegetativo, cuja velocidade máxima de absorção deste nutriente ocorre aos trinta dias que
antecedem ao florescimento (Tanaka et al. 1993).
Outra questão importante é que o potássio é o segundo nutriente mais exportado pelos
grãos. Em média, cada tonelada de soja exportada, aproximadamente 20 kg é correspondente a
de K2O. Dessa forma, o manejo da adubação, em relação aos modos de aplicação (sulcos, a
lanço e parcelada), também deve ser considerado, devido ao alto potencial de perdas por
lixiviação, em alguns solos. A adubação da soja normalmente é realizada aplicando-se parte
dos fertilizantes no sulco de semeadura e parte em cobertura. Porém, em algumas condições,
existe a possibilidade de antecipação dessas adubações, aplicando-se, a lanço, antes da
semeadura. Por sua vez, a aplicação de altas doses de potássio, no sulco de semeadura, deve ser
evitada, devido ao efeito salino e, em algumas situações, devido às perdas por lixiviação,
15

principalmente em solos arenosos, com baixa capacidade de troca de cátions. Por isso, doses
elevadas devem ser reduzidas na semeadura, podendo o restante ser aplicado em cobertura, no
período de maior exigência da cultura. Outro aspecto que deve ser considerado é que a adubação
tardia, em cobertura a lanço, em solos argilosos, pode não ser eficiente (FAO 1998, Isherwood
1998, Johnston 2000).
Uma importante alteração que ocorre é o gradiente de concentração no perfil (Nunes et
al., 2008), devido à não mobilização de fertilizantes e corretivos aplicados nas camadas
superficiais (DeMaria et al., 1999), bem como à ciclagem de nutrientes (Santos & Tomm,
2003). Uma vez que o P apresenta baixa mobilidade no solo (Barber, 1984) e baixíssima
disponibilidade nos solos oxídicos (Novais et al., 2007), isso pode alterar o suprimento das
plantas, já que a absorção pelas raízes é dependente dos teores de P, bem como do volume de
solo adubado (Anghinoni, 1992; Model & Anghinoni, 1992; Klepker & Anghinoni, 1995).
Os fertilizantes fosfatados de elevada solubilidade em água são os mais usados na
agricultura mundial devido à sua maior eficiência agronômica (Bolland & Bowden, 1982), para
quaisquer condições de solo e de cultura, correspondendo a 95 % do P2O5 utilizado na
agricultura brasileira em 2008 (ANDA, 2009). No entanto, é também bastante conhecido que
essas fontes de elevada solubilidade, quando adicionadas aos solos tropicais ácidos e de alta
capacidade de fixação de P, são rapidamente convertidas em formas indisponíveis às plantas,
podendo ter sua eficiência diminuída ao longo do tempo (Bolland, 1985; Kordörfer et al., 1999;
Ghosal et al., 2003; Prochnow et al., 2004).
Para que ocorra adequada absorção de P, crescimento e produtividade das culturas e,
por fim, elevada eficiência dos fertilizantes fosfatados, estes devem ser aplicados de maneira
adequada no solo, permitindo sua melhor localização em relação às raízes das plantas
(Anghinoni & Barber, 1980), assim como minimização da exposição do P ao fenômeno da
fixação promovido por óxidos e hidróxidos de Fe e Al (Sousa & Volkweis, 1987b).
Os modos de aplicação de P mais utilizados para produção de grãos são a lanço na
superfície com ou sem incorporação, no sulco de semeadura e em faixas (Sousa et al., 2004). O
manejo comum da adubação fosfatada na região do Cerrado constitui-se de aplicações no sulco
de semeadura de fontes solúveis de P. Apesar de ampliar o gradiente natural de P no perfil do
solo, principalmente sob SPD, aplicações de adubos fosfatados na superfície tornam-se uma
interessante alternativa em sistemas de produção que se beneficiem com maior rapidez no
plantio, a qual pode ser obtida com a adubação antecipada ou após este. Isso permitiria o plantio
apenas com as sementes ou quantidade menor de fertilizante, reduzindo o tempo demandado
para abastecer as plantadeiras e possibilitando aumentar a velocidade de trabalho destas, por
16

estarem mais leves. Sistemas de produção de grãos de soja e milho em que há possibilidade de
realizar uma segunda safra de verão se beneficiariam do menor tempo gasto nas operações de
plantio, tanto na primeira como na segunda safra, favorecendo a maior utilização da água pela
cultura antes do final da estação chuvosa.
Com relação ao enxofre, estima-se que aproximadamente 70% da região do cerrado
apresente problemas de deficiência (Malavolta & Kliemann, 1985). Esta deficiência natural
tende a ser ainda mais pronunciada em virtude de: (i) queima anual da vegetação de cerrado,
que leva a perdas consideráveis de N e S; (ii) uso de fertilizantes concentrados, os quais, em
geral, não carregam S na sua formulação. Diversos experimentos têm mostrado respostas
positivas ao S nos solos sob cerrado (McClung et al., 1958; 1959;1961; Miyasaka et al., 1964;
Freitas et al., 1964; Mascarenhas et al., 1967; Coqueiro et al., 1972b; Couto & Sanzonowicz,
1983; Couto et al., 1988). Com a finalidade de evitar problemas de aparecimento de deficiência
de enxofre nestes solos, Couto & Ritchey (1986) sugerem uma aplicação de 15 a 30 Kg de
S/ha/ano para suprir as necessidades da maioria das culturas.
Um ponto relevante com relação à análise de solo para S, é que a avaliação não deve se
restringir apenas à camada superficial (0 a 20 cm). Face à movimentação do sulfato para as
camadas sub-superficiais, também as profundidades de 20 a 40 e 40 a 60 cm devem ser
amostradas e submetidas à análise (Lopes & Guilherme, 1990).

4.4 Disponibilidade de Nutrientes no Solo


No início da formação do solo, o fósforo está na forma primária, principalmente como
minerais de fosfato de cálcio. Com o tempo, os minerais primários do fósforo dão origem aos
minerais secundários de fósforo, fósforo orgânico, fósforo ocluso e ocorre uma queda de fósforo
total no solo pelo processo de lixiviação (Yang e Post, 2011).

Solos tropicais em adiantado processo de intemperismo, apesar de apresentarem teores


totais de P relativamente elevados podem apresentar deficientes em P disponível, pela baixa
solubilidade das principais formas de P encontradas (Rolim Neto et al., 2004).

As formas de fósforo do solo são dependentes de sua natureza química e energia de


ligação resultando em diferentes capacidades de dessorção e abastecimento da solução do solo
(Gatiboni, 2007).

Segundo Gatiboni (2007), a longo prazo há atuação de todas as formas de P do solo na


manutenção do P absorvido pelas plantas e quando acumulado pela adubação, as formas
17

inorgânicas e orgânicas de P agem de forma semelhante no tamponamento do P absorvido pelas


plantas. Em solos com baixa ou nenhuma adição de fertilizantes fosfatados, as formas orgânicas
de P são as principais sustentadoras do P absorvido pelas plantas.

De acordo com Yang e Post (2011), a compreensão da dinâmica do fósforo e a


capacidade de modelagem de sua ciclagem são dificultadas pela falta de medidas consistentes
do fósforo no solo, apesar da sua importância como nutriente limitante no ecossistema terrestre.

Acréscimos da disponibilidade de fósforo podem ser obtidos pelo manejo adequado da


adubação fosfatada para cada tipo de solo e pela escolha correta do fertilizante. Informações
adquiridas por mapeamento da variabilidade dos atributos dos solos são empregadas no
planejamento das práticas de manejo para conservação do solo e da água (Silva et al., 2008;
Vaezi et al., 2010), cultivo agrícola (Gomes et al., 2008; Cavalcante et al., 2011; Cerri &
Magalhães, 2012), e otimização de amostragem do solo (Montanari et al., 2005), identificando
áreas homogêneas (Silva Junior et al., 2012) e garantindo o manejo específico entre áreas
distintas (Cerri & Magalhães, 2012).

Valladares et al. (2003) correlacionando atributos químicos e físicos com a capacidade


máxima de adsorção de fósforo (CMAP) em solos de argila de baixa atividade em dezesseis
diferentes regiões do Brasil verificaram grande variação nos valores de CMAP para o horizonte
superficial e para o horizonte subsuperficial, sendo 48 a 1429 mg.kg-1 e 455 e 1.667 mg.kg-1,
respectivamente. Além disso, observaram que os solos de textura mais argilosa apresentaram
maior capacidade de adsorção de fósforo, principalmente para solos formados a partir de rochas
básicas ou alcalinas.

Estudo desenvolvido por Chaves et al. (2009) em Argissolos, Plintossolos e


Cambissolos para determinar as características de adsorção de fósforo (P) utilizando-se a
isoterma de Langmuir, e suas relações com algumas propriedades químicas e físicas dos solos
averiguaram que os atributos mais relacionados com a CMAP pelos solos de mesma classe
foram os teores de argila, matéria orgânica e pH.

Avaliando a eficiência de fertilizantes fosfatados na nutrição e na produção da soja nos


solos Neossolo Quartzarênico, Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico textura média e
Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico textura argilosa Furtini Neto et al. (2003) observaram
o aumento na produção de matéria seca e de grãos de soja.
18

Para o potássio, em relação as fontes de K adicionadas ao solo tanto pela adubação


potássica como aquele disponibilizado da palha, pode ser intensamente lixiviado no perfil do
solo, dependendo da quantidade de chuva, da dose de nutriente e da textura do solo, entre outros
fatores (Rosolem et al., 2006). Além de favorecer a lixiviação, a aplicação de doses elevadas
de K e em dose única pode causar a salinização da região que recebe o fertilizante, podendo
causar toxidez às raízes das plantas (Otto et al., 2010), principalmente se aplicado no sulco de
semeadura.

De acordo com CAIRES & FONSECA (2000) a crosta terrestre, aproximadamente,


contém até 0,6 a 1,1 g kg-1 de S, sendo que as rochas plutônicas constituem a fonte primária de
S, que se encontra na forma de dois sulfetos de metais. Quando estas rochas são intemperisadas,
os minerais são decompostos e os sulfetos oxidados, produzindo-se sulfato. O sulfato é
precipitado como sais solúveis ou insolúveis (climas secos), absorvido por organismos vivos,
passando a ficar incorporados e armazenados na matéria orgânica, é reduzido por ação de outros
organismos a S elementar ou sulfetos, sob condições anaeróbicas e parte é perdida por
lixiviação.

Da mesma forma que o N e o P, o S encontra-se no solo na forma inorgânica e orgânica.


Em forma geral, o S total dos solos varia entre 0,003 e 1 dag kg-1, com média de 0,07 dag kg-1.
Em regiões tropicais os solos inorgânicos apresentam teores de 0,02 a 0,2 dag kg-1, e os
orgânicos podem ter até 1 dag kg-1(CRUSCIOL et al., 2006).

Na maioria de solos de regiões temperadas de 60 a 90 % do S está em forma orgânica e


em regiões tropicais a variação pode ser mais ampla, sendo que em solos muito intemperizados
e com baixos teores de matéria orgânica (M.O.) o S orgânico é relativamente baixo, menor que
10 % do total e em alguns solos da África, tão alto que chega a 100 %, mas com teores
relativamente baixos. O S na maior parte de terrenos agricultáveis se encontra na forma
orgânica ou de sulfatos solúveis na solução do solo, ou no complexo sortivo do solo. Como o
N, o P e o S fazem parte de compostos orgânicos da M.O., a qual tende a certo equilíbrio, as
relações entre estes nutrientes e o carbono (C) variam em função das condições em que se
estabelece o equilíbrio entre mineralização e acúmulo da M.O. do solo (SERAFIM et al., 2012).
19

5 - MATERIAL E MÉTODOS

5.1. Caracterização do experimento


O estudo foi realizado na área experimental localizada na Fazenda Santo Estevão em
Deciolândia - MT, com altitude de 410 m, clima Cwa na classificação de Köppen, precipitação
média anual de 2030 mm e temperatura média anual de 23,3 °C. O relevo caracteriza-se como
plano, a vegetação original é o Cerrado e o solo é classificado como Latossolo Vermelho
distrófico.
Para a caracterização da área foram coletadas 20 amostras simples na profundidade de
0 – 0,2 m para forma uma composta, conforme tabela 1.

Tabela 1. Atributos químicos e granulométricos do solo na camada de 0 a 0,2 m.


pH P K+ S Al3+ Ca2+ Mg2+ H+Al CTC MO Areia Silte Argila
(H2O)
-------mg dm-3 ------- ---------------------- cmolc dm-3 ------------- g kg-1 ------------- % -----------
5,4 3,9 39,1 11,3 0,08 2,41 2,01 5,27 9,7 28,0 27 9 64

Para os teores encontrados de P e K, para os solos de cerrado estes são interpretados


como teores médio e adequado, respectivamente (Thomaz A. Rein & Djalma M., 2002).
A área em estudo compreende o 3º ano de cultivo de soja como safra principal em
manejo de adubação a lanço em todos os plantios, sendo que na safra 2013/14, utilizou-se
sucessão com a cultura do milho. Anteriormente a área permanecia em pousio e quando do
inicio, na primeira safra, foi realizada calagem com calcário dolomítico PRNT de 90% com
2000 kg ha-1.
O experimento foi dividido em cinco faixas de semeadura, em delineamento em blocos
casualizados, em esquema fatorial, com 5 repetições e 4 profundidades (0 a 0,05 m, 0,05 a 0,1
m, 0,01 a 0,15 m e 0,15 a 0,02 m) onde foram avaliados cinco tratamentos (tabela 2).
20

Tabela 2. Tratamentos, modos e ordem de aplicação, formulados e quantidade de adubo,


Fazenda Santo Estevão em Deciolândia - MT.
Tratamento Dosagem (kg ha-1)
Nomenclatura Modo de aplicação MAP + SS
KCl
(04-32-00)
1 – Test Testemunha (sem aplicação) 0 0
2 – Pl-Ks K no sulco + P a lanço 220 160
3 – Ps-Ks P e K no sulco 220 160
4 – Ps-Kl P sulco + K a lanço 220 160
5 – Pl-Kl P e K a lanço 220 160

As dimensões das parcelas experimentais foram de 3 m x 5 m (15 m2 de área), em total


de 25 unidades experimentais (5 tratamentos e 5 repetições) um total de 375 m2 de área.

A adubação padrão utilizada na propriedade corresponde a 90 kg ha-1 de K2O e a fonte


utilizada foi o cloreto de potássio e 70 kg ha-1 de P2O5 fornecido através do formulado 04-32-
00, em composição baseada de fosfato monoamônico (MAP) mais superfosfato simples (SS),
aplicados conforme tratamentos. Além de P e K, forneceu também 8,8 kg ha-1 N mais S através
do SS (quantidade não divulgada pelo fabricante). O fertilizante foi pesado e acondicionado em
sacos de plástico e distribuída conforme os tratamentos. Os sulcos foram abertos com auxílio
de uma enxada e um sacho para aplicação manual dos tratamentos sob a profundidade de 0,04
m em vertical ao perfil do sulco de semeadura e 0,03 m em paralelo ao sulco de semeadura. Em
seguida, os sulcos foram fechados para aplicação a lanço.

A semeadura da soja, cultivar TMG 132 RR foi realizada em 26/10/2013 com densidade
de 333.000 sementes por hectare, sendo os tratos culturais (com exceção ao manejo de
adubação) mantidos de forma comum a todos os tratamentos.

As variáveis fitométricas analisadas foram: comprimento de plantas, número de vagens,


massa seca total e produtividade total foram obtidas por meio da determinação da produtividade
de grãos (coleta de 2 m2 de área útil de cada parcela). O material colhido foi trilhado e
peneirado, em seguida, fez-se a medição da umidade e do peso dos grãos, para obtenção da
produtividade líquida (kg ha-1) e corrigida para a umidade de 13%.
21

Para a massa seca total, foi coletada a área útil da parcela, a amostra representava toda
a biomassa presente sobre o solo, as quais foram secas em estufa de circulação forçada, a 60
ºC, até peso constante.

5.2 Coletas de solo

As amostras foram retiradas de forma estratificada, no estádio de ponto de maturação


fisiológica da cultura. Foram três pontos distribuídos perpendicularmente em relação à linha de
semeadura, distantes 12,5 cm um do outro, sendo um na linha de plantio, e em quatro camadas:
0 a 0,05 m, 0,05 a 0,1 m, 0,01 a 0,15 m e 0,15 a 0,02 m (Figura 1).
Foram coletadas três amostras simples de cada parcela, para formar uma amostra
composta, totalizando 900 amostras simples e 300 amostras compostas (5 tratamentos x 5
repetições x 4 camadas x 3 pontos perpendicular à linha de semeadura).

Figura 1 - Esquema de amostragem do solo, com três pontos distribuídos perpendicularmente


em relação à linha de plantio e em quatro profundidades.

Depois de coletadas, as amostras foram acondicionadas e enviadas para o laboratório


Agroanálise - Laboratórios Integrados em Cuiabá MT, onde foram realizadas todas as análises
químicas de sousa (H2O), P, K+, S, Al3+, Ca2+, Mg2+, H+Al, CTC e MO. Para o fósforo e o
potássio foram extraídos pelo método Mehlich-1, descritos em TEDESCO et al. (1995).
22

5.3 Análises Estatísticas

As variáveis químicas dentro dos tratamentos foram submetidas ao teste de


Kolmogorov-Smirnov e Levene para averiguar a normalidade dos resíduos e homogeneidade
das variâncias dos dados, respectivamente. Posteriormente foram submetidas a análise de
variância e quando encontradas diferenças significativas, as mesmas foram testadas pelo teste
de Tukey a 5%.

A dinâmica dos nutrientes no perfil do solo foi analisada por meio da análise de
variância e regressão. Para as variáveis fitométricas da soja, os dados foram submetidos a
análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. As
análises de variância foram realizadas com o auxílio do programa estatístico SISVAR
(FERREIRA, 1998).
23

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados demonstraram que ao longo do perfil do solo existe uma correlação direta
entre o modo de aplicação e a mobilidade específica de cada nutriente (Tabela 2). Alterações
na concentração verticalmente do perfil, foram maiores evidenciadas para o P e S nas primeiras
camadas.
A distribuição e mobilidade de nutrientes no solo é influenciada por diversos fatores,
entre os quais destacam-se o preparo solo e o modo de aplicação de fertilizantes (Barber, 1995).

Tabela 2- Teores de pH, P, S e K no solo nas camadas de 0 a 0,05 m, 0,05 a 0,1 m, 0,01 a 0,15
m e 0,15 a 0,02 m de profundidade, após colheita da soja na safra 2013/2014.

Variável Profundidade (m)


Tratamento 0-0,05 0,05-0,10 0,10-0,15 0,15-0,20
Pl-Ks 5,6 b 5,3 5,3 5,3
Pl-Kl 6,0 a 5,5 5,4 5,3
pH (H2O) Ps-Ks 5,8 ab 5,5 5,4 5,3
Ps-Kl 6,0 a 5,5 5,4 5,4
Test 6,0 a 5,4 5,3 5,3
** ns ns
Teste F 7,20 2,37 1,15 0,57ns
CV (%) 3,88 2,35 1,87 2,38
Pl-Ks 21,1 bc 11,1 b 6,4 3,6
Pl-Kl 21,7 bc 14,8 ab 9,3 5,7
-3
P (mg dm ) Ps-Ks 31,8 ab 16,1 ab 9,8 4,5
Ps-Kl 36,7 a 24,1 a 12,2 6,1
Test 15,5 c 10,0 b 6,3 3,7
** ** ns
Teste F 7,74 5,10 1,48 1,24ns
CV (%) 43,50 46,78 51,79 48,67
Pl-Ks 9,7 a 12,0 a 13,2 a 15,4 a
Pl-Kl 7,5 b 8,6 b 9,6 b 10,8 b
-3
S (mg dm ) Ps-Ks 7,7 b 8,7 b 9,6 b 10,4 b
Ps-Kl 8,1 b 8,8 b 9,6 b 10,4 b
Test 8,0 b 8,8 b 9,5 b 10,4 b
** ** **
Teste F 10,05 8,46 8,35 12,26**
CV (%) 11,89 18,29 18,49 20,74
Pl-Ks 60,0 39,4 32,8 27,4
Pl-Kl 66,8 33,6 28,8 24,0
-3
K (mg dm ) Ps-Ks 73,2 52,2 47,0 41,8
Ps-Kl 80,8 56,0 47,4 40,2
Test 74,6 40,8 34,6 29,4
ns ns ns
Teste F 0,48 2,39 2,39 2,50ns
24

CV (%) 34,79 32,19 34,70 37,64


Letras minúsculas comparam os tratamentos. **, * F significativo à 1 e 5 % respectivamente; ns: não significativo.

6.1 Fósforo

Observou-se em todos os tratamentos uma redução acentuada (estratificação) no teor de


P com a profundidade, independentemente do modo de aplicação (Tabela 2), mas diferenças
significativas apenas de 0 a 0,5 e de 0,5 a 0,10 m. Embora não significativas, observou-se uma
tendência de aumento de teor de P quando aplicado no sulco. Resultados semelhantes foram
obtidos por Costa (2009) e Santos (2009) quando estudaram difusão de fósforo no perfil de um
latossolo vermelho influenciada por fontes de P e pela umidade do solo.
A estratificação do P ao longo do perfil do solo, o modo de adubação ao longo do tempo,
seja superficial no sulco de semeadura ou a lanço em área total, acarretará num gradiente de P,
afirma HOWARD et al. 1998 em estudo de aplicação fosfatada a lanço por 5 anos consecutivos.
A aplicação do fósforo em sulco (Figura 2) aumentou a disponibilidade deste elemento,
que foi cerca de 58% superior em relação à testemunha (que advinha de dois anos seguidos de
adubação a lanço) e 41% em relação a aplicação de K e P a lanço, na camada de 0-0,05 m
(Tabela 2). Para a camada de 0,05-0,10 m o manejo de aplicação do P em sulco também os
maiores valores de P disponível (esperado), sendo 58,5% acimas da testemunha e 38,5% a mais
comparado a aplicação KP a lanço (p<0,05).
A testemunha apresentou resultados de P superiores em comparação a análise de
caracterização da área, principalmente no caso do solo ser pobre em P e com histórico de
adubação fosfatada somente a lanço. No entanto, quando somado os teores obtidos pela análise
estratificada e divididos pelas profundidades, o resultado condiz melhor com a profundidade de
0 a 0,1 m, fato que pode ser explicado pela expressiva variabilidade espacial do P no solo.
Experimentos desenvolvidos por Barber e seus colaboradores (ANGHINONI &
BARBER, 1980; BORKERT & BARBER, 1985) demonstraram que doses de fosfatos altas há
similaridade de eficiência agronômica com as formas de aplicação (sulco, faixa e lanço). Esses
dados foram obtidos com aplicações no sulco, a lanço, mas incorporados na camada arável.
Quando incorporado há influência do tipo de implemento utilizado na incorporação, neste caso
fica extremamente prejudicado a avaliação da mobilidade de um elemento no perfil do solo,
ex.: botinha e disco.
25

Segundo Costa (2008), a eficiência relativa da aplicação do fertilizante fosfatado a lanço


versus no sulco parece estar relacionada ao teor de P inicial no solo. Quanto mais deficiente em
P foi o solo, melhor e maior foi a resposta em rendimento da soja ao P aplicado de forma
localizada. Mas, assim que o teor de P no solo foi aumentando, essa eficiência da aplicação no
sulco diminui.

Fósforo PlKs P = -0,0919[prof**] + 18,828 R² = 0,8194

40 PlKl P = 0,1068[prof**] + 23,541 R² = 0,8361

35 PsKs P = 0,00133[prof**]2 - 0,46[prof] + 44,8


R² = 0,8550
30
PsKl P = -0,2074[prof**] + 38,80 R² = 0,706
Teor mg dm-3

25
Test P = -0,0782[prof**] + 16,715 R² = 0,6404
20

15

10

0
0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2
Profundidade (m)

Figura 2. Teores de P na camada 0 – 0,02 m de um Latossolo Vermelho distrófico.

Para as demais camadas, muito embora não observado diferenças significativas, as


maiores medias foram sempre encontradas no manejo de aplicação de P no sulco de plantio.
Estes resultados sugerem que para melhor aproveitamento do fosforo disponível no solo pelas
culturas o melhor manejo de aplicação do P recomendado é no sulco de plantio.
O P foi o nutriente que apresentou o gradiente de concentração mais acentuado
verticalmente no solo, em função de sua reduzida mobilidade, não sendo transportado no perfil
do solo (Silva, 2002). Do ponto de vista do sistema de semeadura direta, a deposição dos
fertilizantes nas camadas superficiais e as menores perdas por erosão (Eltz et al., 1989)
justificam o resultado encontrado. Este resultado pode estar associado à aplicação localizada de
fertilizantes fosfatados, predominantemente nas linhas de semeadura, que se mantêm pouco
alteradas com o tempo de cultivo, devido ao não revolvimento do solo e pela baixa mobilidade
do P (Leite et al., 2010).
26

6.2 Potássio

Não se observou mobilidade do K em função do modo de aplicação, no entanto a


aplicação de K independente do manejo de aplicação não modificou em quantidades
significativas os estoques de K no solo, independente das camadas observadas. Provavelmente
por se tratar de resultados de apenas um ano de aplicação dos tratamentos, o que pode ser tempo
insuficiente para se observar diferenças nos estoques, sobretudo dos macronutrientes de fácil
mobilidade no solo (Figura 3). No entanto apenas o tratamento PlKl apresentou comportamento
quadrático em relação aos demais tratamentos, sendo todos lineares. Este fato poderia ser
defendido pelo efeito do K ser aplicado a lanço, no entanto PsKl teve comportamento linear,
assim sugere-se que esta causa esteja relacionada também com a dispersão vertical do potássio
no perfil do solo.

PlKs K = -0,2088[prof**] + 60,78 R² = 0,419


Potássio
PlKl K = -0,3048[prof**] + 70,38 R² = 0,419
90
PsKs K = -0,1604[prof**] + 67,99 R² = 0,3406
80
PsKl K = 0,0035[prof*]2 - 1,0168[prof] + 102,41
70
R² = 0,6961
60 Test K = -0,2236[prof**] + 76,91 R² = 0,3442
Teor mg dm-3

50

40

30

20

10

0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
Profundidade (m)

Figura 3. Teores de K na camada 0 – 0,02 m de um Latossolo Vermelho distrófico.

Confirmando os dados de segundo Vilela et al. (2002), não há diferença entre aplicação
de potássio a lanço ou sulco, assim por questões operacionais de propriedade, e levando em
27

consideração este tipo de solo e manejo recomenda-se aplicação a lanço. Como fica evidenciado
na figura 3 a dinâmica vertical do potássio no solo independentemente do modo de aplicação.

6.3 Enxofre
Para o S, exceto para o tratamento PlKs, todos os demais tratamentos tiveram comportamento
semelhante a testemunha (figura 4).
O enxofre sendo um nutriente fundamental para rendimentos maiores da soja, por ser
principalmente um elemento catalisador das principais reações que envolvem o fósforo nas
transformações bioquímicas na soja, sugere-se que o fato tenha sido ocorrido possivelmente pela
capacidade de adsorção de cargas negativas serem menores na camada superficial devido aos efeitos da
calagem e/ou adubação fosfatada (Thomaz A. Rein & Djalma M., 2002).

20
Enxofre
18

16

14
Teor mg dm-3

12

10

8 PlKs S = 0,0365[prof**] + 8,942 R² = 0,4879

PlKl S = 0,0223[prof**] + 6,897 R² = 0,8404


6
PsKs S = 0,0185[prof**] + 7,253 R² = 0,8105
4
PsKl S = 0,0152[prof**] + 7,689 R² = 0,931
2
Test S = 0,0157[prof**] + 7,602 R² = 0,6236
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2
Profundidade (m)

Figura 4. Teores de S na camada 0 – 0,20 m de um Latossolo Vermelho distrófico.

Observa-se na tabela 2 figura 4 que no tratamento PlKs os teores de S foram maiores que todos
os demais, com tendência de aumento com a profundidade. Na profundidade de 0 a 0,05 m o teor de S
foi de 9,7 mg dm-3 alcançando 15,4 mg dm-3 a 0,20 m de profundidade. Nos demais tratamentos os teores
médios para as mesmas profundidades foram mg dm-3 e 10,5 mg dm-3 , respectivamente.
Apesar das diferenças entre os tratamentos, o teor de S na profundidade de 0 a 0,20 m
são considerados médios para o desenvolvimento da soja.
28

6.4 Parâmetros Biométricos


Para as variáveis biométricas, não houve diferenças estatísticas para o comprimento de
plantas, número de vagens e matéria seca, conforme tabela 3.

A altura de planta com média de 0,55 m é compatível com a cultivar em estudo.

A produtividade média de grãos de soja diferiu entre os distintos modos de aplicação de


P, tendo valores que ultrapassaram 5000 kg ha-1.

Estes resultados são corroborados pelos obtidos por Novais e Smyth (1999) que
obtiveram melhores rendimentos de produtividade da soja quando recomendação média de
fósforo foram aplicados em sulco de plantio, em solos com baixos teores de “P-disponível”.

Fica evidenciado que mesmo em solos em que os teores de P são adequados, a aplicação
de P no sulco proporcionou melhor produtividade.

A maior produtividade ocorreu quando 100% da dose de P foi aplicado no sulco de


plantio, no entanto os tratamentos que receberam parte da adubação em sulco (K e P), não foi
observada diferença estatística.

Não obstante a diferença estatística entre as produtividades, o tratamento PlKl, com a


menor produtividade alcançou 4596 kg ha-1, valor acima da média Estadual. Os valores médios
do experimento demonstram que mesmo em solos com elevada produtividade, o manejo mais
adequado da fertilidade pode propiciar melhores condições para o desenvolvimento das plantas
e aumento de produtividade.

Quando os as duas fontes foram aplicadas a lanço, obtiveram uma produtividade menor
em comparação aos demais tratamentos de P no sulco.
29

Tabela 3 – Variáveis biométricas da cultura da soja.


Tratamento Comp. Núm. Matéria Peso de Produção Produtividade
Vagens
Planta Seca 100 (kg ha-1) (sacas por
(planta)
(cm) (g/planta) sementes hectare)
(g)
Pl-Ks 62,75 a 77,56 a 36,97 a -
Pl-Kl 58,75 a 65,56 a 36,62 a 16,50 b 4596 b 76,6 b
Ps-Ks 56,56 a 79,31 a 37,18 a 17,79 a 5148 a 85,80 a
Ps-Kl 53,31 a 66,75 a 31,00 a 17,45 a 5172 a 86,20 a
Test 50,25 a 57,94 a 28,38 a -
* letras iguais indicam que, no nível de 5%, não há diferença significativa entre as respectivas médias.

Os tratamentos PlKs e Test não foram colhidos, tendo em vista problemas judiciais entre
proprietários, ocorrendo a perda total destas faixas, resultando apenas 3 tratamentos (anexo).
Para o solo de segundo ano de início de plantio de soja (Thomaz A. Rein & Djalma M.,
2002), o comportamento foi semelhante para os dois modos de aplicação (sulco e lanço),
entretanto, nos três primeiros cultivos, o tratamento com aplicação a lanço do superfosfato triplo
apresentou perdas de produtividade em relação à aplicação no sulco. Possivelmente isso ocorreu
por se tratar de solo com teor de P muito baixo, e a aplicação superficial do P limitou sua
absorção quando reduziu a umidade do solo na superfície, nos períodos de estiagem, reduzindo
a absorção desse nutriente.
Sá (2004) relata que a aplicação de fertilizantes fosfatados a lanço, sem incorporação no
plantio direto, é uma prática viável como adubação de manutenção e/ou restituição para solos
que tenham sido adubados e apresentam teores médios a altos de P. Para solos com baixos
teores de P é recomendado adubação em sulco. Broch e Chueiri (2006) avaliando diferentes
estratégias de adubação de manutenção para a cultura da soja, em sistema plantio direto, relatam
que a aplicação a lanço do fertilizante mostrou-se viável em solos de boa e média fertilidade.
No entanto, em solos com baixo teor de P, a adubação a lanço mostrou-se inviável.
30

7. CONCLUSÃO

A adubação fosfatada quando aplicado em sulco de semeadura contribui positivamente


na disponibilidade de P2O5 no solo até 0,1 m de profundidade.
Melhores produtividades de grãos de soja são obtidos quando o P são aplicados no sulco
de semeadura.
É indiferente em termos de eficiência da adubação potássica o sistema de adubação a
lanço ou em sulco de semeadura.
31

8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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