Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Abstract Resumo
1Universidade Cidade de São The article describes the methodological quality O artigo descreve a qualidade metodológica dos es-
Paulo, São Paulo, Brasil.
of published studies on prevalence of low back tudos publicados sobre prevalência de dor lombar
Correspondência pain in Brazil. Eighteen studies were considered realizados no Brasil. Dezoito estudos foram consi-
P. R. C. Nascimento eligible after searches in the following electronic derados elegíveis após pesquisas nas seguintes ba-
Universidade Cidade de São
Paulo. databases: LILACS, PubMed, Embase, CINAHL, ses de dados: LILACS, PubMed, Embase, CINAHL,
Rua Cesáreo Galeno 448, SPORTDiscus and SciELO. A high source of bias SPORTDiscus e SciELO. Alto risco de viés foi en-
São Paulo, SP
was observed in the criteria for external validity contrado nos critérios de validade externa relacio-
03071-000, Brasil.
prcnascimento@yahoo.com.br related to sampling, in addition to non-response nados com a amostragem, e viés de não-resposta.
bias. Considering the criteria for internal validity, Considerando os critérios de validade interna,
the main sources of bias were the lack of an a principal fonte de viés estava relacionada com
acceptable definition of low back pain and the a falta de uma definição de caso aceitável, bem
use of instruments that lacked proven reliability como a utilização de instrumentos que não apre-
and validity. No representative study was found sentavam construto de confiabilidade e a valida-
that provides a generalizable prevalence of de provados. Nenhum estudo representativo com
low back pain in Brazil. The published studies valores de prevalência da dor lombar no Brasil
included in this review showed a high risk of bias foi encontrado. Os trabalhos publicados incluí-
that affects the prevalence data. Future studies dos nesta revisão apresentaram um alto risco de
with appropriate methodological design are viés que afetam os dados de prevalência. Futuros
necessary to verify the real impact of low back estudos com desenho metodológico adequado são
pain in Brazil and allow comparisons. necessários, a fim de apresentar o real impacto da
dor lombar no Brasil e permitir comparações.
Low Back Pain; Bias (Epidemiology); Review
Dor Lombar; Viés (Epidemiologia); Revisão
pesquisadas utilizando-se estratégias de busca que represente a população alvo; (3) método de
específicas para cada uma destas bases (Tabela 1). seleção da amostra; (4) probabilidade de viés de
A data da última busca foi em maio de 2013. Os não-resposta; (5) forma de obtenção da respos-
artigos foram selecionados por dois examinado- ta de interesse; (6) definição do conceito de dor
res independentes (L.O.P.C. e P.R.C.N.) com base lombar utilizado para seleção da amostra; (7)
na leitura do título ou resumo. Os artigos poten- confiabilidade e validade das ferramentas utili-
cialmente elegíveis foram lidos completamente. zadas; (8) padronização do processo de coleta;
Nós também checamos as listas de referências de (9) período de prevalência de interesse apropria-
todos os artigos elegíveis na tentativa de encon- do; e (10) presença de erro no cálculo e/ou re-
trar novas referências para esta revisão. lato dos valores do numerador e denominador
do parâmetro de interesse. Os quatro primeiros
Risco de viés tópicos estão relacionados à validade externa do
estudo, consequentemente, os demais itens re-
Devido ao fato dos estudos selecionados pode- portam o risco de viés nos quesitos relativos à
rem apresentar potenciais fontes de viés conta- validade interna. Ao final da análise, os estudos
minado os resultados da revisão, o instrumento foram classificados como apresentando baixo
desenvolvido por Hoy et al. 33 (Tabela 2) foi utili- risco de viés, quando eram satisfeitos no míni-
zado para avaliar o risco de viés entre os estudos mo nove dos critérios; médio risco de viés para
elegíveis. Esse instrumento permite verificar o os estudos que preenchiam entre sete e oito dos
risco de viés para fatores relacionados à validade critérios; e alto risco de viés para os que preen-
externa e validade interna, permitindo classificar chiam menos de sete dos critérios. Os casos em
o risco como baixo, moderado ou alto. A escolha que não houve concordância foram discutidos
desse instrumento foi principalmente devido ao pelos revisores e a classificação determinada por
fato de ser uma ferramenta de fácil uso, com alta consenso. Não foram mensurados os níveis de
concordância intraexaminadores e que foi de- concordância entre examinadores neste estudo.
senvolvido especificamente para mensurar risco A operacionalização de cada um dos itens está
de viés em estudos de prevalência para pacientes apresentada na Tabela 2.
com dor lombar 33.
O risco de viés foi analisado por dois exa- Extração e análise estatística dos dados
minadores independentes (L.O.P.C. e P.R.C.N.)
baseando-se nos seguintes aspectos: (1) repre- As variáveis de interesse (primeiro autor, ano de
sentatividade da amostra do estudo em relação publicação, tipo de estudo, ferramenta de cole-
à população nacional de forma a permitir gene- ta, tamanho amostral, população, idade, gênero,
ralizar os resultados; (2) sistema de amostragem conceito de dor lombar, período de prevalência e
Tabela 1
Estratégia
LILACS (mh:(dor lombar)) OR (dor nas costas) OR (lombalgia OR lumbago ) AND (prevalência OR incidência OR estudos transversais OR
epidemiologia OR levantamento OR frequência OR morbidade OR ocorrência) AND (Brasil OR brasileira)
SciELO Dor lombar OR dor nas costas OR lombalgia OR lumbago [Todos os índices] AND prevalência OR incidência OR epidemiologia OR
frequência OR ocorrência [Todos os índices] AND Brasil OR Brasil [Todos os índices]
PubMed (((low back pain OR low back ache OR low backache OR lumbago OR lower back pain OR lumbar spine pain[Title/Abstract])) AND
(epidemiology OR frequency OR surveillance OR morbidity OR occurrence OR prevalence OR incidence[Title/Abstract])) AND (Brazil
OR Brazil*[Title/Abstract])
Embase low AND 'back'/exp AND 'pain'/exp OR 'backache'/exp OR 'discogenic pain'/exp OR 'sciatica'/exp AND 'prevalence'/exp AND
'brazil'/exp
CINAHL ( (MH "Back Pain") OR (MM "Low Back Pain/EP/HI/FG/PC/PR/RF/SS") OR (MH "Sciatica") OR "lumbago" ) )AND ( (MH "Cross
Sectional Studies") OR (MH "Prevalence") OR "prevalence" OR (MH "Incidence") OR (MH "Epidemiology") ) AND ( (MH "Brazil") OR
(MH "Brazilian") )
SPORTDiscus ( (((DE "BACKACHE")) OR (DE "SCIATICA")) OR (DE "SPINE" OR DE "BACK") ) AND ( (DE "DISEASE prevalence") OR (DE
"EPIDEMIOLOGY" OR DE "PUBLIC health" OR DE "EPIDEMICS") ) AND ( ( Brazil OR Brazilian OR Brazilians ) )
Tabela 2
Risco de viés Critério para resposta (por favor, circule uma opção)
Validade externa
1) A população-alvo do estudo foi uma representação próxima • Sim (BAIXO RISCO): população-alvo do estudo foi uma representação próxima
da população nacional em relação às variáveis relevantes, como da população nacional.
por exemplo, idade, sexo, ocupação? • Não (ALTO RISCO): população-alvo do estudo não foi claramente
representativa da população nacional.
2) O sistema da amostragem era uma representação verdadeira Sim (BAIXO RISCO): O sistema de amostragem foi uma representação
ou próxima da população-alvo? verdadeira ou próxima da população-alvo.
• Não (ALTO RISCO): O sistema de amostragem não foi uma representação
verdadeira ou próxima da população-alvo.
3) Alguma forma de seleção aleatória foi usada para selecionar a Sim (BAIXO RISCO): Um censo foi realizado ou alguma forma de seleção
amostra ou foi realizado um censo? aleatória foi usada para selecionar a amostra (por exemplo, amostragem
aleatória simples, amostragem aleatória estratificada, amostragem por
conglomerados, amostragem sistemática).
• Não (ALTO RISCO): Um censo não foi realizado e não foi usada alguma forma
de seleção aleatória para selecionar a amostra.
4) A probabilidade de viés de não-resposta foi mínima? • Sim (BAIXO RISCO): A taxa de resposta para o estudo foi ≥ 75%, ou seja,
foi realizada uma análise que mostrou nenhuma diferença significativa
nas características demográficas relevantes entre os respondedores e não
respondedores.
• Não (ALTO RISCO): A taxa de resposta foi < 75% e se qualquer análise
comparando respondedores e não respondedores foi realizada, ela mostrou uma
diferença significativa nas características demográficas relevantes entre estes.
Validade interna
5) Os dados foram coletados diretamente dos indivíduos (ao • Sim (BAIXO RISCO): Todos os dados foram coletados diretamente dos
contrário de um representante)? individuos.
• Não (ALTO RISCO): Em alguns casos, os dados foram coletados com base em
um representante.
6) No estudo foi utilizada uma definição de caso aceitável? • Sim (BAIXO RISCO): Uma definição de caso aceitável foi utilizada.
• Não (ALTO RISCO): Não foi usada uma definição de caso aceitável.
7) O instrumento de estudo que mede o parâmetro de interesse • Sim (BAIXO RISCO): O instrumento de estudo mostrou ter confiabilidade e
(por exemplo, prevalência de dor lombar) demonstrou ter validade (se isto fosse necessário), por exemplo, teste-reteste, piloto, a validação
confiabilidade e validade (se necessário)? em um estudo anterior etc.
• Não (ALTO RISCO): Não foi demonstrada confiabilidade ou validade do
instrumento de estudo (se isto fosse necessário).
8) O mesmo modo de coleta de dados foi usado para todos os • Sim (BAIXO RISCO): O mesmo modo de coleta de dados foi utilizado para
sujeitos? todos os indivíduos.
• Não (ALTO RISCO): O mesmo modo de coleta de dados não foi usado para
todos os indivíduos.
9) A duração do menor período de prevalência para o parâmetro • Sim (BAIXO RISCO): O período de menor prevalência para o parâmetro de
de interesse foi apropriada? interesse foi adequado (por exemplo, prevalência pontual, prevalência de uma
semana, prevalência de um ano).
• Não (ALTO RISCO): O período de menor prevalência para o parâmetro de
interesse não era apropriado (por exemplo, prevalência de vida).
(continua)
Tabela 2 (continuação)
Risco de viés Critério para resposta (por favor, circule uma opção)
Validade interna
10) O numerador e o denominador para o parâmetro de interesse • Sim (BAIXO RISCO): O trabalho apresentou numerador e denominador
foram apropriados? apropriados para o parâmetro de interesse (por exemplo, a prevalência de dor
lombar).
• Não (ALTO RISCO): O trabalho apresentou numerador e denominador para o
parâmetro de interesse, mas um ou mais destes era inadequado.
11) Item de resumo sobre o risco global de viés estudo • BAIXO RISCO DE VIÉS: Pesquisa adicional é muito improvável mudar nossa
confiança na estimativa.
• MODERADO RISCO DE VIÉS: Pesquisa adicional é provável ter um
importante impacto em nossa confiança na estimativa e pode mudá-la.
• ALTO RISCO DE VIÉS: Pesquisa adicional é muito provável ter um importante
impacto em nossa confiança na estimativa e é provável mudá-la.
o porcentual de prevalência) foram transferidas pesquisa utilizado foi o transversal. A coleta dos
por um dos autores para uma planilha eletrônica dados foi realizada por meio de questionário pró-
Excel (Microsoft Corp., Estados Unidos) (Tabela 3). prio em 50% dos estudos 34,37,40,41,42,44,46,49,50, e o
Os dos dados de interesse foram tratados por questionário nórdico 52 foi utilizado nos demais
meio de estatística descritiva. Devido à grande 35,36,38,39,43,45,47,48,51. A prevalência da dor lombar
heterogeneidade dos trabalhos não foi possível foi verificada na maioria dos estudos com clas-
realizar metanálise. ses trabalhadoras específicas e em estudantes.
No Brasil, o estudo da dor lombar crônica de-
monstrou que esta apresenta-se mais prevalente
Resultados na população de Salvador (Bahia) 42 (14,7%) em
relação aos moradores de Pelotas (Rio Grande
A estratégia de busca elaborada retornou um to- do Sul) 38,51 (4,2% e 9,6%). A definição para dor
tal de 263 artigos, dos quais 63 eram duplicados. lombar foi apresentada apenas em três trabalhos
Após a triagem pela leitura dos títulos, resumos 40,45,46 que utilizaram diferentes conceitos. O pe-
e do texto completo quando necessário, 18 estu- ríodo mínimo de dor para ser contabilizado co-
dos 34,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47,48,49,50,51 com mo caso não foi informado em nenhum estudo
uma população de 19.387 indivíduos, em que as desta revisão. Os períodos de prevalência mais
amostras variaram entre 56 e 3.269 participan- estudados foram 1 ano, 7 dias e pontual, com os
tes 34,39, preencheram os critérios de inclusão. valores diferindo de acordo com o período de
A Figura 1 mostra o processo de inclusão para prevalência e a amostra estudada.
esta revisão. A grande heterogeneidade dos estudos ele-
Entre os estudos elegíveis foi possível veri- gíveis também impediu sumarizar a taxa de
ficar o recente interesse sobre a prevalência da prevalência quanto ao tempo para a maior par-
dor lombar na população brasileira, sendo o te dos períodos analisados, sendo possível veri-
primeiro registro publicado em 1998 34 e todos ficar apenas a prevalência anual da dor lombar
os demais nos últimos dez anos. A maior parte que atinge mais de 50% dos adultos 35,36,43, entre
dos estudos incluía homens e mulheres, envol- 13,1% e 19,5% dos adolescentes 39,45, enquanto a
vendo desde crianças 39 a idosos 50, com popu- dor lombar crônica atinge entre 4,2% e 14,7% da
lações residentes nas zonas urbana e rural 44. população 38,42.
Entretanto, não apresentaram valores de preva- Na avaliação do risco de viés, os artigos ele-
lência individuais de acordo com o gênero. Três gíveis apresentaram uma pontuação que variou
estudos 34,36,44 pesquisaram a prevalência da dor entre 4 37,44 e 8 38,39,51 de 10 pontos possíveis. A
lombar exclusivamente em mulheres, sendo que classificação quanto ao risco global de viés de-
dois deles apresentaram os valores observados monstrou que 11 estudos 34,35,36,37,40,42,43,44,47,4
em trabalhadoras da zona urbana 34,36 e um em 9,50 apresentaram alto risco de viés, e em sete
trabalhadoras rurais 44, porém, os diferentes estudos 38,39,41,45,46,48,51 este risco foi moderado.
períodos de prevalência estudados impediram Maior risco de viés foi verificado entre os critérios
qualquer comparação. O principal método de de validade externa, representação nacional da
Tabela 3
Autor/Ano Tipo de Ferramenta de Tamanho População Idade média Gênero Conceito de Período de Prevalência
estudo coleta amostral (N) (anos) dor lombar prevalência
(continua)
Tabela 3 (continuação)
Autor/Ano Tipo de Ferramenta de Tamanho População Idade média Gênero Conceito de Período de Prevalência
estudo coleta amostral (N) (anos) dor lombar prevalência
Almeida et Transversal Questionário 2.281 Adultos ≥ 20 40,9 55,5% Não Crônica; ≥ 6 14,7%
al. 42 (2008) próprio anos, residentes feminino informado meses
no Município de
Salvador (Bahia)
Matos et Transversal Questionário 775 Adultos ≥ Não 54,2% Não 3 meses 46%
al. 43 (2008) nórdico 20 anos, informado feminino informado 1 ano 52,8%
associados à Crônica; > 6 3,8%
cooperativa de semanas
funcionários da
Universidade do
Vale do Rio dos
Sinos
Motta et Transversal Questionário 150 Trabalhadoras 40,41 100% Não Algum 93,3%
al. 44 (2010) próprio rurais ≥ 20 feminino informado momento da
anos de sete vida
comunidades
do Município
de Concórdia
(Santa Catarina)
de Vitta et Transversal Questionário 1.236 Escolares de 11 Não 51,78% Dor ou 1 ano 19,5%
al. 45 (2011) nórdico a 15 anos da informado feminino desconforto
rede municipal nos últimos
de Bauru (São 12 meses
Paulo) não
relacionado
à trauma
ou à dor
menstrual
Falavigna et Transversal Questionário 416 Estudantes 21,68 73,1% Dor na área Pontual 14,4%
al. 46 (2011) próprio dos cursos de feminino abaixo das 1 ano 66,8%
fisioterapia e costelas para Algum 77,9%
medicina da os quadris momento da
Universidade vida
de Caxias do
Sul (Rio Grande
do Sul)
Fernandes et Transversal Questionário 577 Trabalhadores Não 69% Não 1 ano 28,9%
al. 47 (2011) nórdico da indústria informado masculino informado
plástica do
Município de
Salvador (Bahia)
Ferreira et Transversal Questionário 972 Adultos ≥ 20 41 57% Não 1 ano 40%
al. 48 (2011) nórdico anos, residentes feminino informado
na zona urbana
do Município
de Pelotas (Rio
Grande do Sul)
(continua)
Tabela 3 (continuação)
Autor/Ano Tipo de Ferramenta de Tamanho População Idade média Gênero Conceito de Período de Prevalência
estudo coleta amostral (N) (anos) dor lombar prevalência
Onofrio et Transversal Questionário 1.233 Estudantes 15,9 54% Não 1 mês 13,7%
al. 49 (2012) próprio colegiais de feminino informado
13 a 19 anos
do Município
de Pelotas (Rio
Grande do Sul)
Dellaroza et Transversal Questionário 1.271 Idosos 69,5 59,6% Não Crônica; ≥ 6 25,4%
al. 50 (2013) próprio residentes no feminino informado meses
Município de
São Paulo (São
Paulo)
Meucci et Transversal Questionário 2.732 Adultos > 20 Não 57,9% Não Crônica; > 7 9,6%
al. 51 (2013) nórdico, ano, residentes informado feminino informado semanas
adaptado no Município
de Pelotas (Rio
Grande do Sul)
Figura 1
tragem (15), seleção aleatória (12), viés de não- estudos, respectivamente. Os critérios de avalia-
resposta (5 estudos). Os itens referentes à vali- ção do risco de viés para cada estudo são apre-
dade interna, definição de caso e instrumento sentados na Tabela 4.
do estudo não foram preenchidos em 15 34,35,36,
Tabela 4
Araújo & N N N S S N N S S S
Alexandre
34 (1998)
Célia & N N N S S N S S S S
Alexandre
35 (2003)
Gurgueira N N N S S N S S S S
et al. 36
(2003)
Peres 37 N N N N S N N S S S
(2004)
Silva et N S S S S N S S S S
al. 38
(2004)
Fassa et al. N S S S S N S S S S
39 (2005)
Andru- N N N N S S S S S S
saitis et al.
40 (2006)
Kreling N N S S S N N S S S
et al. 41
(2006)
Almeida N S S N S N N S S S
et al. 42
(2008)
Matos N N N S S N S S S S
et al. 43
(2008)
(continua)
Tabela 4 (continuação)
Motta N N N N S N N S S S
et al. 44
(2010)
de Vitta N N N S S S S S S S
et al. 45
(2011)
Falavigna N N N N S S N S S S
et al. 46
(2011)
Fernan- N N N S S N S S S S
des et al.
47 (2011)
Ferreira N N S S S N S S S S
et al. 48
(2011)
Onofrio N N N S S N N S S S
et al. 49
(2012)
Dellaroza N N N S S N N S S S
et al. 50
(2013)
Meucci N S S S S N S S S S
et al. 51
(2013)
tégias preventivas, visto que a ocorrência de dor mente. Apenas três estudos 40,45,46 citaram o que
lombar na vida adulta é maior entre aqueles que era considerado dor lombar apresentando con-
apresentaram os sintomas na adolescência 68,69. ceitos distintos entre si: “dor entre a parte infe-
O principal resultado desta revisão mostra rior das costelas e a prega glútea, mas não relacio-
que os estudos sobre prevalência conduzidos nada a traumas ou quedas”; “dor ou desconforto
com amostras da população brasileira apresen- nos últimos 12 meses não relacionada à trauma
ou à dor menstrual”; e “dor na área abaixo das os estudos nesta revisão. Essa decisão deve-se
costelas para os quadris”. Segundo consenso ao reduzido número de trabalhos que preenche-
para a definição de dor lombar em estudos de riam os critérios de inclusão caso tal parâmetro
prevalência 72, a melhor definição é a que deve fosse considerado, assim como ao fato desta ser
incluir o local da dor, sintomas, duração, fre- a primeira revisão sistemática conhecida sobre a
quência e severidade. prevalência da dor lombar no Brasil, o que per-
A forma de coleta dos dados também foi di- mite explicitar essas falhas e apontar possíveis
versificada, de maneira que dos 18 estudos elegí- maneiras para surpimi-las.
veis apenas a metade 35,36,38,39,43,45,47,48,51 utilizou Nossa revisão demonstrou que os diferentes
o questionário nórdico padronizado conforme estudos que buscaram medir a prevalência da
proposto anteriormente por Lebouef-Yde & Lau- dor lombar encontraram uma alta taxa de preva-
ritsen 73. Achados semelhantes foram encontra- lência anual (> 50%) em indivíduos adultos, en-
dos na revisão publicada em 2000 por Walker 1. tre 13,1% e 19,5% nos adolescentes, e valores de
Conforme demonstrado na literatura, o método prevalência para dor lombar crônica entre 4,2%
de aplicação do questionário, assim como a fer- e 14,7% da população. Devido à baixa qualida-
ramenta escolhida, influenciam nos resultados de metodológica dos estudos encontrados, esses
de estudos de prevalência 74. Em sua revisão sis- valores podem não refletir o real impacto da dor
temática, Hoy et al. 2 encontraram que a ocorrên- lombar no Brasil. A falta de dados epidemiológi-
cia de alto risco de viés para os itens definição de cos precisos dificulta o desenvolvimento de es-
caso, e validade e confiabilidade do instrumento tratégias preventivas e de manejo adequado, o
utilizado, estão associados com resultados que que pode resultar em piores prognósticos 75.
reportam maior prevalência. Este trabalho contribuiu para demonstrar a
Assim como toda forma de pesquisa, nosso fragilidade das pesquisas sobre prevalência da
estudo está sujeito ao risco de viés. Na tentativa dor lombar na população brasileira conduzidas
de minimizar esse risco, buscamos avaliar os cri- até o momento, e expõe os principais pontos fra-
térios metodológicos dos estudos elegíveis, en- cos permitindo o estabelecimento de ações para
tretanto, diferentemente de outras revisões 1,2,54 construção de evidências robustas sobre o tema.
não estabelecemos nenhum ponto de corte ba- Recomenda-se fortemente que estudos robustos
seado nesta avaliação metodológica para incluir e com baixo nível de viés sejam realizados.
Resumen
El artículo describe la calidad metodológica de los es- constructo. No se encontraron estudios representativos
tudios publicados sobre la prevalencia de dolor lum- que ofrecieran una prevalencia generalizable de dolor
bar realizados en Brasil. Dieciocho estudios se conside- lumbar en Brasil. Los estudios publicados, incluidos
raron elegibles, después de búsquedas en las siguientes en esta revisión, tenían un alto riesgo de sesgo que
bases de datos electrónicas: LILACS, PubMed, Embase, afecta a los datos de prevalencia. Son necesarios futu-
CINAHL, SPORTDiscus y SciELO. Se encontró una al- ros estudios con diseño metodológico apropiado, con
ta fuente de sesgo en los criterios de validez externos, el fin de presentar el impacto real del dolor lumbar en
relacionados con la toma de muestras, y el sesgo de no Brasil para permitir comparaciones.
respuesta. Teniendo en cuenta los criterios de validez
interna, la principal fuente de sesgo se relaciona con Dolor de la Región Lumbar; Sesgo (Epidemiología);
la falta de una definición de caso aceptable, y el uso de Revisión
instrumentos que no tenían la fiabilidad y validez de
Colaboradores
Referências
1. Walker BF. The prevalence of low back pain: a sys- 10. Maetzel A, Li L. The economic burden of low back
tematic review of the literature from 1966 to 1998. J pain: a review of studies published between 1996
Spinal Disord 2000; 13:205-17. and 2001. Best Pract Res Clin Rheumatol 2002;
2. Hoy D, Bain C, Williams G, March L, Brooks P, 16:23-30.
Blyth F, et al. A systematic review of the global 11. Dagenais S, Caro J, Haldeman S. A systematic re-
prevalence of low back pain. Arthritis Rheum 2012; view of low back pain cost of illness studies in the
64:2028-37. United States and internationally. Spine J 2008;
3. Hart LG, Deyo RA, Cherkin DC. Physician office 8:8-20.
visits for low back pain. Frequency, clinical evalu- 12. van Tulder MW, Koes BW, Bouter LM. A cost-of-
ation, and treatment patterns from a U.S. national illness study of back pain in The Netherlands. Pain
survey. Spine (Phila Pa 1976) 1995; 20:11-9. 1995; 62:233-40.
4. Ferreira ML, Machado G, Latimer J, Maher C, Fer- 13. Barker KL, Elliott CJ, Sackley CM, Fairbank JC.
reira PH, Smeets RJ. Factors defining care-seeking Treatment of chronic back pain by sensory dis-
in low back pain: a meta-analysis of population crimination training. A Phase I RCT of a novel de-
based surveys. Eur J Pain 2010; 14:747.e1-.e7. vice (FairMed) vs. TENS. BMC Musculoskelet Dis-
5. Krismer M, van Tulder M. Low back pain (non- ord 2008; 9:97.
specific). Best Pract Res Clin Rheumatol 2007; 21: 14. Hay EM, Dunn KM, Hill JC, Lewis M, Mason EE,
77-91. Konstantinou K, et al. A randomised clinical trial of
6. O’Sullivan P. Diagnosis and classification of chron- subgrouping and targeted treatment for low back
ic low back pain disorders: maladaptive move- pain compared with best current care. The STarT
ment and motor control impairments as underly- Back Trial Study Protocol. BMC Musculoskelet Dis-
ing mechanism. Man Ther 2005; 10:242-55. ord 2008; 9:58.
7. Marras WS. Spine biomechanics, government reg- 15. Donzelli S, Di Domenica E, Cova AM, Galletti R,
ulation, and prevention of occupational low back Giunta N. Two different techniques in the rehabili-
pain. Spine J 2001; 1:163-5. tation treatment of low back pain: a randomized
8. Schneider S, Schmitt H, Zoller S, Schiltenwolf M. controlled trial. Eura Medicophys 2006; 42:205-10.
Workplace stress, lifestyle and social factors as cor- 16. Rasmussen-Barr E, Nilsson-Wikmar L, Arvidsson I.
relates of back pain: a representative study of the Stabilizing training compared with manual treat-
German working population. Int Arch Occup Envi- ment in sub-acute and chronic low-back pain.
ron Health 2005; 78:253-69. Man Ther 2003; 8:233-41.
9. Volinn E. The epidemiology of low back pain in the 17. Kell RT, Asmundson GJ. A comparison of two forms
rest of the world: a review of surveys in low- and of periodized exercise rehabilitation programs
middle-income countries. Spine (Phila Pa 1976) in the management of chronic nonspecific low-
1997; 22:1747-54. back pain. J Strength Cond Res 2009; 23:513-23.
18. Ewert T, Limm H, Wessels T, Rackwitz B, von Gar- 34. Araujo IEM, Alexandre NMC. Ocorrência de cer-
nier K, Freumuth R, et al. The comparative effec- vicodorsolombalgias em funcionários de enfer-
tiveness of a multimodal program versus exercise magem em centro cirúrgico. Rev Bras Saúde Ocup
alone for the secondary prevention of chronic low 1998; 25:119-27.
back pain and disability. PM R 2009; 1:798-808. 35. Célia RCRS, Alexandre NMC. Distúrbios osteo-
19. Kuukkanen T, Malkia E, Kautiainen H, Pohjolainen musculares e qualidade de vida em trabalhadores
T. Effectiveness of a home exercise programme in envolvidos com transporte de pacientes. Rev Bras
low back pain: a randomized five-year follow-up Enferm 2003; 56:494-8.
study. Physiother Res Int 2007; 12:213-24. 36. Gurgueira GP, Alexandre NMC, Corrêa Filho HR.
20. Boyle MH. Guidelines for evaluating prevalence Prevalência de sintomas músculo-esqueléticos em
studies. Evid Based Ment Health 1998; 1:37-9. trabalhadoras de enfermagem. Rev Latinoam En-
21. Almeida Filho N, Rouquayrol MZ. Introdução à ferm 2003; 11:608-13.
epidemiologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara 37. Peres CPA. The postural disturbances in physi-
Koogan; 2006. cal therapists: an occupational biomechanic ap-
22. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pes- proach. Fisioter Mov 2004; 17:19-25.
quisa Nacional por Amostra de Domicílios. Um 38. Silva MC, Fassa AG, Valle NC. Chronic low back
panorama da saúde no Brasil: acesso e utilização pain in a Southern Brazilian adult population:
dos serviços, condições de saúde e fatores de risco prevalence and associated factors. Cad Saúde
e proteção à saúde, 2008. Rio de Janeiro: Instituto Pública 2004; 20:377-85.
Brasileiro de Geografia e Estatística; 2010. 39. Fassa AG, Facchini LA, Dall’Agnol MM, Christiani
23. Hayden JA, Dunn KM, van der Windt DA, Shaw WS. DC. Child labor and musculoskeletal disorders:
What is the prognosis of back pain? Best Pract Res the Pelotas (Brazil) epidemiological survey. Public
Clin Rheumatol 2010; 24:167-79. Health Rep 2005; 120:665-74.
24. Carroll LJ, Hogg-Johnson S, van der Velde G, Hal- 40. Andrusaitis SF, Oliveira RP, Barros Filho TEP. Study
deman S, Holm LW, Carragee EJ, et al. Course and of the prevalence and risk factors for low back pain
prognostic factors for neck pain in the general in truck drivers in the state of São Paulo, Brazil.
population: results of the Bone and Joint Decade Clinics 2006; 61:503-10.
2000-2010 Task Force on Neck Pain and Its Asso- 41. Kreling MC, da Cruz DA, Pimenta CA. Prevalência
ciated Disorders. Spine (Phila Pa 1976) 2008; 33(4 de dor crônica em adultos. Rev Bras Enferm 2006;
Suppl):S75-82. 59:509-13.
25. Rex-Michael AL, Newman J, Seetharam Rao A. The 42. Almeida ICGB, Sá KN, Silva M, Baptista A, Matos
assessment of thoracic pain. Orthop Trauma 2010; MA, Lessa I. Prevalência de dor lombar crônica na
24:63-73. população da cidade de Salvador. Rev Bras Ortop
26. Weijenborg PTM, Greeven A, Dekker FW, Peters 2008; 43:96-102.
AAW, ter Kuile MM. Clinical course of chronic pel- 43. Matos MG, Hennington EA, Hoefel AL, Dias-da-
vic pain in women. Pain 2007; 132 Suppl 1:S117-23. Costa JS. Lower back pain in health insurance poli-
27. Loving S, Nordling J, Jaszczak P, Thomsen T. Does cyholders: prevalence and associated factors. Cad
evidence support physiotherapy management of Saúde Pública 2008; 24:2115-22.
adult female chronic pelvic pain? A systematic re- 44. Motta AF, Cardoso FL, Sacomori C, Sperandio FF,
view. Scand J Pain 2012; 3:70-81. Santos GM. Dor lombar auto-referida em mulhe-
28. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cen- res trabalhadoras rurais de sete comunidades de
so demográfico. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro Concórdia-SC. Ter Man 2010; 8:10-6.
de Geografia e Estatística; 2010. 45. de Vitta A, Martinez MG, Piza NT, Simeão SFAP,
29. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pes- Ferreira NP. Prevalência e fatores associados à dor
quisa Nacional de Saúde. Rio de Janeiro: Ministé- lombar em escolares. Cad Saúde Pública 2011;
rio do Planejamento, Orçamento e Gestão; 2013. 27:1520-8.
30. Ng M, Fleming T, Robinson M, Thomson B, Graetz 46. Falavigna A, Teles AR, Mazzocchin T, De Braga GL,
N, Margono C, et al. Global, regional, and national Kleber FD, Barreto F, et al. Increased prevalence
prevalence of overweight and obesity in children of low back pain among physiotherapy students
and adults during 1980-2013: a systematic analysis compared to medical students. Eur Spine J 2011;
for the Global Burden of Disease Study 2013. Lan- 20:500-5.
cet 2014; 384:766-81. 47. Fernandes RCP, Carvalho FM, Assunção AA. Preva-
31. Shiri R, Karppinen J, Leino-Arjas P, Solovieva S, lence of musculoskeletal disorders among plastics
Viikari-Juntura E. The association between obesity industry workers. Cad Saúde Pública 2011; 27:78-86.
and low back pain: a meta-analysis. Am J Epide- 48. Ferreira GD, Silva MC, Rombaldi AJ, Wrege ED,
miol 2010; 171:135-54. Siqueira FV, Hallal PC. Prevalence and associated
32. Hoy D, March L, Brooks P, Woolf A, Blyth F, Vos T, et factors of back pain in adults from Southern Brazil:
al. Measuring the global burden of low back pain. a population-based study. Rev Bras Fisioter 2011;
Best Pract Res Clin Rheumatol 2010; 24:155-65. 15:31-6.
33. Hoy D, Brooks P, Woolf A, Blyth F, March L, Bain 49. Onofrio AC, Da Silva MC, Domingues MR, Rom-
C, et al. Assessing risk of bias in prevalence stud- baldi AJ. Acute low back pain in high school ado-
ies: modification of an existing tool and evidence lescents in Southern Brazil: prevalence and associ-
of interrater agreement. J Clin Epidemiol 2012; ated factors. Eur Spine J 2012; 21:1234-40.
65:934-9.
50. Dellaroza MS, Pimenta CA, Duarte YA, Lebrão ML. 63. Thorbjornsson CB, Alfredsson L, Fredriksson K,
Dor crônica em idosos residentes em São Paulo, Michelsen H, Punnett L, Vingard E, et al. Physical
Brasil: prevalência, características e associação and psychosocial factors related to low back pain
com capacidade funcional e mobilidade (Estudo during a 24-year period. A nested case-control
SABE). Cad Saúde Pública 2013; 29:325-34. analysis. Spine (Phila Pa 1976) 2000; 25:369-74.
51. Meucci RD, Fassa AG, Paniz VMV, Silva MC, Weg- 64. Bakker EW, Verhagen AP, Lucas C, Koning HJ, de
man DH. Increase of chronic low back pain preva- Haan RJ, Koes BW. Daily spinal mechanical load-
lence in a medium-sized city of southern Brazil. ing as a risk factor for acute non-specific low back
BMC Musculoskelet Disord 2013; 14:155. pain: a case-control study using the 24-Hour
52. de Barros EN, Alexandre NM. Cross-cultural ad- Schedule. Eur Spine J 2007; 16:107-13.
aptation of the Nordic musculoskeletal question- 65. Coenen P, Kingma I, Boot CR, Twisk JW, Bongers
naire. Int Nurs Rev 2003; 50:101-8. PM, van Dieen JH. Cumulative low back load at
53. Meziat Filho N, Silva GA. Invalidez por dor nas cos- work as a risk factor of low back pain: a prospec-
tas entre segurados da Previdência Social do Bra- tive cohort study. J Occup Rehabil 2013; 23:11-8.
sil. Rev Saúde Pública 2011; 45:494-502. 66. Feldman DE, Shrier I, Rossignol M, Abenhaim L.
54. Louw QA, Morris LD, Grimmer-Somers K. The Risk factors for the development of low back pain
prevalence of low back pain in Africa: a systematic in adolescence. Am J Epidemiol 2001; 154:30-6.
review. BMC Musculoskelet Disord 2007; 8:105. 67. Shiri R, Karppinen J, Leino-Arjas P, Solovieva S,
55. Hestbaek L, Larsen K, Weidick F, Leboeuf-Yde C. Viikari-Juntura E. The association between smok-
Low back pain in military recruits in relation to ing and low back pain: a meta-analysis. Am J Med
social background and previous low back pain. A 2010; 123:87.e7-35.
cross-sectional and prospective observational sur- 68. Harreby M, Kjer J, Hesselsoe G, Neergaard K. Epi-
vey. BMC Musculoskelet Disord 2005; 6:25. demiological aspects and risk factors for low back
56. Bjorck-van Dijken C, Fjellman-Wiklund A, Hild- pain in 38-year-old men and women: a 25-year
ingsson C. Low back pain, lifestyle factors and prospective cohort study of 640 school children.
physical activity: a population based-study. J Re- Eur Spine J 1996; 5:312-8.
habil Med 2008; 40:864-9. 69. Hestbaek L, Leboeuf-Yde C, Kyvik KO, Manniche
57. Valat JP, Goupille P, Vedere V. Low back pain: risk C. The course of low back pain from adolescence
factors for chronicity. Rev Rhum Engl Ed 1997; to adulthood: eight-year follow-up of 9600 twins.
64:189-94. Spine (Phila Pa 1976) 2006; 31:468-72.
58. Shiri R, Karppinen J, Leino-Arjas P, Solovieva S, 70. Loney PL, Stratford PW. The prevalence of low
Viikari-Juntura E. The association between obesity back pain in adults: a methodological review of the
and low back pain: a meta-analysis. Am J Epide- literature. Phys Ther 1999; 79:384-96.
miol 2010; 171:135-54. 71. Guimarães PRB. Métodos quantitativos estatísti-
59. Sitthipornvorakul E, Janwantanakul P, Purepong cos. Curitiba: IESDE Brasil S.A.; 2008.
N, Pensri P, van der Beek AJ. The association be- 72. Dionne CE, Dunn KM, Croft PR, Nachemson AL,
tween physical activity and neck and low back Buchbinder R, Walker BF, et al. A consensus ap-
pain: a systematic review. Eur Spine J 2011; 20: proach toward the standardization of back pain
677-89. definitions for use in prevalence studies. Spine
60. Taanila HP, Suni JH, Pihlajamaki HK, Mattila VM, (Phila Pa 1976) 2008; 33:95-103.
Ohrankammen O, Vuorinen P, et al. Predictors of 73. Leboeuf-Yde C, Lauritsen JM. The prevalence of
low back pain in physically active conscripts with low back pain in the literature. A structured review
special emphasis on muscular fitness. Spine J of 26 Nordic studies from 1954 to 1993. Spine (Phi-
2012; 12:737-48. la Pa 1976) 1995; 20:2112-8.
61. Dionne CE, Dunn KM, Croft PR. Does back pain 74. Kelley K, Clark B, Brown V, Sitzia J. Good practice in
prevalence really decrease with increasing age? A the conduct and reporting of survey research. Int J
systematic review. Age Ageing 2006; 35:229-34. Qual Health Care 2003; 15:261-6.
62. Pincus T, Burton AK, Vogel S, Field AP. A system- 75. Costa LCM, Maher CG, Hancock MJ, McAuley JH,
atic review of psychological factors as predictors of Herbert RD, Costa LOP. The prognosis of acute and
chronicity/disability in prospective cohorts of low persistent low-back pain: a meta-analysis. CMAJ
back pain. Spine (Phila Pa 1976) 2002; 27:E109-20. 2012; 184:E613-24.
Recebido em 23/Mar/2014
Versão final reapresentada em 05/Fev/2015
Aprovado em 02/Mar/2015