PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA APLICADA À EDUCAÇÃO

DISCIPLINAS: ASPECTOS DA APRENDIZAGEM, MEMÓRIA E

ATENÇÃO NA NEUROCIÊNCIA
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR
Pós-Graduação

Prof. Eduardo Bezerra

edu10puntos@gmail.com
OBJETIVO: Conhecer os aspectos biológicos e
neuropsicológicos e suas relações com o
desenvolvimento e a aprendizagem humana.
Roteiro:
1. Filogênese do sistema nervoso.
2. Bases estruturais do sistema nervoso.
3. Os neurônios.
4. Especialização e função dos hemisférios.
5. A plasticidade cerebral/neural e a memória.
6. Aprendizagem.
CDIPTUCPFDNAIBM
CD IPTU CPF DNA IBM
Ensinar não é uma função vital, porque não tem
o fim em si mesma; a função vital é aprender.
Aristóteles

O QUE É
FILOGÊNESE ?
 FILOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO
 Consiste na origem e evolução dos seres vivos desde as formas mais
simples até o aparecimento dos seres mais complexos (homem).
 Os seres vivos, mesmo os mais primitivos, precisam se ajustar
continuamente ao meio ambiente para sobreviver. A primeira função do
Sistema Nervoso foi adaptar os organismos aos mais diversos tipos de
ambientes.
 Os primeiros neurônios surgiram como células que se diferenciaram das
demais para receber estímulos do meio-ambiente, transmitindo-os às
células musculares para gerar uma resposta adaptativa.
 O QUE É FILOGÊNESE O QUE É
? ONTOGÊNESE ?

filogênese no grego: Phylo = raça e

genetikos = relativo à gênese = origem
ontogênese = ὄντος, ontos "ser",
gênesis = "criação"

Cada uma destas ciências estuda a evolução, enquanto a primeira se dedica ao estudo
da evolução da espécie, a segunda ocupa-se do estudo da evolução de cada indivíduo
desde o embrião até à velhice.
 Fonte: Disponível em: <https://www.tumblr.com/search/evolu%C3%A7%C3%A3o%20das%20esp%C3%A9cies>. Acesso em: ago. 2015.

Durante milhões de anos a seleção natural foi mantendo vivos os

animais que tinham algo a mais em relação aos outros e junto com
esses animais foi-se criando e preservando um tipo de sistema nervoso
que foi se aprimorando cada dia mais.
 O QUE É FILOGÊNESE
? O QUE É
ONTOGÊNESE ?

Evolução filogenética, da qual resulta o ser humano como espécie, é a trajetória dos homens
aprendendo a interpor, entre eles e sua realidade concreta, instrumentos (materiais e semióticos),
que alteram, nos eixos quantitativos e qualitativos, suas atividades, seus modos de ação sobre o
meio, as relações com os outros elementos de sua espécie e seu psiquismo.

A ontogênese, por sua vez, é entendida como o processo de transformação do indivíduo em

sujeito histórico-cultural; é o percurso do indivíduo como ser biológico, imerso num mundo
pleno de marcas culturais e que, no encontro com o(s) outro(s), reorganiza seu psiquismo e
emerge como homem.
FILOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO
Para os seres vivos se ajustarem ao meio
ambiente, são necessárias três propriedades:
Irritabilidade

Condutibilidade

Contratilidade
 FILOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO
Irritabilidade – Propriedade de ser sensível a um estímulo. Permite
a uma célula detectar as mudanças do meio ambiente.
Condutibilidade – Capacidade de conduzir um estímulo através do
Protoplasma determinando uma resposta em outra parte da célula.
Contratibilidade – Contração – encurtamento da célula visando
fugir de um estímulo nocivo.
FILOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO EX.: AMEBAS

Se tocarmos uma ameba,

observa-se que ela afasta-se do
ponto onde foi tocada. Ela é
sensível (irritação) e conduz
informações sobre o estímulo a
outras partes da célula,
determinando retração (contração)
de um lado e emissão de
pseudópodos do outro.
 FILOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO EX.: ANÊMONA DO MAR
 As células especializadas em irritabilidade e condutibilidade foram os
primeiros Neurônios que provavelmente surgiram nos CELENTERADOS.
 Os celenterados foram os primeiros organismos a apresentar células
nervosas propriamente ditas.
 Nos celenterados como no tentáculo de uma anêmona do mar, aparecem
células nervosas unipolares, com um só prolongamento denominado
AXÔNIO, que faz contato com as células musculares situadas mais
profundamente.
 Na extremidade destas células nervosas desenvolveu-se uma formação
especial denominada: receptor.
 O receptor transforma vários estímulos físicos ou químicos em impulsos
nervosos, que podem ser transmitidos ao efetuador: músculo ou glândula.
 O dispositivo neuromuscular no tentáculo de uma anêmona permite respostas
apenas locais, nas demais partes do corpo existe uma rede de fibras
nervosas, permitindo difusão dos impulsos nervosos em várias direções –
Sistema Nervoso Difuso.
 Ensinar não é uma função vital, porque não tem
o fim em si mesma; a função vital é aprender.
Aristóteles

O que é Aprendizagem?

O que é
O que é
ensinar?
aprender?
 Para compreendermos o que é aprendizagem ............
Precisamos entender o que é cognição

O que é Cognição ?

A cognição é derivada da palavra latina cognitione, que significa a aquisição de um conhecimento por meio da
percepção. A palavra cognição tem origem nos escritos de Platão e Aristóteles. É o ato ou processo de conhecer,
que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem.

A Psicologia Cognitiva estuda os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento. Atualmente, é um ramo da

psicologia dividido em inúmeras linhas de diferentes pesquisas algumas vezes discordantes entre si (WAAL e TELLES, 2007).
 O que é Cognição ?
Ela é um processo pelo qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em
que vive sem perder a sua identidade. Ela começa com a captação dos sentidos e a percepção
ocorre logo em seguida . É, portanto, um processo de conhecimento, que tem como material a
informação do meio em que vivemos e o que já está registrado na nossa memória (STENBERG,
2000).

GESELL ERIKSON

COGNIÇÃO
PIAGET VYGOTSKY
 No entender de alguns estudiosos, é impossível uma definição precisa e abrangente de um termo amplamente usado quanto à
aprendizagem, porém, é certo que o processo de aprendizagem é básico na formação da pessoa, todos aprendem.

Aprender Absorver informações Aprendizagem real

Autonomia Não é inato

Ampliação Competências
Educação Processo de aquisição ou construção de competências

Fatores inteligência, motivação, maturação, percepção, hereditariedade, influências ambientais e

sociais, como família, escola, sociedade e a cultura.

Visual, Auditiva, Leitura/Escrita e Ativa Estilos de Aprendizagem

 Estilos de Aprendizagem Conjunto de estratégias cognitivas que
mobilizam o processo de aprendizagem

EPISTEMOLOGIA DA APRENDIZAGEM Empirismo Racionalismo

Leitura/Escrita
Auditiva Visual Ativa
Experiência Razão
(visão, audição, tato, olfato, paladar etc.)

Constru tivismo
O conhecimento é formado por constructos subjetivos sem
Objeto do Conhecimento relação necessária com a realidade
 Bases Biológicas da Aprendizagem
O comportamento humano, desde o piscar de um olho até jogar bola ou escrever, depende da integração de
numerosos processos dentro do corpo e esta integração é oferecida pelo sistema nervoso, com o auxílio do
sistema endócrino. (Atkinson,1994 ).

impulsos neurais

O estímulo é analisado e comparado com informações sobre eventos

passados, armazenados em sua memória:

Você reconhece que uma luz verde, dependendo do contexto significa, ande.

O processo de mover seus pés é iniciado pelas áreas motoras do cérebro,

que controlam os músculos de suas pernas e pés.
 O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial
(cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é
aquele que se localiza fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema
nervoso central situado dentro do crânio neural e a medula é localizada
dentro do canal vertebral. O encéfalo e a medula constituem o neuro-eixo.
No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
O cérebro é considerado o órgão mais complexo do corpo humano,
pesa cerca de 1,5kg, e é constituído por milhares de células.

O cérebro humano contém cerca de 86 bilhões de neurônios,

ligados por mais de 10.000 conexões sinápticas cada. Esses
neurônios comunicam-se por meio de fibras protoplasmáticas
chamadas axônio, que conduzem pulsos em sinais chamados
potencial de ação para partes distantes do cérebro e do corpo e as
encaminham para serem recebidas por células específicas.
 O sistema sensorial é a parte do
sistema nervoso responsável pelo
processamento da informação
sensorial.

O sistema sensorial consiste em

receptores sensoriais, ligações
neurais e do cérebro envolvidas
na percepção sensorial.

Os sistemas reconhecidos como

sistemas sensoriais são: a visão,
audição, sensação somática
(tato), paladar, olfato.
NEURÔNIO O neurônio é a principal célula do sistema nervoso, sendo responsável
pela condução, recepção e transmissão dos impulsos nervosos. Sua estrutura básica é
formada por: corpo celular ou pericário, contendo o núcleo, o citoplasma e o
citoesqueleto; os dentritos, finos prolongamentos ramificados do corpo celular,
aumentando a superfície de propagação elétrica; o axônio, extensão do neurônio com
tamanhos variados, servindo de condutor do impulso elétrico; e o telodendro,
ramificação terminal do axônio, comunicando com outros neurônios ou outros tipos
efetores (células musculares e glandulares).
 NEURÔNIOS

Aferentes: neurônios, fibras ou feixes de fibras que

trazem impulsos a uma determinada área do sistema
nervoso. Refere-se ao que entra no sistema nervoso.
Eferentes: neurônios, fibras ou feixes de fibras que levam
impulsos de uma determinada área do sistema nervoso.
Refere-se ao que sai do sistema nervoso.
 SINAPSES
São transmissões de impulsos nervosos de um neurônio para
outro.
Podem ser de duas formas:
•Sinapses elétricas: Ocorre comunicação entre os dois
neurônios, através de canais iônicos. São raras em vertebrados
•Sinapses químicas: depende da liberação de neurotransmissores
FUNÇÕES DO CÉREBRO
 Crianças com dominância cerebral direita são
imaginativas e sociáveis, porém podem ter
dificuldades em se adaptar ao ambiente tradicional
de sala de aula. Crianças com dominância
cerebral esquerda, geralmente, são boas
academicamente, mas podem ter dificuldades
sociais e comportamentais.
TRABALHANDO O HEMISFÉRIO
DIREITO DO CÉREBRO
DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO
 A PLASTICIDADE CEREBRAL/NEURAL
Nosso cérebro é uma obra de arte em constante construção, a
cada nova aprendizagem, novos circuitos neuronais são ativados,
novas sinapses são formadas, eis aí a plasticidade. Cada neurônio
aumenta o vigor funcional do cérebro.

As sinapses que envolvem “neurônios competentes e ativos na

rede” são as que permanecerão e a funcionalidade de cada um
destes circuitos neuronais é o que nos permitirá aprender, memorizar,
perceber, sentir, mover-nos, ler, somar ou emitir, desde respostas
reflexas até as mais complexas análises relacionadas à física
quântica.
 “Quanto maior a plasticidade, maior a
possibilidade de sucesso de uma pedagogia
que pretenda socializar os conhecimentos
escolares e formar o cidadão para a vida em
sociedade, incluindo trabalho manual e
trabalho intelectual.”
(LIMA, 2006)
 Memória
A memória é a base de todo o saber - e, por que
não dizer, de toda a existência humana, desde o
nascimento. Como tal, deve ser trabalhada e
estimulada. "É ela que dá significado ao cotidiano e
nos permite acumular experiências para utilizar
durante toda a vida", afirma a psicóloga e
antropóloga Elvira Souza Lima, especialista em
desenvolvimento humano.
CONHECIMENTOS NOVO CONTEÚDO
PRÉVIOS (MEMÓRIA) (ESTÍMULO À MEMÓRIA)

AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO
 A memória, enfatiza Elvira Lima, é a reprodução mental das experiências
captadas pelo corpo por meio dos movimentos e dos sentidos. Essas
representações são evocadas na hora de executar atividades, tomar decisões
e resolver problemas, na escola e na vida.
Como se forma a memória?
A informação captada transita pelos neurônios, células nervosas (dentritos; o
axônio e os terminais pré-sinápticos. Eles criam emaranhados de caminhos que
se orientam em diversas direções, formando uma sinapse, local de comunicação
entre os neurônios e unidade elementar de armazenamento da memória. Lá
acontece a síntese de proteínas, as trocas elétricas e a ativação de genes que
provocam o armazenamento da informação. Quanto mais conexões, mais
memória. Cada neurônio pode se comunicar com até outros mil. Como o ser
humano tem de 10 bilhões a 100 bilhões dessas células, é possível haver até
100 trilhões de conexões sinápticas.
PLASTICIDADE CEREBRAL
 TESTE

Só pssaoes epsertas cnsoeugem ler itso.

Eu não cnogseui acreidatr que relmanet pidoa
etndeer o que etvsaa lndeno. O pdoer fnemoeanl da
mntee huamna! De aorcdo com uma psqueisa da
Unvireisadde de Cambrigde, não ipmrota a odrem em
que as lteras em uma plavara etsão, a úcina cisoa
ipmotratne é que a piremira e a útimla ltreas etseajm
no lguar ctreo. O rseto pdoe etasr uma ttaol
bnauguça e vcoê adnia pdoreá ler sem perolbmea.
Itso pruqoe a mtene haunma não lê cdaa lreta
idnvidailuemtne, mas a pvrlaaa cmoo um tdoo.
Ipessrinaonte hien?
 APRENDIZAGEM

Envolve um processo de informações:

 Processos sensoriais,
neurológicos,
psicomotores e
psicológicos.
 Alguns dos Fatores
envolvidos na aprendizagem

 Fatores psicodinâmicos: organização

cerebral, visão,audição, maturidade,
psicomotricidade,

 Fatores sociais: nível sócio-econômico,

cultural, lingüístico dos pais, experiências
vivenciadas, etc.

 Fatores emocionais e motivacionais:

estabilidade emocional, personalidade, etc.
 Alguns dos Fatores
envolvidos na aprendizagem

 Fatores intelectuais: capacidade mental

global, as capacidades perceptivas,
resolução de problemas, etc.

 Fatores escolares: dispedagogia,

metodologia, relação professor x aluno, etc.
 APRENDIZAGEM
Necessita da integridade das
funções do sistema nervoso
central (armazenamento,
integração, formulação e
regulação) e funções do
sistema nervoso periférico.
 Concepções de

Aprendizagem
 Visão Behaviorista

Aprender significa exibir comportamento apropriado;

o objetivo da educação nessa perspectiva é treinar
os estudantes a exibirem um determinado
comportamento, por isso usam o reforço para o
comportamento desejado.
A instrução programada é uma ferramenta de
trabalho nessa linha e aplica os princípios de Skinner
para o desenvolvimento do comportamento humano.
 Estímulo

A aprendizagem
depende da relação Manipulação
compreendida entre o MEIO comportamental
estímulo e a resposta

Resposta
 Lavar as Mãos
 Exemplo

Mãos limpas

Menos micróbios

Menos infecções

Menos Mortes!
A aprendizagem ocorre
em função de
contingências externas.

Papel do ambiente e
do contexto.
 Visão Construtivista

Os fatores de desenvolvimento, segundo Piaget, são a

maturação, a experiência física com objetos, a
transmissão social (informação que o adulto passa à
criança) e a equilibração.

A equilibração contrabalança os três primeiros fatores,

ou seja, equilibra uma nova descoberta com todo o
conhecimento até então construído pelo sujeito. Os
mecanismos de equilíbrio são a ASSIMILAÇÃO e a
ACOMODAÇÃO.
 Estímulo/Desequilíbrio
Fases:
1) Sensório Motor
2) Pré-Operatório
3) Operatório Concreto
O estímulo em
diferentes fases 4) Lógico Formal
da vida, produz
respostas
Assimilação
diferentes
Quem muda é
o sujeito

Resposta/Equilibração/Aprendizagem
 Visão Construtivista

A aprendizagem ocorre quando a informação é processada

pelos esquemas mentais e agregada a esses esquemas.
Assim, o conhecimento construído vai sendo incorporado aos
esquemas mentais anteriores ou novas que são colocados
para funcionar diante de situações desafiadoras e
problematizadoras.
Piaget aborda a inteligência como algo dinâmico, decorrente
da construção de estruturas de conhecimento que à medida
que vão sendo construídas, vão se alojando no cérebro.
O indivíduo usa as estruturas psíquicas que já possui. Se elas não são suficientes, é
preciso construir novas estruturas. Isso é “Acomodação”.
 Foco no Foco na
Ensino Aprendizagem
Professor Professor
ENCICLOPÉDIA PARCEIRO ESPECIAL

Preparado para Preparado para

organizar conteúdo e colaborar com a construção
INFORMAÇÃO de SIGNIFICADOS

Transmissão Transformar o ambiente

da Informação de APRENDIZAGEM
ENSINO
Funções Executivas: planejamento, organização, sequenciação, decisão análise, síntese, atenção, inibição
comportamental, memória de trabalho, flexibilidade de interesses, percepção de erros e construção das Sensibilidade geral (tátil, propriocepção, dor, etc.), coordenação, espacial, integração senso-perceptiva e orientação
correções. atencional.

Habilidade visual sendo o centro das

percepções visuais para as tarefas do cotidiano
Responsável pela percepção auditiva dos sons e das diferentes estruturações de
linguagem fonológica, sendo o centro da toda a linguagem.
PRINCIPAIS ÁREAS DO CÉREBRO ESTIMULADAS
LOBO OCCIPITAL – Responsável pelo processamento da informação visual. Recebe
estímulos de brinquedos e objetos coloridos, ilustrações, videojogos e televisão.

LOBO PARIETAL – Relacionado às sensações táteis e habilidades matemáticas e

espaciais. Estimulado pelas brincadeiras, brinquedos e música.

TEMPORAL – Responsável pelo processamento dos sons, da compreensão da

linguagem e do funcionamento da memória. Estimulado pela leitura de histórias, música,
instrumentos musicais, brinquedos e pela aprendizagem de idiomas.

LOBO FRONTAL – Responsável pelo pensamento, planejamento, comportamento,

emoção e movimentos voluntários. Estimulado pela música, leitura, brincadeiras, video
jogos, movimentos corporais (como a dança).
 Fatores a Considerar

PEDAGÓGICO

FAMILIAR

ESCOLA FUNCIONAL
CEREBRAL
 SISTEMATIZAÇÃO

1. Reúnam–se em grupos, de 4 a 5 pessoas. Em seguida, discuta com seus

colegas:
a) O que vocês consideram que é a Aprendizagem? O que já sabemos
sobre os processos de aprender?
b) Quais as contribuições da Neurociência para a Educação?
c) Como a aprendizagem ocorre em nossas vidas?
d) Quais aspectos podem estar envolvidos na aprendizagem para torná–
la significativa?
e) Qual a importância da memória para a aprendizagem e o
desenvolvimento humano?

2. Socialize as informações no coletivo, mediados pelo formador.

 ATIVIDADE 1

Objetivo: Sistematizar conhecimentos discutidos no Ponto de

Partida e aprofundá–los.

 Coletivamente vamos assistir a um vídeo do Instituto

Neurovox. O vídeo é intitulado “Como funciona o Cérebro?”.

 Vamos trocar algumas ideias, relacionadas aos aspectos que

mais chamaram a atenção ao assistirmos o vídeo.
Desenvolvimento Neuropsicomotor
Eduardo Bezerra
QUAIS AS RELAÇÕES ENTRE CÉREBRO E
MOVIMENTO?
Divisões anatômicas do Sistema Nervoso Central
(SNC)

Cérebro

Encéfalo Mesencéfalo
Cerebelo

Sistema
Nervoso Central Tronco Ponte
encefálico

Bulbo
Medula espinhal
Lobos cerebrais
Áreas do cérebro
Estrutura cerebelar

O cerebelo é a parte do encéfalo responsável pela

manutenção do equilíbrio e postura corporal, controle
do tônus muscular e dos movimentos voluntários,
bem como pela aprendizagem motora. O termo
cerebelo deriva do latim e significa "pequeno
cérebro". Embora represente apenas 10% do volume
total do cérebro, contêm aproximadamente metade do
número de neurônios do cérebro.
 Tronco encefálico

O tronco cerebral ou encefálico é a porção do sistema nervoso central situada entre a

medula espinhal e o cérebro. É no tronco encefálico que se encontra fixo o cerebelo.
O tronco encefálico tem três porções que são, de baixo para cima:
• Bulbo raquidiano: relaciona-se com funções vitais como a respiração, os batimentos do
coração e a pressão arterial, e com alguns tipos de reflexos como mastigação, movimentos
peristálticos, fala, piscar de olhos, secreção lacrimal e vômito.
• Ponte: Faz parte do sistema nervoso central e retransmite informações entre o cerebelo e o
telencéfalo. Além disso, contém os centros que ajudam a regular a respiração.
• Mesencéfalo: conecta o cérebro e o tronco encefálico.
Tronco encefálico
Medula espinhal
Ato reflexo

O ato reflexo é a via que um nervo reflexo segue. Um

exemplo é o reflexo patelar. 1. Uma percussão no joelho
estimula receptores sensitivos, gerando um sinal
nervoso. 2. O sinal percorre ao longo de uma via
nervosa até a medula espinhal. 3. Na medula espinhal,
o sinal é transmitido do nervo sensorial ao nervo motor.
4. O nervo motor envia o sinal de volta a um músculo
da coxa. 5. O músculo contrai, fazendo com que a
perna se desloque para frente. Todo reflexo ocorre sem
envolvimento do cérebro.
JANELAS DE OPORTUNIDADES
 PERCURSO DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E APLICAÇÕES PRÁTICAS
Desenvolvimento
BEBÊ 1ª INFÂNCIA 2ª INFÂNCIA ADOLESCÊNCIA
0 a 2 anos 3 a 6 anos 7 a 10 anos 11 anos em
diante
Fases do

Sensório Motor Pré-operatório Operatório Concreto Operatório Formal

Elementos - Evitar frases como: - A aquisição do A aquisição da

mediadores da “Não chore” (não há pensamento abstrato capacidade de
aula (não verbais): mediação do desperta o interesse da formular hipóteses
música e rotina raciocínio lógico) criança por metas possibilita o emprego
Intervenção
Pedagógica

- A melodia da voz - Priorizar atividades pessoais (melhora do de tática nas

e o toque são mais lúdicas. tempo, da distância, da modalidades
importantes do que - Nas brincadeiras, pontuação da técnica. esportivas .
o significado das oferecer a referência
palavras. do real para a criança.
 GUIA DE BRINCADEIRAS POR IDADE
18 A 24 MESES
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
"Eu faço!" Isso pode ser o mantra da sua criança, abraçando toda
oportunidade de aprender, fazer e ser mais independente. Brinquedos de
faz de conta estimulam e vão ajudar a criança a entender novas
experiências, trazendo o mundo para mais perto.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL
Se movimentar, andar e correr. Ter um vocabulário de 50 a Expressar variações de humor, da alegria à
200 palavras. frustação ao ciúmes.
PROFESSOR
BRINQUEDOS
Incentivar que brinque com outras crianças.
Contar histórias. Continuar com brinquedos
como cubos e blocos que ensinam sobre altura,
gravidade, peso e dimensões físicas dos
objetos e do mundo.
 GUIA DE BRINCADEIRAS POR IDADE
2 – 2 ½ ANOS
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
As crianças de dois anos são cheias de energia, entusiasmo e adoram
explorar, sem contar que estão ficando mais independentes. Com muitas
novas palavras. Sobe e desce escadas sem apoio. Pega objeto sem jogar no
chão. Anda em linha reta. Melhora aptidão da mão, faz desenho com retas.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL
Montar blocos e colocar um Saber a diferença entre Ser mais sociável com outras crianças.
bichinho de pelúcia pra dormir. seguro e perigoso.
BRINQUEDOS
PROFESSOR

Incentivar que brinque com outras crianças. Explorar brinquedos como quebra-
cabeças graúdos (peças grandes), bicicleta, motocas e brinquedos que estimulem a
mobilidade e o equilíbrio.
 GUIA DE BRINCADEIRAS POR IDADE
2 ½ - 3 ANOS
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Brincar de "faz de conta" marca esta fase por ter uma imaginação fértil.
Também auxilia a criança a ter noção das coisas, expressar a
individualidade e ganhar senso de controle. Confira as dicas e brinquedos
adequados para a idade.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL
Pular e subir escada com um Criar frases simples e usar palavras como Imitar ações de outro.
pé de cada vez. "eu", "mim" e "você".
BRINQUEDOS
PROFESSOR

Incentivar brincadeiras de cooperação, faz de conta, explorar cantinhos lúdicos,

fantasia, casinha, médico, representação de papéis, sociodramática, desenvolver
mais a oralidade e a linguagem, raciocínio lógico: blocos, monta-monta.
 GUIA DE BRINCADEIRAS POR IDADE
4 ANOS
O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Brincadeiras de faz de conta preenchem os dias da criança e, conforme as habilidades
sociais se desenvolvem, começam a surgir as primeiras amizades . Aqui você vai achar
ideias para ajudar a sua criança de 4 anos a exercitar a resolução de problemas,
aproveitar mais as brincadeiras com imaginação e até a conhecer novos desafios físicos.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL
Aprender a nadar, andar de Ter um limiar de atenção maior para se Começar a entender que as pessoas têm
skate, dançar, esquiar e pular comprometer com novas atividades. diferentes experiências e sentimentos.
em cama elástica.
BRINQUEDOS
PROFESSOR

Incentivar brincadeiras de cooperação, faz de conta, explorar cantinhos lúdicos,

fantasia, casinha, médico, representação de papéis, sociodramática, desenvolver
mais a oralidade e a linguagem, raciocínio lógico: blocos, monta-monta.
 GUIA DE BRINCADEIRAS POR IDADE
5 ANOS O QUE ESTÁ ACONTECENDO?
Brincadeiras de faz de conta preenchem os dias da criança e, conforme as habilidades
sociais se desenvolvem, começam a surgir as primeiras amizades . Aqui você vai achar
ideias para ajudar a sua criança de 4 anos a exercitar a resolução de problemas,
aproveitar mais as brincadeiras com imaginação e até a conhecer novos desafios físicos.
DESENVOLVIMENTO FÍSICO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E EMOCIONAL
Tem melhor coordenação física Resolver problemas e explicar coisas. Desenvolver amizades fortes.
para mais ações complexas.

BRINQUEDOS
PROFESSOR

Favorecer atividade com desenhos, escrita do nome, manipulação de letras móveis, massinha de modelar, montar
um quebra-cabeça, resolver problemas e explicar coisas, organizar materiais em categorias básicas: por tamanhos,
cores, formas, fazer comparações ,memorizar, explicar as brincadeiras para as outras crianças.
 ATIVIDADE 2

Objetivo: Compreender as relações entre Memória, Atenção e

Aprendizagem.

Vamos realizar a leitura colaborativa de um texto a fim de

compreender essas relações e suas contribuições para a
Educação.
 Discutam o texto e registrem coletivamente as principais
contribuições que ele traz para a nossa prática pedagógica.

 Reflitam junto com o formador:

a) O que é memória? Quais os tipos?
b) Como o conhecimento do cérebro e suas funções podem
contribuir para a prática do professor?
 REFERÊNCIAS
Cosenza, R.M.; Guerra, L.B. Neurociência e Educação: Como o cérebro aprende.
Editora Artmed, 2011.
Gazzaniga, M.S; Ivry, R.B.; Mangun, G.R. Neurociência Cognitiva: A Biologia da
Mente. Artmed, 2006. [Capítulo 8:
Aprendizado e Memória]
Glozman, J. Neuropsicologia do desenvolvimento. Artmed, 2013.
Hockenbury, D.H; Hockenbury, S.E. Descobrindo a psicologia. Editora Manole,
2003. [Capítulo 5: Aprendizagem;
Capítulo 6: Memória]
Izquierdo, I. Memória. Artmed, 2011.
Lent, R. R. Cem Bilhões de Neurônios: conceitos fundamentais e neurociência. São
Paulo: Atheneu, 2004. [Capítulos 2 a 6]