Você está na página 1de 47

Curso de Pós-Graduação

Engenharia de Petróleo e Gás

Processos de Refino
Francisco José M Paiva
Engenheiro Químico
franciscojmpaiva@gmail.com

Tópicos
 Aula 1 – Caracterização e Refino do Petróleo
 Aula 2 – Processos de Refino
 Aula 3 – Processamento de Gás Natural e
Tratamento de Derivados
 Aula 4 – Processos Auxiliares
 Aula 5 – Derivados de Petróleo

1
Aula 1
 Petróleo
 Objetivos da refinaria
 Esquemas de refino
 Processamento de petróleos pesados
 Produção de combustíveis e lubrificantes
 Logística de Produção, Transporte e
Distribuição

Avaliação

 Estudos Dirigidos em aula


 Média dos 5 estudos dirigidos
 Penalidade: 0,5 ponto para cada estudo
dirigido não feito
 Bônus: 0,5 ponto para quem fizer os 5
estudos dirigidos

2
Petróleo

História
 1850 - na Escócia, James Young descobriu que o petróleo
podia ser extraído do carvão e do xisto betuminoso, e criou
processos de refinação.
 1859 - o americano Edwin Laurentine Drake, perfurou o
primeiro poço em busca do petróleo, na Pensilvânia. O poço
revelou-se produtor e a data passou a ser considerada a do
nascimento da indústria petrolífera. Começa a grande
corrida atrás do ouro negro.
 Até o final do século XIX, os Estados Unidos dominaram
praticamente sozinhos o comércio mundial de petróleo,
devido em grande parte à atuação do empresário John D.
Rockefeller (Standard Oil).

3
Aplicações

COMBUSTÍVEIS

LUBRIFICANTES

ASFALTOS PRODUTOS
ESPECIAIS
PETROQUÍMICOS

Derivados
50,0

40,0

30,0
%

20,0

10,0

0,0
1970 1980 1990 2000 2010

ÓLEO DIESEL ÓLEO COMBUSTÍVEL GASOLINA


GLP NAFTA PTQ ÁLCOOL(A+H)

4
Definição

• Mistura de ocorrência natural.


• Consistindo de
hidrocarbonetos e
contaminantes orgânicos e
impurezas inorgânicas.
• Removido da terra no estado
líquido.

Composição Elementar

Elemento % em Massa

Carbono 83 a 87
Hidrogênio 11 a 14
Enxofre 0,06 a 6
Nitrogênio 0,1 a 1,7
Oxigênio 0,5
Metais (Fe, Ni, V, etc.) 0,3

5
Hidrocarbonetos
São substâncias compostas somente por átomos de carbono
(C) e de hidrogênio (H), formando diversos tipos de moléculas.

Podem estar no estado sólido, líquido ou


gasoso.

São classificados como:


 PARAFÍNICOS
 NAFTÊNICOS
 AROMÁTICOS
 OLEFÍNICOS
(e suas combinações) de acordo com as
formas de ligação dos seus átomos de
carbono, formando cadeias carbônicas.

Parafínicos
H H H H H H H H H H H H H

H C C C C H H C C C C H H C C C C C H

H H H H H H H H H H H H

n-butano H C H n-pentano
C4H10 H C5H12
isopentano
C5H12 H H H

H C C C H
H H H H H H
H H
H C C H H C H H C C C H
H C H
H H H H H H
H
etano metano propano isobutano
C2H6 CH4 C3H8 C4H10

6
Cadeias Fechadas

AROMÁTICOS NAFTÊNICOS
H
(OU CICLOALCANOS)
C H H
H C C H
H C H
H C C H C C
H
C
benzeno ciclopentano H
C C
H
C6H6 C5H10 H
H H
H

H H
H H
C C
H C C C H H C H
C C
H H
H C C C H
C C H H

H H
naftaleno ciclohexano C
C
C
H
H
C10H8 C6H12 H H

Características

FAMÍLIA PRODUTO CARACTERÍSTICA


QAV Combustão limpa
Diesel Qualidade de ignição
PARAFÍNICOS Lubrificantes Constância da viscosidade
Parafinas Facilidade cristalização
Gasolina Partida a frio (leves)

Nafta Petroquímica
Compromisso entre a qualidade
NAFTÊNICOS Gasolina, QAV, Diesel
e a quantidade do derivado.
Lubrificantes

Gasolina Ótima resistência à detonação


Solventes Solubilização de substâncias
AROMÁTICOS Asfaltos Agregados moleculares.
Coque Elevado conteúdo de carbono.

7
Contaminantes

Contaminantes
Compostos Sulfurados

FORMA PRESENTES FORMADOS PELO


NO PROCESSAMENTO EFEITOS
PETRÓLEO

H2S X X POLUIÇÃO E
CORROSÃO

So X CORROSÃO

POLUIÇÃO E
MERCAPTANS X X DISSOLUÇÃO
DE
ELASTOMEROS

DISSULFETOS X X POLUIÇÃO

TODAS X X POLUIÇÃO E
CORROSÃO (G)

8
Efeitos dos Contaminantes

 Enxofre – responsável por emissões e corrosão

 Nitrogênio – envenenamento de catalisadores e


escurecimento (degradação de derivados)

 Oxigênio – acidez e corrosividade

CONTAMINANTES DO PETRÓLEO

Acidez naftênica em Petróleos: provoca corrosão

↑ Suporte do recheio da torre de vácuo


 Linha de transferência do forno de vácuo

9
Resinas e Asfaltenos

• Compostos de estrutura
complexa policíclica
aromática ou nafteno-
aromática, contendo átomos
de S, N, O e metais.
• Apresentam elevada relação
atômica C/H e elevado teor de
S, N, O e metais.

Resumindo...
Petróleo

Hidrocarbonetos Não-Hidrocarbonetos

Características Necessárias Asfaltenos & Resinas Contaminantes


nos Derivados

Derivados Leves e Óleos Combustíveis Efeitos Indesejáveis


Médios & Asfaltos nos Derivados

10
Caracterização

CRITÉRIOS PARA A
QUALIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO

DEFINIÇÃO DO POTENCIAL PRODUTIVO DO PETRÓLEO

PRODUÇÃO DE QAV, DIESEL, ÓLEO


QUALITATIVOS
 COMBUSTÍVEL
CARGA PARA
BTE,
FCC,
INSUMOS PETROQUÍIMICOS
ASFALTOS,
SOLVENTES


QUANTITATIVOS PRODUÇÃO DE DERIVADOS DE MAIOR
DEMANDA OU DE MAIOR VALOR

TRANSPORTE E
ARMAZENAMENTO  FACILIDADE DE ESCOAMENTO, ACIDEZ
(CORROSIVIDADE)

11
AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO

 Critérios Qualitativos e Quantitativos


 Obtenção das Frações Básicas utilizadas para a
produção dos derivados do petróleo para definir:

 Quantidade dessas frações básicas existente no petróleo,


caracterizada pela curva de vaporização do petróleo
 Qualidade dessas frações básicas que produz, caracterizadas
pela determinação de propriedades físicas e químicas dessas
frações

QUALIFICAÇÃO DO PETRÓLEO

AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DO PETRÓLEO

PROPRIEDADES FÍSICAS: CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS:


ESCOAMENTO, ARMAZENAMENTO E COMPOSIÇÃO QUÍMICA
CORROSIVIDADE

DENSIDADE, PRESSÃO DE VAPOR,


VISCOSIDADE, PONTO DE FLUIDEZ HCS, ASFALTENOS E RESINAS
S, N, O E METAIS

12
QUALIFICAÇÃO DO PETRÓLEO

AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO

• Procedimento analítico para se obter informações


sobre o petróleo e sobre as frações que esse petróleo
produz.

• Essas informações são importantes para a valoração


do óleo, sobre o seu potencial produtivo e para
licenciamento de produção, entre outras aplicações.

• As informações são obtidas a partir das análises


efetuadas sobre o petróleo que determinam
características globais do petróleo e dos derivados.

Densidade
O 1415,
API = − 1315
,
d15, 6 / 15, 6

D15,6/15,6 = Densidade relativa do produto a 15,6OC

DENSIDADE CLASSIFICAÇÃO
(OAPI)
API > 40 EXTRA-LEVE

40 > API > 33 LEVE

33 > API > 27 MÉDIO

27 > API > 19 PESADO

19 > API > 15 EXTRA-PESADO

API < 15 ASFÁLTICO

13
40,0
35,0

30,0
25,0
API

20,0
15,0
10,0

05,0
00,0
DO

A
S

M
A
RA

BA
A

ES
UD

IN

LI
CU
CO

IM
AV

AR
RV

M
AC

AR
BI

CR
BA

M
CO
RR

M
ES
AL

BA

Produção Nacional
PRODUÇÃO
m il BPD DENSIDADE
PRODUÇÃO API
DE PETRÓLEO
AP I AP I AP I AP I API
M ÉDIO: MÉDIO: M ÉDIO: MÉDIO: M ÉDIO:
24,8 24,9 24,6 24,3 23,8
2.000
Bacia C am pos 16°
API
Bacia C am pos 18º

1.500 Bacia C am pos


API m édio: 20º

1.000
Bacia C am pos
API m édio: 24º

500

Outros cam pos


API m aior que 24°
0
2002 2003 2004 2005 2006

14
Acidez
1,2

0,8
Acidez

0,6

0,4

0,2

0
DO

A
S

M
A
RA

BA
A

ES
UD

IN

LI
CO

CU

IM
AV

AR
RV

M
AC

AR
BI

CR
BA

M
CO
RR

M
ES
AL

BA

Teor de Enxofre

BTE: teor de enxofre < 1%

ATE: teor de enxofre > 1%

15
1,2

1
Teor de Enxôfre

0,8

0,6

0,4

0,2

0 S
DO
DA

A
RA

M
A

BA
O

ES
IN

LI
U
O

CU

IM
V

AR
RV
AC

M
C

RA

AR
BI
A

M
O
R

C
LB

M
AR

ES
A

Ponto de Fluidez
• Definição: menor temperatura na qual uma substância ainda
flui.

• Maior teor de parafínicos = maior ponto de fluidez (ou menor


fluidez).

• Importante para definir condições de transferência em


oleodutos.

APF: ponto de fluidez superior a temperatura


ambiente.

BPF: ponto de fluidez inferior à temperatura


ambiente.

16
Ponto de Fluidez

30
Ponto Fluidez (C)

20
10
0
-10
-20
-30
-40
DO

A
S

M
RA

BA
O
UD

ES
IN

LI
CO

CU

IM
AV

AR
RV

M
AC

AR
BI

CR
BA

M
CO
RR

M
ES
AL

BA

Refino do Petróleo
GLP

NAFTA
PETROQUÍMICA

GASOLINA

QUEROSENE
AVIAÇÃO

ÓLEO DIESEL

O. COMBUSTÍVEL

ASFALTOS
LUBRIFICANTES
E ESPECIAIS

17
Avaliação do Petróleo
Volatilidade

 Carga: 20 a 70 litros

ASTM-
ASTM- D 2892 ASTM-
ASTM- D 5236

Rendimentos

Fração básica Faixa de temperaturas de ebulição, °C


GLP -38 a 2
Nafta 30 a 170
Querosene 170 a 270
Diesel 170 a 400
Gasóleos 400 a 540
Resíduo 540+

18
Faixa de Ebulição dos
Derivados

1000

900

800
Temperatura (oC)

700 ÓLEO DIESEL

600

500

400 QAV
ÓLEO COMBUSTÍ VEL
300
GASÓLEO DE VÁCUO
200

100
GASOLINA
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100

% Volumétrica Vaporizada

Rendimentos
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
RO
O

CU
R
AN

LI
UE
O

RU
AR
O

AQ
AG

BA

U
M
H
AL
AL

C
BA

GC +GLP Nafta Querosene Diesel Gasóleo RV

19
Objetivos da refinaria

O que faz uma refinaria?

20
O que faz uma refinaria?

O que faz uma refinaria?

 Numa industria petrolífera, são as refinarias que


geram os produtos finais a partir do petróleo
recebido dos campos de produção.
 Esses produtos comercializáveis são chamados
de DERIVADOS DO PETRÓLEO.
 Eles são obtidos a partir de um conjunto de
atividades chamados de PROCESSOS DE
REFINO ou REFINAÇÃO.

21
Processamento Primário
Gás Natural Úmido

Óleo
Óleo cru Estabilizado
Processamento
Reservatório Refinaria
Primário

Salmoura

Processamento Primário

 O Processamento primário permite então que


o óleo atenda às especificações exigidas
pelas refinarias:
 mínimo de componentes leves;
 quantidades de sais abaixo de 300 mg/L de óleo;
 quantidade de água e sedimentos abaixo de 1%
do volume de óleo (BSW - Basic Sediments and
Water).

22
Separador Trifásico

Desidratação

 Durante o processo de produção, parte


da água do reservatório se mistura com
o óleo na forma de gotículas dispersas,
gerando uma EMULSÃO água-óleo.
 A desidratação é realizada para remover ao máximo essa
ÁGUA EMULSIONADA do óleo.
 Para romper a emulsão, são injetadas substâncias
químicas chamadas DESEMULSIFICANTES.
 As gotículas de água coalescem e são separadas do óleo.

23
Objetivo da refinaria

MATÉRIA-PRIMA UNIDADES SUPRIMENTO


DISPONÍVEL DE PROCESSO DE DERIVADOS

ALOCAÇÃO ESQUEMAS
MERCADO
DE DE
CONSUMIDOR
PETRÓLEOS REFINO

Compatibilizar os tipos de petróleos com o abastecimento de


derivados ao mercado (qualidade e quantidade).

Unidades de Processo

Entrada ou Carga Saída

GÁS
PRODUTOS FINAIS
Unidade
PETRÓLEO de ou ACABADOS
Processo
PRODUTOS PRODUTOS
INTERMEDIÁRIOS INTERMEDIÁRIOS

PRODUTOS SUBPRODUTOS
QUÍMICOS

24
Unidades de Processo

 Diferentes locais na refinaria onde ocorrem os processos


de refino.
 Também chamadas de Unidades de Refino ou
Processamento.
 São compostas por um conjunto de equipamentos
responsáveis por uma etapa do refino.
 Alguns derivados são produzidos na saída da primeira
unidade, enquanto outros só após o processamento de
várias unidades.

Esquemas de Refino

25
Esquema de Refino

 Cada refinaria é construída de acordo com o tipo de


petróleo e necessidades do mercado.

 Cada refinara é constituída de conjunto (arranjo) próprio


das unidades de modo a compatibilizar o tipo de
petróleo e a necessidades dos derivados. Esse arranjo é
chamado de Esquema de Refino.

Exemplos

Um esquema de refino define e limita o tipo e a quantidade de derivados.


Por isso, alguns derivados só podem ser produzidos em determinadas
refinarias

26
Fixos ou Variáveis?
 Durante a vida de uma refinaria, pode mudar:
 o tipo de petróleo que ela recebe
 as especificações (qualidade) dos produtos
 a demanda (quantidade) dos derivados por ela
produzidos.

ALTERAÇ
ALTERAÇÕES NO ESQUEMA DE REFINO

Flexibilidade

 Assim toda refinaria tem um certo grau de


FLEXIBILIDADE, ou seja, é capaz de reprogramar
seu Esquema de Refino, permitindo reajustar o
funcionamento das Unidades para se adequar às
mudanças no tipo de óleo e nas necessidades do
mercado de derivados.
 Flexibilidade resulta de investimentos em
alterações no esquema de refino

27
Esquema de refino
 Mesmo diferentes, nos Esquemas de Refino e no grau de
flexibilidade, TODAS as refinarias da Petrobrás para produção
de combustíveis têm pelo menos algumas Unidades (processos)
em comum:

DESTILAÇÃO

CRAQUEAMENTO
CATALÍTICO

TRATAMENTOS

Comparação
DEST.& FCC & COQUE
DESTILAÇÃO DEST.& FCC DEST.& FCC & COQUE & HCC DEST.& HCC & COQUE
2% 4%
5% 9% 12% 11%
5% 17%
22%
34%
30% 22%

34%

70%
41% 47%

59%

35%
8% 9%
9%
9% 6% 8%

COQUE OC MÉDIOS GASOLINA NAFTA GLP

PERFIL DE RENDIMENTO DE REFINO (PETRÓLEO MARLIM)

28
Processamento de
Petróleos Pesados

Processamento de Fundos

 As refinarias podem comprar petróleos com alto


rendimento de produtos leves tais como nafta e
diesel ou podem ter processos que convertem
frações pesadas de petróleo em produtos de alto
valor.

29
Fundo de Barril

 Coqueamento
 Desasfaltação
 Viscorredução
 RFCC (FCC que processa RAT)
 Hidrocraqueamento de Resíduos
 Produção de Lubrificantes
 Produção de Asfalto (mais valorado que óleo
combustível)

Exemplo:

PETRÓLEO
MARLIM
GLP 1%

NAFTA
Petróleo 11 %
PETROQUÍMICA

DESTILAÇÃO
ATMOSFÉRICA QUEROSENE
29 %
DIESEL
100%
ÓLEO
59 %
COMBUSTÍVEL

30
Sem os processos de “fundo de barril”...

59
60
50
38
40
28
30 OFERTA
17 19
20 11 11
8 DEMANDA
10 1 0
0
Querosene
GLP Gasolina NPTQ OC
Diesel

GÁS 1,9%

GLP 7,5%
1,0%
6,5%
NAFTA 11,0%
PETROQUÍMICA
Petróleo DESTILAÇÃO
ATMOSFÉRICA 29,0% QUEROSENE
100% 28,6%
DIESEL
0,4%

59,0%

GASOLINA 17,1%
DESTILAÇÃO 33,5%
FCC
A VÁCUO

25,5% 5,6% 5,9% ÓLEO


37,4%
COMBUSTÍVEL
31,1% 37,0%

31
Incluindo o FCC ...

60
50
38 34
40
29
30 OFERTA
17 17 19
20 11 11
8 8 DEMANDA
10
0
GLP Gasolina NPTQ Querosene OC
Diesel

GÁS 2,8%

GLP 8,9%
1,0% 1,1% 6,8%
NAFTA
PETROQUÍMICA 11,0%
Petróleo DESTILAÇÃO
ATMOSFÉRICA QUEROSENE
100%
DIESEL 39,3%
29,0%

10,3%
59,0% 6,8%
2,0%

35,0% GASOLINA 19,4%


DESTILAÇÃO 33,5% 17,9%
FCC
À VÁCUO 6,1%

25,5% 5,8%
0,4% ÓLEO
13,2% COMBUSTÍVEL 19,4%
1,5%
0,8% 1,1%
5,7%
COQUEAMENTO 4,6% HIDROTRATAMENTO
12,3%
1,5% 4,7% COQUE 4,7%

32
Incluindo também o coqueamento ...

60
50 39 38
40
30 OFERTA
19 17 19 19
20 11 11
9 8 DEMANDA
10
0
GLP Gasolina NPTQ Querosene OC
Diesel

Produção de
Combustíveis e
Lubrificantes

33
GERAÇÃO CO2 RECUPERAÇÃO
DE DE ENXOFRE
HIDROGÊNIO H2S
ENXOFRE
H2
GLP
GÁS COMBUSTÍVEL

GASOLINA

DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA
NAFTA
HDT DE
SOLVENTES
NAFTA

HDT DE
QUEROSENE
CARGA QAV / QI

PETRÓLEO HDT DE
DIESEL ÓLEO DIESEL

RAT GASÓLEO
DESTILAÇÃO CRAQUEAMENTO
À VÁCUO CATALÍTICO

DESASFALTAÇÃO
A
PROPANO

ÓLEO COMB.
ASFALTO

ESQUEMA DE REFINO PARA


PRODUÇÃO DE COMBUSTÍVEIS

GLP
SOLVENTES
ATMOSFÉRICA
DESTILAÇÃO

GASOLINA
CARGA NAFTAS

PETRÓLEO QAV / QI
ÓLEO DIESEL
DESTILAÇÃO
À VÁCUO

DESAROMATIZAÇÃO

SPINDLE
HIDROTRATAMENTO
DE LUBRIFICANTES
DESPARAFINAÇÃO

NEUTRO LEVE
A FENOL

CO2 TURBINA LEVE


A MIBC

NEUTRO PESADO
GERAÇÃO TURBINA PESADO
GÁS
DE DESASFALTAÇÃO BRIGHT STOCK
NATURAL HIDROGÊNIO A
PROPANO

H2 EXTRATO AROM.
GÁS ÁCIDO
PARAFINA MOLE
HIDROTRATAMENTO

PARAF. SP
DESOLEIFICAÇÃO

DE PARAFINAS
PERCOLAÇÃO

PARAF. NL
À MIBC

PARAF. TL
PARAF. NP
PARAF. BS

ASFALTO

ÓLEO COMB

ESQUEMA DE REFINO PARA


PRODUÇÃO DE LUBRIFICANTES E PARAFINAS

34
Produção, Transporte
e Distribuição

REFINARIAS NO
BRASIL
REMAN
LUBNOR

FAFEN-SE
FAFEN-BA
RLAM
REGAP
REPLAN
REDUC
RECAP
SIX
REPAR
REVAP
REFAP S.A.
RPBC IPIRANGA

35
Capacidade instalada
INICIO DE
REFINARIA SIGLA UF CAPACIDADE (m3/d)
OPERAÇÃO
Refinaria de Paulínia REPLAN SP 1971 57 200

Refinaria Landulpho Alves RLAM BA 1950 44 600

Refinaria Henrique Lage REVAP SP 1980 40 000

Refinaria Duque de Caxias REDUC RJ 1960 38 000

Refinaria Getúlio Vargas REPAR PR 1977 30 000

Refinaria Presidente Bernardes RPBC SP 1954 27 000

Refinaria Alberto Pasqualini REFAP S.A. RS 1970 26 000

Refinaria Gabriel Passos REGAP MG 1970 24 000

Refinaria de Manaus REMAN AM 1956 7 300

Refinaria de Capuava RECAP SP 1955 6 500

Refinaria Ipiranga IPIRANGA RS 1938 2 000

Lubrificantes e Derivados de
LUBNOR CE 1966 1 100
Petróleo do Nordeste

Produção, Transporte e
Distribuição
REFINARIA
IMPORTAÇÃO

BASE PRINCIPAL

DUTO CABOTAGEM

TERMINAL

OUTRAS BASES

ENTREGA

DISTRIBUIÇÃO

36
Seleção do modal

 Necessário estudar todas as rotas possíveis


 Avaliar o modal mais vantajoso para cada
percurso
 Critérios:
 Menor custo

 Capacidade de transporte

 Natureza da carga

 Segurança

 Rapidez

Transporte Marítimo

37
Transporte Marítimo

 Vantagens:
 Maior capacidade de carga
 Menor custo unitário de transporte
 Desvantagens:
 Necessidade de transbordo nos portos
 Menor flexibilidade no serviços

Transporte Fluvial
 Pequena utilização no Brasil
 Mais freqüente nas regiões Norte e
Centro-Oeste

38
Transporte Fluvial
 Frete
 Calculado como tonelada/quilômetro
 Menor que os modais terrestres

 Problemas em rios não totalmente


navegáveis
 Quedas
 Períodos de seca

Transporte Dutoviário

 Meio mais seguro e


econômico para
transportar grandes
volumes de petróleo e
derivados
 Variam desde pequenas
a grandes extensões

39
Interfaces

 Interface – ponto de contato entre


diferentes produtos dentro do
oleoduto

Interfaces

40
Interfaces

 Redução de interfaces
 Controle operacional
 Uso de “pigs” de interface
(separadores)
 Selo de produto entre duas
bateladas

Interfaces
 Destino das interfaces:
 Nas bases finais – o produto gerado na interface
deve ser separado (evitar contaminações)
 Em bases intermediárias – a interface pode ser
diluída em produtos, desde que não interfira na
qualidade do recebedor

41
Dutos – Norte/Nordeste

Macapá
Terminal

REMAN
Belém
zo n
Am a Terminal
Solmões
Terminal Manaus Sâo Luís
Terminal Fortaleza

To c an
Porto Terminal Pecém Terminal

tins
Natal
Guamaré Terminal

Dunas Cabedelo
Terminal
Cabo Suape
Terminal
Pilar
Maceió
RELAN Terminal

Salvador Copene
Madre de Deus
Jequié Terminal
Itabuna

Dutos – RJ/MG

SIMBOLOGY
OLEODUTO
GASODUTO

42
Dutos – SP/Centro-Oeste
Airport of Brasília Terminal
Brasília

Senador Canedo Terminal DTCS - PIPELINE & TERMINALS MID-WEST


Buriti Alegre Station AND SÃO PAULO

Uberlândia Terminal

Uberaba Terminal

Rio Beirão Preto Terminal


Pirassununga Terminal
REPLAN OSVAT OSPLAN OSPLAN II REVAP
OSBRA
BR GASPAL
Guarulhos OSRIO
SPASA Guararema
BR SHELL Terminal
Airport of Cumbica Terminal OSVAT
HUDSON
BR
ESSO RF-1 Suszano
SHELL
IPIRANGA Station
Barueri ATLANTIC
OBATI BR TEXACO
Terminal OSVAT GASPAL

UTINGÁS Rio Pardo Station


São Caetano
Piratininga Terminal PQU
CIA. S.
Plant PAULO

RECAP OSVAT
OSSP GASAN OSPLAN
São Sebastião Terminal
Guararema
Terminal

Guaratuba Station
OSSP
Cubatão RPBC
Terminal OSBAT
MERLUZA BR
OSSP Island of
São Sebastião

Island of
São Vicente
Island of
ULTRAGAZ Alemoa Santo Amaro
Terminal

Dutos - Sul

REPAR
ARAUCÁRIA

PARANAGUÁ

SÃO FRANCISCO
DO SUL

GUARAMIRIM

ITAJAÍ

BIGUAÇU

REFAP
CANOAS

OSÓRIO

TERMINAL
DE NITERÓI

TERMINAL DE
RIO GRANDE

43
Transporte Rodoviário
 Sofre os impactos do mau estado de conservação de
algumas rodovias e da frota antiga → aumento de
custos com manutenção dos veículos
 Transporte sujeito a roubo ou adulteração de cargas

Transporte Rodoviário

 Vantagens:
 Adequação para curtas e médias
distâncias
 Complementação aos outros
modais
 Simplicidade no atendimento e
agilidade no acesso às cargas

44
Transporte Rodoviário

 Desvantagens:
 Altos fretes
 Menor capacidade de carga
(volume médio de 30 m3)
 Menos competitivo para longas
distâncias

Transporte Rodoviário

 Procedimentos para controle da


qualidade:
 Drenagem de remanescentes
 Uso de lacres
 Inspeção de caminhões (amostragem)
 Análise do produto

45
Transporte Ferroviário

 Comparação com modal rodoviário:


 Maior segurança
 Menor agilidade (as cargas devem ser levadas
até o terminal de embarque)

Transporte Ferroviário

 Vantagens:
 Adequado para longas distâncias e
grandes quantidades de cargas
 Baixo custo de transporte
 Baixo custo de infra-estrutura

46
Transporte Ferroviário
 Desvantagens:
 Diferenças nas bitolas dos sistemas
 Menor flexibilidade no trajeto
 Maior necessidade de transbordo
 Tempo de viagem irregular e
demorado
 Exposição a roubos

Estudo Dirigido

47

Você também pode gostar