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CADERNO DE RESUMOS
II SIMPÓSIO INTERNACIONAL
CELPE-BRAS (SINCELPE)
Organizadoras
Matilde V. R. Scaramucci
Ana Cecília C. Bizon
Meirélen Salviano Almeida
Universidade Estadual de Campinas
Reitor: José Tadeu Jorge
Vice-Reitor: Alvaro Penteado Crósta
Setor de publicações
Coordenadora: Orna Messer Levin
Equipe Editorial: Setor de Publicações / IEL
Comissão organizadora
Profa. Dra. Matilde V. R. Scaramucci – DLA/IEL/Unicamp – Presidente
Profa. Dra. Ana Cecília Cossi Bizon – CEL/Unicamp
Profa. Ms. Meirélen Salviano Almeida – CEL/Unicamp
Marcela Dezotti Candido – Pós-Graduação em LA/IEL/Unicamp
Maria Gabriela Pileggi – Pós-Graduação em LA/IEL/Unicamp
Monica Panigassi Vicentini – Pós-Graduação em LA/IEL/Unicamp
Comissão Científica
Profa. Dra. Matilde V. R. Scaramucci – DLA/IEL/Unicamp – Presidente
Profa. Dra. Ana Cecília Cossi Bizon – CEL/Unicamp
Profa. Ms. Meirélen Salviano Almeida – CEL/Unicamp
CRB 8/8624
CDD: 469.07
Sumário
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
de internacionalização ........................................................................................ 20
CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO
Comunicações
Ana Laura dos Santos Marques e Mônica Baêta Neves Pereira Diniz,
Henrique Leroy
Marcia Niederauer
fala-em-interação de entrevista de
Nelson Viana
Esta ponencia tiene como propósito mostrar el examen CELU como objeto pertinente
de estudio, tanto en cuanto a sus aportes a una política lingüística nacional como por su
démica que lo lleva a cabo, de manera de apreciar también en su justa medida las necesi-
dades que no han sido cubiertas después de 10 años y planear nuevas direcciones. Para
del Español como Lengua Segunda y Extranjera a principios de este siglo, y se analizarán
crecimiento, comentando contenidos y aportes. Y por último las nuevas líneas propuestas
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mesa-redonda
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Mesa-redonda
Celpe-Bras: aspectos do construto
10h30 - Auditório
em leitura
UFRGS
é relacionado aos componentes das questões e tarefas e aos critérios de avaliação uti-
lizados para avaliar a compreensão de textos. Diferentes respostas dos candidatos são
analisadas para se estabelecer uma relação entre os enunciados das tarefas e seus com-
avaliação: avaliar o desempenho na leitura em língua adicional com vistas a decidir o nível
de proficiência e conferir certificação. Conclui-se com uma reflexão sobre os diferentes ob-
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A correção da parte escrita: desafios para a validade e a
confiabilidade
UFRGS
O objetivo desta fala é refletir sobre o processo de correção da Parte Escrita do Exame
para lidar com as possíveis avaliações divergentes que possam surgir precisam ser objeto
que pretende avaliar sem, contudo, perder de vista a confiabilidade exigida em um exame
de larga escala.
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Agenda de pesquisas para a parte oral
UEL
volvimento de exames dessa natureza “seja acompanhado por pesquisas sobre a validade
e a confiabilidade dos diversos aspectos envolvidos no sistema de avaliação, tais como
das tarefas, o sistema de correção e as grades de avaliação, entre outros, bem como dos
efeitos que o exame vem gerando no ensino” (p. 10). No que diz respeito aos aspectos re-
lacionados à Parte Oral do exame, há um fator fundamental que precisa ser considerado,
pois sendo a avaliação realizada no posto aplicador, qualquer mudança demanda forma-
ção dos examinadores de modo que possam conhecer e entender o porquê de propostas
que atuam nos postos aplicadores, seja no Brasil, seja no exterior. Neste trabalho, então,
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Mesa redonda
Celpe-Bras: impactos políticos e educacionais em
tempos de internacionalização
Sexta-feira - 26 de Setembro de 2014
11h – Auditório
INEP
Superior (IES) aplicadoras no Brasil. Atualmente o Inep articula-se com o Ministério das
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o programa Português sem Fronteiras e o Celpe-Bras
sidades públicas brasileiras, está desenhando o Programa Idiomas sem Fronteiras, que
Programa Inglês sem Fronteiras já executadas desde dezembro de 2012 nas universida-
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O Celpe-Bras como instrumento de política linguística exterior:
UFMG
mento desse exame como um instrumento de política linguística exterior (VARELA 2006),
num cenário em que se fortalecem as políticas dessa natureza levadas a cabo pelo Itamaraty,
pelo Ministério da Educação brasileiro e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
mos, em particular, algumas polêmicas relativas: (i) aos diferentes pesos atribuídos, a partir de
exame nas discussões sobre sua expansão; (ii) às propostas de criação de um exame único,
dos desses países. Tais polêmicas, segundo nossas análises, incidem sobre o funcionamento
metalinguístico sobre o português como língua adicional, mas também em relação a sua gestão
internacional (ZOPPI-FONTANA & DINIZ, 2008), inclusive no âmbito da CPLP. Marcadas pela
das por discursos que representam o Brasil como um país de aspirações imperialistas (DINIZ,
2012) –, essas polêmicas nos levam, no limite, a refletir sobre a própria designação do exame
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o Celpe-Bras e o convênio PEC-G: reflexões sobre o papel do exame
CEL – Unicamp
transpassada por uma globalização neoliberal, como traços de uma globalização alter-
nativa, trazendo para o centro outras vozes que não as do Norte-Norte (SANTOS, 1995;
2002). Contudo, o programa tem regras bastante específicas, dentre as quais a exigência
regras nas localidades, o que tem gerado muitos desligamentos de conveniados africa-
nos, além de narrativas desrespeitosas aos direitos humanos. O objetivo desta apresenta-
(BHABHA, 1998; SPIVAK, 2010) – que visou investigar como quatro estudantes congole-
L2. A análise dos dados indicou que os jovens conceberam o PEC-G como um instrumento
de traços neocolonialistas por parte do país cooperador. O Celpe-Bras, por outro lado,
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contribuindo para a apropriação de espaços (LEFEBVRE, 1974) e multiterritorializações. A
partir dos dados, (i) marco a necessidade de se repensar o funcionamento dessa política
que não democratiza ou, ao contrário, como promotor de uma globalização contra-hege-
mônica que promova horizontalidades; (ii) discuto o importante papel do Celpe-Bras como
cooperação pretendidos.
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Conferência de encerramento
14h30 – Auditório
IEL – Unicamp
Apesar de estarmos vivendo, no momento atual, em uma era de grandes exames – exa-
mes vestibulares, exames nacionais, exames internacionais de línguas – posso dizer que
(TAYLOR, 2008). Dado que, no contexto brasileiro, os responsáveis pelos exames são em
mento. Meu objetivo, nesta fala, é explorar esse conceito, que é relativamente recente, e
que tem sido objeto de reflexões em muitas publicações atuais da área. Dentre esses
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COMUNICAÇÕES
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Textos do exame Celpe-Bras: (inter)ação, representação e
identificação
Brasil com base em temas sociológicos a partir do entendimento de que a elite econômica
é uma das mediadoras na construção de uma cultura nacional. Também busquei explanar
sentidos potencialmente ideológicos presentes nesses textos. Este estudo apresentado foi
exame escrito do Celpe-Bras. As análises interacionais dos textos que compõem o corpus da
pesquisa nas quais a identificação de gêneros, discursos e estilos foram realizadas por meio
do, uma vez que as análises interacionais dos textos escritos do exame foram apoiadas em
brasileiros/as nos textos tendem a não contemplar a diversidade cultural do Brasil e, quando o
tema se relaciona à ciência e à tecnologia, algumas análises indicaram que o Brasil não possui
acesso discursivo e autorização para discutir tais assuntos. Esse tipo de discurso e represen-
tação pode contribuir para a sustentação e instauração de valores ideológicos sobre o Brasil.
estreita relação com legitimação por relações de dominação. Sendo assim, os sentidos ideoló-
gicos identificados nos textos do corpus da minha pesquisa são apresentados como legítimos
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Exame de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros
CEFET/MG
oficialmente pelo governo brasileiro. Por possuir tal caráter legitimador, observamos a
relevância de serem realizados constantes estudos sobre o Celpe-Bras. Detentor de um
didato por meio de uma prova escrita (Parte Coletiva) e uma prova oral (Parte Individual),
a qual é realizada por uma entrevista. Sobre esse exame, o Centro Federal de Educação
desde março de 2014, do qual fazemos parte, intitulado Exame de Proficiência em Língua
a fim de investigar como o resultado na Parte Coletiva da avaliação pode ser decisiva no
que diz respeito à nota final do candidato. Com base nas reflexões de Scaramucci (2000),
Schoffen (2003), Fortes (2009), Schlatter et al. (2008), Coura-Sobrinho et al. (2012), a
investigar se os perfis dos candidatos possuem relação com as notas obtidas. Para essa
língua materna e português brasileiro, idade, escolaridade, sexo e profissão são consi-
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Cursos temáticos baseados em tarefas e suas correlações com os
IFSP
possui as tarefas comunicativas como eixo norteador da prova. Assim, esse exame
privilegia em suas questões o uso da língua em situações análogas àquelas encon-
não possuam o português como língua materna para usar a língua. Moutinho (2006)
português como língua estrangeira (PLE). Ele ainda define esse efeito como um ele-
nos hábitos, crenças e percepções destes candidatos dentro e fora da sala de aula. Os
materiais didáticos de PLE ainda são bastante focados no ensino do sistema da língua,
fazendo com que haja uma dissonância entre os cursos de PLE com a prova do Celpe-
-Bras. Cursos baseados em tarefas (ELLIS, 2003; NUNAN, 1989) podem alinhar a
vidual (produção oral) e coletiva (leitura e produção escrita) da prova. Resultados de-
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com o objetivo que a prova estabelece e pode influenciar na preparação e motivação
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O aspecto comunicativo do exame Celpe-Bras: uma análise de livros
Ana Laura dos Santos Marques e Mônica Baêta Neves Pereira Diniz, Liliane Oliveira
INFORTEC/CEFET-MG
por DAMAZO (2012), pretendemos, neste trabalho, mostrar que é o próprio exame que
se impõe à voz que dita tais cursos preparatórios, uma vez que as obras de referência
se projeta como desejável a ser realizado pelo aluno, futuro examinando. A análise dos
LDs, quando adotados nos cursos preparatórios, foi confrontada com o aspecto comuni-
cativo do exame, conforme estipula seu manual (2013) e, ao final, aponta-se para o fato
mercado editorial, de fato são permeados por exames pretéritos que são divulgados pelas
que se prevê como efeito retroativo do exame. Ademais, quando o próprio site do INEP
ciclo vicioso, quiçá pernicioso. Nesse universo, a inovação é cerceada e as vozes discur-
sivas são ecos que se repetem sem permitir o ingresso de novos sujeitos enunciadores. A
proposta deste trabalho é que consigamos, como professores de PLE, criar materiais que,
a despeito das provas já realizadas no Celpe-Bras, possam ser fatores inovadores que
abranjam o aspecto comunicativo de citado exame, sem copiá-lo, viabilizando que os alu-
nos de quaisquer cursos preparatórios ao Celpe-Bras alcancem certificação que lhes pos-
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Análise de elementos provocadores e roteiros de interação face a
PPGLA/IEL – UNICAMP
oficialmente pelo governo brasileiro. Está dividido em duas partes: i) Parte escrita, que
integra compreensão (oral e escrita) e produção escrita; ii) Parte oral, que integra compre-
ensão (oral e escrita) e produção oral. A literatura dedicada a estudos sobre a Parte Oral
ainda é escassa por tratar-se de um exame relativamente recente. Este trabalho analisa
teiros de Interação Face a Face, utilizados em exames aplicados entre 2011 e 2014. Ele-
dora do Celpe-Bras, que têm por finalidade “provocar”, “disparar” a opinião e as ideias do
examinado sobre assuntos diversos. São elaborados a partir de material autêntico como
fotos, cartuns, acompanhados de pequenos textos escritos. Este trabalho está fundamen-
tado em Scaramucci (2000, 2006, 2011), que disserta sobre o conceito de proficiência que
fundamenta o exame; McMillan (2000), McNamara (2000), que discutem distintos aspec-
tos da avaliação em geral; Dell’Isola et al. (2003), que discorrem sobre o uso de imagem/
texto na parte individual do exame; Schoffen (2003) e Sakamori (2006), que analisam a
Elementos Provocadores analisados variou entre 7 e 254 palavras. Também foi estudado
o conteúdo de perguntas constantes nos Roteiros de Interação, que foram agrupadas nas
critos nos Elementos Provocadores, bem como do conteúdo das perguntas dos Roteiros
de Interação na confiabilidade da Parte Oral do exame. Tal análise poderá indicar novos
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rumos na elaboração de Elementos Provocadores, além de auxiliar no treinamento de
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Curso preparatório online para o Celpe-Bras: processo de
planejamento e implantação
UnB
titui-se como um exame de natureza comunicativa que avalia o uso adequado da língua
ou seja, avaliação está centrada no significado e não na estrutura linguística, não havendo
considera língua e cultura como indissociáveis. Assim, devido a esse importante papel de
a língua de forma adequada às situações cotidianas. Dessa maneira, este trabalho visa à
online para o Celpe-Bras, um curso que vai ao encontro da grande demanda atual por
gem, a delimitação dos objetivos e a seleção e organização dos conteúdos, dos materiais
dizagem. Possibilitar uma navegação mais interativa dos aprendizes e dos professores,
forma mais dinâmica e interativa foram alguns pontos levados em consideração no repla-
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Os elementos provocadores do Celpe-Bras como tarefas
FCLA – UNESP
A abordagem comunicativa surge por volta dos anos oitenta trazendo inovações ao pro-
mas do cotidiano, trazendo um sentido real, ou seja, o uso da linguagem com propósito
Para o desempenho do ensino, esta abordagem trabalha com tarefas que, segundo Lago
(2012), são atividades comunicativas que apresentam um objetivo a ser alcançado ao seu
término. Dessa forma, os alunos desenvolvem tais atividades tendo noção que ao final
deverão apresentar suas opiniões em resultados que poderão gerar debates, elaboração
como se sabe, é um exame oficial que avalia a proficiência de português dos alunos
estrangeiros, sendo dividido em duas etapas: uma escrita e outra oral. A parte escrita é
composta por quatro tarefas: duas integram compreensão oral e produção escrita e mais
duas integram leitura e produção escrita. A parte oral é elaborada por meio de elementos
provocadores com temas do cotidiano, levando o candidato a expressar sua opinião acer-
res da prova oral do Celpe-Bras podem atuar como tarefas motivadoras no processo de
alunos estrangeiros por meio dos seguintes meios: planos de aula e relatórios feito pelos
opiniões sobre diversos temas, atingindo os objetivos determinados nos planos de aula.
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Dessa forma, cria-se um cenário onde os alunos interagem mutuamente compartilhando
após a realização das aulas com base nos elementos provocadores, os alunos desenvol-
ser um fator positivo que pode auxiliar no desenvolvimento das tarefas escritas propostas
pelo Celpe-bras.
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A avaliação integrada das práticas de compreensão e produção nas
UFRGS
do da língua para desempenhar ações no mundo” (BRASIL, 2006, p. 4). Por essa razão,
reais de comunicação” (BRASIL, 2006, p. 4). No Exame, essa avaliação é feita por meio
(Brasil, 2006, p. 6). Este trabalho tem por objetivo verificar de que forma essa avaliação
integrada das práticas de compreensão e produção acontece nas tarefas da Parte Escrita
aplicação do Exame. Para alcançar esse objetivo, iniciamos descrevendo as 132 tarefas
seguintes aspectos: o gênero dos textos solicitados aos candidatos como resposta às
ção na avaliação das tarefas, isto é, se há necessidade de produção de um texto para de-
apontam para uma maior integração nas práticas de compreensão e produção avaliadas
nas tarefas do Celpe-Bras ao longo do tempo, visto que nas primeiras aplicações havia
tarefas que solicitavam apenas demonstração de compreensão, prática que deixou de ser
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Verdades e mitos sobre o exame Celpe-Bras: o caso do Instituto de
Cultura Brasil-Colombia
pela Direção Executiva do Instituto, 42% de seus alunos se matriculam em cursos regu-
lares com vistas a realizar o exame. Por esta razão, mediante a utilização de uma meto-
-BRAS desde os níveis mais básicos de seu processo de ensino e aprendizagem, com o
entanto, é sabido que, na maioria dos casos, somente depois de assistir a 250 horas de
curso, o aluno estaria realmente apto a participar do módulo de preparação para o exame.
Alguma vez, considerou-se que a aprovação no exame Celpe-Bras seria uma decorrên-
em um contexto de não imersão, não teriam um resultado compatível com o seu nível de
conhecimento caso não realizassem o curso preparatório, o que pode ser evidenciado
pelo alto índice de aprovação dos alunos inscritos neste curso: 95,4%. O IBRACO é cons-
ciente de que a maioria de seus estudantes são certificados como Intermediário Superior,
mas não são poucos os estudantes que obtém as certificações Avançado e Avançado
Superior. Mas por que isto ocorre? Para as autoras deste trabalho está claro que, embora
lho de preparação para o exame, devem dominar as estruturas básicas da língua aliadas
ao seu uso, nos registros formal e informal, escrito e oral. Isto nos coloca diante do seu
Celpe-Bras são incontestáveis dentro e fora da sala de aula. Criou-se um exame que
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estrangeiros, como segunda língua, língua adicional ou ainda como língua de herança
adquirido por professores pioneiros através de sua prática empírica. No entanto a maioria
vel sair da pesquisa e da sala de aula, e vislumbrar as reais necessidades geradas pelo
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Perspectivas para a melhoria do ensino de Português como Língua
Estrangeira
uma língua pode a longo prazo gerar uma limitação ou falta de incentivo, inclusive e prin-
cipalmente, para a criação de materiais didáticos e sistemas de ensino, e por sua vez de
geira, que neste caso é o português. Estruturas como estas não são simples e requerem
tempo, visão e muita dedicação. Porém, me parece que o nível de proficiência avaliado
propiciando a “singularização” de uma língua tão rica como o português. Há alguns anos
o português vem sofrendo algumas modificações com a intenção de torná-la uma língua
que esteja presente em eventos internacionais oficiais. Ora, é momento de propiciar que
inclusive as pessoas envolvidas com o ensino da mesma usem sua criatividade, capacida-
de e, acima de tudo, conhecimentos para que estes sejam aplicados de maneira integral
oportunidade de que a língua portuguesa seja desenvolvida como um meio eficaz e rico
de comunicação, não somente como uma “rodovia expressa”. O Celpe-Bras como tal é um
almente, está sendo aplicada de maneira distinta. Usa-se o Celpe-Bras como instrumento
râmetro de conhecimento da língua e um exame que com precisão diferencia a sua aplica-
ção ou utilização da língua materna de quem faz o exame. Mas a dúvida aqui e que me faz
apresentar este documento é: Será que sua aplicação e seu nível não estariam limitando
aos que o fazem a pensar que a língua portuguesa é apenas o que o exame requer? Isto é,
um exame como tal que avalia o conhecimento de algo possui suas limitações e é projeta-
do e elaborado com um fim. Será que este longo prazo mencionado anteriormente, devido
no alemão, no francês e outras línguas que conhecemos, não está deixando uma marca,
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uma imagem do português como uma língua “simplista”? Isto é claro, devido à ausência
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O conceito de fluência no Celpe-Bras
UFRGS
Tendo em vista a participação das proponentes deste trabalho no Celpe-Bras como exa-
oral promovidos pelo posto aplicador, em que normalmente há várias dúvidas sobre o
conceito de fluência - um dos critérios usados para avaliação na entrevista oral do exame
parece ser um tanto nebulosa na área de avaliação de proficiência oral. Assim, este traba-
bibliográfico sobre trabalhos que tratam dele, além de trabalhos que o abordam quanto
ao Celpe-Bras, propondo uma descrição mais detalhada desse critério para o exame com
base nas concepções teóricas que subjazem a ele (BRASIL, 2013). Procuramos, então,
desempenho para avaliar a proficiência oral dos candidatos, buscando, dessa forma, o
aperfeiçoamento do processo de avaliação. Para tanto, entendemos aqui que fluência não
é pura e simplesmente velocidade da fala, nem que se deva tomar como referência o pa-
râmetro do falante nativo ideal (FORTES, 2009) para avaliação no exame. Consideramos
que a fluência está intimamente ligada ao desempenho (SILVA, 2000), já que é por meio
dele que a fluência é percebida. Além disso, a fluência é vista mais como habilidade do
que como conhecimento linguístico - o que não significa que ele não deva ser levado em
conta (SILVA, 2000), tendo em vista também os índices de fluência do exame (frequência
ração. Desse modo, este trabalho busca contribuir com uma proposta de descrição mais
da parte oral com uma maior delineação de critérios para avaliação do desempenho dos
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ência a partir da concepção de uso da língua, uma vez que tal noção é considerada de
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Cursos preparatórios para o exame Celpe-Bras: uma ferramenta
facilitadora ou indutória?
ILP
Neste trabalho questionamos os moldes dos cursos preparatórios para o exame Celpe-
-Bras, pensando em que medida instrumentalizamos nossos estudantes durante toda sua
formação em Português como língua adicional ou apenas os treinamos para que passem
numa prova. É preciso diferenciar o aluno que não estuda formalmente o PLA daquele es-
uma vez que somos procurados também por pessoas que não estudam o Português de
maneira formal, mas interessam-se por um curso preparatório específico para o Celpe-
-Bras. Da mesma maneira, podemos pensar em que medida o próprio exame é capaz de
distinguir realmente entre uma proficiência real ou maquiada, principalmente entre os limi-
tes dos níveis estabelecidos. Partindo de Coll (1996), Costa (2005) e Scaramucci (2004;
modo a tornar o aluno polivalente em gêneros discursivos diversos, mas sem condicioná-
-los a um molde pré-estabelecido; de que maneira nossas aulas podem ser um estímulo
e não um mero condicionamento com o fim de passar numa prova. Levamos em conside-
ração também outro fator importante: nosso público é de hispano-falantes, que possuem
dantes de PLA. Para isso, estudamos os últimos exames e comparamos com o material
utilizado por nossos professores, principalmente nos últimos níveis, já que esse público é
o que mais se interessa por um exame formal de proficiência. Refletimos em nosso próprio
currículo e de que maneira podemos pensar em uma progressão de ensino que permita
não só um bom resultado no teste, como a certeza de uma aquisição de língua estrangei-
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Gêneros orais no Exame Celpe-Bras: um olhar sobre a seleção de
Como colaboradoras desse Exame, temos procurado refletir sobre a seleção de mate-
(DELLl’ISOLA et al., 2003; BRASIL, 2006; BRASIL, 2012), ou seja, a escolha de determi-
nados gêneros orais ou escritos que circulam na sociedade que possibilitem a elaboração
de uma proposta de produção escrita possível na vida real para a qual os examinandos
trabalho, apresentamos uma análise quantitativa e qualitativa de dezoito vídeos que foram
selecionados para servir de texto-base para a Tarefa I do Exame Celpe-Bras desde 2005
Para isso, fizemos um levantamento dos gêneros audiovisuais e suas temáticas e dos
cultura e da identidade brasileira (JÚDICE, 2009; LIMA, 2008; SILVA, 2000; KRAMSCH,
A partir de uma análise preliminar, observamos que, em relação aos textos-base, há uma
nando. Supomos que isso possa estar relacionado às temáticas apresentadas nas repor-
tagens que, em sua maioria, tratam de questões informativas e não suscitam tarefas de
produção escrita com ações diferenciadas, como reclamar, opinar ou argumentar. Ainda
a manifestações culturais brasileiras e que esses temas são tratados sem a necessidade
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de apresentação de estereótipos, corroborando as orientações apresentadas no Manual
do Exame. Esperamos que os resultados deste estudo possam contribuir para o processo
de seleção de materiais e elaboração das tarefas que compõem o Exame, bem como para
res.
43
A elaboração e o teste piloto de materiais voltados para o exame
Celpe-Bras
UFOP
receber muitos alunos interessados de diversos países da América como de outras partes
do mundo. Esses alunos precisam apresentar um certificado de proficiência na língua, se
preparar esses estudantes para o Celpe-Bras que o Departamento de Letras, por meio
de seu Centro de Extensão, decidiu oferecer um curso preparatório para o exame. Como
objetivo de elaborar sequências didáticas que pudessem fazer parte de uma coletânea de
materiais a serem usados em aulas de português para estrangeiros. O trabalho foi dividi-
do em duas etapas, sendo a primeira a elaboração do material didático a ser usado nas
aulas de PLE do Centro de Extensão. A segunda etapa foi a aplicação deste material nas
turmas do curso para verificar pontos fortes e pontos a serem mais desenvolvidos. Como
base teórica para o desenvolvimento das sequências didáticas, nos baseamos em autores
como Brown (2001) e Larsen-Freman (2000) que abordam o ensino por meio de princí-
pios, Marcusch (2008) em relação ao uso de gêneros textuais, Almeida Filho (2002) no
que diz respeito ao ensino da interculturalidade, entre outros. Como resultados, podemos
entre os alunos de diversos países e o professor. Além disso, foram analisados e produ-
zidos textos orais e escritos de diversos gêneros que poderão auxiliar o aluno nas tarefas
melhorias para tornar o material ainda mais útil e interessante para alunos interessados
44
A influência do Celpe-Bras nas novas práticas pedagógicas de
UFBA
- LE/LNM para todo o mundo. O portal, além de explicitar o Celpe-Bras como um referen-
correlações com as avaliações oral e escrita propostas pelo exame, seguindo uma ordem
oral) de forma integrada, através de materiais autênticos, que circulam nos espaços reais
de uso da língua; c) as atividades de avaliação, que são produções orais e/ou escritas que,
como no Celpe-Bras, são holísticas (MOURA, 1998) e simulam situações que se asseme-
lham às que podem ocorrer na vida real. Na análise proposta, confrontamos a metodologia
práticas de ensino de português para estrangeiros, contribuindo para que este se torne um
ensino de base comunicativa (SILVEIRA, 1999) e intercultural (MENDES, 2011; 2012), que
visa não apenas o conhecimento linguístico strictu senso, mas, principalmente, o uso da
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língua como lugar de interação (GERALDI, 1997; MARCUSCCHI, 2000; KOCH, 2002) em
rial Didático.
46
Resgatando a história do exame Celpe-Bras: construção do banco
UFRGS
O Exame Celpe-Bras começou a ser desenvolvido por uma comissão de professores de uni-
no exterior desde 1998. Apesar da importância que o Exame adquiriu ao longo de sua existên-
cia, contabilizando mais de 9 mil examinandos inscritos somente no ano de 2013, ainda não
havia disponível um banco de dados que reunisse todos os documentos públicos produzidos
em relação ao exame, nem todas as provas já aplicadas. O objetivo deste trabalho é relatar o
esses documentos e provas, a fim de tornar pública a história do Exame e o construto de pro-
ficiência avaliado por ele, possibilitando futuras análises que busquem verificar os conceitos
Reunimos, ainda, nesse banco de dados, estudos acadêmicos já realizados sobre o exame
Celpe-Bras no Brasil e no exterior, visando facilitar futuras pesquisas sobre o Exame. Para
documentos públicos existentes sobre o exame, através de contatos com o MEC, Inep e mem-
busca para compilar o maior número possível de estudos acadêmicos já realizados sobre o
Exame. Foi também objetivo deste trabalho proceder à análise das 132 tarefas já aplicadas
na Parte Escrita do Exame em todas as suas edições, de forma a possibilitar futuros trabalhos
do grupo de pesquisa. Para essa análise, consideramos que “a prática da linguagem tem de
texto” (Brasil, 2006, p. 3), portanto escolhemos como categorias de análise o gênero do texto
de cada tarefa.
Palavras chave: Exame Celpe-Bras, Banco de Dados, Parte Escrita do Exame Celpe-Bras.
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Estratégias de entrevistadores em interações face a face do exame
UFSCar
face constitutivas da Parte Oral do exame Celpe-Bras. Por se tratar de um Teste de De-
confiabilidade e a validade deste tipo de teste, como, por exemplo, a significativa influência
dor em uma edição do exame Celpe-Bras de um Posto Aplicador no Brasil no ano de 2012,
ções face a face por meio dos Elementos Provocadores (EP) e dos Roteiros de Perguntas.
Os dados referentes ao exame do Posto Aplicador em estudo foram analisados com base
geral, foi possível verificar nos cinco entrevistadores investigados oito estratégias nas in-
terações com os EP e os Roteiros de Perguntas, sendo que, dentre estas, algumas foram
modo significativo ao examinando; outras contribuíram pouco para a interação, tais como
a não realização da Etapa 2 presente no Roteiro de Perguntas e que deve ser cumprida
48
O conceito de interação e a grade de avaliação oral do Celpe-Bras:
UFPR/UNILA
2012; MOUTINHO, 2012). Norteados pela política linguística delimitada pelo Exame,
novos materiais didáticos passam a incluir, por exemplo, textos autênticos em vídeo
ou áudio que se voltam para o uso da língua em diferentes situações de interação oral.
preparação dos candidatos para a parte oral do Exame, dadas algumas incongruências
desta perspectiva que a atual pesquisa tenta discutir a dificuldade encontrada pelos
tem falta de ferramentas práticas que possibilitem uma preparação mais adequada aos
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portanto, continua a ser um desafio, demandando por sua vez um conjunto de ações de
revisão e adaptação.
50
A implantação do posto aplicador do exame Celpe-Bras na Nigéria:
desafios e perspectivas
tura brasileiras para indivíduos falantes das mais variadas línguas africanas representam
motivos de sobra para incentivar uma equipe de três professores nigerianos formados
no Brasil a querer investir no ensino de Português Língua Estrangeira não somente para
seus conterrâneos nigerianos, mas também para candidatos oriundos de outros países
africanos de língua oficial inglesa e francesa como o Benim, Togo, Gana, e, às vezes até
para guineanos falantes do português continental que desejam realizar o exame Celpe-
-Bras aqui na Nigéria. O trabalho vai procurar também debater o futuro do Celpe-Bras
diplomacia cultural que caracterizam as relações do Brasil com os países africanos nestes
tempos da globalização.
51
A funcionalidade dos gêneros textuais presentes na parte escrita
do exame Celpe-Bras
UFPB
possui duas PARTES: a parte escrita, composta por quatro tarefas baseadas na produção
textual; e parte oral, composta de uma entrevista com duração de vinte minutos. Enten-
demos que ter proficiência não é apenas falar, ouvir, ler e escrever orações na língua-
-alvo, mas também saber utilizar essas orações/frases com a finalidade de obter o efeito
comunicativo desejado. De acordo com o Manual do Examinando (BRASIL, 2012, p.4),
para que um aprendiz de uma determinada língua desenvolva sua capacidade linguística,
é necessário que ele seja exposto a situações reais de uso, portanto é fundamental nos
pesquisa teve por objetivo analisar a parte escrita do exame aplicado em 2013, ambas
as edições. Com base na teoria dos gêneros textuais (MARCUSCHI, 2005; BAZERMAN,
2005; DELL’ISOLA, 2007), analisamos os enunciados das oito tarefas presentes nas duas
nos referidos testes, verificando a ideia e a ação social promovida por cada tarefa por
meio dos gêneros utilizados. Após a análise, observamos que as tarefas envolvem ações
e propósitos e, embora algumas delas não explicitem especificamente o gênero textual so-
52
Avaliação de tarefas simuladas do Celpe-Bras: conceito de língua e
UTFPR
de turmas de Português para Estrangeiros (PLE) no primeiro semestre de 2014. Foi necessá-
mesmo tempo, o direcionamento das aulas com base nas necessidades de interação dos alu-
nos estrangeiros. A escolha de um construto teórico que fundamentasse tanto o currículo como
2004). A presente comunicação tem por objetivo avaliar correções de tarefas simuladas do
Celpe-Bras feitas por três professoras da instituição que atuam nas aulas de PLE, verifican-
do seu conhecimento sobre o exame e a ideia de língua que subjaz às suas crenças como
professora/avaliadora. Elaboramos vinte e quatro tarefas escritas cuja realização foi solicitada
aos alunos, ora em sala de aula, ora fora do horário da aula. Antes da realização das tarefas,
basamento teórico do exame (BRASIL, 1996), bem como tarefas com propostas de correção
(SCHOFFEN, 2009). Após a realização das tarefas, as professoras as devolviam aos alunos,
com a atribuição de nível e uma breve explicação. Além disso, a cada tarefa corrigida, respon-
por suas crenças do que vem a ser língua em uso e interação. Quanto aos questionários res-
pondidos por elas depois da correção de cada grupo de tarefas, fica patente a necessidade de
maior profundidade o construto teórico da prova, bem como os critérios a serem usados para
a correção das tarefas. Os resultados esperados para o aprofundamento dos estudos sobre o
exame visam não só à correção mais adequada das tarefas, mas à organização do curso de
53
A oralidade no exame Celpe-Bras: por uma visão variacionista
UNILA
que desejam validar diplomas para exercer atividade profissional, sendo que algumas enti-
dades de classe, como o Conselho Federal de Medicina, chegam a exigi-lo para inscrição
sido cada vez mais solicitado. Após o auge do preenchimento de lacunas e de reconheci-
mento de formas nos testes de proficiência realizados sob o apogeu do método estruturalista,
prática vem sendo repensada, tanto para a produção oral, quanto para a produção escrita.
Como reflexo das mudanças que essa abordagem traz ao processo de ensino-aprendizagem
da linguagem. Desse modo, o presente trabalho parte do conceito da língua como uma reali-
e HERZOG, 1968; LABOV, 2001), para refletir como essa visão pode favorecer uma prática
Celpe-Bras. Esse exame avalia em duas etapas a adequação escrita e falada do examinando.
O presente trabalho visa focalizar a segunda etapa, destinada à avaliação do desempenho
oral do candidato, a qual, com duração de vinte minutos, consiste inicialmente de uma intera-
ção oral, ou seja, de uma conversa entre candidato e entrevistador a partir de atividades e in-
teresses mencionados pelo examinando na ficha de inscrição, tendo continuidade com trocas
de ideias sobre tópicos da atualidade, da vida contemporânea, cotidiana, com base em três
textos curtos, etc). Na presente exposição serão feitas reflexões sobre ocorrências de língua
falada que, sem o embasamento de uma visão variacionista, são passíveis de serem consi-
avaliativo.
54
A relação de interlocução estabelecida nas tarefas da parte
UFRGS
O presente trabalho tem por objetivo descrever de que forma a relação de interlocução
está estabelecida nas tarefas da Parte Escrita do Exame Celpe-Bras e de que maneira
os gêneros dos textos solicitados aos candidatos como resposta às tarefas foram sendo
alterados ao longo dos 16 anos de aplicação do Exame. Com base no que está explicitado
no Manual do Candidato, que afirma que o Celpe-Bras está baseado “em uma visão da
linguagem como uma ação conjunta de participantes com um propósito social, e consi-
relações que o falante estabelece com ele que vão configurar o enunciado e o gênero em
que ele estará inserido. Para alcançar o objetivo proposto, realizamos a descrição das 132
das no banco de dados desenvolvido por nosso grupo de pesquisa), verificando, no texto
sendo mais explicitada nas tarefas do Exame Celpe-Bras ao longo dos anos e os gêne-
ros solicitados passaram de gêneros de âmbito mais privado a gêneros de âmbito mais
deve avaliar uso da linguagem dentro de esferas menos familiares da atividade humana,
55
A competência intercultural no exame Celpe-Bras
Henrique Leroy
UNILA
Exames de proficiência em língua estrangeira são exigidos por e para pessoas que bus-
SADE, 2006; SCARAMUCCI, 1997; 1998; 1999; 2004; 2008; SCHLATTER et al., 2005;
SCHOFFEN, 2003; 2009, dentre outros), poucos são aqueles que contemplam a Parte
esta investigação terá como objetivos específicos : (i) analisar o papel e a interferência dos
contextos de avaliação, sejam eles no Brasil, no exterior ou em região de fronteira onde o
56
Design instrucional de curso preparatório para o exame Celpe-Bras
A construção do curso parte do modelo de design instrucional aberto e, portanto, adota o mo-
delo ADDIE (Analysis, Design, Development, Implementation and Evaluation) como ponto de
explicitados para compreensão geral da organização curricular, daremos destaque aos pon-
linguísticas e, para isso, apresentaremos como jogos e aplicativos para smartphones podem
desempenho no exame.
57
O Português Língua Estrangeira no Paraguai: um estudo de corpus
em textos do Celpe-Bras
UFMTS
Localizado no centro-Sul da América do Sul, o Paraguai foi um dos primeiros países a aplicar
1998, juntamente com a Argentina e o Uruguai, além de outras cinco universidades públicas
brasileiras. Situado no âmbito do Ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE), este
trabalho tem por objetivo apresentar o projeto de dissertação de Mestrado, ainda em anda-
MEIDA FILHO, 1993; 2001; CORDER, 1967; FERNÁNDEZ, 1997; SELINKER, 1972), por
tigação é composto pela parte coletiva do exame Celpe-Bras, que integra tanto a compreen-
são oral e escrita, quanto a produção escrita, sendo esta última o foco de nossa pesquisa.
Após o recebimento do material enviado pelo INEP, foram necessários alguns recortes, de
maneira que se ponderou trabalhar com o exame de 2013/1. Assim, será analisada a pro-
dução escrita de paraguaios, cuja língua materna seja a espanhola; não se trabalhará com
as produções dos candidatos paraguaios que tiverem o português como língua de herança
etc.). Foram selecionados 204 textos de diferentes gêneros, produzidos por 51 candidatos.
Para o controle das variáveis, foi necessária a ida ao posto aplicador “Centro de Estudos
candidatos exposto na ficha de inscrição. Por meio desta análise podemos constatar que,
58
Habilidades de leitura em perguntas sobre recortes de reportagem
UNILA
A apresentação oral tratará do resultado parcial de uma pesquisa de mestrado cujo obje-
tivo foi o de analisar a proposta de interação face a face – etapa do exame de proficiência
samos os documentos que encaminham a interação face a face à luz das teorias sobre lei-
põem os materiais de leitura do exame oral e verificamos que a grande maioria dos textos
selecionados para compor os Elementos Provocadores foi retirada da mídia impressa bra-
sileira e que 83,3% da amostra coletada foi elaborada a partir de recortes de reportagens.
Dias (2009), que foi adaptado para o contexto da análise. Ao final, foi possível comparar os
palmente, no que se refere à preparação para o exame. Sobre a natureza das atividades
que contribuem para que os entrevistados construam e reconstruam o sentido dos enun-
59
de perguntas elaboradas a partir de uma mesma tipologia textual, foi possível também
analisar a pergunta inicial dos roteiros e encontramos por ordem de maior ocorrência os
seguintes verbos: opinar, definir um termo chave, explicitar uma ideia do texto e comentar.
60
A abordagem de aspectos da cultura brasileira em provas do Celpe-
Bras
PUC/RJ
PL2E) tem sido ensinado por meio de três abordagens principais: a primeira, centrada
turais. Neste trabalho, prioriza-se essa última abordagem, uma vez que se acredita que
dizagem de padrões culturais que motivam o comportamento social dos falantes de portu-
guês (MEYER, 2008). Para tanto, é necessário conduzir o aluno no aprendizado de formas
portanto, que o aluno entenda o que nos leva a falar o que falamos e que ele construa
uma identidade como falante de português (MEYER, 2013). O conceito de cultura adotado
neste trabalho pressupõe a distinção de Bennett (1998) entre cultura objetiva e cultura
subjetiva. Cultura objetiva é a parte explicitamente visível de uma cultura, como arte, lite-
ratura, bem como aspectos políticos, econômicos e históricos. Cultura subjetiva são as ca-
sociedade, aspectos estes que motivam a existência da cultura objetiva e que não são
acessíveis diretamente no contato com uma cultura diferente e que devem ser ensinados
nas aulas de língua estrangeira. Por isso, por meio de uma análise qualitativa, o objetivo
desse trabalho foi determinar se aspectos culturais do Brasil comparecem em três exames
da cultura objetiva ou subjetiva, tendo em vista que a cultura subjetiva é fundamental para
a partir do exame das três provas, que os aspectos culturais que mais compareceram
nesses exames referem-se à cultura objetiva. Apesar deste resultado, acredita-se que o
exame espera dos avaliados o conhecimento subjetivo como justificativa a esses compor-
61
A avaliação oral em exames de desempenho: a influência do avaliador
PPGLA/IEL-UNICAMP
A avaliação oral do exame Celpe-Bras baseia-se em uma interação face a face que visa
avaliação é sempre um grande desafio, uma vez que é influenciada por muitas variáveis
(LUOMA, 2004). Uma delas, que pode ter implicações para o resultado da avaliação, é a
-Bras, como a de SAKAMORI (2006), que traz contribuições para a formação de exami-
nadores do exame oral do Celpe-Bras, pois analisa como eles se comportam diante do
diferenças de estilo de cada um deles e se elas são diferentes no que diz respeito à co-
laboração. Esta pesquisa, que faz parte de uma dissertação de mestrado que também
apresenta como ponto de partida a atuação dos entrevistadores do Celpe-Bras, tem como
objetivo contribuir para o processo avaliativo deste exame oral. No entanto, apresenta
um outro enfoque, ou seja, fazer uma análise intra e inter-examinadores. A primeira tem
como objetivo investigar como um mesmo avaliador utiliza um mesmo elemento provo-
cador com diferentes examinandos, enquanto a segunda visa analisar como diferentes
que conduzem a conversa, o que pode trazer impactos para o processo de avaliação.
Para isso, pensamos ser relevante fazer parte da análise também aspectos relacionados
profissional.
62
Competência interacional: critério para avaliação da produção oral
em língua adicional
Marcia Niederauer
línguas. Em vez do foco explícito na língua, passou-se a enfatizar o falante bilíngue intera-
gindo com outros falantes, negociando e criando significados, agindo no mundo por meio
esta reorientação dos instrumentos de avaliação da produção oral. Entendendo que con-
um dos critérios adotados na avaliação da Parte Oral do Exame para a obtenção do Cer-
partindo-se de estudos realizados por Fulcher (2003), Luoma (2005) e McNamara (1997)
sobre avaliação da produção e compreensão oral em língua adicional, por Young (2000a,
2000b) sobre competência interacional, e por Dörnyei e Scott (1997) sobre estratégias
Com base na análise dos dados e nas discussões empreendidas a partir dos estudos
com os quais este texto dialoga, o artigo conclui que a forma como essas estratégias são
Simplificada – não permitem que se aproveite a capacidade avaliativa que tais recursos
63
Estudo das temáticas dos elementos provocadores do Exame Celpe-
Bras
UFPB
– Celpe-Bras. Este estudo averigua quais os temas de maior e de menor recorrência nos
Exame. Para realizar este estudo, tomamos os elementos provocadores das cinco últimas
to das categorias deu-se à medida que os referidos elementos foram sendo analisados.
Com o estudo, foi possível perceber uma concentração de temas em cinco categorias
de assuntos; os temas das nove demais categorias encontradas não tiveram recorrência
considerável. Constatamos que não houve a abordagem ou a abordagem apenas tan-
ensino de língua estrangeira, ou seja, temas que também interessam diretamente esses
que o exame é elaborado com base nas teorias sociointeracionistas, é fundamental que
dores que permeiam a interação face a face. Nesse sentido, cabe ressaltar que todos os
quais uma pessoa adulta, de modo geral, conseguiria desenvolver uma interação de curta
prova oral “constitui-se de uma conversa, com duração de 20 minutos, entre examinan-
tópicos do cotidiano e de interesse geral (ecologia, educação, esportes, entre outros), com
base em três elementos provocadores diferentes (fotos, cartuns, quadrinhos, textos curtos
64
etc.)”. Estes últimos são tópicos abordados pelos elementos provocadores da interação
65
A integração de habilidades do exame Celpe-Bras: uma revisão da
literatura especializada
PPGLA/IEL-UNICAMP
gração de habilidades, que se dá tanto na Parte Escrita quanto na Parte Oral do exame, se
controversa, como nos mostram Alderson (2000) e Lewkowicz (1997): enquanto alguns te-
óricos defendem o isolamento das habilidades alegando uma “não contaminação” de uma
habilidade pela outra, outros a defendem por ser mais condizente com abordagens cen-
tradas no uso da língua. Nesta apresentação meu objetivo é apresentar um estado da arte
EFL (Test of English as a Foreign Language) (PLAKANS, 2010; POWELS, 2010; HINKEL,
2010) e também nos enunciados das tarefas 3 e 4 do exame Celpe-Bras. Este trabalho é
uma etapa preliminar de minha dissertação de mestrado que tem como objetivo investigar
sociedade nos levam a concluir que o assunto é de extrema relevância para o desenvolvi-
Estrangeira.
66
Percepções quanto à proficiência de PFOL: uma análise comparativa
Bras
UTFPR
cia encontradas nas percepções dos professores iniciantes e experientes (na posição de
(2000) sobre a terminologia de proficiência de uma língua, a pesquisa tem como foco
verificar em que medida essas noções se aplicam de fato na realização do exame oral e
imbricadas em sua avaliação. Para isso, o seguinte trabalho faz um levantamento acerca
exame, e também de outros dois exames de proficiência linguística, do que significa ser
proficiente para essa avaliação na perspectiva de Scaramucci (2000), da etnometodolo-
gia, um dos pilares para a análise central deste trabalho e também o que subjaz nas con-
cepções dos avaliadores (observadores) desse exame. Diante disso, uma das hipóteses
que se procura testar é a noção de que professores com menos experiência na aplicação
possuem percepções distintas dos mais experientes. Assim, por meio de questionários de
cunho exploratório, esse trabalho buscou investigar até que medida as concepções que vi-
goram na base teórica da prova se expressam nas percepções avaliativas dos professores
da avaliarem os examinandos.
67
O Celpe-Bras como um portfólio brasileiro: conhecimentos sobre o
exame
UFRGS
Partindo da concepção de uso da linguagem como prática social (CLARK, 2000), das
2010), mapearemos os temas presentes nos textos que compõem as tarefas de produção
escrita do exame, visando analisar a relação entre o repertório sobre o Brasil e as noções
258), o Celpe-Bras pode ser entendido como um evento de letramento que simula “ou-
tros possíveis eventos de letramento inseridos na cultura brasileira”. A partir dessa ideia,
ções sobre o Brasil e cumpra o propósito da tarefa. Este trabalho visa contribuir para o
entendimento do exame não apenas do ponto de vista linguístico, mas também diplomáti-
co, pois através do Celpe-Bras o Brasil assume a existência de uma língua própria, sobre
a qual exerce gestão (MACHADO, 2011). Nesse contexto, o exame cumpre um papel
significativo em termos de produção de conhecimento sobre o Brasil e um estudo de seu
sobre o país através dele. A metodologia consiste em análise qualitativa dos textos das
sobre práticas de letramentos mobilizados nas tarefas. Partimos das seguintes perguntas:
a) Quais são os temas ou elementos sobre o Brasil retratados nas tarefas de produção
escrita no exame? b) Como eles são articulados nos eventos de letramento delineados na
tarefa analisada? c) O que isso nos revela sobre o exame enquanto portfólio do Brasil?
68
linguística e externa, de promoção de conhecimento sobre assuntos do Brasil e sobre
práticas de letramento.
69
Uma compreensão etnometodológica da fala-em-interação de
do exame Celpe-Bras
UFCSPA
ência oral em português como língua adicional, a proficiência oral é a constituição do per-
e a ratificação de categorias de pertencimento da coleção [ser daqui] x [ser de lá] pela exi-
70
Análise da Interlíngua de hispano-falantes em avaliações orais
UFSC
Este artigo tem por objetivo relatar os resultados de uma análise da produção oral de hispano-
gado baseia-se nos pressupostos da Análise de Erros proposto por Corder (1973). Foram
consideradas conclusões presentes nos estudos de Durão (2004) sobre a interlíngua de his-
oral para discussão dos dados coletados em situações de comunicação significativa (mea-
ninful performance situations), segundo Selinker (1973), o momento mais adequado para a
pesquisa em L2. Foram feitas gravações em áudio da parte oral de simulações do exame
Celpe-bras, em sala de aula, utilizando com essa finalidade, fichas de interação face a face de
edições anteriores. As avaliações foram feitas em dois momentos distintos, com um intervalo
de dois meses. Os participantes da pesquisa foram seis aprendizes mulheres com idades
em específico, nos casos de fronteira, erros que, segundo terminologia proposta por Durão
(2004), demonstram uma formação de hipótese por parte do aluno que estão entre as unida-
des léxicas da língua materna e a língua objeto de estudo do aprendiz, casos esses que não
foram ainda muito explorados na literatura da área de análise de erros centrados na interlíngua
oral de aprendizes de línguas (ANDRADE, 2011), assim como os usos incorretos de falsos
amigos que geram transferências léxicas. Um dos resultados relevantes desta micropesquisa
é a inconsistência da produção oral dos candidatos, que, para a mesma unidade, hesitam
filtro afetivo para a promoção de um ambiente mais favorável à produção oral dos candidatos.
Como contribuição para a didática e também para futuras pesquisas, observou-se o papel do
fato que sugere abordagens desse tipo para o treinamento de candidatos ao exame.
71
A percepção de examinandos sobre tarefas do Celpe-Bras: subsídios
Nelson Viana
UFSCAR
Tomando, entre outros constituidores, o conceito de tarefa como relevante norteador, o Cel-
tarefas que o compõem, desenvolvemos este estudo, inicialmente, a partir de análise desse
conceito central (tarefa), com base em autores como Nunan (1989), Scaramucci (1996), Ellis
(2003), entre outros, mas com enfoque principal na definição contida no “Manual do Exame”
ou, também e mais recentemente, no “Guia do Participante”, em que tarefa é apontada como
“um convite para agir no mundo, um convite para o uso da linguagem com um propósito so-
cial” (2013, p.7). Na sequência e sob orientação metodológica de investigação, de base etno-
gráfica, em que, conforme aponta Moita Lopes (1995), se considera a visão dos participantes,
buscamos obter dados, por meio de questionários, que permitam verificar a percepção de
atitude em relação a elas. Os resultados apontam elementos que nos permitem, entre outros
fatores, propor uma categorização das tarefas, a partir de percepções dos examinandos, re-
ao texto a ser produzido. Tais resultados apontam a importância de que possíveis percepções
em relação à elaboração das questões ou à explicitação da natureza das mesmas nos ma-
nuais de orientação, visando contribuir para que, por um lado (dos examinandos), compre-
ensões insuficientes possam ser minimizadas, e, por outro (de elaboradores), preocupação
72
Movimentos retóricos em produções escritas no exame Celpe-Bras
UFMG
uma tarefa específica por meio da qual examinandos que prestaram o Celpe-Bras foram
Com base na teoria de Swales (1994, 1998) e na concepção de gênero como ação social,
tal como propôs Bazerman (1994, 2005), foram analisadas 35 cartas do leitor produzidas
alizarem a Tarefa IV que consistia em ler uma reportagem da revista “IstoÉ” e escrever
um texto para ser publicado na seção de cartas do leitor da mesma revista, verificou-se
produção escrita, foram analisados os movimentos retóricos de cada um dos textos pro-
diferentes níveis de proficiência, mas houve uma preocupação geral em todas as cartas
ramento, sem o desfecho. Dessas, constatamos que apenas em nove cartas cabia esse
cartas verificamos coerência entre os três movimentos retóricos, ou três seções (contato,
núcleo e fechamento).
73
Apontamentos para uma política de formação de examinadores do
exame Celpe-Bras
UTFPR
trabalho, que se debruça sobre o objetivo de clamar uma política de formação de exami-
nadores, tem como base o estudo das crenças dos examinadores do posto de aplicação
ência ao desempenho dos candidatos. Para isso, partiu-se de cinco entrevistas simuladas
com falantes de línguas próximas e de línguas distantes com diferentes níveis de inte-
criação de documentos que orientem a formação dos examinadores na prática. Por outro
lado, reflete-se sobre a performance de avaliadores que não aderem ao construto teórico
foram usadas entrevistas com cada um dos avaliadores, anotações detalhadas dos argu-
mentos nos debates que se seguiram as avaliações individuais dos simulados, levanta-
mento dos cursos de formação continuada pelos quais os examinadores passaram (seja
pelo INEP, seja pelo posto aplicador), análise de formação de avaliadores de exames de
Inglesa, Aliança Francesa, Goethe Institute e Instituto Cervantes, todos em Curitiba, a fim
mação de examinadores. O constructo teórico que subjaz a essa reflexão tem aumentado
também. Além de Fortes (2009) e Bakhtin (2003; 2006), ampliou-se a reflexão com leituras
74
Ensino de Português para Chineses: Repensando os preparatórios
FCLAr/UNESP
Vindos dos mais variados países, eles constituem um grupo muito heterogêneo, pois falam
línguas diversas e têm interesses variados para aprender a língua portuguesa, por isso,
os cursos de PLE estão organizados em vários níveis, desde os mais básicos (A1) aos
e os estudantes vão tendo o retorno dos seus desempenhos tanto na oralidade como na
citado exame na Universidade Federal de São Carlos e, logo após, a elaboração de uma
narrativa sobre este processo preparatório ao exame. Assim, nesta comunicação preten-
75
O Celpe-Bras como ação intercultural na tríplice fronteira Brasil,
Argentina e Paraguai
UNILA
O presente trabalho tem como objetivo evidenciar parte dos resultados do projeto de ex-
ricana (UNILA), Foz do Iguaçu, Paraná. Como parte dos objetivos principais, o projeto visa
oferecer um curso de português como língua adicional para habitantes da Tríplice Fron-
teira entre Brasil, Argentina e Paraguai, os quais desejam aprimorar sua competência na
produção e interpretação de diferentes textos na língua, bem como uma preparação para
continentes. As aulas adotam uma metodologia tanto expositiva como dialogada para con-
ros Discursivos (ROJO, 2005), avaliação de proficiência segundo o próprio Exame Celpe-
parte dos resultados, o projeto concluiu três turmas compostas pela comunidade externa
e alunos da Universidade entre 2012 e 2013. Além disso, na atualidade, dois grupos par-
ência supracitado.
76
Relacionando avaliação de proficiência com o domínio de práticas
Propondo tarefas com base na noção de uso da linguagem para desempenhar ações sociais
real relacionadas à cultura brasileira). Este trabalho objetiva refletir sobre o Certificado de
de proficiência e de domínio das práticas de letramento. Tomando por base os três aspec-
práticas letradas analisando uma tarefa da Parte Escrita do exame à luz dos conceitos
sociais letradas (STREET, 2003; BARTON, 2007), focalizando nos pontos que constituem
tacando o exame Celpe-Bras como uma política linguística que, ao privilegiar o letramento,
ticas pedagógicas, ao estimular um trabalho voltado ao uso de textos que circulam em con-
textos culturais brasileiros para engajar os alunos em ações sociais simuladas, com base
77
O pertencimento como critério relevante para o nível Avançado
contingentes das falas enquanto ações que constituem uma atividade em curso. Neste
trabalho pretendemos analisar uma interação da Parte Oral do Exame Celpe-Bras sob o
Avançado Superior. A entrevista aqui analisada foi gerada em um posto aplicador da Região
Sul do Brasil e transcrita conforme o modelo Jefferson (JEFFERSON, 1973, 1983, 1989,
1996). Ela faz parte de um corpus de 10h de gravações em áudio de entrevistas de profi-
ciência oral em português como língua adicional do Exame Celpe-Bras (FORTES, 2009)
proficiência oral, os participantes exibem uns aos outros (GARFINKEL, 1967) a atribuição
e a ratificação de categorias de pertencimento da coleção [ser daqui] x [ser de lá] pela exi-
Superior (faixa 5 das grades holística e analítica) da Parte Oral do Exame Celpe-Bras.
das grades holística e analítica da Parte Oral do Celpe-Bras, com vistas à discussão de
78
Entre pressuposições e proposições: uma análise dos elementos
UFRGS
Camila Alexandrini
PUCRS
O Celpe-Bras é dividido em duas partes: oral e escrita. Segundo o atual Manual do Exami-
nando (2011), o objetivo da parte oral é avaliar o nível de proficiência pela fala, envolvendo
analisamos como a proposta do Manual para a parte oral é implementada no exame oral,
fazem uso de esquemas organizadores para estabelecer a interlocução. Para tal, esta-
ou quando a edição gráfica rasura a autenticidade dos textos selecionados; (2) EP que
sugerem verdades e/ou asseveram uma única leitura de mundo; (3) RP que restringem
momento de releitura dos sentidos desse texto, para que o entrevistado compartilhe outras
a concordar com o entrevistador; (4) perguntas nos RP que não demonstram expectativas
79
tos analisados, buscamos elencar questionamentos que possam contribuir à reflexão e
80
As representações de avaliação formativa de alunos franco-
perspectivas e desafios
UFF
UFU
Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado cujo objetivo maior é investigar quais são
“La problématique en: L’image du français em Suisse Romande” de Pascal Singy (2002) e os
trabalhos sobre representação de Stuart Hall (1997). Dados foram coletados a partir de um
questionário individual com questões pessoais de cunho subjetivo que possam apresentar pos-
síveis respostas para as perguntas de pesquisa e através de notas de campo do professor. Por
Celpe-Bras, já que carregam fortemente a representação do “Le bon usage” muito comumente
adotada por alguns países franco-africanos no que tange à aprendizagem e/ou aquisição de
outras línguas. Para os alunos estrangeiros, o fato de o exame sair da gramática tradicional
e entrar no âmbito da língua em uso cotidiano, pode construir uma grande barreira para que
eles se preparem para o exame, já que nunca se sabe o que pode ser avaliado formalmente e
o conteúdo linguístico a ser estudado. Por fim, faremos algumas ponderações sobre algumas
estratégias utilizadas para que os alunos tomassem dimensão de um novo sistema avaliativo.
81
MINICURSOS
82
MINICURSO 1
Este minicurso tem por objetivo discutir, por meio de práticas conjuntas, as características
das tarefas que compõem a Parte Escrita do exame Celpe-Bras de acordo com o constru-
de materiais que servem como texto-base para as tarefas do Exame. Além disso, preten-
de-se analisar a complexidade da elaboração das tarefas que envolvem compreensão oral
(tarefas 3 e 4) do Exame. A partir disso, será proposta uma dinâmica de elaboração de ta-
formação de professores de português como língua adicional que tomam como base para
83
MINICURSO 2
A competência oral no exame Celpe-Bras é medida por meio de uma abordagem direta de
vistador precisa, com base em três elementos provocadores, pré-selecionados pela dupla
res, que abordam temas diversos. Esses Elementos Provocadores são preparados
rios, etc., divulgados na mídia impressa e digital. Com o objetivo de orientar a condução da
o sucesso da entrevista depende de uma série de fatores, porém não se pode negar que
uma relevante variável nessa etapa do exame é o material motivador. Assim, nesta ofici-
na, temos como propósito apresentar como se estrutura o complexo processo de seleção,
montagem e organização dos Elementos Provocadores do exame Celpe-Bras, explorando
etapas que vão desde a busca de textos até a elaboração do roteiro de perguntas, tendo
essa atividade de elaboração dos Elementos Provocadores. Pretendemos com esta ofici-
na orientar professores que preparam seus alunos para o Celpe-Bras e também contribuir
colaboradores do exame.
84