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Camada de Enlace - Localização e Características

Após a camada física ter formatado os dados de maneira que a camada de enlace os entenda,
inicia-se a segunda parte do processo.

Na próxima parte do processo, o dado é enviado à camada de rede pela camada de enlace.

Os sinais que trafegam pelo meio físico são passíveis de falhas e ruídos, e isso pode resultar em
informações erradas ou incompletas na comunicação entre os dispositivos de redes. Para
atribuir confiabilidade na comunicação, a camada 2 do modelo OSI adiciona bits de controle
nas informações para que o dispositivo receptor possa detectar e, se possível, até mesmo
corrigir erros. Outro controle comum na camada de enlace é definir qual dispositivo pode
transmitir em determinado momento, pois erros podem ocorrer se dois ou mais dispositivos
tentarem transmitir no mesmo meio e ao mesmo tempo. Além disso, a camada 2 implementa
um controle de fluxo para evitar que um dispositivo tente transmitir mais bits do que o
dispositivo destino possa receber. Em suma, a camada de enlace de dados é responsável por
controlar o fluxo de bits, detectar erros e controlar o acesso ao meio.

A função da segunda camada no modelo de referência OSI - camada de enlace de dados - é


converter o fluxo de dados sem formatação, fornecido pela primeira camada (camada física)
em um fluxo de quadros a ser utilizado pela camada de rede. 

Vários métodos de enquadramento são utilizados, como a contagem de bits, ou caracteres, e a


inserção de caracteres e flags através da inserção de bits. 

Os protocolos que atuam na camada de enlace de dados podem oferecer recursos de controle
para retransmissão de quadros (frames) com falhas ou perdidos. Outra função importante da
camada de enlace de dados, é o controle de fluxo, na qual ela impede que um transmissor
(servidor) rápido "afogue" um receptor lento. 

Protocolos

TDM (Divisão do Canal)


Uma forma simples para a comunicação ser efetiva (sem colisões), seria dividir o tempo de
comunicação e entregar para cada um dos nós. Imagine uma rede com dez computadores
e um tempo de 20 segundos para comunicação, por rodada. Assim, pode-se dividir o
número de tempo pelo número de computadores e entregar esse tempo para cada um dos
computadores. Então ter-se-ia 20 (segundos)/ 10 (computadores), que é igual a 2
segundos por computador, em cada rodada.
Esse tipo de divisão é feita pelo TDM (multiplexação por divisão de tempo). Essa
multiplexação divide o tempo em quadros temporais, dentro desses quadros existem N
compartimentos, onde N é igual ao número de computadores. Para uma dada TDM taxa
de transmissão em bits são alocados slots (intervalos) no tempo para cada canal de
comunicação.

Slotted ALOHA (Acesso aleatório)


Um dos protocolos mais simples é o slotted ALOHA. Nesse protocolo, o tempo de transmissão
é dividido pelo número de quadro formando intervalos, de fato que um intervalo é igual ao
tempo de transmissão de um quadro. Cada nó conhece o início do intervalo. Em cada colisão,
todos os nós identificam a mesma antes mesmo do término do intervalo. Quando um nó tem
algum quadro para enviar, ele espera até o início do próximo intervalo e o envia, se for
detectada colisão, ele espera um tempo aleatório e envia novamente. Note-se que quando um
nó quer enviar um quadro ele o envia no primeiro intervalo que aparecer e, se não tiver
colisão e for preciso o envio de outro quadro, o nó o fará no próximo intervalo, até que
termine os quadros ou que haja uma colisão e tenha que esperar um tempo aleatório. A
"chave" desse protocolo é que se vários nós estiverem enviando, os intervalos que houver
colisões serão desperdiçados e certos intervalos não serão utilizados, porque o tempo
aleatório citado acima tem um caráter probabilístico. Portanto este não é um protocolo tão
eficiente para uma rede com muitos nós enviando, sempre, informações.

Polling (Protocolos de revezamento)

O protocolo de polling requer que um dos nós seja nomeado o nó mestre. Esse nó escolhe
de forma circular os nós que precisam transmitir. Quando o nó 1 for transmitir, o nó mestre
o concede um determinado número de quadros para transmitir, acabando essa
transmissão, o nó 2 inicia e assim sucessivamente. Os intervalos vazios característicos
dos protocolos de acesso aleatório já não existem mais, porém não é seguro colocar as
transmissões da rede nas mãos de um nó. Porque se este falhar, toda a rede para. Outro
problema é o tempo de escolha do nó que deverá transmitir. Esse tempo é bastante
significativo.

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