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• Celulose
• Hemiceluloses
• Substancias pécticas
• Amido
• Açúcares
– Sacarose, glicose, manose, galactose, xilose,
arabinose, fucose, ramnose, etc
35
Biogênese dos Carboidratos da
Madeira
• Glicose
Energia Solar
672 kcal C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O
6 CO2 + 12 H2O
Clorofila glicose
36
ESTEREOQUÍMICA DA GLICOSE
• A glicose possui 4 átomos de carbono assimétricos(*) que podem
formar estereoisômeros
• No de Estereoisômeros = 2n, onde n = número de carbonos
assimétricos (C*) → D - glicose possui 16 estereoisômeros
• C assimétrico (C*) = possui 4 grupos diferentes ligados a ele.
CHO CHO
H OH HO H
C* C*
HO H H OH
C* C*
C* C*
H OH HO H
C* C*
H OH HO H
CH2OH CH2OH
D-Glicose L-Glicose
37
1 CHO CH 2 O H
2 H OH
H C OH H
3 H CHO
OH
HO C H OH
4
H C H OH
OH
H
5
C OH
Ciclização
D- glicose (formação de
6 CH OH CH 2OH
2
H
C OH mais um C*)
6 H
CH 2OH C CHO
OH H
5 O OH
H C C
H
4 1 H
OH H H,OH OH
OH 3 2
ou CH 2 OH
H OH
OH
a ou b-D-glicopiranose H
H
H CHO
OH
a= 112º OH
b = 18,7º equilíbrio = 52,7º H OH
CH 2O H
Acima = b
CH 2O H
H O H H O OH
H H
OH H OH H
OH OH HO H
H OH H OH
6
5
4 1
3
2
Abaixo
β-D-glicopiranose (MP=150oC)
6
5
4 1
3
2
Acima
β-D-glicopiranose =
IUPAC : 6-(hydroxymethyl)oxane -2,3,4,5-tetrol
β-D-glicopiranose (MP=150oC)
42
Síntese da celulose na planta
1. invertase
2. hexoquinase
3. Fosfoglico-
mutase
4. UDP-glicose
fosforilase
UTP = uridina
trifosfato
UDP = uridina
difosfato
PPi = pirofosfato
ATP = adenosina
trifosfato
ADP = adenosina
difosfato
43
Formação dos Precursores das Hemiceluloses
C-2-epimerase
UDP-D-GLICOSE UDP-D-MANOSE
Desidrogenase
C-4-epimerase UDP-D-
GALACTOSE
Descarboxilase Descarboxilase
C-4-epimerase
UDP-D-XILOSE UDP-L-ARABINOSE
44
CELULOSE
45
C H 2OH C H 2OH
H O OH H O OH - H2O
OH H + OH H
HO H HO H
H OH H OH
H OH
C H 2OH C H 2OH
O
H O
H
H O OH
- H2O
OH H
OH
H
H
OH
+ OH H
HO H H O
HO H
H OH C H 2OH
H OH
H OH C H 2OH
C H 2OH
- nH2O
H O
O OH
H
H
H H
OH
O
H
OH
....... Celulose
OH H O
HO H H O
H OH C H 2OH H OH
46
Estrutura da celulose
Haworth:
Grupo terminal Unidade central Grupo terminal
não redutor de celobiose redutor
6
C H 2OH OH C H 2OH H OH
H
5
H O H H O
O O
H OH H OH H H, OH
4 OH H 1 H OH H
H O H H O
HO H O
3 2
H OH C H 2O H H OH N-2 C H 2OH
C H 2OH
instável
OH
OH CHO
-O
Conformacional: OH
C H 2OH C H 2OH
HO 3
HO 4
4
O
1 O
2
O 2 2 O
O O
1
O 1
3 4 3
HO HO C H 2OH HO HO
47
Estrutura da celulose no eixo a-c
48
Fontes de celulose
• Algas marinhas
• Pêlos de frutos-pericarpo
Ex: algodão, casca de côco da Bahia, etc.
• Líber = fibras do floema (ex: Juta, linho, cânhamo, rami,
casca da madeira, etc.)
• Gramíneas-monocotiledôneas (ex: sisal, esparto, bagaço
de cana, bambu, Abacá, BANANEIRA, palhas de cereais,
etc.)
• Lenho = Fibras do xilema (madeira)
49
CONTEÚDO DE CELULOSE EM VÁRIOS
TIPOS DE FIBRA
Celulose Alfa-
Tipo de Cross & Celulose, Lignina, Pentosanas, Cinzas, Sílica,
Fibra Bevan, % % % % % %
Fibras de Palhas Arroz 43-49 28-36 12-16 23-28 15-20 9-14
Talos
Trigo 49-54 29-35 16-21 26-32 5-9 3-7
Cevada 47-48 31-34 14-15 24-29 5-7 3-6
Aveia 44-53 31-37 16-19 27-38 6-8 4-6.5
Centeio 50-54 33-35 16-19 27-30 2-5 0.5-4
50
CONTEÚDO DE CELULOSE EM VÁRIOS
TIPOS DE FIBRA
Celulose
Tipo de Fibra Cross & Alfa-
Bevan, % Celulose, % Lignina, % Pentosanas, % Cinzas, %
Fibras de Casca Linho 47 34 23 25 5
Kenaf 47-57 31-39 14.5-18.7 22-23 1.7-5.0
Juta 57-58 21-26 18-21 0.5-1.8
51
Teor de Celulose em Eucalyptus
Clone Eucalyptus Eucalyptus Eucalyptus nitens
Brasileiros globulus
1 48.7 40.6 35.5
2 47.6 40.6 36.8
3 48.3 43.6 38.5
4 47.9 43.1 40.0
5 46.2 42.1 37.8
6 48.0 44.2 39.0
7 47.5 45.1 38.6
8 46.4 44.7 38.1
9 45.4 49.1 39.3
10 45.0 49.8 41.1
52
Cristalinidade da Celulose
• Influenciada pelo número de ligações de H
– Cada unidade de glicose possui 5 oxigênios, o que facilita a
formação de muitas ligações H
• Alta cristalinidade diminui reatividade da celulose
• Cristalinidade depende da origem da celulose
― Ramie > algodão > madeira > celulose regenerada
(celulose II)
• > cristalinidade > densidade
– celulose cristalina = 1,59
– celulose amorfa = 1,49
• Possíveis causas das regiões não-cristalinas
– Presença de hemiceluloses
– Curvatura das microfibrilas
– Descontinuidade das microfibrilas 53
Estrutura da Fibrila de Celulose
54
Organização Microfibrilar da Parede
Celular
55
Grau de Cristalinidade da Celulose na Madeira e na
Polpa (kappa 16-19) por Difratometria de Raios -X
Wood Pulp
74
Degree of cristallinity, %
72
70
68
66
64
62
60
58
E. globulus E. E. grandis B. Pendula A.
urograndis mangium
56
Higroscopicidade da Celulose
(Celulose: mais higroscópica que P2O5)
Fenômeno da Histerese
Absorção de água, %
14
12 secagem $
Secagem
10
8 $
Umidecimento
6
$
4
2
0
0 25 50 75 90 100
Umidade Relativa, % 57
Isotermas de absorção e desorção de água
pela celulose da madeira e do algodão a 20 oC
58
Mudança das ligações de hidrogênio durante a remoção
de água de duas cadeias de celulose adjacentes
59
Inchamento da celulose
• Ocorre devido à sua alta polaridade (grupos OH)
• Inchamento inter cristalino: pela água
– ocorre entre as regiões cristalinas
• Isto é, ocorre nas regiões amorfas das microfibrilas
60
Mercerização da celulose
• Técnica desenvolvida por John Mercer em 1844
• Consiste no tratamento da celulose com álcali
– Celulose alcalina I
• Celulose tratada com NaOH 8-12%
• Produção de viscose / rayon
– Celulose alcalina II
• Celulose tratada com NaOH > 21%
• Utilizada na fabricação de outros derivados
61
Dissolução da celulose
• Insolúvel em solventes comuns
– Devido a alta polaridade e cristalinidade
• Dissolução da celulose:
– Solubilização em solventes específicos
– Via transformação em um derivado solúvel
• Nitrato - solúvel em acetona
• Acetato - solúvel em clorofórmio ou acetona
• Xantato - solúvel em hidróxido de sódio
62
Solventes da Celulose
• Solventes alcalinos
– Inorgânicos somente causam inchamento
– Orgânicos solubilizam a celulose
• Dimetilacetamida / cloreto de Lítio (p/ análise de distribuição de
DP por Cromatografia de permeação em gel – GPC)
• Oxido de N-metil-morfolina (para produção de LiOcel – fibra do
Tencel)
• Hidróxido de cuproamônio - Cu (NH3)4 (OH)2
• Hidróxido de etilenodiamina cúprica ou CED - p/ medição da
viscosidade da polpa (DP médio)
{Cu (NH2 - CH2 - CH2 - NH2) 2 } (OH) 2
• Solventes salinos
- ZnCl2, CaI2, SrI2, NaCSn, Ca(CSn)2, à quente 63
Propriedades do Polímero Celulose
• Peso molecular
– PM = 162 . DP (grau de polimerização)
– DP da celulose: 2000 -15000, dependendo de:
• Espécie vegetal (valônia = 15.000, madeira = 10.000)
• Localização na parede celular (PP=2.000, PS=10.000)
– Expressão do peso molecular com base em:
• Número de moléculas = Mn (numérico)
– Osmometria
• Peso das moléculas = Mw (mássico)
– Ultracentrifugação e coeficiente de dispersão de luz
• Viscosidade de soluções de celulose = Mv
64
Peso Molecular Viscométrico (Mv)
65
66
Peso Molecular Viscométrico (Mv)
Equações típicas para a celulose:
68
Grupos Funcionais da Celulose
• Hidroxílicos alcoólicos
– C2, C3, C4*: álcoois secundários (*somente na unidade não redutora)
– C6 álcool primário
• Responsáveis pela alta cristalinidade da celulose
• São substituídos durante a produção de derivados
• Podem ser oxidados durante o branqueamento
• Hemiacetais
– C1 da extremidade redutora (aldeído)
• Aumentam a reatividade da celulose
• Acetais
– Ligação entre unidades de glicose : b (1→4)
• Pode ser hidrolisada por ácidos, bases e oxidantes
• Grupos carboxílicos
– Ocorrem somente na celulose oxidada
69
Estrutura da celulose
Haworth:
Grupo terminal Unidade central Grupo terminal
não redutor de celobiose redutor
6
C H 2OH OH C H 2OH H OH
H
5
H O H H O
O O
H OH H OH H H, OH
4 OH H 1 H OH H
H O H H O
HO H O
3 2
H OH C H 2O H H OH N-2 C H 2OH
C H 2OH
instável
OH
OH CHO
-O
Conformacional: OH
C H 2OH C H 2OH
HO 3
HO 4
4
O
1 O
2
O 2 2 O
O O
1
O 1
3 4 3
HO HO C H 2OH HO HO
70
Reações de Degradação da Celulose
H2COH OH CH2OH
H2COH
OH O O OH
OH O
OH +H2O +H2O
HO C
OH HO OH HO C+ H HO OH
HO H O HO
OH
OH CH2OH OH O
OH
CH2OH
OH
HO OH
OH
O
CH2OH
72
Reações de degradação da celulose
+
CH2OH CH2OH HO
H H CH2OH CH2O-
CH2OH CH2 O
H C O C C
OR H C O
H H OR C O CH2OH O
OR H C O H C O H
H C O
C C RO H
OH H C OH H C O H C H H H
C OH H C C OH H C C OH
RO C C H RO HO C C OR H C C H C
C C H H RO
O
C C C O RO C C O RO C C
H OH H H - H
H O- H O H H H O-
I II III IV V VI VII
CH2OH
H C O
PRODUTOS OH
H
DEGRADADOS C OH H C
RO C C H
H OH
VIII
73
Reações de degradação da celulose
O O-
CH2OH HO - O
C H C H CH2OH CH2OH CH2OH C OH
H C OH C OH C O C O- C O C O CH2OH
HO C H HO C H HO C H HO C HO C C OH
C O
H C O[G] n H C O[G] H C O[G] n H C O[G] H C H C H
n n H C H
H C OH H C OH H C OH H C OH H C OH H C OH
H C OH
CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH CH2OH
CH2OH
+ [G] O -
n
I II III IV V VI VII
74
Quebra das Ligações Glicosídicas
Ácido: clivagem homogênea → perda de viscosidade
Unidade de Glicose
Grupo Terminal Redutor
75
Principais Derivados da celulose
• Ésteres (inchamento com ácidos)
– Nitrato de celulose
– Acetato de celulose
• Éteres (inchamento com álcalis)
– Metil celulose
– Carboximetilcelulose
• Xantatos (inchamento com álcalis)
– xantato de celulose
• Viscose
• Raiona
• Celofane, etc
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DISSOLVING PULPS APPLICATIONS
DERIVATIVES USES MM Ibs
Produced (a)
Xanthates (v iscose rayon)
Tire Cord Tire and belting reinforcement 650
High Wet Modulus Staple Apparel, furnishing 300
Regular Staple Apparel 4600
Cellophane Packaging 900
Continuous Filament Apparel 1000
Miscellaneous Sponges, sausage casing
Esters
Acetate
Filament Apparel, furnishing 650
Tow (estopa) Filter cigarettes 770
Plastics Film, sheet, extruded articles 350
Mixed Esters
Plastics Sheet and extruded articles 200
Nitrates
Lacquers 400
Film
Explosives
Ethers
Carboxymethyl Cellulose Detergents, cosmetics, food , textile and
paper sizes, well drilling muds 300
Hydroxyethyl Cellulose Latex paints, emulsion polymerizatio n,
oil well drilling muds
Methyl Cellulose Food, paints, pharmaceuticals
Hydroxypropyl Cellulose Foods and pharmaceuticals
Carboxymethyl - Hydroxyethyl Cellulose Liquid detergents
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TYPICAL COMPOSITION OF CHEMICAL CELLULOSE FROM WOOD AND COTTON LINTERS.
Cellulose Type Paper Cellophane Nitration Plastic Textile Tire Acetate Acetate Acetate
Filler Rayon Cord Plastics
Source Western Western Western Western Southern Southern Western Southern Southern
Hemlock Hemlock Hemlock Hemlock Pine Pine Hemlock Hardwoods Pine
Process Sulfite Sulfite Sulfite Sulfite Prehydro- Prehydro- Sulfite Prehydro- Sulfite
lyzed kraft lyzed kraft lyzed kraft
Analyses a
R10, % 87.1 89.7 91.8 86.7 95.2 98.2 95.3 97.7 97.0
S10 minus S18, % 1.8 6.8 2.4 2.1 1.8 0.7 1.8 1.2 1.4
S18, % 11.1 4.5 5.8 11.1 3.0 1.1 2.9 1.1 1.6
Xylan, b, % 2.1 1.1 1.5 2.1 2.0 0.6 0.6 0.6 0.8
Mannan, b % 6.7 1.5 2.3 6.7 1.1 0.7 0.8 0.8 1.0
Extractives in Ether, % 0.10 0.16 0.13 0.11 0.01 0.01 0.04 0.04 0.03
Ash, % 0.16 0.19 0.15 0.16 0.09 0.08 0.09 0.05 0.01
SiO2, % 0.003 0.002 0.002 0.002 0.003 0.003 0.002 0.004 0.002
Fe, mg/kg 1.6 2.0 4.0 2.0 3.0 5.0 2.0 4.0 3.0
Cu, mg/kg 0.1 0.1 0.3 0.1 1.0 1.0 0.1 1.0 0.5
Mn, mg/kg 0.05 0.01 0.10 0.10 0.20 0.30 0.04 0.10 0.08
Brightness, % Elrepho 95.7 94.4 91.6 95.7 91.9 85.9 95.2 94.4 95.1
Cuene Intrinsic c Viscosity, dL/g 9.5 4.3 7.5 9.5 5.7 6.1 9.0 7.0 8.8
a) R 10 = residue after treatment with cold 10% aque ous sodium hydroxide solution.
S 10 = soluble in cold 10% aqueous sodium hydroxide solution.
S 18 = soluble in cold 18% aqueous sodium hydroxide solution.
b) Xylose or mannose present in pulp hydrolysate calculated as xylan and mannan, determined by the paper chromatographic method.
c) This method is very similar, but not equivalent to ASTM D1795 -62, other methods which are similar are TAPPI T 230 and SCAN C15 -62.
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