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1.

Troca Iônica

 Troca catiônica pelo sódio: Processo comumente usado para remoção


ou redução da dureza da água. Os íons cálcio e magnésio são removidos da
água dura mediante a troca por íons sódio. Os trocadores de sódio utilizados
são usualmente resinas sintéticas de poliestireno-divinilbenzeno (SDVB)
sulfonadas. A maioria das resinas trocadoras de grande capacidade é baseada
no SDVB. Este tipo de resina é muito estável em temperatura e pH elevados, e
resistentes a meios oxidantes.

Quando toda a resina é preenchida com cálcio e magnésio, a resina é


retirada de serviço, lavada em contracorrente, regenerada com uma solução de
NaCl na faixa de pH entre 6 e 8, restaurando a resina a forma sódica, o
excesso de sal e os cloretos são lavados e a resina pode então voltar a operar
normalmente.

A grande vantagem do uso de reinas catiônicas para remoção ou


redução da dureza da água é que este processo permite o fornecimento de
água com dureza nula sem necessidade de ajustes no processo, até que a
regeneração seja necessária, mesmo que a água bruta tenha dureza variável
de um dia para o outro.

 Troca catiônica ácida: Muito semelhante a troca catiônica pelo sódio,


utiliza resinas que possuem um íon hidrogênio trocável e são usadas para
remoção de cátions. A regeneração deste tipo de resina é feita com ácido
sulfúrico, por ser o método mais econômico.

Como resultado da troca catiônica utilizando este tipo de resina, o


efluente que está sendo tratado acaba por ficar ácido, por isto após o processo
a água é comumente neutralizada, ou, em casos onde se quer obter água
desmineralizada, passa por ressona trocadora aniônica.

 Trocadores aniônicos: São constituídos por dois tipos, fortemente


básicas ou fracamente básicas. Ambas removem ácidos fortemente ionizados e
somente as resinas fortemente básicas são capazes de remover ácidos
fracamente ionizados.

Os dois tipos de resina são regeneradas com hidróxido de sódio. e as


resinas fracamente básicas com carbonato de sódio ou hidróxido de amônio
2. Osmose Reversa

A osmose reversa é obtida através da aplicação mecânica de uma pressão


superior à pressão osmótica do lado da solução mais concentrada. Sendo
assim, a água pura pode ser retirada de uma solução salina por meio de uma
membrana semipermeável, que pode ser composta por ésteres de celulose ou
poliamidas e são eficazes na retenção de todas as macromoléculas e
pequenos íons. Na prática, esta etapa é realizada pressionando-se a solução
por meio de uma bomba de modo que ela passe sob alta pressão por um vaso
permeador onde está contida a membrana. A água pura e a solução mais
concentrada são retiradas de forma contínua dos dois lados da membrana, de
modo que a pressão osmótica e a concentração de sais se mantenham em
nível aceitável para que o processo não seja interrompido. A água obtida é
denominada de produto e a solução concentrada denomina-se descartado ou
rejeito. O processo de osmose reversa é aplicado na separação, concentração
e fracionamento de substâncias orgânicas e inorgânicas em soluções aquosas
ou não aquosas. Tanto a natureza física como química da membrana de
osmose reversa determinam sua capacidade de transportar moléculas de água
e rejeitar partículas ou sais dissolvidos.

O tratamento da água por Osmose Reversa é bastante simples e de baixo


custo operacional, às vezes necessitando apenas de uma bomba
pressurizadora e que o sistema seja alimentado com água de qualidade, caso
contrário, haverá rápida obstrução da membrana filtrante. Logo, mesmo que o
sistema seja alimentado por água de qualidade haverá ao longo de operação
uma inevitável obstrução da membrana filtrante. Por este motivo, o processo
depende de retrolavagens periódicas para a desobstrução da membrana.
3. Ozonização

A ozonização pode ser empregada para os seguintes fins: desinfecção


bactericida e inativação viral; remoção de substâncias orgânicas, tais como
materiais húmicos, pesticidas, detergentes e fenóis; remoção de precursores
de trihalometanos; auxiliar de coagulação; remoção de cor, sabor e odor;
oxidação de ferro e manganês solúveis; rompimentos de ligações
organometálicas, permitindo que metais, como por exemplo, Fe(III) e o Mn (IV)
reajam como coagulantes dos compostos orgânicos remanescentes, levando a
uma melhor precipitação; destruição de algas; oxidação de cianeto para cianato
e eventualmente, para dióxido de carbono e água e outros compostos.
O uso do ozônio como pré-tratamento da água para abastecimento público
tem se generalizado nos últimos anos, tanto em estações completas, dotadas
de decantadores, como em sistemas de filtração direta. Em função dos
benefícios obtidos com a pré-ozonização, o ozônio é empregado como
oxidante em substituição ao cloro, antes do processo de coagulação. a adição
de um oxidante forte como o ozônio, na água bruta, altera a natureza ou
quantidade de cargas nas superfícies das partículas, facilitando a coagulação
por sais metálicos. De acordo com o pH da água pode ocorrer a formação de
precipitados metálicos, que são removidos por sedimentação ou filtração.
O ozônio é também utilizado como pós-tratamento em estações de
tratamento de água. As duas maiores limitações para o emprego do ozônio na
desinfecção final são: 1º) a sua instabilidade na água, com uma vida média
curta para assegurar uma capacidade residual desinfetante nos sistemas de
distribuição; 2º) a formação de subprodutos oxigenados de baixo peso
molecular, através da reação com substâncias orgânicas, que são geralmente
mais biodegradáveis, promovendo crescimento biológico no sistema de
distribuição. Por estes motivos, o ozônio deve ser utilizado em combinação
com outros desinfetantes para manter um residual ativo por períodos mais
longos e, ainda, ser combinado com algum método de biofiltração para remover
material biodegradável.

4. Radiação ultra-violeta
A radiação ultravioleta tem alto grau de inativação de microorganismos
patogênicos em curto tempo de contato, e não produz resíduos tóxicos que
afetam o meio aquático ou os sistemas de distribuição de água de
abastecimento.
A desinfecção por este sistema é feita com lâmpadas especiais de baixa
pressão de mercúrio que emitem radiação em comprimento de onda letal aos
microrganismos. Isto ocorre em reatores construídos de material refletor para
aumentar a eficiência dos mesmos.
A inativação dos microrganismos ocorre quando a radiação ultravioleta
penetra a parede celular e é absorvida pelos ácidos nucléicos e em menor
extensão pelas proteínas e outras moléculas biologicamente importantes. O
principal mecanismo de desinfecção da UV é a formação dos dímeros de
pirimidina que conduzem a mutações letais ou quebra na molécula do ácido
nucléico.

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