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Processos de Refino
Francisco José M Paiva
Engenheiro Químico
franciscojmpaiva@gmail.com
Tópicos
Aula 1 – Caracterização e Refino do Petróleo
Aula 2 – Processos de Refino
Aula 3 – Processamento de Gás Natural e
Tratamento de Derivados
Aula 4 – Processos Auxiliares
Aula 5 – Derivados de Petróleo
1
Aula 1
Petróleo
Objetivos da refinaria
Esquemas de refino
Processamento de petróleos pesados
Produção de combustíveis e lubrificantes
Logística de Produção, Transporte e
Distribuição
Avaliação
2
Petróleo
História
1850 - na Escócia, James Young descobriu que o petróleo
podia ser extraído do carvão e do xisto betuminoso, e criou
processos de refinação.
1859 - o americano Edwin Laurentine Drake, perfurou o
primeiro poço em busca do petróleo, na Pensilvânia. O poço
revelou-se produtor e a data passou a ser considerada a do
nascimento da indústria petrolífera. Começa a grande
corrida atrás do ouro negro.
Até o final do século XIX, os Estados Unidos dominaram
praticamente sozinhos o comércio mundial de petróleo,
devido em grande parte à atuação do empresário John D.
Rockefeller (Standard Oil).
3
Aplicações
COMBUSTÍVEIS
LUBRIFICANTES
ASFALTOS PRODUTOS
ESPECIAIS
PETROQUÍMICOS
Derivados
50,0
40,0
30,0
%
20,0
10,0
0,0
1970 1980 1990 2000 2010
4
Definição
Composição Elementar
Elemento % em Massa
Carbono 83 a 87
Hidrogênio 11 a 14
Enxofre 0,06 a 6
Nitrogênio 0,1 a 1,7
Oxigênio 0,5
Metais (Fe, Ni, V, etc.) 0,3
5
Hidrocarbonetos
São substâncias compostas somente por átomos de carbono
(C) e de hidrogênio (H), formando diversos tipos de moléculas.
Parafínicos
H H H H H H H H H H H H H
H C C C C H H C C C C H H C C C C C H
H H H H H H H H H H H H
n-butano H C H n-pentano
C4H10 H C5H12
isopentano
C5H12 H H H
H C C C H
H H H H H H
H H
H C C H H C H H C C C H
H C H
H H H H H H
H
etano metano propano isobutano
C2H6 CH4 C3H8 C4H10
6
Cadeias Fechadas
AROMÁTICOS NAFTÊNICOS
H
(OU CICLOALCANOS)
C H H
H C C H
H C H
H C C H C C
H
C
benzeno ciclopentano H
C C
H
C6H6 C5H10 H
H H
H
H H
H H
C C
H C C C H H C H
C C
H H
H C C C H
C C H H
H H
naftaleno ciclohexano C
C
C
H
H
C10H8 C6H12 H H
Características
Nafta Petroquímica
Compromisso entre a qualidade
NAFTÊNICOS Gasolina, QAV, Diesel
e a quantidade do derivado.
Lubrificantes
7
Contaminantes
Contaminantes
Compostos Sulfurados
H2S X X POLUIÇÃO E
CORROSÃO
So X CORROSÃO
POLUIÇÃO E
MERCAPTANS X X DISSOLUÇÃO
DE
ELASTOMEROS
DISSULFETOS X X POLUIÇÃO
TODAS X X POLUIÇÃO E
CORROSÃO (G)
8
Efeitos dos Contaminantes
CONTAMINANTES DO PETRÓLEO
9
Resinas e Asfaltenos
• Compostos de estrutura
complexa policíclica
aromática ou nafteno-
aromática, contendo átomos
de S, N, O e metais.
• Apresentam elevada relação
atômica C/H e elevado teor de
S, N, O e metais.
Resumindo...
Petróleo
Hidrocarbonetos Não-Hidrocarbonetos
10
Caracterização
CRITÉRIOS PARA A
QUALIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO
QUANTITATIVOS PRODUÇÃO DE DERIVADOS DE MAIOR
DEMANDA OU DE MAIOR VALOR
TRANSPORTE E
ARMAZENAMENTO FACILIDADE DE ESCOAMENTO, ACIDEZ
(CORROSIVIDADE)
11
AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO
QUALIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO
12
QUALIFICAÇÃO DO PETRÓLEO
AVALIAÇÃO DO PETRÓLEO
Densidade
O 1415,
API = − 1315
,
d15, 6 / 15, 6
DENSIDADE CLASSIFICAÇÃO
(OAPI)
API > 40 EXTRA-LEVE
13
40,0
35,0
30,0
25,0
API
20,0
15,0
10,0
05,0
00,0
DO
A
S
M
A
RA
BA
A
ES
UD
IN
LI
CU
CO
IM
AV
AR
RV
M
AC
AR
BI
CR
BA
M
CO
RR
M
ES
AL
BA
Produção Nacional
PRODUÇÃO
m il BPD DENSIDADE
PRODUÇÃO API
DE PETRÓLEO
AP I AP I AP I AP I API
M ÉDIO: MÉDIO: M ÉDIO: MÉDIO: M ÉDIO:
24,8 24,9 24,6 24,3 23,8
2.000
Bacia C am pos 16°
API
Bacia C am pos 18º
1.000
Bacia C am pos
API m édio: 24º
500
14
Acidez
1,2
0,8
Acidez
0,6
0,4
0,2
0
DO
A
S
M
A
RA
BA
A
ES
UD
IN
LI
CO
CU
IM
AV
AR
RV
M
AC
AR
BI
CR
BA
M
CO
RR
M
ES
AL
BA
Teor de Enxofre
15
1,2
1
Teor de Enxôfre
0,8
0,6
0,4
0,2
0 S
DO
DA
A
RA
M
A
BA
O
ES
IN
LI
U
O
CU
IM
V
AR
RV
AC
M
C
RA
AR
BI
A
M
O
R
C
LB
M
AR
ES
A
Ponto de Fluidez
• Definição: menor temperatura na qual uma substância ainda
flui.
16
Ponto de Fluidez
30
Ponto Fluidez (C)
20
10
0
-10
-20
-30
-40
DO
A
S
M
RA
BA
O
UD
ES
IN
LI
CO
CU
IM
AV
AR
RV
M
AC
AR
BI
CR
BA
M
CO
RR
M
ES
AL
BA
Refino do Petróleo
GLP
NAFTA
PETROQUÍMICA
GASOLINA
QUEROSENE
AVIAÇÃO
ÓLEO DIESEL
O. COMBUSTÍVEL
ASFALTOS
LUBRIFICANTES
E ESPECIAIS
17
Avaliação do Petróleo
Volatilidade
Carga: 20 a 70 litros
ASTM-
ASTM- D 2892 ASTM-
ASTM- D 5236
Rendimentos
18
Faixa de Ebulição dos
Derivados
1000
900
800
Temperatura (oC)
600
500
400 QAV
ÓLEO COMBUSTÍ VEL
300
GASÓLEO DE VÁCUO
200
100
GASOLINA
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100
% Volumétrica Vaporizada
Rendimentos
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
RO
O
CU
R
AN
LI
UE
O
RU
AR
O
AQ
AG
BA
U
M
H
AL
AL
C
BA
19
Objetivos da refinaria
20
O que faz uma refinaria?
21
Processamento Primário
Gás Natural Úmido
Óleo
Óleo cru Estabilizado
Processamento
Reservatório Refinaria
Primário
Salmoura
Processamento Primário
22
Separador Trifásico
Desidratação
23
Objetivo da refinaria
ALOCAÇÃO ESQUEMAS
MERCADO
DE DE
CONSUMIDOR
PETRÓLEOS REFINO
Unidades de Processo
GÁS
PRODUTOS FINAIS
Unidade
PETRÓLEO de ou ACABADOS
Processo
PRODUTOS PRODUTOS
INTERMEDIÁRIOS INTERMEDIÁRIOS
PRODUTOS SUBPRODUTOS
QUÍMICOS
24
Unidades de Processo
Esquemas de Refino
25
Esquema de Refino
Exemplos
26
Fixos ou Variáveis?
Durante a vida de uma refinaria, pode mudar:
o tipo de petróleo que ela recebe
as especificações (qualidade) dos produtos
a demanda (quantidade) dos derivados por ela
produzidos.
ALTERAÇ
ALTERAÇÕES NO ESQUEMA DE REFINO
Flexibilidade
27
Esquema de refino
Mesmo diferentes, nos Esquemas de Refino e no grau de
flexibilidade, TODAS as refinarias da Petrobrás para produção
de combustíveis têm pelo menos algumas Unidades (processos)
em comum:
DESTILAÇÃO
CRAQUEAMENTO
CATALÍTICO
TRATAMENTOS
Comparação
DEST.& FCC & COQUE
DESTILAÇÃO DEST.& FCC DEST.& FCC & COQUE & HCC DEST.& HCC & COQUE
2% 4%
5% 9% 12% 11%
5% 17%
22%
34%
30% 22%
34%
70%
41% 47%
59%
35%
8% 9%
9%
9% 6% 8%
28
Processamento de
Petróleos Pesados
Processamento de Fundos
29
Fundo de Barril
Coqueamento
Desasfaltação
Viscorredução
RFCC (FCC que processa RAT)
Hidrocraqueamento de Resíduos
Produção de Lubrificantes
Produção de Asfalto (mais valorado que óleo
combustível)
Exemplo:
PETRÓLEO
MARLIM
GLP 1%
NAFTA
Petróleo 11 %
PETROQUÍMICA
DESTILAÇÃO
ATMOSFÉRICA QUEROSENE
29 %
DIESEL
100%
ÓLEO
59 %
COMBUSTÍVEL
30
Sem os processos de “fundo de barril”...
59
60
50
38
40
28
30 OFERTA
17 19
20 11 11
8 DEMANDA
10 1 0
0
Querosene
GLP Gasolina NPTQ OC
Diesel
GÁS 1,9%
GLP 7,5%
1,0%
6,5%
NAFTA 11,0%
PETROQUÍMICA
Petróleo DESTILAÇÃO
ATMOSFÉRICA 29,0% QUEROSENE
100% 28,6%
DIESEL
0,4%
59,0%
GASOLINA 17,1%
DESTILAÇÃO 33,5%
FCC
A VÁCUO
31
Incluindo o FCC ...
60
50
38 34
40
29
30 OFERTA
17 17 19
20 11 11
8 8 DEMANDA
10
0
GLP Gasolina NPTQ Querosene OC
Diesel
GÁS 2,8%
GLP 8,9%
1,0% 1,1% 6,8%
NAFTA
PETROQUÍMICA 11,0%
Petróleo DESTILAÇÃO
ATMOSFÉRICA QUEROSENE
100%
DIESEL 39,3%
29,0%
10,3%
59,0% 6,8%
2,0%
25,5% 5,8%
0,4% ÓLEO
13,2% COMBUSTÍVEL 19,4%
1,5%
0,8% 1,1%
5,7%
COQUEAMENTO 4,6% HIDROTRATAMENTO
12,3%
1,5% 4,7% COQUE 4,7%
32
Incluindo também o coqueamento ...
60
50 39 38
40
30 OFERTA
19 17 19 19
20 11 11
9 8 DEMANDA
10
0
GLP Gasolina NPTQ Querosene OC
Diesel
Produção de
Combustíveis e
Lubrificantes
33
GERAÇÃO CO2 RECUPERAÇÃO
DE DE ENXOFRE
HIDROGÊNIO H2S
ENXOFRE
H2
GLP
GÁS COMBUSTÍVEL
GASOLINA
DESTILAÇÃO ATMOSFÉRICA
NAFTA
HDT DE
SOLVENTES
NAFTA
HDT DE
QUEROSENE
CARGA QAV / QI
PETRÓLEO HDT DE
DIESEL ÓLEO DIESEL
RAT GASÓLEO
DESTILAÇÃO CRAQUEAMENTO
À VÁCUO CATALÍTICO
DESASFALTAÇÃO
A
PROPANO
ÓLEO COMB.
ASFALTO
GLP
SOLVENTES
ATMOSFÉRICA
DESTILAÇÃO
GASOLINA
CARGA NAFTAS
PETRÓLEO QAV / QI
ÓLEO DIESEL
DESTILAÇÃO
À VÁCUO
DESAROMATIZAÇÃO
SPINDLE
HIDROTRATAMENTO
DE LUBRIFICANTES
DESPARAFINAÇÃO
NEUTRO LEVE
A FENOL
NEUTRO PESADO
GERAÇÃO TURBINA PESADO
GÁS
DE DESASFALTAÇÃO BRIGHT STOCK
NATURAL HIDROGÊNIO A
PROPANO
H2 EXTRATO AROM.
GÁS ÁCIDO
PARAFINA MOLE
HIDROTRATAMENTO
PARAF. SP
DESOLEIFICAÇÃO
DE PARAFINAS
PERCOLAÇÃO
PARAF. NL
À MIBC
PARAF. TL
PARAF. NP
PARAF. BS
ASFALTO
ÓLEO COMB
34
Produção, Transporte
e Distribuição
REFINARIAS NO
BRASIL
REMAN
LUBNOR
FAFEN-SE
FAFEN-BA
RLAM
REGAP
REPLAN
REDUC
RECAP
SIX
REPAR
REVAP
REFAP S.A.
RPBC IPIRANGA
35
Capacidade instalada
INICIO DE
REFINARIA SIGLA UF CAPACIDADE (m3/d)
OPERAÇÃO
Refinaria de Paulínia REPLAN SP 1971 57 200
Lubrificantes e Derivados de
LUBNOR CE 1966 1 100
Petróleo do Nordeste
Produção, Transporte e
Distribuição
REFINARIA
IMPORTAÇÃO
BASE PRINCIPAL
DUTO CABOTAGEM
TERMINAL
OUTRAS BASES
ENTREGA
DISTRIBUIÇÃO
36
Seleção do modal
Capacidade de transporte
Natureza da carga
Segurança
Rapidez
Transporte Marítimo
37
Transporte Marítimo
Vantagens:
Maior capacidade de carga
Menor custo unitário de transporte
Desvantagens:
Necessidade de transbordo nos portos
Menor flexibilidade no serviços
Transporte Fluvial
Pequena utilização no Brasil
Mais freqüente nas regiões Norte e
Centro-Oeste
38
Transporte Fluvial
Frete
Calculado como tonelada/quilômetro
Menor que os modais terrestres
Transporte Dutoviário
39
Interfaces
Interfaces
40
Interfaces
Redução de interfaces
Controle operacional
Uso de “pigs” de interface
(separadores)
Selo de produto entre duas
bateladas
Interfaces
Destino das interfaces:
Nas bases finais – o produto gerado na interface
deve ser separado (evitar contaminações)
Em bases intermediárias – a interface pode ser
diluída em produtos, desde que não interfira na
qualidade do recebedor
41
Dutos – Norte/Nordeste
Macapá
Terminal
REMAN
Belém
zo n
Am a Terminal
Solmões
Terminal Manaus Sâo Luís
Terminal Fortaleza
To c an
Porto Terminal Pecém Terminal
tins
Natal
Guamaré Terminal
Dunas Cabedelo
Terminal
Cabo Suape
Terminal
Pilar
Maceió
RELAN Terminal
Salvador Copene
Madre de Deus
Jequié Terminal
Itabuna
Dutos – RJ/MG
SIMBOLOGY
OLEODUTO
GASODUTO
42
Dutos – SP/Centro-Oeste
Airport of Brasília Terminal
Brasília
Uberlândia Terminal
Uberaba Terminal
RECAP OSVAT
OSSP GASAN OSPLAN
São Sebastião Terminal
Guararema
Terminal
Guaratuba Station
OSSP
Cubatão RPBC
Terminal OSBAT
MERLUZA BR
OSSP Island of
São Sebastião
Island of
São Vicente
Island of
ULTRAGAZ Alemoa Santo Amaro
Terminal
Dutos - Sul
REPAR
ARAUCÁRIA
PARANAGUÁ
SÃO FRANCISCO
DO SUL
GUARAMIRIM
ITAJAÍ
BIGUAÇU
REFAP
CANOAS
OSÓRIO
TERMINAL
DE NITERÓI
TERMINAL DE
RIO GRANDE
43
Transporte Rodoviário
Sofre os impactos do mau estado de conservação de
algumas rodovias e da frota antiga → aumento de
custos com manutenção dos veículos
Transporte sujeito a roubo ou adulteração de cargas
Transporte Rodoviário
Vantagens:
Adequação para curtas e médias
distâncias
Complementação aos outros
modais
Simplicidade no atendimento e
agilidade no acesso às cargas
44
Transporte Rodoviário
Desvantagens:
Altos fretes
Menor capacidade de carga
(volume médio de 30 m3)
Menos competitivo para longas
distâncias
Transporte Rodoviário
45
Transporte Ferroviário
Transporte Ferroviário
Vantagens:
Adequado para longas distâncias e
grandes quantidades de cargas
Baixo custo de transporte
Baixo custo de infra-estrutura
46
Transporte Ferroviário
Desvantagens:
Diferenças nas bitolas dos sistemas
Menor flexibilidade no trajeto
Maior necessidade de transbordo
Tempo de viagem irregular e
demorado
Exposição a roubos
Estudo Dirigido
47